sábado, 11 de novembro de 2023

MAD SKILLS SÃO HABILIDADES INCOMUNS QUE DESVIAM DAS HABILIDADES TRADICIONAIS

 

Autor: Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria

Em um mundo que valoriza cada vez mais a singularidade e a inovação, a ideia de “mad skills” tem ganhado destaque, especialmente no âmbito profissional. Mas o que exatamente são mad skills? Vamos explorar este conceito e como ele pode revolucionar sua carreira.

Definição e origem das mad skills

Mad skills são habilidades incomuns ou não convencionais que alguém pode possuir, que se desviam das tradicionais “hard skills” e “soft skills” tipicamente valorizadas no ambiente de trabalho. Este termo, emergindo das subculturas e linguagens informais, ressalta competências que vão além dos diplomas e certificados, destacando talentos únicos que podem contribuir de maneiras inesperadas e valiosas para o ambiente de trabalho.

Um exemplo clássico de mad skill pode ser a capacidade de resolver problemas complexos de maneira criativa. Pense em um momento em que você estava diante de um desafio aparentemente intransponível e conseguiu encontrar uma solução inovadora. Talvez você tenha usado uma combinação de conhecimentos de áreas distintas para criar uma solução única. Isso é uma mad skill em ação. Além desse, segue uma lista de outros exemplos para você identificar:

● Tocar um instrumento musical: criatividade, disciplina e habilidades motoras finas;

● Praticar esportes coletivos: trabalho em equipe, liderança e habilidades de comunicação;

● Fotografia: habilidades de observação, criatividade e atenção aos detalhes;

● Aprender um novo idioma: adaptabilidade, habilidades de comunicação e abertura para novas culturas;

● Artesanato: habilidades manuais, criatividade e atenção aos detalhes;

● Voluntariado: empatia, habilidades de liderança e trabalho em equipe;

● Programação de computadores: habilidades técnicas, pensamento lógico e resolução de problemas;

● Jardinagem: habilidades práticas, paciência e perseverança;

● Escrita criativa: habilidades de comunicação, criatividade e pensamento crítico;

● Dança: disciplina, trabalho em equipe e habilidades motoras.

O papel das mad skills na vida profissional

Na vida profissional, as mad skills são um verdadeiro game-changer. Elas permitem abordagens únicas para problemas antigos, incentivando a inovação e a criatividade. Em um mundo cada vez mais interconectado e multidisciplinar, as habilidades incomuns podem ser a chave para desbloquear novas oportunidades e abordagens.

Por exemplo, uma pessoa com habilidades avançadas em storytelling pode trazer uma nova vida a apresentações de negócios, transformando dados brutos em histórias envolventes que cativam a audiência. Já alguém com um background em Psicologia pode ter insights valiosos em uma equipe de Marketing, compreendendo melhor o comportamento do consumidor.

Além de abrir portas para inovação, as mad skills também podem ter um impacto significativo na produtividade. Ao aplicar essas habilidades não convencionais, os profissionais podem encontrar atalhos e soluções eficientes para tarefas rotineiras, aumentando a eficácia geral da equipe.

Exibindo suas mad skills em uma entrevista de emprego

Agora, como você pode apresentar suas mad skills em uma entrevista de emprego sem parecer estranho ou deslocado? Aqui estão algumas dicas:

Contextualize suas habilidades: Quando falar sobre uma habilidade não convencional, mostre como ela é relevante para a vaga em questão. Explique como suas habilidades únicas podem trazer valor agregado à equipe e à empresa.

Dê exemplos concretos: Falar de forma abstrata sobre suas habilidades pode não ser tão eficaz quanto demonstrar como você as aplicou no passado. Compartilhe histórias ou experiências onde suas mad skills fizeram a diferença.

Encontre o equilíbrio: Enquanto você quer se destacar, também é importante mostrar que possui as habilidades tradicionais necessárias para a função. Equilibre a discussão de suas habilidades não convencionais com as competências essenciais para o trabalho.

Seja genuíno: Autenticidade é crucial. Não tente forçar uma mad skill que você não possui. Em vez disso, concentre-se nas habilidades únicas que você genuinamente traz para a mesa.

Prepare-se para a curiosidade: Esteja pronto para responder a perguntas sobre suas habilidades não convencionais. Algumas pessoas podem estar familiarizadas com o conceito de mad skills, enquanto outras podem ser completamente novas no assunto.

Valorizando a individualidade e a inovação

As mad skills são mais do que apenas um conjunto de habilidades incomuns; elas representam uma nova maneira de pensar sobre talento e potencial no local de trabalho. Ao abraçar e valorizar essas habilidades, tanto os indivíduos quanto as organizações podem desbloquear novos níveis de criatividade, inovação e eficiência.

Então, da próxima vez que você se preparar para uma entrevista de emprego, lembre-se de considerar não apenas as habilidades tradicionais que você traz, mas também as suas mad skills – aquelas habilidades únicas que realmente o fazem se destacar. Fica aqui este conceito para que você reflita sobre as suas mad skills já existentes – ou busque uma nova, caso se sinta inspirado.

Virgilio Marques dos Santos é um dos fundadores da FM2S, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

 A importância do bom site da Valeon para o seu negócio

Moysés Peruhype Carlech

Antigamente, quando um cliente precisava de um serviço, buscava contatos de empresas na Lista Telefônica, um catálogo que era entregue anualmente ou comprado em bancas de jornais que listava os negócios por áreas de atuação, ordem alfabética e região de atuação.

De certa forma, todos os concorrentes tinham as mesmas chances de serem encontrados pelos clientes, mas existiam algumas estratégias para que os nomes viessem listados primeiro, como criar nomes fantasia com as primeiras letras do alfabeto.

As listas telefônicas ficaram no passado, e, na atualidade, quando um cliente deseja procurar uma solução para sua demanda, dentre outros recursos, ele pesquisa por informações na internet.

O site da Valeon é essencial para que sua empresa seja encontrada pelos seus clientes e ter informações sobre a empresa e seus produtos 24 horas por dia.  Criamos uma marca forte, persuasiva e, principalmente, com identidade para ser reconhecida na internet. 

Investimos nas redes sociais procurando interagir com o nosso público através do Facebook, Google, Mozilla e Instagram. Dessa forma, os motivos pelos quais as redes sociais ajudam a sua empresa são inúmeros devido a possibilidade de interação constante e facilitado como o público-alvo e também a garantia de posicionamento no segmento de marketplaces do mercado, o que faz com que o nosso cliente sempre acha o produto ou a empresa procurada.

