As relações podem ser próximas, os apertos de mão podem ter sido
firmes, mas o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teve um
trabalho duro durante a sua viagem aos Estados Unidos e ao Canadá.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, prometeu apoiar a
Ucrânia “durante o tempo que for necessário” contra a invasão da Rússia,
e tem o apoio de todos os partidos nesse esforço.
O bolso dos Estados Unidos é mais fundo, mas a questão política é muito mais complicada.
Zelensky conseguiu um pacote de ajuda militar de US$ 325 milhões da
Casa Branca, mas não foi o valor de US$ 24 bilhões que ele esperava. A
proposta de ajuda militar bilionária está parada no Congresso, que está
quase paralisado devido a discordâncias sobre o orçamento.
As dificuldades não param por aí.
Além de encontrar o presidente americano Joe Biden, o líder da
Ucrânia também teve reuniões com políticos republicanos que lutam para
conter o crescente ceticismo no seu partido.
“Estamos protegendo o mundo livre, o que deveria receber apoio dos
republicanos”, diz um conselheiro do governo ucraniano em Kiev.
“Foi mais difícil quando a guerra começou, porque era um caos”, diz
ele. “Agora, podemos ser mais específicos em nossos pedidos, pois
sabemos o que os nossos aliados têm e onde armazenam.”
Mas cada vez mais os países aliados estão tendo que lidar com
questões como “por que a Ucrânia deveria continuar recebendo um cheque
em branco?” e “como o país pretende vencer a guerra?”.
O presidente ucraniano tem tentado responder a ambas questões no
cenário mundial. Agora, parece que ele tem feito mais negociações do que
campanha de guerra — justamente para manter a ajuda ocidental chegando.
E isso em uma semana em que Kiev se desentendeu com um dos seus
aliados mais leais, a Polônia, em uma disputa por causa dos cereais
ucranianos.
A proibição das importações ucranianas levou o presidente Zelensky a acusar indiretamente Varsóvia de “ajudar a Rússia”.
O presidente polonês, Andrzej Duda, comparou então a Ucrânia a uma
“pessoa que está se afogando e com a qual você pode se afogar junto.”
Mesmo para um líder experiente em tempos de guerra, estes são tempos
difíceis para o presidente ucraniano em termos diplomáticos.
As próximas eleições em países parceiros como a Polônia, a Eslováquia
e os EUA tornam o cenário nebuloso. Alguns candidatos estão dando
prioridade às questões internas em detrimento do apoio militar à
Ucrânia.
“A necessidade de equilibrar a ajuda militar com a satisfação dos
eleitores torna as coisas realmente complicadas”, explica Serhiy
Gerasymchuk, do Prism, um centro de pesquisa em política externa
ucraniano.
“A Ucrânia tem de ponderar a promoção dos seus interesses, utilizando
todos os instrumentos possíveis, tendo simultaneamente em conta a
situação nos países parceiros e na União Europeia. É um desafio”, diz
Gerasymchuk.
Este é o tipo de questão com a qual o líder da Rússia, Vladimir Putin, não precisa de se preocupar.
É por isso que Kiev tenta retratar esta guerra como uma luta não só pela sua soberania, mas pela democracia.
Após a queda da União Soviética, a Ucrânia, a Rússia, os EUA e o
Reino Unido fizeram um acordo com o Memorando de Budapeste de 1994.
A Ucrânia entregou à Rússia as armas nucleares soviéticas deixadas no
seu solo em troca da promessa de que a sua integridade territorial
seria respeitada e defendida pelos outros países que assinaram o
tratado.
Nove anos de agressão russa fizeram com que esse acordo parecesse uma promessa quebrada.
Kiev também está tentando um plano de longo prazo e, ao mesmo tempo,
buscado interagir melhor com países como o Brasil e a África do Sul, que
têm sido apáticos em relação à invasão da Rússia.
É uma estratégia que não trouxe resultados imediatos.
“A verdade é que dependemos do sucesso na linha da frente”, afirma o conselheiro do governo ucraniano.
Ele argumenta que os meios de comunicação simplificaram muito a contraofensiva da Ucrânia.
Para ele, a mídia se concentrou demais no teatro da linha da frente,
onde os ganhos foram marginais, e menos nos sucessos substanciais dos
ataques com mísseis na Crimeia e nos ataques contra navios de guerra
russos.
A Ucrânia sempre afirmou que não vai deixar que a “apressem” na sua
contraofensiva. Com a política desta guerra cada vez mais ligada aos
combates, isso será testado mais do que nunca.
