O presidente Lula da Silva, mais uma vez, não conseguiu ou não quis
se esquivar da cobiça do Centrão, em particular do presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), por recursos e cargos federais. Ao que parece,
cedo ou tarde, o que Lira quer, Lira consegue, o que revela uma relação
totalmente desequilibrada entre o Legislativo e o Executivo. Até quando?
A pergunta, claro, é retórica. Enquanto Lira estiver aboletado na
cadeira de presidente da Câmara e, portanto, detiver o poder de definir o
rumo da agenda legislativa, é assim que a banda tocará em Brasília.
O alvo da vez foi a presidente da Caixa, Rita Serrano, tida como uma
profissional da cota pessoal de Lula. Se esse foi o destino de alguém
tão ligado ao presidente da República, outros sem essa proximidade, por
mais competentes que sejam, devem se preparar para o pior. Ademais, a
demissão da sra. Serrano, a terceira mulher sacrificada por Lula no
altar de suas conveniências políticas, revela de uma vez por todas que a
paridade de gênero tão vocalizada pelo petista durante a campanha não
tinha nada de política pública séria; era só oportunismo eleitoral.
O Centrão não parará por aí. A demanda da hora é toda a direção da
Caixa, não só a presidência do banco. Mas amanhã será outra. Eis a
dimensão do problema que Lula tem de resolver, pressupondo-se, é claro,
que o presidente esteja disposto a isso. Não há no horizonte próximo,
isto é, até o fim do mandato de Lira à frente da Câmara, uma linha de
corte que se possa vislumbrar como um ponto de equilíbrio nessa relação
entre o Legislativo e o Executivo, que não raro chega às raias da
chantagem. Não haverá um momento em que o Centrão dar-se-á por
satisfeito e, enfim, passará a entregar os votos de que o governo
precisa para aprovar projetos de seu interesse sem mais nada em troca.
É verdade que, tão logo foi anunciado o nome do preposto de Lira no
comando da Caixa, Carlos Antônio Vieira Fernandes, a Câmara aprovou por
folgado placar (323 a 119) o projeto de tributação dos fundos offshore,
uma das medidas que o governo considera essenciais para a condução de
sua política econômica. Outras matérias importantes, para o governo e
para o País, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária, também
foram aprovadas pelos deputados. Porém, cada aprovação exigiu esforços
pontuais do governo. Novas votações, portanto, implicarão novas
barganhas, só não se sabem quais.
A razão para esse estado lamentável do que um dia já foi classificado
como “presidencialismo de coalizão”, por pior que seja para o País, é
relativamente simples de ser entendida: não há um projeto estratégico
para o País que una o governo e o Congresso em pontos de consenso sobre
os quais dar-se-iam as trocas republicanas entre o Executivo e os
parlamentares. Assim são formadas coalizões de governo democráticas,
republicanas.
Nada há de imoral na troca de cargos e na abertura de acesso a
recursos do Orçamento, em particular por meio de emendas parlamentares,
em troca da chamada governabilidade se essa relação não se desvia do
interesse público. No entanto, há pouca gente ingênua o bastante no País
para achar que todo esse interesse de Lira e seu grupo político em
abarrotar de aliados a Caixa, alguns Ministérios, agências reguladoras e
a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba
(Codevasf), entre outros órgãos federais, tem alguma coisa remotamente
associada ao melhor interesse público. Ora, tudo faz parte de um sistema
muito bem montado e gerido para usar essas posições na administração
pública como meio de obtenção de poder e recursos financeiros, e não
necessariamente para corrupção.
A manipulação eleitoral desses ativos, valiosíssimos, tende a
favorecer os que já detêm mandato eletivo, perpetuando os membros do
grupo no poder, o que retroalimenta uma engrenagem que se revela como um
fim em si mesma. Quando o interesse nacional se coaduna com o interesse
desses cupins da República, muito bem; quando não, o País que se dane.
Lula disse ainda, durante um café
da manhã com jornalistas, que para alcançar o déficit zero nas contas
públicas, o país precisaria fazer corte de investimentos.
Por Redação – de Brasília
As negociações entre o Palácio do Planalto e o ‘Centrão’ chegaram a
um limite. Nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
admitiu que o governo “dificilmente” cumprirá a meta fiscal de déficit
zero em 2024, em função das negociações que seriam necessárias para
desbloquear as pautas econômicas, no Congresso dominado pelas forças de
direita e ultradireita. A meta era uma expectativa do ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, necessária para que o arcabouço fiscal se
sustente, mas para Lula, o mercado financeiro tem sido “ganancioso”.
