segunda-feira, 13 de novembro de 2023

MILEI DISSE QUE QUANDO O ESTADO INTERVÉM NAS RELAÇÕES COMERCIAIS PRIVADAS SE TORNA UM ESTORVO

História por PODER360  

O candidato à Presidência da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza), afirmou que a relação do país no Mercosul é um “estorvo” econômico. Também disse que o Estado “não deve intervir em relações comerciais”.

As declarações foram dadas na noite deste domingo (12.nov.2023), durante debate com Sergio Massa (Unión por la Patria), que também concorre ao governo argentino. O 2º turno das eleições no país será em 19 de novembro.

“Quando o Estado intervém nas relações comerciais privadas, se torna um estorvo. […] Estorvo também é a relação com o Mercosul, que está parado e não vai para nenhum lado”, disse Milei.

Massa questionou Milei sobre as relações econômicas da Argentina com o Brasil e a China. Milei esquivou em dizer “sim” ou “não”, e voltou a falar que o Estado não deveria intervir em relações comerciais privadas.

CONHEÇA OS CANDIDATOS:

  • Javier Milei, coalizão La Libertad Avanza

Nascido em 22 de outubro de 1970 em Buenos Aires, Milei é formado em economia pela Universidade de Belgrano. Tem 2 mestrados cursados no Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social e na Universidade Torcuato di Tella.

Foi economista-chefe da empresa de previdência privada Máxima AFJP e da empresa de assessoria financeira Estudio Broda.

Também trabalhou como economista sênior do HSBC e como assessor econômico do militar e ex-deputado Antonio Domingo Bussi, acusado de crimes contra a humanidade cometidos quando foi governador de Tucumán. 

O argentino de 52 anos integra ainda o B20 (Business 20), grupo de diálogo relacionado ao G20 para o setor empresarial, e o Fórum Econômico Mundial. Também já atuou como professor universitário de disciplinas sobre economia.

Relação com o Mercosul é um estorvo, diz Milei© Fornecido por Poder360

Na política, Milei foi eleito em 2021 para deputado. Ele se apresenta como um político de direita conservador “diferente de tudo que está aí” e usa o lema “contra a casta política”, que, segundo o deputado, refere-se aos políticos argentinos que vivem do Estado, fazem políticas “contra a população” e que não resolvem os problemas do país.

  • Sergio Massa, partido Unión por la Patria

Sergio Tomás Massa, 51 anos, nasceu em 28 de abril de 1972 na cidade de San Martín, na província de Buenos Aires. É formado em Direito pela Universidade de Belgrano.

Sua carreira política começou em 1999, quando foi eleito deputado provincial de Buenos Aires. Três anos depois, em 2002, foi indicado pelo então presidente argentino, Eduardo Duhalde, para comandar a Anses (Administração Nacional de Segurança Social). Ele ficou na função por 5 anos.

Em 2007, Massa, já adepto ao kirchnerismo –ideologia política de esquerda relacionada ao ex-presidente Néstor Kirchner e a Cristina Kirchner, atual vice-presidente da Argentina–, foi eleito prefeito da cidade de Tigre, na província de Buenos Aires.

No entanto, teve que deixar o cargo por ser nomeado, em julho de 2009, Chefe de Gabinete da então presidente Cristina Kirchner. Ele permaneceu no cargo por quase 1 ano. Depois desse período, Massa retornou à prefeitura de Tigre, e foi reeleito em 2011. Ele também atuou como deputado nacional de 2013 a 2017 e de 2019 a 2022.

Conheça os candidatos da Argentina na eleição de 22 de outubro© Fornecido por Poder360

Nas eleições presidenciais de 2019, o advogado chegou a cogitar sua candidatura, mas desistiu para apoiar a chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, atuais governantes da Argentina.

Em 3 agosto de 2022, Massa deixou o cargo de deputado e se tornou o 3º ministro da Economia da gestão de Fernández. Ele passou a comandar o órgão depois que o presidente decidiu unificar os ministérios da Economia, Desenvolvimento Produtivo e Agricultura, Pecuária e Pesca em uma tentativa de centralizar as ações para solucionar a crise econômica do país.

ELEIÇÕES

As eleições presidenciais argentinas são realizadas a cada 4 anos. Os candidatos à Presidência precisam de ao menos 45% dos votos válidos –excluídos brancos e nulos– ou 40% e uma diferença de 10 pontos percentuais em relação aos demais candidatos para vencer em 1º turno. 

Conforme a Direção Nacional Eleitoral da Argentina, os eleitores devem apresentar um documento de identidade em sua seção eleitoral para votar. O mesário entrega um envelope vazio e o eleitor se dirige a uma cabine, a chamada “sala escura”.

Então, o eleitor seleciona a cédula de preferência dos candidatos em disputa (individual ou por partido) e a insere dentro do pacote. Depois, deposita na urna e assina o registro eleitoral. Envelopes com irregularidades, como mais de um candidato, são considerados votos nulos.

Segundo o Código Eleitoral Nacional, o voto é contabilizado como nulo quando é emitido em cédula não oficial, ou que contenha rasura, ou contenha objetos estranhos. Já o voto branco é quando o envelope estiver vazio ou com papel de qualquer cor, sem inscrições ou imagens. 

O voto nas eleições nacionais é obrigatório para todos os cidadãos com idade de 18 a 70 anos. O eleitor que não votar e não justificar a ausência fica impedido de disputar cargos públicos. Quem não votar deve pagar uma multa que varia de 50 a 500 pesos (cerca de R$ 0,70 a R$ 6,96), a depender da região em que é feita a votação. No Brasil, quem não justificar a ausência, deve pagar uma multa de RS$ 3,51 por cada turno não votado.

Atualmente, a Argentina tem 35,8 milhões de eleitores, sendo que 449 mil moram no exterior. A população total do país é de 46,2 milhões.

 

ENEM VOLTA A ABORDAR TEMAS RELACIONADOS COM O AGRONEGÓCIO

História por Gonçalo Junior  • Jornal Estadão

Exame Nacional do Ensino Médio,Enem

Após ser alvo de polêmica por questões relacionadas ao agronegócio na prova de Ciências Humanas, no último domingo, 5, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) voltou a abordar temas relacionados ao setor agrícola neste domingo, 12, quando os estudantes fizeram as provas de Ciências da Natureza e Matemática. Conhecimentos sobre pesticidas e as consequências do desmatamento foram cobrados dos alunos. Segundo professores de cursinhos, as perguntas eram indiretas, sem críticas claras ao agro.

