O candidato à Presidência da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza), afirmou que a relação do país no Mercosul é um “estorvo” econômico. Também disse que o Estado “não deve intervir em relações comerciais”.
As declarações foram dadas na noite deste domingo (12.nov.2023),
durante debate com Sergio Massa (Unión por la Patria), que também
concorre ao governo argentino. O 2º turno das eleições no país será em
19 de novembro.
“Quando o Estado intervém nas relações comerciais privadas, se torna um estorvo. […] Estorvo também é a relação com o Mercosul, que está parado e não vai para nenhum lado”, disse Milei.
Massa questionou Milei sobre as relações econômicas da Argentina com o Brasil e a China. Milei esquivou em dizer “sim” ou “não”, e voltou a falar que o Estado não deveria intervir em relações comerciais privadas.
CONHEÇA OS CANDIDATOS:
Javier Milei, coalizão La Libertad Avanza
Nascido em 22 de outubro de 1970 em Buenos Aires, Milei é
formado em economia pela Universidade de Belgrano. Tem 2 mestrados
cursados no Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social e na
Universidade Torcuato di Tella.
Foi economista-chefe da empresa de previdência privada Máxima AFJP e da empresa de assessoria financeira Estudio Broda.
Também trabalhou como economista sênior do HSBC e como assessor
econômico do militar e ex-deputado Antonio Domingo Bussi, acusado de
crimes contra a humanidade cometidos quando foi governador de Tucumán.
O argentino de 52 anos integra ainda o B20 (Business 20), grupo de diálogo relacionado ao G20 para o setor empresarial, e o Fórum Econômico Mundial. Também já atuou como professor universitário de disciplinas sobre economia.
Na política, Milei foi eleito em 2021 para deputado. Ele se apresenta como um político de direita conservador “diferente de tudo que está aí” e usa o lema “contra a casta política”, que, segundo o deputado, refere-se aos políticos argentinos que vivem do Estado, fazem políticas “contra a população” e que não resolvem os problemas do país.
Sergio Massa, partido Unión por la Patria
Sergio Tomás Massa,
51 anos, nasceu em 28 de abril de 1972 na cidade de San Martín, na
província de Buenos Aires. É formado em Direito pela Universidade de
Belgrano.
Sua carreira política começou em 1999, quando foi eleito deputado
provincial de Buenos Aires. Três anos depois, em 2002, foi indicado pelo
então presidente argentino, Eduardo Duhalde, para comandar a Anses (Administração Nacional de Segurança Social). Ele ficou na função por 5 anos.
Em 2007, Massa, já adepto ao kirchnerismo –ideologia política de
esquerda relacionada ao ex-presidente Néstor Kirchner e a Cristina
Kirchner, atual vice-presidente da Argentina–, foi eleito prefeito da
cidade de Tigre, na província de Buenos Aires.
No entanto, teve que deixar o cargo por ser nomeado, em julho de
2009, Chefe de Gabinete da então presidente Cristina Kirchner. Ele
permaneceu no cargo por quase 1 ano. Depois desse período, Massa
retornou à prefeitura de Tigre, e foi reeleito em 2011. Ele também atuou
como deputado nacional de 2013 a 2017 e de 2019 a 2022.
Nas eleições presidenciais de 2019, o advogado chegou a cogitar sua
candidatura, mas desistiu para apoiar a chapa de Alberto Fernández e
Cristina Kirchner, atuais governantes da Argentina.
Em 3 agosto de 2022, Massa deixou o cargo de deputado e se tornou o
3º ministro da Economia da gestão de Fernández. Ele passou a comandar o
órgão depois que o presidente decidiu unificar os ministérios da
Economia, Desenvolvimento Produtivo e Agricultura, Pecuária e Pesca em
uma tentativa de centralizar as ações para solucionar a crise econômica
do país.
ELEIÇÕES
As eleições presidenciais argentinas são realizadas a cada 4 anos. Os
candidatos à Presidência precisam de ao menos 45% dos votos válidos
–excluídos brancos e nulos– ou 40% e uma diferença de 10 pontos
percentuais em relação aos demais candidatos para vencer em 1º turno.
Conforme a Direção Nacional Eleitoral da Argentina,
os eleitores devem apresentar um documento de identidade em sua seção
eleitoral para votar. O mesário entrega um envelope vazio e o eleitor se
dirige a uma cabine, a chamada “sala escura”.
Então, o eleitor seleciona a cédula de preferência dos candidatos em
disputa (individual ou por partido) e a insere dentro do pacote. Depois,
deposita na urna e assina o registro eleitoral. Envelopes com
irregularidades, como mais de um candidato, são considerados votos
nulos.
Segundo o Código Eleitoral Nacional, o voto é contabilizado como nulo quando é emitido em cédula não oficial, ou que contenha rasura, ou contenha objetos estranhos. Já o voto branco é quando o envelope estiver vazio ou com papel de qualquer cor, sem inscrições ou imagens.
O voto nas eleições nacionais é obrigatório para todos os cidadãos
com idade de 18 a 70 anos. O eleitor que não votar e não justificar a
ausência fica impedido de disputar cargos públicos. Quem não votar deve
pagar uma multa que varia de 50 a 500 pesos (cerca de R$ 0,70 a R$
6,96), a depender da região em que é feita a votação. No Brasil, quem
não justificar a ausência, deve pagar uma multa de RS$ 3,51 por cada
turno não votado.
Atualmente, a Argentina tem 35,8 milhões de eleitores, sendo que 449
mil moram no exterior. A população total do país é de 46,2 milhões.
Após ser alvo de polêmica por questões relacionadas ao agronegócio na prova de Ciências Humanas, no último domingo, 5, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) voltou
a abordar temas relacionados ao setor agrícola neste domingo, 12,
quando os estudantes fizeram as provas de Ciências da Natureza e
Matemática. Conhecimentos sobre pesticidas e as consequências do
desmatamento foram cobrados dos alunos. Segundo professores de
cursinhos, as perguntas eram indiretas, sem críticas claras ao agro.
