quarta-feira, 8 de novembro de 2023

PACHECO ERA A FAVOR DO GOVERNO LULA E DEVIDO RECUSA PARA A SUA NOMEAÇÃO PARA O STF VIROU OPOSITOR

 

História por MATHEUS TUPINA  • Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rejeitou a pecha de bolsonarista nesta segunda-feira (6) e negou mal-estar com o STF (Supremo Tribunal Federal) e o governo. Apesar disso, tem capitaneado uma série de iniciativas contra a corte na Casa, na qual o Planalto já sofreu derrotas simbólicas.

Em relação ao tribunal, tem feito declarações em favor de mandato aos ministros e sinaliza pautar a votação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) limitando os pedidos de vista e as decisões monocráticas.

Já o governo viu no Senado a rejeição do nome do defensor público Igor Roque para o comando da DPU (Defensoria Pública da União) por 38 votos contra e 35 a favor —placar surpreendente até mesmo para a oposição.

Pacheco tenta acenar aos conservadores e bolsonaristas para um sucessor na presidência do Senado em 2025, e também para pleito de 2026, onde é cogitado na disputa ao Governo de Minas Gerais.

Veja contradições entre discurso de Pacheco e a realidade na disputa entre Congresso Nacional e STF:

AGENDA ANTI-STF

Após a ministra aposentada Rosa Weber pautar ações consideradas polêmicas no Supremo, Pacheco passou a apoiar pautas contra a corte que são identificadas com senadores ligados a Bolsonaro.

O presidente do Senado protocolou uma PEC proibindo o porte e a posse de qualquer droga em resposta ao julgamento da descriminalização de substâncias para uso pessoal. Depois, passou a defender que os ministros do Supremo tenham mandato.

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado ainda aprovou, a toque de caixa, PEC limitando as decisões monocráticas e pedidos de vista em tribunais superiores. Agora o texto vai ao plenário, e Pacheco tem sinalizado que o levará à votação.

Ele afirmou nesta segunda que as críticas à proposta que limita decisões monocráticas vêm de pessoas que não conhecem o texto e afirmou ver como “muito pobre” a ideia de que as discussões são um aceno à extrema direita —afirmação feita pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

ELOGIOS DE BOLSONARO E CRÍTICAS DE GILMAR

Em meio à ofensiva contra a atuação do STF, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiou Pacheco ao discursar para parlamentares da bancada ruralista pelas declarações e propostas em trâmite no Senado.

“A questão do desequilíbrio entre os Poderes. Tive a notícia, agora há pouco, que uma certa proposta vai à frente no Senado, parabéns ao presidente do Senado”, afirmou o ex-presidente no último dia 24.

Já Gilmar Mendes reagiu à declaração do presidente da Casa sobre a criação de mandato para membros do Supremo e afirmou que “pelo que se fala, a proposta se fará acompanhar do loteamento das vagas, em proveito de certos órgãos”.

Em debate com participação de Pacheco, no último dia 14, Gilmar fez novas críticas e afirmou que a corte foi uma das responsáveis pela efetivar a eleição de Lula (PT) no ano passado.

Ressaltou a necessidade de reformas entre os Poderes pensadas em termos globais, com discussão até de sistema de governos e emendas parlamentares. Também disse, brincando, que Pacheco seria “um grande candidato ao Supremo”.

Nesta segunda-feira, Pacheco se esquivou do rótulo de bolsonarista ao ser questionado sobre projetos em discussão na Casa que podem reverter decisões do STF —como o marco temporal e a descriminalização da maconha— ou mudar a própria composição da corte.

DERROTAS DO GOVERNO

Nesta segunda, Pacheco disse que os senadores não seriam irresponsáveis de rejeitar uma indicação de Lula só para mandar recados. Ele se referiu ao defensor público Igor Roque, barrado para o comando da DPU por 38 votos contra e 35 a favor. A votação ocorreu há duas semanas.

A rejeição de Igor Roque é lida como um alerta para o governo em um processo de baixo interesse. As reclamações vão de falta de articulação política às demandas dos membros do Senado, que vão da liberação de emendas à nomeação de aliados no governo.

A Casa virou um campo minado para o Planalto, confirmando a dificuldade da administração petista em construir uma base sólida.

Outra derrota significativa ocorreu no fim de setembro com a aprovação, por 43 a 21, de um projeto que regulamenta o marco temporal para demarcação de terras indígenas. A tese havia sido declarada inconstitucional pelo STF e foi pautada no Congresso em reação ao Judiciário.

