quinta-feira, 12 de outubro de 2023

ISRAEL VAI INVADIR GAZA

 

História por Feras Killani – Do serviço mundial da BBC em Nahal Oz, na fronteira com a Faixa de Gaza • BBC News Brasil

A tensão em Gaza diante da possível invasão por terra das tropas de Israel© BBC

O barulho no céu soa como o de um caça a jato, mas de repente dois pontos vermelhos surgem no ar: é o sistema de defesa aérea Domo de Ferro de Israel entrando em ação.

Os mísseis atingiram o alvo, transformando dois foguetes disparados pelo Hamas em nuvens de fumaça marrom.

No entanto, muitos outros atingiram seus alvos, durante o conflito Israel-Hamas

Na noite de terça-feira (10/10), a cidade de Ashkelon e outras áreas fronteiriças no sul de Israel enfrentaram um intenso ataque depois que o Hamas disse que os moradores deveriam deixar a cidade portuária até 17h.

Cicatrizes do ataque

Estamos perto da cidade de Nahal Oz, a cerca de 2 km da Faixa de Gaza – e tão perto quanto os militares israelitas permitem. As evidências de conflito com o Hamas estão por toda parte.

No chão, há cartuchos de balas dos tiros disparados no sábado (7/10), quando os integrantes do Hamas lançaram o ataque.

Perto dali, roupas manchadas de sangue estão espalhadas pela estrada, carros destruídos ocupam uma rotatória e o corpo de um combatente do Hamas foi deixado ao ar livre.

O número de mortos em Israel atingiu 1.200 – as Forças de Defesa de Israel afirmam que a “esmagadora” maioria é composta por civis.

Andando pela calçada, com o celular colado ao ouvido, está Israel Dokarker. Ele está procurando por sua filha, Kim. Ele teve notícias dela pela última vez às 7h50 de sábado.

Israel Dokarkar não teve notícias de sua filha, Kim, desde que ela participou de um festival de música que foi alvo do Hamas© BBC

Da cidade de Yavne, cerca de 50 km a nordeste, ele vem aqui todos os dias desde o ataque, em busca de qualquer sinal de Kim. Ela tinha ido com um grupo de amigos ao festival de música perto de Gaza, onde se sabe que mais de 250 pessoas foram mortas.

“Ela não foi identificada; eles não podem confirmar se ela está morta”, diz ele. “Estou aqui apenas para procurá-la.”

Às 6h, Kim decidiu sair da festa com seus amigos, mas as sirenes de alerta dos ataques com foguetes os fizeram retornar e se dirigirem para um abrigo no entroncamento rodoviário – uma das milhares de áreas de proteção em Israel.

Eles não tinham ideia de que os combatentes do Hamas atravessavam a fronteira em sua direção.

A filha de Israel, Kim, está desaparecida após participar de um festival de música perto da fronteira de Gaza© BBC

“A última vez que ela ligou, ela também nos enviou uma notificação sobre sua localização”, diz Israel. “Tentei rastrear a localização do telefone, mas a conexão foi cortada.”

Kim é a filha mais velha dos três filhos de Israel.

“Ela é uma garota encantadora”, diz ele. “Ela sempre respeitou o pai e a mãe e nos deu tudo o que queríamos. Criamos uma filha maravilhosa. Espero sinceramente que ela ainda esteja conosco.”

Concentração de forças

Blindados israelenses perto da fronteira de Gaza antes de uma possível invasão terrestre© BBC

A metros de Israel Dokarkar, um tanque Merkava de 65 toneladas desce a rua enquanto ele fala.

Há mais cinco tanques só nesta estrada e passamos por dezenas no caminho para este local.

Parece quase certo que a resposta à dor causada a homens como Israel envolverá uma invasão terrestre de Gaza, liderada por blindados como este.

A área já está sendo atingida por um terrível bombardeio aéreo.

Al-Rimal, um dos bairros mais prestigiados da Cidade de Gaza, tornou-se um símbolo disso.

Prédios inteiros desabaram em escombros; outros ainda estão de pé, mas estão com fumaça. Vidros quebrados cobrem as ruas.

Toda Gaza foi isolada, com o fornecimento de água e eletricidade de Israel cortados e bens como alimentos e combustível incapazes de atravessar a fronteira após bloqueio por Israel.

Muitos residentes de Al-Rimal fugiram, juntando-se aos cerca de 260 mil habitantes de Gaza que já não vivem nas suas próprias casas.

Autoridades palestinas dizem que mais de 900 pessoas foram mortas em represálias israelenses.

Acredita-se que o número real possa ser muito maior, à medida que as autoridades têm dificuldade de vasculhar os escombros da campanha aérea sem precedentes.

Gaza sofreu bombardeamentos aéreos devastadores© BBC

Também em Gaza estão os reféns detidos pelo Hamas após o ataque de sábado a Israel.

Mas é pouco provável que estes reféns impeçam uma invasão terrestre pelas forças israelenses – a dimensão da concentração militar ao longo da fronteira deixa isso claro.

Seria uma operação incrivelmente difícil. Desde 2014, o Hamas escavou uma enorme rede de túneis sob Gaza, com cerca de 30 a 40 metros de profundidade, com até baterias de foguetes escondidas sob a superfície.

Os combates envolvidos numa operação terrestre poderiam matar um número incontável de civis palestinos.

E as vidas que seriam perdidas nesse ataque, juntamente com as já perdidas na campanha de bombardeamento, poderão escrever a última linha da história do domínio do movimento Hamas sobre a Faixa de Gaza, que começou em 2007.

EUA APOIAM INTEGRALMENTE ISRAEL

 

História por Mariana Sanches – Da BBC News Brasil em Washington • BBC News Brasil

Por que os EUA apoiam Israel?© Getty Images

“Esta não é uma tragédia distante – os laços entre Israel e os Estados Unidos são profundos”, afirmou o presidente americano Joe Biden na terça, 10/10, em uma de suas várias manifestações desde que, no último 7/10, o grupo militante palestino Hamas lançou um ataque sem precedentes em 50 anos no sul de Israel.

Em outras declarações, Biden também disse que o apoio dos EUA à segurança de Israel “é sólido e inabalável”, “que faremos tudo para que Israel possa se defender” e que os americanos caminham “ombro a ombro com os israelenses”.

As palavras de Biden tem sido acompanhadas de ações: em quatro dias de crise, o presidente americano falou ao telefone três vezes com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou o envio do mais moderno porta-aviões da marinha americana, o Gerald Ford, à região do Oriente Médio, autorizou reforços para o Domo de Ferro, o escudo anti-aéreo israelense, remeteu um navio recheado de munições que chegou ao território israelense na terça, 10/10, e decidiu despachar seu secretário de Estado, Antony Blinken, a Tel Aviv nos próximos dias. O presidente americano adiantou também que pedirá ao Congresso americano a aprovação de um pacote de auxílio militar a Israel.

Nem o tom de indignação de Biden nem sua rápida movimentação para apoiar militarmente o aliado do Oriente Médio, a quem chamou de “parceiro fundamental”, é uma novidade no cenário político dos EUA. Tampouco os 14 americanos mortos na ação do Hamas e os prováveis 20 reféns dos EUA ainda sob controle dos militantes palestinos, segundo informações do governo americano, explicam a atual reação de apoio inequívoco a Israel. Esta é uma postura americana de décadas.

