BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem
qualquer impedimento para voltar a trabalhar após ser submetido a uma
cirurgia no quadril direito, desde que por meio do telefone ou
teleconferências e mantenha sua rotina de fisioterapia, informou o
médico Roberto Kalil, acrescentando que visitas estão proibidas pelo
menos nas duas primeiras semanas do pós-operatório.
Médico de Lula de longa data, Kalil disse que não há grandes
alterações no outro quadril do presidente e não há programação de uma
cirurgia do tipo no lado esquerdo.
“O presidente fará fisioterapia, mas nada impede dele, à distância,
trabalhar normalmente, dependendo da vontade dele e da necessidade”,
disse o médico em entrevista à GloboNews, acrescentando que visitas
estão “terminantemente proibidas pelo menos pelas duas primeiras
semanas”.
“Não há nenhum impedimento. O presidente não está doente. O
presidente apenas está fazendo sessões de fisioterapia após uma
cirurgia”, afirmou.
“Conversamos muito com o presidente, com a Janja, em relação a não
receber visitas — pelo risco, ele está em um pós-operatório. Você
imagina se vai alguém com Covid apesar de o presidente estar vacinado”,
explicou Kalil.
O presidente recebeu alta do hospital no domingo, após passar pelo procedimento cirúrgico na sexta-feira.
A expectativa inicial era que a liberação do hospital Sírio-Libanês,
em Brasília, ocorresse na terça-feira, mas a alta foi antecipada “após
boa evolução clínica”, segundo boletim médico.
A operação ocorreu sem intercorrências e Lula já fez sua primeira
sessão de fisioterapia nesta segunda-feira no Palácio da Alvorada,
segundo Kalil.
A artoplastia do quadril com colocação de prótese foi realizada em
Lula na sexta-feira para sanar problema ortopédico que ocorre com a
idade, um desgaste na cartilagem que reveste a articulação entre o osso
da perna e o quadril. Lula aproveitou a internação e a anestesia para
fazer um procedimento de correção das pálpebras.
A Meta, empresa detentora do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou o lançamento da chamada Meta AI. A novidade promete uma forma inovadora de interação com os usuários, por meio de inteligência artificial.
O anúncio acabou sendo veiculado na Meta Connect 2023, conferência
anual da empresa, onde Mark Zuckerberg, CEO da Meta, apresentou variados
recursos de IA.
O que é a nova Meta AI?
A inteligência artificial atuará como uma espécie de ChatGPT integrado
aos aplicativos da empresa, permitindo que os usuários façam perguntas
sobre os mais diversos temas e obtenham respostas de maneira direta
através dos aplicativos.
A princípio, a Meta AI funcionará na versão Beta e estará disponível apenas para os Estados Unidos.
A ferramenta visa tornar a experiência do usuário com os aplicativos
da empresa mais interativa e personalizada. Além de responder perguntas e
conduzir conversas, a Meta AI oferecerá outros recursos.
Quais recursos a ferramenta irá oferecer?
Edição de imagens no app: o usuário poderá criar
imagens com amigos ou mesmo fazer edições individuais em suas
fotografias no Instagram, através de ferramentas com restyle e backdrop.
Os usuários poderão adicionar estilo às imagens, alterar a cena ou o
plano de fundo, entre outras edições.
Assistentes virtuais: os usuários poderão fazer
perguntas e gerar imagens nos chatbots, que serão interpretados por
personalidades famosas, como o rapper Snoop Dogg, a socialite Paris
Hilton, o atleta de futebol americano Tom Brady, a modelo Kendall Jenner
e muito mais.
Criação de figurinhas personalizadas: como
anunciado por Mark Zuckerberg, dono da Meta, a Meta AI permitirá a
criação de figurinhas personalizadas em todos os aplicativos da
companhia. A ferramenta transforma comandos de texto em figurinhas.
Créditos: Reprodução/Meta
A Meta AI é resultado de uma evolução contínua na maneira como as
pessoas interagem virtualmente. A inteligência artificial presente no
Chat GPT promete mais facilidade para os usuários obterem informações e
auxiliarem nas suas conversas diárias.
Além disso, a ferramenta de edição de imagens usando a IA poderá
transformar a experiência de compartilhamento de fotos e figurinhas.
WhatsApp deixará de funcionar nestes 15 celulares em breve; veja a lista
Descubra se o seu celular é um dos afetados e saiba como garantir o uso contínuo do popular aplicativo de mensagens
Por: Redação Catraca Livre
Créditos: Divulgação/WhatsApp
WhatsApp deixará de funcionar nestes celulares
A partir do dia 24 de outubro, uma nova atualização do popular WhatsApp pode
levar à desconexão de 15 modelos diferentes de celulares e tablets.
Esses eletrônicos são principalmente aqueles com sistema operacional
Android 4.1 ou sistemas ainda mais antigos.
Segundo informações oficiais do aplicativo, a partir do próximo mês,
aqueles usuários que possuem os modelos que perderão suporte devem
considerar a aquisição de aparelhos com sistemas operacionais mais
recentes.
Para continuar utilizando o WhatsApp, é necessário que o smartphone
esteja operando sistemas Android acima do 5.0, iOS acima do 12 ou KaiOS
2.5.0, ou ainda mais recentes. Ainda há o alerta para que o aparelho
tenha suporte a SMS, para permitir a validação da conta.
Como saber se o meu celular é um dos afetados?
O corte no suporte do aplicativo nos modelos listados de dispositivos será efetuado no dia 24 de outubro de 2023.
Para verificar se o seu aparelho é um dos afetados pela atualização, é
possível acessar a aba de informações de software dentro das
configurações do seu dispositivo.
Confira a lista a seguir:
Galaxy Note 2
Galaxy S2
Galaxy Nexus
Galaxy Tab 10.1
Nexus 7
One
Desire HD
Sensation
Xoom
Droid Razr
Optimus 2X
Optimus G Pro
Xperia Z
Xperia S2
Xperia Arc 3
Impactos da atualização
Naturalmente, essa medida traz impactos significativos para os
usuários afetados. Isso porque, o WhatsApp é uma ferramenta essencial de
comunicação nos celulares. Seja para mensagens de texto, chamadas de
voz, vídeo chamadas ou para o envio de diversas formas de mídia. Com
isso, muitas pessoas podem se ver obrigadas a trocar de aparelho para
continuar se comunicando através do app.
Sem dúvidas, é interessante notar como o mensageiro tem se adaptado e
se aperfeiçoado ao longo dos anos, mesmo que isso signifique a
descontinuação de suporte a modelos antigos de dispositivos.
Embora seja um inconveniente para alguns, é importante lembrar que
essas atualizações e avanços tecnológicos são importantes para garantir a
segurança dos dados dos usuários e a eficácia do aplicativo.
História por JULIA CHAIB E CATIA SEABRA • Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Apesar de o próprio presidente Lula (PT)
usar as recentes descobertas da Polícia Federal como munição contra o
adversário Jair Bolsonaro (PL), alas do governo e parlamentares se
dividem sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes e dos avanços da
delação do tenente-coronel Mauro Cid.
