Plínio Valério é autor de uma proposta para estabelecer um mandato
aos membros do STF. O senador disse, ao rebater Gilmar, que, tendo um
mandato, os ministros “certamente se sentirão como seres humanos
normais”.
“Minha intenção ao propor a PEC foi promover visão equilibrada e
democrática do funcionamento do STF. Com mandato, certamente se sentirão
como seres humanos normais, juízes que exercerão uma função na Suprema
Corte e que estão sujeitos a avaliações e aperfeiçoamentos periódicos”,
escreveu o tucano nas redes sociais.
Alessandro Vieira chamou o posicionamento de Gilmar Mendes de
“ridículo” e disse que o decano do STF ”se recusa a respeitar os limites
constitucionais da sua própria atuação”.
“É ridículo, pois se trata de integrante da Corte que justamente
interpreta e defende os limites da Constituição. O Congresso tem óbvia e
ampla legitimidade para discutir mandatos para o STF”, afirmou.
Hamilton Mourão, senador e ex-vice-presidente, classificou como
“lamentável” a atitude de Gilmar e afirmou que o ministro “desdenha” da
discussão do Senado. “O que o ministro chama de ‘esforço retórico’, nós
chamamos de trazer ao debate político e democrático as legítimas
demandas e anseios do povo que nos elegeu”, disse.
Senador e ex-juiz da Operação Lava Jato,
Sérgio Moro também criticou a reação do ministro. “Estabelecer mandatos
para os ministros do STF (novos) é mero aperfeiçoamento institucional,
não é golpe ou retaliação.”
Discussão foi reacendida após declaração de Pacheco
A discussão envolvendo Gilmar Mendes nesta terça-feira começou com a
declaração do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Segundo o senador,
depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar o nome para substituir Rosa Weber, a Casa deverá retomar o debate sobre a criação de mandato para os ministros do Supremo.
Nesta terça, Gilmar criticou a proposta nas
redes sociais. “É comovente ver o esforço retórico feito para
justificar a empreitada: sonham com as Cortes Constitucionais da Europa
(contexto parlamentarista), entretanto o mais provável é que acordem com
mais uma agência reguladora desvirtuada. Talvez seja esse o objetivo”,
afirmou o magistrado.
Ele também afirmou que o momento da discussão é inoportuno. “Após
vivenciarmos uma tentativa de golpe de Estado, por que os pensamentos
supostamente reformistas se dirigem apenas ao Supremo?”, questionou
Gilmar.
Hoje, o mandato dos ministros do Supremo é vitalício, porque eles
usufruem das mesmas prerrogativas da carreira da magistratura,
estabelecidas em lei. A aposentadoria compulsória aos 75 anos não
retira, por exemplo, o título de ministro.
Discussões no STF incomodam Legislativo
A discussão sobre o mandato para ministros do Supremo é antiga e já foi endossada por Lula neste ano. Há diversos projetos de lei na Câmara e no Senado sobre o tema. Um deles é de autoria do atual ministro da Justiça, Flávio Dino, cotado para vaga no STF, e foi proposto quando ele era deputado federal.
O fato de o Supremo Tribunal Federal ter encampado discussões, como o marco temporal, tem provocado incômodo nos parlamentares.
Aprovado na Câmara por ampla maioria, impondo um revés ao governo
Lula, o projeto foi para o Senado com a promessa de Pacheco de que seria
votado sem regime de urgência, passando por comissões e com audiências
públicas.
Atualmente, a Constituição estabelece a perda automática da
nacionalidade brasileira quando um cidadão adquire outra nacionalidade.
Pela legislação, a perda só não é automática quando o reconhecimento
da nova nacionalidade é feito por lei estrangeira ou quando há imposição
de naturalização ao brasileiro residente em outro país.
Pela PEC, a nacionalidade deverá ser mantida, com exceção de dois casos:
quando houver pedido expresso do cidadão, ressalvadas situações que
acarretem apatridia, ou seja, quando a pessoa não tem sua nacionalidade
reconhecida por nenhum país;
e quando houver sentença judicial que peça a perda de nacionalidade,
em caso de fraude relacionada ao processo de naturalização ou atentado
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
O texto não fala sobre a reaquisição de nacionalidade, que precisará ser definida posteriormente.
Hoje, os termos para readquirir a nacionalidade brasileira exigem
renúncia à nacionalidade estrangeira adquirida ou a comprovação de
enquadramento nas duas exceções que a Constituição estabelece.
Permuta entre juízes estaduais
Durante a sessão solene desta terça, o Congresso também promulgou a
PEC que cria a possibilidade de troca mútua, também chamada de permuta,
entre juízes estaduais de diferentes tribunais.
O texto determina que a troca será permitida entre juízes “de comarca
de igual entrância, dentro do mesmo segmento de Justiça, inclusive
entre os juízes de 2º grau, vinculados a diferentes tribunais, na esfera
da Justiça Estadual, Federal ou do Trabalho”.
Atualmente, apenas juízes federais e do trabalho podem pedir permuta.
Juízes estaduais podem mudar de comarca dentro de um mesmo tribunal
desde que sejam aprovados em novo concurso público se quiserem atuar em
outro estado.
Para que a mudança ocorra, é necessário que a troca tenha o aval de todos os magistrados envolvidos.
A expectativa é que a promulgação das duas PECs seja publicada no Diário Oficial da União (DOU) ainda nesta semana.
Para ir à promulgação pelo Congresso, uma PEC precisa ser aprovada em
dois turnos, na Câmara dos Deputados e no Senado, com apoio de, no
mínimo, 308 deputados e 49 senadores.
História por Mariana Sanches – Da BBC News Brasil em Washington
Se os US$ 500 milhões prometidos pelo presidente americano Joe Biden ao Fundo Amazônia, em
abril, parecem cada vez mais distantes da realidade, o governo
americano tem se esforçado para acenar com outras possibilidades de
recursos para mostrar engajamento com o Brasil em um momento em que a
China reforça sua presença tanto no país quanto na América Latina.
O envio de meio bilhão de dólares à floresta amazônica dependeria da
aprovação do Congresso dos Estados Unidos. Mas, há meses, os partidos
Democrata e Republicano não conseguem construir um consenso em torno do
orçamento do país.
No último sábado (30/9), o Congresso evitou que o governo americano
fosse paralisado por falta de verbas menos de quatro horas antes do
prazo limite – e com a aprovação de uma solução tampão de 45 dias.
Ficaram de fora, por exemplo, as verbas previstas para apoiar os
ucranianos em seu esforço de guerra.