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, Israel é o país do mundo que mais recebeu, cumulativamente, recursos dos EUA. Entre 1946 e 2023 foram estimados US$ 260 bilhões (o equivalente a mais de R$1,3 trilhão), segundo um relatório do Congresso americano publicado em março deste ano. Mais da metade desse montante foi designado como auxílio militar.

Mas o apoio dos EUA não se restringiu a atos financeiros bilaterais. Membro permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), os EUA usaram repetidamente seu poder de veto para barrar admoestações ou sanções a Israel por suas sucessivas ocupações ao território autônomo palestino.

“Na história do Conselho, os EUA vetaram mais de 80 vezes. Em mais da metade delas, os americanos fizeram isso para blindar os israelenses de críticas internacionais. E devo mencionar que, em geral, os EUA foram o único voto (de um total de 15) contrário neste tema no Conselho de Segurança da ONU”, afirmou à BBC News Brasil Stephen Zunes, professor de política e fundador do Centro de Estudos do Oriente Médio da Universidade de San Francisco, na Califórnia.

Embora sempre tenha formalmente defendido a solução dos dois Estados – um israelense e um palestino -, na prática, os americanos pouco se moveram pra pressionar Israel por essa solução.

“Historicamente, enquanto a maioria dos países critica os ataques terroristas do lado palestino e o bombardeio israelense contra alvos civis, acreditando que é errado matar civis seja por ação de artilharia de exército, seja com homem-bomba, os EUA criticam quase que exclusivamente o lado palestino, sem mencionar Israel”, nota Zunes, que há décadas acompanha os posicionamentos americanos em relação a Israel e à Palestina.

Durante o governo do republicano Donald Trump (2017-2021), os EUA se afastaram do compromisso histórico por dois Estados e seu sucessor, o democrata Joe Biden, jamais atuou decisivamente para reabrir esta negociação. Ao contrário, Biden tem tentado ajudar na normalização das relações entre países árabes e Israel, travada há décadas justamente pela indefinição na criação de um Estado palestino, deixando a questão palestina à margem. A mais recente negociação é de um acordo de relações diplomáticas entre Arábia Saudita e Israel, cujo destino é incerto diante do novo conflito entre israelenses e palestinos.

Em suas manifestações desde os ataques do Hamas, Biden tem evitado qualquer crítica direta a potenciais excessos da contra-ofensiva israelense, já sinalizados pela ONU e pela União Europeia. Israel cortou o abastecimento de água, energia elétrica, combustível e alimentação para a Faixa de Gaza, área densamente povoada por civis e sob intenso bombardeio. “EUA e Israel são democracias. E democracias são mais fortes quando seguem a lei”, disse Biden nesta terça, no que soou como uma indireta advertência para que o aliado evite crimes de guerra.

“Os governos americanos chegam a culpar os próprios palestinos por serem mortos por Israel e já se voltaram contra a Anistia Internacional, a Human Rights Watch, o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas e mesmo o Tribunal Penal de Haia, que denunciaram a ocupação israelense na Cisjordânia como uma violação dos direitos humanos e do direito internacional. Então, de muitas maneiras, o apoio dos EUA a Israel é muito maior do que já foi dado a qualquer outro país e fere a posição americana internacional para poder criticar, por exemplo, a ocupação russa na Ucrânia”, analisa Zunes, mencionando a expansão de assentamentos judaicos em território considerado palestino em comparação com a ocupação por Moscou do território ucraniano.

Mas, afinal, quais são as origens dos “laços profundos” citados por Biden entre Israel e EUA que explicam o posicionamento americano?

Em quatro dias de crise, Biden falou ao telefone três vezes com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu© Getty Images

Raízes históricas

Os EUA foram o primeiro país do mundo a reconhecer o Estado de Israel como uma nação soberana, em 1948. Os horrores do Holocausto, que massacrou estimados 6 milhões de judeus, geraram um contexto internacional que facilitou a fundação do Estado israelense em uma região já densamente povoada há séculos por árabes palestinos.

A demanda de parte da comunidade judaica por uma nação própria, no entanto, já existia antes do massacre produzido pelo regime alemão nazista de Adolf Hitler. Desde o começo do século 20, o movimento sionista se articulava em defesa da criação de um Estado para o povo judeu na área ocupada na Antiguidade, antes da diáspora histórica. Em 1946, EUA e Reino Unido já sugeriam a divisão da área palestina entre árabes e judeus, resolução que a ONU viria a adotar um ano mais tarde.

Ao final da Segunda Guerra Mundial, EUA e União Soviética surgiram como as grandes potências mundiais, disputando protagonismo na organização do mundo pós-guerra e áreas de influência global.

Com a maior população judia do mundo naquele momento, os EUA foram rápidos em se posicionar a favor do novo país. Atualmente, estimativas indicam que Israel possui cerca de 6,5 milhões de judeus, enquanto os EUA têm uma comunidade de cerca de 6 milhões de judeus.

Ao longo das décadas seguintes, as relações entre as duas comunidades judaicas se mostrou intensa. Uma pesquisa, feita pelo Instituto Pew Research em 2021, mostrou que 1 em cada 4 judeus americanos já morou em Israel ou esteve no país múltiplas vezes.

No mesmo levantamento, quase 6 em cada dez judeus americanos se disseram muito ou razoavelmente ligados emocionalmente a Israel. “Certamente a conexão entre as duas sociedades é um motivo válido para explicar esse apoio histórico americano”, diz Zunes.

Guerra ao Terror

Segundo Zunes, o fator empatia certamente entra também na conta do apoio. Quando Netanyahu compara o ataque do Hamas aos atentados de 11 de setembro de 2001, o maior assalto ao território americano desde a investida japonesa em Pearl Harbor, na Segunda Guerra Mundial, o premiê israelense mobiliza sentimentos poderosos nos americanos, de um trauma coletivo gerado pela derrubada de aviões sobre alvos estratégicos pela organização fundamentalista islâmica sunita Al-Qaeda.

O fato de que nos dois casos os autores das ações eram grupos fundamentalistas islâmicos também facilita a identificação da sociedade americana com o sofrimento dos israelenses.

Ao responder aos ataques, os EUA lançaram a chamada “guerra ao Terror”, usada como justificativa para as invasões do Afeganistão e do Iraque. Nos dois países, os regimes locais foram derrubados, e o que se seguiu foi uma enorme dificuldade de estabelecer novos governos e de se retirar garantindo estabilidade à área. A estratégia acabou considerada falha pelos próprios americanos e trouxe enormes custos domésticos e internacionais ao país.

Há quem veja no atual momento de Israel, avaliando uma possível incursão por terra em Gaza, como uma potencial repetição, em menor escala, da história protagonizada pelos americanos em mais de 20 anos de Guerra ao Terror.

“Se o impacto psicológico sobre os israelenses do que aconteceu (no dia 7) é semelhante ao impacto psicológico do 11 de Setembro sobre os americanos, então é imperativo que Israel não cometa os mesmos erros que os EUA cometeram na sua resposta ao 11 de Setembro”, afirmou em seu perfil no X (ex-Twitter) o professor Dox Waxman, do Centro de Estudos de Israel da Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA). Waxman segue:

“Em particular, a invasão do Afeganistão pelos EUA levou a duas décadas de ocupação e insurgência (e não destruiu a Al-Qaeda). Se as Forças de Defesa de Israel acabarem por invadir Gaza e derrubar o regime do Hamas, também poderão acabar por ocupar Gaza e enfrentar uma insurgência prolongada. Será mais fácil entrar do que sair, como os EUA aprenderam da maneira mais difícil”.