No último domingo, 5, deputados ligados ao agronegócio criticaram a
“ideologização do Enem” por perguntas que, segundo eles, teriam viés
ideológico. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) chegou a pedir a
anulação de três questões sobre a exploração do Cerrado e os prejuízos
do agronegócio para os camponeses e o desmatamento da Amazônia no
cultivo da soja. A anulação foi descartada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Na prova deste domingo, uma das questões abordava o uso de pesticidas e
perguntava quais amostras de fluidos humanos poderiam conter maior
concentração deste produto. “Existe o inseticida e a prova mostrava a
sua composição, a sua fórmula. Depois, ela diz que o pesquisador coleta
fluidos biológicos de uma população, de sangue, de saliva, da urina e do
leite. A prova pergunta em qual desses fluidos o pesquisador encontrou a
maior concentração dessa substância. É uma questão técnica, natural de
exames desse tipo”, avalia o professor Ademar Celedônio, diretor de
Ensino e Inovações do SAS Plataforma de Educação.
O tema do desmatamento também foi abordado, mas de maneira indireta,
falando sobre redução de população de abelhas e uma possível intervenção
para evitar o declínio no número desses insetos.
“Um dos grandes motivos da extinção das abelhas é a falta de regiões
onde elas possam produzir suas colmeias em segurança. Uma das ações
possíveis para reverter esse quadro é o replantio de árvores nativas”,
explica Caê Lavor, diretor de Ensino Médio e Avaliações do SAS
Plataforma de Educação. De acordo com o professor de Biologia Diogo
Diaz, do Colégio e Curso AZ, o uso de pesticidas foi citado em uma das
alternativas, mas essa não era a resposta correta.
Outra questão abordava a baixa fertilidade dos solos amazônicos e uma
técnica utilizado por antigos habitantes da região para torná-la
fértil. O tema, porém, foi usado para cobrar conhecimentos sobre
conceitos físico-químicos, como eletronegatividade.
Claudia Costin, presidente do Instituto Singularidades, afirma que as
questões não incentivam uma visão negativa do agronegócio. “Não vejo
nada de ideológico. Não é porque fala da proteção do solo e da
inadequação do solo para determinadas formas de agricultura, como diz
uma das perguntas, que isso envolve um conteúdo contra o agronegócio.
Isso é consenso científico”, diz. “Nenhuma das perguntas parece ter
preconceito ou incentivo a uma visão negativa do agronegócio”.
MEC anula questão que já havia caído em 2010
O Ministério da Educação (MEC) decidiu anular uma questão neste ano
porque ela já havia caído na edição de 2010. A informação foi confirmada
em entrevista coletiva na noite deste domingo, 12. A pergunta pedia ao
candidato para interpretar um gráfico sobre os grupos que estavam mais
expostos ao vírus da gripe A-H1N1 por estarem com baixa cobertura
vacinal.
A questão 177 da prova amarela já havia sido cobrada na prova
aplicada em 2010 na edição PPL (pessoas privadas de liberdade). A
elaboração do Enem pressupõe apenas perguntas inéditas. A repetição dos
itens foi identificada por professores da SAS – Plataforma de Educação.
Amadurecimento do abacate, Síndrome de Down e a TPM entre os temas
Sabrina Bileski, coordenadora de Avaliações no SAS Educação, destaca
que os temas deste segundo dia de provas estavam relacionados ao
cotidiano, aproximando o ensino do dia a dia do aluno. Entre os exemplos
da prova de biologia estão vacinação (tecnologia do RNA mensageiro,
usada contra covid-19), a gravidez de um casal com síndrome de Down e as
causas hormonais da Tensão Pré-Menstrual (TPM). “Outra questão
perguntou por que o abacate amadurece mais cedo em determinadas
situações”, exemplifica.
“Duas questões sobre covid e imunização é algo que pode ser
considerado como um tópico atual e relevante, tendo em vista a discussão
da vacina nos últimos anos. Na maior parte das vezes, as questões não
são elaboradas no mesmo ano da prova, mas ainda assim, é algo
importante”, comleta Daniel Balbinot, coordenador pedagógico do
Poliedro.
Uma conversa entre Cascão e Cebolinha, personagens da Turma da
Mônica, por meio de um telefone improvisado com barbante, foi usada para
abordar noções de ondas sonoras na prova de física, o que chamou a
atenção de Pedro Lopes, editor de Avaliações no SAS Educação.
Virgílio Aveiro, professor de Química da Escola SEB Lafaiete, cita
uma questão sobre o funcionamento das usinas nucleares de Chernobyl e
Fukushima. “A prova de química foi muito bem dividida, com leitura
rápida, questões conceituais e poucos cálculos. Senti ausência da
eletroquímica e termoquímica, que são assuntos bem cobrados em edições
anteriores do Enem”.
As questões de matemática enfatizaram conceitos de matemática
financeira, abordando juros e investimentos. Uma pergunta envolvia o uso
de aplicativos de transporte e de entrega de comida; outra mencionava
os gastos calóricos com práticas esportivas.
“De forma geral, foi uma prova leve, com contas que não davam muito
trabalho. Os conteúdos estavam bem definidos e os textos eram diretos e
objetivos. O aluno batia o olho na questão e já sabia do que se
tratava”, avalia Thiago Galrão, professor de Matemática do Colégio e
Curso AZ.
Ao analisar a prova como um todo, Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho da Poli,
afirma que a “prova de Ciências da Natureza foi menos interpretativa e
mais conceitual, exigindo um estudante que soubesse conceitos de física,
química e biologia”.
A prova foi “excelente”, na opinião de Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora Pedagógica do Objetivo.
“Textos mais curtos que não dariam trabalho. Pais e professores vão
perceber que elas estão claras, bem formuladas e atualizadas. Foi uma
prova criativa, pedindo o conteúdo do Ensino Médio”.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A continuidade do trabalho remoto no
governo federal após a pandemia de Covid-19 opõe servidores públicos e
os comandantes de ministérios e estatais. Enquanto gestores querem a
volta ao presencial, funcionários defendem o home office.
O caso mais extremo é o da Dataprev, onde cerca de 10% do quadro de
funcionários entrou na Justiça para continuar a trabalhar de casa depois
de o sindicato da categoria assinar um acordo com o comando da empresa
aceitando a volta ao presencial.