Quem contempla o horizonte da Praia de Ipanema, zona sul do Rio de
Janeiro, observa as Ilhas Cagarras, que ficam a menos de 5 quilômetros
(km) da faixa de areia. Fora isso, só se enxerga o mar. Os olhos não
conseguem ver, mas a 200 km em linha reta está uma plataforma de
petróleo que parece uma gigantesca indústria cercada pelo oceano.
É a P-71, da Petrobras, no Campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, que se aproxima do seu recorde de produção em outubro, mês em que a Petrobras completa 70 anos. A convite da estatal, a reportagem da Agência Brasil embarcou
em um helicóptero, visitou a P-71 e reuniu algumas curiosidades sobre a
estrutura, considerada um dos destaques do pré-sal.
Vista aérea da P-71, instalada no Campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, a 200 km da costa do Rio de Janeiro – Tânia Rêgo/Agência Brasil
A P-71 é uma plataforma do tipo FPSO, sigla em inglês para floating production storage and offloading.
Isso significa que ela é um sistema flutuante de produção,
armazenamento e transferência de petróleo. Simplificando: é uma
plataforma montada em cima de um casco de navio. Se diferencia das
plataformas que ficam mais próximas ao continente, que são estáticas e
parecem um guindaste apoiado em quatro gigantescas pilastras.
Os FPSOs são ancorados no fundo do mar. No caso da P-71, são 22
linhas de ancoragem, concentradas nas pontas da embarcação. Ela não tem
motor, ou seja, apenas flutua, e precisou ser rebocada do estaleiro até a
Bacia de Santos. Pesa cerca de 78 toneladas, o que equivale ao peso de
220 boeings.
Os FPSOs têm capacidade para separar o petróleo do gás e da água
durante o processo de produção, armazená-lo nos tanques de carga para,
finalmente, transferi-lo para os navios que serão os responsáveis pelo
seu transporte.
Equipe confinada
Por vez, 166 pessoas ficam na P-71 para manter a operação. A força de
trabalho na P-71 é majoritariamente masculina. As mulheres, geralmente,
são 10% dos funcionários, no máximo.
Os trabalhadores cumprem turnos de 14 dias seguidos, com 21 dias de
folga para funcionários da Petrobras. Algumas empresas terceirizadas
adotam 14 dias de descanso. Os turnos de trabalho são de 12 horas.
Na área de acomodações, os funcionários têm espaços para esporte e lazer, como academia e sala de jogos. Leia mais sobre a equipe de trabalhadores na plataforma.
Fabricação replicante
A P-71 é a sexta e última plataforma de um modelo replicante. Isso
significa que o mesmo projeto de engenharia padronizado deu origem a
seis FPSOs. É como se fossem sêxtuplos. Contando o fundo do navio até a
parte mais alta, a P-71 tem 120 metros (m). Desses, 35 m ficam abaixo da
linha d’água. O ponto mais alto da plataforma (75 m acima do leito do
mar) é a estrutura que sustenta o flare, a queima constante de gás. No caso da P-71, essa combustão é apenas um piloto de segurança, e não desperdício de gás.
Avenida Brasil
Os FPSOs originados desse processo replicante têm um longo corredor chamado Avenida Brasil. É como
se fosse realmente uma rua dentro da plataforma. São cerca de 330
metros de extensão. Para se ter uma ideia, é como se fossem três campos
de futebol alinhados. Para percorrer ida e volta, em uma velocidade
normal de caminhada, seriam necessários cerca de dez minutos.
Avenida Brasil é como se fosse uma rua na plataforma de petróleo – Tânia Rêgo/Agência Brasil
Ligando proa e popa, a Avenida Brasil praticamente dá acesso a todas
as áreas da parte industrial do navio-plataforma. Uma capilaridade que
passa pelos 17 módulos da P-71.
Diferentemente desses módulos, a maior parte da Avenida Brasil,
apesar das dimensões amplas, não recebe luz direta do Sol, pois é
coberta por uma estrutura que dá suporte a quilômetros de cabos e
tubulações. Uma espécie de sistema circulatório da plataforma.
Construção em módulos
Os 17 módulos têm funções específicas, que vão de processamento de
óleo e gás, tratamento de água, geração de energia elétrica a toda a
parte de acomodações, chamada de casario. A energia elétrica produzida
na plataforma seria suficiente para abastecer uma cidade com 250 mil
habitantes.
Na parte de acomodações, além de alojamentos, há diversas formas de
entretenimento e lazer para os 166 funcionários que passam 14 dias
embarcados. São salas de jogos (inclusive eletrônicos), leitura e
academia, por exemplo. No refeitório, preocupação com dietas
específicas. O cardápio vegano é uma opção.