Minoria poderosa

Embora os judeus sejam uma minoria na sociedade americana, ela é economicamente e educacionalmente poderosa em relação à média dos cidadãos dos EUA. Outra pesquisa do Pew Research, de 2020, mostrou que metade dos judeus americanos têm renda familiar acima de US$ 100 mil anuais, enquanto entre os americanos em geral, o percentual com esta mesma renda atinge apenas 19%. E 23% dos judeus têm renda familiar superior a US$ 200 mil anuais, contra só 4% dos adultos americanos.

Além disso, 36% dos judeus americanos têm não apenas o terceiro grau completo, mas concluíram uma pós-graduação, contra 14% da população americana em geral.

Como elite econômica e intelectual, os judeus encontraram também caminho na política. Eles estão super-representados no congresso americano: na atual legislatura, 34 congressistas, ou 6,4% dos parlamentares, se declaram judeus, enquanto a parcela da população americana auto-declarada judia não ultrapassa 2%.

O grupo lobista American Israel Public Affairs Committee (AIPAC) é reconhecido como um dos mais poderosos a atuar na política americana. No ano passado, o grupo foi acusado de investir milhões de dólares nas primárias democratas para as eleições de meio de mandato do Congresso para derrotar políticos de esquerda com posicionamento pró-palestina. O grupo afirmou que sua atuação sempre foi bipartidária e em defesa dos interesses de Israel.

Ainda assim, cientistas políticos defendem que é um mito falar no voto judeu como algo decisivo, um fator de desequilíbrio capaz de mobilizar as decisões geopolíticas de Washington.

Em 2019, pouco antes das eleições que deram a Biden a vitória sobre Trump, o cientista político do Gallup Institute Frank Newport demonstrou estatisticamente que, embora o republicano parecesse muito dedicado em cativar o eleitorado judeu, parecia improvável que ele pudesse chegar a vitória apenas conquistando esta fatia do eleitorado.

“Como os judeus têm um perfil educacional mais elevado do que a média da população e como a participação eleitoral é influenciada pela escolaridade (quanto maior, mais chance de o eleitor votar), os judeus nos EUA têm uma ligeira maior participação eleitoral. Mas mesmo levando isso em conta, e admitindo que o voto judaico possa ser importante em algumas áreas específicas de alguns Estados (como Flórida e Pensilvânia), é evidente que o voto judaico não fará uma grande diferença nas próximas eleições presidenciais”, escreveu Newport, em uma análise que segue válida para o pleito do ano que vem.

Mesmo que os votos não sejam decisivos, a ressonância política das pautas pró-Israel não deve ser ignorada. E não é. “Três dos presidentes que mais avançaram a agenda sionista, Richard Nixon, George W. Bush e Donald Trump, não contaram com aberto apoio da comunidade judaica, mas nem por isso deixaram de atuar em prol dela”, diz Zunes.

Estratégia geopolítica

Há 40 anos, o secretário de Estado dos EUA Alexander M. Haig, apontado pelo então presidente Ronald Reagan, cunhou a seguinte definição sobre o aliado do Oriente Médio: “Israel é o maior porta-aviões americano, é inafundável, não carrega nenhum soldado americano e está localizado numa região crítica para a segurança nacional dos EUA”.

Para boa parte dos analistas da relação EUA – Oriente Médio, a descrição segue perfeitamente atual e a estratégia geopolítica é, na avaliação dele, a principal explicação para o apoio praticamente incondicional dos EUA a Israel.

“O Oriente Médio tem sido de central importância para os EUA, à medida que sucessivos governos perseguiram um amplo conjunto de objetivos inter-relacionados, incluindo garantir recursos energéticos vitais, afastar a influência soviética e iraniana, garantir a sobrevivência e segurança de Israel e dos aliados árabes, combater o terrorismo, promover a democracia e reduzir os fluxos de refugiados”, resumiu Kali Robinson, especialista em Oriente Médio do Council of Foreign Relations, em um artigo de julho de 2023 sobre as políticas americanas no conflito Israel-Palestina.

O Irã, uma teocracia islâmica com grande influência na região e um controverso programa nuclear, é o principal antagonista americano na região. E aliado histórico do Hamas, o grupo palestino responsável pelos ataques ao território israelense. Embora tanto israelenses quanto americanos tenham se permitido especular publicamente sobre a possibilidade de que o Irã estivesse por trás da organização e financiamento do ataque à Israel, até o momento a inteligência americana não encontrou ligações diretas entre o país dos aiatolás e o grupo militante palestino. Recentemente, o Irã estreitou laços tanto com a China quanto com a Rússia, o que aumentou ainda mais a importância de ter Israel como um enclave americano na área.

“Israel tem uma poderosa Força Aérea, eles controlam essencialmente os céus na região. São eles que ajudaram a suprimir movimentos revolucionários de esquerda e islâmicos no Líbano, na Jordânia e em outros países. Eles testam em campo de batalha os equipamentos militares americanos. O Mossad, a inteligência israelense, e a CIA têm cooperado na obtenção de informações e em operações secretas. Israel chega até a financiar armas a terceiros que os EUA, por razões políticas, não podem apoiar diretamente, como os contras da Nicarágua, a junta da Guatemala e, mais recentemente, os paramilitares colombianos. Eles desempenham quase que um papel de laranjas ou de despachantes em relação aos interesses americanos na área”, afirma Zunes.

Conexões ideológicas

Apoiadores do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyah, durante o discurso dele na Assembleia Geral das Nações Unidase, em setembro de 2023, em Nova York© Getty Images

Diante do cenário em que pouquíssimos assuntos são capazes de mobilizar apoio bipartidário na política americana, o suporte a Israel é, por enquanto, uma dessas raridades que congrega Democratas e Republicanos. Nos dois casos, motivos ideológicos explicam o entusiasmo.

“Entre uma geração mais velha de liberais americanos há um apego sentimental a Israel, em que israelenses são vistos como pessoas perseguidas que finalmente fundaram seu próprio Estado depois de séculos de exílio. E fundaram um país historicamente progressista, embora não recentemente e não com os palestinos, mas uma social-democracia, um estado de bem-estar generoso muito diferente das reacionárias ditaduras árabes ao seu redor”, diz Zunes.

Segundo o cientista político da Universidade de San Francisco, em alguma medida, Israel espelha o mito fundador dos próprios EUA, um país formado por colonos perseguidos religiosos que construíram com suas próprias mãos uma nova terra próspera e livre.

Essa imagem idílica do país, no entanto, têm perdido apoio entre as novas gerações. Segundo um levantamento do Pew Research de julho de 2022, enquanto 67% dos americanos com mais de 65 anos e 60% daqueles entre 50 e 64 anos têm opiniões positivas sobre Israel, apenas 41% dos americanos entre 18 e 29 anos sustentam as mesmas ideias. Entre as razões para o declínio estão as crescentes políticas religiosamente ortodoxas e autoritárias de governos direitistas, como o de Netanyahu, e o avanço contínuo de Israel sobre a Cisjordânia.