Na administração direta e nas autarquias, o teletrabalho é regido
pelo PGD (Programa de Gestão e Desempenho). As empresas públicas e de
economia mista não estão incluídas e têm autonomia para estabelecer
programas semelhantes.
No PGD, o servidor combina com a chefia uma série de tarefas que
precisarão ser cumpridas em um determinado período. Com o cronograma
estabelecido, a pessoa fica dispensada de bater o ponto presencialmente,
podendo cumprir suas atividades de onde estiver.
O PGD é facultativo e cada órgão é responsável por normatização,
fomento, execução e monitoramento. Assim, as regras podem variar de
lugar para lugar.
“Entre as atividades que, preferencialmente, poderão ser executadas
de forma remota estão as que demandam maior esforço individual e menor
interação com outros agentes públicos”, afirmou, em nota, o Ministério
da Gestão e Inovação em Serviço Público
“Da mesma forma, a adoção do teletrabalho não poderá ocorrer caso as
atividades exijam a presença física do participante na unidade ou que
sejam executadas externamente”, disse a pasta.
A Folha de S.Paulo procurou todos os 38 ministérios para saber o
quantitativo de servidores em teletrabalho, dos quais 18 responderam.
Juntos, afirmaram ter 14,5 mil funcionários em regime híbrido ou
totalmente remoto, de um total de 36,3 mil.
O órgão com a maior quantidade relativa de servidores em teletrabalho
é a AGU (Advocacia-Geral da União), que tem 42% do quadro em
teletrabalho.
Apesar da alta adesão, o teletrabalho está longe de ser unanimidade
entre os gestores públicos. Membros do alto escalão do governo que não
quiseram se identificar se queixam da modalidade, que, segundo eles,
dificulta mudanças de cultura e implementação de novas políticas nos
órgãos.
A face mais pública dessa visão é a do ministro da Previdência,
Carlos Lupi, que tente reduzir a fila para perícias médicas realizadas
pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Hoje, entre 30% e 40% do quadro de servidores está no trabalho
remoto, e Lupi disse que quer levar esse número a zero até o fim deste
ano.
Na Dataprev, a atual gestão resolveu dar um cavalo de pau na política
de teletrabalho e mudou a permissão para ficar totalmente remoto e sem
obrigação de morar no local de lotação para um modelo híbrido com
presença em três dias da semana.
O problema é que muitos funcionários não podem ou não querem voltar
para o presencial e adequaram sua vida para o remoto a partir da adoção
da política de teletrabalho em definitivo da gestão anterior.
Por causa disso, tentaram primeiro administrativamente manter o
regime a distância, uma vez que a empresa permite a situação em casos
excepcionais. Muitos dos pedidos foram negados.
A empresa afirmou que tem hoje 2.900 funcionários, dos quais 1.800 estão em regime híbrido e 127 no teletrabalho integral.
O segundo caminho tentado foi via movimentação sindical. Os
servidores chegaram a incluir a demanda pelo trabalho remoto entre os
tópicos a serem discutidos com a companhia na negociação da data-base e
se sentiram traídos quando um acordo sem o assunto foi assinado.
Diversos funcionários da Dataprev entraram com uma ação na Justiça
contra o próprio sindicato para cancelar a parte do acordo que fala
sobre o trabalho remoto.
Os servidores da Dataprev são representados pela Fenadados (Federação
Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados,
Serviços em Informática e Similares), que não respondeu aos
questionamentos da reportagem.
Muitos deles conseguiram liminares judiciais coletivas -decisões provisórias- para manter o teletrabalho completo.
Questionada sobre quantos funcionários estavam nessa situação, a
Dataprev afirmou que eles representam aproximadamente 60% dos empregados
no Rio de Janeiro, em São Paulo, na Paraíba, no Ceará e no Rio Grande
do Norte. A companhia não disse o total de funcionários nesses locais.
A empresa defendeu ainda o modelo híbrido, que, segundo ela, “é
importante para intensificar uma cultura de criatividade e engajamento”.
“O objetivo do novo modelo de trabalho é atender, com melhor
qualidade e eficiência, as demandas de seus clientes públicos”, afirmou.
Os funcionários da Dataprev questionam esse argumento. Um manifesto
escrito por eles diz que “o índice de absenteísmo apresentou queda
vertiginosa [com o teletrabalho], indo de uma média de pouco mais de
nove dias, em 2019, para uma média de menos de seis dias, de 2020 a
2022”.
Eles apontam também “um aumento de cerca de 50% do seu lucro do ano
de 2019 para 2022, que não é decorrente de seu faturamento, visto que
este se manteve estável próximo de R$ 1 bilhão”.
“Graças a esse novo modelo de trabalho neste ano foram pagos
dividendos e JSCP [juros sobre capital próprio] à União e ao INSS na
importância de R$ 389 milhões, ante os quase R$ 36 milhões pagos em
2020, mas referente ao resultado de 2019, pois em 2021, foram pagos
quase R$ 191 milhões”, diz o texto.
A Folha de S.Paulo conversou com dois funcionários da Dataprev que
querem manter o teletrabalho por motivos de saúde e que não moram mais
na cidade onde são lotados.
O analista de TI Ivan Linhares trabalhava no Rio de Janeiro, mas hoje mora em Cachoeira Paulista (SP).
Na capital fluminense, ele desenvolveu síndrome do pânico. A isso se
somou um problema na coluna pouco antes de a pandemia da Covid chegar ao
Brasil.
“Com a pandemia vi que era possível fazer todas as atividades em
teletrabalho, inclusive trabalho ainda mais porque poupo o tempo com
várias coisas, como o transporte”, disse.
Giuliane Souza também deixou o Rio de Janeiro. Ela se mudou para
Manaus assim que a empresa permitiu morar em uma cidade diferente.
“Tenho seis anos de Dataprev, tenho problema de saúde e tirei 25 dias
em dois anos e meio até o começo da pandemia. De três anos e meio para
cá, eu me ausentei em oito dias, sendo que três foram por licença
psiquiátrica por causa do retorno ao presencial”, contou.