No último domingo, 5, deputados ligados ao agronegócio criticaram a “ideologização do Enem” por perguntas que, segundo eles, teriam viés ideológico. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) chegou a pedir a anulação de três questões sobre a exploração do Cerrado e os prejuízos do agronegócio para os camponeses e o desmatamento da Amazônia no cultivo da soja. A anulação foi descartada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Entrada de estudantes para o segundo dia de provas do Enem Foto: Tiago Queiroz/Estadão© Fornecido por Estadão

Na prova deste domingo, uma das questões abordava o uso de pesticidas e perguntava quais amostras de fluidos humanos poderiam conter maior concentração deste produto. “Existe o inseticida e a prova mostrava a sua composição, a sua fórmula. Depois, ela diz que o pesquisador coleta fluidos biológicos de uma população, de sangue, de saliva, da urina e do leite. A prova pergunta em qual desses fluidos o pesquisador encontrou a maior concentração dessa substância. É uma questão técnica, natural de exames desse tipo”, avalia o professor Ademar Celedônio, diretor de Ensino e Inovações do SAS Plataforma de Educação.

O tema do desmatamento também foi abordado, mas de maneira indireta, falando sobre redução de população de abelhas e uma possível intervenção para evitar o declínio no número desses insetos.

“Um dos grandes motivos da extinção das abelhas é a falta de regiões onde elas possam produzir suas colmeias em segurança. Uma das ações possíveis para reverter esse quadro é o replantio de árvores nativas”, explica Caê Lavor, diretor de Ensino Médio e Avaliações do SAS Plataforma de Educação. De acordo com o professor de Biologia Diogo Diaz, do Colégio e Curso AZ, o uso de pesticidas foi citado em uma das alternativas, mas essa não era a resposta correta.

Outra questão abordava a baixa fertilidade dos solos amazônicos e uma técnica utilizado por antigos habitantes da região para torná-la fértil. O tema, porém, foi usado para cobrar conhecimentos sobre conceitos físico-químicos, como eletronegatividade.

Claudia Costin, presidente do Instituto Singularidades, afirma que as questões não incentivam uma visão negativa do agronegócio. “Não vejo nada de ideológico. Não é porque fala da proteção do solo e da inadequação do solo para determinadas formas de agricultura, como diz uma das perguntas, que isso envolve um conteúdo contra o agronegócio. Isso é consenso científico”, diz. “Nenhuma das perguntas parece ter preconceito ou incentivo a uma visão negativa do agronegócio”.

MEC anula questão que já havia caído em 2010

O Ministério da Educação (MEC) decidiu anular uma questão neste ano porque ela já havia caído na edição de 2010. A informação foi confirmada em entrevista coletiva na noite deste domingo, 12. A pergunta pedia ao candidato para interpretar um gráfico sobre os grupos que estavam mais expostos ao vírus da gripe A-H1N1 por estarem com baixa cobertura vacinal.

A questão 177 da prova amarela já havia sido cobrada na prova aplicada em 2010 na edição PPL (pessoas privadas de liberdade). A elaboração do Enem pressupõe apenas perguntas inéditas. A repetição dos itens foi identificada por professores da SAS – Plataforma de Educação.

Amadurecimento do abacate, Síndrome de Down e a TPM entre os temas

Sabrina Bileski, coordenadora de Avaliações no SAS Educação, destaca que os temas deste segundo dia de provas estavam relacionados ao cotidiano, aproximando o ensino do dia a dia do aluno. Entre os exemplos da prova de biologia estão vacinação (tecnologia do RNA mensageiro, usada contra covid-19), a gravidez de um casal com síndrome de Down e as causas hormonais da Tensão Pré-Menstrual (TPM). “Outra questão perguntou por que o abacate amadurece mais cedo em determinadas situações”, exemplifica.

“Duas questões sobre covid e imunização é algo que pode ser considerado como um tópico atual e relevante, tendo em vista a discussão da vacina nos últimos anos. Na maior parte das vezes, as questões não são elaboradas no mesmo ano da prova, mas ainda assim, é algo importante”, comleta Daniel Balbinot, coordenador pedagógico do Poliedro.

Uma conversa entre Cascão e Cebolinha, personagens da Turma da Mônica, por meio de um telefone improvisado com barbante, foi usada para abordar noções de ondas sonoras na prova de física, o que chamou a atenção de Pedro Lopes, editor de Avaliações no SAS Educação.

Virgílio Aveiro, professor de Química da Escola SEB Lafaiete, cita uma questão sobre o funcionamento das usinas nucleares de Chernobyl e Fukushima. “A prova de química foi muito bem dividida, com leitura rápida, questões conceituais e poucos cálculos. Senti ausência da eletroquímica e termoquímica, que são assuntos bem cobrados em edições anteriores do Enem”.

As questões de matemática enfatizaram conceitos de matemática financeira, abordando juros e investimentos. Uma pergunta envolvia o uso de aplicativos de transporte e de entrega de comida; outra mencionava os gastos calóricos com práticas esportivas.

“De forma geral, foi uma prova leve, com contas que não davam muito trabalho. Os conteúdos estavam bem definidos e os textos eram diretos e objetivos. O aluno batia o olho na questão e já sabia do que se tratava”, avalia Thiago Galrão, professor de Matemática do Colégio e Curso AZ.

Ao analisar a prova como um todo, Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho da Poli, afirma que a “prova de Ciências da Natureza foi menos interpretativa e mais conceitual, exigindo um estudante que soubesse conceitos de física, química e biologia”.

A prova foi “excelente”, na opinião de Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora Pedagógica do Objetivo. “Textos mais curtos que não dariam trabalho. Pais e professores vão perceber que elas estão claras, bem formuladas e atualizadas. Foi uma prova criativa, pedindo o conteúdo do Ensino Médio”.

 

SERVIDORES PÚBLICOS DE TRABALHO REMOTO RESISTEM A VOLTAR PARA O REGIME PRESENCIAL

 

História por LUCAS MARCHESINI  • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A continuidade do trabalho remoto no governo federal após a pandemia de Covid-19 opõe servidores públicos e os comandantes de ministérios e estatais. Enquanto gestores querem a volta ao presencial, funcionários defendem o home office.

O caso mais extremo é o da Dataprev, onde cerca de 10% do quadro de funcionários entrou na Justiça para continuar a trabalhar de casa depois de o sindicato da categoria assinar um acordo com o comando da empresa aceitando a volta ao presencial.

Na administração direta e nas autarquias, o teletrabalho é regido pelo PGD (Programa de Gestão e Desempenho). As empresas públicas e de economia mista não estão incluídas e têm autonomia para estabelecer programas semelhantes.

No PGD, o servidor combina com a chefia uma série de tarefas que precisarão ser cumpridas em um determinado período. Com o cronograma estabelecido, a pessoa fica dispensada de bater o ponto presencialmente, podendo cumprir suas atividades de onde estiver.