Lula disse ainda, durante um café da manhã com jornalistas, que para
alcançar o déficit zero nas contas públicas, o país precisaria fazer
corte de investimentos.
— Dificilmente chegaremos à meta zero até porque não queremos fazer
corte de investimentos e de obras. Eu não vou começar o ano fazendo um
corte de bilhões nas obras que são prioritárias nesse país. Eu acho que,
muitas vezes, o mercado é ganancioso demais e fica cobrando a meta que
eles acreditam que vai ser cumprida — afirmou.
O presidente calcula que a meta pode ficar com rombo nas contas públicas entre 0,25% a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
— Tudo o que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal, a gente
vai fazer. O que posso dizer é que ela não precisa ser zero. A gente não
precisa disso. Se o Brasil tiver o déficit de 0,5% o que é? 0,25% o que
é? Nada. Então, vamos tomar a decisão correta e nós vamos fazer aquilo
que vai ser melhor para o Brasil — acrescentou.
Hamas
O assunto, segundo o presidente, será tema ainda de muita conversa com Haddad.
— Eu sei da disposição do Haddad, sei das vontades do Haddad, sei da
minha disposição, e quero dizer para vocês que nós dificilmente
chegaremos à meta zero — definiu.
A guerra entre Israel e Palestina também foi alvo de comentários do
presidente, junto aos repórteres. Pragmático, Lula adianta que entrará
em contato com qualquer país que se autodeclare aliado do Hamas para
intervir pela libertação dos reféns sequestrados pelo grupo extremista
no ataque do dia 7 de outubro a Israel. Lula, porém, disse que seria
necessário fazer demandas semelhantes ao governo de Benjamin Netanyahu
para que abra as fronteira e liberte presos palestinos.
— Se eu tiver informação: ‘Oh Lula tem um presidente de tal país que é
amigo do Hamas. É para ele que eu vou ligar. ‘O cara fala para o Hamas
libertar os reféns’. E também falar par ao governo de Israel libera os
presos, os sequestrados, abra a fronteira para sair os estrangeiros —
disse Lula.
Insanidade
O governo classifica o ato do Hamas no dia 7 de outubro como
terrorista, mas Lula preferiu não usar o mesmo termo para se referir ao
grupo em si. O presidente também repetiu o uso do termo “insanidade” ao
falar sobre Israel, mas dessa vez disse que o primeiro-ministro Benjamin
Netanyahu age dessa forma ao querer “acabar com a Faixa de Gaza”.
Em meio às críticas sobre os rumos do conflito, Lula disse que o
governo brasileiro manterá a missão de repatriação para retirar todos os
brasileiros da zona de guerra.
— Nós não deixaremos um único brasileiro ficar em Israel ou na Faixa de Gaza — concluiu.
Com agendas em Goiânia neste final de semana, Bolsonaro participou de
uma palestra para apoiadores em um hotel da cidade. Ao falar o texto
final da CPMI, o ex-presidente afirmou que tanto o relatório quanto
Eliziane seriam “desqualificados”. O ex-chefe do Executivo também acusou
a senadora de supostamente atuar à mando do ministro da Justiça, Flávio Dino.
“Golpe? Desde quando assumi me acusavam de querer dar um golpe. Uma
CPMI cujo relatório é tão desqualificado quanto a senadora relatora
daquela CPMI, a serviço do Ministro da Justiça”, afirmou Bolsonaro.
Eliziane diz que palavras de Bolsonaro ‘não valem nada’
“Bolsonaro foi o pior presidente da história do Brasil. Suas palavras
ditas em ato hoje em Goiânia não valem nada, não me atingem. Mulher e
nordestina sempre foram um alvo preferido pra ele, já agredira antes a
imprensa livre, os negros e os pobres, e tentou liderar um golpe no
Brasil. Bolsonaro está inelegível por 8 anos. O relatório da CPMI foi
incorporado em sua totalidade às investigações do STF. Está com medo de
ser preso e por isso fala tanta bobagem”, afirmou a senadora.
Senadora apontou Bolsonaro como autor intelectual dos ataques em Brasília
No relatório final da CPMI, que foi aprovado no último dia 18 por 20 votos a 11,
Eliziane sugeriu o indiciamento de Bolsonaro nos crimes de associação
criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático
de Direito e golpe de Estado. Juntas, as penas máximas somam 29 anos de
prisão.
