“Para que não haja dúvidas, não estamos propondo uma anistia ampla,
mas apenas para esses crimes específicos, dada a impossibilidade de
identificar objetivamente a intenção de cometê-los. Remanescem, todavia,
as acusações e condenações pelos crimes de dano, deterioração do
patrimônio tombado e associação criminosa, pois são condutas que podem
ser individualizadas a partir das imagens de vídeos que mostraram toda
aquela manifestação”, afirmou o senador.
BUENOS AIRES (Reuters) – Com cabelos bagunçados e costeletas
impetuosas — e às vezes portando uma serra elétrica — o economista
libertário Javier Milei se tornou a imagem de destaque nas eleições
presidenciais da Argentina e se tornou o candidato a ser derrotado.
Um estranho azarão até poucos meses atrás, o ex-roqueiro e
comentarista polêmico de programas de rádio, de 52 anos, enviou ondas de
choque pela arena política ao chegar ao topo nas primárias de agosto, e
agora está em primeiro lugar nas pesquisas antes da votação do próximo
domingo.
Uma campanha agressiva e colorida, que vai desde a promessa de
“incendiar” o Banco Central até o uso de uma serra elétrica em comícios
para simbolizar seus planos de cortar gastos, incitou multidões de
eleitores irritados com a inflação de 138% e com uma dolorosa crise de
custo de vida.
“Ele conseguiu recuperar algo que se perdeu na política argentina,
que é oferecer esperança”, disse Juan Luis González, jornalista
argentino que escreveu um livro sobre Milei intitulado “El Loco”.
González, um crítico de Milei em geral, disse que ele conseguiu se
apresentar como algo novo para desenraizar a elite política, que os
eleitores culpam pelas décadas de mal-estar econômico, que se agravou de
forma acentuada nos últimos anos.
“Ele é um líder instável para um país instável”, diz o jornalista.
Milei, cujo carisma ousado lembra o ex-presidente dos Estados Unidos
Donald Trump, ou o italiano Beppe Grillo, propõe dolarizar a economia,
acabar com os controles cambiais, fechar o banco central e cortar
drasticamente os gastos do Estado. Ele também defende controles mais
flexíveis sobre armas e regras mais rígidas sobre o aborto.
“Ele é a mudança que a Argentina precisa”, disse Ayrton Ortiz, de 28
anos, em um recente comício de Milei na província de Buenos Aires em
apoio ao candidato. Milei atraiu os eleitores jovens do país,
especialmente os homens.
Milei, que entrou na política há apenas alguns anos citando um
chamado de Deus, enfrentará o atual ministro peronista da Economia,
Sérgio Massa, e a ex-ministra da Segurança, Patricia Bullrich, do bloco
conservador Juntos pela Mudança.
Seus apoiadores costumam usar a etiqueta “Forças do Céu” em bonés e
memes da Internet, enquanto Milei fala em fazer “jornadas espirituais”.
No entanto, ele também criticou o papa como “socialista” e
“representante do mal”.
Representando a coligação libertária Libertad Avanza, ele está no
topo de uma onda de sentimento anti-establishment que varre a região.
“Em termos de lógica política, sou um erro, porque o que vim fazer é,
na verdade, acabar com os privilégios dos políticos”, disse Milei à
Reuters numa entrevista no ano passado, quando começava a subir nas
pesquisas. “Não me importa quem sejam meus rivais nas urnas, vou vencer
todos eles.”
MURRAY, MILTON, ROBERT E LUCAS
Milei tem um pequeno círculo de confidentes, incluindo sua irmã
Karina, que agora é sua gerente de campanha e que ele brincou no início
deste ano que poderia se tornar sua “primeira-dama”.
Seu outro companheiro mais próximo era seu cachorro Conan, que ele
pagou 50 mil dólares para clonar após sua morte em 2017, disse o
biógrafo González. Ele agora tem quatro cães: Murray, Milton, Robert e
Lucas, batizados em homenagem a economistas liberais, entre eles Milton
Friedman.
Milei passou a maior parte de sua carreira como economista em
negócios e na mídia. Ele trabalhou para um dos líderes empresariais mais
ricos da Argentina, Eduardo Eurnekian, que se tornou um dos primeiros
apoiadores de sua campanha, mas que recentemente o criticou como um
potencial ditador.
O estilo impetuoso de Milei de atacar os críticos que ele denuncia
como “comunistas” e “a casta política” lhe rendeu milhões de seguidores
nas redes sociais, mas deu aos críticos motivos para dizer que ele não é
adequado para o cargo.
Aqueles que trabalham com a sua campanha dizem que foi a sua
autenticidade que o tornou tão bem sucedido, especialmente com dois
quintos da população na pobreza e à procura de uma nova voz.
“Você pode gostar dele ou não, mas ele é ele mesmo”, disse Fernando
Cerimedo, consultor político que trabalha na campanha de Milei.
ESPERANÇA OU FANTASIA?
Os críticos dizem que Milei é um populista que promete soluções
irreais para problemas complexos, e que não será capaz de implementar os
seus planos, especialmente porque a sua coligação terá poucos líderes
governamentais locais e enfrentará um Congresso fragmentado.
Fernando Morra, ex-vice-ministro da Economia peronista durante o
atual governo, admitiu que Milei energizou os eleitores, mas alertou que
muitas de suas propostas eram difíceis de implementar ou poderiam
piorar as coisas, alimentando a raiva dos eleitores.
“Os eleitores de Milei estão entusiasmados, alguns dos poucos vão
para as eleições com esperança, mas o problema é o que vai acontecer se
houver decepção?”, disse.
Muitos eleitores de Milei dizem que estão dispostos a correr o risco.
“Durante toda a minha infância, vi como o dinheiro não chegava. No
final do mês, você vê como eles contam centavos e choram”, disse a
eleitora de Milei Valentina Brites, de 18 anos.
“Javier chegou e você pôde ver: isso é algo diferente. Nada do que eles fizeram antes mudou alguma coisa.”
(Reportagem de Anna-Catherine Brigida; reportagem adicional de Eliana Raszewksi e Candelaria Grimberg)
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo da República Tcheca anunciou
nesta terça (17) que selecionou o KC-390, da brasileira Embraer, como
seu novo avião de transporte militar. É o quinto país a fazer isso na
Europa e o terceiro da Otan, a aliança militar ocidental, consolidando a
entrada da fabricante brasileira neste mercado.