A Plataforma Comercial site Marketplace da Startup Valeon está apta a resolver os problemas e as dificuldades das empresas e dos consumidores que andavam de há muito tempo tentando resolver, sem sucesso, e o surgimento da Valeon possibilitou a solução desse problema de na região do Vale do Aço não ter um Marketplace que Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos e o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

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Moysés Peruhype Carlech

Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver, gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados satisfatórios para o seu negócio.

Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.

Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?

Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto resulta em mais vendas.

Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?

A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas considerações importantes:

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

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Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

    valeonbrasil@gmail.com

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

PRIMEIRA CIRURGIA DA HISTÓRIA DA MEDICIANA DE TRANSPLANTE DO GLOBO OCULAR E OS CANAIS SANGUÍNEOS FOI REALIZADA EM NY

 

História por Redação  • Jornal Estadão

Médicos de um hospital de Nova York anunciaram nesta quinta-feira, 9, terem realizado em maio o primeiro transplante de um olho inteiro da história da medicina. O transplante de córnea, a camada frontal transparente do olho, é uma cirurgia relativamente comum, mas desta vez foram transplantados o globo ocular, os canais sanguíneos que o irrigam e o nervo óptico que deve conectá-lo ao cérebro para fazer o olho funcionar.Por enquanto o olho não funciona, e é impossível saber se algum dia o paciente conseguirá enxergar, mas a cirurgia é um passo histórico rumo à solução para a deficiências visuais graves.

“Não estamos afirmando que vamos restaurar a visão. Mas não tenho dúvidas de que estamos um passo mais perto”, disse o cirurgião Eduardo Rodriguez, chefe do setor de cirurgia plástica do NYU Langone Health, centro médico onde a intervenção foi realizada.

  • O paciente é Aaron James, de 46 anos. Morador de Hot Springs, no Arkansas, ele trabalhava para uma empresa de linhas de energia em junho de 2021, quando foi eletrocutado por um fio energizado e quase morreu.

James perdeu o braço esquerdo, substituído por uma prótese. Seu olho esquerdo, danificado, doía tanto que precisou ser removido – o olho direito funciona normalmente. Múltiplas cirurgias reconstrutivas não conseguiram reparar lesões faciais extensas, incluindo a falta de nariz e lábios.

Ele precisava de tubos para respirar e se alimentar. A deformidade facial não incomodou sua mulher, Meagan James. “Ele não tinha nariz, mas em sua mente e em seu coração era ele – então eu não me importei com isso. Mas me importei que isso o incomodasse”, contou.

James então foi submetido a um transplante facial – outra cirurgia absolutamente rara e arriscada, da qual participaram dezenas de médicos, liderados por Rodriguez. Essa foi apenas a 19ª cirurgia de transplante facial já realizada nos Estados Unidos, e a quinta em que Rodriguez atua.

Foto:© Fornecido por Estadão

Junto com o transplante facial, após consulta ao paciente, decidiu-se por fazer o transplante do olho esquerdo de James. Os médicos argumentaram que, mesmo se o olho não funcionasse, a substituição traria melhores resultados cosméticos para seu novo rosto, apoiando a órbita e a pálpebra transplantadas.

Três meses depois de James ter sido incluído na lista nacional de espera para transplante, um doador compatível foi encontrado. Rins, fígado e pâncreas do doador, um homem de 30 anos, salvaram outras três pessoas.

  • A cirurgia durou 21 horas e incluiu mais uma experiência: quando uniram o nervo óptico doado ao que restava do original de James, os médicos injetaram células estaminais especiais do doador, na esperança de estimular a reparação do olho.

Alguns especialistas temiam que o olho murchasse rapidamente, como uma uva passa. Em vez disso, quando o médico abriu a pálpebra esquerda de James, no mês passado, o olho cor de avelã doado estava tão rechonchudo e cheio de fluido quanto seu olho original direito, da cor azul. Os médicos constataram bom fluxo sanguíneo e nenhum sinal de rejeição.

Foto:© Fornecido por Estadão

No mês passado, formigamentos anunciaram a cura dos nervos faciais. James ainda não consegue abrir a pálpebra e usa um adesivo para protegê-la. “Ainda não tenho nenhum movimento nele. Ainda não consigo piscar, movimentar minha pálpebra. Mas agora estou sentindo”, disse James.

Quando o médico pressionou o olho fechado, James sentiu uma sensação – embora no nariz, e não na pálpebra, provavelmente até que os nervos de crescimento lento sejam reorientados. O cirurgião também detectou movimentos sutis começando nos músculos ao redor do olho.

Bateria de testes

A oftalmologista Vaidehi Dedania, do NYU Langone Health, fez uma bateria de testes com James e encontrou danos esperados na retina. Mas disse que parece haver células especiais, chamadas fotorreceptores, suficientes para fazer o trabalho de converter luz em sinais elétricos, mais um passo na criação da visão.

Normalmente, o nervo óptico enviaria esses sinais ao cérebro para serem interpretados. O nervo óptico de James ainda não cicatrizou, mas, quando a luz incidiu no olho doado, durante uma ressonância magnética, a varredura registrou algum tipo de sinalização cerebral. Isso empolgou os pesquisadores, embora possa ser simplesmente um acaso.

Qualquer que seja o resultado, a cirurgia é histórica. “Você tem que começar de algum lugar, tem que haver uma primeira pessoa em algum lugar. Talvez você aprenda algo com isso que ajudará a próxima pessoa”, afirmou o paciente. “Estamos vivendo um dia de cada vez”, concluiu.

“Você pode aprender muito com um único transplante”, afirmou David Klassen, médico-chefe da Rede Unida para Compartilhamento de Órgãos, que administra o sistema de transplantes nos Estados Unidos.

“É uma validação incrível” de experimentos com animais que mantiveram vivos os olhos transplantados, disse o médico Jeffrey Goldberg, presidente de oftalmologia da Universidade de Stanford. O obstáculo é fazer crescer novamente o nervo óptico, embora os estudos em animais estejam progredindo, acrescentou Goldberg. Ele elogiou a iniciativa da equipe do NYU Langone Health e espera que o transplante estimule mais pesquisas. “Estamos realmente à beira de conseguir fazer isso”, disse. /AP

GOVERNO BRASILEIRO FICA IRRITADO COM A DECLARAÇÃO DO MOSSAD PODERIA SER PERCEBIDO QUE O NOSSO PAÍS ESTIVESSE TOMANDO PARTIDO NA GUERRA

História por Por Gabriel Stargardter e Lisandra Paraguassu  • Reuters

Ministro Flávio Dino em Brasília  1/11/2023  REUTERS/Adriano Machado

Ministro Flávio Dino em Brasília 1/11/2023 REUTERS/Adriano Machado© Thomson Reuters

RIO DE JANEIRO/BRASÍLIA (Reuters) – Uma declaração incomum da agência de espionagem israelense Mossad afirmando que ajudou a impedir um ataque do Hezbollah em território brasileiro se tornou o mais recente incidente a prejudicar as relações entre Israel e Brasil, tendo como pano de fundo o conflito em Gaza.