Para Zunes, porém, a rejeição do eleitorado mais jovem ao comportamento israelense não se traduziu ainda na política de Washington porque a arena política americana segue sendo dominada pelos pais e avós desses jovens.

No lado oposto do espectro político, Israel renovou seu apoio junto aos cristão evangélicos dos EUA, que representam pouco menos de ⅓ da população do país. Esse eleitorado, majoritariamente trumpista, ajuda a explicar o apego de Trump à pauta israelense, mesmo que ele nunca tenha contado com a simpatia da comunidade judaica americana.

“Os evangélicos cristãos de direita veem a questão de Israel como uma manifestação da profecia bíblica necessária para o retorno de Jesus Cristo à Terra. Eles vêem a luta entre Israel e os palestinos como uma continuação da luta entre os israelitas e os filisteus”, afirma Zunes, referindo-se ao Velho Testamento. Fenômeno semelhante têm se repetido com evangélicos no Brasil. Lideranças evangélicas brasileiras têm tomado partido em favor de Israel e justificado posicionamentos políticos de apoio à direita bolsonarista com base em interpretações bíblicas.

GOVERNO LULA IGNORA HÁ 6 MESES OSÍNDIOS MUNDURUCU

 

História por VINICIUS SASSINE • Folha de S. Paulo

MANAUS, AM (FOLHAPRESS) – O governo Lula (PT) ignora há quase seis meses uma recomendação do MPF (Ministério Público Federal) para que o Ministério da Saúde declare emergência em saúde pública na região do rio Tapajós onde está a Terra Indígena Mundurucu, no Pará. O pedido da Procuradoria da República foi feito em razão da sistemática contaminação de indígenas por mercúrio de garimpos ilegais.

A recomendação foi feita em 19 de abril de 2023. Documentos encaminhados pelo governo ao MPF mostram que uma emergência em saúde pública de interesse nacional não foi cogitada pelo ministério, conforme o conteúdo desses ofícios, enviados em junho e julho.

Procurado, o Ministério da Saúde não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Em um dos documentos, o Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) Rio Tapajós afirmou que seria “pouco efetiva” uma intervenção da Força Nacional do SUS, formada por profissionais de saúde e convocada em situações de emergência, como a vivida na Terra Indígena Yanomami. Neste território, houve atuação da força.

O MPF recomendou que a Força Nacional do SUS seja usada para testagem da população munduruku exposta ao mercúrio, como forma de obtenção de um “diagnóstico minimamente concreto da gravidade da exposição”. Para o Dsei, é necessário que haja definição de protocolos e fluxo de pacientes, o que garantiria o monitoramento dos casos.

Em 25 de setembro, a Procuradoria no Pará concluiu que o Ministério da Saúde não acatou as recomendações feitas.

“Não há dados sobre a realização de monitoramento dos peixes, sobre a ampliação a testagem dos níveis de mercúrio nas pessoas que vivem em áreas impactadas pelo garimpo, com a priorização de gestantes e crianças menores de cinco anos”, afirmou o MPF. Também não há acompanhamento de pessoas intoxicadas pelo metal pesado, afirmou a Procuradoria.

“Percebe-se que ainda não há políticas públicas de saúde indígena bem definidas para a prevenção e o monitoramento dos indígenas cujos índices de mercúrio no organismo superam os limites recomendados pela OMS [Organização Mundial de Saúde]”, cita a análise feita pelo MPF a respeito da primeira recomendação.

Houve reiteração sobre a necessidade de declaração de emergência em saúde pública. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi oficiada pelo MPF no último dia 2, para que explique se acatou ou não a recomendação.

No último sábado (7), reportagem publicada pela Folha de S.Paulo mostrou as consequências do avanço de garimpos ilegais na terra Mundurucu, a partir da entrada de escavadeiras hidráulicas de 2019 em diante. A intensidade da exploração ilegal de ouro explodiu durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), em razão do estímulo a invasores nos territórios tradicionais.

Os garimpos desorganizam as comunidades mundurukus, geram conflitos internos, engolem roças das aldeias, enlameiam os rios, despejam mercúrio na água e adoecem os indígenas, com avanço de malária e diarreia.

O mais grave, porém, é o aumento de casos de crianças e mulheres com doenças neurológicas, o que pode estar conectado à intoxicação por mercúrio.

Meninos e meninas mundurukus têm retardo mental grave e atraso de desenvolvimento, um quadro que pode estar associado à contaminação das mães por mercúrio e que precisa de investigação, segundo profissionais de saúde que acompanham a situação dos indígenas.

Em uma das aldeias onde a reportagem esteve —a Katõ, a principal do rio Kabitutu—, três meninas, de dois a sete anos, têm “retardo mental grave”, “atraso do desenvolvimento psicomotor” e “transtornos globais de desenvolvimento”, como consta em prontuários.

As famílias recorrem a pajés da aldeia e de comunidades vizinhas em busca de respostas para a saúde das crianças. Há dificuldade de assistência médica em razão do isolamento e das distâncias –parte das famílias vai até Santarém (PA), e para isso é preciso percorrer os rios Kabitutu e Tapajós até Jacareacanga (PA), o que pode levar cinco horas, e mais 760 km até Santarém.

O governo Lula vem protelando a retirada de invasores da terra Mundurucu, que circulam livremente por rios e aldeias. Garimpos cercam as comunidades e seguem ativos.

Em nota, o MPI (Ministério dos Povos Indígenas) afirmou que uma desintrusão é decidida por um comitê interministerial, não somente pela pasta. “As desintrusões envolvem ações de segurança pública, fiscalização ambiental, promoção à saúde indígena e emprego de logística militar”, disse.

Estão em curso três desintrusões —nas terras indígenas Yanomami, Apyterewa e Rio dos Índios— e ações preparatórias para plano de proteção da terra Vale do Javari, conforme o ministério. “A abertura de novas frentes de ações perpassa por uma apuração mais detalhada do comitê.”

A reportagem publicada foi o segundo capítulo da série “Cerco às Aldeias”, que mostra a infestação de garimpos até o quintal das comunidades.

O primeiro capítulo mostrou a realidade da terra Kayapó, o território mais devastado pela exploração ilegal de ouro no país. Crateras cercam as aldeias, há conivência por parte de grupos de indígenas e cobrança de taxa para ingresso de escavadeiras. Lideranças de aldeias tentam alternativas à atividade predatória, como o crédito de carbono.

No caso da terra Mundurucu, já houve um primeiro mapeamento de 111 indígenas que precisavam de atendimento médico em Santarém, em razão de problemas de saúde que podem estar associados ao mercúrio. Essas pessoas dependiam de um monitoramento de toxicidade, conforme um documento da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) de 2021.

Os casos ficaram pelo caminho, e não houve efetivação da criação de um centro de referência para patologias decorrentes do mercúrio, previsto para funcionar em Santarém. O MPF recomendou, além da emergência em saúde pública, que as negociações para instalação do centro fossem retomadas.

A Procuradoria pediu ainda um monitoramento atualizado da qualidade da água na terra Mundurucu, informações atualizadas sobre fiscalização do uso do mercúrio e um plano de descontinuidade do uso da substância na mineração artesanal.

Em janeiro, o Ministério da Saúde declarou estado de emergência em saúde pública na terra Yanomami, em razão da grande quantidade de mortes de indígenas por malária e por doenças associadas à fome —desnutrição, diarreia e pneumonia. A emergência segue em curso.