Ministros e aliados do petista no Congresso veem com cautela a forma
como a colaboração de Cid foi firmada com o STF (Supremo Tribunal
Federal), enquanto ele estava preso. Integrantes desta ala frisam que
esse tipo de conduta lembra métodos usados durante a Operação Lava Jato.
A torcida é para que a delação de Cid seja robusta e farta em provas
porque senão, afirmam, não haveria por que fechá-la. A ausência de
evidências é uma das críticas apresentadas às delações firmadas na Lava
Jato.
Essa posição difere da do ministro Flávio Dino (Justiça), que tem
respaldado e defendido publicamente todos os atos da Polícia Federal,
que está sob seu guarda-chuva.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, métodos de investigação esvaziados
ou até mesmo enterrados pelo movimento contra a Lava Jato no STF têm
sido reconstruídos pela própria corte e por outras instâncias do
Judiciário em cerco contra o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados.
A delação de pessoas presas, por exemplo, chegou a ser comparada à
tortura pelo ministro Gilmar Mendes. Agora, o magistrado atua como um
dos principais pilares de sustentação da atuação de Moraes, que manteve
Cid detido por quatro meses e só o soltou após homologar sua colaboração
premiada.
A delação de Cid foi homologada em 9 de setembro por Moraes.
Um dos principais focos de atenção entre aliados de Lula está no
poder concentrado nas mãos do ministro. Se por um lado Moraes tem mirado
em adversários do petista, por outro lado as ações dele representam um
fortalecimento excessivo, avaliam.
Em conversas, aliados do presidente atribuem a Moraes uma origem de
centro-direita, tendo sido indicado pelo ex-presidente Michel Temer
(MDB), além do risco implícito no ativismo judicial.
Para essas pessoas, a indicação de Flávio Dino ao STF culminaria na
constituição de um triunvirato na corte, composto também por Moraes e
por Gilmar Mendes. Esses argumentos não fizeram com que Lula deixasse de
prestigiar Moraes, também ouvido nas indicações para tribunais.
Além do fortalecimento político do Supremo, entre aliados do
presidente há o receio de que se essa empreitada em cima de Bolsonaro e
aliados acabe por ampliar o poder do grupo político oposto ao de Lula.
A avaliação é que Moraes tomou as medidas necessárias para manter a
democracia frente a empreitadas golpistas de Bolsonaro, mesmo que
algumas tenha sido controversas do ponto de vista jurídico. O problema,
apontam, é que agora não se sabe mais quando essas medidas irão cessar.
Há ainda o temor de que eventualmente o ministro direcione as armas para a esquerda.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, auxiliares do presidente e aliados
no Congresso veem com apreensão uma eventual prisão em decorrência do
avanço das investigações contra o ex-presidente.
A Polícia Federal ainda não tem elementos para efetuar uma prisão
preventiva de Bolsonaro e também analisa se seria o caso de realizá-la
caso houvesse elementos para tal.
O cálculo leva em consideração os efeitos políticos que isso poderia
gerar e também a expectativa de que, no ano que vem, Bolsonaro já terá
sido condenado pelo STF.
Investigadores entendem que há provas para indiciar o ex-presidente
por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Há evidências
sobre tais crimes no caso da investigação das joias.
Questionado sobre o tema, Lula evitou falar sobre a delação em si, mas comentou as suspeitas que pairam sobre Bolsonaro.
“Eu não conheço [o teor da delação], não posso dar palpite sobre o
que eu não conheço, só sabe o delegado e o coronel que prestou
depoimento. O resto é especulação”, disse o presidente em viagem à Índia
em setembro.
Na ocasião, também disse que a cada dia se tem a certeza “de que
havia a perspectiva de golpe” e que Bolsonaro “estava envolvido até os
dentes”.
A delação de Cid contribuiu para uma série de elementos do inquérito
4874, relatado por Moraes, que reúne as investigações sobre a venda de
joias presenteadas por autoridades, a suposta falsificação de cartão de
vacina e as circunstâncias de minuta e diálogos de cunho golpista
encontrados no celular de Cid.
Os elementos apresentados pelo tenente-coronel que mais chamaram
atenção dos investigadores foram aqueles relacionados à tentativa de
golpe.
O instrumento da delação premiada foi um dos pilares das investigações da Lava Jato.
Alvos de peso da operação que assinaram os acordos anos atrás agora
ou tentam rever as obrigações impostas no passado ou fazem críticas às
circunstâncias da época em que aceitaram colaborar com as autoridades.
Nessa lista, estão ex-executivos da empreiteira Odebrecht, políticos e até um dos pivôs da operação, o doleiro Alberto Youssef.
O tema da Felicidade tem sido objeto de estudo global já há muito
tempo, mas nos últimos anos ganhou visibilidade e grande impacto no
âmbito corporativo. Hoje vemos cada vez mais empresas trabalhando o tema
de Felicidade no Trabalho por meio de programas repletos de ações,
geralmente com o objetivo de promover o bem-estar, a saúde mental, a
integração e a confraternização das pessoas no ambiente organizacional.
Embora todos os temas sejam de extrema importância para os ambientes
corporativos, para trabalhá-los de modo efetivo, é necessário
compreender que felicidade, bem-estar e saúde mental são dimensões
diferentes que compõem a sustentabilidade humana, que por sua vez
integram a sustentabilidade social que faz parte dos critérios do ESG –
Environmental, Social and Governance.
Em outras palavras, tais programas e ações que visam criar condições
pontuais — e por vezes com efeito passageiro — podem não trazer impacto
real no aumento da felicidade dos colaboradores, com aumento da saúde,
bem-estar, retenção e engajamento, como é possível observar nos recentes
movimentos de profissionais no mercado, os quais surgem como ondas com
forte impacto sobre as empresas.
Entre esses movimentos, ganhou destaque recente: a “great
resignation” ou a grande renúncia, quando profissionais solicitaram
demissão dos seus empregos; o “quiet quitting” ou demissão silenciosa,
quando profissionais permanecem nas empresas, mas realizando apenas o
estritamente necessário em uma tentativa de estabelecer limite e
equilíbrio entre vida pessoal e profissional; e o “grumpy staying”
tendência em crescimento nas empresas que ocorre quando o colaborador
permanece em seus empregos, mas não esconde sua insatisfação,
irritabilidade, resistência a mudanças e falta de engajamento,
ocasionando redução da produtividade e da moral do time, além do aumento
de conflitos e tensão.
Em 2022, tais ondas refletiram na demissão voluntária de mais de 6
milhões de brasileiros, conforme revelam dados do Ministério do
Trabalho. Frente a esta apuração, ganha ainda mais relevância o tema da
Felicidade no Trabalho no panorama nacional, mas para alcançá-la é
preciso olhar menos para fora e olhar mais para dentro. Ao invés de
buscar referências externas, procurar refletir e alinhar com as pessoas
quais ações fazem sentido, a partir da realidade das pessoas.
Para que isso ocorra, o primeiro passo é compreender qual significado
de Felicidade faz sentido para a cultura e para a maturidade da sua
empresa e sob a ótica dos colaboradores que a integram. A partir daí
buscar simetria entre as inúmeras escalas de medição da Felicidade e a
dimensão que se quer medir, considerando esse processo como evolutivo,
adaptativo, plural e contínuo.