O país do Leste Europeu quer adquirir duas aeronaves. Hoje, o país
não tem um cargueiro médio como o KC-390, e depende de uma frota de 15
aviões de pequeno porte. A aeronave brasileira leva até 26 toneladas. Os
valores ainda serão negociados.
“Estamos honrados pela seleção do Ministério da Defesa e das Forças
Armadas para iniciar as negociações desta aquisição significativa.
Estamos prontos para fornecer à República Tcheca a mais avançada
aeronave de transporte tático disponível no mercado”, disse em nota
Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa &
Segurança.
“O C-390 Millennium está atraindo a atenção de várias nações ao redor
do mundo, devido à sua combinação imbatível de alta produtividade e
flexibilidade operacional com baixos custos operacionais”, disse,
referindo-se ao nome que a Embraer prefere para vender o avião, que sem o
“K” na sigla significa que não tem a capacidade de reabastecer outras
aeronaves em voo.
No mês passado, a empresa brasileira havia fechado um acordo para
fornecer até cinco unidades para a Áustria, país que não é da Otan mas
opera de forma muito próxima ao clube militar. Os outros clientes, todos
da aliança, são Portugal (5 aviões), Hungria (2) e Holanda (5).
No ano passado, quando a Holanda anunciou a intenção da compra, o
governo informou ao Parlamento que ela sairia por algo entre 1 bilhão
(R$ 5,3 bilhões hoje) e 2,5 bilhões (R$ 13,3 bilhões). No caso
húngaro, cada avião saiu por US$ 150 milhões (cerca de R$ 756 milhões).
Tudo depende do pacote de suporte entregue e do pós-venda.
A República Tcheca era um alvo óbvio da Embraer pela sua lacuna na
aviação de transporte e pelo fato de ter uma empresa, a Aero Vodochody,
como fornecedora de partes da fuselagem, portas e rampa de carga do
KC-390.
O projeto começou em 2008 e o avião teve como seu primeiro cliente o
Brasil, que reduziu de 28 para 19 unidades sua encomenda em 2021. Já há
seis unidades do cargueiro voando no país, e elas estão em uso na
operação para a repatriação de brasileiros que querem fugir da guerra
entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas.
Os tchecos também operam hoje 14 caças Gripen C/D, a geração anterior
da comprada pelo Brasil da sueca Saab, mas já escolheram outro modelo
para substituí-lo, o americano F-35. No mês passado, Praga anunciou que
compraria 24 desses aviões.
Tudo isso é reflexo da mudança no cenário de segurança europeia
devido à invasão russa da Ucrânia, em 2022. A República Tcheca anunciou
que irá elevar seu gasto militar dos atuais 1,3% do Produto Interno
Bruto para 2%, que é a marca considerada desejável pela Otan e que
apenas 7 dos então 30 membros do clube em 2022 cumpriam a Finlândia
entrou em abril, e a Suécia está na fila, tudo cortesia da guerra de
Vladimir Putin.
O principal objetivo da Embraer é o nicho do C-130 Hércules, mais
famoso avião de transporte do mundo, que voa desde os anos 1950. O
quadrimotor americano domina o mercado na Europa, com 140 de 160
aeronaves.
Apesar de fortemente modernizado, não é um projeto do século 21 como o
do KC-390, principal ponto de venda do brasileiro. Segundo a Embraer, a
partir de dados operacionais da FAB (Força Aérea Brasileira), a
aeronave tem cerca de 80% de disponibilidade, índice considerado alto, e
99% de aproveitamento de missões.
O próximo país que deve adquiri-lo na Europa é a Suécia, numa
negociação que envolve um aditivo ao contrato de compra de 36 Gripen E/F
pelo Brasil. No arranjo, Estocolmo deveria comprar até quatro
aeronaves, e a FAB expandiria sua frota para 50 aeronaves sem precisar
fazer uma negociação do zero.
O ministro José Múcio (Defesa) estava a caminho da Suécia para
discutir o negócio na semana passada, mas teve de voltar ao país para
coordenar a operação de resgate dos brasileiros em Israel e Gaza. Há
sondagens para vendas potenciais também à Eslováquia, membro da Otan,
Egito, África do Sul e Ruanda.
A divisão de defesa da Embraer respondeu em 2022 por 10% do resultado
da empresa, que é a terceira maior fabricante de aviões comerciais do
mundo e teve uma receita global de R$ 23 bilhões.
O medo de que a reforma tributária em discussão em Brasília aumente a
cobrança de impostos sobre herança no País está levando muitos
brasileiros aos cartórios
Desde que o texto foi aprovado na Câmara de Deputados, em julho, o número de doações em vida de bens a herdeiros aumentou 22%
Especialistas explicam o que pode mudar com a PEC 45; e quais as vantagens de se antecipar e fazer a doação de bens em vida
O medo de que a reforma tributária em discussão em Brasília aumente a cobrança de impostos sobre
herança no País está levando brasileiros aos cartórios. Desde que o
texto foi aprovado na Câmara de Deputados, em julho, o número de doações
em vida de bens a herdeiros aumentou 22%, mostram dados do Colégio
Notarial do Brasil, do Conselho Federal (CNB/CF), entidade que reúne os
8.344 Cartórios de Notas em território nacional.
Em agosto deste ano, o número de doações de bens passou para mais de 14,2 mil. A média mensal em 2022 era de 11,6 mil.
A doação em vida de bens consiste em antecipar a transferência do
patrimônio aos herdeiros, para que, após a morte, não seja necessário a
abertura de um inventário para realizar a partilha. Na prática, o doador
mantém a posse e o usufruto dos bens enquanto permanecer vivo, apenas
já deixa registrado a destinação da herança no futuro.
De qualquer maneira, incidirá sobre o patrimônio o Imposto sobre
Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD),
que deve ser pago por quem recebe bens ou direitos, seja por herança
seja por doação em vida. Por se tratar de um tributo estadual, cada um
dos 27 Estados brasileiros têm liberdade para estabelecer a sua própria
alíquota, que pode ser fixa ou progressiva, desde que não ultrapasse a
faixa de 8%.
Também é permitido que o inventário seja processado em outro Estado
que não seja aquele em que o dono do patrimônio morreu – uma estratégia
que costuma ser utilizada para direcionar o processo para onde há a
menor alíquota.