A reportagem contou com apoio do Amazon Rainforest Journalism Fund, em parceria com Pulitzer Center.

CONSUMIDORES PREFEREM OS MARKETPLACES NAS SUAS COMPRAS

 

Matheus Pedralli, CEO da Omnik

Gostaria de compartilhar algumas reflexões sobre a importância de manter a dinâmica do seu marketplace em sintonia com as tendências, visando cativar a clientela em momentos relevantes, como datas comemorativas.

Matheus Pedralli, CEO da Omnik, enfatiza que a sincronização com as tendências emergentes é essencial, especialmente durante períodos de alta demanda. Ele elaborou uma lista com algumas das principais tendências dos marketplaces que devem ser consideradas no contexto dessas ocasiões.

CEO elenca os principais motivos e revela os bastidores da preferência do consumidor por essas plataformas

O comércio eletrônico brasileiro tem testemunhado uma mudança notável no comportamento do consumidor, com uma crescente preferência por marketplaces. Essas plataformas online que agregam itens de diversos vendedores têm conquistado um espaço cada vez maior no cenário de compras do Brasil: 85% dos clientes consideram os marketplaces como a principal via para suas compras na internet.

Os dados são do estudo intitulado “Marketplaces: Padrões e Tendências de Comportamento do Consumidor Brasileiro”, conduzido em parceria entre a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e a plataforma de pesquisa de mercado Toluna.

A facilidade de encontrar uma ampla variedade de produtos, juntamente com a conveniência de comparar preços e opções, tem chamado atenção. Matheus Pedralli, CEO da Omnik, empresa da FCamara especializada em transformar e-commerces em marketplaces escaláveis, analisa esses e outros fatores por trás da preferência nacional.

1. Variedade de produtos

Um dos pontos-chave que impulsiona a preferência dos consumidores pelos marketplaces é a variedade de produtos disponíveis. Desde eletrônicos de última geração até itens de decoração e moda, os marketplaces abraçam uma diversidade que atrai os compradores modernos.

“A possibilidade de explorar um vasto leque de categorias e produtos em um único destino é um fator de conveniência valorizado por muitos. Essa abordagem permite que os consumidores economizem tempo e esforço, evitando a necessidade de percorrer várias lojas físicas ou sites”, explica o executivo.

2. Conveniência e Agilidade

Essas plataformas oferecem uma experiência de compra simplificada, eliminando a necessidade de deslocamentos físicos, evitando diferentes pagamentos em diferentes lojas e permitindo que os compradores façam escolhas a partir do conforto de suas casas. Pedralli destaca que a praticidade se estende às etapas de logística, com muitos marketplaces oferecendo serviços de entrega direta, o que agiliza ainda mais o processo e contribui para a satisfação do cliente.

3. Segurança nas Transações

A eficiência das compras em marketplaces também se reflete nas opções de pagamento oferecidas. Essas plataformas frequentemente disponibilizam uma variedade de métodos seguros e convenientes, permitindo que os consumidores escolham a opção que melhor se adapta às suas preferências. Além disso, a maioria dessas plataformas adota medidas rigorosas de proteção, estabelecendo um ecossistema onde os compradores se sentem resguardados contra possíveis riscos.

“Diante do crescente panorama de ameaças cibernéticas, a atenção dedicada à segurança das transações nos marketplaces torna-se um fator decisivo na escolha dos consumidores que buscam um ambiente online confiável e seguro para suas compras,” conclui Matheus.

Descubra o Marketplace Valeon do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores

Moysés Peruhype Carlech – ChatGPT

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O Marketplace Valeon do Vale do Aço reúne empresas locais de diversos setores em um só lugar. Com uma interface intuitiva, os usuários podem facilmente encontrar e se conectar com fornecedores, parceiros comerciais e clientes potenciais na região. A plataforma oferece uma ampla gama de categorias de negócios, desde indústrias tradicionais até empresas inovadoras, garantindo que todos os empreendedores encontrem as oportunidades certas para expandir seus negócios.

Notícias e insights atualizados:

Além de ser um diretório empresarial, o Marketplace Valeon do Vale do Aço também oferece um fluxo contínuo de notícias e insights relevantes para os empresários da região. Através de parcerias com veículos de comunicação locais e especialistas em negócios, a plataforma mantém os usuários informados sobre as últimas tendências, oportunidades de mercado, mudanças regulatórias e eventos relevantes. Essas informações valiosas ajudam os empresários a tomar decisões informadas e a se manterem à frente da concorrência.

Diversão e engajamento:

Sabemos que a vida empresarial não é só trabalho. O Marketplace Valeon do Vale do Aço também oferece uma seção de entretenimento e lazer, onde os usuários podem descobrir eventos locais, pontos turísticos, restaurantes e muito mais. Essa abordagem holística permite que os empresários equilibrem o trabalho e a diversão, criando uma comunidade unida e fortalecendo os laços na região.

Foco no empreendedorismo:

O Marketplace Valeon do Vale do Aço é uma plataforma que nutre o espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos, também oferece orientação e suporte para os empresários que desejam iniciar seus próprios negócios. Com seções dedicadas a tutoriais, estudos de caso inspiradores e conselhos de especialistas, o marketplace incentiva e capacita os empreendedores a alcançarem seus objetivos.

Geração de leads para os empresários:

Uma das maiores vantagens do Marketplace Valeon do Vale do Aço é a capacidade de gerar leads qualificados para os empresários. Com um público-alvo altamente segmentado, a plataforma oferece a oportunidade de se conectar diretamente com potenciais clientes interessados nos produtos e serviços oferecidos pelas empresas cadastradas. Isso significa que os empresários podem aumentar sua visibilidade, expandir sua base de clientes e impulsionar suas vendas de forma eficiente.

Conclusão:

O Vale do Aço é uma região cheia de oportunidades e empreendedorismo, e o Marketplace Valeon do Vale do Aço se torna um recurso indispensável para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial abrangente, notícias atualizadas, diversão, suporte ao empreendedorismo e a geração de leads qualificados, o Marketplace Valeon se destaca como uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios na região. Não perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o poder do Marketplace Valeon do Vale do Aço para o seu sucesso empresarial.

A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:

• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.

• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas

para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.

• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.

• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.

• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.

• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:

a) Digitalização dos Lojistas;

b) Apoio aos lojistas;

c) Captura e gestão de dados;

d) Arquitetura de experiências;

e) Contribuição maior da área Mall e mídia;

f) Evolução do tenant mix;

g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;

h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;

i) Convergência do varejo físico e online;

j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;

k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;

l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;

m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.

Vantagens competitivas da Startup Valeon:

• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.

• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do Aço para os nossos serviços.

• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.

• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.

• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Proposta:

Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.

Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.

