domingo, 15 de outubro de 2023

O QUE É VERDEIRO OU FALSO NA GUERRA DE ISRAEL CONTRA O HAMAS

 

História por Steven Lee Myers • Jornal Estadão

TOPSHOT – Smoke billows from Israeli air strikes in Gaza City, controlled by the Palestinian Hamas movement, on May 11, 2021. – Israel and the Islamist movement Hamas in Gaza exchanged heavy fire, killing at least 26 Palestinians and two Israelis, in an escalation sparked by violent unrest at Jerusalem’s flashpoint Al-Aqsa Mosque compound. (Photo by ANAS BABA / AFP) (Photo by ANAS BABA/AFP via Getty Images)

As principais plataformas de rede social, antes anunciadas por sua capacidade de documentar eventos globais em tempo real, enfrentam uma crise de autenticidade – uma crise criada por elas mesmas, dizem os críticos. A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas gerou tantas informações falsas ou enganosas online – muitas delas intencionais, embora não todas – que obscureceu o que realmente está acontecendo no local.

Por sua vez, as pessoas estão se voltando para fontes que refletem seus sentimentos, aprofundando as divisões sociais e políticas. Há tantas alegações falsas que algumas pessoas questionam as verdadeiras. E isso não ocorre apenas no X, ex-Twitter, que removeu muitas de suas barreiras nos últimos meses. Os recentes avanços na inteligência artificial (IA) – com programas que podem produzir quantidades praticamente ilimitadas de conteúdo – já estão agravando essa cacofonia digital.

A crise de autenticidade, no entanto, é mais ampla do que as redes sociais que passaram a dominar o discurso público.

A confiança nos principais veículos de notícias também diminuiu, com as organizações de notícias sendo regularmente acusadas de refratar interesses estatais, corporativos ou políticos. Isso ajudou a impulsionar uma profusão de sites alternativos online. Muitos defendem um ponto de vista específico, compartilhado por usuários e impulsionado por algoritmos que recompensam conteúdos chocantes ou emocionais em vez de nuances ou equilíbrio.

“Nós distorcemos o ecossistema de informações”, disse Nora Benavidez, conselheira sênior da Free Press, uma organização de defesa de direitos.

Uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center no ano passado mostrou que as pessoas com menos de 30 anos confiam nas redes sociais quase tanto quanto nos meios de comunicação tradicionais. Cerca de metade delas expressou ter pouca confiança em qualquer um deles. (Entre todas as faixas etárias, a confiança nas organizações tradicionais de notícias continua mais alta, embora esteja diminuindo constantemente desde 2016).

“A conexão que estou sempre tentando fazer é entre as principais forças que querem nos confundir e distrair, e o resultado final é sempre que as pessoas estarão menos engajadas”, disse Benavidez. “As pessoas terão menos certeza das questões com as quais se importam, menos consciência do motivo pelo qual algo pode ser importante, menos conectadas consigo mesmas e com os outros.”

Não faz muito tempo, a rede social foi anunciada como uma ferramenta poderosa para democratizar notícias e informações.

Em 2009, quando manifestações em massa eclodiram no Irã por causa de uma eleição fraudulenta, os manifestantes usaram a rede social para romper o domínio das informações dos governantes autoritários do país. Eles puderam publicar textos, fotografias e vídeos que contestavam as alegações do governo. Alguns chamaram isso de revolução do Twitter.

Praticamente todos os grandes acontecimentos desde então – de eventos esportivos a desastres naturais, ataques terroristas e guerras – aconteceram online, documentados de forma visceral e instantânea pelos dispositivos que bilhões de pessoas carregam em suas mãos.

A onipresença da rede social na maior parte do mundo ainda cumpre essa função em muitos casos, fornecendo evidências, por exemplo, para documentar os crimes de guerra russos na Ucrânia.

No entanto, como o conflito em Israel demonstrou, as mesmas ferramentas têm contribuído cada vez mais para confundir em vez de esclarecer.

Foto:© Fornecido por Estadão

Em qualquer guerra, discernir fatos de ficção (ou propaganda) pode ser extremamente difícil. Os antagonistas procuram controlar o acesso às informações do front. Ninguém pode ter mais do que uma visão de um canudo de refrigerante em um determinado momento. Agora, porém, vídeos falsos ou enganosos se tornaram virais mais rapidamente do que os verificadores de fatos podem desmascará-los ou do que as plataformas podem removê-los de acordo com as políticas da empresa.

Muitas vezes, o problema está nos detalhes. O Hamas matou dezenas de israelenses, inclusive crianças, em um ataque em Kfar Aza, um kibutz perto de Gaza. O relato não verificado de um correspondente da televisão francesa de que 40 bebês foram decapitados no ataque viralizou nas redes sociais como se fosse um fato. A reportagem continua sem confirmação. Ela se infiltrou até mesmo em uma declaração do presidente Biden de que ele havia visto fotografias desse horror em particular, o que levou a Casa Branca a voltar atrás em suas observações, dizendo que a informação tinha vindo de relatos de notícias.

O Hamas explorou habilmente as redes sociais para promover sua causa da mesma forma que a Al Qaeda e o Estado Islâmico fizeram no passado. O grupo terrorista usou o aplicativo Telegram, que é amplamente sem moderação, como um canal para enviar imagens gráficas e comemorativas de sua incursão de Gaza para uma circulação mais ampla nas redes sociais que proibiram organizações terroristas.

Cada vez mais, nossas vidas digitalizadas se tornaram um campo de batalha de informações, com ambos os lados de qualquer conflito disputando para oferecer sua versão. Imagens antigas foram recicladas para dar um novo sentido. Ao mesmo tempo, imagens reais foram contestadas como falsas, incluindo uma fotografia sangrenta que Donald J. Trump Jr., filho do ex-presidente dos EUA, compartilhou no X.

Organizações de notícias confiáveis costumavam funcionar como curadores, verificando informações e contextualizando-as, e ainda o fazem. No entanto, alguns tentaram questionar sua confiabilidade como guardiões, principalmente Elon Musk, o proprietário do X.

No dia seguinte ao início dos combates em Israel, Musk compartilhou uma publicação no X incentivando seus seguidores a confiarem mais na plataforma do que na mídia convencional, recomendando duas contas que são famosas por espalharem afirmações falsas. (Mais tarde, Musk excluiu a publicação, mas não antes de ela ter sido vista milhões de vezes).