A proposta presente na Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
45/2019 coloca algumas alterações importantes. Se aprovado, o texto
determina que o ITCMD se torne obrigatoriamente uma alíquota progressiva
até 8%. Ou seja, que seja maior para valores de herança mais elevados. A
reforma também diz que o ITCMD deverá ser recolhido no Estado de
domicílio do falecido, além de determinar a cobrança do imposto em
doações e heranças no exterior, que atualmente são isentas de tributos.
Francisco Nogueira de Lima Neto, sócio-fundador do escritório
Gasparini, Nogueira de Lima e Barbosa Advogados, explica que as novas
alíquotas do ITCMD ainda não foram estabelecidas. Esta é uma informação
que deve estar presente apenas no texto final da PEC. Ainda assim, é de
se esperar por um aumento nessa carga tributária.
“Muito provavelmente haverá um aumento de carga tributária,
principalmente para aqueles Estados que atualmente não aplicam uma
alíquota progressiva”, diz o advogado. “Usando como exemplo São Paulo,
que hoje cobra 4% para todo mundo. A maioria dos contribuintes que tiver
um patrimônio um pouco maior vai cair na alíquota de 8%.”
Por conta da expectativa de aumento na tributação o número de doação
de bens em vida cresceu. São cidadãos tentando garantir, ainda em vida,
um imposto menor sobre a partilha do patrimônio. Um movimento que,
segundo Francisco Nogueira de Lima Neto, é até compreensível.
“Qualquer família que tenha algum patrimônio e que possua herdeiros
vai estar sujeito a inventário se não fizer a doação em vida. E essas
regras de inventário, com a PEC 45, provavelmente serão piores”, afirma
Neto. “É uma janela de oportunidade, especialmente para esses
contribuintes que atualmente estão nos Estados com as alíquotas mais
baixas.”
Vale a pena se antecipar?
A PEC 45/2019 não é a primeira discussão sobre a tributação de
heranças a acontecer. Tramita no Senado há algum tempo um outro texto
que propõe aumentar a faixa limite do ITCMD para 16%. Nesse caso,
Estados teriam liberdade para estabelecer suas alíquotas – fixas ou
progressivas – até o dobro do teto atual de 8%.
“Comparado a diversos outros países, a carga tributária no Brasil de
doação e sucessão, que são objetos do ITCMD, são baixas. Existem aqueles
que tributam 10%, 15%, ou até 40%”, destaca Rogério Fedele, advogado do
escritório Abe Advogados. Isso mostra como a possibilidade de aumentar
os impostos sobre herança já vem sendo discutida antes mesmo da reforma
tributária. Um sinal de alerta e que corrobora com a doação antecipada
dos bens.
E não é somente pela questão tributária, defende Fedele: o
planejamento sucessório em vida pode facilitar os trâmites em um momento
de luto para os ficam, simplificando as dinâmicas familiares e até
evitando intrigas. Afinal, já estará estebelecido e acordado quem
receberá qual parte do patrimônio.
O advogado levanta ainda um outro ponto, a possibilidade do aumento
do valor do imóvel com o passar do tempo. “Uma doação de um bem que vale
100 paga 4% hoje em São Paulo. Esperar é correr o risco de doar o mesmo
bem numa sucessão, daqui a 20 anos, mas com o bem valendo 500 e com uma
alíquota de 16%”, diz Fedele. “Tudo isso atrai as famílias a
anteciparem em vida, por trazer uma paz e até uma eficiência tributária,
dado que a perspectiva é realmente que a alíquota eventualmente
aumente.”
Planejamento sucessório
Essa discussão traz a tona a importância de um outro tema, que
especialistas chamam de planejamento sucessório. Trata-se da organização
da transferência de patrimônio para herdeiros, com uma série de medidas
tributárias, jurídicas e financeiras que não só facilite o recebimento
da herança, mas ajude a evitar qualquer conflito.
Luciana Pantaroto, sócia da consultoria Dian & Pantaroto e
planejadora financeira CFP pela Planejar, define esta etapa como uma
tentativa de tornar a transmissão do patrimônio entre as gerações mais
eficiente, reduzindo custos, burocracia e conflitos familiares. É
possível utilizar diferentes instrumentos, como a própria doação em
vida, mas também testamento, seguros de vida e até holdings familiares. Tudo a depender da complexidade do patrimônio e da estrutura familiar.
E não é preciso ter muito dinheiro para pensar em um planejamento
sucessório, diz a especialista. “Algumas medidas podem ser adotadas em
benefício de indivíduos cuja situação patrimonial e familiar sejam mais
simples”, destaca Pantaroto. “Considerando que a morte é imprevisível,
vale pensar em sucessão. No entanto, pela complexidade do tema, é
fundamental contar com assessoria especializada para a melhor tomada de
decisão.”
Governadores se reuniram em São Paulo pela
primeira vez após aprovação da proposta pelos Estados participantes e
enfatizaram que objetivo não é dividir o país
Por Pedro Augusto Figueiredo e Samuel Lima – Jornal Estadão
Na abertura do evento em São Paulo, no entanto, os governadores
negaram que o Cosud tenha como objetivo colocar estados contra estados e
que a intenção é estimular a cooperação e melhorar as políticas
públicas.
“O que a gente menos quer do Cosud é que ele seja um consórcio
político, no sentido eleitoral. Queremos que seja um consórcio que, na
medida em que vai amadurecendo, seja em cima de questões técnicas, de
temáticas para ajudar a modernizar a máquina pública”, disse o
governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), atual coordenador do grupo.
Segundo ele, os consórcios das demais regiões, como Nordeste e Norte,
serviram de inspiração.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos),
e o próprio Zema rebateram indiretamente a polêmica. “O objetivo do
Cosud não é fazer contraponto. É construir políticas públicas e
cooperar”, disse o chefe do Executivo paulista, que também negou que a
frente de estados represente distanciamento do governo federal.
“Obviamente, o resultado vai ser melhor se a gente conseguir a
cooperação do governo federal”, continuou.
“Tenho certeza que o Cosud está aqui é para unir e somar, e nunca
para dividir”, declarou o governador mineiro. Zema, no entanto, preferiu
dar enfoque a medidas ambientais tomadas pela sua gestão no discurso de
abertura do evento.
.
Também estiveram presentes o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e a vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm (PL). Os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), não participaram da abertura do encontro, que termina no sábado, 21.