O terreno legislativo do país virou um ambiente conflagrado — o que
ficou demonstrado na terça-feira (03) com a destituição do líder da
Câmara, o republicano Kevin McCarthy, após decisão dos parlamentares da
Casa, que aprovaram por 216 votos a 210 sua saída em uma moção para
retirá-lo do cargo.
Nesse contexto da política doméstica do país, tanto diplomatas
brasileiros como americanos consideram praticamente descartada a
aprovação da verba anunciada por Biden ao Fundo Amazônia ainda este ano.
Os dois governos, no entanto, se empenharam para evitar que o não
cumprimento da promessa simbolizasse um novo constrangimento na relação
entre os países, que tanto Biden quanto Lula afirmaram ter chegado a um
novo patamar.
E outras opções passaram a ser avaliadas.
Por um lado, durante o encontro bilateral entre os presidentes Lula e
Biden (e alguns de seus ministros) em Nova York, há duas semanas, o
Brasil propôs a inclusão do país no chamado Inflation Reduction Act
(IRA, na sigla em inglês), um pacote climático proposto pela atual
gestão, já chancelado pelo legislativo, e que destina US$ 369 bilhões
para apoiar a transição energética e o desenvolvimento de tecnologias
verdes ao país.
Até agora, o Brasil pouco se beneficiou do plano bilionário porque,
de acordo com o texto aprovado pelo Congresso, somente países com
acordos de livre-comércio com os EUA poderiam reclamar tais
investimentos em suas indústrias.
O Brasil jamais firmou tal acordo com os americanos. Para tentar
estudar formas de driblar essa limitação, brasileiros e americanos
acertaram, durante o encontro bilateral, a criação de um grupo de
trabalho — que do lado brasileiro será levado a cabo pela Fazenda — para
propor saídas que permitam que ao menos parte desse recurso desembarque
no Brasil.
Do lado de Biden, a estratégia para demonstrar que a relação com o
Brasil é prioritária é aliar investimentos públicos pontuais e estímulo
ao intercâmbio empresarial.
Em entrevista exclusiva à BBC News Brasil depois do encontro
bilateral entre os dois presidentes, o subsecretário de Estado para
Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente dos EUA, José Fernandez,
afirmou que o país pretende aportar recursos diretamente no Brasil em
setores como a extração dos chamados “minerais críticos” — cobalto,
lítio e níquel, entre outros — fundamentais para a fabricação de
baterias de veículos elétricos, por exemplo.
Hoje, 80% desses minerais estão sob controle de países que os EUA
consideram como autocracias e expandir as fontes dos materiais se tornou
uma meta para a gestão Biden.
Uma das novas fontes que os americanos encontraram fica no interior
do Piauí. Lá, a agência governamental americana, Development Finance
Corporation (DFC), aportou algumas dezenas de milhões de dólares para a
exploração de cobalto e níquel pela empresa TechMet.
“A China construiu uma posição de domínio esmagador da cadeia de
abastecimento (de minerais críticos). A dependência contínua dos Estados
Unidos das importações para o fornecimento de metais críticos
representa uma ameaça significativa à competitividade a longo prazo da
indústria americana. A TechMet, alinhada aos interesses dos EUA, está
empenhada em desenvolver um fornecimento independente destes metais
críticos”, diz a empresa em um comunicado em 2020 no qual anuncia o
aporte de US$25 milhões da DFC.
A China já se estabeleceu no Brasil com duas fabricantes de automóveis elétricos – a BYD e a Great Wall Motors.
“Em minerais críticos, o Brasil tem grandes reservas, o que quer é
capital, empresas que estejam preparadas para fazer a coisa certa ao
trabalhar com as comunidades, que garantam respeito aos direitos
trabalhistas, ao meio ambiente. E nós estamos preparados para incentivar
esse tipo de empresa”, afirmou Fernandez.
O secretário qualificou o setor minerador do Brasil como “vibrante” e
disse que o que os EUA oferecem é “trabalharmos em conjunto no
financiamento de projetos minerais críticos, com um investimento feito
de forma responsável, seguindo o mais alto princípio ambiental, social e
de governança para que os países não precisem escolher entre custos
ambientais e crescimento econômico”.
Segundo ele, porém, as parcerias com o Brasil não estariam limitadas à mineração.
Há ainda interesses em apoiar o desenvolvimento de hidrogênio verde,
energia eólica e solar brasileiras, além do desenvolvimento de sementes
pela Embrapa que gerem plantas capazes de suportar as mudanças
climáticas.
Na semana passada, o Departamento de Estado dos EUA remeteu ao Brasil
cerca de 40 empresários, numa visita organizada pela equipe do enviado
especial dos EUA para o clima, John Kerry, e batizada de GreenTech
Mission.
Entre as empresas americanas representadas na visita estavam 3M,
Bayer, Boeing, Cargill, GE, Merck e Kellogg. Havia ainda funcionários da
EximBank, agência de crédito à exportação dos EUA; dos departamentos de
Agricultura, de Energia, dentre outros.
Ao anunciar, em Nova York e ao lado de Kerry, a expedição dos
americanos ao Brasil, o ministro da Fazenda Fernando Haddad qualificou o
novo momento da parceria com os EUA como um “ganha-ganha”. “Não podemos
deixar uma potência como os EUA de costas para o Brasil. O Brasil e os
EUA têm interesses em comum. Queremos abrir possibilidades novas para
que Brasil e EUA se aproximem com ganhos mútuos”, afirmou Haddad.
O tom de Fernandez é ainda mais contundente: “O Brasil está ansioso e
queremos mais investimentos dos EUA no Brasil. Quando você tem um país
com o potencial que o Brasil tem na região (América Latina), ele tem que
estar na frente e no centro dos seus planos”.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista da BBC News Brasil
com Fernandez, feita por videochamada e editada por concisão e clareza.
BBC News Brasil – Brasil e EUA parecem estar em um novo
momento em sua relação bilateral, é o que os dois presidentes disseram
no mês passado, em encontro bilateral, em Nova York. O que isso
significa em termos de comércio e oportunidades de negócios?
José Fernandez – Nossa relação com o Brasil é muito
forte, temos excelentes relações comerciais, mas também compartilhamos
muitos dos mesmos valores e algo em que tanto o presidente Biden quanto o
presidente Lula acreditam é em ter as mudanças climáticas no topo da
agenda. Eles discutiram o que o presidente Lula quer fazer na Amazônia e
nós compartilhamos os mesmos objetivos.