O PGD é facultativo e cada órgão é responsável por normatização, fomento, execução e monitoramento. Assim, as regras podem variar de lugar para lugar.

“Entre as atividades que, preferencialmente, poderão ser executadas de forma remota estão as que demandam maior esforço individual e menor interação com outros agentes públicos”, afirmou, em nota, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviço Público

“Da mesma forma, a adoção do teletrabalho não poderá ocorrer caso as atividades exijam a presença física do participante na unidade ou que sejam executadas externamente”, disse a pasta.

A Folha de S.Paulo procurou todos os 38 ministérios para saber o quantitativo de servidores em teletrabalho, dos quais 18 responderam. Juntos, afirmaram ter 14,5 mil funcionários em regime híbrido ou totalmente remoto, de um total de 36,3 mil.

O órgão com a maior quantidade relativa de servidores em teletrabalho é a AGU (Advocacia-Geral da União), que tem 42% do quadro em teletrabalho.

Apesar da alta adesão, o teletrabalho está longe de ser unanimidade entre os gestores públicos. Membros do alto escalão do governo que não quiseram se identificar se queixam da modalidade, que, segundo eles, dificulta mudanças de cultura e implementação de novas políticas nos órgãos.

A face mais pública dessa visão é a do ministro da Previdência, Carlos Lupi, que tente reduzir a fila para perícias médicas realizadas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Hoje, entre 30% e 40% do quadro de servidores está no trabalho remoto, e Lupi disse que quer levar esse número a zero até o fim deste ano.

Na Dataprev, a atual gestão resolveu dar um cavalo de pau na política de teletrabalho e mudou a permissão para ficar totalmente remoto e sem obrigação de morar no local de lotação para um modelo híbrido com presença em três dias da semana.

O problema é que muitos funcionários não podem ou não querem voltar para o presencial e adequaram sua vida para o remoto a partir da adoção da política de teletrabalho em definitivo da gestão anterior.

Por causa disso, tentaram primeiro administrativamente manter o regime a distância, uma vez que a empresa permite a situação em casos excepcionais. Muitos dos pedidos foram negados.

A empresa afirmou que tem hoje 2.900 funcionários, dos quais 1.800 estão em regime híbrido e 127 no teletrabalho integral.

O segundo caminho tentado foi via movimentação sindical. Os servidores chegaram a incluir a demanda pelo trabalho remoto entre os tópicos a serem discutidos com a companhia na negociação da data-base e se sentiram traídos quando um acordo sem o assunto foi assinado.

Diversos funcionários da Dataprev entraram com uma ação na Justiça contra o próprio sindicato para cancelar a parte do acordo que fala sobre o trabalho remoto.

Os servidores da Dataprev são representados pela Fenadados (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados, Serviços em Informática e Similares), que não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Muitos deles conseguiram liminares judiciais coletivas -decisões provisórias- para manter o teletrabalho completo.

Questionada sobre quantos funcionários estavam nessa situação, a Dataprev afirmou que eles representam aproximadamente 60% dos empregados no Rio de Janeiro, em São Paulo, na Paraíba, no Ceará e no Rio Grande do Norte. A companhia não disse o total de funcionários nesses locais.

A empresa defendeu ainda o modelo híbrido, que, segundo ela, “é importante para intensificar uma cultura de criatividade e engajamento”.

“O objetivo do novo modelo de trabalho é atender, com melhor qualidade e eficiência, as demandas de seus clientes públicos”, afirmou.

Os funcionários da Dataprev questionam esse argumento. Um manifesto escrito por eles diz que “o índice de absenteísmo apresentou queda vertiginosa [com o teletrabalho], indo de uma média de pouco mais de nove dias, em 2019, para uma média de menos de seis dias, de 2020 a 2022”.

Eles apontam também “um aumento de cerca de 50% do seu lucro do ano de 2019 para 2022, que não é decorrente de seu faturamento, visto que este se manteve estável próximo de R$ 1 bilhão”.

“Graças a esse novo modelo de trabalho neste ano foram pagos dividendos e JSCP [juros sobre capital próprio] à União e ao INSS na importância de R$ 389 milhões, ante os quase R$ 36 milhões pagos em 2020, mas referente ao resultado de 2019, pois em 2021, foram pagos quase R$ 191 milhões”, diz o texto.

A Folha de S.Paulo conversou com dois funcionários da Dataprev que querem manter o teletrabalho por motivos de saúde e que não moram mais na cidade onde são lotados.

O analista de TI Ivan Linhares trabalhava no Rio de Janeiro, mas hoje mora em Cachoeira Paulista (SP).

Na capital fluminense, ele desenvolveu síndrome do pânico. A isso se somou um problema na coluna pouco antes de a pandemia da Covid chegar ao Brasil.

“Com a pandemia vi que era possível fazer todas as atividades em teletrabalho, inclusive trabalho ainda mais porque poupo o tempo com várias coisas, como o transporte”, disse.

Giuliane Souza também deixou o Rio de Janeiro. Ela se mudou para Manaus assim que a empresa permitiu morar em uma cidade diferente.

“Tenho seis anos de Dataprev, tenho problema de saúde e tirei 25 dias em dois anos e meio até o começo da pandemia. De três anos e meio para cá, eu me ausentei em oito dias, sendo que três foram por licença psiquiátrica por causa do retorno ao presencial”, contou.

DIPLOMACIA LULISTA CLASSIFICA ISRAEL DE GENOCIDA

A palavra ‘genocídio’ vem não só à mente, mas também à boca dos lulopetistas com facilidade, enfraquecendo o significado do termo e reduzindo a credibilidade de quem o usa

Por Diogo Schelp

A julgar por declarações do presidente Lula e do seu entorno político, Brasília sediou, na terça-feira passada, um encontro inédito entre um genocida nacional e um representante de um governo estrangeiro genocida. O primeiro é o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem Lula classificou como “genocida”, em discursos de campanha e também recentemente, pelas mortes por covid-19 durante o governo do antecessor. O segundo é Daniel Zohar Zonshine, embaixador de Israel no Brasil.

Há três semanas, Lula disse sobre a resposta militar de Israel ao ataque terrorista do Hamas que “não é uma guerra, é um genocídio”. Na semana passada, Celso Amorim, assessor especial da Presidência e artífice da diplomacia lulista, endossou a acusação em evento da ONU: “A palavra ‘genocídio’ inevitavelmente vem à mente.

O problema é que a palavra “genocídio” vem não só à mente, mas também à boca dos lulopetistas com muita facilidade, enfraquecendo seu significado e reduzindo a credibilidade de quem a usa. Pela lei internacional, genocídio é definido como a tentativa de destruir “um determinado grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.