FUTURO POLÍTICO

O aumento da temperatura entre Pacheco e os outros Poderes tem a ver com o futuro político do atual senador. Parlamentares observam um esforço do presidente da Casa de se aproximar da oposição ao governo Lula visando pavimentar o caminho para a eleição de seu sucessor em 2025.

Correligionários ainda avaliam que, embutido no cálculo de Pacheco, está a necessidade de protagonismo mirando o seu próprio futuro político em 2026, quando termina seu mandato no Senado. Dirigentes do PSD citam desde já o nome do senador como uma opção forte para disputar o Governo de Minas.

O NOVO LULA É SEMPRE O MESMO VELHO LULA DE SEMPRE

 

História por pereira  • IstoÉ

Em seu terceiro mandato, bafejado pela boa vontade que o destino lhe concede, o presidente Lula se mostra cada vez mais parecido com o bom (?) e velho Lula.

Como de costume, não demora um segundo antes de se desfazer de promessas (não nomear um amigo para o STF), de abandonar plataformas eleitorais (privilegiar mulheres em seu governo), de quebrar expectativas (unir o País) e de insistir nos erros do passado (política econômica de curtíssimo prazo).

Mantendo a tradição de politiqueiro titubeante e pouco confiável, o chefão do PT abraça – sem pudor algum! – Arthur Lira, o todo-poderoso Presidente da Câmara dos Deputados, concedendo-lhe verbas, cargos e salários indiscriminados, em troca de votos, numa espécie de mensalão oficial.

Rasga compromissos ideológicos que não lhe interessam, ainda que custe resmungos dentro do partido, ao mesmo tempo em que mantém os mais deploráveis conceitos históricos, como o fascínio por ditadores e ditaduras e grupos terroristas como o Hamas, em detrimento de Israel e Estados Unidos.

Mesmo com idade avançada, ainda se deixa seduzir por luxos e mordomias (como um emergente deslumbrado), e até mesmo a busca por uma aparência mais jovem entrou na pauta do velho Lula, que já não garante a aposentadoria anunciada em 2022.

Sua assunção tácita pelo rombo fiscal não surpreende, e é apenas mais uma amostra de que não esqueceu nada nem aprendeu nada. Inclusive, corrobora a prática contumaz de traição, desta vez com Fernando Haddad, de quem já fez poste e, agora, um bobo da corte.

O futuro a Deus pertence e ninguém tem bola de cristal, mas uma coisa é certa, pois realmente imutável: o Pai do Ronaldinho dos Negócios nasceu para encantador de serpentes e morrerá assim. Até porque, convenhamos, é craque no assunto. Pra que mexer em time que está ganhando, não é mesmo? Azar o nosso.

PRIMEIRO-MINISTRO DE PORTUGAL RENUNCIA ACUSADO DE CORRUPÇÃO DE CONCESSÕES DE MINAS DE LÍTIO

História por admin3  • Revista Planeta

António Costa é alvo de investigação sobre concessões de minas de lítio e projeto de usina de hidrogênio verde. Polícia prendeu seu chefe de gabinete e realizou busca e apreensão em sua residência e em prédios públicos.O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, pediu nesta terça-feira (07/11) demissão do cargo, após ter seu nome envolvido em uma investigação de corrupção relacionada a concessões de minas de lítio e um projeto para uma usina de hidrogênio verde no país.

“Nestas circunstâncias, obviamente, apresentei minha renúncia à Vossa Excelência, o presidente da República”, declarou o socialista em discurso televisionado, no qual destacou que o cargo de primeiro-ministro não é compatível com a “suspeita de qualquer ato criminal”.

O anúncio de Costa foi feito horas após a polícia portuguesa ter prendido seu chefe de gabinete e cumprido mandados de busca e apreensão em prédios públicos e outras propriedades como parte da investigação, inclusive na residência oficial do primeiro-ministro.

O Ministério Público informou que o Supremo Tribunal de Justiça estava examinando o “uso do nome do primeiro-ministro e o seu envolvimento para destravar” as práticas sob investigação.

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou o pedido de demissão de Costa. Ele convocou os partidos representados na Assembleia da República para um encontro nesta quarta-feira, e reunirá o conselho de Estado na quinta-feira.

Premiê afirma ser inocente

Costa, que tem 62 anos e lidera Portugal desde 2015, defendeu sua inocência e chorou ao agradecer à sua família pelo apoio ao longo dos anos.