O X enfrentou críticas particularmente fortes, mas o conteúdo falso ou enganoso infectou praticamente todas as plataformas online. Thierry Breton, funcionário da Comissão Europeia que supervisiona uma nova lei que rege as mídias sociais, enviou cartas esta semana alertando a X, o TikTok e a Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, sobre a prevalência de conteúdo falso e violento no conflito.

Os órgãos reguladores europeus deram o primeiro passo para uma investigação da X na quinta-feira, 12, de acordo com a nova lei, citando a prevalência de conteúdo publicado por extremistas, incluindo imagens sangrentas. A executiva-chefe da X, Linda Yaccarino, procurou evitar a investigação alegando que a plataforma havia de fato removido “dezenas de milhares” de publicações.

Imran Ahmed, diretor do Center for Countering Digital Hate (Centro de Combate ao Ódio Digital), que enfrenta uma ação judicial de Musk por causa de suas críticas à plataforma, disse que a guerra se tornou um “ponto de inflexão” para a rede social. A enxurrada de desinformação desde o início da guerra fez com que as plataformas “não fossem um lugar tão relevante para obter informações” durante um grande evento.

“Não se deve confiar nas redes ias sociais para obter informações – ponto final”, disse ele. “Não se pode confiar no que se vê por lá.”

Ahmed, que estava em Londres, disse que ficou tão frustrado nos primeiros dias da guerra que trocou a internet pelo canal de televisão BBC para obter informações confiáveis. “Quando foi a última vez que liguei a televisão?”, disse ele.

Ele observou que as empresas de rede social reduziram os recursos para policiar o que aparece online.

Musk instituiu uma série de mudanças desde que adquiriu a empresa no ano passado que, segundo os pesquisadores, resultou em um aumento de conteúdo nocivo, incluindo comentários racistas e antissemitas. Elas incluem uma assinatura que permite que qualquer pessoa pague por uma marca de verificação azul, que antes transmitia aos usuários a sensação de autoridade de uma conta.

“O X, em particular, deixou de ser, há um ano, a primeira plataforma que as pessoas ligavam e à qual permaneciam grudadas no meio de uma crise para se tornar uma bagunça francamente inutilizável, na qual o esforço é maior do que vale a pena, apenas tentando discernir o que é verdade.”, afirmou Ahmed.

ADULTO BRINCANDO COM UMA CRIANÇA DESPERTA A SUA CRIANÇA ADORMECIDA

Bebê – Adriana Klisys, autora do livro Viagem Lúdica

Adults and kids having fun playing in a garden

brincadeira é uma parte fundamental da infância. Ela está estritamente relacionada a um desenvolvimento saudável e ao exercício da criatividade. Mas você sabia que brincar também é muito importante para os adultos? É o que defende a psicóloga e pesquisadora de educação e cultura Adriana Klisys, autora do livro Viagem Lúdica.

“A sublime experiência do brincar, tanto para a criança como para o adulto, é aprender a se relacionar consigo, com o outro e com o conhecimento, desenvolver virtudes, valores e sabedoria”, diz a especialista. 

Adriana ainda explica que esse processo traz uma série de outros benefícios, como criar conexões com o mundo, exercitar a capacidade de tomar decisões, de ser amigável, improvisar e agir criativamente – além de, claro, apreciar a vida.

Reencontro com a nossa criança interior  

“Quando o adulto brinca com uma criança, ele reencontra sua criança interna, que nunca esteve ausente, só adormecida”, afirma a psicóloga. 

Segundo Adriana, a reconexão com nossa criança interior pode ser feita, ainda, por meio de um resgate das nossas lembranças e das sensações que tínhamos ao brincar na infância. É possível realizar aquilo que seja significativo para nós mesmos, como correr, dançar, praticar algum esporte, cuidar de uma horta, cozinhar, apreciar a natureza, ir a uma exposição artística, voluntariar-se em uma causa social… “Qualquer uma das atividades pode se tornar lúdica quando traz um forte vínculo com sua presença no que faz”, diz. 

Hipervalorização da produtividade 

Para a autora, vivemos em uma sociedade que supervaloriza a produtividade. Aprendemos desde cedo a buscar o aprimoramento das nossas habilidades, sempre voltadas para o lado racional. Porém a brincadeira vai contra essa lógica, pois ela é “um espaço voltado para os ‘processos’ internos e não para os ‘produtos’ externos”. É por isso que, segundo a especialista, os adultos não se permitem brincar.

“Podemos pensar que o trabalho é o mundo da objetividade e o brincar é o mundo da subjetividade. Um voltado para a manifestação/realização do mundo externo e outro voltado para a manifestação do mundo interno. Os dois são fundamentais. Quando falta um, a vida entra em desequilíbrio“, diz Adriana. 

O brincar do adulto 

Adriana conta que o brincar do adulto vai muito além do brincar com a criança: “Brincar é muito mais um estado de ser e estar no mundo do que uma atividade propriamente dita”. A partir disso, a pesquisadora conclui que podemos trazer o olhar lúdico até para as dimensões profissionais da nossa vida.  

“Quando um cientista como Santos Dumont coloca uma bicicleta com asas pendurada numa árvore para testar sua aerodinâmica, está brincando ou revolucionando a história da aviação? Quando Charles Chaplin está atuando como artista, está brincando ou exercendo seu ofício? Quando os jovens Steve Jobs e Steve Wozniak constroem um computador em casa, estão brincando de inventar ou trabalhando?  Ou as duas coisas integradas?”, reflete. 

Diante disso, o brincar pode estar perfeitamente integrado em nosso dia a dia. Quando ele está ausente, de acordo com Adriana, tudo fica mais difícil e há menos saídas criativas para a vida também.

Como explorar a ludicidade

Pensando nos benefícios que o brincar traz a todas as partes envolvidas, a psicóloga dá dicas simples de como os adultos podem se reconectar com seu lado lúdico. Dedique um tempo para o ócio ou para o “descompromisso com expectativas externas”, como ela nomeou. As pessoas devem também se dedicar a momentos de lazer.

Além disso, precisamos aprender com as crianças. Podemos, por exemplo, observá-las brincando livremente, seja no parque, na praia ou em qualquer outro lugar. Isso ajuda a despertar a nossa criatividade.

 

IDEIA DE UM ECOSSISTEMA DE STARUP PARA O VALE DO AÇO

Inovação SEBRAE

O termo “ecossistema de startups” e muitos outros termos relacionados a esse universo estão sendo usados com mais frequência nos últimos anos, à medida que o cenário de startups cresce cada vez mais. Mas muitas pessoas realmente não sabem o real significado de todos esses termos usados pelos empreendedores.