O presidente Lula e seu entorno usam a palavra "genocídio" para se referir a diferentes situações
O presidente Lula e seu entorno usam a palavra “genocídio” para se referir a diferentes situações Foto: Wilton Junior

Os casos que resultaram em indiciamento por genocídio no Tribunal Penal Internacional ocorreram em contextos de guerra. Mas no Brasil o termo é frequentemente aplicado a situações de discriminação, desigualdade social, abuso policial, negligência com povos indígenas, omissão deliberada na pandemia, entre outras. São todos problemas gravíssimos, muitos passíveis de serem enquadrados no Código Penal, mas faz sentido chamá-los de “genocídio”, o pai de todos os crimes?

Analisar se a atuação de Israel na Faixa de Gaza entra na categoria de genocídio é mais plausível e já há gente qualificada se fazendo essa pergunta. Antes de chegar a esse que é o topo da escala de crimes previstos no Estatuto de Roma, já há elementos para considerar o enquadramento de atos das forças israelenses em crimes contra a humanidade, como a deportação ou transferência forçada de uma população, e de guerra, como atacar hospitais e ambulâncias (ou, no caso do Hamas, usar esses locais e a população civil como escudo).

.São questionamentos legítimos e necessários. Mas se a palavra “genocídio” vem com muita facilidade à mente, perde-se a credibilidade para vocalizar essa cobrança, sob o risco de virar piada. Resta deixar a outros que o façam.

 

ESCOLHA DE MELHOR MARCA DE SMARTPHONE ANDROID

Por Fred Lopes – Jornal Estadão

Celulares disputam a preferência do público, mas cada família é destinada a um público diferente

Na hora de escolher um smartphone Android, algumas marcas se sobressaem entre preferidos do público. Samsung e Xiaomi são dois dos principais selos – mas qual deles é mais vantajoso?

Com ampla diversidade do catálogo, dá para ficar confuso entre quem tem a melhor opção para o seu perfil. O Estadão Recomenda te ajuda a decidir qual celular combina mais com você.

O que há nesta matéria

  • Qual o melhor topo de linha entre Samsung e Xiaomi?
  • Qual o melhor smartphone intermediário entre Samsung e Xiaomi?
  • Tudo que recomendamos

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Qual o melhor topo de linha entre Samsung e Xiaomi?

O melhor celular da Samsung em 2023 é o Galaxy S23 Ultra, enquanto a Xiaomi tem como principal modelo o Xiaomi 13 Ultra – que não está à venda em lojas brasileiras.

O Samsung Galaxy S23 Ultra é um dos melhores smartphones de 2023. A câmera é sua principal vantagem frente ao concorrente: melhor definição de megapixels, 25% a mais de qualidade na gravação de vídeos, diafragma de maior abertura (permitindo fotos de melhor desfoque ao fundo), sensor de iluminação traseira e zoom com alcance 5x maior. Também vale a pena citar o fato de poder ser usado como computador – incluindo adição de periféricos – e inclusão de caneta.

Apesar da excelente câmera principal do Xiaomi 13 Ultra, as vantagens dele são outras: tem mais memória RAMtela mais brilhante, sensor infravermelho e melhor câmera frontal. Contudo, só é possível adqurir um modelo ao importar da China, uma baita desvantagem.

Veredicto: ambos aparelhos contam com preços bem salgados, mas o Samsung Galaxy S23 Ultra vale mais a pena – principalmente quando se leva em conta que a marca coreana garante mais tempo de atualização do Android do que a Xiaomi.

512GB

Samsung Galaxy S23 Ultra

Comprar em Amazon por R$ 10.499,00 R$ 7.499,00

Comprar em Girafa por R$ 10.499,00 R$ 7.999,00

*Comprar em Mercado Livre por R$ 6.879,00

*Preço sujeito à variação. Atualizado no dia 12/11/2023

256GB

Xiaomi 13 Ultra

Xiaomi 13 Ultra

*Comprar em AliExpress por R$ 4.469,15 (s/ imp.)

*Preço sujeito à variação. Atualizado no dia 12/11/2023

Qual o melhor smartphone intermediário entre Samsung e Xiaomi?

Se você busca por um bom celular mas não tem um orçamento tão folgado assim, os aparelhos intermediários apresentam as melhores soluções. Justamente por isso, eles também costumam ser os mais populares nas lojas: do lado da Samsung é possível encontrar a série A, enquanto pela Xiaomi existe a submarca Redmi. Entre ambas, destacamos o Galaxy A54 e o Xiaomi Redmi Note 12 Pro.

Tal qual na linha principal, o Samsung Galaxy A54 leva vantagem pela câmera: lentes secundárias da câmera traseira oferecem melhor resolução de megapixels, sensor de iluminação e a câmera frontal tem o dobro de qualidade. Também tem como diferencial slot para cartão de memória externo, recurso de tela sempre ativa e maior grau de proteção contra poeira e água.

Já o Xiaomi Redmi Note 12 Pro tem 4GB a mais de memória RAM, é dual chip, tem tela mais brilhante, tem sensor de infravermelho e câmera frontal melhor.

Veredicto: ambos os celulares estão em faixas de preços similares, mas o Xiaomi Redmi Note 12 Pro se sobressai como uma alternativa melhor entre os intermediários, por conta de seus recursos.

 

A AUTOMAÇÃO CRIA NOVAS FRENTES DE TRABALHO E INFLUI NA TRANSIÇÃO DE CARREIRA

 

Rodrigo Portes – Palestrante e Mentor de Vendas B2B – StartSe

Apesar de contribuir para que algumas áreas de atuação percam vagas para a automação, elas criam novas frentes de trabalho. Confira!

Em paralelo a taxas crescentes de desemprego, as crescentes inovações tecnológicas e a chegada da Indústria 4.0 são pontos cruciais quando o assunto é transição de carreira.

Apesar de contribuir para que algumas áreas de atuação percam vagas para a automação, elas criam novas frentes de trabalho, o que atrai jovens talentos e profissionais veteranos que desejam mudar de emprego e encontrar oportunidades em áreas mais aquecidas.

Conhecer quais são essas demandas e as habilidades buscadas para estas novas profissões pode ser uma virada de chave importante para quem está em busca de uma colocação no mercado de trabalho.

NOVAS PROFISSÕES DA INDÚSTRIA 4.0

Novas profissões como engenheiro de cibersegurança, mecânico de veículos híbridos, técnico em impressão de alimentos e operador de máquina high speed estão entre as profissões que irão despontar no mercado nos próximos anos.