A palavra ‘genocídio’ vem não só à mente,
mas também à boca dos lulopetistas com facilidade, enfraquecendo o
significado do termo e reduzindo a credibilidade de quem o usa
O problema é que a palavra “genocídio” vem não só à mente, mas também
à boca dos lulopetistas com muita facilidade, enfraquecendo seu
significado e reduzindo a credibilidade de quem a usa. Pela lei
internacional, genocídio é definido como a tentativa de destruir “um
determinado grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.
Os casos que resultaram em indiciamento por genocídio no Tribunal
Penal Internacional ocorreram em contextos de guerra. Mas no Brasil o
termo é frequentemente aplicado a situações de discriminação,
desigualdade social, abuso policial, negligência com povos indígenas,
omissão deliberada na pandemia, entre outras. São todos problemas
gravíssimos, muitos passíveis de serem enquadrados no Código Penal, mas
faz sentido chamá-los de “genocídio”, o pai de todos os crimes?
Analisar se a atuação de Israel na Faixa de Gaza entra
na categoria de genocídio é mais plausível e já há gente qualificada se
fazendo essa pergunta. Antes de chegar a esse que é o topo da escala de
crimes previstos no Estatuto de Roma, já há elementos para considerar o
enquadramento de atos das forças israelenses em crimes contra a
humanidade, como a deportação ou transferência forçada de uma população,
e de guerra, como atacar hospitais e ambulâncias (ou, no caso do Hamas, usar esses locais e a população civil como escudo).
.São questionamentos legítimos e necessários. Mas se a palavra
“genocídio” vem com muita facilidade à mente, perde-se a credibilidade
para vocalizar essa cobrança, sob o risco de virar piada. Resta deixar a
outros que o façam.
Celulares disputam a preferência do público, mas cada família é destinada a um público diferente
Na hora de escolher um smartphoneAndroid, algumas marcas se sobressaem entre preferidos do público. Samsung e Xiaomi são dois dos principais selos – mas qual deles é mais vantajoso?
Com ampla diversidade do catálogo, dá para ficar confuso entre quem
tem a melhor opção para o seu perfil. O Estadão Recomenda te ajuda a
decidir qual celular combina mais com você.
O que há nesta matéria
Qual o melhor topo de linha entre Samsung e Xiaomi?
Qual o melhor smartphone intermediário entre Samsung e Xiaomi?
Tudo que recomendamos
Principais tags da matéria
Qual o melhor topo de linha entre Samsung e Xiaomi?
O melhor celular da Samsung em 2023 é o Galaxy S23 Ultra, enquanto a
Xiaomi tem como principal modelo o Xiaomi 13 Ultra – que não está à
venda em lojas brasileiras.
O Samsung Galaxy S23 Ultra é um dos melhores smartphones de 2023. A câmera é
sua principal vantagem frente ao concorrente: melhor definição de
megapixels, 25% a mais de qualidade na gravação de vídeos, diafragma de
maior abertura (permitindo fotos de melhor desfoque ao fundo), sensor de
iluminação traseira e zoom com alcance 5x maior. Também vale a pena
citar o fato de poder ser usado como computador – incluindo adição de periféricos – e inclusão de caneta.
Apesar da excelente câmera principal do Xiaomi 13 Ultra, as vantagens dele são outras: tem mais memória RAM, tela mais brilhante, sensor infravermelho e melhor câmera frontal. Contudo, só é possível adqurir um modelo ao importar da China, uma baita desvantagem.
Veredicto: ambos aparelhos contam com preços bem salgados, mas o
Samsung Galaxy S23 Ultra vale mais a pena – principalmente quando se
leva em conta que a marca coreana garante mais tempo de atualização do
Android do que a Xiaomi.
*Preço sujeito à variação. Atualizado no dia 12/11/2023
Qual o melhor smartphone intermediário entre Samsung e Xiaomi?
Se você busca por um bom celular mas não tem um orçamento tão folgado
assim, os aparelhos intermediários apresentam as melhores soluções.
Justamente por isso, eles também costumam ser os mais populares nas
lojas: do lado da Samsung é possível encontrar a série A, enquanto pela
Xiaomi existe a submarca Redmi. Entre ambas, destacamos o Galaxy A54 e o
Xiaomi Redmi Note 12 Pro.
Tal qual na linha principal, o Samsung Galaxy A54 leva vantagem pela câmera:
lentes secundárias da câmera traseira oferecem melhor resolução de
megapixels, sensor de iluminação e a câmera frontal tem o dobro de
qualidade. Também tem como diferencial slot para cartão de memória externo, recurso de tela sempre ativa e maior grau de proteção contra poeira e água.
Já o Xiaomi Redmi Note 12 Pro tem 4GB a mais de memória RAM, é dual chip, tem tela mais brilhante, tem sensor de infravermelho e câmera frontal melhor.
Veredicto: ambos os celulares estão em faixas de preços similares,
mas o Xiaomi Redmi Note 12 Pro se sobressai como uma alternativa melhor
entre os intermediários, por conta de seus recursos.
Rodrigo Portes – Palestrante e Mentor de Vendas B2B – StartSe
Apesar de contribuir para que algumas áreas de atuação percam vagas
para a automação, elas criam novas frentes de trabalho. Confira!
Em paralelo a taxas crescentes de desemprego, as crescentes inovações
tecnológicas e a chegada da Indústria 4.0 são pontos cruciais quando o
assunto é transição de carreira.
Apesar de contribuir para que algumas áreas de atuação percam vagas
para a automação, elas criam novas frentes de trabalho, o que atrai
jovens talentos e profissionais veteranos que desejam mudar de emprego e
encontrar oportunidades em áreas mais aquecidas.
Conhecer quais são essas demandas e as habilidades buscadas para
estas novas profissões pode ser uma virada de chave importante para quem
está em busca de uma colocação no mercado de trabalho.
NOVAS PROFISSÕES DA INDÚSTRIA 4.0
Novas profissões como engenheiro de cibersegurança, mecânico de
veículos híbridos, técnico em impressão de alimentos e operador de
máquina high speed estão entre as profissões que irão despontar no
mercado nos próximos anos.