Especificamente nas áreas com as quais eu trato, como minerais
críticos, os EUA acabaram de fazer um investimento numa empresa no
Nordeste. Temos um diálogo energético muito ativo. Estamos engajados em
toda a questão da sustentabilidade, das mudanças climáticas. Vamos nos
envolver com o Brasil no acordo de plásticos que estamos começando a
negociar. Eu me encontrei com a nova embaixadora do Brasil nos EUA
(Maria Luiza Viotti) e estamos comprometidos em cooperar em muitas
áreas. É um relacionamento muito forte.
BBC News Brasil – Você poderia detalhar um pouco mais esse investimento em minerais no Nordeste?
Fernandez – O nome da empresa é Techmet. Eles
receberam um investimento de muitos países, mas um dos investimentos foi
da nossa Development Finance Corporation para construir uma mina no
nordeste. Eles estão no mercado de minerais críticos. E continuaremos a
fazer mais.
O Brasil tem um setor de mineração muito vibrante e de grande
interesse e o que oferecemos é a oportunidade para trabalharmos em
conjunto no financiamento de projetos minerais críticos, com um
investimento feito de forma responsável, seguindo o mais alto princípio
ambiental, social e de governança para que os países não precisem
escolher entre os custos ambientais e o crescimento econômico.
O Brasil compartilha esse anseio e eu tenho tanto no governo Lula
quanto durante o período Bolsonaro conversado com a indústria de
mineração brasileira e continuarei a promover esse tipo de oportunidade
que acreditamos ser uma oportunidade única em uma geração e uma
oportunidade que o Brasil quer aproveitar.
Em minerais críticos, o Brasil tem grandes reservas, o que quer é
capital, empresas que estejam preparadas para fazer a coisa certa ao
trabalhar com as comunidades, para garantir que elas respeitem os
direitos trabalhistas e o meio ambiente. E, por isso, estamos preparados
para incentivar esse tipo de empresa.
O desafio é focar em projetos específicos daqui para frente e continuaremos a fazer isso.
Mas não se limita à mineração. Um dos projetos que coordeno é para
desenvolver plantações no sul da África que resistirão às mudanças
climáticas. Se o clima continuar a aquecer, muitas das culturas
agrícolas que, neste momento, são alimentos básicos na África, não
sobreviverão às alterações climáticas nos próximos 20 anos. Estamos
trabalhando com a Embrapa nisso no sul da África.
BBC News Brasil – Na semana passada, a equipe do enviado
climático John Kerry esteve no Brasil com algumas dezenas de empresários
justamente com esta agenda. Pode me falar mais sobre isso?
Fernandez – Apoiamos o secretário Kerry na empreitada. Ele tem sido incansável em trabalhar na busca de uma cooperação com o Brasil.
Quando você olha para a crise das mudanças climáticas que
enfrentamos, o Brasil está no centro da solução, como líder na
preservação amazônica de um dos maiores pulmões do mundo. Precisamos do
Brasil como parceiro. O Brasil já é um líder climático, grande parte da
sua energia agora é renovável, é energia hidrelétrica, então acho que
todos podemos aprender com os esforços que o Brasil tem tomado na
Amazônia e em outros aspectos sobre mudanças climáticas e nós queremos
tê-los como parceiros na América Latina, dada a sua proeminência na
região.
E é por isso que tenho certeza de que o secretário Kerry deseja
promover esse objetivo, mas também percebendo que o setor privado será
fundamental para a necessidade de investimento. Logo, ele está trazendo
empresas ao país.
BBC News Brasil – E em relação a fundos governamentais dos
EUA, subsecretário? O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citou
recentemente a possibilidade de que recursos do Inflation Reduction Act
pudessem financiar iniciativas no Brasil. Isso é uma conversa ainda
muito inicial ou já uma realidade?
Fernandez – Acho que estamos começando a conversa e
isso é um pouco fora da minha especialidade. Grande parte da discussão
sobre o Inflation Reduction Act centra-se nas baterias de veículos
elétricos e subsídios (para produzi-las). Em relação ao Brasil, já
estamos vendo os benefícios desse investimento que mencionei na Techmet.
Mas não é só isso. No hidrogênio verde, o Brasil poderá ser um líder,
há uma série de áreas onde vemos condições de trabalhar em conjunto com
o Brasil. Sinceramente, não sei se a discussão já está em andamento,
mas certamente tenha em mente que o Inflation Reduction Act é o maior
investimento feito por qualquer país na História em energia limpa, são
US$ 369 bilhões, e vai além das baterias de veículos, inclui a captura
de carbono, hidrogênio verde, energia eólica, solar e muito desse
investimento irá para tecnologia. E essa tecnologia ajudará a todos nós.
Então, quer o Brasil se torne ou não um dos países do FTA (Free Trade
Agreements, livre comércio, condição necessária para receber aportes
diretos do IRA) para fins de veículos elétricos, o Brasil vai se
beneficiar porque a tecnologia vai baratear turbinas eólicas e painéis
solares. E, em última análise, o que estamos tentando fazer é lidar com
as alterações climáticas, que são a crise existencial do nosso tempo.
BBC News Brasil – O presidente Lula, na viagem a Nova York,
tinha por objetivo atrair investidores americanos para obras do Programa
de Aceleração do Crescimento em energia eólica e solar, especialmente
no nordeste do país. O senhor vê esse interesse no setor privado
americano?
Fernandez – Com certeza. Sei que existe um grande
interesse também por parte de muitas empresas europeias. O Brasil é um
excelente candidato para energia eólica e solar e já é líder em energias
renováveis. Há uma série de empresas que estão muito otimistas em
trabalhar com o Brasil e sentem que o país já está pronto agora para
mais energia renovável.
O Brasil tem uma ótima rede hidrelétrica, mas vimos o que acontece em
tempos de seca, e é por isso que o presidente Lula quer diversificar
para outras fontes de energia renovável e é por isso que as empresas
estão interessadas.
BBC News Brasil – Há uma certa frustração no governo
brasileiro que diz ouvir muitos questionamentos sobre os investimentos
chineses no país, mas ao mesmo tempo afirma que os investidores
americanos não aparecem nas concorrências quando elas são abertas.
Fernandez – O Brasil está ansioso e queremos mais
investimentos dos EUA no Brasil. Lembre-se que os EUA continuam sendo,
de longe, o maior investidor na América Latina e também o maior parceiro
comercial da América Latina e do Caribe, por isso queremos fazer parte
da solução e trabalharemos com o Brasil para tentar incentivar empresas a
investirem nisso.