Algumas delas podem demorar até 10 anos para se consolidar, mas a demanda já existe. A conclusão é de um levantamento realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

O Senai analisou de que forma as novas tecnologias — como realidade virtual, automação, internet das coisas e impressão 3D — estão influenciando a dinâmica de alguns setores da indústria brasileira.

São eles: automotivo, tecnologia da informação e comunicação, alimentos e bebidas, máquinas e ferramentas, construção civil, química e petroquímica, têxtil e vestuário e petróleo e gás.

A partir daí, mapeou as profissões (de nível médio e superior), que vão ganhar relevância nos próximos anos, bem como aquelas que serão criadas a partir do uso de novas tecnologias e novos equipamentos. Confira, a seguir, o que muda em cada setor:

SETOR AUTOMOTIVO

Com maior potencial transformador, o setor automotivo lida com o desenvolvimento de carros híbridos e diversas ferramentas veiculares para maior comodidade do motorista. As profissões que vão surgir no setor são:

Mecânico de veículos híbridos;

Mecânico especialista em telemetria;

Programador de unidades de controles eletrônicos;

Técnico em informática veicular.

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

A integração das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e da digitalização de processos afetou a maneira de se relacionar com a informação on-line. As profissões que vão surgir no setor são:

Analista de IoT (internet das coisas);

Engenheiro de cibersegurança;

Analista de segurança e defesa digital;

Especialista em big data;

Engenheiro de software.

ALIMENTOS E BEBIDAS

Os novos softwares permitem um maior controle de processos para a produção de diversos alcoolquímicos. Além disso, há maior facilidade para administrar áreas de plantio, e o uso de big data proporciona melhor previsão dos orçamentos. As profissões que vão surgir no setor são:

Técnico em impressão de alimentos;

Especialista em aplicações de TIC para rastreabilidade de alimentos;

Especialista em aplicações de embalagens para alimentos.

MÁQUINAS E FERRAMENTAS

Diversas tecnologias, como a realidade aumentada e equipamentos com melhor controle e precisão, resultam em outras dinâmicas na relação com máquinas e ferramentas. O uso de novos materiais também é destaque. As profissões que vão surgir no setor são:

Projetista para tecnologias 3D;

Operador de High Speed Machine;

Programador de ferramentas CAD/CAM/CAE/CAI;

Técnico de manutenção em automação.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Os sistemas de automação predial, cujo objeto é automatizar processos no canteiro de obra, bem como os novos materiais e ferramentas inteligentes para a construção civil, são destaques na área. As profissões que vão surgir no setor são:

Integrador de sistema de automação predial;

Técnico em construção seca;

Técnico em automação predial;

Gestor de logística de canteiro de obras;

Instalador de sistema de automação predial.

QUÍMICA E PETROQUÍMICA

Pesquisas focadas no aperfeiçoamento de novos produtos, somadas ao uso da internet das coisas (IoT) e à automação e robotização de diversos processos, ocasionam uma nova relação na produção deste segmento. As profissões que vão surgir no setor são:

Técnico em análises químicas com especialização em análises instrumentais automatizadas;

Técnico especialista em desenvolvimento de produtos poliméricos;

Técnico especialista em reciclagem de produtos poliméricos.

TÊXTIL E VESTUÁRIO

As ferramentas digitais proporcionam a otimização da modelagem dos produtos, objetivando a sua customização. As smart clothes são outro ponto forte da indústria. As profissões que vão surgir no setor são:

Técnico em projetos de produtos de moda;

Engenheiro de fibras têxteis;

Designer de tecidos avançados.

PETRÓLEO E GÁS

O desenvolvimento de novas tecnologias ligadas ao segmento petroquímico exige a preparação de novos profissionais. As profissões que vão surgir no setor são:

Especialista em técnicas de perfuração;

Especialista em sismologia e geofísica de poços;

Especialista em recuperação avançada de petróleo.

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Sabemos que a vida empresarial não é só trabalho. O Marketplace Valeon do Vale do Aço também oferece uma seção de entretenimento e lazer, onde os usuários podem descobrir eventos locais, pontos turísticos, restaurantes e muito mais. Essa abordagem holística permite que os empresários equilibrem o trabalho e a diversão, criando uma comunidade unida e fortalecendo os laços na região.

Foco no empreendedorismo:

O Marketplace Valeon do Vale do Aço é uma plataforma que nutre o espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos, também oferece orientação e suporte para os empresários que desejam iniciar seus próprios negócios. Com seções dedicadas a tutoriais, estudos de caso inspiradores e conselhos de especialistas, o marketplace incentiva e capacita os empreendedores a alcançarem seus objetivos.

Geração de leads para os empresários:

Uma das maiores vantagens do Marketplace Valeon do Vale do Aço é a capacidade de gerar leads qualificados para os empresários. Com um público-alvo altamente segmentado, a plataforma oferece a oportunidade de se conectar diretamente com potenciais clientes interessados nos produtos e serviços oferecidos pelas empresas cadastradas. Isso significa que os empresários podem aumentar sua visibilidade, expandir sua base de clientes e impulsionar suas vendas de forma eficiente.

Conclusão:

O Vale do Aço é uma região cheia de oportunidades e empreendedorismo, e o Marketplace Valeon do Vale do Aço se torna um recurso indispensável para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial abrangente, notícias atualizadas, diversão, suporte ao empreendedorismo e a geração de leads qualificados, o Marketplace Valeon se destaca como uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios na região. Não perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o poder do Marketplace Valeon do Vale do Aço para o seu sucesso empresarial.

A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:

• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.

• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas

para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.

• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.

• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.

• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.

• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:

a) Digitalização dos Lojistas;

b) Apoio aos lojistas;

c) Captura e gestão de dados;

d) Arquitetura de experiências;

e) Contribuição maior da área Mall e mídia;

f) Evolução do tenant mix;

g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;

h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;

i) Convergência do varejo físico e online;

j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;

k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;

l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;

m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.

Vantagens competitivas da Startup Valeon:

• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.

• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do Aço para os nossos serviços.

• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.

• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.

• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Proposta:

Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.

Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.

O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/)  tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

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sábado, 11 de novembro de 2023

LULA FAZ CALÚNIA CONTRA O BOLSONARO E DEPOIS DIZ QUE NÃO TEVE ESSA INTENÇÃO

História por admin3  • IstoÉ Dinheiro

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária para votar a Denúncia 1/2016, que trata do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff por suposto crime de responsabilidade. Participam: cantor Chico Buarque; Luiz Inácio Lula da Silva; advogado Marcello Lavenère. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse para o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 9, que “não tinha a intenção de caluniar” nem de “ofender a reputação ou a dignidade ou o decoro” de Jair Bolsonaro (PL) ao dizer que o ex-presidente flexibilizou a posse de armas de fogo “para agradar o crime organizado”.