Orçamento do Cosud ainda é incógnita
Apesar da formalização nas assembleias e de promessas que envolvem
até a criação de um banco de fomento regional, não se sabe quando e como
os recursos serão levantados pelos governos estaduais.
O consórcio terá pelo menos dez cargos, todos comissionados. Os
salários já foram estabelecidos pelos governadores: o
secretário-executivo ganhará R$ 19,5 mil, e os assessores, R$ 16,5 mil. O
secretário precisará ter dedicação exclusiva, já os assessores podem
ser servidores “emprestados” pelos governos dos Estados.
Os governadores disseram que o orçamento do Cosud e a contribuição de
cada estado ainda serão discutidos após a formalização do grupo e que a
previsão é que o tema seja definido antes do próximo encontro. Os
projetos de lei não especificam de onde sairá o dinheiro para custear o
consórcio, apenas que as despesas de manutenção serão divididas entre os
estados. A Casa Civil de São Paulo disse que não haverá “orçamento de
execução centralizada”, ou seja, um caixa comum da autarquia.
“O que a gente superou foi a aprovação das assembleias. Agora temos a
parte de formalização, registro, CNPJ, todas essas burocracias precisam
ser atendidas, e a partir disso vai se convencionar a contribuição dos
estados para arcar com uma estrutura comum que deve ser enxuta”, disse
Eduardo Leite.
Em ‘Brancura’, um homem decide entrar em
uma mata escura, sob neve pesada, e encontra um ser reluzente; livro
será publicado pela Editora Fósforo ainda em outubro
Após se consagrar com a obra Septologia, o norueguês lançou Brancura,
um breve romance em que um homem começa a dirigir sem rumo e,
desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta.
Na escuridão e sob neve pesada, ele decide não procurar ajuda, mas
entrar pela mata escura – onde encontra um ser de brancura reluzente.
O livro, considerado uma ótima porta de entrada para a literatura de Fosse, já está em pré-venda e será publicado pela Editora Fósforo no dia 26 de outubro. A versão em e-book já estará disponível a partir deste sábado, 7.
Leia um trecho de Brancura:
“Eu dirigia sem parar. Era bom. Era boa a sensação de estar em
movimento. Sem saber para onde estava indo. Apenas dirigia. O tédio
havia se apoderado de mim, logo de mim, que nunca me deixei afetar por
ele. Nada que me passasse pela cabeça me animava. Por isso decidi fazer
alguma coisa. Entrei no carro e fui para onde ele me levasse, se no
caminho houvesse uma curva à esquerda ou à direita, eu virava à direita,
e se, no cruzamento seguinte, pudesse virar à direita ou à esquerda, eu
virava à esquerda. E continuei dirigindo assim. Acabei enveredando por
uma estrada no meio da floresta, e os sulcos no chão foram se
aprofundando até que senti o carro patinar. Segui em frente, até o carro
finalmente empacar. Ensaiei dar uma ré mas não consegui, então
estanquei de vez. Desliguei o motor. Fiquei sentado no carro. Pois bem,
cá estou eu agora, cá estou eu agora sentado, pensei, e me senti vazio,
como se o tédio tivesse se transformado num vazio. Ou, melhor dizendo,
numa espécie de agonia, porque senti um medo em mim enquanto estava ali
com o olhar fixo adiante, fitando o vazio, como estivesse diante do
vácuo. Do nada. Que conversa é essa, pensei. Diante de mim está a
floresta, só a floresta, pensei. Então foi até a floresta que esse
ímpeto de dirigir me trouxe. Poderia dizer de outra maneira, que alguma
coisa, não sei bem o quê, me conduziu a alguma outra coisa, fosse lá o
que fosse, a uma coisa distinta. Contemplei a floresta à minha frente. A
floresta. Sim, árvores próximas umas das outras, pinheiros, um pinhal. E
entre as árvores o solo marrom, ressequido. Eu me senti vazio. E também
com essa agonia. Do que eu sentia medo. Por que estava com medo. O medo
era tamanho que não consegui nem sair do carro. Não me atrevi. Quer
dizer, eu estava aqui, nessa estrada, no meio da mata, para onde dirigi e
fiquei preso, quase onde a estrada termina. Vai ver por isso senti essa
agonia, porque deixei o carro empacar no fim de uma estrada no meio da
floresta, e bem aqui, no fim dessa estrada, não havia espaço para
manobrar. Não lembrava, depois que peguei essa estrada, ter passado por
algum trecho em que pudesse retornar. É bem possível. Sim, porque se eu
tivesse avistado um retorno decerto teria parado o carro e dado
meia-volta, pois dirigir por uma estrada tão estreita cortando essa
paisagem de colinas onduladas não diminuía minha agonia, pelo contrário,
só a aumentava. Mas não passei por nenhum retorno, provavelmente era
isso que eu esperava acontecer o tempo todo, sim, avistar um lugar
adiante para encostar o carro, engatar ré, avançar um pouco, talvez
repetir esse movimento algumas vezes, sim, até conseguir manobrar e
voltar para a rodovia, e então prosseguir para algum lugar, mas para
qual, para um lugar em que tivesse gente, e lá eu pudesse comprar alguma
coisa para comer, quem sabe um cachorro-quente, ou talvez, podia muito
bem ser, chegar a uma lanchonete no acostamento da rodovia para fazer
uma parada e comer. Era bem possível. De repente me dei conta de que já
haviam se passado dias, não lembro quantos, desde a última vez que tinha
feito uma refeição decente. Se bem que provavelmente é sempre assim com
quem mora sozinho. Cozinhar é um estorvo, sim, é bem mais fácil
recorrer ao que está à mão, uma fatia de pão, se houver pão em casa, com
o que estiver na geladeira, na maioria das vezes maionese pura e
simples e umas fatias de salame. Mas isso lá é coisa para ficar
remoendo, como se eu não tivesse coisas mais importantes com que me
preocupar. Mas com o que então. Que estupidez me perguntar, até mesmo
pensar sobre isso. Estou com o carro preso numa estrada na floresta, não
tem ninguém por perto, e não consigo tirá-lo daqui, então suponho que
isso já seja o bastante para me ocupar, sim, ocupar a cabeça, como se
diz, me ocupar imaginando como tirar o carro daqui. Pois o carro não
pode ficar preso aqui como está agora. Óbvio que não. Tão óbvio que
chega a ser uma bobagem pensar isso. Cá estou eu olhando para o carro e
ele apenas me devolve o olhar, estúpido. Ou será que esse olhar estúpido
é o meu. Repare como ele parece estúpido ali, enganchado num montinho,
como se diz, no meio da estrada, que se prolonga mais alguns metros até
se transformar numa trilha pelo coração da floresta. Que diabos eu vim
fazer nesse lugar. Por que vim dirigindo até aqui. Por que eu tinha que
inventar isso. Por que motivo agi assim. Nenhum motivo. Nenhum. E por
que dirigi até essa estrada no meio da floresta. Por puro acaso, talvez.