Neste artigo, vamos discutir o termo “ecossistema de startup”, o que isso significa na prática e quais são as características que os compõem. Veja como os ecossistemas nascem e como você pode obter grandes vantagens ao fazer parte de um deles.

O QUE É UM ECOSSISTEMA DE STARTUPS

Um ecossistema de startups é constituído por um grupo formado por empreendedores, startups e diferentes organizações em seus diversos estágios de crescimento. Juntos, eles formam um sistema para criar outros negócios e fomentá-los.

Para iniciar uma nova-startup, são necessários um ambiente propício e uma comunidade de apoio. Um ecossistema de startups trabalha em conjunto para apoiar os membros de sua comunidade e oferecer seus recursos uns aos outros para que cada um desenvolva seu negócio ou ideia.

Os ecossistemas de startups são regidos por fatores internos e externos (ou seja, o clima financeiro pode determinar o sucesso ou não de um ecossistema específico).

Existem incentivos fiscais para startups? O mercado disponível é grande ou pequeno? A comunidade de startups local está conectada ou não? São organizações prestadoras de serviços envolvidas no ecossistema? As grandes corporações, os investidores-anjo e as empresas de capital de risco estão dispostas a investir na economia local e no ecossistema de startups? Os governos locais estão envolvidos? O ecossistema empreendedor é apoiado por políticas locais?

Todas essas questões e seus fatores subjacentes podem afetar as funções dos ecossistemas de startups.

O QUE COMPÕE UM ECOSSISTEMA DE STARTUPS?

Não existe uma receita de sucesso replicável para a formação de 100% dos ecossistema de startups. No entanto, existem alguns ingredientes-chave que cada ecossistema local precisa para prosperar.

São eles, basicamente:

1. STARTUPS

As próprias startups, é claro, são uma parte indispensável de qualquer ecossistema desse mercado. Elas são seus núcleos de inovação, disrupção e progresso. Elas dão “rosto” ao ecossistema local e ainda desempenham um papel de destaque no crescimento econômico.

As startups também tendem a gerar um volume maior de empregos do que as grandes corporações, impulsionando o desenvolvimento econômico local. Uma vez que é adquirida ou se torna pública, uma startup gera dinheiro a seus acionistas, que pode então ser injetado de volta no ecossistema. Isso promove seu amadurecimento, o que acaba levando ao crescimento econômico.

2. FACULDADES, UNIVERSIDADES E OUTROS PROGRAMAS EDUCACIONAIS

Seria difícil argumentar que as escolas fornecem um dos recursos mais importantes para os ecossistemas de startups em todo o mundo: o talento.

Faculdades, universidades e outras instituições de ensino – como escolas de programação – desempenham um papel fundamental em nutrir talentos e colocar a próxima geração de empreendedores e funcionários de startups em seu caminho. O próprio Vale do Silício, que é o ecossistema mais conhecido do mundo, beneficia-se enormemente do talento das universidades locais da Ivy League.

3. PROVEDORES DE FINANCIAMENTO

Se o talento é o recurso mais significativo para as startups, o dinheiro vem em segundo lugar. Poucas startups sobrevivem por muito tempo sem um investidor ou uma instituição financeira para apoiá-las – e é por isso que elas são um pilar essencial de todo ecossistema de startups.

Investidores-anjo, empresas de capital de risco, sites de crowdfunding  e outros provedores de financiamento têm seu lugar dentro de um ecossistema.

4. INCUBADORAS E ACELERADORAS

Incubadoras e aceleradoras são programas que ajudam as startups a terem sucesso, fornecendo-lhes orientação,  treinamento, estratégia, parcerias e financiamento. Eles são fundamentais para fazer startups decolarem, especialmente as em estágio inicial. Ter acesso aos recursos e à rede de um acelerador pode fazer ou quebrar uma startup que não se consolidou dentro do ecossistema.

5. ESPAÇOS DE COWORKING

As startups – especialmente no estágio inicial – muitas vezes não têm fundos para pagar o próprio espaço de escritório. É aí que entram os espaços de coworking, ou seja, os escritórios compartilhados onde empresas diversas podem alugar um espaço por um preço acessível e sem compromisso de longo prazo.

Mais relevante ainda: os espaços de coworking têm as próprias comunidades e geralmente organizam eventos onde os empreendedores podem expandir sua rede e explorar possíveis colaborações com outras empresas.

6. PRESTADORES DE SERVIÇO

Não há negócio sem provedores de serviços, especialmente os jurídicos e financeiros para apoiá-lo. Todas as startups, não importa quão pequenas ou em estágio inicial, precisam de pelo menos um contador para começar. Os fundadores têm de se concentrar nos fundamentos do negócio: ficar atolado na burocracia não é uma opção.

7. CONSULTORIA E MENTORES

É um fato: startups com mentores têm mais chances de sucesso.

Organizações de consultoria e mentores podem ajudar os fundadores durante suas jornadas empreendedoras de várias maneiras. Por um lado, mentores experientes e bem-sucedidos auxiliam você a se manter responsável e fiel à sua visão. Sua experiência no negócio é muitas vezes fundamental para o seu sucesso. Essa pode ajudá-lo a se preparar para o futuro e oferecer opiniões imparciais sobre situações críticas.

8. EVENTOS

Você pode encontrar o coração e a alma de cada ecossistema de startups em sua comunidade de pessoas. E as pessoas têm que ser reunidas para formar uma comunidade.

Conferências, workshops, encontros, eventos de networking e festas são essenciais para construir e manter um ecossistema de startups. Sem eventos, nenhum ecossistema consegue sobreviver por muito tempo.

9. ÓRGÃOS DE APOIO GOVERNAMENTAL

Em todos os países, as agências governamentais regulam os negócios. Os departamentos de comércio, indústria e comércio têm uma palavra a dizer sobre como as startups podem operar. Em algumas jurisdições, as políticas governamentais são favoráveis para startups: novos negócios podem aproveitar incentivos fiscais, subsídios e prêmios e buscar a ajuda de organizações governamentais que apoiam empreendedores. É nesses casos que os ecossistemas prosperam com mais facilidade, é claro.

VANTAGENS DE UM ECOSSISTEMA PARA NOVAS STARTUPS

Sabendo como eles funcionam, resta entender como as novas-startups podem se beneficiar de fazer parte de um ecossistema estruturado. Os principais motivos envolvem:

OS ECOSSISTEMAS FORNECEM ÀS STARTUPS OPORTUNIDADES DE NETWORKING.