Na quarta-feira, a Polícia Federal prendeu duas pessoas acusadas de terrorismo como parte de uma operação para desmontar uma suposta célula do Hezbollah que planejava ataques no Brasil. Mais tarde, o Mossad agradeceu publicamente à PF e disse que, “dado o pano de fundo da guerra em Gaza”, o Hezbollah continuava atacando alvos israelenses, judeus e ocidentais.

Os comentários do Mossad irritaram o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que respondeu com uma dura repreensão a Israel nesta quinta-feira na plataforma X, dizendo que “o Brasil é um país soberano” e que “nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal do Brasil”.

Ele não negou explicitamente qualquer detalhe da declaração israelense, mas pareceu mais irritado com o momento, o tom e a ligação com a atual guerra em Gaza.

Dino afirmou que as investigações que resultaram nas operações de quarta-feira “começaram ANTES da deflagração das tragédias em curso na cena internacional”, e disse que a investigação “nada tem a ver com conflitos internacionais”.

“Apreciamos a cooperação internacional cabível, mas repelimos que qualquer autoridade estrangeira cogite dirigir os órgãos policiais brasileiros, ou usar investigações que nos cabem para fins de propaganda de seus interesses políticos”, escreveu ele.

O governo de Israel não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Uma fonte da PF disse que Dino ficou irritado porque a declaração do Mossad fez parecer que o Brasil estava recebendo ordens de Israel, o que poderia ser percebido como se estivesse tomando partido na guerra.

Em nota, a PF repudiou as declarações feitas por “autoridades estrangeiras” sobre a operação e disse que “cabe exclusivamente às instituições brasileiras definir os encaminhamentos e conclusões sobre fatos investigados em território nacional”.

Os comentários de Dino podem piorar as relações com o governo israelense no momento em que o Brasil tenta negociar uma saída segura para cerca de 30 brasileiros ainda presos em Gaza.

O Brasil tem se irritado cada vez mais com Israel devido à lentidão na libertação, segundo duas fontes. O Ministério das Relações Exteriores disse a Israel nesta semana que a relação diplomática se tornaria insustentável se qualquer dano acontecesse aos brasileiros, disseram as fontes.

Diplomatas brasileiros disseram à Reuters que não conseguiam entender por que Israel estava demorando para libertá-los, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem equilibrado as críticas aos ataques do Hamas com pedidos de cessar-fogo.

Um número cada vez maior de países latino-americanos tem assumido uma posição mais dura em relação a Israel por causa do bombardeio retaliatório em Gaza após os ataques do Hamas em 7 de outubro. No final do mês passado, a Bolívia cortou os laços diplomáticos com Israel, enquanto a Colômbia e o Chile repatriaram seus embaixadores.

O governo brasileiro também ficou irritado quando o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, durante uma visita ao Congresso na quarta-feira, tirou fotos sentado ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros políticos de extrema-direita antes de uma reunião privada.

Em uma entrevista ao jornal O Globo após a operação da PF na quarta-feira, Zonshine disse que “se (o Hezbollah) escolheu o Brasil, é porque tem gente que os ajuda”.

Nesta quinta-feira, o chefe da PF, Andrei Rodrigues, disse à imprensa que os comentários de Zonshine foram uma “surpresa negativa e um “mal-estar”.

O Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irã no Líbano, não pôde ser contatado imediatamente para comentar o assunto, nem o governo iraniano.

 

SE VOCÊ SEMPRE SONHOU EM LECIONAR VOCÊ É UM LOUCO E SE ACABA NA LICENCIATURA VOCÊ É UM INDECISO

 

História por admin3  • Revista Planeta

Somos sempre vigiados por estudantes, familiares, colegas de trabalho ou gestores. É como se fôssemos artistas famosos, mas sem o glamour e a remuneração da fama, afirma Thailise Maressa, professora há 15 anos.A vida, de uma forma geral, é cheia de contradições. O paradoxal “Ser ou não ser, eis a questão…”, de Hamlet*, já mostrava que a vida sempre foi permeada de conflitos, e se você é um professor, então, essas contradições fazem ainda mais parte da sua vida e a transformam em um constante dilema.

Tudo começa antes mesmo de você se tornar um educador. Afinal, se você sempre sonhou em lecionar, você é visto como louco e julgam sua escolha como ruim; mas se você nunca pensou em ser professor e acaba na licenciatura, você é um indeciso que não sabia ao certo o que queria da vida e acabou optando pelo caminho “mais fácil”.

Já lecionando, a vida do professor vira um grande dilema em vários sentidos. Se temos práticas de ensino mais tradicionais, somos chamados de ultrapassados, e dizem que não sabemos fazer aulas interessantes por não acompanharmos a modernidade. Mas se somos inovadores e aplicamos metodologias ativas ao ensino, somos acusados de não darmos aula “direito” e de abrirmos espaço para que ela seja uma “bagunça”.

Se somos muito rígidos e exigentes, somos tachados como carrascos e inflexíveis, podendo ganhar, inclusive, haters pela escola. Mas se somos muito acessíveis e compreensíveis, vão nos chamar de permissivos, de “amiguinho” de aluno que não tem o controle da turma e o respeito dos estudantes.

Se somos engajados em causas importantes e propomos aulas que estimulam o senso crítico e o olhar questionador dos estudantes, recebemos o título de doutrinadores. No lado oposto, se não enriquecemos as aulas com temas do cotidiano e não relacionamos o conteúdo trabalhado à vida real, chamam nossas aulas de vazias, sem sentido e sem valor agregado.

Na vida pessoal

Até mesmo a vida para além dos muros da escola tem seus dilemas se você é um professor. Se criamos perfis em redes sociais, vivenciamos grandes impasses: deixar ou não deixar público? Postar ou não postar o que quero? Ser ou não ser o que sou? Somos sempre observados por estudantes, familiares, colegas de trabalho ou gestores em nossas ações. É como se fôssemos artistas famosos, sempre vigiados, mas sem o glamour e a remuneração da fama.

Quando vivemos violências nas escolas, temos de ter uma inteligência emocional de seres altamente evoluídos. Um único gesto mal calculado ou uma reação mais espontânea a uma violência são suficientes para nos tirarem do papel de vítimas e nos estamparem nas capas dos jornais como desequilibrados e uma vergonha para a educação. E não adianta ter tido uma linda caminhada de doação e entrega ao sistema educacional, isso não vai lhe dar imunidade se você cometer alguma falha. Não há anistia se você é professor e comete um erro. Nós somos julgados, punidos, demitidos. Claro que não estou aqui defendendo pagar violência com violência, só estou dizendo que a régua que julga um professor é sempre diferente, pendendo mais para a forca.