A dívida bruta do governo geral (DBGG) deve fechar 2023 em 74,9% do
PIB, de acordo com o Relatório de Riscos Fiscais da União, publicado
nesta sexta-feira, 27, pelo Tesouro Nacional. O documento também traz
projeções para a dívida nos próximos anos e o alerta de que em um
cenário adverso – com choques sobre juros, crescimento da economia e
resultado primário – a dívida pode crescer quase 9,1 pontos porcentuais
(p.p.) em 2026, chegando a 85,5% do PIB.
O documento pontua que após retornar a níveis próximos do
pré-pandemia em 2022, a DBGG crescerá 2,0 p.p. neste ano, alcançando
74,9% do PIB. A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), por sua vez,
deve atingir 60,8% do PIB ao fim de 2023. A partir de 2024, a dívida
pública vai se elevar a taxas decrescentes, atingindo um pico de 76,6%
do PIB em 2025, com subsequente queda para 76,4% do PIB em 2026.
“Esse agregado de dívida apresenta grande sensibilidade à taxa de
juros, ao crescimento do PIB e ao resultado primário”, diz o documento,
que traz exercícios para verificar a sensibilidade da dívida em relação
às variáveis macroeconômicas. A simulação mostrou, por exemplo, que um
aumento de 1 p.p. na taxa Selic entre 2023 e 2026 provoca uma elevação
de 1,4 p.p. na DBGG ao final de 2026. Uma redução de 1 p.p. no
crescimento do PIB e no resultado primário, isoladamente, impactam em
aumento da DBGG de 4,4 p.p. e 3,2 p.p., respectivamente.
“A combinação dos três choques levaria a DBGG a 85,5% do PIB em 2026,
o equivalente a 9,1 p.p. de aumento do endividamento em relação ao
cenário de referência. É razoável assumir que um choque adverso em uma
dessas variáveis venha combinado de impactos negativos nas outras. Isto
é, um cenário com déficit primário mais alto tende a ser acompanhado de
maiores taxas de juros reais e menor crescimento do PIB, ainda que as
proporções nos choques não ocorram tal como estilizado na análise de
sensibilidade”, pontua o documento.
O novo arcabouço fiscal, que substitui o teto de gastos efetivamente a
partir de 2024, prevê o controle do endividamento público. A proposta
do governo é ousada e prevê atingir a meta fiscal zero já em 2024, com
superávit nas contas públicas a partir de 2025. Dessa forma,
considerando o cumprimento do centro das metas, a DBGG poderia se
estabilizar em 76,54% do PIB em 2026 ou em 75,05%, em cenário otimista
com queda dos juros futuros.
“Patamares mais baixos da dívida/PIB no médio prazo passam pela
continuidade de reformas que favoreçam o ambiente de negócios e um maior
crescimento do PIB, destacando-se em especial aquelas que favoreçam à
consolidação fiscal”, diz o relatório.
O Brasil tinha no ano passado 37,8 mil idosos centenários, cerca de
13 mil a mais do que o registrado em 2010. Os dados constam de estudo
feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a
partir do Censo 2022 e divulgado nesta sexta-feira, 27.
Apesar da baixa representatividade no universo da população
brasileira – o número representa 0,02% do total de 203 milhões de
habitantes -, o aumento ajuda a exemplificar como a população brasileira
está ficando mais velha, e em ritmo acelerado.
Quase metade desse contingente de centenários vive atualmente na
região Nordeste, que tem dois dos cinco Estados do Brasil com a maior
concentração da população com essa faixa etária. Ao todo, 16.317 pessoas
com 100 ou mais anos de idade moram no Nordeste.
A Bahia lidera o ranking, e o Estado de São Paulo vem em segundo
lugar. A Região Sul do País, que tem no Rio Grande do Sul o Estado com
maior proporção de idosos do Brasil, reúne 3.502 centenários.
Veja o número de centenários no País, por Estado, segundo o Censo de 2022:
Bahia – 5.336;
São Paulo – 5.095;
Minas Gerais – 4.104;
Rio de Janeiro – 2.712;
Maranhão – 2.470;
Pernambuco – 2.141;
Ceará – 1.999;
Pará – 1.665;
Rio Grande do Sul – 1536;
Paraíba – 1.330;
Paraná – 1.299;
Rio Grande do Norte – 976;
Goiás – 903;
Alagoas – 820;
Amazonas – 731;
Piauí – 714;
Espírito Santo – 678;
Santa Catarina 667;
Sergipe – 531;
Mato Grosso – 492;
Mato Grosso do Sul – 468;
Tocantins – 322;
Distrito Federal – 300;
Amapá – 163;
Rondônia – 147;
Acre – 142;
Roraima – 73.