Relacionamento é importante em todas as esferas da vida e em todos os setores. Para startups, networking significa muitas coisas diferentes. Os empreendedores têm uma longa lista de prioridades, como garantir financiamento, descobrir como comercializar seus produtos, receber conselhos de outros empreendedores de sucesso e obter inspiração por meio da colaboração. Os ecossistemas são locais perfeitos para criar e fortalecer essas conexões.

OS ECOSSISTEMAS FOMENTAM A CRIATIVIDADE E A INOVAÇÃO

Os ecossistemas permitem uma proximidade difícil de igualar de outra forma. Eles encorajam a polinização cruzada entre empresas, culturas e indivíduos. Eles permitem que conceitos, teorias e ideias sejam testados dentro do ecossistema antes mesmo de chegarem ao mercado. Eles incentivam a competição acirrada entre os pares da indústria e criam uma cultura inventiva dentro dos ecossistemas em que existem.

ECOSSISTEMA E STARTUPS NO BRASIL: QUAL É O CENÁRIO?

Dados de 2020 apontam que, no Brasil, temos mais de 13.400 startups mapeadas, um pouco mais de 70 comunidades e milhares de atores públicos e privados, líderes e empreendedores.

No mesmo ano, a propósito, São Paulo entrou na última colocação (30º) do Ranking 2020: Top 30 + Runners-up do startup Genome, uma das maiores organizações mundiais que trabalham estudos e dados sobre o ecossistema de startups pelo mundo. E é a única cidade brasileira que compõe a lista, liderada por: Vale do Silício (EUA), Nova York (EUA), Londres (ING), Pequim (CHI) e Boston (EUA).

Em Minas Gerais, o cenário também é bastante promissor, estando atrás apenas de São Paulo em números. São mais de 780 startups em solo mineiro e, apenas nos últimos três anos, foram investidos mais de US$ 60 milhões nesses empreendimentos, segundo o relatório Distrito Minas Tech.

Em todo o estado, já foram investidos US$ 100 milhões em startups, sendo que 60% desse valor apenas nos últimos três anos. O que os números mostram são resultados expressivos das centenas de startups sediadas em Minas, assim como uma oportunidade para aproveitar o grande ecossistema já formado por aqui.

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 224.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por mais de 5.800.000 de pessoas, valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas três anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.

Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

 

sábado, 14 de outubro de 2023

DEPOIS DE 10 MESES NO GOVERNO E AINDA CULPAM O BOLSONARO PELAS QUEIMADAS NA AMAZÔNIA

História por Zeca Ferreira • Jornal Estadão

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas à política ambiental da gestão Jair Bolsonaro (PL) ao anunciar respostas à crise das queimadas que há três dias encobrem com uma fumaça densa a região metropolitana de Manaus e colocaram a capital do Amazonas como uma das cidades com a pior qualidade do ar no mundo. Nos últimos dias, parlamentares da oposição têm destacado um aumento no número de incêndios florestais na região neste mês em comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, no acumulado do ano, observa-se uma tendência de redução.

Diante do agravamento das queimadas e dos ataques da oposição, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, foram escalados para apresentar em Brasília nesta sexta-feira, 13, as medidas de combate à crise. O governo anunciou a mobilização de mais de 300 brigadistas para enfrentar os incêndios que afetam a região. O problema tem sido registrado há cerca de 15 dias. Manauaras têm sofrido com riscos de problemas respiratórios e até de visibilidade em decorrência da extensão da fumaça oriunda de focos de queimada.

Fumaça em Manaus pressiona governo Lula, e Marina Silva reage apontando abandono de Bolsonaro Foto: Adriano Machado/Reuters© Fornecido por Estadão

A oposição a Lula aproveitou o caso para criticar Marina e a política ambiental do governo petista. Na rede social X (antigo Twitter), o senador Flávio Bolsonaro (PL) destacou o aumento no número de focos de queimadas e atribuiu o fato ao governo atual. “Sob Lula, as queimadas em outubro aumentaram 148% em relação ao ano passado, no Amazonas. Lula não tem política ambiental, apenas política de sucateamento!”, escreveu. Os números apresentados pelo político provêm da plataforma World Air Quality e têm algumas diferenças em relação aos números oficiais.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Amazonas registrou um recorde de 2.770 focos de queimadas entre 1º e 12 de outubro deste ano, o maior número já registrado para esse mês. Comparativamente, o mês inteiro de outubro de 2022 teve 1.503 focos – 45% menos do que os primeiros doze dias de outubro deste ano. Apesar disso, a tendência geral na região é de queda, com um decréscimo de 10% nos focos de queimadas de janeiro a outubro de 2023, em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o desmatamento na região também apresentou redução.

Alguns membros da oposição escolheram focar suas críticas na ministra Marina Silva. Um exemplo disso é o deputado federal Osmar Terra (MDB), que compartilhou um vídeo em seu perfil no X, no qual uma parlamentar do Amazonas questiona a ministra do Meio Ambiente. Osmar é ex-ministro da Cidadania da gestão Bolsonaro. Outros políticos bolsonaristas, como o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio (PSDB), atribuíram a intensificação da crise no Amazonas ao governo Lula. “Chega a ser um absurdo! A Floresta Amazônica pegando fogo e os rios secando (…) Lula finge que não é com ele”, escreveu.

Situação é adversa por falta de planejamento da gestão Bolsonaro, diz Marina

Durante a coletiva de imprensa desta sexta, a ministra Marina Silva esclareceu que o governo federal vai atuar em parceria com os Estados para combater os focos de queimada na região Amazônica. Ele classificou o cenário como sendo de “extrema gravidade”, e atribuiu parte das dificuldades a gestão anterior. “(A situação é adversa) porque nós não tínhamos esse planejamento no governo anterior (do ex-presidente Jair Bolsonaro). Nós assumimos o governo agora, mas procuramos ser previdentes, contratando as pessoas no tempo certo”, afirmou.

Marina defendeu ainda as ações do governo Lula na área de meio ambiente, como a edição de uma medida provisória para assegurar recursos adicionais destinados às iniciativas de combate ao desmatamento e às queimadas. “Mesmo com uma redução de 64% no desmatamento no Estado do Amazonas, ainda temos uma situação bastante difícil. Imagine se tivéssemos mantido o padrão que tínhamos no ano passado”. A ministra explicou que “não existe fogo natural na Amazônia” e que o “principal vetor dos incêndios no local decorre da prática do desmatamento”.

Também nesta sexta, o secretário de Controle do Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, André Lima, afirmou que a pasta articula com o governo do Amazonas a suspensão do registro do Cadastro Ambiental Rural (CAR) de imóveis com focos de calor e incêndio sem autorização.