Dessa forma, precisamos olhar também para as externalidades negativas
e eliminá-las. De nada adianta termos ações de promoção da felicidade
se nesse mesmo ambiente existem fatores de sofrimento diários sendo
negligenciados, em especial aqueles relacionados aos aspectos culturais,
ao estilo de liderança da organização e à sua capacidade de construir
segurança psicológica.
Uma forma de trabalharmos na mitigação desses fatores é conhecer e
analisar alguns indicadores importantes, entre eles: dados sobre a saúde
das pessoas da organização, se estão adoecendo quais são os motivos
para isso; a causa raiz de um turnover voluntário; os resultados da
pesquisa de clima, com o estabelecimento de planos de ação claros, bem
comunicados e elaborados com a participação das pessoas, considerando
suas particularidades e singularidades. É necessário também olhar para
um aspecto muito importante que é o da baixa eficiência operacional
gerando aumento da carga de trabalho, ou ainda a inadequação das
habilidades dos times em relação à demanda existente, gerando estresse e
conflitos.
É importante também compreender que as empresas não fazem ninguém
feliz, mas sim criam e zelam pelas condições de felicidade, além de
mitigar fatores estressores capazes de gerar sofrimento. A partir daí é
necessário que o indivíduo possa deliberar e se comprometer com a sua
própria felicidade, pois essa é uma decisão individual, ou seja, acima
de tudo é preciso entender que a felicidade é um conceito singular e não
coletivo.
Além do aspecto da singularidade é fundamental que possamos trazer
uma nova lente para o tema. Falamos muito ainda da Felicidade No
Trabalho, mas o local do trabalho, hoje, já está diluído, quando
consideramos os modelos híbrido e remoto e o conceito de “work anywhere”
— trabalho em qualquer lugar — reforçando a necessidade de não
compartimentalizarmos mais a Felicidade. Há urgência em começarmos a
falar da Felicidade de Quem Trabalha, porque somos únicos e estamos
buscando a felicidade não apenas durante o momento em que trabalhamos,
mas em todos os aspectos da nossa vida. Assim, precisamos ir além dos
muros organizacionais e dentro de um olhar integral e sistêmico,
considerar todas as dimensões do indivíduo se quisermos de fato termos
pessoas felizes trabalhando. Considerar a integralidade dos indivíduos
que estão atuando em nossa empresa e considerar por exemplo como está o
uso do seu tempo, a qualidade do seu sono, são aspectos que compõem esse
olhar.
Dessa forma entendo que o tema Felicidade deve ser mais do que um
programa da empresa com início, meio e fim; mas sim ser tratado como um
caminho, singular, contínuo e evolutivo, no qual, ao tomarmos a decisão
de iniciarmos em conjunto com as nossas Pessoas, devemos ser
responsáveis em não interrompê-lo, para que não haja ônus para o
indivíduo e consequentemente para a organização.
UM MARKETPLACE DIGITAL IGUAL AO DA STARTUP VALEON PODE AJUDAR QUALQUER NEGÓCIO?
Moysés Peruhype Carlech e Fernanda – Jet.
Sim e podemos ajudar muito a alavancar as suas vendas e tornar a sua
empresa mais competitiva no mercado se forem utilizados os serviços da
Startup Valeon e temos a certeza que vamos melhorar o seu posicionamento
digital e utilizando uma boa estratégia comercial podemos trazer
retorno financeiro para a grande maioria dos negócios das empresas da
nossa região do Vale do Aço, afinal de contas, já atingimos a marca de
mais de 100.000 acessos.
O sucesso do modelo dos marketplaces está expresso nos números
registrados no último ano: o crescimento em 2020 chegou a 52%, acima dos
41% do segmento de e-commerce.
Essas informações foram apuradas pela E-bit/Nielsen, que também
indica que o total de pedidos do marketplace chegou a 148,6 milhões, um
crescimento de 38% em relação a 2019, o que resultou em um faturamento
de R$ 73, 2 bilhões para o segmento.
A atenção recebida pelos “shoppings virtuais” tem razão de ser. São
gerenciados por empresas que arcam com a parte operacional e, com isso,
as lojas cadastradas podem se dedicar ao cuidado de suas páginas e às
ofertas de produtos.
Para quem tem um e-commerce, os marketplaces devem ser vistos como uma oportunidade reforçar as estratégias de vendas.
Outro fator importante é a possibilidade de ampliar seus pontos de
interação com o cliente, o que atende ao comportamento omnichannel do
público.
Porém, para aproveitar melhor as possibilidades, é importante que
você saiba quais são as vantagens do marketplace e como ele pode
auxiliar o desenvolvimento do seu negócio.
1- Otimização dos recursos
A estruturação de um e-commerce não é simples. E, por mais que você
faça tudo certo, os resultados precisam de tempo para serem
consolidados.
Ao integrar a sua loja a um marketplace, esse processo é facilitado.
Ao mesmo tempo em que trabalha para fortalecer a sua marca, o lojista
tem como expor seus produtos num canal que já conta com uma audiência
significativa.
Basta que o lojista negocie e pague a mensalidade do marketplace para
que possa começar a negociar seus produtos ou serviços. Além disso,
essas operações oferecem expertise, tráfego, visitação e mídia para que
seus parceiros possam desenvolver seus negócios.
2- Alcance de clientes
Desenvolver uma loja virtual própria e recorrer às redes sociais para
divulgar produtos ou serviços requer um trabalho de divulgação para
alcançar um número maior de clientes.
Com o marketplace, esse trabalho ganha ainda mais abrangência e, com
isso, é possível gerar um fluxo maior de consumidores, uma vez que há
modelos próprios de divulgação, o que acaba favorecendo as empresas que o
integram.
Além disso, esses “shoppings virtuais” , como o da Startup Valeon,
não divide os custos de marketing com os seus parceiros custeando ele
próprio o processo de aquisição de clientes nas redes sociais.
3- Volume de dados
Os marketplaces têm o costume de oferecer aos seus parceiros diversos
dados sobre as suas vendas e seus desempenhos dentro da plataforma e
faz métricas diárias das consultas dos seus clientes.
Essas informações são bastante estratégicas para qualquer empresário
que deseje desenvolver o seu comércio online e melhorar o seu desempenho
na internet.
Isso porque conseguem planejar suas ações, promoções e precificar
produtos e serviços com mais eficiência, o que aumenta as chances de
converter os visitantes do marketplace em seus clientes.
4- Integração com outras ferramentas
Muitos empresários podem acreditar que ao entrar para um marketplace
não poderá usar suas ferramentas digitais favoritas: CRMs, software de
preços ou inventários.
Porém, não existe essa limitação e as empresas podem seguir usando seus mecanismos de otimização de resultados.
É possível explorar tantos as informações fornecidas pelos
marketplaces quanto os dados gerados pelos seus mecanismos de gestão e
controle, o que pode fortalecer ainda mais suas estratégias online.
5- Aumento de vendas
Com uma estrutura corretamente desenvolvida, processos de divulgação
bem construídos e apoio aos parceiros, os marketplaces conseguem atrair
um bom volume de visitantes para o seu site.