O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/)  tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

É INACEITÁVEL A TENTATIVA DE INTERFERÊNCIA DE UM PODER NO OUTRO

 

História por Notas & Informações • Jornal Estadão

Sessão de posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) do Ministro Roberto Barroso. Barroso assume o lugar deixado pela ministra Rosa Weber, que se aposenta compulsoriamente na próxima 2ª feira (2.out), quando completa 75 anos, e é obrigada a deixar a Corte. Presente os outros ministros que compõem a Corte, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o evento também contou com a apresentação da cantora Maria Bethânia, que interpretou o hino nacional. | Sérgio Lima/Poder360 – 28.set.2023

O Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) parecem ter entrado em rota de colisão nas últimas semanas. Não é a primeira vez que isso ocorre e decerto não será a última. No centro da contenda da vez está o avanço da Corte sobre temas que deveriam ser tratados exclusivamente pelo Legislativo, como, por exemplo, a definição do marco temporal para a demarcação de terras indígenas, a legalização do aborto e a descriminalização da posse de maconha para uso pessoal. A essa usurpação de competência correspondeu uma forte reação de um grupo de parlamentares, que resgataram uma série de projetos que visam a limitar o campo de atuação dos ministros do STF.

De início, deve-se ter claro que é normal na democracia haver embates entre os Poderes. E, quando isso acontece, não necessariamente uma crise se instala no País. O sistema de freios e contrapesos opera por meio de um conjunto bem definido de regras objetivas, previstas no ordenamento jurídico, mas não só. O debate público entre autoridades, por mais acalorado que seja, e a disputa pelo poder de influenciar a opinião pública também são mecanismos legítimos à disposição dos representantes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário para fazer valer suas posições e interesses. Como bem notou o cientista político Carlos Pereira em sua coluna neste jornal, publicada no dia 2 passado, esse é um “conflito virtuoso” na medida em que “não permite que nenhuma força política consiga, sozinha, ser majoritária”.

Evidentemente, esse embate será normal, até esperado, desde que travado nos exatos termos estabelecidos pela Constituição. Vale dizer, tudo pode ser objeto de debate, até mesmo os limites de atuação do STF, como o Congresso tem se dedicado a discutir. O que é inaceitável é a tentativa de interferência de um Poder no outro. Não só as instituições perdem por si sós, mas o País perde quando o STF se imiscui em questões que devem ser debatidas pela sociedade por meio de seus representantes eleitos; ou quando o Congresso se lança numa cruzada revanchista contra a Corte.

Por exemplo: no fim de setembro, um grupo de deputados apresentou à Mesa Diretora da Câmara a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 50/2023, que inclui entre as competências exclusivas do Congresso o poder de sustar, por maioria qualificada dos membros das duas Casas Legislativas, “decisão do Supremo Tribunal Federal transitada em julgado que extrapole os limites constitucionais”. O conteúdo da proposta é profundamente equivocado, como se a política fosse a instância de interpretação do direito. Não é. Numa democracia, esse papel cabe ao Judiciário.

Há outras medidas em discussão no Congresso para, de alguma maneira, limitar o campo de atuação do STF, como a PEC que institui mandato para os ministros da Corte ou a que restringe o alcance de decisões monocráticas, esta já coberta pelo próprio regimento interno do STF. À sua maneira, o presidente do STF fez bem ao recomendar prudência na discussão dessa e de outras questões. “Não vejo com simpatia (o mandato para ministros do STF), embora veja com todo respeito a vontade de discutir esse tema”, disse Luís Roberto Barroso, lembrando que o Supremo, como os outros dois Poderes, é parte legítima nesse debate e, portanto, deve ser ouvido.

Não há democracia sem um Judiciário livre e independente; e não há paz social quando o Judiciário não é visto e respeitado pelos cidadãos como a instância para a resolução pacífica de conflitos. De igual forma, não há que se falar em democracia quando o Congresso é alijado da apreciação de temas que, fundamentalmente, devem ser decididos pelos parlamentares como legítimos representantes da sociedade e da Federação.

A saída para quaisquer desses impasses, presentes ou vindouros, não é outra senão a Constituição – em particular a autocontenção dos Poderes. O STF não deve se imiscuir em temas próprios da política, temas sobre os quais cabe aos cidadãos decidirem. E o Congresso, à guisa de reação, não pode abusar de seu legítimo direito de tratar desses temas adentrando o terreno da vendeta.

A FONTE DA JUVENTUDE ESTÁ MAIS PERTO NO NOSSO SANGUE

 

História por diegof • IstoÉ

Desde que o mundo é mundo, os pesquisadores procuram uma mítica “Fonte da Juventude”. Embora ninguém nunca tenha descoberto isso, os especialistas médicos acreditam ter encontrado pistas de longevidade muito mais perto de casa: no nosso sangue.

Uma nova pesquisa revela que o sangue de pessoas que viveram mais de 100 anos tem certas semelhanças: especificamente, eles têm níveis mais baixos de três compostos principais.

“Aqueles que chegaram ao centésimo aniversário tendem a ter níveis mais baixos de glicose, creatinina e ácido úrico a partir dos 60 anos”, escreveu a co-autora Dra. Karin Modig, professora associada do Karolinska Institutet da Suécia, na Conversation .

“Muito poucos centenários tinham um nível de glicose acima de 6,5 no início da vida, ou um nível de creatinina acima de 125”, acrescentou ela.

Níveis elevados de creatinina podem indicar problemas renais e o ácido úrico está ligado à inflamação. Altos níveis de glicose (ou açúcar no sangue) podem causar diabetes.

O estudo, publicado na revista GeroScience , incluiu dados de 44 mil pessoas na Suécia – nascidas entre 1893 e 1920 – que tiveram avaliações de saúde entre 64 e 99 anos.

Os pesquisadores então acompanharam essas pessoas por até 35 anos. Mais de 1.224 deles (2,7%) viveram até os 100 anos.

Curiosamente, a grande maioria (85%) dos centenários eram mulheres.

Além de ácido úrico, glicose e creatinina, o pesquisador analisou os níveis de colesterol total e ferro.

“As pessoas nos cinco grupos mais baixos em termos de níveis de colesterol total e ferro tinham uma probabilidade menor de atingir os 100 anos em comparação com aquelas com níveis mais elevados”, escreveu Modig.

O estudo não chegou a fazer recomendações específicas de estilo de vida, mas aponta para certos fatores e biomarcadores no sangue que podem influenciar a longevidade.

“É razoável pensar que factores como a nutrição e a ingestão de álcool desempenham um papel”, escreveu Modig. “Acompanhar os valores dos rins e do fígado, bem como da glicose e do ácido úrico à medida que envelhece, provavelmente não é uma má ideia.”

Mas, acrescentou ela, muito do que envolve viver até uma idade madura é simplesmente boa sorte.

“O acaso provavelmente desempenha um papel em algum momento para atingir uma idade excepcional”, escreveu Modig. “Mas o facto de diferenças nos biomarcadores poderem ser observadas muito tempo antes da morte sugere que os genes e o estilo de vida também podem desempenhar um papel.”

GOVERNO LULA DEVE VETAR O MARCO TEMPORAL EM RESPEITO À DECISÃO DO STF

 

História por Isabella Alonso Panho e Vera Rosa • Jornal Estadão

Advocacia-Geral da União (AGU) deve aconselhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a vetar parte da lei que estabelece o marco temporal das terras indígenas. A ideia é respeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu pela inconstitucionalidade do marco no dia 21 de setembro, e evitar atrito com o Senado, retirando o Executivo do palco da disputa.

Como antecipou o Estadãologo depois da votação que aprovou o projeto de lei, interlocutores do presidente já diziam que o petista vetaria o texto. A aprovação do marco temporal na Câmara dos Deputados, por ampla maioria e em regime de urgência, foi um dos reveses que a Casa impôs ao presidente durante o primeiro semestre do ano. Para apaziguar a relação com os deputados, o governo Lula inaugurou um novo recorde em liberação de emendas Pix aos parlamentares.