Algumas delas podem demorar até 10 anos para se consolidar, mas a
demanda já existe. A conclusão é de um levantamento realizado pelo
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
O Senai analisou de que forma as novas tecnologias — como realidade
virtual, automação, internet das coisas e impressão 3D — estão
influenciando a dinâmica de alguns setores da indústria brasileira.
São eles: automotivo, tecnologia da informação e comunicação,
alimentos e bebidas, máquinas e ferramentas, construção civil, química e
petroquímica, têxtil e vestuário e petróleo e gás.
A partir daí, mapeou as profissões (de nível médio e superior), que
vão ganhar relevância nos próximos anos, bem como aquelas que serão
criadas a partir do uso de novas tecnologias e novos equipamentos.
Confira, a seguir, o que muda em cada setor:
SETOR AUTOMOTIVO
Com maior potencial transformador, o setor automotivo lida com o
desenvolvimento de carros híbridos e diversas ferramentas veiculares
para maior comodidade do motorista. As profissões que vão surgir no
setor são:
Mecânico de veículos híbridos;
Mecânico especialista em telemetria;
Programador de unidades de controles eletrônicos;
Técnico em informática veicular.
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
A integração das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e da
digitalização de processos afetou a maneira de se relacionar com a
informação on-line. As profissões que vão surgir no setor são:
Analista de IoT (internet das coisas);
Engenheiro de cibersegurança;
Analista de segurança e defesa digital;
Especialista em big data;
Engenheiro de software.
ALIMENTOS E BEBIDAS
Os novos softwares permitem um maior controle de processos para a
produção de diversos alcoolquímicos. Além disso, há maior facilidade
para administrar áreas de plantio, e o uso de big data proporciona
melhor previsão dos orçamentos. As profissões que vão surgir no setor
são:
Técnico em impressão de alimentos;
Especialista em aplicações de TIC para rastreabilidade de alimentos;
Especialista em aplicações de embalagens para alimentos.
MÁQUINAS E FERRAMENTAS
Diversas tecnologias, como a realidade aumentada e equipamentos com
melhor controle e precisão, resultam em outras dinâmicas na relação com
máquinas e ferramentas. O uso de novos materiais também é destaque. As
profissões que vão surgir no setor são:
Projetista para tecnologias 3D;
Operador de High Speed Machine;
Programador de ferramentas CAD/CAM/CAE/CAI;
Técnico de manutenção em automação.
CONSTRUÇÃO CIVIL
Os sistemas de automação predial, cujo objeto é automatizar processos
no canteiro de obra, bem como os novos materiais e ferramentas
inteligentes para a construção civil, são destaques na área. As
profissões que vão surgir no setor são:
Integrador de sistema de automação predial;
Técnico em construção seca;
Técnico em automação predial;
Gestor de logística de canteiro de obras;
Instalador de sistema de automação predial.
QUÍMICA E PETROQUÍMICA
Pesquisas focadas no aperfeiçoamento de novos produtos, somadas ao
uso da internet das coisas (IoT) e à automação e robotização de diversos
processos, ocasionam uma nova relação na produção deste segmento. As
profissões que vão surgir no setor são:
Técnico em análises químicas com especialização em análises instrumentais automatizadas;
Técnico especialista em desenvolvimento de produtos poliméricos;
Técnico especialista em reciclagem de produtos poliméricos.
TÊXTIL E VESTUÁRIO
As ferramentas digitais proporcionam a otimização da modelagem dos
produtos, objetivando a sua customização. As smart clothes são outro
ponto forte da indústria. As profissões que vão surgir no setor são:
Técnico em projetos de produtos de moda;
Engenheiro de fibras têxteis;
Designer de tecidos avançados.
PETRÓLEO E GÁS
O desenvolvimento de novas tecnologias ligadas ao segmento
petroquímico exige a preparação de novos profissionais. As profissões
que vão surgir no setor são:
Especialista em técnicas de perfuração;
Especialista em sismologia e geofísica de poços;
Especialista em recuperação avançada de petróleo.
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para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial
abrangente, notícias atualizadas, diversão, suporte ao empreendedorismo e
a geração de leads qualificados, o Marketplace Valeon se destaca como
uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios na região. Não
perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o
poder do Marketplace Valeon do Vale do Aço para o seu sucesso
empresarial.
A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz
divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a
atenção para as seguintes questões:
• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou
pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas
para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.
• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se
expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação,
vendas, etc.
• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:
a) Digitalização dos Lojistas;
b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;
l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;
m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.
Vantagens competitivas da Startup Valeon:
• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar
rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a
Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando
para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.
• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos
contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam
dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses
parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do
Aço para os nossos serviços.
• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois
são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.
• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.
• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do
mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas
desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na
divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso
funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia,
inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande
empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar
tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos
manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em
como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.
• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de
divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu
faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao
site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Proposta:
Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas
Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de
divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que
os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.
Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada
empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços,
telefone, WhatsApp, etc.
O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja
também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação
das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site
de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a
comunicação dos clientes com as lojas.
Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais
do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos
tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa
história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse para o Supremo
Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 9, que “não tinha a intenção
de caluniar” nem de “ofender a reputação ou a dignidade ou o decoro” de
Jair Bolsonaro (PL) ao dizer que o ex-presidente flexibilizou a posse de
armas de fogo “para agradar o crime organizado”.
O presidente, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), responde a
um pedido feito por Bolsonaro para o petista explicar declarações feitas
durante o “Conversa com o Presidente” do dia 25 de julho. O
ex-presidente pode usar a resposta como prova para propor uma ação
criminal pelos delitos de injúria, calúnia e difamação.
Três trechos das declarações de Lula nessa ocasião desagradaram
Bolsonaro. No primeiro, o presidente disse que “esse decreto de
liberação de arma que o presidente anterior fez era pra agradar o crime
organizado”. No segundo, que “eles (governo Bolsonaro) tentaram preparar
um golpe. Sifu (sic)”. O terceiro, por fim, diz que a gestão passada
queria criar “o Ministério das Armas, o Ministério da Violência, o
Ministério das Fake News, o Ministério da Mentira”.