Quanto maior a exposição de produtos ou serviços, maior são as
chances de aumentar as suas vendas. É preciso apenas que as lojas online
saibam trabalhar seus produtos ou serviços na internet e convencer os
consumidores de que conta com as melhores mercadorias e preços.
6- Diversificação de público
Com um número maior de pessoas tendo contato com seus produtos ou
serviços, há possibilidade que alcance consumidores que, em um primeiro
momento, não conseguiria atingir.
Isso contribui para a diversificação do seu público-alvo e faça com que a sua base de clientes possa crescer.
Isso favorece não apenas as suas vendas, mas também estimula os
lojistas a buscarem novos produtos ou desenvolverem novos serviços para
atender a sua nova demanda.
Esse processo é essencial para que as empresas ganhem mercado e busquem constantemente o seu desenvolvimento.
Agora que você já sabe quais as vantagens do marketplace, que tal
descobrir como eles podem auxiliar no crescimento dos pequenos negócios?
Marketplace e o crescimento das empresas
Construir um modelo próprio de venda online é um desafio para as empresas, porém pode ser bastante recompensador.
Em 2020, o setor teve um crescimento de 41% se comparado com o ano
anterior e a expectativa é de que siga alcançando bons resultados em
2022, até em razão da aceleração do processo de transformação digital.
Dessa forma, com um trabalho bem-feito, as empresas podem conquistar
boa margem de lucro com o comércio eletrônico. Afinal, o perfil do
consumidor tem mudado e ficado aberto às compras online.
Mas, para isso, é necessário utilizar um site como a da Startup
Valeon que ofereça boa experiência para os consumidores e conte com
estrutura logística e capacidade de estoque para dar conta do trabalho.
O marketplace é uma opção que pode potencializar ainda mais um
comércio eletrônico, pois conta com um modelo de negócio estruturado e
testado.
Assim, empresas de qualquer setor conseguem melhorar o desempenho de
seus e-commerces ao estabelecer mais um canal de divulgação e venda.
Para aproveitar melhor as oportunidades, é importante contar com as ferramentas adequadas para fazer a gestão da operação.
Exemplo disso é a plataforma comercial da Startup Valeon, que tem
suas páginas desenvolvidas justamente para conectar a sua loja aos
principais consumidores do mercado.
Com isso, além de ter todo o suporte necessário para destacar seus
produtos na internet, o lojista tem como gerenciar todo o universo
envolvido com as suas vendas online, seja na loja própria ou no
marketplace.
Num único local, por exemplo, pode fazer a gestão de estoque, o que
evita a perda de clientes pela falta do produto. O e-commerce é uma
modalidade de negócio que deve seguir ganhando espaço e conquistando
novos clientes. O empresariado deve ficar atento a esse mercado e
aproveitar as vantagens do marketplace para aumentar a sua presença
online e ter acesso facilitado a uma base sólida de usuários.
• Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (WApp)
O Tribunal de Contas da União (TCU) foi mais um dos órgãos a
manifestarem apoio à reforma tributária sobre o consumo, atualmente em
tramitação no Senado. O relatório da Corte de Contas, elaborado a pedido
do relator, Eduardo Braga (MDB-AM), traz ainda mais segurança aos
senadores sobre a necessidade de aprovar a proposta.
No Senado, o maior dos receios diz respeito à governança do Conselho
Federativo do IBS, imposto que substituirá o ICMS estadual e o ISS
municipal. Alguns governadores ainda temem perder autonomia sobre aquela
que é a maior fonte de recursos dos Estados, e manifestaram suas
preocupações aos senadores. Nesse sentido, as conclusões do relatório do
TCU podem acalmar todos.
O Conselho, segundo o tribunal, vai fortalecer a Federação, acabar
com a guerra fiscal, mitigar as disfuncionalidades da tributação sobre
consumo e contribuir para a redução das desigualdades regionais. Não há
qualquer elemento a indicar ofensa ao pacto federativo. Ao contrário:
cada Estado e cada município poderá fixar sua própria alíquota, mas terá
de aplicá-la para todos os bens e serviços, exceto os expressamente
beneficiados com o imposto reduzido.
De acordo com o TCU, o Conselho Federativo vai dar mais eficácia à
atuação dos fiscais regionais, garantir o princípio da não
cumulatividade, unificar normas, interpretações e procedimentos e
assegurar a distribuição da arrecadação entre os entes. O órgão atuará
como gestor do algoritmo de um sistema informatizado e processará a
arrecadação, compensações e distribuição de receitas de forma automática
e não invadirá competências dos fiscos estaduais e municipais.
O TCU também sugeriu aos senadores alguns aperfeiçoamentos ao
Conselho Federativo, como o estabelecimento de um órgão de controle
externo para fiscalizar suas atividades. Para o tribunal, o ideal seria
que isso fosse realizado por um órgão colegiado dos tribunais de contas.
O conjunto de contribuições do TCU traz luz a um debate que, muitas
vezes, é baseado menos na realidade e mais em mitos – mitos plantados
por quem tem interesse em manter tudo como está, sobretudo as
disfuncionalidades do sistema atual.
O manicômio tributário que vigora no País não foi construído de uma
só vez. Ao longo dos anos, setores trabalharam para garantir regimes
especiais, alíquotas reduzidas e isenções, conquistadas ora no Planalto,
ora no Congresso. Benesses criadas para serem temporárias se
perpetuaram ao longo do tempo. Distorções nunca corrigidas foram um
incentivo para que outros segmentos também buscassem tratamento
especial.
Quem sofre com essas práticas é a sociedade, que financia todas as
benesses sem auferir maior crescimento econômico e menores desigualdades
como contrapartida. Nesse sentido, é muito relevante que o TCU tenha
firmado posição quanto à lista de setores e atividades que poderão vir a
ser beneficiados com uma alíquota reduzida na reforma tributária.
A sugestão da Corte de Contas é que esses segmentos passem por uma
avaliação anual, entre 2026 e 2033, para avaliar o custo e o benefício
das bondades a que terão direito. Com base nessa análise, dez anos após a
aprovação da reforma, em 2034, o Congresso deverá analisar a
pertinência de mantê-las ou revogá-las.
O TCU, por exemplo, calculou em R$ 70 bilhões as perdas que União,
Estados e municípios terão com a desoneração integral da cesta básica.
Estimou ainda que apenas R$ 4,5 bilhões desses gastos beneficiariam os
10% mais pobres da população, enquanto os 10% mais ricos se apropriariam
de R$ 13,4 bilhões. É o tipo de política dispendiosa, mas que gera
resultados pífios no que diz respeito à redução da desigualdade.
O posicionamento da Corte de Contas é corajoso, sobretudo em uma
discussão contaminada por achismos. É também um convite ao Senado para
que cumpra suas funções e comece a revisar não apenas as medidas que
geram renúncias de receitas injustificáveis, mas também aquelas que
drenam gastos que poderiam ser mais bem direcionados. Como disse o TCU,
não se trata de um “jogo de soma zero”. É, na verdade, o que explica o
baixo desempenho de nossa economia.
As relações podem ser próximas, os apertos de mão podem ter sido
firmes, mas o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teve um
trabalho duro durante a sua viagem aos Estados Unidos e ao Canadá.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, prometeu apoiar a
Ucrânia “durante o tempo que for necessário” contra a invasão da Rússia,
e tem o apoio de todos os partidos nesse esforço.