Passamos tanto tempo exercendo o papel de educadores, que, muitas vezes, temos dificuldade de nos desvencilhar do “personagem” e acabamos sendo professores 24 horas por dia. Muitas vezes dedicamos mais tempo dando a nossa melhor versão para os filhos dos outros do que para os nossos próprios filhos. Outro impasse vivido por quem ousa ter vida para além da sala de aula.

E assim seguimos, divididos entre o amor e o compromisso com a profissão e a vontade de viver em equilíbrio. Num constante dilema entre descansar no final de semana ou aproveitar o tempo livre para colocar o trabalho em dia.

Vale a pena?

Quando um estudante me pergunta se vale a pena ser professor, eu também vivo uma grande contradição para elaborar a resposta. Por segundos passa um filme na minha mente e eu vejo desvalorização, violências diversas, falta de estrutura, excesso de trabalho. Mas também vejo esperança, emancipação, mudança. E eu lembro que precisamos de mais professores no mundo, e de mais pessoas que ainda acreditam na transformação do nosso país pela educação, pessoas que possam nos ajudar a mudar essa cultura de descaso e de desvalorização.

Apesar de todas essas contradições, a vontade de desabafar as mazelas torna-se menor do que a de exaltar as maravilhas dessa profissão, que, apesar dos desafios e dos paradoxos, também pode proporcionar poder e transformação. Então solto um sonoro: eu amo o que eu faço! E se você acredita na Humanidade e quer lutar por um mundo melhor, seu lugar é na sala de aula sendo professor também.

A vida me fez professora, mas eu amo ainda mais ser aprendiz.

* Hamlet, tragédia de William Shakespeare, escrita entre 1599 e 1601

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Vozes da Educação é uma coluna semanal escrita por jovens do Salvaguarda, programa social de voluntários que auxiliam alunos da rede pública do Brasil a entrar na universidade. Revezam-se na autoria dos textos o fundador do programa, Vinícius De Andrade, e alunos auxiliados pelo Salvaguarda em todos os estados da federação. Siga o perfil do programa no Instagram em @salvaguarda1.

Este texto, escrito por Thailise Maressa, professora há 15 anos e graduada em Letras e Pedagogia pela Universidade de Brasília, reflete a opinião do autor, não necessariamente a da DW.

O post Nem lá, nem cá: as contradições na vida de um professor apareceu primeiro em Planeta.

O GOVERNO PODERÁ EM 2024 COMETER UM ROMBO NO ORÇAMENTO DE ATÉ R$ 28,6 BILHÕES PARA CUMPRIR A META FISCAL


Por Jessica Brasil Skroch
– Jornal Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na sexta-feira, 27, que o governo “dificilmente” cumprirá a meta fiscal de déficit zero em 2024. A meta teve suas regras estabelecidas no arcabouço fiscal e consta no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2024, em tramitação no Congresso Nacional.

Sancionado em 31 de agosto deste ano, o arcabouço fiscal, nova regra para controle das contas públicas, substituiu o teto de gastos com regras mais flexíveis, ao permitir que as despesas cresçam acima da inflação, desde que num ritmo inferior ao aumento de receitas.

O objetivo do novo regime fiscal, segundo o governo, é garantir um equilíbrio entre a arrecadação e os gastos, para que as contas públicas voltem a ficar “no azul”. A meta do Ministério da Fazenda é zerar o balanço em 2024 e registrar superávit (saldo positivo) a partir de 2025.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na sexta-feira, 27, que o governo 'dificilmente' cumprirá a meta fiscal de déficit zero em 2024
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na sexta-feira, 27, que o governo ‘dificilmente’ cumprirá a meta fiscal de déficit zero em 2024  Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

O que significa zerar o déficit fiscal?

Uma meta fiscal igual a zero é quando as receitas menos as despesas equivalem a zero, sem considerar o pagamento dos juros da dívida. Para isso acontecer, o governo federal precisaria arrecadar R$ 168,5 bilhões adicionais no ano que vem.

De acordo com as regras do arcabouço, o resultado primário (o saldo entre as receitas e despesas, sem considerar gastos com juros da dívida) das contas públicas terão um intervalo (banda) de tolerância. Esse limite é de 0,25 ponto porcentual do PIB para mais ou para menos. Se a meta é obter um superávit de 0,5% do PIB, por exemplo, como é esperado pela Fazenda para 2025, o resultado poderia ficar, portanto, no intervalo de 0,25% a 0,75%.

No caso da meta de 2024, que é a de zerar o déficit fiscal, caso fique dentro da banda inferior, o governo poderia apresentar um rombo de até R$ 28,6 bilhões no ano que vem para cumprir a meta fiscal, de acordo com cálculos da Instituição Fiscal Independente do Senado.

Lula disse que, para ter um déficit zero nas contas públicas, o País precisará fazer cortes de investimentos. “Dificilmente chegaremos à meta zero, até porque não queremos fazer corte de investimentos e de obras”, afirmou.

O governo vai mudar a meta?

A mudança da meta fiscal virou um cabo de guerra no governo. O Estadão mostrou que os ministros Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão) chegaram a defender internamente uma meta menor, mas Haddad não concordou, sob a justificativa de que esse recuo seria visto como fragilidade.

Questionado por jornalistas na segunda-feira, 30, Haddad se negou a cravar se a meta de déficit zero para 2024 estaria mantida, limitando-se a dizer: “A minha meta está estabelecida. Eu vou buscar o equilíbrio fiscal de todas as formas justas e necessárias para que nós tenhamos um país melhor”, afirmou o ministro.

Qual o atual cenário?

Está em discussão a possibilidade de uma meta mais flexível do que a inicialmente proposta pelo Ministério da Fazenda. Como mostrou o Estadão, o cenário de hoje dentro do governo está mais para mudar do que para manter a meta fiscal de zerar o déficit no ano que vem.

Isso porque o governo Lula não quer correr o risco de ter de bloquear investimentos no ano que vem caso a pauta de medidas arrecadatórias não avance no Congresso. Em reunião com líderes na terça, 31, o presidente disse que não cortará nem uma vírgula do Orçamento de 2024. Na saída da reunião, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse que o plano do governo de zerar o déficit depende das medidas de aumento de arrecadação.

A mudança para um déficit em torno de 0,5% do PIB permitiria evitar a necessidade de um bloqueio de R$ 53 bilhões em despesas no ano que vem, que é o máximo permitido pelo arcabouço com base nos dados do Orçamento de 2024 enviado pelo governo.