Sim, não há outro nome para isso. Mas o acaso, o que é mesmo. Não, não
vou começar a pensar essas baboseiras. Nunca leva a nada. O que preciso
agora é fazer meu carro andar. E depois manobrá-lo. Mas há outra coisa.
Sim, porque não passei por nenhum retorno, se tivesse passado já teria
feito esse retorno há muito tempo, porque dificilmente haveria lugar
mais entediante para dirigir do que essa estrada no meio da floresta.
Nada além de colinas suaves e de uma fazenda abandonada, sim, só podia
estar abandonada, porque havia tábuas pregadas nas janelas da casa. A
pintura, aliás, estava em péssimo estado, em alguns lugares já nem havia
tinta. E metade do telhado do celeiro tinha desabado. É triste ver uma
casa caindo aos pedaços. Lugares com os quais ninguém se importa. Mas
por que alguém haveria de se importar. Antes de estar em ruínas era,
sim, uma bela casa. Eu teria gostado de morar numa casa daquelas,
gostaria de ter vivido naquela casa pela qual passei, mas mais cedo na
vida, quando eu era jovem, não agora. Evidente que eu não moraria numa
casa naquelas condições. No estado em que estava, é óbvio que ninguém
moraria nela, nem pessoas nem sei lá o quê. Animais, talvez. Sim, talvez
algum animal tenha se abrigado ali dentro. A casa deve estar tomada por
ratos. Até ratazanas devem ter se mudado para lá”.
Desde o momento em que é semeado até seu empacotamento, cadeia
produtiva do grão conta com equipamentos para oferecer um produto de
excelência aos consumidores de todo país
Mesmo sendo considerado um commodity, o arroz não está isento da alta
exigência dos consumidores espalhados por todo o país. Por isso, seja
nas lavouras ou dentro das indústrias que beneficiam o grão, o uso de
tecnologias que agregam eficiência e qualidade ao produto é
indispensável. Em Santa Catarina, desde o momento em que é semeado até o
seu empacotamento, a cadeia produtiva conta com equipamentos e técnicas
que contribuem para a excelência final e o sabor inigualável do cereal.
Com registros de plantio em solo brasileiro ainda no século XVI, o
cultivo de arroz ganhou importância social, econômica e política.
Ingrediente básico, é também considerado pela Organização Mundial de
Alimentação e Agricultura (FAO) um dos alimentos mais importantes para a
nutrição humana. No entanto, para que os melhores grãos cheguem às
prateleiras dos supermercados, é necessário um trabalho e cuidado
minucioso de todo setor arrozeiro.
Nos últimos 10 anos, a evolução tecnológica revolucionou o cultivo e
beneficiamento do arroz. Enquanto equipamentos altamente avançados, como
drones e niveladoras a laser, passaram a integrar o maquinário dos
agricultores, o uso de fungicidas à base d’água, que aumentam a
qualidade do cereal e não deixam resíduos no alimento, também se tornou
mais comum.
Já nas empresas orizícolas, além de todos os equipamentos voltados
para o beneficiamento, ainda ocorrem práticas sustentáveis, como a
aposta em refrigeradores nos silos, que reduzem o consumo de produtos
químicos na prevenção contra insetos que se alimentam do grão.
O empenho de toda a cadeia produtiva na busca por um produto de
excelência, na visão do presidente do SindArroz-SC, Walmir Rampinelli, é
o que faz o arroz catarinense ser reconhecido de forma positiva em
âmbito nacional e internacional. “Em um mundo cada vez mais conectado e
competitivo, precisamos sempre procurar diferenciais e, com certeza,
nossa qualidade é um deles. A tecnologia é uma aliada poderosa nesse
esforço, mas esse trabalho e investimento precisam acontecer de ponta a
ponta”, salienta.
Nas grandes plantações, um olhar atento
Com olhar atento dos agricultores, um dos primeiros pontos é o
preparo da terra que receberá o arroz entre os meses de agosto e
setembro. Cultivando o grão em 120 hectares na cidade de Nova Veneza
(SC), Claudionir Roman tem sua trajetória ligada à agricultura e, ano
após ano, busca o equilíbrio nutricional do solo.
“Contamos com o auxílio de uma equipe técnica para fazer as análises,
pois existem níveis corretos dos indicadores de fertilidade e outros
componentes, como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, enxofre,
magnésio e outros micronutrientes. Temos que ter em mente que tudo pode
influenciar no resultado da safra”, explica.
Nesse cenário, a pesquisa genética desenvolvida por empresas
especializadas caminha lado a lado com a busca pela alta produtividade.
“Usamos sementes certificadas, pois elas apresentam uma melhor
adaptabilidade à região catarinense. Além disso, cada novo cultivar
lançado no mercado traz mais resistência a doenças e pragas, fazendo com
que a colheita seja mais estável”, destaca o agricultor.
Enquanto as grandes máquinas ceifam e colhem, os drones sobrevoam as
extensas plantações para mapear locais que necessitam de algum cuidado,
como por exemplo mais adubo. Além disso, os produtores também o utilizam
para aplicar – de maneira responsável e consciente – fertilizantes e
pesticidas.
Há algumas safras, Roman contrata uma empresa terceirizada para
realizar essa parte do processo e, desde então, já notou uma maior
agilidade e precisão. A troca otimiza o tempo em aproximadamente 50%,
elimina o contato direto das pessoas com os produtos, bem como apresenta
economia da quantidade necessária e evita o desperdício.
Além do beneficiamento, o cuidado com a sustentabilidade
Outro ponto que merece destaque é o compromisso das indústrias em
garantir a excelência na produção do cereal. O maquinário moderno de
beneficiamento e processamento garantem que os grãos sejam selecionados e
tratados com o máximo de cuidado, para que as propriedades e
características do arroz que saem das lavouras cheguem à mesa dos
consumidores.