STF declarou a tese do marco temporal das terras indígenas inconstitucional; uma semana depois, Senado aprovou o projeto Foto: Carlos Moura/STF© Fornecido por Estadão

O projeto de lei do marco temporal foi para o Senado sob a promessa do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) de uma tramitação minuciosa. No entanto, o julgamento do Supremo atravessou os senadores, que pautaram e aprovaram a normativa no dia 27 de setembro, uma semana depois. O Planalto tem 15 dias para decidir se veta ou sanciona a lei – e a oposição já se articula para derrubar no Legislativo um possível veto do presidente.

Se Lula decidir atender ao conselho da AGU, terá que se manifestar dentro do prazo de 15 dias previsto na Constituição. Isso porque, depois disso, a lei diz que o silêncio da presidência leva a uma sanção tácita do projeto. O veto, ao contrário, precisa ser explícito.

A rejeição do marco temporal das terras indígenas é uma das bandeiras do governo, que criou uma pasta para os povos originários, comandada por Sônia Guajajara. Na Esplanada, o único dissidente declarado é o ministro da AgriculturaCarlos Fávaro, que disse ser a favor do marco durante uma entrevista concedida em maio deste ano. A sanção do projeto de lei teria um alto custo político para o presidente, enquanto o veto retira o Executivo da cena e preserva o governo de novos desgastes.

Senado aprovou o marco temporal e o projeto segue para sanção ou veto do presidente, no prazo máximo de 15 dias Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado© Fornecido por Estadão

Ainda que o Congresso derrube o veto presidencial e sancione, por sua iniciativa, o marco temporal, a discussão sobre a validade do projeto de lei se arrastará entre Legislativo e Judiciário. Como o Supremo decidiu no dia 21 de setembro que a tese que respalda a proposta é inconstitucional, a tendência é que esse mesmo entendimento seja aplicado a quaisquer as normativas que ressuscitem o tema.

Uma liminar vinda de um ministro do STF é suficiente para suspender a vigência de uma lei considerada por ele inconstitucional. É o que pode acontecer se o Congresso derrubar o veto do presidente e sancionar o marco temporal.

De olho nesse tipo de possibilidade, o Legislativo tem resgatado diversas propostas de emenda à Constituição (PEC) que limitam os poderes do Supremo. Na última quarta-feira, 4, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou em cerca de 40 segundos, por meio de uma votação simbólica, uma PEC que impede os ministros de derrubarem, por meio de decisões monocráticas (aquelas em que decidem sozinhos) leis de alcance nacional, atos do presidente da República e dos presidentes da Câmara e do Senado. O próximo passo é o plenário.

Entre os deputados, ganha forma uma PEC que permite à Casa derrubar as decisões do Supremo, mesmo que transitadas em julgado (finalizados os prazos de recurso). A proposta foi protocolada com a assinatura de 175 parlamentares e é encabeçada pela Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), aliada a outros grupos conservadores da Câmara.

ALMG SÓ VAI VOTAR A RECUPERAÇÃO FISCAL APÓS ZEMA DETALHAR O PROJETO

 

História por Redação Itatiaia 

Embora a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) tenha anunciado, nesta terça-feira (10), o desarquivamento do projeto de lei (PL) sobre o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), os deputados só vão analisar oficialmente o assunto após receberem informações por parte do governo de Romeu Zema (Novo).

A ideia é que o texto sobre o ajuste fiscal só vá às comissões temáticas do Parlamento após a equipe econômica de Zema enviar, ao Legislativo, um documento remetido à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) em maio. O material compila as medidas que a gestão Zema deseja tomar a fim de sustentar a renegociação da dívida de cerca de R$ 160 bilhões que o estado tem junto à União. A STN é vinculada ao Ministério da Fazenda do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Vamos aguardar o governo encaminhar, até para que a gente possa dar sequência nas conversas, discussões e construções na Casa, junto com todos os deputados e deputadas, de forma muito tranquila. Precisamos conhecer o conteúdo do projeto que está lá no governo federal”, disse o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Martins Leite, do MDB.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já autorizou Minas Gerais a ingressar no Regime de Recuperação Fiscal, mas o Palácio Tiradentes quer o aval dos deputados estaduais a fim de fortalecer a estratégia de renegociação. Outras unidades federativas com débitos junto ao governo federal, como o Rio de Janeiro, já aderiram ao plano de ajuste de contas.

Quando começar a tramitar formalmente, o RRF será analisado pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Administração Pública (APU) e Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO). No plenário, serão dois turnos de votação.

“Não temos como dar sequencia à discussão de um projeto sem conhecer seu conteúdo. O que o governo do estado apresentou lá? O que afeta, ou não, o estado, os servidores e as discussões de Minas Gerais?”, defendeu Tadeu Leite.

Nova velha batalha

O pedido de entrada no Regime de Recuperação Fiscal foi encaminhado por Zema à Assembleia ainda no início de seu primeiro mandato, em 2019. Apesar disso, nunca houve consenso em torno do tema, sobretudo porque parte dos deputados, principalmente da oposição, teme que, a reboque da renegociação, aconteçam ações prejudiciais aos serviços públicos e ao funcionalismo.

Nesta terça, a deputada Beatriz Cerqueira (PT), integrante da coalizao oposicionista, cobrou a entrega, à Assembleia, das bases de refinanciamento sugeridas por Minas Gerais à União.

“Tem cinco anos que a gente espera que o governo apresente qual é o plano de Recuperação Fiscal”, protestou.

Como já mostrou a Itatiaia, a lista de possibilidades para sustentar o reparcelamento tem, por exemplo, a venda da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

“O governo Zema me parece que tem medo de transparência, do contraditório e de a população ter acesso às informações”, protestou a petista.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), também podem ser vendidas. Esses processos, contudo, não estão atrelados à Recuperação Fiscal, mas a uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que também recebeu, nesta terça, a autorização para tramitar. O texto propõe a eliminação do referendo popular para avalizar a venda de empresas públicas.

O líder do governo Zema na Assembleia, João Magalhães (MDB), não foi encontrado na sede da ALMG nesta terça. Cássio Soares (PSD), que encabeça o bloco governista, também não estava presente.

A liderança governista prometeu divulgar um comunicado sobre a Recuperação Fiscal e a PEC do Referendo. Quando o texto for encaminhado à reportagem, será adicionado a esta matéria.

HAMAS É UM MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA ISLÂMICA COM O OBJETIVO DE LIBERTAS OS TERRITÓRIOS PALESTINOS DE ISRAEL

Ataque ao país de maioria judia é considerado por especialistas uma virada no conflito entre Palestina e Israel que se arrasta há décadas

Destruição em Gaza provocada por ataques israelensesDestruição em Gaza provocada por ataques israelenses10/10/2023REUTERS/Mohammed Salem

Nadeen Ebrahim – da CNN

ataque do grupo palestino Hamas a Israel, que começou no sábado (7), será visto como um ponto de virada no conflito palestino-israelense, com repercussões de longo alcance, dizem analistas consultados pela CNN.

ataque do Hamas usou de cerca de 1.000 militantes que infiltrarem-se no território israelita e mataram centenas de soldados e civis, e fizeram centenas de reféns. O grupo islâmico é considerado terrorista pelos Estados Unidos e a União Europeia.