O bolso dos Estados Unidos é mais fundo, mas a questão política é muito mais complicada.
Zelensky conseguiu um pacote de ajuda militar de US$ 325 milhões da
Casa Branca, mas não foi o valor de US$ 24 bilhões que ele esperava. A
proposta de ajuda militar bilionária está parada no Congresso, que está
quase paralisado devido a discordâncias sobre o orçamento.
As dificuldades não param por aí.
Além de encontrar o presidente americano Joe Biden, o líder da
Ucrânia também teve reuniões com políticos republicanos que lutam para
conter o crescente ceticismo no seu partido.
“Estamos protegendo o mundo livre, o que deveria receber apoio dos
republicanos”, diz um conselheiro do governo ucraniano em Kiev.
“Foi mais difícil quando a guerra começou, porque era um caos”, diz
ele. “Agora, podemos ser mais específicos em nossos pedidos, pois
sabemos o que os nossos aliados têm e onde armazenam.”
Mas cada vez mais os países aliados estão tendo que lidar com
questões como “por que a Ucrânia deveria continuar recebendo um cheque
em branco?” e “como o país pretende vencer a guerra?”.
O presidente ucraniano tem tentado responder a ambas questões no
cenário mundial. Agora, parece que ele tem feito mais negociações do que
campanha de guerra — justamente para manter a ajuda ocidental chegando.
E isso em uma semana em que Kiev se desentendeu com um dos seus
aliados mais leais, a Polônia, em uma disputa por causa dos cereais
ucranianos.
A proibição das importações ucranianas levou o presidente Zelensky a acusar indiretamente Varsóvia de “ajudar a Rússia”.
O presidente polonês, Andrzej Duda, comparou então a Ucrânia a uma
“pessoa que está se afogando e com a qual você pode se afogar junto.”
Mesmo para um líder experiente em tempos de guerra, estes são tempos
difíceis para o presidente ucraniano em termos diplomáticos.
As próximas eleições em países parceiros como a Polônia, a Eslováquia
e os EUA tornam o cenário nebuloso. Alguns candidatos estão dando
prioridade às questões internas em detrimento do apoio militar à
Ucrânia.
“A necessidade de equilibrar a ajuda militar com a satisfação dos
eleitores torna as coisas realmente complicadas”, explica Serhiy
Gerasymchuk, do Prism, um centro de pesquisa em política externa
ucraniano.
“A Ucrânia tem de ponderar a promoção dos seus interesses, utilizando
todos os instrumentos possíveis, tendo simultaneamente em conta a
situação nos países parceiros e na União Europeia. É um desafio”, diz
Gerasymchuk.
Este é o tipo de questão com a qual o líder da Rússia, Vladimir Putin, não precisa de se preocupar.
É por isso que Kiev tenta retratar esta guerra como uma luta não só pela sua soberania, mas pela democracia.
Após a queda da União Soviética, a Ucrânia, a Rússia, os EUA e o
Reino Unido fizeram um acordo com o Memorando de Budapeste de 1994.
A Ucrânia entregou à Rússia as armas nucleares soviéticas deixadas no
seu solo em troca da promessa de que a sua integridade territorial
seria respeitada e defendida pelos outros países que assinaram o
tratado.
Nove anos de agressão russa fizeram com que esse acordo parecesse uma promessa quebrada.
Kiev também está tentando um plano de longo prazo e, ao mesmo tempo,
buscado interagir melhor com países como o Brasil e a África do Sul, que
têm sido apáticos em relação à invasão da Rússia.
É uma estratégia que não trouxe resultados imediatos.
“A verdade é que dependemos do sucesso na linha da frente”, afirma o conselheiro do governo ucraniano.
Ele argumenta que os meios de comunicação simplificaram muito a contraofensiva da Ucrânia.
Para ele, a mídia se concentrou demais no teatro da linha da frente,
onde os ganhos foram marginais, e menos nos sucessos substanciais dos
ataques com mísseis na Crimeia e nos ataques contra navios de guerra
russos.
A Ucrânia sempre afirmou que não vai deixar que a “apressem” na sua
contraofensiva. Com a política desta guerra cada vez mais ligada aos
combates, isso será testado mais do que nunca.
Quem contempla o horizonte da Praia de Ipanema, zona sul do Rio de
Janeiro, observa as Ilhas Cagarras, que ficam a menos de 5 quilômetros
(km) da faixa de areia. Fora isso, só se enxerga o mar. Os olhos não
conseguem ver, mas a 200 km em linha reta está uma plataforma de
petróleo que parece uma gigantesca indústria cercada pelo oceano.
É a P-71, da Petrobras, no Campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, que se aproxima do seu recorde de produção em outubro, mês em que a Petrobras completa 70 anos. A convite da estatal, a reportagem da Agência Brasil embarcou
em um helicóptero, visitou a P-71 e reuniu algumas curiosidades sobre a
estrutura, considerada um dos destaques do pré-sal.
Vista aérea da P-71, instalada no Campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, a 200 km da costa do Rio de Janeiro – Tânia Rêgo/Agência Brasil
A P-71 é uma plataforma do tipo FPSO, sigla em inglês para floating production storage and offloading.
Isso significa que ela é um sistema flutuante de produção,
armazenamento e transferência de petróleo. Simplificando: é uma
plataforma montada em cima de um casco de navio. Se diferencia das
plataformas que ficam mais próximas ao continente, que são estáticas e
parecem um guindaste apoiado em quatro gigantescas pilastras.
Os FPSOs são ancorados no fundo do mar. No caso da P-71, são 22
linhas de ancoragem, concentradas nas pontas da embarcação. Ela não tem
motor, ou seja, apenas flutua, e precisou ser rebocada do estaleiro até a
Bacia de Santos. Pesa cerca de 78 toneladas, o que equivale ao peso de
220 boeings.
Os FPSOs têm capacidade para separar o petróleo do gás e da água
durante o processo de produção, armazená-lo nos tanques de carga para,
finalmente, transferi-lo para os navios que serão os responsáveis pelo
seu transporte.
Equipe confinada
Por vez, 166 pessoas ficam na P-71 para manter a operação. A força de
trabalho na P-71 é majoritariamente masculina. As mulheres, geralmente,
são 10% dos funcionários, no máximo.
Os trabalhadores cumprem turnos de 14 dias seguidos, com 21 dias de
folga para funcionários da Petrobras. Algumas empresas terceirizadas
adotam 14 dias de descanso. Os turnos de trabalho são de 12 horas.
Na área de acomodações, os funcionários têm espaços para esporte e lazer, como academia e sala de jogos. Leia mais sobre a equipe de trabalhadores na plataforma.
Fabricação replicante
A P-71 é a sexta e última plataforma de um modelo replicante. Isso
significa que o mesmo projeto de engenharia padronizado deu origem a
seis FPSOs. É como se fossem sêxtuplos. Contando o fundo do navio até a
parte mais alta, a P-71 tem 120 metros (m). Desses, 35 m ficam abaixo da
linha d’água. O ponto mais alto da plataforma (75 m acima do leito do
mar) é a estrutura que sustenta o flare, a queima constante de gás. No caso da P-71, essa combustão é apenas um piloto de segurança, e não desperdício de gás.