Conforme evidencia Gustavo Olivo, diretor da Realengo Alimentos –
empresa associada do SindArroz-SC – com a evolução tecnológica, as
empresas tiveram acesso a equipamentos que buscam preservar os
nutrientes e, também, o sabor do cereal que está na rotina de milhares
de brasileiros.
“A tecnologia está presente em todos os processos dentro da
indústria, sempre para corroborar com a qualidade final. Ainda nos
silos, temos um sistema de secagem com ar limpo para tirar a umidade do
arroz em casca que é descarregado. Depois, por exemplo, conseguimos
selecionar os melhores grãos de acordo com critérios preestabelecidos,
como cor e tamanho, e destinar somente aqueles que se encaixam para os
pacotes”, frisa Olivo.
Além das máquinas de seleção eletrônica, as indústrias catarinenses
já utilizam, até mesmo, robôs para facilitar o processo de empacotamento
e transporte do arroz produzido.
E preocupação com a sustentabilidade ambiental é uma característica
marcante em Santa Catarina. Nesse cenário, práticas foram adotadas a fim
de reduzir o impacto ambiental e promover a preservação dos recursos
naturais. Entre elas, a geração de energia por meio da queima da casca
do arroz. “Devemos buscar métodos mais eficientes e sustentáveis, como a
adoção de tecnologias de baixo consumo de água e energia, a reciclagem
de resíduos, e a redução das emissões de poluentes”, argumenta.
Sobre o SindArroz-SC
Fundado no ano de 1975, o Sindicato das Indústrias do Arroz de Santa
Catarina (SindArroz-SC) atua como representante das empresas cerealistas
do estado. Com 25 indústrias associadas, a entidade tem como um dos
principais objetivos conquistar melhorias para toda a cadeia produtiva
do alimento, bem como servir como ponte para beneficiadoras do grão. A
rizicultura catarinense é responsável por 15% do abastecimento nacional e
geram milhares de empregos no solo catarinense, além de em outras
regiões do país.
Por Guilherme Araújo, Diretor de Serviços da Blockbit
A crescente digitalização do mundo moderno trouxe consigo uma série
de benefícios para diversos setores, incluindo o varejo. No entanto, ela
também é responsável por elevar a necessidade de proteção para mitigar
ataques cibernéticos que podem ter consequências devastadoras para as
empresas do segmento. Ao mesmo tempo em que os varejos, sejam físicos ou
online, digitalizam cada vez mais suas operações, integram sistemas
complexos e coletam uma infinidade de dados de seus clientes, cresce o
dever de adotar medidas para proteger essa infraestrutura e manter a
privacidade dos dados de clientes e do negócio.
Pesquisas indicam que o varejo é um dos setores mais visados por
hackers. Informações de cartões de crédito e outros dados bancários, por
exemplo, são de alta valia para os cibercriminosos. Por isso, ataques
de phishing, que buscam enganar os funcionários para ter acesso a
informações sensíveis como essas são tão comuns. Sequestros de sistemas
das companhias, criptografando dados e exigindo um resgate para a sua
liberação, em ataques ransomware, também estão no topo dos riscos que
podem paralisar as operações. Sistemas de ponto de venda (POS) são alvos
frequentes de hackers, que aproveitam brechas nos leitores de cartão
para acessar informações confidenciais.
Nesse contexto, é possível adotar diversas iniciativas para reduzir
as chances de ataques. A implementação de práticas de segurança
robustas, como a criptografia, ajuda a garantir que informações valiosas
não caiam nas mãos erradas. Soluções de segurança, como firewalls de
última geração, protegem os dados ao realizar controles que impedem
invasões na rede do varejo, além de criar políticas de acesso para as
aplicações e usuários. A segmentação de rede, o monitoramento de tráfego
suspeito e a atualização regular de sistemas também são iniciativas
necessárias para proteger esses pontos críticos.
Para acompanhar a ampliação dos negócios e a criação de filiais, o
setor também deve investir em uma comunicação segura entre a matriz e as
lojas, por meio de redes definidas por software (SD-WAN). Ao utilizar
esse tipo de rede em sua infraestrutura, o varejo conta com a integração
de diversos recursos de segurança avançada em uma única solução,
incluindo filtro de conteúdo web, proteção avançada contra ameaças e
sistema de prevenção de intrusão.
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) trouxe uma mudança
muito importante na maneira como os varejistas coletam, armazenam e
utilizam os dados pessoais de seus clientes, em um avanço sem
precedentes e que não pode ser ignorado. Para ser capaz de atender à
legislação e não ficar sujeito as suas penalidades, é extremamente
necessário que o varejo adote políticas de segurança sólidas, indo além,
inclusive, dos investimentos em soluções de cibersegurança. O setor
precisa se dedicar a conscientizar e a treinar colaboradores sobre como
lidar com o assunto. Funcionários treinados são capazes de reconhecer
variados tipos de ataques, aplicar práticas mais seguras em suas
atividades e, também, iniciar protocolos pré-definidos caso notem que os
sistemas parecem terem sido invadidos.
Com ameaças cada vez maiores, ter um plano de resposta a incidentes
cibernéticos bem definido é crucial. Este plano deve trazer um conjunto
estruturado de procedimentos e diretrizes que a empresa deverá seguir
para identificar e gerenciar as ocorrências para minimizar os danos
causados por elas. A partir dele, inciativas podem ser colocadas em
prática para recuperar os sistemas e dados afetados com rapidez,
permitindo que as operações logo voltem à normalidade.
Além de se preparar para o hoje, é muito importante que as
organizações estejam atentas ao que virá no futuro. O campo da
cibersegurança está em constante evolução, e o varejo deve estar atento
às tendências emergentes de ataques. A evolução dos recursos segurança
tem sido uma resposta direta à crescente complexidade e amplitude das
ameaças cibernéticas, bem como ao rápido crescimento dos negócios. Esse
cenário não mostra indícios de parar.
Em um mundo cada vez mais conectado, a segurança cibernética não é
apenas uma preocupação técnica, mas uma estratégia fundamental para
proteger a reputação da empresa e a confiança dos clientes. A
implementação de medidas eficazes, além de proteger dos dados, também
fortalece a resiliência da organização diante das ameaças em constante
expansão e cada vez mais sofisticadas.