“Confio totalmente no sistema judiciário”, disse. “Quero dizer, olhos nos olhos aos portugueses, que não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito, ou sequer de qualquer ato censurável”.

Ele afirmou ainda que está “totalmente disponível para colaborar com a Justiça em tudo o que entenda necessário para apurar toda a verdade, seja sobre que matéria for”.

Chefe de gabinete detido

A polícia cumpriu mandados de prisão contra Vítor Escária, chefe de gabinete de Costa, o presidente da Câmara de Sines e três outras pessoas, com o objetivo de evitar fugas e preservar as provas, informou o Ministério Público.

A Promotoria disse que o ministro da Infraestrutura, João Galamba, e o chefe da agência ambiental do país também estavam entre os investigados.

Os mandados de busca e apreensão envolveram prédios do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério da Infraestrutura, da Câmara de Sines, casas e escritórios particulares.

A operação apura supostos atos ilícitos, corrupção de autoridades eleitas e tráfico de influência relacionados a concessões de minas de lítio perto da fronteira norte de Portugal com a Espanha e planos para uma usina de hidrogênio verde e um centro de dados em Sines, na costa sul.

O Ministério Público disse que a investigação concluiu que os “investigados invocaram o nome do primeiro-ministro” para realizar suas atividades supostamente ilícitas.

As minas de lítio e os projetos de hidrogênio verde de Portugal fazem parte do Acordo Verde promovido pela União Europeia.

Costa disse que não tinha nenhuma indicação prévia de que estava sendo investigado pelas autoridades. “É uma etapa da vida que encerro de cabeça erguida e com consciência tranquila”, afirmou.

bl (AP, ots)

O post Primeiro-ministro de Portugal renuncia após escândalo apareceu primeiro em Planeta.

 

A NOVA GLO DEMONSTRA QUE OS MILITARES SEGUEM SENDO EMPREGADOS ONDE NÃO EXISTE PLANO ALGUM

Fornecido por Agência Pública

Não se passaram nem três dias depois de o presidente Lula anunciar que “enquanto eu for presidente não tem GLO [Garantia da Lei e Ordem]”, e o governo promulgou… uma GLO. 

Segundo o decreto presidencial, 3.700 militares do Exército, Marinha e Aeronáutica vão ter poder de polícia nos aeroportos de Guarulhos e do Galeão, nos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos e nas vias de acesso, além de uma faixa de 2.300 quilômetros nas fronteiras. A GLO vai durar até maio de 2024. 

O decreto foi uma resposta à ação de milicianos no Rio de Janeiro, que incendiaram 35 ônibus, um trem e veículos de passeio em retaliação pela morte de Faustão, Matheus da Silva Rezende, da milícia “Bonde do Z”, a maior da zona oeste do Rio.

Há uma certa diferença, claro, entre as “GLOs” às quais se referia Lula – ocupações de favelas durante meses a fio, nas quais o Exército passa a controlar a segurança pública – e a atual, que limita a atuação dos militares a fronteiras de entrada no país, posição mais fiel à atribuição de “defesa”. E é louvável que Lula tenha decidido tirar de vez os militares das favelas (“Não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido”, disse). Este foi a marca do seu governo antes da Copa e da Olimpíada, aprofundado por Dilma e Temer, como apontei no meu livro Dano Colateral

Afinal, foi por conta dessa ilusão de que os militares são os únicos que conseguem conter situações de crise dentro do nosso território e efetivamente garantir a lei e a ordem que muitos amalucados seguidores de Jair Bolsonaro clamaram por um golpe de Estado em 8 de janeiro deste ano. 

Porém, a contradição entre o que disse o presidente e o que fez apenas 72 horas depois demonstra que nosso ordenamento jurídico não responde às nuances atuais do emprego das Forças Armadas, permitindo apenas a GLO e ponto final. O artigo 142, amarrado pela Constituição de 1988, no qual pesou a mão do general Leônidas Pires, apenas mascarou a “segurança interna” como “lei e ordem”. E discussões sobre sua reforma pelo Congresso estacionaram devido ao inegável fato de que este governo – assim como todos desde a redemocratização – não sabe o que fazer com umas Forças Armadas cuja principal marca continua sendo a mácula do golpismo histórico. Bolsonaro talvez tenha sido o presidente que mais soube usar isso, para seu proveito próprio. 

Por outro lado, a nova GLO demonstra que os militares seguem sendo empregados em situações em que não existe plano algum. A coisa está feia, chamem-se os militares. 