O presidente, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), responde a um pedido feito por Bolsonaro para o petista explicar declarações feitas durante o “Conversa com o Presidente” do dia 25 de julho. O ex-presidente pode usar a resposta como prova para propor uma ação criminal pelos delitos de injúria, calúnia e difamação.

Três trechos das declarações de Lula nessa ocasião desagradaram Bolsonaro. No primeiro, o presidente disse que “esse decreto de liberação de arma que o presidente anterior fez era pra agradar o crime organizado”. No segundo, que “eles (governo Bolsonaro) tentaram preparar um golpe. Sifu (sic)”. O terceiro, por fim, diz que a gestão passada queria criar “o Ministério das Armas, o Ministério da Violência, o Ministério das Fake News, o Ministério da Mentira”.

Os advogados de Bolsonaro pediram que o presidente explique o que significa a expressão “sifu”, o que quis dizer com essas três afirmações e se as diria novamente. O relator é o ministro André Mendonça, que abriu prazo para Lula se explicar.

O argumento que a AGU usa na manifestação é de que não há qualquer tipo de ilícito nas declarações do presidente e que ele agiu dentro dos limites da liberdade de expressão do debate político. “Nada há de ofensivo ou equívoco nas declarações veiculadas na exordial, mas cuida-se de exercício regular de direito de crítica, dentro do debate político”, diz a resposta de Lula, que é assinada pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, um dos favoritos para a vaga aberta pela aposentadoria de Rosa Weber no STF.

Ao dizer que o presidente “não teve intenção”, a AGU afirma que não houve “dolo” nas suas declarações. Isso é um dos requisitos legais para a existência dos crimes de injúria, calúnia e difamação. “Não basta que as palavras sejam aptas a ofender, sendo necessário que sejam proferidas com esta finalidade, sob pena de criminalizar-se o exercício da crítica, manifestação do direito fundamental à liberdade de expressão”, diz Messias na manifestação em que representa Lula.

Bolsonaro também move queixa-crime contra Lula

No dia 24 de outubro, Bolsonaro acionou o Supremo, mas de forma mais incisiva. Dessa vez, ele pede que Lula seja condenado criminalmente por declarações feitas na cerimônia de sanção da Lei Paulo Gustavo, vetada pelo ex-presidente.

Na ocasião, que ocorreu dia 11 de maio, além de prometer investigações, Lula chamou Bolsonaro de “paladino da discórdia, paladino da ignorância e paladino do negacionismo”. No discurso, o petista também mencionou uma mansão, de propriedade do irmão do tenente-coronel Mauro Cid, no sul da Califórnia (EUA).

Bolsonaro acusa o petista de injúria e difamação por tê-lo vinculado à mansão da família do ex-ajudante de ordens da Presidência. O caso foi distribuído para o gabinete do ministro Luiz Fux e aguarda decisão do magistrado.

O post Lula diz ao STF que não quis caluniar Bolsonaro ao criticar flexibilização do acesso a armas apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

GOVERNO LULA QUER BRIGAR COM ISRAEL DEVIDO ENCONTRO DO BOLSONARO COM O SEU EMBAIXADORR

 

História por Leandro Prazeres e Mariana Sanches – Da BBC News Brasil em Brasília e em Washington  • BBC News Brasil

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Diplomatas ouvidos pela BBC News Brasil descartam, pelo menos por ora, a adoção de medidas consideradas drásticas do ponto de vista diplomático contra o governo israelense© Getty Images

Países que mantêm relações diplomáticas há décadas, Brasil e Israel vivenciaram, nas últimas semanas, uma série de episódios que, segundo diplomatas, criaram tensão entre os governos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A série de eventos que tensionou as relações entre os dois países tem como pano de fundo o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza. O conflito começou no dia 7 de outubro, após uma série de ataques coordenados pelo Hamas que resultou na morte de pelo menos 1,4 mil pessoas.

Como resposta, Israel lançou uma campanha militar na Faixa de Gaza que, segundo o Ministério da Saúde da região, controlado pelo Hamas, já matou mais de 10 mil pessoas.

O governo brasileiro emitiu notas condenando os ataques praticados pelo Hamas, por um lado, e, por outro, tentou viabilizar uma resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que previa um cessar-fogo.

A resolução, no entanto, não foi aprovada.

Em meio à possibilidade de escalada no conflito, pelo menos três eventos vêm criando tensão entre os dois países: o encontro entre o embaixador do país no Brasil, Daniel Zonshine, com parlamentares de oposição e com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); a demora na liberação pelo governo israelense de brasileiros e seus familiares que tentam deixar a Faixa de Gaza para fugir do conflito; e as declarações de autoridades israelenses sobre uma operação da Polícia Federal que prendeu dois brasileiros suspeitos de fazerem parte do Hezbollah e planejarem uma série de ataques no Brasil.

Diplomatas ouvidos pela BBC News Brasil admitem que esses episódios afetaram as relações entre os dois países, mas descartam, pelo menos por ora, a adoção de medidas consideradas drásticas do ponto de vista diplomático contra o governo israelense.

Confira abaixo os detalhes dos episódios que vem abalando as relações entre Brasil e Israel.

Encontro entre Bolsonaro e embaixador de Israel

Demora na liberação de brasileiros

Um dos episódios que, aparentemente, gerou mais estresse nas relações entre os dois países foi o encontro entre o embaixador de Israel, Daniel Zonshine, com parlamentares de oposição e com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na quarta-feira (8/11), no Congresso Nacional, em Brasília.

Ao longo do encontro, os parlamentares usaram o evento para tecer críticas ao governo Lula. Bolsonaro, por sua vez, ficou conhecido nos últimos anos por ser um apoiador do Estado de Israel. Desde o início do conflito, ele fez críticas à atuação do governo Lula em relação à crise na Faixa de Gaza e associou o Hamas a Lula citando uma nota divulgada pelo grupo palestino parabenizando a vitória do petista nas eleições de 2022.

Em entrevista ao portal UOL, Zonshine disse, no entanto, que a ideia original do encontro não era transformá-lo em um evento político, mas mostrar imagens referentes aos ataques praticados pelo Hamas a alvos israelenses no dia 7 de outubro.

“A ideia do evento era demonstrar para representantes do governo brasileiro o que aconteceu no dia 7 de outubro. Convidamos parlamentares de vários partidos, incluindo o PT, para participar e para ver. Não era intenção fazer isso como um evento político”, disse o embaixador ao UOL.