Marcos Mendes, pesquisador do Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper, afirma que não há garantias de que essa nova meta possa ser também alcançada, já que pode incentivar os pleitos políticos por aumento de gastos. “Se não houver respaldo político do presidente da República e uma concertação política com o Congresso, a tendência é que novas mudanças de meta venham a ocorrer”, diz.

Para ele, o limite do crescimento da despesa de, no máximo, 2,5% ao ano acima da inflação, estabelecido pelo arcabouço, também é algo que pode, em breve, ficar difícil de cumprir. “Com as decisões do governo de aumentar o salário mínimo e indexar os gastos de saúde e educação à receita, e os aumentos das emendas parlamentares pelo Congresso, em breve esse limite deixará de ser factível, e terá que ser alterado também”, coloca.

É possível mudar a meta?

Lula pode enviar uma mensagem modificativa da Lei de Diretrizes Orçamentárias alterando a meta até o início da votação do projeto na Comissão Mista de Orçamento (CMO), conforme está estabelecido na Constituição. O governo ainda não cravou se vai mudar a meta fiscal e nem como faria isso. O relator, Danilo Forte, articula para votar o parecer preliminar da LDO, que abrirá o prazo regimental para a apresentação das emendas, ainda nesta semana.

Integrantes do Palácio do Planalto avaliam que o custo político e financeiro seria menor caso a mudança fosse feita já na LDO. Se não enviar a mensagem modificativa a tempo, ainda assim o governo tem a prerrogativa de mudar a meta – mas aí teria de mandar um projeto separado ao Congresso, o que pode ter mais custo político para o governo.

O que pode acontecer se o governo descumprir a meta?

De acordo com o arcabouço fiscal, sempre que o resultado primário crescer dentro da banda estabelecida, no ano seguinte, o crescimento real (acima da inflação) da despesa será igual a 70% do crescimento real da receita primária, acumulada em 12 meses até junho. O aumento de gastos é limitado a um crescimento real da despesa de, no mínimo, 0,6% ao ano e, no máximo, 2,5% ao ano.

No entanto, caso o resultado fique abaixo da banda inferior da meta, o crescimento do teto no ano seguinte ficará limitado a 50% do crescimento da receita, que também fica limitado a um crescimento real mínimo de 0,6% ao ano, e máximo de 2,5% ao ano.

Há, ainda, sanções para o ano seguinte caso o governo não cumpra a meta de resultado primário em exercício: a não concessão de aumento real de despesas obrigatórias, a suspensão de criação de novos cargos públicos e a suspensão da concessão de benefícios acima da inflação

Além disso, com o novo regime fiscal, o contingenciamento, isto é, o bloqueio preventivo de despesas, se tornou obrigatório. O contingenciamento é limitado a 25% de despesas discricionárias (não obrigatórias, como investimentos), a fim de resguardar o funcionamento da máquina pública.

O arcabouço fiscal prevê a possibilidade de rompimento eventual da meta, afirma Felipe Salto, economista-chefe da Warren Rena, “desde que todo o corte de gastos não obrigatórios seja implementado e, ainda assim, não se consiga chegar ao compromisso estipulado”. “Neste caso, há sanções previstas na referida lei complementar, os chamados gatilhos.”

Vale ressaltar, porém, que se o governo alterar a meta – por exemplo, para déficit de 0,5% do PIB -, não sofrerá as sanções por não zerar o déficit em 2024. Ele só sofrerá as sanções previstas no arcabouço caso não atinja o piso da meta estipulada.

Se mantiver a meta zero e entregar um déficit de 0,30% do PIB, por exemplo, será penalizado – uma vez que ultrapassa o piso da meta, que seria um déficit de 0,25%. Agora, se mudar a meta para um rombo de 0,25% do PIB e entregar esse mesmo resultado, de déficit de 0,30%, não haveria sanções, pois o limite seria um déficit de 0,50%, pela margem de tolerância do arcabouço.

Caso se mantenha a meta, é provável que ela seja rompida, diz Salto. A corretora calculou um déficit de 0,74% do PIB para 2024, com pouco mais de R$ 83 bilhões em receitas novas. O valor, no entanto, está bastante aquém do pretendido pelo governo, de mais de R$ 168 bilhões.

Segundo o especialista, a mudança da meta fiscal neste momento seria pior do que reforçar o compromisso com ela e eventualmente descumpri-la. “Ao manter a meta zero, pode-se conseguir, como prevemos, um déficit de 0,74% do PIB, menor do que projetamos na Warren Rena para 2023, de 1,1% do PIB, e também menor do que a projeção do próprio governo para 2023, que é 1,3% do PIB. Nesse sentido, o mais adequado é a manutenção da meta”, afirma.

Além disso, com uma dívida maior, emprestar para o governo se torna mais arriscado, e juros mais altos devem se espalhar por toda a economia, o que pode influenciar em menor crescimento econômico, afirma Mendes. “Cresce o risco de a inflação aumentar, de o crescimento econômico cair, de haver pacotes aumentando impostos (e reduzindo a rentabilidade das empresas e a renda das famílias)”.

Até o momento, a proposta de zerar o déficit primário é uma pauta para negociação de projetos, aponta Élida Graziane, procuradora do Ministério Público de Contas de São Paulo. “Não se pode exigir, em 2023, que haja a adoção preventiva de uma série de medidas que somente dizem respeito à execução orçamentária de 2024, exatamente porque nem sequer foi aprovada a LDO correspondente ao próximo exercício”, diz a professora.

O que se espera que o governo faça para mitigar os efeitos no caso de descumprimento da meta?

O descumprimento da meta já está sendo considerado nas projeções dos especialistas em contas públicas para o ano que vem, segundo Salto. A questão seria, portanto, discutir os impactos de uma possível mudança da meta.

Para Salto, o fundamental é melhorar o déficit primário de um ano para outro e manter o arcabouço. Nesse contexto, alterar a meta seria muito negativo porque abriria espaço para “aumento do risco, desconfiança e atrapalharia, sem dúvida, o trabalho do Banco Central, que, neste momento, opera uma redução de juros básicos”, diz o especialista.

O especialista afirma que o mais importante é cumprir o arcabouço fiscal, já que não se vê a meta sendo cumprida. Nesse caso, a Warren prevê um cenário de melhora paulatina ao longo dos anos do déficit primário.