Os advogados de Bolsonaro pediram que o presidente explique o que
significa a expressão “sifu”, o que quis dizer com essas três afirmações
e se as diria novamente. O relator é o ministro André Mendonça, que
abriu prazo para Lula se explicar.
O argumento que a AGU usa na manifestação é de que não há qualquer
tipo de ilícito nas declarações do presidente e que ele agiu dentro dos
limites da liberdade de expressão do debate político. “Nada há de
ofensivo ou equívoco nas declarações veiculadas na exordial, mas
cuida-se de exercício regular de direito de crítica, dentro do debate
político”, diz a resposta de Lula, que é assinada pelo advogado-geral da
União, Jorge Messias, um dos favoritos para a vaga aberta pela
aposentadoria de Rosa Weber no STF.
Ao dizer que o presidente “não teve intenção”, a AGU afirma que não
houve “dolo” nas suas declarações. Isso é um dos requisitos legais para a
existência dos crimes de injúria, calúnia e difamação. “Não basta que
as palavras sejam aptas a ofender, sendo necessário que sejam proferidas
com esta finalidade, sob pena de criminalizar-se o exercício da
crítica, manifestação do direito fundamental à liberdade de expressão”,
diz Messias na manifestação em que representa Lula.
Bolsonaro também move queixa-crime contra Lula
No dia 24 de outubro, Bolsonaro acionou o Supremo, mas de forma mais
incisiva. Dessa vez, ele pede que Lula seja condenado criminalmente por
declarações feitas na cerimônia de sanção da Lei Paulo Gustavo, vetada
pelo ex-presidente.
Na ocasião, que ocorreu dia 11 de maio, além de prometer
investigações, Lula chamou Bolsonaro de “paladino da discórdia, paladino
da ignorância e paladino do negacionismo”. No discurso, o petista
também mencionou uma mansão, de propriedade do irmão do tenente-coronel
Mauro Cid, no sul da Califórnia (EUA).
Bolsonaro acusa o petista de injúria e difamação por tê-lo vinculado à
mansão da família do ex-ajudante de ordens da Presidência. O caso foi
distribuído para o gabinete do ministro Luiz Fux e aguarda decisão do
magistrado.
Países que mantêm relações diplomáticas há décadas, Brasil e Israel vivenciaram,
nas últimas semanas, uma série de episódios que, segundo diplomatas,
criaram tensão entre os governos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Como resposta, Israel lançou uma campanha militar na Faixa de Gaza
que, segundo o Ministério da Saúde da região, controlado pelo Hamas, já matou mais de 10 mil pessoas.
O governo brasileiro emitiu notas condenando os ataques praticados
pelo Hamas, por um lado, e, por outro, tentou viabilizar uma resolução
no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que previa um cessar-fogo.
A resolução, no entanto, não foi aprovada.
Em meio à possibilidade de escalada no conflito, pelo menos três
eventos vêm criando tensão entre os dois países: o encontro entre o
embaixador do país no Brasil, Daniel Zonshine, com parlamentares de
oposição e com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); a demora na
liberação pelo governo israelense de brasileiros e seus familiares que
tentam deixar a Faixa de Gaza para fugir do conflito; e as declarações
de autoridades israelenses sobre uma operação da Polícia Federal que
prendeu dois brasileiros suspeitos de fazerem parte do Hezbollah e
planejarem uma série de ataques no Brasil.
Diplomatas ouvidos pela BBC News Brasil admitem que esses episódios
afetaram as relações entre os dois países, mas descartam, pelo menos por
ora, a adoção de medidas consideradas drásticas do ponto de vista
diplomático contra o governo israelense.
Confira abaixo os detalhes dos episódios que vem abalando as relações entre Brasil e Israel.
Encontro entre Bolsonaro e embaixador de Israel
Demora na liberação de brasileiros
Um dos episódios que, aparentemente, gerou mais estresse nas relações
entre os dois países foi o encontro entre o embaixador de Israel,
Daniel Zonshine, com parlamentares de oposição e com o ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL), na quarta-feira (8/11), no Congresso Nacional, em
Brasília.
Ao longo do encontro, os parlamentares usaram o evento para tecer
críticas ao governo Lula. Bolsonaro, por sua vez, ficou conhecido nos
últimos anos por ser um apoiador do Estado de Israel. Desde o início do
conflito, ele fez críticas à atuação do governo Lula em relação à crise
na Faixa de Gaza e associou o Hamas a Lula citando uma nota divulgada
pelo grupo palestino parabenizando a vitória do petista nas eleições de
2022.
Em entrevista ao portal UOL, Zonshine disse, no entanto, que a ideia
original do encontro não era transformá-lo em um evento político, mas
mostrar imagens referentes aos ataques praticados pelo Hamas a alvos
israelenses no dia 7 de outubro.
“A ideia do evento era demonstrar para representantes do governo
brasileiro o que aconteceu no dia 7 de outubro. Convidamos parlamentares
de vários partidos, incluindo o PT, para participar e para ver. Não era
intenção fazer isso como um evento político”, disse o embaixador ao
UOL.
Em nota divulgada em suas redes sociais, a Embaixada de Israel diz
que “a presença do ex-presidente não foi coordenada pela Embaixada de
Israel e não era de conhecimento antes do evento, ocorrendo de forma
fortuita”.
A versão foi a mesma dada pelo advogado e ex-secretário de
comunicação de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten. Em seu perfil no X
(antigo Twitter), o advogado disse que o encontro entre os dois
aconteceu “de surpresa”.
Um diplomata ouvido pela BBC News Brasil em caráter reservado, no
entanto, classificou o episódio como “grave” e disse que, na avaliação
do governo, Zonshine já vinha “inviabilizando” sua posição como
representante do governo isralense no Brasil com atitudes como essa.
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT)
criticou a postura do embaixador e classificou o encontro com Bolsonaro
como uma intromissão indevida na política brasileira.