Em nota divulgada em suas redes sociais, a Embaixada de Israel diz que “a presença do ex-presidente não foi coordenada pela Embaixada de Israel e não era de conhecimento antes do evento, ocorrendo de forma fortuita”.

A versão foi a mesma dada pelo advogado e ex-secretário de comunicação de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten. Em seu perfil no X (antigo Twitter), o advogado disse que o encontro entre os dois aconteceu “de surpresa”.

Um diplomata ouvido pela BBC News Brasil em caráter reservado, no entanto, classificou o episódio como “grave” e disse que, na avaliação do governo, Zonshine já vinha “inviabilizando” sua posição como representante do governo isralense no Brasil com atitudes como essa.

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT) criticou a postura do embaixador e classificou o encontro com Bolsonaro como uma intromissão indevida na política brasileira.

“Mais uma vez o embaixador de Israel no Brasil intrometeu-se indevidamente na política interna de nosso país, num ato público com o inelegível Jair Bolsonaro, realizado em pleno Congresso Nacional”, disse a deputada em seu perfil no X.

No início do mês, Zonshine já havia se reunido com parlamentares do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Israel, composto por diversos deputados federais de oposição que criticaram a resposta do Brasil ao conflito na Faixa de Gaza como o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Fotos do encontro chegaram a ser divulgadas no perfil da Embaixada de Israel no X, antigo Twitter.

Também em outubro, o embaixador criticou uma resolução do PT sobre o conflito que disse que o governo de Israel realizava um “genocídio” contra a população da Faixa de Gaza. Em entrevista ao portal Poder 360, Zonshine disse que o partido havia perdido a “noção de humanidade”.

Na ocasião, em meio a esses episódios, o embaixador israelense foi convidado para uma reunião no Itamaraty, o que na linguagem diplomática significa um estremecimento nas relações entre os países.

A BBC News Brasil questionou a Embaixada de Israel sobre as motivações do encontro entre Bolsonaro e Daniel Zonshine, mas nenhuma resposta foi enviada até o fechamento desta reportagem.

Em meio às críticas, um diplomata ouvido pela BBC News Brasil em caráter reservado disse nesta semana que a orientação no governo brasileiro é evitar “ruídos” nas relações entre os dois países e que o foco, agora, seria garantir a repatriação dos brasileiros e seus familiares que aguardavam, na Faixa de Gaza, autorização para irem ao Egito.

Segundo ele, o Brasil não tomaria nenhuma medida contra o embaixador antes de esse assunto estar resolvido.

A situação dos brasileiros na Faixa de Gaza, aliás, vinha sendo outro ponto de tensão nas relações entre os dois países.

Imagem de satélite mostra a passagem de Rafah, por onde alguns estrageiros e feridos já foram liberados de Gaza© Maxar Technologies/Handout via REUTERS

Um outro ponto indicado por fontes diplomáticas ouvidas pela BBC News Brasil como complementar ao tensionamento das relações entre Brasil e Israel foi a demora do governo de Tel Aviv para liberar o grupo de 34 brasileiros e seus familiares que aguardam uma autorização do governo israelense para deixar a Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito.

Um diplomata ouvido pela BBC News Brasil disse que o país não tomaria nenhuma medida diplomática mais drástica contra Israel como convocar seu embaixador o país enquanto o grupo ainda não tiver retornado ao Brasil.

Segundo ele, o Brasil não “brigaria com o dono da fila”, em menção à fila de palestinos querendo deixar a Faixa de Gaza.

A evacuação de palestinos em direção ao Egito pela cidade palestina de Rafah foi uma das consequências dos intensos bombardeios israelenses à Faixa de Gaza. Milhares de pessoas se deslocaram do norte da região para o Sul com a expectativa de deixar a área em direção ao Egito.

A fronteira, no entanto, vem sendo mantida fechada pelas autoridades de Israel e Egito e a saída da Faixa de Gaza só vem ocorrendo por meio de listas elaboradas pelo governo israelense.

A primeira liberação ocorreu no dia 1º de novembro. Havia a expectativa de que o grupo de brasileiros seria liberado até quarta-feira (8/11), mas isso não aconteceu.

Na quinta-feira, o Itamaraty divulgou um comunicado afirmando que o ministro das Relações Exteriores, Eli Cohen, teria garantido ao ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, que os brasileiros seriam liberados a atravessar a fronteira nesta sexta-feira (9/11).

Até o momento da publicação desta reportagem, ainda não tinha sido confirmado se os brasileiros já atravessaram a fronteira.

No Brasil, começaram especulações sobre uma possível retaliação de Israel ao Brasil por conta de sua atuação na presidência do Conselho de Segurança da ONU durante o mês de outubro, quando o país tentou aprovar uma resolução prevendo um cessar-fogo. A proposta brasileira foi rejeitada com o veto dos Estados Unidos, principal aliado de Israel.

Outro motivo para a suposta retaliação seria o fato de o Brasil não classificar o Hamas como uma entidade terrorista, ao contrário do que fazem países como os Estados Unidos.

Oficialmente, o Itamaraty afirma que o Brasil segue a classificação feita pela ONU, que apesar de condenar os ataques praticados pelo Hamas, não classifica o grupo como terrorista.

Em comunicado divulgado pela Embaixada de Israel na quinta-feira, o país nega ter imposto dificuldades para liberar os brasileiros.

“Se afirma que o governo israelense jamais criou obstáculos ou preteriu a saída dos brasileiros de Gaza. Brasil e Israel têm laços fortes e fraternos desde a fundação do Estado de Israel e nosso esforço é para fortalecer cada vez mais essa amizade”, disse um trecho do comunicado.

Na nota divulgada pelo Itamaraty na quinta-feira, a justificativa dada pelo governo de Israel para a demora na liberação dos brasileiros seria os “fechamentos inesperados na fronteira”.

Durante uma reunião convocada pelo governo francês, em Paris, para garantir ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza, Celso Amorim usou o termo genocídio para se referir às mortes de crianças causadas pelas ações militares israeleneses na região.

“A morte de milhares de crianças é chocante. A palavra genocídio inevitavelmente vem à mente”, disse Amorim durante um discurso.

De acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, administrado pelo Hamas, pelo menos 10,5 mil pessoas morreram desde o início das ações militares israelenses na região. Desse total, aproximadamente 4,3 mil seriam crianças.

Nota do Mossad e a resposta de Flávio Dino

‘Apreciamos a cooperação internacional cabível, mas repelimos que qualquer autoridade estrangeira cogite dirigir os órgãos policiais brasileiros’, escreveu o ministro Flávio Dino na rede social X© Andre Borges/EPA-EFE/REX/Shutterstock

No mesmo dia em que Bolsonaro e o embaixador de Israel se encontravam, um outro episódio ajudava a complicar as relações entre Brasil e Israel: a Operação Trapiche, da Polícia Federal.