Por sua vez, o ministro Waldez Góes afirmou que “não é muito dizer que a política de prevenção no Brasil foi basicamente abandonada nos últimos seis anos (durante as gestões Michel Temer e Jair Bolsonaro)”. Segundo ele, houve uma diminuição significativa dos recursos financeiros, do orçamento disponível e da força de trabalho nos órgãos responsáveis por prevenir e combater as crises ambientais. Gradualmente, essas instituições foram perdendo sua capacidade de atuação, avalia o ministro.

Ele disse também que os órgãos encarregados da resposta às crises foram especialmente afetados. O ministro afirma que no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, apresentado pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional, havia apenas R$ 25 mil alocados para a área de resposta, o que, na sua avaliação, era claramente insuficiente. “Se não fosse a articulação do presidente Lula em aprovar a PEC da Transição, você imagina como nós estaríamos fazendo a respostas à sociedade brasileira diante dos eventos que têm ocorrido”, afirmou.

 

CPMI DE 8/1 QUE ACABOU EM PIZZA TERÁ RELATÓRIO ALTERNATIVO DE SENADOR

 

História por Redação Itatiaia 

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) protocolou, na tarde desta sexta-feira (13), um relatório alternativo ao que será apresentado pela relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Outros parlamentares da oposição também estão trabalhando em um parecer paralelo, para apresentar na próxima terça-feira (16).

O relatório do líder do PSDB no Senado traz dois pedidos de indiciamento:

  • ao ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias
  • e ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

Na avaliação do parlamentar, houve omissão do governo federal em relação às invasões ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Palácio do Planalto.

Desvio de foco

À CNN, Izalci disse que “a CPMI não atingiu o seu objetivo principal” e que houve desvio de foco. Para o senador, a comissão já tinha “uma missão direcionada” e a relatora só cumpriu o que foi pré-determinado pelo governo.

O documento, que já está no sistema do Senado Federal, traz a análise dos depoimentos prestados e dos documentos apresentados durante os trabalhos da comissão.

Izalci pede, no documento, para que o Ministério Público Federal denuncie Flávio Dino pelos crimes de omissão imprópria, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, prevaricação, obstrução de justiça por fraude processual, obstrução de justiça por favorecimento pessoal, desobediência, crime de responsabilidade e improbidade administrativa.

O senador entende que o ministro não agiu corretamente ao receber informações antecipadas às ações dos criminosos. E que ocultou informações importantes ao não fornecer as imagens internas das câmeras de segurança do Palácio da Justiça, no dia das invasões, ao colegiado. No documento, destaca que o STF também solicitou as imagens.

Já ao ex-ministro do GSI, general Marco Edson Gonçalves Dias, são imputados os crimes de falso testemunho, falsificação de documento público, obstrução de justiça por fraude processual e obstrução de justiça por favorecimento pessoal.

Divergência

O relatório foi protocolado como “voto em separado”. O mecanismo é usado quando o autor do diverge do parecer dado pelo relator. Izalci disse à CNN que negocia com o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), tempo para apresentar o seu voto após a leitura do relatório de Eliziane.

Além do voto, também foram protocolados três projetos de resolução direcionados ao Senado Federal.

Os projetos apresentam sugestões do parlamentar para o que chamou de “aperfeiçoamento” do sistema que rege as comissões de inquérito instaladas no Congresso Nacional. A proposta alterar alguns pontos do regimento interno, com base na experiencia da CPMI.

Procurados, Gonçalves Dias e Flávio Dino não se manifestaram até a publicação desta reportagem.

EXÉRCITO EM DÚVIDA SE PROMOVE OU NÃO O EX-AJUDANTE DE ORDENS DE BOLSONARO A CORONEL

 

História por CÉZAR FEITOZA • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A turma da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) de 2000 é a próxima a entrar no ciclo de promoções a coronel, em 2024, e o tenente-coronel Mauro Cid estaria, pelo histórico nas Forças Armadas, entre os primeiros lugares na corrida pela terceira estrela de fundo dourado.

As suspeitas que pesam contra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), porém, trarão uma circunstância vista como inédita pelo Exército, que já provoca discussões na tentativa de evitar novos desgastes envolvendo militares.

De um lado, interlocutores do comandante da Força, general Tomás Paiva, avaliam que ele deve buscar alguma forma de segurar a promoção de Cid, que firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal em meio a uma série de investigações no período em que foi braço-direito de Bolsonaro -como nos casos das joias, de golpismo e de fraude à carteira de vacinação.

De outro, generais ouvidos pela Folha de S.Paulo dizem que Cid não poderia ficar sub judice e ter a promoção congelada porque não é réu.

As promoções estão previstas para abril, agosto e dezembro de 2024. Colegas de Cid ouvidos pela reportagem veem possibilidade de o ex-ajudante de ordens conseguir progredir na carreira na primeira oportunidade, já que é considerado o cabeça da turma.

Coroado com o 1º lugar do mestrado da ESAO (Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais), prêmio que fica exposto em medalha na farda de Cid, o tenente-coronel deve enfrentar resistência enquanto estiver sendo alvo da PF, mesmo com o acordo de delação premiada.

Qualquer decisão sobre o assunto, porém, só será tomada às vésperas do fim do processo de promoção, na expectativa de que a Polícia Federal já tenha concluído a investigação e o Ministério Público, oferecido denúncia sobre os casos que envolvem Cid.

A lei que define os critérios e processos para a promoção de oficiais das Forças Armadas é de 1972, período de endurecimento da ditadura militar, sancionada pelo general Emílio Garrastazu Médici.

O decreto que regulamenta as promoções é de 2001, período em que o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) tomava medidas duras de restrição orçamentárias e de benefícios dos militares.

Pelas normas do Exército, as promoções são analisadas pela Comissão de Promoções de Oficiais. O grupo é composto por 18 generais e presidido pelo chefe do Estado-Maior do Exército.

O colegiado analisa ao menos nove critérios básicos, como o rendimento escolar, o desempenho nos cargos ocupados e a capacidade de chefia e liderança.

Os militares que se tornam réus em processos criminais ficam sub judice e têm a carreira congelada à espera do julgamento.

No caso de Cid, que é delator mas nem sequer foi indiciado, a Comissão de Promoções de Oficiais pode alegar outros motivos para definir que o militar não está habilitado a concorrer à progressão da carreira.

Uma das decisões possíveis é excluir Cid da disputa ao posto de coronel sob o argumento de ser “incapaz de atender” aos requisitos estabelecidos como “conceito profissional e conceito moral”. A decisão final cabe ao comandante da Força.