Assim como estamos incentivando as empresas brasileiras a virem para
os EUA, nossos números comerciais cresceram tremendamente nos últimos
dois anos. Nossas relações são bastante saudáveis.
Mas nós não podemos dormir sobre o nosso sucesso. Precisamos
continuar atentos porque quando você tem um país com o potencial que o
Brasil tem na região, ele tem que estar na frente e no centro dos seus
planos.
O direito de ficar calado em questionamentos potencialmente
incriminato´rios foi concedido ao “pai da soja”, como é conhecido, pelo
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)Dias Toffoli nesta segunda-feira, 2.
Bedin foi convocado pelo colegiado como testemunha. Ao iniciar a sessão pelas perguntas da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA),
o empresário informou que não falaria. “Eu vou exercer o meu direito de
permanecer calado”, disse. O “pai da soja” foi o primeiro suspeito de
financiar os atos convocado pela CPMI.
Durante a oitiva, o empresário começou a chorar durante a fala do deputado federalFilipe Barros (PL-PR).
Segundo o bolsonarista, o empresário não deveria ser investigado por
ter colaborado com uma manifestação que tinha como objetivo ser
pacífica. “As nossas manifestações (da direita) sempre foram
pacíficas. Um empresário exemplar pro nosso País, como o senhor Argino
Bedin, eventualmente ajuda mais uma dessas manifestações, só que nessa
manifestação deu o que deu no dia 8. Ele pode ser responsabilizado por
isso? É óbvio que não”, disse Barros.
Bedin foi consolado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
“Este senhor tem 72 anos de idade. Em novembro de 2022, teve seus bens
bloqueados. Como poderia ter financiado qualquer coisa? Estou esperando o
Excelentíssimo ministro dos Direitos Humanos vir acompanhar uma sessão
desta CPMI e ver o que fizeram e continuam fazendo com crianças,
mulheres e idosos”, disse a senadora.
Durante o segundo momento da CPMI, após o almoço, o empresário não usou o direito ao silêncio ao responder a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).
Mas foi sucinto nas respostas. Questionado se ele se considera
inocente, disse “com certeza”. E afirmou que “não” se sentiu intimidado
com o colegiado. “Nem um pouco”, disse.
Estava previsto para esta quinta-feira, 5, o depoimento do soldado da
Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Beroaldo José de Freitas
Júnior, que participou da defesa do Congresso Nacional durante os ataques às sedes dos Três Poderes. Porém, a oitiva não será realizada.
Empresário é acusado de financiar atos antidemocráticos
Um levantamento do Estadão com base em documentos da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrou que a família de Argino, que é tradicional no agronegócio de soja em Sorriso, em Mato Grosso,
doou R$ 160 mil em repasses feitos para a campanha à reeleição de
Bolsonaro. Além disso, foi constatado que 15 caminhões que se deslocaram
até o Quartel-General do Exército após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pertenciam aos Bedin.
A abertura do código-fonte das urnas eletrônicas para as eleições de
2024 às entidades fiscalizadoras ocorre na manhã desta quarta-feira (4),
às 10h.
A solenidade, conduzida pelo presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, inaugura o “Ciclo de
Transparência – Eleições 2024”. O evento é o primeiro que compõe as
atividades de transparência coordenadas pela Corte referentes às
eleições municipais de 2024, quando serão eleitos prefeitos e
vereadores.
As entidades fiscalizadoras podem tirar eventuais dúvidas sobre os
equipamentos e o processo eleitoral do ano que vem durante o evento.
O código-fonte é aberto às entidades fiscalizadoras um ano e dois
dias antes das eleições municipais do ano que vem, que será em 6 de
outubro.
Ele ficará disponível em tempo integral em uma sala de vidro no
subsolo do TSE até a fase de lacração das urnas, às vésperas da votação.
Até lá, podem analisar o código-fonte as instituições públicas,
órgãos federais, partidos políticos, universidades e a sociedade civil,
apenas mediante agendamento.
O que é o código-fonte?
O código-fonte da urna eletrônica é um conjunto de comandos com
linguagem de programação de computador que servem para fazer funcionar
os programas eleitorais que rodam no equipamento.
Conforme o TSE, todos esses programas e sistemas permanecerão abertos
para análise das entidades fiscalizadoras, em tempo integral, numa sala
de vidro no subsolo do tribunal até a fase de lacração dos sistemas,
nas vésperas do pleito.
Até lá, podem fiscalizar os comandos instituições como partidos
políticos, órgãos federais, universidades e a sociedade civil. É preciso
fazer agendamento prévio no TSE.
No final de setembro, o TSE aprovou a retirada das Forças Armadas e
do Supremo Tribunal Federal (STF) do rol de entidades fiscalizadoras.
O que pode ser analisado?
Todos os sistemas da urna eletrônica ficam disponíveis para avaliação da sociedade, incluindo:
Sistema operacional;
bibliotecas;
programas de criptografia e respectivos compiladores;
sistemas utilizados na geração de mídias;
sistemas usados na transmissão, no recebimento e no gerenciamento dos arquivos de totalização.
Fiscalização
Antes das eleições de 2022, nove entidades foram ao TSE para examinar
a programação das urnas eletrônicas, entre novembro de 2021 e agosto de
2022.
A abertura dos códigos-fonte dos softwares da urna eletrônica é um
procedimento realizado pela Justiça Eleitoral, pelo menos um ano antes
de cada eleição.
Eventuais inconformidades encontradas pelas entidades fiscalizadoras
devem ser apresentadas ao TSE, que é responsável por corrigi-las e
demonstrar os ajustes realizados.
Todas as alterações realizadas nos sistemas são rastreáveis e ficam disponíveis para verificação das entidades fiscalizadoras.
O novo passaporte brasileiro começou a ser emitido nesta terça-feira, 3, em todo o Brasil. A emissão é feita pela Polícia Federal após
pedido formal do interessado. A nova família de passaportes visa a
aprimorar e modernizar os elementos de segurança dos documentos de
viagem brasileiros, segundo o Ministério de Relações Exteriores. No exterior, o modelo começará a ser expedido em embaixadas e consulados do Brasil apenas em 2024.
Conforme a pasta, haverá um período de transição durante o qual o
modelo atual e o antigo deverão conviver. Os passaportes já expedidos
continuam sendo aceitos até a data de validade. Na nova versão, o
passaporte inclui em suas páginas figuras que representam a flora e a
fauna brasileiras.
O documento também conta com imagens que só podem ser vistas na luz
ultravioleta e mais marcas d’água, o que oferece mais segurança contra
fraudes.