No censo anterior, realizado em 2010, a população com 100 anos ou
mais era de 24.236 pessoas, que em termos porcentuais equivaliam à
metade (0,01%) do que é hoje.
População do Brasil envelhece cada vez mais rápido
O estudo divulgado nesta sexta pelo IBGE mostra que a população
brasileira está envelhecendo cada vez mais rapidamente. Segundo análise
de dados colhidos no Censo 2022, o porcentual de pessoas com 65 anos ou
mais no País chegou a 10,9% da população – uma alta recorde de 57,4%
frente aos números de 2010, quando os idosos representavam 7,4% do
total.
O levantamento também mostra que a idade mediana da população (número
que separa a metade mais jovem da população da mais velha) aumentou
seis anos desde 2010, chegando a 35 anos em 2022. O índice de
envelhecimento também aumentou: são 55 idosos para cada grupo de 100
crianças. Em 2010, este índice era 30.
Há discrepâncias consideráveis entre os diferentes Estados, sendo as
mais evidentes encontradas no Rio Grande do Sul, que detém
proporcionalmente a população mais idosa do Brasil, e de Roraima, que
tem a mais jovem. Enquanto que o estado do Sul apresenta índice de
envelhecimento de 80,4, o do Norte tem índice de 17,4, proporção quase
cinco vezes menor.
O que parece estar acontecendo é que as forças israelenses estão se
concentrando no norte da Faixa de Gaza, em Beit Hanoun, e a partir dali
avançando um pouco mais ao sul.
O exército de Israel não acrescenta nada ao que disse na noite de
sexta-feira (27/10). Eles só afirmam que estão acelerando o ritmo de
suas operações.
A partir de vídeos que surgiram de Gaza nesta manhã, e pelo que
pudemos ver ontem à noite ao longo da zona de fronteira, temos
evidências de um bombardeio muito, muito grande.
Mas, com o apagão das comunicações em Gaza, é muito difícil descobrir o que exatamente está acontecendo.
Por exemplo, eu conversei com a ONU, que conseguiu se comunicar com
seu escritório principal na região sul por meio de um telefone via
satélite.
Mas, como não há comunicação internamente, eles não conseguem falar
com os escritórios locais que cuidam das operações de ajuda humanitária –
atualmente completamente suspensas – para saber como estão.
Embora o bombardeio esteja muito concentrado no norte, a Faixa de
Gaza só tem cerca de 45 quilômetros de comprimento, o que faz com que as
explosões possam ser ouvidas a quilômetros de distância e certamente
por toda a área.
O exército israelense ainda está na área nesta manhã, provavelmente
tentando neutralizar túneis e identificando alvos para ataques da força
aérea. Mas tanques podem ficar mais vulneráveis à luz do dia, então eles
podem trazer alguns de volta ao lado israelense da fronteira.
Ao que parece até o momento, isso ainda está acontecendo.
Trata-se de uma ofensiva terrestre? Não creio que devamos ficar muito presos a esse tipo de definição.
Quando vimos o contingente militar aumentar e a mobilização de mais
de 300.000 reservistas, pensamos que assistiríamos a uma invasão de Gaza
por todas as frentes.
Mas eu acho que o que eles podem estar fazendo é “limpar” áreas de Gaza, fatia por fatia.
Pelo tom dos comentários do exército israelense na noite passada,
senti que a ênfase era de que continuariam a pressionar e que se tratava
de “dar o troco” ao Hamas.
Acho que é possível chamar o que está acontecendo de ataque muito
prolongado ou ofensiva terrestre. Certamente é uma operação militar
muito grande.
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – O ex-presidente Mauricio
Macri, que comandou a Argentina entre 2015 e 2019, quebrou o silêncio e
tentou conter a crise que se instalou na sua coalizão de oposição Juntos
pela Mudança, de direita e centro-direita, desde que o peronista Sergio
Massa triunfou no primeiro turno e que sua candidata Patricia Bullrich
decidiu apoiar o ultraliberal no segundo turno.
“É preciso mudar, e hoje quem lidera a mudança é Milei. Temos que ter
a humildade de reconhecer que as pessoas optaram por Milei. Temos que
apoiar sem [pedir] nada em troca. O eixo da mudança é o mais importante.
As diferenças já foram dadas, se seguirá discutindo no Congresso”,
afirmou ele à rádio local Mitre nesta sexta (17).