Avenida Brasil
Os FPSOs originados desse processo replicante têm um longo corredor chamado Avenida Brasil. É como
se fosse realmente uma rua dentro da plataforma. São cerca de 330
metros de extensão. Para se ter uma ideia, é como se fossem três campos
de futebol alinhados. Para percorrer ida e volta, em uma velocidade
normal de caminhada, seriam necessários cerca de dez minutos.
Avenida Brasil é como se fosse uma rua na plataforma de petróleo – Tânia Rêgo/Agência Brasil
Ligando proa e popa, a Avenida Brasil praticamente dá acesso a todas
as áreas da parte industrial do navio-plataforma. Uma capilaridade que
passa pelos 17 módulos da P-71.
Diferentemente desses módulos, a maior parte da Avenida Brasil,
apesar das dimensões amplas, não recebe luz direta do Sol, pois é
coberta por uma estrutura que dá suporte a quilômetros de cabos e
tubulações. Uma espécie de sistema circulatório da plataforma.
Construção em módulos
Os 17 módulos têm funções específicas, que vão de processamento de
óleo e gás, tratamento de água, geração de energia elétrica a toda a
parte de acomodações, chamada de casario. A energia elétrica produzida
na plataforma seria suficiente para abastecer uma cidade com 250 mil
habitantes.
Na parte de acomodações, além de alojamentos, há diversas formas de
entretenimento e lazer para os 166 funcionários que passam 14 dias
embarcados. São salas de jogos (inclusive eletrônicos), leitura e
academia, por exemplo. No refeitório, preocupação com dietas
específicas. O cardápio vegano é uma opção.
Chuveiros de emergência
Um passeio pela Avenida Brasil deixa evidente uma das prioridades da
tripulação da P-71: a segurança. Pelas alas que ligam os módulos
industriais há diversos chuveiros. A função deles é bem
específica: em caso de emergência como contato acidental com algum
elemento químico, em poucos passos (e tempo), o funcionário já tem uma
forma de lavar mãos, rostos e olhos, por exemplo.
Segurança é uma das preocupações na plataforma – Tânia Rêgo/Agência Brasil
Outro sinal flagrante da preocupação com a segurança é que, na área
industrial, o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) é
obrigatório. São macacão antichamas, bota de proteção, óculos, luvas e
protetor auricular.
A repetição é uma das formas de incrustar a preocupação com a
segurança na mente dos trabalhadores. Além de sinalização por todas as
partes da plataforma, todos que chegam à P-71 precisam assistir a um
vídeo com instruções de segurança.
Por toda a plataforma há alto-falantes que permitem que todos os
funcionários possam ser comunicados ou acionados em qualquer lugar. No
interior do FPSO, a sala de comando faz o monitoramento da operação em
tempo real.
Robôs
Outra iniciativa que contribui para a redução de riscos e aumento da
segurança é o uso da tecnologia para fazer trabalhos mais difíceis. Um
exemplo são robôs que realizam a pintura do casco. Há também o rover,
robôs submarinos que realizam inspeções. Outra função que foi
substituída é a vistoria humana do flare, a 75 metros de
altura. Os drones são capazes de realizar o procedimento, inclusive, sem
interromper o funcionamento da queima de gás.
Produção diária
A operação do navio-plataforma se dá 24 horas por dia, sete dias por
semana. Para o trabalho de tirar óleo do fundo do mar, não existe fim de
semana ou feriado. A capacidade de produção de gás é de 6 milhões de
metros cúbicos.
A P-71 se aproxima do topo de extração de óleo do pré-sal: 150 mil
barris por dia. Isso significa 6,2 mil por hora, 104 por minuto. O FPSO
pode estocar até 1,6 milhão de barris de óleo. Dessa forma, quando tiver
atingido a capacidade máxima, a plataforma precisará de dez dias para
lotar o armazenamento.
Operação do navio-plataforma ocorre durante 24 horas por dia, nos sete dias da semana – Tânia Rêgo/Agência Brasil
A ligação da plataforma com um quarto poço de petróleo é o gatilho
que permitirá chegar à capacidade máxima. O projeto da P-71 contempla a
ligação com sete poços nos próximos anos. Uma curiosidade é que saltar
de quatro para sete poços não significa ultrapassar a marca de 150 mil
barris por dia. Na verdade, é uma forma de não deixar a produção ser
reduzida. Isso acontece porque, à medida que novos postos vão sendo
conectados, os primeiros, naturalmente, vão se esgotando.
Esse entendimento ajuda também a diferenciar o que é um poço e o que é
um reservatório. O poço é o acesso perfurado e estruturado para a
retirada de petróleo do reservatório.
Qualidade do óleo
O processamento intermitente do óleo do pré-sal é acompanhado por
controle interno de qualidade. Algumas das tubulações pelas quais o óleo
passa recebem isolamento térmico, que mantém a temperatura
uniformizada, independentemente do ambiente externo. Há coleta regulares
de amostras de óleo que são levadas para um laboratório dentro da
plataforma. Lá são checadas as condições do produto extraído a 7 mil
metros de profundidade. A análise laboratorial pode identificar se
fatores como a presença de sal ou água alteram as características do
petróleo. Uma sinalização aciona um processo de intervenção para
garantir a qualidade final do “ouro negro”.
Cercada por navios
Acesso à P-71 é feito por meio de helicópteros – Tânia Rêgo/Agência Brasil
A chegada e saída de passageiros é feita exclusivamente por
helicópteros, que fazem base no aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste
do Rio de Janeiro. Os voos levam cerca de 50 minutos a uma hora,
dependendo das condições climáticas.
Apesar da sensação de isolamento, cercada apenas pelo mar, uma visão
panorâmica a partir do convés da P-71 revela que a plataforma está
sempre acompanhada por outras embarcações. É como se fossem satélites
rodeando um planeta. São navios envolvidos no abastecimento de
suprimentos, apoio operacional para a instalação de dutos submarinos e
descarga do petróleo estocado. É comum também a presença de sondas
perfuradoras, uma vez que os FPSOs não fazem perfuração.
A descarga do óleo armazenado é feita por enormes tubulações que
fazem o transbordo para navios-aliviadores – especialmente desenvolvidos
para transportar óleo das plataformas. O volume de 1,6 milhão de barris
de óleo que pode ser estocado na P-71 pesa aproximadamente 200
toneladas, que criam uma situação curiosa durante o procedimento de
escoamento:
“No começo do procedimento, de tão pesada que a plataforma está,
vemos o navio-aliviador lá em cima”, conta o coordenador de manutenção,
Juparã Vianna, simulando um desnivelamento com as mãos. “À medida que o
óleo passa para a outra embarcação, percebe-se claramente que vamos
ficando mais leves, flutuando mais, e o navio-aliviador vai ficando mais
pesado, como se estivesse afundando no leito d’água”, completa.
O MPF (Ministério
Público Federal) espera que mais de 1.000 denunciados pelos atos do 8
de Janeirro procurem a instituição para fecharem acordos para não terem
de passar por julgamento o STF (Supremo Tribunal Federal). A informação foi confirmada à Veja pelo subprocurador geral Carlos Frederico Santos.