Lula anunciou que haverá “um comitê de acompanhamento integrado” dos ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio. Ficou a promessa de que eles apresentarão um plano de modernização de atuação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Exército, Aeronáutica e Marinha. Ou seja: os militares voltaram a entrar no foco das discussões sobre segurança pública.  

Para entender se a medida sobre portos e aeroportos é efetiva, conversei com três especialistas em segurança pública do Rio de Janeiro, que foram unânimes em dizer: isso não tem a menor chance de dar certo. 

“É uma GLO envergonhada só nas ‘partes federais’ do Rio. No fim, é uma medida apenas cosmética”, diz Cecília Olliveira, diretora do Instituto Fogo Cruzado e jornalista com vasta experiência em cobertura do crime organizado fluminense. “Mais um plano sem plano”, conclui.  

Para Silvia Ramos, coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), é “estranho” retirar o papel da PF nos portos e aeroportos para colocar as Forças Armadas. “Ainda não está claro o que soldados, sargentos e oficiais poderiam fazer, além de uma figuração cenográfica, em portos e aeroportos. É exatamente nessas áreas que mais se depende de investigação, inteligência e monitoramento de longo prazo, e não de presença de força física.” 

Ela avalia que o problema não é a entrada de armas longas, que não são fabricadas no Brasil, mas que “no Rio de Janeiro já circulam quantidades enormes de fuzis”. Experiências anteriores demonstram que apreensões de armamentos dependem de investigação: escutas, acompanhamentos de remessas financeiras, monitoramento de cargas. “Nunca vi apreensões relevantes ao acaso, abrindo malas ou contêineres aleatoriamente”, diz. 

Pablo Nunes, pesquisador do CESeC, lembra que na verdade um dos maiores problemas é justamente as armas provenientes do Exército que acabam indo parar nas mãos de criminosos. 

“Boa parte das armas em posse do crime são armas legais, vindas do paiol das Forças Armadas, das polícias ou de empresas de segurança privada. Então, é claro que dar atenção para a entrada ilegal de armas por meio de portos e aeroportos é importante, mas dar atenção às armas que já estão em território nacional parece ser uma medida urgente.” 

Para os três especialistas, a GLO passa longe de atacar o “x” da questão: os esquemas que alimentam há décadas a corrupção e a incompetência da polícia fluminense, em especial, as inúmeras alianças com o crime organizado, seja pelos “arregos” e extorsão, seja pelos assassinatos encomendados e a formação de milícias por policiais e ex-policiais. 

“Não vi até agora nenhum sinal de que o governo federal fará alguma coisa para estancar esse movimento – que é exatamente o que tornou o Rio um problema insolúvel”, diz Silvia Ramos.

Finalmente, a GLO tira o foco da ineficiência do governador Cláudio Castro, que demonstrou ser mais um governador que não manda nas polícias. E agora, com Flávio Dino às vésperas de ser indicado para o STF, parece que, mais uma vez, os ventos políticos empurraram os militares para um problema de segurança interna e para o centro da estratégia do governo. 

Algo que já vimos no passado, com resultados desastrosos.

 

CNI DIZ QUE O EXCESSO DE EXCESSÕES DA REFORMA TRIBUTÁRIA PESARÁ NO BOLSO DO CONSUMIDOR

 

História por PODER360  • Poder360

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CNI (Confederação Nacional da Indústria) disse em nota nesta 3ª feira (7.nov.2023) que defende uma reforma tributária “sem cumulatividade”, ou seja, sem excesso de impostos. Mais cedo, o texto da proposta (PEC 45 de 2019foi aprovado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. “Quem paga essa conta é sempre o consumidor”, afirmou a entidade.

Segundo a confederação, as exceções incluídas nas últimas negociações do relator na Casa Alta, senador Eduardo Braga (MDB-AM), com os congressistas resultarão em um imposto mais alto para todos. A organização ainda defende que “esse excesso pesará, sobretudo, no bolso do brasileiro de menor renda”. Eis a íntegra do comunicado (PDF – 148 kB).

Para a construção de um sistema tributário eficaz, de acordo com a CNI, “é preciso que o imposto seletivo não incida sobre insumos e que seja eliminado o novo tributo sobre bens primários e semielaborados, que vão onerar toda a cadeia produtiva”.

TEXTO SEGUE PARA O PLENÁRIO

A intenção é votar a PEC no plenário na 4ª (8.nov) e na 5ª (9.nov). O texto precisa ser analisado em 2 turnos para ser aprovado. São necessários ao menos 49 votos (três quintos da composição da Casa). Em 2 de novembro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse esperar mais de 60 votos na aprovação da reforma. A urgência da proposta deve ser votada ainda nesta 3ª (7.nov).