Esta é a maior mudança no passaporte brasileiro em oito anos: em
2015, o documento ganhou um chip para consulta eletrônica e teve o prazo
de validade dobrado de cinco para dez anos – esse prazo continua em
vigor.
Para solicitar a nova via do documento basta acessar o sistema no
site do governo federal, preencher um formulário, pagar a taxa e agendar
o atendimento. Na data, é preciso comparecer à unidade selecionada,
munido da documentação, inclusive o passaporte vencido, se houver.
De acordo com o ministério, a taxa para emissão do passaporte comum
continua a mesma, de R$ 257,25, desde que seja apresentado o documento
vencido. Para emissão de segunda via de passaporte válido extraviado ou
perdido esse valor dobra (R$ 514,50). Já para emissão do passaporte de
urgência e emergência o valor é de R$ 334,42.
As regras para o documento de emergência continuam as mesmas, entre
elas necessidade de trabalho, catástrofes naturais, viagem imediata em
razão de saúde do requerente, cônjuge ou parente próximo e ajuda
humanitária. A entrega do passaporte será feita na mesma unidade do
agendamento. Se não for retirado em 90 dias, o documento é cancelado e o
requerente perde a taxa paga.
Mudanças
Em sua capa, o novo passaporte voltou a exibir o brasão da República,
no lugar das estrelas do Cruzeiro do Sul do modelo anterior, mas agora
com um novo design de linhas decorativas.
Nas páginas internas, foram desenhados em cores ícones
representativos dos diversos biomas e culturas de todas as regiões
brasileiras.
Na página com os dados da pessoa, além da foto colorida tirada no
momento da confecção do documento, foi inserida uma foto em preto e
branco formada com dados biométricos do requerente.
O novo passaporte tem tecnologia antifraude e informações protegidas por um laminado de segurança.
Na viagem ao exterior, o passaporte não pode ser substituído pela
nova Carteira de Identidade Nacional, segundo o governo. Isso porque o
Brasil tem acordos para uso do RG (Registro Geral) apenas com países do
Mercosul. Nos demais países, o passaporte continua sendo o documento
obrigatório.
A secretária nacional de Informação e Saúde Digital do Ministério da
Saúde, Ana Estela Haddad, disse, nesta terça-feira (3), em São Paulo, ao
participar do segundo dia do 1º Simpósio Internacional de Transformação
Digital no SUS, que espera da digitalização do SUS (Sistema Único de
Saúde) mais do que produtos para consumir e sim a transformação de um
conceito de saúde digital que fortaleça princípios do sistema.
“Não é só a implantação dessa ou daquela tecnologia, mas de ser
orientada pelas forças políticas e econômicas que fortaleçam a ideia de
uma cultura e política em saúde que seja para todos, que seja
inclusiva”, afirmou.
Para Ana Estela, essa transformação talvez seja hoje uma das ações
mais estruturantes e necessárias para organizar os muitos bancos de
dados que precisam começar a gerar mais informações.
“Então, é usarmos a inteligência artificial e a capacidade analítica
que já se tem para poder processar e gerar informações estratégicas para
a tomada de decisão. Sejam tomadas de decisão por processo de atenção à
saúde, desde a promoção, prevenção, tratamento, reabilitação, mas
também para vigilância e para prevenção de futuras emergentes
sanitárias”, explicou.
Ela citou, ainda, a importância de fortalecer o processo de formação
para transformação digital de todos os atores que participam desse
processo, além de fomentar a pesquisa para inovação. “São todas as ações
que têm uma transversalidade com tudo aquilo que o SUS e o Ministério
da Saúde fazem”, acrescentou.
Ana Estela disse, também, que essa é uma ação estruturante para que
toda a população possa se beneficiar e fazer com que as tecnologias
fortaleçam o processo de atenção, ampliando o acesso e melhorando a
linha de cuidado e a continuidade do cuidado. “Isso porque em um modelo
híbrido em que se usa a tela em saúde pode-se também estar mais próximo
do paciente não só dependendo do transporte físico, da presença física”,
avaliou.
A secretária considera que o processo está avançando rápido e que, em
breve, será possível lançar o programa. “O que sentimos é isso. Nós
tivemos ontem mais de 10 mil acessos remotos ao seminário, além dos 600
participantes presenciais. Assim, parece que está todo mundo muito
atento e sensível a essa necessidade. Isso é muito bom, porque eu acho
que vai nos fazer avançar mais rápido porque vamos trabalhar juntos”,
destacou.
Momento especial
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, observou que o simpósio acontece
em um momento especial porque 2023 foi um ano de reconstrução de muitas
políticas e que todas elas vieram com uma visão não só de atualização,
mas de sanar os grandes desafios que foram reforçados no cenário da
pandemia de covid-19.
“Sejam desafios que se expressam tanto em determinações como as
mudanças climáticas, mas que colocam também a questão da autonomia dos
países na produção dos seus insumos de saúde, a visão da importância que
a inovação tenha como fim o atendimento à superação das graves
desigualdades como ocorrem no nosso país. Portanto, a inovação digital
tem como foco o fortalecimento do nosso Sistema Único de Saúde, que está
no centro da agenda de governo”, disse.
O mercado de eventos no Brasil está crescendo cada vez mais, mesmo
com todas as adversidades econômicas e políticas que o país vive nos
últimos anos. Isso se deve por inúmeros fatores, mas acredito que o
principal deles é que a forma com que organizadores e o público se
relacionam com os eventos foi mudando e acompanhando uma tendência
mundial: a de viver experiências.
Ao pensar em festivais de entretenimento, por exemplo, é possível
perceber claramente essa mudança ao compararmos as primeiras edições com
as mais atuais. O line-up (ou seja, os artistas e bandas que se
apresentam em determinado evento), deixou de ser o principal atrativo, e
espaços gastronômicos, de lazer, de descanso e até mesmo as estruturas
de decoração passaram a fazer parte da experiência de participar de
alguns desses festivais.
Em eventos corporativos, como palestras, congressos e seminários,
espaços voltados para a realização de networking e a exposição de alguns
serviços relacionados às temáticas principais do evento também são
exemplo de como transformar a experiência dos participantes. Em suma, é
possível dizer que não somente aqueles que organizam eventos estão
preocupados com o que oferecem em suas produções — os clientes e
participantes também estão em busca de algo “novo”, “memorável”,
“inesquecível”.