Os acordos com o MPF resultam em pagamento de multas, que variam de
R$ 5.000 a R$ 20.000, além do cumprimento de 300 horas de serviços à
comunidade, participar de curso sobre Democracia, Estado de Direito e
Golpe de Estado e não manter perfil nas redes sociais. Até o fim de
agosto, 301 pessoas fecharam um ANPP (Acordo de não Persecução Penal) em
troca da extinção da punibilidade.
De acordo com Carlos Frederico Santos, podem celebrar os acordos com o
MPF os manifestantes que foram detidos em frente ao QG
(Quartel-General) do Exército no dia 9 de janeiro, e que não
participaram das depredações dos prédios dos Três Poderes.
No dia 8 de Janeiro, 243 foram presos durante os atos que resultaram
na depredação dos edifícios do Palácio do Planalto, do STF e do
Congresso Nacional. Outros 1.927 foram detidos no QG do Exército em
Brasília.
O subprocurador geral disse que os apreendidos no QG, se foram
submetidos a julgamento, as condenações não ultrapassam 4 anos. Por
isso, é possível que o MPF e o réu possam negociar um acordo para o
encerramento do caso.
Em 2019, a medida foi extinta pelo então
presidente Jair Bolsonaro e, neste ano, apesar da troca de governo, não
há sinais de que o horário de verão possa ser adotado novamente.
Amado por muitos, odiado por outros tantos, o horário de verão foi
por muito tempo motivo de discussões e polêmicas entre os brasileiros.
Muita gente gostava de aproveitar o período mais quente do ano e curtir o
fim de tarde mais longo para praticar esportes ou em um happy hour com
amigos. Mas quem acorda cedo para trabalhar reclamava das manhãs mais
escuras, com o adiantamento do relógio em 1 hora.
Preferências à parte, havia razões técnicas para que o governo
determinasse a adoção da medida, que vigorou no país todos os anos de
1985 até 2018. Em 2019, a medida foi extinta pelo então presidente Jair
Bolsonaro e, neste ano, apesar da troca de governo, não há sinais de que
o horário de verão possa ser adotado novamente.
Tanto a área técnica do Ministério de Minas e Energia quanto o
próprio ministro da pasta já falaram que, por enquanto, não há
necessidade de adiantar os relógios neste ano, principalmente por causa
das boas condições atuais de suprimento energético do país. A pasta diz
que o planejamento seguro implantado desde os primeiros meses do governo
garante essa condição.
O ministro Alexandre Silveira também diz que não há sinais de que
será necessário adotar o horário de verão este ano, porque os
reservatórios das usinas hidrelétricas estão nas melhores condições de
armazenamento de água dos últimos anos. “O horário de verão só
acontecerá se houver sinais e evidências de uma necessidade de segurança
de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto, não há sinal
nenhum nesse sentido. Estamos com os reservatórios no melhor momento dos
últimos 10 anos”.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de
Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios devem se manter acima de 70%
em setembro na maioria das regiões, o que representa estabilidade no
sistema. Para se ter uma ideia, em setembro de 2018, por exemplo, no
último ano de implementação do horário de verão, a EAR dos reservatórios
do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, um dos mais importantes do país,
estava em 24,5%. Este ano, esse percentual está em 73,1%.
Outro fator que serve como argumento para não retomar o horário de
verão no Brasil é o aumento da oferta de energia elétrica nos últimos
anos, com maior uso de usinas eólicas e solares. “O setor de energia que
era quem dava a ordem, não está vendo a necessidade de dar essa ordem,
não está vendo grandes ganhos com a medida”, diz o professor de
Planejamento Energético Marcos Freitas, do Instituto Alberto Luiz
Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).
Mudança de hábito
Quando foi criado, em 1931, o adiantamento do relógio em 1 hora entre
os meses de outubro e fevereiro tinha o objetivo de aproveitar melhor a
luz natural e reduzir a concentração do consumo no horário de pico, que
era no horário entre 18h e 20h. No entanto, nos últimos anos, houve
mudanças no padrão de consumo de energia dos brasileiros e no horário de
pico, com maior uso da eletricidade no período da tarde, principalmente
por causa da intensificação do uso de aparelhos de ar-condicionado.
Além disso, a iluminação, que antes representava uma parte
significativa do consumo, especialmente no horário de pico, hoje não é
mais tão importante do ponto de vista elétrico. Até o início da década
de 2000, era comum o uso de lâmpadas incandescentes nas residências,
empresas e na iluminação pública. Após a crise energética de 2001, foram
adotadas políticas de eficiência energética, com o aumento do uso de
lâmpadas mais econômicas, como as fluorescentes, e eletrodomésticos mais
eficientes.
– Hoje o fator iluminação já não é mais um fator importante para o
setor elétrico, como era no passado, quando cerca de um terço do consumo
de energia de uma casa vinha da iluminação. Hoje, o grande vilão nas
residências se chama climatização – destaca o professor Freitas.
Para ele, a adoção do Horário de Verão este ano seria mais por uma
questão de hábito da população do que pela necessidade do setor
elétrico. “Eu, particularmente, gosto muito do Horário de Verão, gosto
de chegar em casa com a luz do dia, acho simpática a ideia. Mas sei que
tem limitações, os trabalhadores que acordam muito cedo sofrem muito com
esse horário”.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Não importa a região, os recentes surtos
que vitimaram abelhas em diferentes pontos do Brasil têm em comum, além
da mortandade em massa, um mesmo produto, o fipronil.
Sintetizado nos anos de 1980, sua patente já expirou e pode ser
produzido por qualquer empresa. O uso se tornou indiscriminado, relatam
acadêmicos e técnicos agrícolas.
Os agrônomos contam que outros agrotóxicos, como inseticidas a base
de nicotina, herbicidas e fungicidas, minam o organismo das abelhas de
forma lenta, debilitando as funções físicas até a morte, o que reduz as
colmeias ao longo do tempo.
O fipronil é diferente. A substância atua no sistema nervoso central
dos insetos, provocando uma superexcitação nos músculos e nervos. É
implacável como agente da morte aguda, afirma Ricardo Orsi, professor de
veterinária da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
“Inseticida sistêmico de ação prolongada e agressiva, hoje ele é
usado em diferentes culturas, o que explica a ocorrência de
contaminações de abelhas em vários pontos do Brasil”, explica ele.
Formigas e cupins são os seus principais alvos, mas é ele aplicado
contra o bicudo do algodão, a larva-alfinete no milho, a lagarta-elasmo
na soja. Também tem usos domésticos. Está nos mata-moscas e em coleiras
de cães e gatos contra pulgas e carrapatos.
Segundo levantamento da Folha de S.Paio, os exames mostraram que foi o
fipronil que vitimou 100 milhões de abelhas no Mato Grosso, em junho,
80 milhões na Bahia e, em julho, e também, provocou, em janeiro, perdas
em Minas Gerais.
Estudos contínuos no Mato Grosso do Sul identificaram associação
crescente entre mortes em massa a substância. Em 2017, o fipronil estava
em 30,5% das amostras. Em 2021, em 66,6%. No ano passado, foi detectado
em 85,7% nas amostras.