O parecer de Braga aumentou de R$ 40 bilhões para R$ 60 bilhões o valor do FDR (Fundo de Desenvolvimento Regional). A mudança contou com o aval do Ministério da Fazenda e era defendida pelos Estados. Os R$ 20 bilhões excedentes serão distribuídos por 10 anos a partir de 2034.

A 1ª versão do relatório foi apresentada em 25 de outubro. Nesta 3ª (7.nov), dia da votação na CCJ, Braga apresentou um complemento ao parecer com ajustes acordados com a Fazenda. O relator acatou mais de 250 emendas das 802 apresentadas pelos senadores. Nos últimos dias, negociou junto ao governo as alterações para aumentar a aceitação da proposta entre os senadores.

Leia abaixo outras mudanças em relação ao texto aprovado na Câmara feitas pelo relator no Senado:

  • comitê gestor – colegiado entra no lugar do Conselho Federativo. Retira a possibilidade de iniciativa de lei pelo órgão. Discussão no comitê será feita por maioria absoluta, mais representantes de Estados que correspondam a 50% da população, além de maioria absoluta dos municípios;
  • seguro-receita – sobe dos 3% previstos na Câmara para 5%;
  • imposto seletivo – armas e munições poderão ser taxadas pelo chamado “imposto do pecado”;
  • os setores de energia elétrica e telecomunicações ficaram de fora do imposto seletivo;
  • regime específico para setores – alíquotas de combustíveis serão definidas por Resolução do Senado Federal;
  • alíquotas diferenciadas (redução de 60%) – transporte coletivo rodoviário e metroviário, produções artísticas, culturais, jornalísticas e audiovisuais nacionais, atividades esportivas e comunicação institucional; alimentos destinados ao consumo humano, produtos de higiene pessoal e limpeza consumidos por famílias de baixa renda;
  • alíquota intermediária (30%) – para prestação de serviços de profissões regulamentadas;
  • mantém fundos estaduais até 31 de dezembro de 2032;
  • prorroga benefícios para setor automotivo até o fim de 2032;
  • profissionais liberais – terão uma alíquota menor de imposto;
  • ITCMD – o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, que incide sobre heranças, terá alíquota progressiva e definida em lei complementar.

UM PROFISSIONAL DEVE MANTER A DUALIDADE ENTRE ROLE LESSNESS E ROLE FULLNESS PARA EVOLUIR E PROSPERAR

 

Virgilio Marques do Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria, empresa-filha da Unicamp, e Doutor em Engenharia Mecânica pela mesma instituição

A evolução da carreira em grandes empresas não está apenas nas técnicas e ferramentas que se domina, mas também nas filosofias e perspectivas que adotamos em nosso dia a dia. A interação entre “rolelessness” e “rolefulness” apresenta uma dialética interessante, que pode ser aplicada ao contexto corporativo. Antes de entendermos sua aplicação, permita-me apresentar os conceitos.

Rolelessness refere-se à capacidade de um indivíduo de operar sem um papel ou uma identidade fixa. É a habilidade de permanecer fluido, adaptável e não restrito por um conjunto definido de expectativas ou responsabilidades. Essa abordagem é uma manifestação do pensamento aberto, que desafia constantemente suas próprias crenças e suposições, permanecendo flexível a novas ideias e perspectivas.

Em contraste, rolefulness diz respeito à profundidade com que alguém se dedica a um papel específico. É a habilidade de abraçar completamente as responsabilidades, expectativas e normas associadas a uma função. No pensamento analítico, isso pode ser comparado ao rigor e à disciplina aplicados ao teste e à verificação de teorias e conceitos.

A dança entre rolelessness e rolefulness na carreira

Estes conceitos podem parecer diametralmente opostos, mas há uma interação simbiótica entre eles, especialmente no ambiente corporativo.

O profissional em uma grande empresa frequentemente se depara com situações ambíguas, problemas complexos e a necessidade de cooperar com equipes multidisciplinares. Rolelessness, neste contexto, permite que este colaborador aborde problemas sem preconceitos, livre de restrições tradicionais e aberto a soluções inovadoras. É a capacidade de ver além das descrições de cargo, operando de forma holística e interdisciplinar.