Com quase sete anos de Sympla e tendo uma experiência anterior como
produtor, tive a oportunidade de conhecer diversos eventos e seus
organizadores, assim como também tive o privilégio de acompanhar o
surgimento e o crescimento de vários deles. Uma das vantagens de fazer
parte de um SaaS que contribui para o desenvolvimento desse mercado é
exatamente esta: poder participar do progresso e das melhorias no que
tange ao pré, ao durante e ao pós-evento.
Foram mais de 320 mil eventos que passaram pela Sympla e deixaram
seus erros, acertos e muitos aprendizados para toda a equipe. Hoje,
posso dizer que consigo olhar e compreender como a produção de eventos
pode se tornar um canal de posicionamento e aquisição de clientes para
muitas empresas e negócios, sendo um meio extremamente estratégico para
promover o crescimento.
Seguindo a tendência de que as pessoas estão em busca de novas
experiências, o mercado está em crescimento e fazer eventos pode ser uma
ótima estratégia de Marketing e Vendas para empresas, gostaria de
compartilhar com vocês alguns exemplos de eventos que foram muito bem
realizados e cumpriram com seu objetivo: promover um crescimento
exponencial para a empresa realizadora.
POR QUE ORGANIZAR UM EVENTO?
Um evento organizado por uma empresa normalmente tem um caráter mais
corporativo e pode ser feito em diversos formatos, tais como,
congressos, seminários, cursos, workshops, conferências ou feiras de
negócio. Para as empresas, a realização de um evento é considerada como
um “marco”: momento no qual todo o esforço de planejamento é,
literalmente, materializado e entregue, colhendo (ou não) os frutos
esperados.
E isso acontece pois os eventos corporativos são uma das melhores
formas de criar um relacionamento mais pessoal, informal e próximo entre
empresas e clientes, negócios e leads. Não que as conexões digitais e
redes sociais sejam ruins ou prejudiciais, mas nada melhor do que estar
presente de corpo e alma com seu possível cliente.
Os eventos são uma ótima opção para quem quer captar leads,
apresentar seu trabalho para o mercado e fechar novos negócios. Com
eles, é possível atrair clientes, posicionar-se e estabelecer laços
muito próximos com os participantes. Já imaginou conversar com pessoas
interessadas em seu trabalho em um espaço que reúne profissionais do
ramo? Pois bem, essa é uma das principais motivações de empresas que
começam a organizar eventos.
Além disso, ao organizar um evento, você tem a oportunidade de trazer
toda a experiência da sua empresa para os participantes, podendo expor
seus valores, missão, objetivos e visão de futuro ou do próprio mercado
no qual atua.
QUANDO ORGANIZAR UM EVENTO?
Não existe um “momento perfeito” ou regras que estabeleçam a melhor
época ou as circunstâncias ideais para a realização de um evento – gosto
de dizer que toda hora é hora de organizar um, desde que você tenha
seus motivos e objetivos bem claros. Para empresas ou pessoas que
desejem divulgar ou expandir seu negócio, é possível pensarmos em alguns
objetivos principais.
Pode-se afirmar que existem três grandes motivadores para a realização de um evento corporativo, sendo eles:
posicionamento de mercado;
aquisição de leads ou relacionamento com clientes;
exposição de novas tendências do mercado.
Para entender melhor as diferenças e particularidades de cada um
desses motivadores, vou detalhá-los um pouco mais. Assim, você também
saberá identificar em que momento sua empresa ou negócio se encontra e
poderá escolher melhor o objetivo do seu evento.
EVENTO DE POSICIONAMENTO DE MERCADO
O objetivo de um evento de posicionamento não é segredo, não é mesmo?
Como o nome mesmo já diz, a proposta principal desse tipo de produção é
posicionar-se no mercado. Esse tipo de evento é realizado, normalmente,
para o lançamento de alguma empresa ou para a apresentação de novos
produtos ou serviços de uma empresa já existente.
Contudo, o evento de posicionamento também pode ser realizado para se
posicionar como uma autoridade dentro do mercado no qual a empresa já
atua ou no que está entrando. Nesse aspecto, gosto de trazer o exemplo
de um de nossos parceiros, a Resultados Digitais.
A Resultados Digitais organiza, desde 2013, o RD Summit que, após
cinco edições apenas, já é considerado o maior evento sobre Marketing
Digital e Vendas da América Latina, reunindo, em Florianópolis,
profissionais de áreas relacionadas vindos de todo o país. O RD Summit
auxiliou (e muito) a Resultados Digitais a se estabelecer como
autoridade no assunto: na edição de 2018, são esperadas mais de 8 mil
pessoas!
EVENTO PARA A AQUISIÇÃO DE LEADS OU RELACIONAMENTO COM CLIENTES
Os eventos para a aquisição de novos leads ou para trabalhar um
melhor relacionamento com os clientes são, normalmente, realizados em um
segundo momento. É comum que esse tipo de evento aconteça na sequência
da estratégia de posicionamento – mesmo que você opte por não organizar
um com essa motivação. Independentemente de ser realizado após um evento
de posicionamento, os eventos para aquisição têm dois propósitos bem
claros:
criar um relacionamento mais próximo com seu cliente ou potencial cliente;
converter esse potencial cliente ou realizar um upsell em seus atuais clientes.
Sendo assim, é possível afirmar que estes eventos têm como abordagem
principal não o motivador “aquisição de clientes”, mas tudo aquilo que
promova isso como consequência imprescindível. Usufruir e reforçar sua
autoridade sobre determinado assunto em um evento organizado por você
ajuda a comprovar o quanto você é realmente a melhor opção de empresa ou
serviço, além de mostrar que você realmente entende do assunto.
A maior parte dos eventos realizados por empresas conhecidas é
organizado tendo como base esse motivador. E é claro que, se eles
continuam acontecendo cada vez mais, é por estarem conseguindo cumprir
com seus objetivos!
EVENTO PARA A EXPOSIÇÃO DE NOVAS TENDÊNCIAS DO MERCADO
Na minha opinião, os eventos realizados para a exposição de novas
tendências do mercado são, apesar de mais complexos de organizar, os
mais interessantes para participar.
É comum que esse tipo de evento seja organizado por empresas
consolidadas e conhecidas – que, normalmente, já passaram pelo ciclo
anterior de organizar eventos de posicionamento e, em sequência, os de
aquisição – e, por isso, já têm uma autoridade em alta para debater e
apresentar tendências sobre aquele mercado.
É simples, se pensarmos nos motivadores que apresentei aqui. As
empresas já se posicionaram, já adquiriram novos leads, já melhoraram o
relacionamento com seus clientes e, agora, possuem o know-how necessário
para olhar para o futuro – e mostrar para os participantes o que eles
podem esperar para o mercado nos próximos cinco ou dez anos.