“É o único caminho que a Argentina tem hoje, continuar com os mesmos é
nos resignar à pobreza, ao que temos vivido”, continuou, saindo em
defesa de sua aliança: “Juntos por el Cambio não se desfez, pelo menos
não o que eu fundei. É o mesmo, com seus problemas, com seus conflitos
internos. Segue estando aí e está diante de uma nova encruzilhada”.
Bullrich, que ficou em terceiro nas eleições do último domingo (22)
com 23,8% dos votos, declarou apoio a Milei dois dias depois, após um
encontro na noite de terça com o candidato rival e com Macri. A
expectativa é que ela impulsione a candidatura do ultraliberal numa
tentativa de derrotar o kirchnerismo, representado por Massa.
“Ela, com sua visão e realidade, confirmou algo que eu concordo:
somos a mudança ou não somos nada. Acreditamos que continuar com essa
cultura de poder obscura na Argentina nos levará a mais pobreza,
exclusão e continuará fazendo com que nossos jovens vão embora”, afirmou
Macri nesta sexta.
Segundo o especialista e Country Manager da Labelium, Gustavo Franco, é essencial que as empresas enxerguem a área como negócio
As mídias pagas têm um impacto significativo na maneira como as
pessoas se comunicam e interagem, além de prover formas de conexão,
consumo, percepção e interação com marcas, celebridades e conceitos.
Essa realidade não é diferente para o marketing digital: de acordo com
dados levantados pela Sprout Social, o usuário médio passa cerca de 151
minutos por dia ativo nas plataformas, fato que só reforça que hoje
vivemos na era onde a atenção se tornou moeda e ativo indispensável para
o crescimento dos negócios.
É imprescindível utilizar as plataformas de mídia para potencializar
as estratégias de marketing, como também é importante que as empresas
estejam cada vez mais atentas às tendências e às novidades pois as
plataformas digitais são muito mais ágeis em lançar novas
funcionalidades e produtos do que os meios tradicionais.
“Hoje em dia, as mídias possuem papel fundamental na geração de
inteligência, conhecimento estratégico e crescimento das organizações. O
profissional de mídia precisa possuir conhecimento de negócios e dos
canais, combinando o objetivo de negócio com a tática de entrega do
canal.”, afirma o especialista Gustavo Franco, Country Manager da
Labelium, empresa que desenvolve soluções para a otimização de
performance digital para companhias de luxo, moda, beleza e turismo.
O novo papel da mídia: influência, inteligência e crescimento
O profissional da Labelium acredita que as mídias – embora não sejam o
único meio de aquisição possível – possuem papel fundamental na
construção dos negócios, tanto no meio externo quanto no interno, desde
que estejam alinhadas a estratégias sólidas e a processos de governança
que garantam uma correta visibilidade dos resultados dos planos
“As organizações que utilizam mídia paga para impulsionar seus
negócios provavelmente estão em busca de vantagem competitiva por meio
de comunicação. Já aquelas que enxergam a mídia como um custo, correm o
risco de ficar para trás no jogo competitivo – que hoje é mais acirrado
do que nunca.”, completa.
Hoje, a mídia possui um papel fundamental de mediadora de
conhecimento, servindo como impulsionadora de influência na sociedade de
consumo. Com toda a inteligência que carrega – seja de IA ou de outras
ferramentas – a mídia paga é um ponto focal perante decisões de mercado e
competitividade.
UM MARKETPLACE DIGITAL IGUAL AO DA STARTUP VALEON PODE AJUDAR QUALQUER NEGÓCIO?
Moysés Peruhype Carlech e Fernanda – Jet.
Sim e podemos ajudar muito a alavancar as suas vendas e tornar a sua
empresa mais competitiva no mercado se forem utilizados os serviços da
Startup Valeon e temos a certeza que vamos melhorar o seu posicionamento
digital e utilizando uma boa estratégia comercial podemos trazer
retorno financeiro para a grande maioria dos negócios das empresas da
nossa região do Vale do Aço, afinal de contas, já atingimos a marca de
mais de 100.000 acessos.
O sucesso do modelo dos marketplaces está
expresso nos números registrados no último ano: o crescimento em 2020
chegou a 52%, acima dos 41% do segmento de e-commerce.
Essas informações foram apuradas pela E-bit/Nielsen, que também
indica que o total de pedidos do marketplace chegou a 148,6 milhões, um
crescimento de 38% em relação a 2019, o que resultou em um faturamento
de R$ 73, 2 bilhões para o segmento.
A atenção recebida pelos “shoppings virtuais” tem razão de ser. São
gerenciados por empresas que arcam com a parte operacional e, com isso,
as lojas cadastradas podem se dedicar ao cuidado de suas páginas e às
ofertas de produtos.