“Mais uma vez o embaixador de Israel no Brasil intrometeu-se
indevidamente na política interna de nosso país, num ato público com o
inelegível Jair Bolsonaro, realizado em pleno Congresso Nacional”, disse
a deputada em seu perfil no X.
No início do mês, Zonshine já havia se reunido com parlamentares do
Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Israel, composto por diversos
deputados federais de oposição que criticaram a resposta do Brasil ao
conflito na Faixa de Gaza como o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro,
Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Fotos do encontro chegaram a ser divulgadas no perfil da Embaixada de Israel no X, antigo Twitter.
Também em outubro, o embaixador criticou uma resolução do PT sobre o
conflito que disse que o governo de Israel realizava um “genocídio”
contra a população da Faixa de Gaza. Em entrevista ao portal Poder 360,
Zonshine disse que o partido havia perdido a “noção de humanidade”.
Na ocasião, em meio a esses episódios, o embaixador israelense foi
convidado para uma reunião no Itamaraty, o que na linguagem diplomática
significa um estremecimento nas relações entre os países.
A BBC News Brasil questionou a Embaixada de Israel sobre as
motivações do encontro entre Bolsonaro e Daniel Zonshine, mas nenhuma
resposta foi enviada até o fechamento desta reportagem.
Em meio às críticas, um diplomata ouvido pela BBC News Brasil em
caráter reservado disse nesta semana que a orientação no governo
brasileiro é evitar “ruídos” nas relações entre os dois países e que o
foco, agora, seria garantir a repatriação dos brasileiros e seus
familiares que aguardavam, na Faixa de Gaza, autorização para irem ao
Egito.
Segundo ele, o Brasil não tomaria nenhuma medida contra o embaixador antes de esse assunto estar resolvido.
A situação dos brasileiros na Faixa de Gaza, aliás, vinha sendo outro ponto de tensão nas relações entre os dois países.
Um outro ponto indicado por fontes diplomáticas ouvidas pela BBC News
Brasil como complementar ao tensionamento das relações entre Brasil e
Israel foi a demora do governo de Tel Aviv para liberar o grupo de 34
brasileiros e seus familiares que aguardam uma autorização do governo
israelense para deixar a Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito.
Um diplomata ouvido pela BBC News Brasil disse que o país não tomaria
nenhuma medida diplomática mais drástica contra Israel como convocar
seu embaixador o país enquanto o grupo ainda não tiver retornado ao
Brasil.
Segundo ele, o Brasil não “brigaria com o dono da fila”, em menção à fila de palestinos querendo deixar a Faixa de Gaza.
A evacuação de palestinos em direção ao Egito pela cidade palestina
de Rafah foi uma das consequências dos intensos bombardeios israelenses à
Faixa de Gaza. Milhares de pessoas se deslocaram do norte da região
para o Sul com a expectativa de deixar a área em direção ao Egito.
A fronteira, no entanto, vem sendo mantida fechada pelas autoridades
de Israel e Egito e a saída da Faixa de Gaza só vem ocorrendo por meio
de listas elaboradas pelo governo israelense.
A primeira liberação ocorreu no dia 1º de novembro. Havia a
expectativa de que o grupo de brasileiros seria liberado até
quarta-feira (8/11), mas isso não aconteceu.
Na quinta-feira, o Itamaraty divulgou um comunicado afirmando que o
ministro das Relações Exteriores, Eli Cohen, teria garantido ao ministro
das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, que os brasileiros
seriam liberados a atravessar a fronteira nesta sexta-feira (9/11).
Até o momento da publicação desta reportagem, ainda não tinha sido confirmado se os brasileiros já atravessaram a fronteira.
No Brasil, começaram especulações sobre uma possível retaliação de
Israel ao Brasil por conta de sua atuação na presidência do Conselho de
Segurança da ONU durante o mês de outubro, quando o país tentou aprovar
uma resolução prevendo um cessar-fogo. A proposta brasileira foi
rejeitada com o veto dos Estados Unidos, principal aliado de Israel.
Outro motivo para a suposta retaliação seria o fato de o Brasil não
classificar o Hamas como uma entidade terrorista, ao contrário do que
fazem países como os Estados Unidos.
Oficialmente, o Itamaraty afirma que o Brasil segue a classificação
feita pela ONU, que apesar de condenar os ataques praticados pelo Hamas,
não classifica o grupo como terrorista.
Em comunicado divulgado pela Embaixada de Israel na quinta-feira, o
país nega ter imposto dificuldades para liberar os brasileiros.
“Se afirma que o governo israelense jamais criou obstáculos ou
preteriu a saída dos brasileiros de Gaza. Brasil e Israel têm laços
fortes e fraternos desde a fundação do Estado de Israel e nosso esforço é para fortalecer cada vez mais essa amizade”, disse um trecho do comunicado.
Na nota divulgada pelo Itamaraty na quinta-feira, a justificativa
dada pelo governo de Israel para a demora na liberação dos brasileiros
seria os “fechamentos inesperados na fronteira”.
Durante uma reunião convocada pelo governo francês, em Paris, para
garantir ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza, Celso Amorim
usou o termo genocídio para se referir às mortes de crianças causadas
pelas ações militares israeleneses na região.
“A morte de milhares de crianças é chocante. A palavra genocídio inevitavelmente vem à mente”, disse Amorim durante um discurso.
De acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, administrado
pelo Hamas, pelo menos 10,5 mil pessoas morreram desde o início das
ações militares israelenses na região. Desse total, aproximadamente 4,3
mil seriam crianças.
No mesmo dia em que Bolsonaro e o embaixador de Israel se
encontravam, um outro episódio ajudava a complicar as relações entre
Brasil e Israel: a Operação Trapiche, da Polícia Federal.
A PF prendeu dois suspeitos de terem ligação com o grupo islâmico
Hezbollah no Brasil que teriam planejado uma série de ataques a alvos
ligados à comunidade judaica brasileira.
A operação contou com o apoio de serviços de inteligência dos Estados
Unidos e do Mossad, o serviço de inteligência israelense. Ao longo do
dia, o Mossad divulgou uma nota parabenizando a PF brasileira, mas seu
conteúdo gerou desconforto no governo brasileiro.