A PF prendeu dois suspeitos de terem ligação com o grupo islâmico Hezbollah no Brasil que teriam planejado uma série de ataques a alvos ligados à comunidade judaica brasileira.

A operação contou com o apoio de serviços de inteligência dos Estados Unidos e do Mossad, o serviço de inteligência israelense. Ao longo do dia, o Mossad divulgou uma nota parabenizando a PF brasileira, mas seu conteúdo gerou desconforto no governo brasileiro.

Em nota atribuída ao Mossad e enviada à imprensa pelo gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, os israelenses dizem que a ação “frustrou um ataque terrorista no Brasil, planejado pela organização terrorista Hezbollah, dirigida e financiada pelo regime iraniano”.

No texto, o Mossad “agradece” a Polícia Federal e, sem dar nomes, cita que outros agentes de segurança internacional também se envolveram na investigação que levaram às prisões.

A BBC News Brasil apurou que agentes americanos do Federal Bureau of Investigation (FBI) também tomaram parte na investigação. O Departamento de Estado, no entanto, afirmou à BBC News Brasil via porta-voz que “sua política é não comentar investigações brasileiras em andamento” e que, para mais informações, a Polícia Federal deveria ser consultada.

Em contraste, a nota do Mossad diz ainda que no Brasil, a “célula terrorista” teria como alvos instituições judaicas e israelenses. Ainda sobre o assunto, o embaixador israelense Daniel Zonshine disse ao jornal O Globo que “se (integrantes do Hezbollah) escolheram o Brasil, é porque tem gente que os ajuda (no país)”.

Sob intensa pressão doméstica por não ter antecipado os ataques do grupo palestino Hamas que, em 7 de outubro, mataram 1,4 mil pessoas em território israelense, os serviços de inteligência do país já vieram a público se desculpar junto à população. O próprio governo Netanyahu enfrenta forte pressão da opinião pública pelas falhas de segurança.

As manifestações dos israelenses sobre a operação da PF geraram extensa cobertura do caso pela imprensa do país. E causaram mal-estar nas autoridades brasileiras.

Uma fonte da Polícia Federal com quem a BBC News Brasil falou em caráter reservado disse que a instituição e membros do governo não gostaram do que chamaram de instrumentalização política da operação.

A interpretação, segundo essa fonte, é de que o governo israelense, que enfrenta críticas internas intensas desde os ataques do Hamas, teria usado a operação para desviar as atenções e dar a impressão de que o Brasil seria um aliado de Israel no combate ao grupo libanês.

A BBC News Brasil questionou a Embaixada de Israel sobre as alegações de que a operação da PF estaria sendo politicamente instrumentalizada por autoridades israelenses, mas até o fechamento desta reportagem, nenhuma resposta foi enviada.

Em nota, sem citar o Mossad, a Polícia Federal “repudiou” comentários feitos por autoridades estrangeiras no caso da Operação Trapiche.

“A PF se utiliza da cooperação internacional como instrumento para combater de maneira eficaz a criminalidade organizada transnacional e para preservar a segurança interna. Para isso, todas as suas ações são técnicas, balizadas na Constituição Federal e nas leis brasileiras. Não cabe à PF analisar temas de política externa. Contudo, manifestações dessa natureza violam as boas práticas da cooperação internacional e podem trazer prejuízos a futuras ações nesse sentido”, diz a nota da instituição.

Ao mencionar o Irã em sua nota, rival histórico de Israel no Oriente Médio, o Mossad causou uma saia justa diplomática ao Brasil.

O Itamaraty sequer havia sido avisado de antemão da Operação Trapiche, tratada estritamente como uma ação policial, e não diplomática.

A diplomacia brasileira, por sua vez, viu a nota de Israel como pressão indevida.

Uma fonte da cúpula do Itamaraty afirmou à BBC News Brasil que houve a sensação de que “foram colocados os pingos nos is” quando o ministro da Justiça, Flávio Dino, veio a público, na manhã de quinta-feira, por meio da rede social X, para dizer que “apreciamos a cooperação internacional cabível, mas repelimos que qualquer autoridade estrangeira cogite dirigir os órgãos policiais brasileiros, ou usar investigações que nos cabem para fins de propaganda de seus interesses políticos”.

Dino reafirmou que as investigações estão em andamento e que nenhuma conclusão pode ainda ser tomada. Segundo o ministro, as provas do caso serão exclusivamente avaliadas pelas autoridades brasileiras para decidir como proceder em relação ao caso junto à Justiça brasileira.

A Polícia Federal trata o assunto com sigilo, sem divulgar sequer os nomes dos suspeitos presos e procurados.

STF NÃO DESISTE DE PERSEGUIR O SERGIO MORO

História por CdB  • Correio do Brasil

O grampo ilegal, em 2016, foi exposto e abriu um amplo debate sobre a legalidade das ações do magistrado na época da operação supostamente anticorrupção que abriu espaço para o fascismo e a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), que levou Moro para sua equipe de ministros.

Por Redação – de Brasília

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso recusou levar adiante o recurso apresentado pela União, em que contesta o pagamento de indenização por danos morais, fixada em R$ 50 mil, ao advogado Roberto Teixeira, que atuou na defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a Operação Lava Jato.

O ministro Luís Roberto Barroso complica a vida do senador Sérgio Moro© Fornecido por Correio do Brasil

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) havia responsabilizado a União pelo pagamento da indenização, argumentando que a 13ª Vara Federal de Curitiba, então sob comando do ex-juiz suspeito e incompetente Sérgio Moro (UB-PR), hoje senador, não poderia ter autorizado interceptações telefônicas contra o escritório de advocacia. A decisão do TRF-3 enfatizou a ilegalidade da quebra de sigilo.

O grampo ilegal, em 2016, foi exposto e abriu um amplo debate sobre a legalidade das ações do magistrado na época da operação supostamente anticorrupção que abriu espaço para o fascismo e a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), que levou Moro para sua equipe de ministros.

Lava Jato

O STF analisa, ainda, outro pedido de investigação contra Sérgio Moro a pedido do doleiro Alberto Youssef, que ingressou com um pedido para que fosse investigada a manipulação de provas relacionada à Lava Jato. A ação acusa o hoje senador de atuar irregularmente para omitir a existência de um grampo ilegal na cela do doleiro. A ação permanece em sigilo, na Corte Suprema, mas seu teor foi vazado para a mídia conservadora.

Na petição ao STF, a defesa de Youssef juntou depoimentos, relatórios internos da Polícia Federal (PF) e mesmo trechos de decisões de Moro como juiz para fundamentar a investigação.