Casos recentes de graves ataques cibernéticos a redes varejistas
resultaram em milhões de reais em prejuízos e ensinam o setor a não
negligenciar a cibersegurança. Ao adotar as melhores abordagens e
tecnologias, e manter políticas e sistemas atualizados, o varejo investe
não apenas em um presente mais seguro, mas no futuro do seu negócio.
Marketplaces em alta: o sucesso no mercado
Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP
Certas estratégias são cruciais para alavancar as vendas e isso começa com o primeiro contato
Marketplaces são uma tendência no e-commerce. Isso porque, os
benefícios existem tanto para quem tem seu próprio ambiente, quanto para
os sellers, os quais vendem nas plataformas de outros empreendedores.
Entretanto, apesar dessa alta, é fundamental as organizações se
prepararem da melhor forma para receberem seus grupos alvo,
independentemente da época do ano. Isso inclui uma elaboração iniciada
pelo atendimento.
O que são marketplaces e qual a sua realidade no mercado?
Esse conceito se remete a uma noção mais coletiva de vendas on-line.
Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus artigos, dando ao
cliente um leque de opções. Desse jeito, trata-se de uma rede cujos
vendedores podem fazer suas ofertas dentro da mesma página. Ou seja, é
como um shopping center virtual cujos visitantes têm acesso a vários
estabelecimentos. Sites como Mercado Livre, Magalu, Americanas, Amazon e
a Valeon são ótimos exemplos, inclusive, de acordo com o último
relatório Webshoppers, 84% dos empreendedores brasileiros possuem canais
ativos em ambientes como esses.
Conforme a ChannelAdvisor, na China, esse tipo de comércio já
representa 90% do faturamento do varejo on-line e, nos EUA, 33%. Já no
Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm),
o crescimento do setor em 2021 foi de 19%.
Principalmente em temporadas de forte atividade, como o Natal, Dia
dos Namorados, das Mães e dos Pais, as movimentações tendem a ser
significativas. O Dia do Consumidor, por exemplo, em 2022, chegou a um
faturamento de R$ 722 milhões, com elevação de 22% em comparação a 2021,
de acordo com dados da Neotrust. Contudo, para, de fato, chamar a
atenção dos fregueses, apenas preços atrativos e propagandas não são o
suficiente, é preciso oferecer uma experiência completa. “Para deixar
uma marca positiva é necessário garantir um primeiro contato excelente,
indo até o pós-venda. Os responsáveis por esse tipo de negócio tendem a
pensar só no produto final entregue, mas toda interação importa”,
explica Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP.
Um destaque em meio à concorrência é fundamental
Ciente de como apenas qualidade final não é o suficiente, diversos
quesitos tendem a ajudar uma empresa a se destacar em meio a tanta
concorrência. Logo, diferentes fatores influenciam a posição ocupada nas
buscas, seja preço, custo do frete, avaliações, etc. Além disso, é
imprescindível identificar como chamar a atenção em detrimento de
sellers ocupando o mesmo espaço. Nesse contexto, conhecimento nunca é
demais para descobrir como planejar condições visando se sobressair.
Outra questão importante diz respeito aos parceiros mantidos por
perto e a estrutura do negócio em geral. Para a quantidade de vendas
alcançadas por um programa como esse, investir na atração de indivíduos
para promover suas corporações lá dentro, diversificando e ampliando o
portfólio torna tudo mais robusto. Além disso, deve haver uma atenção
especial à otimização das operações.
Todavia, de nada adianta tomar cuidado com tudo isso e não promover
uma boa gestão operacional. Dentre diversos benefícios, a transformação
de um e-commerce em um marketplace proporciona ganho de escala das
demandas. A partir desse ponto é crucial redobrar a cautela com
estratégias adotadas no local omnichannel. Uma administração eficiente é
o meio para a criação de modelos de vivência da persona para ela ter
uma boa prática nessa aquisição. “Hoje em dia, uma pessoa transita por
diferentes pontos de contato. É relevante, então, conseguir alcançar o
preciso da melhor forma e naquele momento, assim, há grandes chances de
fidelizar”, comenta o especialista.
Dicas para se sair bem no mercado
Antes de tudo é sempre interessante se colocar no lugar dos
frequentadores, pois, somente conhecendo bem eles é viável proporcionar
oportunidades e elementos favoráveis. Em circunstâncias assim, um bom
levantamento de dados para analisar as dores e as necessidades é uma
excelente alternativa, tendo em vista como, por meio dessas informações,
é fácil identificar qual a busca e como agradar.
No entanto, o ditado é real e, de fato, a primeira impressão fica.
Logo, a assistência inicial desse sujeito deve ser levada em
consideração de forma primordial. Como anda o seu atendimento? Quais as
abordagens utilizadas para lidar com esses interessados?
Independentemente de qual seja, a Startup Valeon consegue auxiliar, incrementar e melhorar qualquer estratégia de forma inovadora.
A tecnologia de robôs tem sido cada vez mais utilizada em diversas
esferas do cotidiano da população. No geral, essa indústria está em
crescimento, de acordo com a VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de
Máquinas e Instalações Industriais), as vendas do setor aumentaram em
13% em 2022. Nos primeiros quatro meses, os pedidos recebidos foram
elevados em 38%, também em relação ao ano anterior, na Alemanha.
Em todo o mundo, já existem mais de três milhões deles operando em
fábricas e pelo menos US$ 13,2 bilhões foram gastos nos últimos anos em
novas instalações utilizando esse tipo de modernização. Pelo menos 76%
desses investimentos foram feitos por cinco países: China, Japão,
Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha. As indústrias automotiva,
elétrica, eletrônica e metálica se destacam nesse uso em seus parques
industriais. Porém, no caso do apoio ao consumidor esse artifício também
não poderia ficar de fora. Com a Startup Valeon isso é possível para
todos os âmbitos. “Nós enxergamos essa assistência como parte do
processo de conquista e a colocamos como um pilar principal para os
nossos usuários.
Dessa maneira, a firma oferece serviços baseados na aprimoração desse
suporte para as companhias parceiras, seja com os tão comentados robôs,
responsáveis por atender chamadas e responder mensagens
automaticamente, ou com outras ferramentas. Ao todo, há uma
flexibilidade sem igual para atender a todo tipo de instituição, com
humanos, chat, voz, redes sociais e WhatsApp, o propósito é aumentar os
resultados e promover atualização constante.
O que é marketplace e por que investir nessa plataforma
ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech
Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer
compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele
funciona na compra e venda de produtos.