Em nota atribuída ao Mossad e enviada à imprensa pelo gabinete do
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, os israelenses dizem
que a ação “frustrou um ataque terrorista no Brasil, planejado pela
organização terrorista Hezbollah, dirigida e financiada pelo regime
iraniano”.
No texto, o Mossad “agradece” a Polícia Federal e, sem dar nomes,
cita que outros agentes de segurança internacional também se envolveram
na investigação que levaram às prisões.
A BBC News Brasil apurou que agentes americanos do Federal Bureau of
Investigation (FBI) também tomaram parte na investigação. O Departamento
de Estado, no entanto, afirmou à BBC News Brasil via porta-voz que “sua
política é não comentar investigações brasileiras em andamento” e que,
para mais informações, a Polícia Federal deveria ser consultada.
Em contraste, a nota do Mossad diz ainda que no Brasil, a “célula
terrorista” teria como alvos instituições judaicas e israelenses. Ainda
sobre o assunto, o embaixador israelense Daniel Zonshine disse ao jornal
O Globo que “se (integrantes do Hezbollah) escolheram o Brasil, é
porque tem gente que os ajuda (no país)”.
Sob intensa pressão doméstica por não ter antecipado os ataques do
grupo palestino Hamas que, em 7 de outubro, mataram 1,4 mil pessoas em
território israelense, os serviços de inteligência do país já vieram a
público se desculpar junto à população. O próprio governo Netanyahu
enfrenta forte pressão da opinião pública pelas falhas de segurança.
As manifestações dos israelenses sobre a operação da PF geraram
extensa cobertura do caso pela imprensa do país. E causaram mal-estar
nas autoridades brasileiras.
Uma fonte da Polícia Federal com quem a BBC News Brasil falou em
caráter reservado disse que a instituição e membros do governo não
gostaram do que chamaram de instrumentalização política da operação.
A interpretação, segundo essa fonte, é de que o governo israelense,
que enfrenta críticas internas intensas desde os ataques do Hamas, teria
usado a operação para desviar as atenções e dar a impressão de que o
Brasil seria um aliado de Israel no combate ao grupo libanês.
A BBC News Brasil questionou a Embaixada de Israel sobre as alegações
de que a operação da PF estaria sendo politicamente instrumentalizada
por autoridades israelenses, mas até o fechamento desta reportagem,
nenhuma resposta foi enviada.
Em nota, sem citar o Mossad, a Polícia Federal “repudiou” comentários
feitos por autoridades estrangeiras no caso da Operação Trapiche.
“A PF se utiliza da cooperação internacional como instrumento para
combater de maneira eficaz a criminalidade organizada transnacional e
para preservar a segurança interna. Para isso, todas as suas ações são
técnicas, balizadas na Constituição Federal e nas leis brasileiras. Não
cabe à PF analisar temas de política externa. Contudo, manifestações
dessa natureza violam as boas práticas da cooperação internacional e
podem trazer prejuízos a futuras ações nesse sentido”, diz a nota da
instituição.
Ao mencionar o Irã em sua nota, rival histórico de Israel no Oriente
Médio, o Mossad causou uma saia justa diplomática ao Brasil.
O Itamaraty sequer havia sido avisado de antemão da Operação
Trapiche, tratada estritamente como uma ação policial, e não
diplomática.
A diplomacia brasileira, por sua vez, viu a nota de Israel como pressão indevida.
Uma fonte da cúpula do Itamaraty afirmou à BBC News Brasil que houve a
sensação de que “foram colocados os pingos nos is” quando o ministro da
Justiça, Flávio Dino, veio a público, na manhã de quinta-feira, por
meio da rede social X, para dizer que “apreciamos a cooperação
internacional cabível, mas repelimos que qualquer autoridade estrangeira
cogite dirigir os órgãos policiais brasileiros, ou usar investigações
que nos cabem para fins de propaganda de seus interesses políticos”.
Dino reafirmou que as investigações estão em andamento e que nenhuma
conclusão pode ainda ser tomada. Segundo o ministro, as provas do caso
serão exclusivamente avaliadas pelas autoridades brasileiras para
decidir como proceder em relação ao caso junto à Justiça brasileira.
A Polícia Federal trata o assunto com sigilo, sem divulgar sequer os nomes dos suspeitos presos e procurados.
O grampo ilegal, em 2016, foi
exposto e abriu um amplo debate sobre a legalidade das ações do
magistrado na época da operação supostamente anticorrupção que abriu
espaço para o fascismo e a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL),
que levou Moro para sua equipe de ministros.
Por Redação – de Brasília
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto
Barroso recusou levar adiante o recurso apresentado pela União, em que
contesta o pagamento de indenização por danos morais, fixada em R$ 50
mil, ao advogado Roberto Teixeira, que atuou na defesa do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a Operação Lava Jato.
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) havia
responsabilizado a União pelo pagamento da indenização, argumentando que
a 13ª Vara Federal de Curitiba, então sob comando do ex-juiz suspeito e
incompetente Sérgio Moro (UB-PR), hoje senador, não poderia ter
autorizado interceptações telefônicas contra o escritório de advocacia. A
decisão do TRF-3 enfatizou a ilegalidade da quebra de sigilo.
O grampo ilegal, em 2016, foi exposto e abriu um amplo debate sobre a
legalidade das ações do magistrado na época da operação supostamente
anticorrupção que abriu espaço para o fascismo e a eleição do presidente
Jair Bolsonaro (PL), que levou Moro para sua equipe de ministros.
Lava Jato
O STF analisa, ainda, outro pedido de investigação contra Sérgio Moro
a pedido do doleiro Alberto Youssef, que ingressou com um pedido para
que fosse investigada a manipulação de provas relacionada à Lava Jato. A
ação acusa o hoje senador de atuar irregularmente para omitir a
existência de um grampo ilegal na cela do doleiro. A ação permanece em
sigilo, na Corte Suprema, mas seu teor foi vazado para a mídia
conservadora.
Na petição ao STF, a defesa de Youssef juntou depoimentos, relatórios
internos da Polícia Federal (PF) e mesmo trechos de decisões de Moro
como juiz para fundamentar a investigação.