Neste caso, o militar seria submetido a um Conselho de Justificação que julgará se ele é digno de pertencer à Força –com a possibilidade de expulsão do Exército.

A cúpula militar, no entanto, espera uma eventual condenação de Mauro Cid para instalar o Conselho de Justificação ou ver o militar ser expulso da corporação pelo STM (Superior Tribunal Militar).

A resolução do impasse é estudada por generais próximos ao comandante do Exército. Por outro lado, três colegas de Cid afirmaram à Folha que um possível veto à promoção do tenente-coronel seria uma decisão política que aumentaria a resistência dos militares à atuação da cúpula da Força.

“O Centro de Comunicação Social do Exército informa que, para fins de promoção, o Tenente-Coronel Mauro César Barbosa Cid se encontra nas condições previstas no Art. 35, da Lei 5.821, de 10 de novembro de 1972. A Comissão de Promoções ainda não iniciou a análise para o processo de promoção da referida Turma de formação”, disse o Exército, em nota, destacando o artigo que define quando um militar está proibido de disputar a promoção.

A reportagem não conseguiu contato com Mauro Cid.

Como a Folha de S.Paulo mostrou em janeiro, em perfil sobre Cid, o tenente-coronel recebeu do próprio general Tomás Paiva, em 2018, o aviso de que havia sido selecionado para chefia da ajudância de ordens do recém-eleito presidente Jair Bolsonaro.

À época, Tomás era chefe de gabinete do comandante Villas Bôas, que havia escolhido Cid para o cargo pelo fato de seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, ser amigo próximo de Bolsonaro desde quando ambos eram cadetes na turma de 1977 na Aman.

Quatro anos e dois meses depois, Tomás ligou novamente para Cid, já como o chefe do Exército, para avisar que o militar não assumiria mais o 1º BAC (Batalhão de Ações de Comandos), em Goiânia (GO), por decisão do presidente Lula (PT) e do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

O batalhão goiano é o principal das Forças Especiais, a tropa de elite do Exército, e assumir o disputado cargo de chefia do 1º BAC é sinal de que o caminho para o generalato está traçado.

Cid, porém, passou a responder a uma série de ações na Justiça pelo trabalho ao lado de Bolsonaro.

É investigado por participar da organização de uma live em que o ex-presidente fez ataques contra o sistema eleitoral; por suspeitas envolvendo a gestão de recursos da família presidencial; pela venda de joias de Estado, recebidas por Bolsonaro, após o fim do mandato de presidente; e pela falsificação de cartões de vacinação, para ingresso nos Estados Unidos.

Mauro Cid ficou preso por mais de quatro meses até ser solto, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), após o militar ter fechado um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

Ele precisa cumprir uma série de medidas restritivas, como evitar contato com outros investigados, usar tornozeleira eletrônica e comparecer semanalmente à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.

Com a delação, os investigadores pretendem avançar nas apurações sobre a venda das joias e os planos golpistas discutidos entre Bolsonaro, militares e aliados.

NEYMAR NÃO TEM O COMPORTAMENTO DE UM JOGADOR PROFISSIONAL

História por Teco Silva • Somos Fanáticos Brasil

Após empate da seleção brasileira, jornal espanhol faz um alerta para Neymar© Getty ImagesO jornal espanhol “Sport” avaliou Neymar.

A trajetória de Neymar nos últimos meses tem sido de altos e baixos, e sua carreira no futebol está passando por uma fase desafiadora. Tudo começou com a amarga derrota da seleção brasileira na Copa do Mundo em dezembro do ano passado, um evento que marcou profundamente o jogador.

Neymar na Arábia

Uma das mudanças mais significativas em sua carreira foi sua transferência do Paris Saint-Germain (PSG) para o Al-Hilal, um clube da Arábia Saudita. Essa mudança surpreendeu muitos, já que Neymar havia passado uma década na Europa, entre o Barcelona e o PSG, consolidando sua posição como uma das estrelas do futebol mundial.

Jornal espanhol fala sobre o desempenho de Neymar

Após o empate da seleção brasileira por 1 a 1 contra a Venezuela em um jogo pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O jornal espanhol “Sport” chegou a avaliar que o jogador estava abaixo do nível. Durante a partida, Neymar parecia não estar no melhor momento físico e demonstrou irritação, entrando em diversas discussões ao longo da partida.

“Neymar Júnior tinha consciência de que dar o passo para a Arábia provavelmente se tornaria uma espécie de aposentadoria de ouro. Nadando entre a abundância de petrodólares, mas com o risco de que a intensidade e a tensão nada tenham a ver com o que se vive a nível da Champions. Depois de alguns meses, é isso que parece estar acontecendo”, afirmou a publicação.

“O desempenho de ‘Ney’ tem sido muito ruim. Assim como vimos uma boa versão do atacante contra a Bolívia há algumas semanas, ontem à noite ele era uma sombra. Mau estado, sem faísca. E essa frustração ‘explodiu’ após a partida. Dizia-se que o brasileiro queria manter-se em forma e em destaque para liderar a ‘canarinha’ do Mundial de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá. Ele fará 34 anos. As coisas devem mudar muito”, completou o jornal.

Esses eventos recentes levantaram preocupações sobre o estado emocional e a motivação de Neymar no campo. Sua saída da Europa, um ambiente competitivo onde ele brilhou, para um clube na Arábia Saudita também gerou questionamentos sobre suas ambições e objetivos.

No entanto, apesar das dificuldades recentes, Neymar, aos 31 anos, ainda sonha em representar o Brasil na Copa do Mundo de 2026. A competição é uma oportunidade para ele se redimir das experiências anteriores e voltar a brilhar nos gramados. Para isso, ele precisará superar os obstáculos atuais, encontrar sua melhor forma física e manter o foco em seu objetivo.

Os fãs e observadores do futebol em todo o mundo aguardam ansiosamente para ver como essa história se desenrolará nos próximos anos, e se Neymar conseguirá alcançar o seu tão almejado sonho de conquistar a Copa do Mundo em 2026.

 

DISPUTA ACIRRADA PELA PRESIDÊNCIA DA ARGENTINA TEM MILEI NA FRENTE

História por Reuters 

Imagem combinada dos candidatos à Presidência da Argentina Sergio Massa, Patricia Bullrich e Javier Milei, em Buenos Aires REUTERS/Tomás Cuesta/Agustín Marcarián© Thomson Reuters

BUENOS AIRES (Reuters) – O candidato ultraliberal Javier Milei está liderando as pesquisas de intenção de voto antes da eleição presidencial de 22 de outubro na Argentina, mas a disputa continua acirrada entre os três principais candidatos, segundo três levantamentos.