Por outro lado, rolefulness é o que permite ao profissional executar com precisão e eficácia. É a dedicação ao seu papel, o entendimento profundo das ferramentas à disposição e o compromisso em entregar resultados excepcionais. Esse foco e especialização são cruciais, especialmente em grandes corporações, onde a expectativa é de alto desempenho.

A carreira é pontuada por desafios e oportunidades. Para navegar com sucesso neste ambiente, é fundamental equilibrar as características destes dois conceitos:

Rolelessness:

● Inovação: ao abordar problemas sem o confinamento de um papel fixo, é possível encontrar soluções inovadoras;

● Colaboração: sem barreiras definidas, a pessoa pode cooperar efetivamente com diferentes equipes, cultivando relações interdisciplinares;

● Adaptabilidade: em um ambiente corporativo em constante mudança, a capacidade de se adaptar rapidamente é inestimável.

Rolefulness:

● Eficiência: a dedicação a um papel permite uma execução precisa;

● Credibilidade: o profundo conhecimento de seu papel consolida sua confiança e credibilidade entre os stakeholders;

● Profundidade: o domínio das ferramentas e técnicas importantes para determinado cargo conduz a análises robustas e insights valiosos.

A dualidade entre rolelessness e rolefulness não é uma questão de escolher um em detrimento do outro. Em vez disso, é uma dança contínua, um equilíbrio que a pessoa deve manter para evoluir e prosperar.

Em empresas como as que são nossas clientes, onde a excelência é esperada, adotar essa dialética pode ser a chave para avançar na carreira, contribuir significativamente para a organização e, acima de tudo, manter-se relevante em um ambiente empresarial em constante evolução.

Em última análise, pode-se argumentar: é a interação e o desafio contínuo entre conceitos que levam ao crescimento e à evolução. E, para o colaborador em uma grande empresa, essa dança entre rolelessness e rolefulness pode ser a coreografia que conduz à maestria profissional.

Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                  

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

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terça-feira, 7 de novembro de 2023

CÂMARA E SENADO DEBATEM NOVAS RESTRIÇÕES AO STF

 

História por THAÍSA OLIVEIRA  • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), evitou responder nesta segunda (6) qual será o encaminhamento dado por ele caso projetos que modifiquem o funcionamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sejam aprovados pelos senadores.

Lira defendeu, no entanto, uma proposta que possa limitar as chamadas ADIs (ações diretas de inconstitucionalidade). Segundo ele, é preciso aumentar “o sarrafo” de quem pode acionar o Supremo por meio de uma ADI, e em quais condições.

Lira tem sinalizado a interlocutores que pretende enterrar na Câmara as propostas em debate no Senado. Uma deles, já aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), limita decisões monocráticas e pedidos de vista (quando o magistrado pede mais tempo para votar um tema).

“Não me cabe, eu nunca fiz, nem vou fazer agora julgamento do que o Senado está fazendo, se a Câmara vai fazer. Não sou o dono nem o chefe da Câmara. Eu apenas reúno o pensamento médio de todos os líderes de todos os partidos”, disse durante evento do banco BTG Pactual.

Em mais um sinal de que pode deixar o assunto de lado, o presidente da Câmara também afirmou nesta segunda que a independência entre os Poderes -citada recorrentemente pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)- deve ser acompanhada de “harmonia”.

“Se o Senado está na vibe da independência do Poder Legislativo, do aumento de suas prerrogativas ou da recuperação das prerrogativas perdidas ao longo do tempo, é salutar. Sempre observando que nós precisamos ter harmonia com o Poder Judiciário, harmonia com o Poder Executivo.”

Pacheco tem afirmado que pretende colocar o projeto que limita decisões monocráticas em votação no plenário do Senado nos próximos dias. Nesta segunda, no mesmo evento, o senador afirmou que as críticas vêm de pessoas que não conhecem o texto.

O presidente do Senado também defende mandatos para ministros do STF e magistrados de tribunais superiores. Hoje, os ministros do Supremo não têm mandato, mas são obrigados a se aposentar aos 75 anos de idade.

GLO DE LULA TEM UM COMPONENTE POLÍTICO-PARTIDARIO E DEVE SER MODIFICADA NO CONGRESSO

 

História por admin3  • IstoÉ Dinheiro

Congressistas de oposição preparam um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para invalidar ou ao menos modificar a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) determinada pelo governo Lula em portos e aeroportos dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. A afirmação é do deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), atual presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CCSPO) da Casa. “Com certeza faremos um PDL para sustar ou modificar os termos do decreto”, disse ele ao Estadão.

