Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina
- 1 de 35O conflito começou no sábado (7), quando o Hamas, classificado pelos Estados Unidos e pela União Europeia como grupo terrorista, disparou uma chuva de foguetes lançados da Faixa de Gaza sobre Israel. A ofensiva contou ainda com avanços de tropas por terra e pelo mar. As forças israelenses responderam com uma contraofensiva que atingiu Gaza e deixou vítimas, inclusive, em campos de concentração. Israel declarou “cerco total” e suspendeu o abastecimento de água, energia, combustível e comida ao território palestino.Crédito: Reuters
- 2 de 35Pessoas carregam o corpo de palestino morto em ataque israelense no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de GazaCrédito: 09/10/2023 REUTERS/Mahmoud Issa
- 3 de 35Foguetes disparados em Israel a partir de GazaCrédito: REUTERS/Amir Cohen
- 4 de 35Imagens mostram carros abandonados após ataque em festival de música eletrônica em IsraelCrédito: Reuters
- 5 de 35Imagens mostram carros abandonados após ataque em festival de música eletrônica em IsraelCrédito: Reuters
- 6 de 35Ataque do Hamas em festival deixa 260 mortos em IsraelCrédito: Reprodução CNN
- 7 de 35Imagens de drone mostram destruição após ataque em festival de música eletrônica em IsraelCrédito: Reprodução CNN
- 8 de 35Destruição em campo de refugiados palestinos em Gaza após ataque aéreo de IsraelCrédito: Reuters
- 9 de 35Campo de refugiados palestinos atingido em meio a ataques aéreos israelenses em GazaCrédito: Reuters
- 10 de 35Movimentação de militares do Exército de Israel em contraofensiva contra o grupo islâmico HamasCrédito: Ilia Yefimovich/picture alliance via Getty Images
- 11 de 35Prédios destruídos na Faixa de GazaCrédito: Ahmad Hasaballah/Getty Images
- 12 de 35Escombros de prédio destruído após sataques em Sderot, no sul de IsraelCrédito: Ilia Yefimovich/picture alliance via Getty Images
- 13 de 35Delegacia destruída no sul de Israel após ataque do HamasCrédito: REUTERS/Ronen Zvulun
- 14 de 35Palestinos queimam pneus de carros e bloqueiam estradas enquanto entram em confronto com as forças israelenses no distrito de Beit El, em Ramallah, na CisjordâniaCrédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 15 de 35As Brigadas Izz ad-Din al-Qassam seguram uma bandeira palestina enquanto destroem um tanque das forças israelenses em GazaCrédito: Hani Alshaer/Anadolu Agency via Getty Images
- 16 de 35Bombeiros tentaram apagar incêndios em Israel após bombardeio de Gaza no sábado (7)Crédito: Reuters
- 17 de 35Foguetes disparados de Gaza em direção a Israel na manhã de sábado (7)Crédito: CNN
- 18 de 35Veja como funciona o sistema antimíssil de IsraelCrédito: CNN
- 19 de 35Ataque israelense na Faixa de GazaCrédito: 10/10/2023 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
- 20 de 35Casas e prédios destruídos por ataques aéreos israelenses em GazaCrédito: 10/10/2023 REUTERS/Shadi Tabatibi
- 21 de 35Tanque de guerra israelense estacionado perto da fronteira de GazaCrédito: Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
- 22 de 35Imagens se satélite mostram destruição na Faixa de GazaCrédito: Reprodução/Reuters
- 23 de 35Salva de foguetes é disparada por militantes do Hamas de Gaza em direção a cidade de Ashkelon, em Israel, em 10 de outubro de 2023.Crédito: Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images
- 24 de 35Salva de foguetes é disparada por militantes do Hamas de Gaza em direção a cidade de Ashkelon, em Israel, em 10 de outubro de 2023.Crédito: Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
- 25 de 35Barco de pesca pega fogo no porto de Gaza após ser atingido por ataques de Israel.Crédito: Reuters
- 26 de 35Palestinos caminham em meio a destroços de prédios destruídos por Israel em GazaCrédito: 10/10/2023REUTERS/Mohammed Salem
- 27 de 35Palestinos caminham em meio a destroços de prédios em Gaza destruídos por ataques de IsraelCrédito: 09/10/2023REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
- 28 de 35Soldados israelenses carregam corpo de vítima de ataque realizado por militantes de Gaza no kibbutz de Kfar Aza, no sul de IsraelCrédito: 10/10/2023 REUTERS/Violeta Santos Moura
- 29 de 35Destruição em Gaza provocada por ataques israelensesCrédito: 10/10/2023REUTERS/Mohammed Salem
- 30 de 35Ataque israelense na Faixa de GazaCrédito: 10/10/2023 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
- 31 de 35Casas e prédios destruídos por ataques aéreos israelenses em GazaCrédito: 10/10/2023 REUTERS/Shadi Tabatibi
- 32 de 35Munição israelense é vista em Sderot, Israel, na segunda-feiraCrédito: Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency via Getty Images
- 33 de 35Tanque de guerra israelense estacionado perto da fronteira de GazaCrédito: Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
- 34 de 35Chamas e fumaça durante ataque israelense a GazaCrédito: 09/10/2023REUTERS/Mohammed Salem
- 35 de 35Sistema antimísseis de Israel intercepta foguetes lançados da Faixa de GazaCrédito: 09/10/2023REUTERS/Amir Cohen
O grupo islâmico Hamas, considerado terrorista pelos Estados Unidos e a União Europeia, bombardeou, no sábado (7), Israel, em um ataque surpresa, deixando centenas de mortos.