 

REFORMA TRIBUTÁRIA VAI ACABAR COM UM SISTEMA CONFUSO, INJUSTO E REGRESSIVO QUE ONERA A COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA

Aprovada a reforma tributária sobre bens e serviços no Senado, País caminha para abandonar um sistema confuso, injusto e regressivo, que onera a produção e penaliza os consumidores

Por Notas & Informações – Jornal Estadão

Em um feito histórico para o País, o Senado aprovou a reforma tributária sobre o consumo. Foram 53 votos a 24, um placar mais apertado do que o governo esperava, mas suficiente para vencer mais uma etapa do processo de extinção de um sistema confuso, injusto e regressivo, que onera investimentos, penaliza os consumidores e é uma enorme fonte de litígio e insegurança jurídica.

Foram muitas as tentativas de mudar um modelo proposto na década de 1960 e que sobreviveu à Constituição de 1988. Por diferentes razões, essas iniciativas nunca conseguiram alcançar o necessário consenso político em torno delas. Enquanto isso, a competitividade da economia despencava perante a de outros países e numerosos regimes diferenciados eram criados para compensar os produtores.

Tais mudanças acabaram por agravar as distorções do sistema tributário e, pior, não geraram os resultados almejados em termos de crescimento e geração de empregos. Foi o esgotamento desse modelo que proporcionou as condições para a aprovação da reforma tributária pelo Senado. “A reforma se impôs porque o Brasil não poderia mais conviver com o atraso”, disse o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O texto original da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019 era mais ousado do que a redação final que sairá do Congresso. Já de saída, a proposta incorporou boa parte das sugestões da PEC 110/2019, entre as quais a divisão do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) em um modelo dual, com uma parcela administrada pela União e outra, por Estados e municípios.

O projeto já havia sido desidratado pelos deputados, perdeu um pouco mais de vigor na tramitação no Senado e, muito provavelmente, será mais desbastado na segunda passagem pela Câmara. Seu espírito, no entanto, foi preservado, o que não é pouco.

Com décadas de atraso, o País terá um IVA de base ampla que não mais distingue bens e serviços, unifica tributos federais, estaduais e municipais, deixa de incidir na origem e passa a ser cobrado no destino e acaba com a absurda cumulatividade que drenou a produtividade da indústria.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu que a reforma poderia ser melhor. De zero a dez, deu ao texto final nota 7,5. Foram muitas as concessões que o governo teve de fazer para angariar os votos necessários na Câmara e no Senado – seis delas realizadas na última hora, em plenário. Ampliou-se a lista de setores com direito a tratamento especial e a União teve que aceitar bancar até um novo fundo para contemplar áreas de livre comércio de Estados da Amazônia Ocidental.

Cada uma das benesses concedidas por deputados e senadores deve majorar a alíquota padrão do imposto final, ainda desconhecida. Na última estimativa feita pelo Ministério da Fazenda, calculada antes da votação no plenário do Senado, ela estaria em 27,5%. Assim que a proposta for promulgada, será possível iniciar a contagem dos prazos de transição do novo sistema, quando se espera que os ganhos de produtividade comecem a aparecer na economia.

A reforma não se encerra agora. Sua regulamentação demandará vários projetos de lei complementar que tratarão dos regimes específicos. A tramitação dessas propostas precisará ser acompanhada com rigor. Talvez o maior teste a que a reforma será submetida seja a revisão quinquenal das benesses. A experiência prévia do País prova que os benefícios, uma vez concedidos, são eternamente prorrogados.

Desde o início, sabia-se que não se aprovaria a reforma ideal. Isso não diminui o tamanho da conquista, que não é apenas do governo ou do Congresso, mas de toda a sociedade. Como disse o relator, Eduardo Braga (MDB-AM), o que se viu foi a construção coletiva do texto possível e o respeito à correlação de forças da democracia.

Essas forças eram muitas: deputados e senadores dos mais variados espectros políticos, representantes de setores do agronegócio, da indústria e dos serviços, governadores de Estados com situações muito distintas e prefeitos de pequenos municípios e de grandes capitais. Além da reforma em si, essa união de forças também é algo a celebrar.

 

O LIVRO AMAZÔNIA 2030 FAZ PROPOSTAS PARA A REGIÃO AMAZÔNICA ALCANÇAR UM PATAMAR DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E HUMANO

 

Por Redação – Jornal Estadão

Como desenvolver a economia da região da Amazônia e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo? Para responder a essa pergunta com propostas concretas, um grupo de pesquisadores brasileiros lança nesta sexta-feira, 10, o livro “Amazônia 2030 – Bases para o desenvolvimento sustentável”, durante debate que será realizado em parceria entre o projeto Amazônia 2030 e o Estadão.

O Amazônia 2030 busca propostas para que a região amazônica alcance um patamar maior de desenvolvimento econômico e humano, ao mesmo tempo que atinja o uso sustentável dos recursos naturais em 2030. O livro a ser lançado nesta sexta-feira é uma síntese do trabalho coletivo de mais de 80 pesquisadores de diferentes instituições, que resultou em 60 relatórios publicados pelo projeto Amazônia 2030. O economista José Alexandre Scheinkman, professor da Universidade de Columbia, é um colaborador sênior do projeto.

Para os cientista, há cinco Amazônias diferentes
Para os cientista, há cinco Amazônias diferentes Foto: Mauro Pimentel/AFP

“Num momento em que crescem os riscos ligados ao aquecimento global, o que deveria ser um ativo do Brasil passou a ser um vergonhoso passivo reputacional e econômico. Mas agora, após um período de trevas, os ventos estão virando para a Amazônia. Vem, portanto, em boa hora o extraordinário projeto Amazônia 2030, que venho acompanhando com entusiasmo e admiração desde o início”, escreve o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, no prefácio da obra. “Este livro mostra o tamanho do desafio que terá de ser enfrentado, mas mostra também que é possível virar o jogo”, sintetiza Fraga.

Na obra, os pesquisadores debatem, entre outros temas, o que chamam de paradoxo amazônico: a tese de que elementos de crise tornaram-se oportunidades de desenvolvimento para a região.

Eles também desenham diferenças na economia, desenvolvimento e densidade demográfica de cinco macrozonas na Amazônia – e argumentam que delimitá-las é crucial para o desenvolvimento de políticas públicas para a região. As cinco Amazônias, segundo os pesquisadores, são a Amazônia florestal, Amazônia florestal sob pressão, Amazônia desmatada, Amazônia não florestal (majoritariamente formada por cerrado) e Amazônia urbana (onde cerca de dois terços da população reside). Entre os temas centrais do livro está, ainda, o desmatamento zero e o ordenamento territorial como requisito para atingir o desenvolvimento sustentável.

Para debater e aprofundar o assunto, o Estadão irá transmitir, nesta sexta-feira, 10, às 9h30, o debate “Como desenvolver e proteger a Amazônia ao mesmo tempo? – Cientistas lançam livro com propostas para a região” (neste link). O evento será transmitido no portal do Estadão. Irão participar do debate dois dos autores da obra e co-coordenadores do projeto Amazônia 2030: Beto Veríssimo e Juliano Assunção.