O ataque foi diferente de tudo que Israel tinha visto desde a guerra árabe-israelense em 1948.

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Israel prometeu vingança, com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. O Hamas disse que estava preparado para todos os cenários.

“As coisas vão mudar para sempre”, disse Kobi Michael, pesquisador do Instituto de Estudos de Segurança Nacional (INSS) em Tel Aviv. Não há nada na história de Israel que se compare a este ataque, disse ele.

“O Hamas não será mais o Hamas que conhecíamos anos atrás”, disse Michael, que anteriormente atuou como vice-diretor-geral e chefe do departamento palestino no Ministério de Assuntos Estratégicos de Israel, à CNN.

O Hamas disse que o ataque foi uma retribuição pelo que descreveu como ataques às mulheres, a profanação da mesquita de al-Aqsa em Jerusalém e o cerco em curso a Gaza.

O que é o Hamas?

Organização islâmica com ala militar, o Hamas surgiu pela primeira vez em 1987. Era um desdobramento da Irmandade Muçulmana, um grupo islâmico sunita fundado no final da década de 1920 no Egito.

A própria palavra “Hamas” é um acrônimo para “Harakat Al-Muqawama Al-Islamiyya” – que em tradução livre significa “Movimento de Resistência Islâmica”. O grupo, tal como a maioria das facções e partidos políticos palestinianos, insiste que Israel é uma potência colonizadora e que seu objetivo é libertar os territórios palestinos das garras de Israel.

Ao contrário de algumas outras facções palestinas, o Hamas recusa-se a dialogar com Israel. Em 1993, opôs-se aos Acordos de Oslo, um pacto de paz entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) que desistiu da resistência armada contra Israel em troca de promessas de um Estado palestino independente ao lado de Israel. Os Acordos também estabeleceram a Autoridade Palestina (AP) na Cisjordânia ocupada por Israel.

Análise: Entenda os rumos da guerra entre Israel e o Hamas

Análise: Entenda os rumos da guerra entre Israel e o Hamas | WW Análise: Entenda os rumos da guerra entre Israel e o Hamas | WW

O Hamas apresenta-se como uma alternativa à AP, que reconheceu Israel e se envolveu em múltiplas iniciativas de paz fracassadas. A AP, cuja credibilidade entre os palestinos tem sofrido ao longo dos anos, é liderada pelo Presidente Mahmoud Abbas.

Ao longo dos anos, o Hamas reivindicou muitos ataques a Israel e foi designado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.

O Departamento de Estado dos EUA disse em 2021 que o Hamas recebe financiamento, armas e treino do Irã, bem como alguns fundos que são angariados nos países do Golfo Árabe. O grupo também recebe doações de alguns palestinos, de outros expatriados e de suas próprias organizações de caridade, afirmou.

Em Abril, o Ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, sugeriu que o Irã fornecesse ao Hamas cerca de 100 milhões de dólares anualmente.

Qual foi a estratégia do Hamas na realização dos ataques?

Ao empreender um ataque tão devastador, o objetivo principal do grupo teria sido abalar dramaticamente o status quo, dizem os especialistas: Israel mantém um cerco apertado a Gaza e continua a ocupar a Cisjordânia, como se fosse soberana sobre esse território palestino.

Um objetivo seria colocar a questão palestina de volta na agenda regional e internacional, disse Khaled Elgindy, pesquisador do Instituto do Oriente Médio e diretor do Programa sobre Palestina e Assuntos Israel-Palestina.

“As pessoas abandonaram a questão palestina”, disse Elgindy à CNN. “O novo jogo é a normalização saudita-israelense e esta nova integração regional.”

Imagens de satélite mostram ataques na Faixa de Gaza e em Israel

  • 1 de 4Imagens mostram incêndios perto da fronteira entre a Faixa de Gaza e IsraelCrédito: Reprodução/Reuters
  • 2 de 4Combatentes do grupo islâmico Hamas mataram 900 israelensesCrédito: Reprodução/Reuters
  • 3 de 4Em resposta, israelenses mataram 687 pessoas, incluindo 140 criançasCrédito: Reprodução/Reuters
  • 4 de 4Militares israelenses afirmaram ter convocado 300 mil reservistasCrédito: Reprodução/Reuters

O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, reconheceu pela primeira vez no mês passado que estavam em curso negociações com Washington para estabelecer laços com Israel. A normalização saudita-israelense poderá ser um momento marcante para a legitimidade regional de Israel, pois poderá levar outros países muçulmanos a seguirem o exemplo. A Arábia Saudita já havia prometido não reconhecer Israel até que este concedesse independência aos palestinos.

Elgindy disse que, até certo ponto, o Hamas conseguiu atingir o seu objetivo de trazer de volta a atenção para a causa palestina.

O Hamas também pode estar tentando desqualificar quaisquer concepções sobre as suas capacidades militares, dizem os analistas.

O Hamas desferiu “um golpe profundo a Israel” e também pode mostrar as suas capacidades, disse Omar Rahman, membro do Conselho de Assuntos Globais do Oriente Médio que se concentra em assuntos palestinos. As suas tácticas de choque são uma declaração de que “deve ser levada mais a sério”, disse Rahman.

Os militares israelenses disseram na segunda-feira (9) que o Hamas fez “dezenas” de reféns, ao que a o grupo terrorista desmentiu, alegando que sequestrou mais de 100 pessoas. O número de reféns feitos e o fato de muitos serem civis mostram que o Hamas procura muito mais do que uma troca de prisioneiros, disseram os especialistas. Em uma situação anterior de rapto, Israel trocou mais de 1.000 prisioneiros por um refém israelita.

O grande número de reféns garante que “esta não é uma disputa militar de curta duração que desaparecerá e será esquecida”, disse Rahman, “mas que tem implicações políticas a longo prazo”.

Hamas diz ter lançado ataque no sul de Israel

Hamas diz ter lançado ataque no sul de Israel | AGORA CNN Hamas diz ter lançado ataque no sul de Israel | AGORA CNN

Como parte da sua campanha contra Israel, o Hamas produziu vídeos de propaganda engenhosos que documentavam passo a passo o seu ataque a Israel. Em alguns vídeos, os seus combatentes usavam câmaras corporais para filmar as operações enquanto atravessavam as fortificações israelitas e eram vistos vestidos com uniformes de comando.

Essa é a chave para a guerra de propaganda do grupo, dizem os analistas, que serve uma série de objetivos.Veja como funciona o sistema antimíssil de Israel / CNN

Por um lado, é para “aumentar o medo” entre o público israelita e sugerir que os seus líderes não podem mantê-los seguros, disse Elgindy. “Isso será um choque porque os israelitas têm um enorme orgulho nas suas forças armadas e nas suas capacidades de inteligência.”

Por outro lado, destina-se também ao consumo interno palestino. O Hamas está há muito envolvido em uma guerra política com a Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia e se envolve na coordenação de segurança com Israel.

O objetivo é mostrar aos palestinos que “enquanto estiver lá, Abu Mazen Mahmoud Abbas [presidente da Autoridade Palestina] está basicamente dormindo ao volante, nós somos a verdadeira resistência, e estamos realmente fazendo alguma coisa”, disse Elgindy à CNN sobre Hamas.

 

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