Afinal, o que é marketplace?
O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.
Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto
específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar
as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de
comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir
outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.
Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de
marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e
segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar
produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento
unificado.
Os principais marketplaces do Brasil
A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto
No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a
plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações
digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.
Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas,
Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C,
estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas
dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.
Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma
Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais
Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através
de sua divulgação online.
Como escolher o marketplace ideal para sua loja
Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja,
definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é
fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de
decidir onde incluir sua marca:
Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão
sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que
determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor
atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais
anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará
uma comissão maior.
Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.
Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial
identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.
Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.
Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que
já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para
competir com os ofertados por elas.
Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.
Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus
resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas
promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na
entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento
ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar
naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se
de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e
pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já
cadastradas.
Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.
Vantagens do marketplace
A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.
Para o consumidor
Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;
Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.
Para o lojista
Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;
Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de
vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário
pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na
abertura de uma loja física ou online.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Para o Marketplace
Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;
Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que
reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo
para fidelizar clientes.
Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e
proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal
procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos
ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que
realizamos.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, reforçou nesta
quarta-feira, 18, sua avaliação de que o Brasil “arrecada muito” e
“arrecada mal”, além de gastar “muito” e de forma equivocada,
enfatizando sua defesa da reforma tributária sobre consumo. Ela também
repetiu a orientação da pasta de rever a qualidade do gasto, como
prioridade ante eventuais cortes, e disse que as políticas sociais serão
feitas de maneira responsável, vide o objetivo do governo de alcançar a
meta de déficit zero no próximo ano.
“É isso que significa equilíbrio fiscal. Muitas vezes não é falar em
cortes de gastos públicos no momento de um déficit social tamanho (…)
Mas talvez começar num primeiro passo, nesse ano de 2023, como fizemos, e
arrastando provavelmente para 2024, falarmos na qualidade dos gastos
públicos. Vamos fazer o social com responsabilidade, mas dentro daquele
limite, por isso o objetivo desse governo de tentar alcançar a meta zero
do déficit em 2024”, disse Tebet durante participação no 26º Congresso
Internacional de Direito Constitucional.
Sobre o aspecto da arrecadação, a ministra destacou que a reforma
tributária discutida no Congresso é a “única bala de prata” para fazer o
Brasil crescer de forma que não ocorre há 40 anos. Na avaliação de
Tebet, os dois maiores problemas que rondavam a proposta durante as
discussões das últimas décadas estão sendo solucionados. Segundo ela,
com o texto atual, nenhum Estado ou município perderá receitas no novo
sistema, além de garantir que o setor de serviços não tenha aumento da
carga tributária, disse.
“Dois maiores problemas da reforma tributária estão sendo
solucionados: nenhum Estado, nenhum município vai perder com a reforma,
vai haver seguro receita para garantir de forma gradual, para que nos
próximos 30 anos, talvez 50 anos – há uma dúvida entre os dois – esse
acréscimo da receita que virá sem aumento de imposto seja distribuído de
forma harmônica”, afirmou.
A ministra ainda ressaltou a expectativa de que a aprovação da
reforma incremente o crescimento do PIB brasileiro. “Podemos dizer que
podemos ter uma reforma tributária que, sozinha, pode ter capacidade de
aumentar em quase 1% o PIB brasileiro, fora o crescimento normal do
Brasil. Pode vir a garantir nos próximos 15 anos um crescimento do PIB
do Brasil que pode variar entre 12% e 15%”, disse.
“O Brasil arrecada muito e arrecada mal (..) tão grave quanto isso, o
Brasil gasta muito e gasta pior ainda. Dentro dessa equação, é difícil
garantir equilíbrio fiscal, mas é mais grave ainda, é impossível
garantir justiça social”, declarou no início de sua fala, acrescentando
que, diferente do setor privado, o Estado brasileiro não faz um
planejamento correto de seus gastos, por atender “muitas vezes”
interesses político-partidários ou eleitorais. “O Brasil não tem cultura
de planejar, não planeja suas ações”, afirmou.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta 4ª feira (18.out.2023) que “a divisão de opiniões ficou clara” depois que o texto apresentado pelo Brasil com propostas para o conflito entre Israel e o Hamas foi vetado no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
A proposta foi votada nesta 4ª (18.out) e recebeu 12 votos
favoráveis, 1 voto contrário e 2 abstenções. O documento não foi
aprovado porque o único voto contra foi dado pelos Estados Unidos,
integrante permanente do órgão e com direito a veto. Leia a resolução
apresentada pela delegação brasileira (íntegra – PDF – 208 kB).
“Infelizmente não foi possível se aprovar essa resolução. Ficou
clara uma divisão de opiniões, mas acho que do nosso ponto de vista, da
nossa Presidência e do governo brasileiro, fizemos todo o esforço
possível para que cessassem as hostilidades”, afirmou o ministro. “A nossa preocupação foi sempre humanitária.”
O chanceler deu a declaração em entrevista concedida no Itamaraty a
jornalistas sobre a operação Voltando em Paz, para repatriar brasileiros
em Israel e na Faixa de Gaza. Também participaram o ministro da Defesa,
José Múcio, e do tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno.
Depois do veto no Conselho, o embaixador brasileiro na ONU, Sérgio Danese, criticou o órgão por ser “mais uma vez incapaz de adotar” uma resolução sobre o conflito. “O silêncio e a inação prevaleceram”, disse. A reunião foi a 4ª realizada pelo Conselho de Segurança para discutir sobre a guerra.
Durante a leitura do voto, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, classificou as resoluções vetadas como “importantes”, mas afirmou que o país estava “desapontado” porque o texto brasileiro não mencionava os direitos de autodefesa de Israel.
Eis como votou cada país integrante do conselho:
a favor (12): Brasil, China, França, Albânia, Emirados Árabes, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça;
contra (1): Estados Unidos;
abstenções (2): Reino Unido e Rússia.
O conflito entre Israel e o Hamas completa seu 12º dia nesta 4ª (18). O presidente dos EUA, Joe Biden, está em Israel.
Vieira também disse que o Brasil, por meio da operação, planeja resgatar 15 estrangeiros interessados
em voltar de Israel ao seu país natal. O grupo contém bolivianos,
argentinos, paraguaios e uruguaios. Eles devem ser trazidos ao Brasil
para depois se deslocarem aos seus respectivos países.