Todas as três pesquisas mostraram o ministro da Economia, Sergio Massa, em segundo lugar e a candidata conservadora Patricia Bullrich em terceiro.

Duas das pesquisas mostraram os três candidatos dentro de um intervalo de 10 pontos percentuais, indicando que é provável que haja um segundo turno, já que nenhum deles deve garantir os votos necessários para vencer o pleito na primeira etapa.

Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa obter 45% dos votos, ou mais de 40% com uma vantagem de mais de 10 pontos sobre seu rival mais próximo.

Milei, um economista que obteve uma vitória surpreendente nas primárias de agosto com propostas radicais, tem entre 34% e 35% dos votos, de acordo com uma pesquisa da Opina Argentina. Massa tem entre 29% e 30%, enquanto Bullrich tem entre 24% e 25%.

Uma pesquisa da Synopsis Consultores mostrou Milei com 36,5%, seguido por Massa com 29,7% e Bullrich com 23,8%.

“O resultado está em aberto”, disse o analista da Opina Argentina, Facundo Nejamkis.

Em meio a uma crise econômica que colocou duas em cada cinco pessoas abaixo da linha da pobreza e fez com que a inflação anual atingisse 138%, as promessas de Milei de dolarizar a economia e fechar o banco central têm conquistado alguns eleitores desiludidos.

“Votei em Milei nas primárias e vou votar nele novamente. É uma mudança, alguém tem que remover os kirchneristas”, disse Gustavo Machado, um corretor de imóveis de 40 anos de Buenos Aires, referindo-se à força política ligada à atual vice-presidente e ex-presidente, Cristina Kirchner.

Para alguns eleitores, as políticas de Milei são radicais demais.

Nancy Moran, uma vendedora de frutas de 58 anos, disse que votará em Massa porque, com Milei, “o peso desaparecerá”.

A maioria dos institutos de pesquisa ainda não divulgou previsões para um possível segundo turno em 19 de novembro, embora Milei seja visto, de modo geral, como tendo a melhor chance de vencer.

(Por Nicolas Misculin)

 

EUA CONFIAM QUE O COMBUSTÍVEL DO FUTURO SERÁ O HIDROGÊNIO

História por Redação • Jornal Estadão

Planos para desenvolver um supercombustível limpo capaz de alimentar caminhões pesados, navios e fábricas de alta intensidade energética receberão um grande impulso nos Estados Unidos. O presidente Joe Biden anunciou planos de financiamento de uma rede de sete “centros” de hidrogênio limpo em todo o país nesta sexta-feira, 13.

A iniciativa de US$ 7 bilhões, que os funcionários da administração disseram que Biden irá anunciar em um evento em Filadélfia, tem como objetivo acelerar o desenvolvimento de infraestrutura que produzirá e fornecerá combustíveis avançados de hidrogênio, que especialistas dizem que podem ser um divisor de águas para a redução de emissões.

“À medida que o hidrogênio é implementado, ele pode reduzir as emissões de carbono totais nos Estados Unidos em 10 a 20%”, disse um alto funcionário da administração em uma ligação com repórteres, falando sob condição de anonimato para não antecipar o anúncio do presidente. O dinheiro será destinado a projetos de hidrogênio limpo em todas as regiões do país, desde a Costa do Golfo até o Noroeste do Pacífico.

No meio da agitação em torno do hidrogênio, também existem desafios profundos, pois ambientalistas alertam que, se a administração não impuser regulamentações rigorosas, este setor em crescimento poderia na verdade agravar o problema do clima. O combustível de hidrogênio, feito pela separação das moléculas de água, não é um combustível novo. Mas em sua forma atual, está longe de ser uma solução climática.

Geralmente, é produzido com enormes quantidades de combustíveis fósseis por meio de um processo que envolve a combinação de metano com vapor. Empresas de energia ao redor do mundo estão correndo para avançar uma versão mais limpa que possa ser produzida sem emissões, usando eletricidade limpa para separar as moléculas.

É uma tarefa que exige vastas quantidades de novas energias renováveis para alimentar o processo de fabricação, bem como potencialmente mais energia nuclear e uma enorme rede de instalações de armazenamento de carbono que possam capturar e enterrar emissões em locais onde o gás natural ainda é usado para produzir hidrogênio.

Foto:© Fornecido por Estadão

“Divisor de águas”

Os Estados Unidos estão investindo pesadamente na tecnologia, esperando dominar uma nova indústria de energia que se espera ser a espinha dorsal do transporte, transporte e manufatura futuros. “Isso é um divisor de águas”, disse Alan Krupnick, membro sênior do think tank de políticas energéticas Resources for the Future. “A escala disso será grande. Estes não são apenas projetos de demonstração.”

Biden anunciará os prêmios em um terminal de transporte em Filadélfia que está no centro de um dos projetos. Os centros são colaborações entre empresas, agências governamentais e universidades que buscam construir a nova infraestrutura massiva necessária para fabricar o combustível e entregá-lo aos usuários, como os grandes caminhões e navios de carga que passam pelo terminal de Filadélfia.

É um empreendimento potencialmente lucrativo para as empresas envolvidas, com o Departamento de Energia escolhendo no final os sete projetos de um grupo maior de 33 parcerias que buscavam os subsídios. Mas também é um empreendimento repleto de desafios logísticos, controvérsias políticas e riscos financeiros.

Há um acalorado debate entre grupos ambientalistas, desenvolvedores de projetos e sindicatos sobre como os subsídios são utilizados e se devem ser limitados a projetos que possam cancelar completamente as emissões. Os prêmios anunciados na sexta-feira certamente decepcionarão muitos ativistas do clima, já que financiam vários projetos que – pelo menos em estágios iniciais – são alimentados com a ajuda de combustíveis fósseis.

“Isso tem o potencial de ser transformador”, disse Oleksiy Tatarenko, que se concentra em hidrogênio na RMI, um grupo de defesa de energia limpa. “Mas precisamos acertar desde o primeiro dia. Precisamos garantir que este hidrogênio possa demonstrar benefícios climáticos.”

Autoridades da indústria e sindicatos argumentam que é essencial impulsionar a tecnologia de forma acessível, dando às empresas alguma flexibilidade na forma como alimentam a produção do combustível. Eles dizem que as empresas compartilham o objetivo de eliminar completamente as emissões da produção de hidrogênio e que aquelas que não se movem nessa direção rapidamente terão dificuldades em vender seu produto.