Veríssimo é engenheiro agrônomo e mestre em ecologia pela Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA). É também cofundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e diretor do Centro de Empreendedorismo da Amazônia. Assunção é professor associado de economia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e diretor executivo do Climate Policy Initiative (CPI). O evento será mediado pela repórter de economia do Estadão, Beatriz Bulla.

A ÚNICA MANEIRA DE POR FIM À GUERRA COM A UCRÂNIA É UM GOLPE DE ESTADO CONTRA PUTIN

O ex-parlamentar russo Ilia Ponomarev, um renegado, tem uma ideia provocadora: ele argumenta que a única maneira de pôr fim à guerra na Ucrânia em termos aceitáveis é por meio de um golpe de Estado que derrube o presidente da RússiaVladimir Putin.

Pessoalmente, eu considero o plano de Ponomarev potencialmente perigoso tanto para os Estados Unidos quanto para a Ucrânia. Um preceito central da resistência ucraniana à invasão russa, afinal, é que países não deveriam enviar forças militares para além de suas fronteiras para fomentar violência. E ainda que suas ideias sejam interessantes, não há maneira de confirmar independentemente algumas de suas alegações e afirmações.

Mas dada a estagnação que acomete a guerra na Ucrânia — descrita francamente na semana passada pelo comandante-chefe das forças de Kiev, general Valeri Zaluzhni, num ensaio na revista The Economist — ideias não convencionais, como as de Ponomarev, receberão atenção. A Ucrânia e seus aliados buscam maneiras de acabar com o impasse sangrento sem um acordo negociado que conceda território para a Rússia.

Ponomarev fala sério quando descreve sua conspiração militar: ele se definiu em entrevista como líder político de um grupo chamado Legião Liberdade da Rússia, segundo ele um exército de quatro batalhões no exílio — normalmente totalizando cerca de 1,6 mil pessoas — com base na Ucrânia, assim como de 5 mil a 10 mil adeptos dentro da Rússia.

Ilia Ponomarev, ex-deputado foi o único a votar contra anexação da Crimeia e planeja golpe contra Vladimir Putin.
Ilia Ponomarev, ex-deputado foi o único a votar contra anexação da Crimeia e planeja golpe contra Vladimir Putin.  Foto: James Hill/The New York Times

O líder russo no exílio colabora com a gestão de um Congresso dos Delegados do Povo, um parlamento clandestino com base na Polônia que conta com 100 membros, 40 deles dentro da Rússia, e que, de acordo com ele, coordena a legião. Esse grupo está desenvolvendo novas leis e uma nova Constituição para uma Rússia pós-Putin e tem marcado um grande encontro em Varsóvia este mês, para o desenvolvimento de uma transição para eleições livres na Rússia.

Ele descreveu operações dentro da Rússia: um ataque de drones contra o Kremlin praticado por um grupo guerrilheiro frouxamente aliado a Ponomarev e ao Congresso dos Delegados do Povo; ataques da legião no território russo contra Belograd e Shebekino, próximo à fronteira ucraniana, em junho; e o que ele afirma ser ataques diários de sabotagem contra linhas ferroviárias dentro da Rússia. Ponomarev disse que o grupo está se fortalecendo para uma marcha decisiva sobre Moscou.

O líder no exílio também ligou seu grupo ao assassinato, em agosto de 2022, de Daria Dugina, filha de um proeminente escritor nacionalista russo. Autoridades de inteligência dos EUA tinham atribuído o ataque à inteligência da Ucrânia e declararam que se opuseram à ação, de acordo com um relato publicado no New York Times em outubro de 2022. Ponomarev afirmou que seu grupo trabalha proximamente com a espionagem ucraniana.

O ex-parlamentar russo também reivindicou funções não especificadas em dois ataques realizados este ano contra figuras pró-Kremlin: o assassinato, em abril, de um blogueiro pró-guerra chamado Vladlen Tatarski e a tentativa de assassinato, em maio, do escritor pró-Kremlin Zakhar Prilepin.

“A motivação para esses ataques individuais é simples”, explicou Ponomarev. “Nós queremos mandar uma mensagem para todos os apoiadores do governo: se vocês têm relação com a guerra, vocês não estão em segurança.”

Conforme discorreu calmamente sobre seus planos golpistas, numa sala de estar, em Washington, Ponomarev não soou como um revolucionário fanático, mas como o parlamentar e executivo que foi antes de assumir a posição político emigrado. Ponomarev afirmou que, após votar contra a anexação da Crimeia na Duma, abriu uma empresa de petróleo e gás natural em Kiev chamada Trident Acquisitions, atualmente listada na Nasdaq. E se comparou a Charles de Gaulle, que organizou uma minúscula força francesa para lutar contra o governo francês apoiado pelos nazistas durante a 2.ª Guerra.

“Numa crise, uma força pequena e disciplinada pode desempenhar um papel decisivo”, afirmou Ponomarev. E este é precisamente seu objetivo. Ao recrutar voluntários russos (ele disse que recebe mil candidaturas mensalmente, das quais extrai 40 recrutas confiáveis), Ponomarev espera conseguir construir uma força que marchará sobre Moscou da mesma maneira que a milícia de Ievgeni Prigozhin pretendeu em junho — Prigozhin interrompeu sua marcha e posteriormente morreu num misterioso desastre de avião. Mas Ponomarev diz que vai até o fim.

Ele argumenta que derrubar Putin é a única maneira de cessar a excruciante guerra de atrito na Ucrânia. “Qual é a luz no fim do túnel? Mudança de regime. É a alternativa mais barata”, insistiu.

Ponomarev afirmou que tem apoio do serviço de inteligência militar da Ucrânia para sua conspiração golpista — e que os EUA se opõem fortemente. Ele afirmou que a mensagem que recebeu das autoridades de Washington foi: “Nós não queremos ser parte disso”.

Neste momento, a campanha de Ponomarev parece mais uma série de testes modestos em vez de uma operação verdadeira. Consideremos o ataque de drones de 3 de maio contra o Kremlin. Ponomarev afirmou que o grupo levou drones ucranianos clandestinamente para a Rússia. Operadores dispararam um deles de uma posição a leste do Kremlin e outro de um ponto a sudoeste. Os drones carregavam apenas 1 quilo de explosivos e, admitiu Ponomarev, não causaram muito estrago, mas tiveram como objetivo demonstrar sua capacidade de atingir alvos precisos.

Ponomarev considerou um certo triunfo quando Putin diminuiu sua parada do Dia da Vitória, que celebra as glórias de Moscou na 2.ª Guerra, em maio — talvez porque o ataque de drones tenha preocupado o público. Ele disse que seus operadores têm “vários” outros drones na manga para ataques futuros.