Os eventos de tendências direcionam o mercado para o que vai
acontecer nos próximos anos, mostrando o lugar aonde vamos chegar e
indicando os melhores caminhos para chegarmos bem. É um espaço ótimo
para já pensar em ações que devem começar a ser feitas agora, mas que
gerarão resultado apenas em alguns anos.
Um bom exemplo de evento de tendência é o INBOUND, evento organizado
pela Hubspot e que acontece em Boston, nos Estados Unidos. Desde as
últimas edições, ele tem trazido painéis e keynotes com outras visões do
mercado, além de apresentar o que acham que será do Inbound Marketing
nos próximos anos. Isso sem deixar de apresentar o conteúdo rico que
fortaleceu o posicionamento da marca e promoveu uma grande aquisição de
clientes nas primeiras edições.
A organização de um evento pode trazer diversos benefícios para sua
empresa ou negócio, muito além do que foi abordado neste artigo. Agora, é
só colocar no papel o que você deseja alcançar e botar a mão na massa!
Se precisar de alguma ajuda, pode contar com a Sympla, empresa de
gestão de eventos, venda de ingressos e inscrições. Tem atualmente o
maior número de eventos simultâneos à venda no Brasil.
Cofundador e CEO da Sympla, plataforma líder no Brasil em venda de
ingressos e gestão de eventos, Rodrigo é formado em Comunicação Social
pela PUC-Minas, com mestrado em Administração de Empresas pela
Universidade de Girona, na Espanha. Empreendedor de nascença, aos 37
anos contabiliza sete empreendimentos diferentes na carreira. Após nove
anos fora do Brasil, período em que abriu negócios na Espanha e na
Hungria, retornou em 2012 para fundar a Sympla.
Descubra o Marketplace Valeon do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores
Moysés Peruhype Carlech – ChatGPT
O Vale do Aço é uma região próspera e empreendedora, conhecida por
sua indústria siderúrgica e seu ambiente de negócios dinâmico. Agora
imagine ter um único local onde você pode encontrar todas as informações
e recursos necessários para ter sucesso nesse ambiente competitivo.
Bem-vindo ao Marketplace Valeon do Vale do Aço – um hub online que
engloba empresas, notícias, diversão e empreendedorismo, oferecendo uma
plataforma única para empresários e gerando leads valiosos.
Um ecossistema empresarial abrangente:
O Marketplace Valeon do Vale do Aço reúne empresas locais de diversos
setores em um só lugar. Com uma interface intuitiva, os usuários podem
facilmente encontrar e se conectar com fornecedores, parceiros
comerciais e clientes potenciais na região. A plataforma oferece uma
ampla gama de categorias de negócios, desde indústrias tradicionais até
empresas inovadoras, garantindo que todos os empreendedores encontrem as
oportunidades certas para expandir seus negócios.
Notícias e insights atualizados:
Além de ser um diretório empresarial, o Marketplace Valeon do Vale do
Aço também oferece um fluxo contínuo de notícias e insights relevantes
para os empresários da região. Através de parcerias com veículos de
comunicação locais e especialistas em negócios, a plataforma mantém os
usuários informados sobre as últimas tendências, oportunidades de
mercado, mudanças regulatórias e eventos relevantes. Essas informações
valiosas ajudam os empresários a tomar decisões informadas e a se
manterem à frente da concorrência.
Diversão e engajamento:
Sabemos que a vida empresarial não é só trabalho. O Marketplace
Valeon do Vale do Aço também oferece uma seção de entretenimento e
lazer, onde os usuários podem descobrir eventos locais, pontos
turísticos, restaurantes e muito mais. Essa abordagem holística permite
que os empresários equilibrem o trabalho e a diversão, criando uma
comunidade unida e fortalecendo os laços na região.
Foco no empreendedorismo:
O Marketplace Valeon do Vale do Aço é uma plataforma que nutre o
espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos,
também oferece orientação e suporte para os empresários que desejam
iniciar seus próprios negócios. Com seções dedicadas a tutoriais,
estudos de caso inspiradores e conselhos de especialistas, o marketplace
incentiva e capacita os empreendedores a alcançarem seus objetivos.
Geração de leads para os empresários:
Uma das maiores vantagens do Marketplace Valeon do Vale do Aço é a
capacidade de gerar leads qualificados para os empresários. Com um
público-alvo altamente segmentado, a plataforma oferece a oportunidade
de se conectar diretamente com potenciais clientes interessados nos
produtos e serviços oferecidos pelas empresas cadastradas. Isso
significa que os empresários podem aumentar sua visibilidade, expandir
sua base de clientes e impulsionar suas vendas de forma eficiente.
Conclusão:
O Vale do Aço é uma região cheia de oportunidades e empreendedorismo,
e o Marketplace Valeon do Vale do Aço se torna um recurso indispensável
para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial
abrangente, notícias atualizadas, diversão, suporte ao empreendedorismo e
a geração de leads qualificados, o Marketplace Valeon se destaca como
uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios na região. Não
perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o
poder do Marketplace Valeon do Vale do Aço para o seu sucesso
empresarial.
A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz
divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a
atenção para as seguintes questões:
• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou
pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas
para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.
• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se
expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação,
vendas, etc.
• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:
a) Digitalização dos Lojistas;
b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;
l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;
m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.
Vantagens competitivas da Startup Valeon:
• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar
rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a
Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando
para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.
• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos
contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam
dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses
parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do
Aço para os nossos serviços.
• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois
são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.
• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.
• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do
mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas
desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na
divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso
funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia,
inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande
empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar
tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos
manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em
como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.
• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de
divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu
faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao
site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Proposta:
Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas
Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de
divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que
os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.
Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada
empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços,
telefone, WhatsApp, etc.
O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja
também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação
das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site
de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a
comunicação dos clientes com as lojas.
Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais
do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos
tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa
história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
É de se duvidar se o gênero humano é de fato racional. Se assim fora,
não hesitaria em adotar medidas que primeiro mitigassem e, em seguida,
neutralizassem os nefastos efeitos da mudança climática, provocada por
nossa insanidade.
Quando se ouve falar que “a era da ebulição global chegou”,
declaração do Secretário-Geral das Nações Unidas, o português António
Guterrez e não se verifica uma comoção geral no planeta, fica-se entre o
espanto e a frustração.