Para quem tem um e-commerce, os marketplaces devem ser vistos como uma oportunidade reforçar as estratégias de vendas.
Outro fator importante é a possibilidade de ampliar seus pontos de
interação com o cliente, o que atende ao comportamento omnichannel do
público.
Porém, para aproveitar melhor as possibilidades, é importante que
você saiba quais são as vantagens do marketplace e como ele pode
auxiliar o desenvolvimento do seu negócio.
1- Otimização dos recursos
A estruturação de um e-commerce não é simples. E, por mais que você
faça tudo certo, os resultados precisam de tempo para serem
consolidados.
Ao integrar a sua loja a um marketplace, esse processo é facilitado.
Ao mesmo tempo em que trabalha para fortalecer a sua marca, o lojista
tem como expor seus produtos num canal que já conta com uma audiência
significativa.
Basta que o lojista negocie e pague a mensalidade do marketplace para
que possa começar a negociar seus produtos ou serviços. Além disso,
essas operações oferecem expertise, tráfego, visitação e mídia para que
seus parceiros possam desenvolver seus negócios.
2- Alcance de clientes
Desenvolver uma loja virtual própria e recorrer às redes sociais para
divulgar produtos ou serviços requer um trabalho de divulgação para
alcançar um número maior de clientes.
Com o marketplace, esse trabalho ganha ainda mais abrangência e, com
isso, é possível gerar um fluxo maior de consumidores, uma vez que há
modelos próprios de divulgação, o que acaba favorecendo as empresas que o
integram.
Além disso, esses “shoppings virtuais” , como o da Startup Valeon,
não divide os custos de marketing com os seus parceiros custeando ele
próprio o processo de aquisição de clientes nas redes sociais.
3- Volume de dados
Os marketplaces têm o costume de oferecer aos seus parceiros diversos
dados sobre as suas vendas e seus desempenhos dentro da plataforma e
faz métricas diárias das consultas dos seus clientes.
Essas informações são bastante estratégicas para qualquer empresário que deseje desenvolver o seu comércio online e melhorar o seu desempenho na internet.
Isso porque conseguem planejar suas ações, promoções e precificar
produtos e serviços com mais eficiência, o que aumenta as chances de
converter os visitantes do marketplace em seus clientes.
4- Integração com outras ferramentas
Muitos empresários podem acreditar que ao entrar para um marketplace
não poderá usar suas ferramentas digitais favoritas: CRMs, software de
preços ou inventários.
Porém, não existe essa limitação e as empresas podem seguir usando seus mecanismos de otimização de resultados.
É possível explorar tantos as informações fornecidas pelos
marketplaces quanto os dados gerados pelos seus mecanismos de gestão e
controle, o que pode fortalecer ainda mais suas estratégias online.
5- Aumento de vendas
Com uma estrutura corretamente desenvolvida, processos de divulgação
bem construídos e apoio aos parceiros, os marketplaces conseguem atrair
um bom volume de visitantes para o seu site.
Quanto maior a exposição de produtos ou serviços, maior são as
chances de aumentar as suas vendas. É preciso apenas que as lojas online
saibam trabalhar seus produtos ou serviços na internet e convencer os
consumidores de que conta com as melhores mercadorias e preços.
6- Diversificação de público
Com um número maior de pessoas tendo contato com seus produtos ou
serviços, há possibilidade que alcance consumidores que, em um primeiro
momento, não conseguiria atingir.
Isso favorece não apenas as suas vendas, mas também estimula os
lojistas a buscarem novos produtos ou desenvolverem novos serviços para
atender a sua nova demanda.
Esse processo é essencial para que as empresas ganhem mercado e busquem constantemente o seu desenvolvimento.
Agora que você já sabe quais as vantagens do marketplace, que tal
descobrir como eles podem auxiliar no crescimento dos pequenos negócios?
Marketplace e o crescimento das empresas
Construir um modelo próprio de venda online é um desafio para as empresas, porém pode ser bastante recompensador.
Em 2020, o setor teve um crescimento de 41% se comparado com o ano
anterior e a expectativa é de que siga alcançando bons resultados em
2022, até em razão da aceleração do processo de transformação digital.
Dessa forma, com um trabalho bem-feito, as empresas podem conquistar
boa margem de lucro com o comércio eletrônico. Afinal, o perfil do
consumidor tem mudado e ficado aberto às compras online.
Mas, para isso, é necessário utilizar um site como a da Startup
Valeon que ofereça boa experiência para os consumidores e conte com
estrutura logística e capacidade de estoque para dar conta do trabalho.