Projetos

Os projetos selecionados pela administração Biden representam todas as regiões do país. O maior está no Texas, onde desenvolvedores na área de Houston têm como objetivo mitigar as emissões de hidrogênio feito com combustíveis fósseis, capturando e enterrando-as. O projeto também usaria energia renovável para produzir hidrogênio “verde” sem emissões a partir de eletricidade.

O centro de hidrogênio da Califórnia visa distribuir combustível limpo desde a área de Los Angeles até o norte da Califórnia, conectando portos de transporte importantes onde caminhões pesados podem ser alimentados pelo novo combustível. O projeto na Califórnia também visa alimentar o transporte público com o combustível.

Em outros lugares, o objetivo será fornecer hidrogênio limpo para fábricas de cimento ou aço, que são intensivas em energia e representam um dos desafios climáticos mais difíceis. Três dos centros são designados para o cinturão industrial que se estende desde a Appalachia até o Meio-Oeste. Eles incluem um baseado em West Virginia, lar do Senador Joe Manchin III (D), que foi um defensor da Lei de Redução da Inflação, o pacote legislativo multibilionário que inclui alguns dos subsídios lucrativos para o hidrogênio.

Um centro baseado em Gary, Indiana, usaria energia nuclear para fabricar hidrogênio sem criar novas emissões. Outro baseado em Dakota do Norte e estendendo-se para Estados vizinhos procura aproveitar os recursos eólicos da área para produzir combustível de hidrogênio, além de ajudar a indústria agrícola a produzir fertilizantes amigos do clima.

O Noroeste do Pacífico também está recebendo um centro de hidrogênio limpo, que se concentrará na redução de emissões de navegação e no desenvolvimento de novas tecnologias para tornar a produção de hidrogênio livre de emissões mais acessível.

Enquanto os subsídios de cerca de US$ 1 bilhão ajudarão a impulsionar os centros, seu sucesso final pode depender de outro subsídio que a administração Biden está lutando para finalizar. A estrutura de um novo benefício fiscal destinado aos fabricantes de hidrogênio de zero emissões foi adiada devido ao desacordo entre ambientalistas e empresas sobre quem deve se qualificar. A expectativa é de que a administração revele essas diretrizes nas próximas semanas./WP Bloomberg

 

ESTADO GRANDE E GASTADOR NÃO FAZ BEM AOS CIDADÃOS

 

História por Notas & Informações • Jornal Estadão

Tende a não terminar bem, isto é, a não gerar bons resultados para a sociedade, qualquer debate sobre o “tamanho ideal” do Estado que acabe poluído pela falsa dicotomia entre “Estado grande” e “Estado mínimo”. Em geral, os defensores da ideia segundo a qual o Estado é o dínamo por excelência do desenvolvimento do País – e por isso deve ter uma estrutura igualmente ambiciosa – e aqueles que advogam que ao Estado caberia cuidar apenas do mínimo necessário para que a iniciativa privada possa florescer disputam um jogo de soma zero.

Como este jornal há muito defende, o caminho mais promissor para levar o País de volta aos trilhos do desenvolvimento econômico e social passa longe desses extremos. Passa, sim, pela construção de um consenso em torno do que seja um Estado eficiente na gestão dos recursos públicos. E por eficiência, na prática, entenda-se a capacidade do Estado para atender às necessidades dos cidadãos por serviços públicos elementares para uma vida digna gerindo o Orçamento de forma racional e absolutamente transparente.

Sabe-se que o Estado é grande demais porque não perde uma oportunidade de se fazer notar, das mais diversas formas, na vida dos cidadãos e das empresas. Sabe-se também que o Estado gasta muito – 12% do Produto Interno Bruto (PIB) apenas com servidores –, o que resulta em uma das mais altas cargas tributárias do mundo. Entretanto, nem uma coisa nem outra levam os cidadãos a perceber que têm sido bem atendidos quando precisam do Estado. E a razão para isso é simples: de fato, não estão. O Estado é ineficiente na medida exata de seu gigantismo, sorvedouro de recursos públicos que é para a sua manutenção – incluindo um rol de privilégios para a nata do funcionalismo –, não para a prestação de serviços públicos com qualidade.

Desde ao menos 1930, esse modelo de desenvolvimento que dá primazia ao Estado como vetor do crescimento nacional tem se mostrado falho, como bem notou o sociólogo Bolívar Lamounier em recente artigo neste jornal (O jeito cubano de Lula, 7/10/2023). Na Presidência da República, convém lembrar, está alguém que ainda acredita firmemente nessa ideia que não só é anacrônica, como também é altamente prejudicial ao País. Só isso basta para mostrar quão difícil é a tarefa dos que se dispõem a resistir às forças políticas estatizantes que fazem do Estado refém de suas agendas particulares.

Não haveria momento mais oportuno para os diversos setores da sociedade se dedicarem à reflexão sobre a eficiência do Estado – um tema que não é novo, mas que poucas vezes foi tão urgente, dados os inauditos desafios econômicos, sociais, ambientais e geopolíticos que se põem diante do País.

Duas das mais importantes reformas estruturantes para o Brasil, a tributária e a administrativa, ora tramitam no Congresso. E uma está intimamente ligada à outra. A reforma tributária, já aprovada pela Câmara e em discussão no Senado, trouxe avanços dos mais significativos para acabar com o manicômio tributário brasileiro. A reforma administrativa, embora ainda careça de um delineamento mais fino de seu escopo, também tem potencial para avançar sobre pontos considerados intocáveis até pouco tempo atrás, como a questão da avaliação de desempenho dos servidores e, quiçá, o fim da estabilidade no serviço público para cargos que não sejam típicos de Estado.

Mas, para ser bem-sucedida, a reforma administrativa não pode se circunscrever à mera modificação de um punhado de normas na gestão de recursos humanos no serviço público. A abordagem deve ser muito mais qualificada, orientada pela própria definição do Estado que a sociedade deseja quando fala, por meio de suas organizações ou de seus representantes eleitos, em Estado eficiente. E como o Estado não é composto apenas pelo Poder Executivo, por óbvio uma boa reforma administrativa há de contemplar, também, os Poderes Legislativo e Judiciário.

Não é assim, porém, que o tema tem sido conduzido pelo governo e pelo Congresso. Mas é como deve ser, caso a sociedade queira contar adiante com um Estado enxuto e eficiente sempre que precisar.

CRISE NO MERCADO DE BENS DE LUXO

  Brasil e Mundo ...