A história russa é repleta de conspirações golpistas e complôs, reais e imaginados. Mudança de regime, disse-me Ponomarev, requer três elementos: força militar crível, elites domésticas perdendo esperança no status quo e um governo alternativo. Ponomarev afirma estar trabalhando nos três./ TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO

 

ABRIR UMA EMPRESA NO BRASIL E NOS EUA SÃO EXPERIÊNCIAS TOTALMENTE DISTINTAS

 

Luciane Vaz – Empresária

Empresária brasileira Luciane Vaz fala sobre as diferenças de empreender no Brasil e nos Estados Unidos

A empreendedora comenta sobre sua experiência nos negócios na Terra do Tio Sam

Abrir uma empresa no Brasil e nos Estados Unidos são experiências totalmente distintas. A empresária Luciane Vaz pode proporcionar uma visão valiosa sobre essas diferenças. Com experiência em empreendedorismo, ela compartilha suas percepções sobre os processos de abertura de empresas em ambos os países.

“Nos Estados Unidos, uma das principais vantagens é a não obrigatoriedade de residir ou ter documentação americana para abrir uma empresa. Essa flexibilidade abre portas para empreendedores estrangeiros, tornando o país extremamente atrativo para investidores”, explica a empreendedora.

Por lá, segundo a influenciadora, você tem a oportunidade de estabelecer seu negócio mesmo não sendo residente ou possuindo documentação americana. “Isso torna o país extremamente aberto ao empreendedorismo e ao talento estrangeiro”, afirma.

Além disso, Luciane ressalta o apoio do governo e a cultura empreendedora nos Estados Unidos. O país valoriza o potencial dos empreendedores e oferece uma série de programas e incentivos fiscais para estimular o crescimento dos negócios.

“Os Estados Unidos são conhecidos por sua cultura empreendedora e pela mentalidade aberta para novos negócios. Há uma atmosfera favorável para o desenvolvimento de startups e pequenas empresas, o que torna o país um terreno fértil para empreendedores,” pontua.

Uma diferença marcante é a facilidade de acesso a empréstimos nos Estados Unidos, o que contribui para o investimento e crescimento dos negócios. Luciane destaca que, ao contrário do Brasil, é mais comum encontrar instituições financeiras que oferecem empréstimos acessíveis e taxas de juros razoáveis.

“Nos Estados Unidos, há uma maior oferta de empréstimos para investir no negócio. Isso facilita a viabilidade e desenvolvimento de startups e pequenas empresas, permitindo que os empreendedores coloquem suas ideias em prática de forma mais ágil”, enfatiza.

Luciane também compartilha sua experiência de abrir suas próprias empresas nos Estados Unidos. Ela ressalta que o mercado consumista e o apoio aos negócios locais tornam o processo de estabelecimento empresarial mais fluido.

“Uma das razões pelas quais eu escolhi empreender nos Estados Unidos foi o mercado altamente consumista e o apoio aos negócios locais. O ambiente empreendedor é extremamente receptivo, o que facilita a entrada de novas empresas no mercado”, comenta Luciane.

Além disso, ela menciona que muitos brasileiros optam por empreender nos Estados Unidos em busca de melhores oportunidades profissionais e financeiras.

“Muitos brasileiros procuram o mercado americano por causa das oportunidades de emprego e de uma melhor situação financeira. Muitos acabam encontrando barreiras no mercado profissional devido às dificuldades com o idioma ou à falta de reconhecimento de diplomas. O empreendedorismo se torna então uma alternativa atraente”, esclarece.

Luciane Vaz destaca que, embora existam desafios e oportunidades em ambas as nações, é indispensável entender as particularidades de cada país antes de tomar a decisão de abrir uma empresa.

“Antes de se aventurar em um novo país, é essencial estudar, pesquisar e buscar orientação especializada. Compreender as diferenças culturais, leis e regulamentações comerciais é vital para o sucesso dos negócios internacionais”, aconselha Luciane.

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quinta-feira, 9 de novembro de 2023

MILEI XINGA LULA E DIZ QUE O GOVERNO BRASILEIRO ESTÁ INTERFERINDO NAS ELEIÇÕES DA ARGENTINA

História por PODER360  

O candidato à presidência da Argentina Javier Milei afirmou nesta 4ª feira (8.nov.2023) que não se reunirá com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caso seja eleito. O libertário, que conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua campanha presidencial, chamou o petista de “comunista” e “corrupto”. As informações são do Clarin.

Em entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly, Milei ainda disse que, se eleito, retiraria os embaixadores argentinos de países que são “ditaduras”, como Venezuela, Cuba, Nicarágua, Coreia do Norte e Irã, e condenaria o “terrorismo do Hamas e do Hezbollah”.

Além disso, mencionou que “autocratas” também deveriam ser condenados, citando o presidente russo Vladimir Putin. “Eu fui o 1º a defender o governo da Ucrânia e o 1º a defender Israel dos ataques violentos e cruéis do Hamas”, disse.

Ao se referir à Lula, o argentino rotulou o presidente brasileiro de “comunista” e “corrupto” e afirmou que “por isso ele esteve preso”. Disse que, se chegar à Casa Rosada, seus “aliados” serão os Estados Unidos, Israel e “o mundo livre”.

Depois das declarações do candidato à presidência nesta 4ª (8.nov), o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, disse que Lula “não é nem comunista, nem corrupto”.

“Já vivi algo semelhante com Bolsonaro no governo, quando ele queria sair do Mercosul, e agora novamente nos deparamos com uma afirmação que é completamente estranha, porque Lula não é nem comunista, nem corrupto”, disse Scioli em fala a C5N.

O embaixador argentino afirmou que, quanto à acusação de corrupção, “isso foi negado pela Suprema Corte de Justiça do Brasil, que afirmou que houve uma utilização da justiça com objetivos políticos e o absolveu”.

Na 2ª (6.nov), Milei afirmou, em entrevista à emissora La Nación+, que o chefe do Executivo brasileiro estava “interferindo” na campanha e “financiando” parte dela. Nesta 4ª (8.nov), entretanto, Guillermo Francos, principal articulador da campanha do candidato à presidência da Argentina, disse não saber de uma possível interferência do petista na campanha eleitoral argentina.

O libertário irá disputar o 2º turno das eleições presidenciais contra o atual ministro da Economia argentino, Sergio Massa, em 19 de novembro. O peronista ficou à frente no 1º turno de 22 de outubro, com 36,68% dos votos válidos, contra 29,98% de Milei.

 

CRISE NO MERCADO DE BENS DE LUXO

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