O marketplace é uma opção que pode potencializar ainda mais um
comércio eletrônico, pois conta com um modelo de negócio estruturado e
testado.
Assim, empresas de qualquer setor conseguem melhorar o desempenho de
seus e-commerces ao estabelecer mais um canal de divulgação e venda.
Para aproveitar melhor as oportunidades, é importante contar com as ferramentas adequadas para fazer a gestão da operação.
Exemplo disso é a plataforma comercial
da Startup Valeon, que tem suas páginas desenvolvidas justamente para
conectar a sua loja aos principais consumidores do mercado.
Com isso, além de ter todo o suporte necessário para destacar seus
produtos na internet, o lojista tem como gerenciar todo o universo
envolvido com as suas vendas online, seja na loja própria ou no
marketplace.
Num único local, por exemplo, pode fazer a gestão de estoque, o que
evita a perda de clientes pela falta do produto. O e-commerce é uma
modalidade de negócio que deve seguir ganhando espaço e conquistando
novos clientes. O empresariado deve ficar atento a esse mercado e
aproveitar as vantagens do marketplace para aumentar a sua presença
online e ter acesso facilitado a uma base sólida de usuários.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (WApp)
O STF (Supremo
Tribunal Federal) decidiu nesta 5ª feira (26.out.2023), por 8 votos a
2, validar o procedimento que permite que instituições financeiras tomem
imóveis financiados que estão inadimplentes sem a necessidade de uma
ação judicial.
A Corte começou a julgar na 4ª feira (25.out.2023) um recurso em uma
disputa judicial entre um devedor e uma instituição bancária. O TRF-3
(Tribunal Regional Federal da 3ª Região) decidiu que a execução
extrajudicial não é considerada uma violação e o Judiciário só é
acionado pelo credor quando achar necessário.
O caso foi levado ao STF pelo devedor, que indica que a permissão
para que o banco retome o imóvel viola princípios constitucionais. O
caso tem repercussão geral e a tese estabelecida pela Corte será
aplicada a processos semelhantes.
A regra abordada na ação trata de uma lei relacionada ao SFI (Sistema
de Financiamento Imobiliário), sancionada em 1997. A norma estabelece a
alienação fiduciária do imóvel –forma de negociação em que o devedor
passa o bem ao credor como forma de garantia.
Em seu voto, o relator, ministro Luiz Fux,
elogiou o surgimento da norma e afirmou que a lei garante a melhoria no
sistema de financiamento e possibilita a oferta de crédito imobiliário.
Segundo Fux, a derrubada do dispositivo poderia retomar o cenário de
insegurança jurídica e crise imobiliária existente antes da lei.
O ministro diz que não há violação de princípios constitucionais e
observou que a lei estabelece medidas indutivas ao cumprimento do
contrato. Ele ressalta que a judicialização desses procedimentos poderia
sobrecarregar ainda mais os tribunais do país.
O voto do relator foi acompanhado pelos ministros Cristiano Zanin,
André Mendonça, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Nunes Marques, Gilmar
Mendes e Roberto Barroso, presidente da Corte.
Já o ministro Edson Fachin abriu uma divergência e afirmou que a ação
trata de uma questão de relevância social e econômica. Disse que a
aquisição de um imóvel é um direito “mínimo” e que garante a dignidade da população.
Para Fachin, as condições para financiar um imóvel devem ser
asseguradas para garantir a proteção da dignidade. Ele considerou que o
dispositivo atual limita o avanço de uma “sociedade justa” e não traz soluções econômicas para o problema da falta de moradia. O entendimento foi acompanhado pela ministra Cármen Lúcia.
BRASÍLIA – Quase um terço dos projetos de lei que tiveram urgência aprovada pelo Congresso Nacional entre fevereiro e setembro de 2023 estão parados e ainda não foram votados. Os textos “furaram” a fila no Senado e na Câmara, mas, em vez serem apreciados nos plenários, estão nas gavetas. Especialistas ouvidos pelo Estadão acreditam
que a falta de consenso entre os parlamentares e o uso político das
propostas são os motivos para o “esquecimento” de propostas consideradas
urgentes.
O regime de urgência é usado para apressar a tramitação e a votação
de projetos. A partir do momento que o requerimento para dar celeridade a
uma matéria é aprovado, a proposta legislativa não precisa passar por
prazos e formalidades regimentais. Na prática, porém, quem decide o que
será colocado em pauta ou não nos plenários são os presidentes da Câmara
e do Senado.