Voltando um pouco no tempo, também foi responsável pela morte de 50
milhões de abelhas em Santa Catarina, em 2017, e pelo surto que dizimou
quase 500 milhões no Rio Grande sul, entre outubro de 2018 e março de
2019.
Em todos os casos de mortandade em massa, não muito longe das
colmeias havia alguma propriedade rural com cultivo em larga escala.
“Não tem lugar mais arriscado para uma abelha hoje do que do lado de
uma fazenda, pois você nunca sabe que agrotóxicos vão usar, e como vão
usar”, afirma o apicultor José Arnildo Marquezin.
Foi preciso tempo para fazer a correlação entre fipronil e mortes
agudas, afirma Aroni Sattle, professor aposentado da UFRGS (Universidade
Federal do Rio Grande do Sul). “Os surtos começaram no início dos anos
2000. As abelhas chegavam, eu examinava, e não encontrava nenhuma doença
ou praga que justificasse a mortandade intensa, do dia para noite,
então, passei a congelar amostras”, diz.
Em 2018, ele enviou 37 delas para avaliação, e o fipronil apareceu
como o agrotóxico preponderante. Avaliações de surtos posteriores foram
na mesma linha. “Podemos afirmar que 60% a 70% das mortandades são
provocadas por ele”.
Técnicos afirmam que a pulverização por avião ou do trator, com risco
ao trabalhador, é o principal problema, em especial quando feita na
floração. A abelha infectada leva o veneno para colmeia e contamina o
enxame.
“No caso mais recente aqui no Mato Grosso, não consideraram a
temperatura e o vento recomendados para a aplicação e, naquele dia,
ainda ocorreu inversão térmica, potencializando o efeito nocivo por um
raio de 26 km [quilômetros]”, diz a médica veterinária Erika do
Nascimento, fiscal do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária no
estado).
A fiscalização percorreu 22 propriedades e localizou a substância numa fazenda de algodão. O produtor foi multado em R$ 225 mil.
Na Bahia, não se chegou aos culpados, mas a identificação do fipronil
foi considerada um avanço, explica Marivanda Eloy, coordenadora da área
de apicultura da Superintendência da Agricultura Familiar do estado.
“Na maioria dos casos, não sabemos o que aconteceu porque faltam
laboratório e, recurso. Os apicultores são pequenos produtores que não
podem pagar de R$ 800 a R$ a 1.000 para cada teste. Mas desta vez,
conseguimos avaliar muitas amostras e encontramos fipronil até na cera,
onde é difícil detectar resíduos.”
O surto matou 1.500 enxames de 32 produtores que, organizados em
cooperativas e associações, fizeram mutirão para seguir o protocolo
previsto nesses casos: recolher as amostrar, fazer o BO (Boletim de
Ocorrência), e queimar todo o mel e cera.
A contagem dos apicultores dimensiona perdas comerciais na produção
do mel. No entanto, pouco se sabe sobre o que está ocorrendo com as
abelhas silvestres, e qual o efeito na preservação da flora.
O Brasil tem 2.000 espécies de abelhas nativas, explica André
Sezerino, pesquisador da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e
Extensão Rural de Santa Catarina).
“O pessoal acha que mel é o maior bem da abelha e que é bonitinho ela
visitando as flores, mas o mel é uma parte mínima do que ela faz. O
grande serviço é a polinização”, afirma ele.
“Esse trabalho mantém o meio ambiente e o que comemos. Mais de 70% de
todos alimentos que consumimos dependem da polinização das abelhas.”
APICULTORES TENTAM MUDAR LEGISLAÇÃO
Como a frequência das mortes abelhas é crescente, apicultores estão
mobilizados em vários estados na tentativa de restringir o fipronil.
Goiás aprovou em abril uma lei restringindo o uso da substância. A
Assembleia de Minas Gerais também tem proposta semelhante. “Já faz dois
anos que perco as abelhas, abaixo a cabeça e começo de novo, mas da
última vez, eu dei o grito”, afirma o apicultor Marcelo Ribeiro, que
lidera o trabalho para convencer os deputados a aprovarem o projeto.
“Parte do meu trabalho agora com apicultor é acabar com a carniça desse
fipronil, que foi apontado como o principal responsável.”
A referência em mudança legal é Santa Catarina, estado que tem uma câmara setorial do mel muito organizada.
Com isso, adotou um regulamento mais rígido, que proíbe a
pulverização, aumenta a fiscalização e intensifica o diálogo com
cooperativas e produtores para deter práticas erradas.
Uma vez, por exemplo, o Ministério Público identificou que um único
agrônomo tinha emitido 1.450 receituários para o fipronil em duas
semanas. Na verdade, havia deixado as folhas assinadas nos balcões das
agropecuárias onde era responsável técnico. O produto saia de qualquer
jeito, para qualquer um.
“Conseguimos reduzir em 70% as mortes agudas”, afirma Ivanir Cella,
presidente da Federação das Associações de Apicultores e
Meliponicultores de Santa Catarina.
O setor, no entanto, quer uma discussão nacional para restringir ou
mesmo proibir o fipronil. A comissão que trata de mortandade de abelhas
dentro Câmara Setorial do Mel tem feito esforços em Brasília.
Em agostou, reiterou o pedido de revisão da legislação no Ibama
(Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis). Foi encaminhado um ofício detalhando o avanço das mortes.
“Como o fipronil é uma molécula tóxica precisa sofrer avaliações”,
explica Rodrigo Zaluski, integrantes do grupo e professor da UFMT
(Universidade Federal do Mato Grosso do Sul).
“Ocorre que esse processo foi instalado em 2012 e já dura mais de dez
anos sem uma conclusão. Pelo que identificamos, os inseticidas a base
de nicotina podem ser revistos antes do fipronil, que já é
comprovadamente mais tóxico.”
Questionados, Ibama e Ministério da Agricultura não responderam até a publicação deste texto.
Nesse meio tempo, outros países já proibiram o fipronil, caso da Colômbia e Costa Rica.
A substância também foi vetada na União Europeia justamente pela alta
letalidade em insetos que não são alvos. Também contribuiu para a
decisão, a contaminação de ovos em ao menos 15 países na região, em
2017. Uma empresa utilizou fipronil na composição de um desinfetante
aviário, comprometendo as galinhas.
O bloco europeu, porém, segue permitindo a exportação da substância
para outros lugares. Ativistas têm pedido uma mudança nessa regra.
“É escandaloso ver que a União Europeia ainda permita que suas
empresas químicas exportem o fipronil para países como o Brasil”, afirma
o ativista irlandês Eoin Dubsky, que atua pela ONG Eko.
A alemã Basf adquiriu o produto em nível global em 2003, e manteve a
patente no Brasil até 2011, quando ele passou a ser comercializado por
outras empresas. Sua marca, porém, permanece associada à substância.
Procurada pela reportagem, a empresa afirmou que tem acompanhado os
acontecimentos e que identifica o uso indevido da substância. Ainda
segundo ela, em nenhum dos casos recentes os produtos utilizados tinham
sido produzidos ou comercializado pela Basf.