Na última quarta-feira, 1º, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto instaurando a GLO em portos e aeroportos do Rio e de São Paulo. A medida deve durar até maio de 2024 e abrange os portos de Itaguaí (RJ), do Rio de Janeiro (RJ) e de Santos, em São Paulo, assim como os aeroportos de Guarulhos (SP) e do Galeão, no Rio. De acordo com o decreto, as Forças Armadas passarão a trabalhar nestes locais para combater o tráfico de armas e de drogas. Lula disse ainda que o governo criará um comitê para acompanhar as ações, sob o comando dos ministros Flávio Dino (Justiça) e José Múcio Monteiro (Defesa).

O “Projeto de Decreto Legislativo”, ou PDL, é um tipo de proposição legislativa usada por deputados e senadores para regular assuntos que são da alçada exclusiva do Congresso, ou para suspender atos do Poder Executivo, como o decreto da GLO editado por Lula. A operação de GLO está programada para começar nesta segunda-feira, 6, mobilizando 3.700 militares das três Forças – Marinha, Aeronáutica e Exército.

 “A GLO decretada pelo governo federal trará pouco resultado prático na queda dos índices de violência, porque já anunciada com prazo determinado de validade e com proibição de incursões e operações em áreas conflagradas e tomadas pelo narcotráfico e por milícias criminosas”, diz Sanderson, que é integrante da Frente Parlamentar da Segurança Pública, grupo apelidado por adversários de “bancada da bala”.

Uma das polêmicas da GLO é que não houve requisição do governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos). O governo federal alega que o policiamento de portos e aeroportos já é de responsabilidade da União, sendo feito normalmente pela Polícia Federal (PF). Por isso, não haveria necessidade de autorização dos governadores. “O que já estamos fazendo é ter presença em áreas federais. Não vamos suprimir a área de competência das polícias do estado ou do município”, disse o ministro da Justiça, Flávio Dino.

Sanderson diz ainda que é “muito suspeito (…) incluir na GLO o estado de São Paulo (que não precisa de ajuda e o governador não pediu) e deixar fora o estado da Bahia, cujos índices de violência urbana são os piores do país”, diz ele. “Ficou a impressão de que há um componente político-partidário no processo”, conclui. A Bahia é governada por políticos do PT há quase 17 anos, desde janeiro de 2007. No ano passado, o Estado liderou o ranking de assassinatos no Brasil, com quase 7 mil homicídios, segundo informações compiladas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

“Não dá pra aceitar a inclusão do estado de São Paulo e a não inclusão do estado da Bahia, bem como também não dá pra aceitar uma GLO restrita a aeroportos e portos. Se há algum lugar onde as forças de segurança precisam de ajuda é nas ruas, nas comunidades, no centro da capital carioca, nas periferias, não nos aeroportos, cujo controle já está a cargo do governo federal”, diz o político gaúcho, que é policial federal e está no segundo mandato na Câmara.

Ao Estadão, o governador Tarcísio de Freitas defendeu a operação de GLO no Porto de Santos e no Aeroporto de Guarulhos. Segundo ele, “o Porto de Santos virou o principal entreposto do comércio internacional de drogas no Brasil”. “Entendo que é um esforço para melhorar a segurança pública. A conquista da segurança vai demandar cooperação entre os entes federados. Enxerguei a medida como oportuna e transmiti isso ao governo federal”, disse o governador.

Operações de Garantia da Lei e da Ordem como as assinadas por Lula são previstas pela Constituição e dão às Forças Armadas autorização para agir com poder de polícia, desde que por tempo determinado e em um lugar específico. Em 2001, o assunto foi regulamentado por um decreto do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Pelas regras, as GLOs só podem ser feitas por determinação do Presidente da República em “em graves situações de perturbação da ordem” e se os Estado tiverem “esgotado” os meios normais para garantir a segurança. Podem ser feitas inclusive por decisão do próprio Executivo, mas o usual é que haja pedido dos governadores.

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QUESTÕES DO ENEM DE CUNHO IDEOLÓGICO CRITICAM O AGRONEGÓCIO

 

História por Gabriel de Sousa  • Jornal Estadão

Deputado Alceu Moreira, acompanhado de integrantes da Frente Parlamentar da Agricultura, fala à imprensa após encontro com o presidente eleito Jair Bolsonaro no CCBB, em Brasília, onde funciona o gabinete de transição de governo.