Doutora em Ciência Política pela Fundação Getulio Vargas (FGV),
Graziella Testa afirma que uma das razões para o grande número de
projetos estacionados no Congresso é centralidade da elaboração das
pautas de votação na figura dos presidentes das Casas. Para ela, líderes
partidários, que são figuras centrais na aprovação das urgências,
deveriam ter maior participação no norteamento das deliberações diárias.
“Não vale a pena para o presidente pautar algum projeto que não tenha
uma certa receptividade e que sabe que vai ser aprovado. A escolha de
não pautar esses temas que estão sob urgência é do presidente com
diferentes graus de influência do colégio de líderes. Deveria haver
instrumentos para que os líderes partidários tivessem uma influência
mais efetiva no apontamento de itens para a pauta do plenário”, disse.
Na Câmara, 34 das 102 propostas consideradas urgentes entre fevereiro
– mês em que teve início a nova legislatura no Congresso – e setembro
aguardam para serem postas em discussão pelos parlamentares. No Senado,
duas de 17 propostas ainda seguem em espera.
Dois textos estão estão na fila da Câmara há sete meses e não têm
previsão para serem colocados em pauta. Um deles, de autoria do
deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ),
propõe a implantação um botão de pedido de socorro em aparelhos
celulares. Outro, protocolado pelo deputado Bruno Ganem (Podemos-SP),
estabelece que pessoas presas e condenadas por crimes não violentos
devem prestar serviços em abrigos de proteção a animais.
Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, algumas
urgências são aprovadas pelos parlamentares em momentos onde assuntos
estão sendo amplamente discutidos pela sociedade civil. Porém, por não
serem votados, esses projetos acabam “esfriando” e perdem o potencial de
serem discutidos. Um exemplo é um projeto de lei do deputado Rodrigo Gambale (Podemos-SP)
que, diante da alta da violência dentro de escolas, propôs a criação de
uma semana cultural para os estudantes. O texto teve o requerimento de
urgência aprovado em agosto, mas ainda não foi colocado em discussão.
No Senado, os dois projetos na gaveta são de autoria do senador Dr. Hiran Gonçalves (PP-RR) e da deputada Maria do Rosário (PT-RS).
A proposta de Hiran busca reverter uma medida provisória assinada por
Lula no primeiro dia de mandato, que extinguia a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Após a pressão sofrida pelo governo após a aprovação da urgência, o governo negociou com o senador e publicou três decretos que recriaram o órgão – a promessa é que seja entregue ao Centrão. Apesar do movimento do Executivo, a proposta do parlamentar não foi arquivada e ainda pode ser votada.
Segundo o cientista político Tiago Valenciano, da Universidade Federal do Paraná (UFPR),
o engavetamento do projeto mostra a dinâmica no Congresso. Especialista
no sistema legislativo, ele observa que textos como o de Hiran podem
servir como uma moeda de troca em negociações como indicação de emendas
parlamentares ou negociação de cargos.
“Os regimes de urgência são um artifício do legislativo para acelerar
a complexa, porém necessária, burocracia do processo legislativo. Eles
podem surgir para levantar pautas quentes e para forçar a barra em
algumas negociações com o governo ou contra o governo”, disse.
Todos os projetos são de autoria do Legislativo
Todos os 34 projetos considerados urgentes que estão paralisados no
Congresso são de autoria de parlamentares. As propostas elaborados pelo
Poder Executivo, com requerimento de urgência aprovado, foram apreciados
pelas Casas. O último foi o projeto de lei complementar 136/2023, que
prevê a compensação a Estados por perda com ICMS de combustíveis. Ele
teve a urgência aprovada em 4 de outubro e foi votado no mesmo dia.
“A gente pode notar que o Legislativo teve uma pauta mais prioritária
aos projetos do Executivo, deixando esses outros textos de lado. A
gente está no início de um governo e, conforme o tempo vai passando,
algumas outras pautas que não são do Executivo podem ser apreciadas”,
afirmou.
Câmara e Senado dizem que projetos não estão parados
Em uma nota enviada ao Estadão, a Câmara dos
Deputados afirmou que os 34 projetos de lei com urgência aprovada na
Casa “não estão parados”, mas dependem de um acordo prévio dos líderes
partidários para serem votados. “Antes de serem pautados, são debatidos
entre as lideranças e os demais deputados para obtenção de consenso
mínimo para votação”, disse. O Senado, por sua vez, informou que os dois
textos que tiveram a tramitação acelerada estão prontos para serem
deliberados, mas sem um prazo definido.