Julho foi o mês mais quente dos últimos oitenta anos. Ou seja, desde
que começou a apuração da temperatura da Terra. É consequência da
intensificação do lançamento de gases do efeito estufa na atmosfera. Na
China, a temperatura chegou a 50 graus. Nos Estados Unidos, rodovias se
partiram ao meio e os operários da construção civil tiveram de misturar
gelo ao concreto, para evitar que as vigas não se rachariam ao secar.
Pessoas que caíram no asfalto se queimaram tanto que tiveram de se
hospitalizar em Phoenix, capital do Arizona. A Grécia ardeu em chamas.
Na Sicília, canos subterrâneos derreteram e deixaram meio milhão de
pessoas sem energia. Os filmes apocalípticos foram superados pela
trágica realidade.
Tudo isso acaba com o turismo, com a saúde e com o futuro. E tem
preço. O “Atlas da Mortalidade e de Perdas Econômicas Causadas por
Fenômenos Climáticos e Hídricos Extremos” registra que os mais de onze
mil desastres naturais associados ao clima ocorridos entre 1970 e 2019
tenham gerado custos de US$ 3,64 trilhões, ou R$ 17,22 trilhões na
cotação atual. Outro relatório da auditoria Deloitte projeta que,
mantidos os padrões de emissão de carbono, essas perdas globais
totalizarão US$ 178 trilhões, ou R$ 841 trilhões. Dá para imaginar?
Todos os aspectos da vida – não apenas humana – serão afetados.
Agricultura, “a cereja do bolo” brasileira e a saúde serão as áreas mais
prejudicadas.
O prejuízo é muito maior do que esses cálculos, embora pareçam
astronômicos. Isso porque a questão climática sempre foi considerada um
tema de menor importância, vinculada à ecologia, cujos apóstolos foram
ridicularizados e folclorizados durante muito tempo.
Nada obstante, se as pessoas que têm poder e autoridade fossem
realmente inteligentes, estariam empenhadas na aceleração da transição
energética. Toda empresa quer baixar seus custos, inclusive os de
energia. E a energia mais barata é a solar ou eólica. Um mercado global
de US$ 21 trilhões. Enquanto isso, cumprir o Acordo de Paris
representaria lucros de US$ 43 trilhões, ou R$ 203 trilhões.
Para se atingir essa meta, as emissões de gases causadores do efeito
estufa deveriam se reduzidas em ao menos 48% até 2030. Isso demandaria
mobilização muito maior de políticos e da sociedade civil do que se
verifica hoje, com a pasmaceira, a inércia e a insensibilidade
predominando.
O interesse do setor privado é que pode fazer a diferença. Existe
tecnologia suficiente para reverter a tendência que nos aproxima do
ponto de inflexão irreversível. Quando a redução das emissões for
avaliada economicamente, então o mercado se sensibilizará.
Também é preciso despertar a sociedade civil, anestesiada por uma
série de ismos nefastos: egoísmo, consumismo, materialismo, dentre
outros. Seria impossível não se converter para a causa ecológica, depois
de verificar os dramas ocorridos em todo o mundo e também aqui.
A dimensão temporal do problema se alterou de maneira expressiva.
Antes se dizia que dentro de um século a humanidade sofreria as
consequências de sua imprudência. Mas as coisas terríveis estão
ocorrendo aqui e agora. Por isso é de se confiar na juventude, para que
ela, com entusiasmo e fervor, sacuda as estruturas estatais muito mais
ligadas em eleição e na matriz da pestilência chamada reeleição.
Invocar o lema inicial dos primeiros ambientalistas: “Pensar
globalmente, agir localmente”. Atuar em cada área de influência, para
que os humanos adquiram juízo e ao menos comprovem sua condição de seres
racionais. Recuso-me a crer que somos tão obtusos, ignorantes e cegos,
que não enxerguemos nossa caminhada célere rumo ao suicídio coletivo.
*José Renato Nalini é reitor da Uniregistral, docente da
pós-graduação da Uninove e secretário-geral da Academia Paulista de
Letras
BRASÍLIA – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
defendeu nesta segunda-feira, 2, que a Casa discuta o mandato de
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) após o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) definir o segundo indicado para uma vaga na
Corte. Rosa Weber se aposentou na semana passada do STF, dias antes de
completar 75 anos, quando se aposentaria compulsoriamente. O presidente Lula ainda não definiu quem ocupará a vaga.
Pacheco já havia manifestado publicamente a defesa da fixação de
mandatos de ministros do STF anteriormente. “Seria bom para o
Judiciário, para a sociedade brasileira, ter uma limitação do mandato de
ministro do STF. Agora que já resolverá a segunda vaga de
responsabilidade do presidente Lula, é o momento de iniciarmos a
discussão no Senado e buscarmos a elevação da idade mínima para ingresso
no STF e a fixação de mandatos na Suprema Corte em um tempo que dê
estabilidade jurídica para a jurisprudência no país. É aplicado em
outros países do mundo e defendida em diversos segmentos, inclusive por
ministros e ex-ministros do STF”, disse Pacheco em entrevista coletiva
nesta segunda-feira.
A fixação de mandatos para ministros do Supremo teria de ser
estabelecida por meio de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Na
semana passada, essa possibilidade chegou a ser discutida em reunião de
Pacheco com líderes do Senado.
Atualmente, as únicas regras para os ministros da Suprema Corte é que
precisam ter mais de 35 anos. Aos 75, eles se aposentam
compulsoriamente – ou seja, alguns podem ter mais de 30 anos de atuação
no STF.
O decano da Corte atualmente é o ministro Gilmar Mendes, indicado
pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso em 2002, aos 46 anos.
Ele pode ficar na Corte até 2030.
PEC pode permitir derrubada de decisões da Corte
Além da ideia de definir mandatos para os ministros do STF, o
Congresso debate outra medida que pode impactar a Corte. Trata-se da PEC
que permite que o Legislativo derrube decisões do Supremo. O texto foi protocolado na semana passada na Câmara dos Deputados, após receber assinatura de 175 parlamentares.
A mobilização no Congresso, fortemente encampada pela oposição, vem
após a Corte aprovar medidas que o Legislativo considera como invasão de
suas atribuições, como no debate sobre descriminalização do porte de
maconha para uso pessoal, a derrubada do marco temporal e a discussão
sobre a descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação.
A PEC propõe que o Congresso poderia “deliberar, por três quintos dos
membros de cada Casa legislativa, em dois turnos, sobre projeto de
Decreto Legislativo do Congresso Nacional, apresentado por 1/3 dos
membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que proponha sustar
decisão do Supremo Tribunal Federal que tenha transitado em julgado, e
que extrapole os limites constitucionais”, prevê o texto.