BRASÍLIA – A bancada do agronegócio do Congresso Nacional desaprovou questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que, segundo os parlamentares, apresentam críticas ao setor com “cunho ideológico e sem critério científico e acadêmico”. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que possui 347 congressistas, quer que os itens sejam anulados e que o ministro da Educação, Camilo Santana, preste esclarecimentos em audiências na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

Frente Parlamentar da Agropecuária quer a convocação de Camilo Santana para prestar esclarecimentos sobre três questões do Enem 2023 Foto: Wilton Junior

Frente Parlamentar da Agropecuária quer a convocação de Camilo Santana para prestar esclarecimentos sobre três questões do Enem 2023 Foto: Wilton Junior

A bancada também pede a anulação de três questões do Enem, que foi aplicado em todo o País neste domingo, 5. Um item tratou sobre fatores negativos do agronegócio no Cerrado, citando a “superexploração dos trabalhadores” e os efeitos de agrotóxicos.

As outras duas questões trataram sobre a nova corrida espacial financiada por bilionários e o avanço da produção de soja e a sua consequência para o desmatamento da Floresta Amazônica.

 “É inacreditável o governo federal se utilizar de desinformação em prova aplicada para quase 4 milhões de alunos brasileiros que disputam uma vaga nas universidades do Brasil. A anulação das questões é indiscutível, de acordo com literaturas científicas sobre a atividade agropecuária no Brasil e no mundo, em respeito à academia científica brasileira”, afirma a FPA em nota.

A FPA afirmou também que irá pedir informações sobre a atuação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que é a banca organizadora do Enem e pede que sejam “detalhadas as referências bibliográficas utilizadas para a construção do exame”.

“A ineficiência do Estado Brasileiro está exposta. A vinculação de crimes a atividades legais no Brasil é um critério de retórica política para encobrir a ausência do Estado no desenvolvimento de políticas públicas eficientes e de combate a ilegalidades. Não permitiremos que a desinformação seja propagada de forma criminosa entre nossa sociedade, como foi feito durante os anos anteriores do governo atual”, complementa a bancada do agro.

QUESTÕES DO ENEM CRITICAM O AGRONEGÓCIO

 

História por PODER360  

Exame Nacional do Ensino Médio,Enem

A prova do 1º dia do Enem 2023, aplicada no domingo (5.nov.2023), trouxe 90 questões de múltipla escolha, além da redação. Uma das perguntas a criticou a “lógica do agronegócio” no Cerrado e tratou de forma negativa à “propriedade privada”. Segundo o texto da questão, “o modelo capitalista subordina homens e mulheres à lógica do mercado”.  

No caderno de questões com a capa branca a pergunta sobre o agronegócio era a de número 89. Os itens são os mesmos para todos os candidatos, porém, a ordem é alterada conforme a cor da prova. Eis a transcrição da pergunta: 

No Cerrado, o conhecimento local está sendo cada vez mais subordinado à lógica do agronegócio. De um lado, o capital impõe os conhecimentos  biotecnológicos, como mecanismo de universalização de práticas agrícolas  e de novas tecnologias, e de outro, o modelo capitalista subordina homens e mulheres à lógica do mercado. Assim, as águas, as sementes, os minerais, as terras (bens comuns) tornam-se propriedade privada. Além do mais, há outros fatores negativos, como a mecanização pesada, a “pragatização” dos seres humanos e não humanos, a violência simbólica, a superexploração, as chuvas de veneno e a violência contra a pessoa.

Os elementos descritos no texto, a respeito territorialização da produção, demonstram que há um

  • a) cerco aos camponeses, inviabilizando a manutenção das condições para a vida. 
  • b) descaso aos latifundiários, impactando a plantação de alimentos para a exportação. 
  • c) desprezo ao assalariado, afetando o engajamento dos sindicatos para com o trabalhador. 
  • d) desrespeito aos governantes, comprometendo a criação de empregos para o lavrador. 
  • e) assédio ao empresariado, dificultando o investimento de maquinários para a produção.

Questão do Enem critica “lógica do agronegócio” no Cerrado© Fornecido por Poder360

Segundo o gabarito extraoficial divulgado por veículos de mídia, como o G1, a resposta correta seria a alternativa “A”.

Poder360 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Inep, órgão vinculado ao Ministério da Educação responsável pelo Enem, e solicitou um posicionamento do governo sobre a questão, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto para manifestação.

GOVERNO AUTORIZA OS EMIRADOS ÁRABES A EXPLORAR O TERRITÓRIO BRASILEIRO PARA EXPLORAR MINERAIS EXTRATÉGICOS

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