O ataque foi considerado um dos maiores dos últimos anos. Ao assumir a ofensiva, o Hamas afirmou que seria para o início de uma ação para a tomada de território.
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Análise: Entenda os rumos da guerra entre Israel e o Hamas | WW
Foram disparados milhares de foguetes de Gaza em direção a Israel. Militantes armados derrubaram as barreiras israelenses de alta tecnologia que cercavam a faixa, iniciando ataques por terra com reféns. Combatentes também entraram em Israel pelo mar.
Jovens que estavam em um festival de música eletrônica foram atacados. Ao menos 260 corpos foram encontrados no local. O brasileiro Ranani Glazer, que estava desaparecido desde sábado, teve a morte confirmada pela família na segunda-feira (9).
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra e afirmou que os palestinianos pagariam um preço alto pelo ataque e que a resposta de Israel a Gaza “mudará o oriente médio”.
Conflito dura mais de 70 anos
A tensão entre Israel e Palestina mistura política e religião, se estende há mais de 70 anos e já deixou milhares de mortos dos dois lados.
Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois estados: um judeu e um árabe. Os judeus ficariam com Israel e os palestinos com Gaza e Cisjordânia.
Os árabes não aceitaram o acordo, alegando que ficariam com as terras com menos recursos.
No entanto, em 1948, foi criado o estado de Israel, o que gerou revolta ao lado palestino, resultando na Guerra árabe-israelense de 1948.
Gaza foi ocupada pelos egípcios. Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias, Israel toma o território da Cisjordânia e Jerusalém Oriental (onde estão símbolos religiosos importantes para judeus, árabes e cristãos).
O conflito se estendeu com diversos episódios de tensão. Em 1987, ocorreu a primeira Intifada, revolta dos palestinos contra tropas israelenses.
Em 1993, com os Acordos de Oslo foi criada a ANP (Autoridade Nacional Palestina) para assumir a administração política dos territórios palestinos, mas Israel só deixou a região da Faixa de Gaza, em 2005.
Em 2012, a ONU reconheceu a Palestina (Faixa de Gaza e Cisjordânia) como um Estado-observador permanente.
Diversas tentativas internacionais para fechar acordos de paz na região fracassaram.
Impasse
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
A Palestina pede a suspensão da colonização de seu território e o fim do bloqueio israelense à Faixa de Gaza.
Por outro lado, Israel exige o seu reconhecimento como um estado judeu.
Hamas
Organização islâmica com ala militar, o Hamas surgiu pela primeira vez em 1987. Era um desdobramento da Irmandade Muçulmana, um grupo islâmico sunita fundado no final da década de 1920 no Egito.
A própria palavra “Hamas” é um acrônimo para “Harakat Al-Muqawama Al-Islamiyya” – que em tradução livre significa “Movimento de Resistência Islâmica”. O grupo, tal como a maioria das facções e partidos políticos palestinianos, insiste que Israel é uma potência colonizadora e que seu objetivo é libertar os territórios palestinos das garras de Israel.
Ao contrário de algumas outras facções palestinas, o Hamas recusa-se a dialogar com Israel. Em 1993, opôs-se aos Acordos de Oslo, um pacto de paz entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) que desistiu da resistência armada contra Israel em troca de promessas de um Estado palestino independente ao lado de Israel. Os Acordos também estabeleceram a Autoridade Palestina (AP) na Cisjordânia ocupada por Israel.
O Hamas apresenta-se como uma alternativa à AP, que reconheceu Israel e se envolveu em múltiplas iniciativas de paz fracassadas. A AP, cuja credibilidade entre os palestinos tem sofrido ao longo dos anos, é liderada pelo Presidente Mahmoud Abbas.
Ao longo dos anos, o Hamas reivindicou muitos ataques a Israel e foi designado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.
O Departamento de Estado dos EUA disse em 2021 que o Hamas recebe financiamento, armas e treino do Irã, bem como alguns fundos que são angariados nos países do Golfo Árabe. O grupo também recebe doações de alguns palestinos, de outros expatriados e de suas próprias organizações de caridade, afirmou.
Em Abril, o Ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, sugeriu que o Irã fornecesse ao Hamas cerca de 100 milhões de dólares anualmente.
Com informações de Nadeen Ebrahim, da CNN