Chuveiros de emergência
Um passeio pela Avenida Brasil deixa evidente uma das prioridades da
tripulação da P-71: a segurança. Pelas alas que ligam os módulos
industriais há diversos chuveiros. A função deles é bem
específica: em caso de emergência como contato acidental com algum
elemento químico, em poucos passos (e tempo), o funcionário já tem uma
forma de lavar mãos, rostos e olhos, por exemplo.
Segurança é uma das preocupações na plataforma – Tânia Rêgo/Agência Brasil
Outro sinal flagrante da preocupação com a segurança é que, na área
industrial, o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) é
obrigatório. São macacão antichamas, bota de proteção, óculos, luvas e
protetor auricular.
A repetição é uma das formas de incrustar a preocupação com a
segurança na mente dos trabalhadores. Além de sinalização por todas as
partes da plataforma, todos que chegam à P-71 precisam assistir a um
vídeo com instruções de segurança.
Por toda a plataforma há alto-falantes que permitem que todos os
funcionários possam ser comunicados ou acionados em qualquer lugar. No
interior do FPSO, a sala de comando faz o monitoramento da operação em
tempo real.
Robôs
Outra iniciativa que contribui para a redução de riscos e aumento da
segurança é o uso da tecnologia para fazer trabalhos mais difíceis. Um
exemplo são robôs que realizam a pintura do casco. Há também o rover,
robôs submarinos que realizam inspeções. Outra função que foi
substituída é a vistoria humana do flare, a 75 metros de
altura. Os drones são capazes de realizar o procedimento, inclusive, sem
interromper o funcionamento da queima de gás.
Produção diária
A operação do navio-plataforma se dá 24 horas por dia, sete dias por
semana. Para o trabalho de tirar óleo do fundo do mar, não existe fim de
semana ou feriado. A capacidade de produção de gás é de 6 milhões de
metros cúbicos.
A P-71 se aproxima do topo de extração de óleo do pré-sal: 150 mil
barris por dia. Isso significa 6,2 mil por hora, 104 por minuto. O FPSO
pode estocar até 1,6 milhão de barris de óleo. Dessa forma, quando tiver
atingido a capacidade máxima, a plataforma precisará de dez dias para
lotar o armazenamento.
Operação do navio-plataforma ocorre durante 24 horas por dia, nos sete dias da semana – Tânia Rêgo/Agência Brasil
A ligação da plataforma com um quarto poço de petróleo é o gatilho
que permitirá chegar à capacidade máxima. O projeto da P-71 contempla a
ligação com sete poços nos próximos anos. Uma curiosidade é que saltar
de quatro para sete poços não significa ultrapassar a marca de 150 mil
barris por dia. Na verdade, é uma forma de não deixar a produção ser
reduzida. Isso acontece porque, à medida que novos postos vão sendo
conectados, os primeiros, naturalmente, vão se esgotando.
Esse entendimento ajuda também a diferenciar o que é um poço e o que é
um reservatório. O poço é o acesso perfurado e estruturado para a
retirada de petróleo do reservatório.
Qualidade do óleo
O processamento intermitente do óleo do pré-sal é acompanhado por
controle interno de qualidade. Algumas das tubulações pelas quais o óleo
passa recebem isolamento térmico, que mantém a temperatura
uniformizada, independentemente do ambiente externo. Há coleta regulares
de amostras de óleo que são levadas para um laboratório dentro da
plataforma. Lá são checadas as condições do produto extraído a 7 mil
metros de profundidade. A análise laboratorial pode identificar se
fatores como a presença de sal ou água alteram as características do
petróleo. Uma sinalização aciona um processo de intervenção para
garantir a qualidade final do “ouro negro”.
Cercada por navios
Acesso à P-71 é feito por meio de helicópteros – Tânia Rêgo/Agência Brasil
A chegada e saída de passageiros é feita exclusivamente por
helicópteros, que fazem base no aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste
do Rio de Janeiro. Os voos levam cerca de 50 minutos a uma hora,
dependendo das condições climáticas.
Apesar da sensação de isolamento, cercada apenas pelo mar, uma visão
panorâmica a partir do convés da P-71 revela que a plataforma está
sempre acompanhada por outras embarcações. É como se fossem satélites
rodeando um planeta. São navios envolvidos no abastecimento de
suprimentos, apoio operacional para a instalação de dutos submarinos e
descarga do petróleo estocado. É comum também a presença de sondas
perfuradoras, uma vez que os FPSOs não fazem perfuração.
A descarga do óleo armazenado é feita por enormes tubulações que
fazem o transbordo para navios-aliviadores – especialmente desenvolvidos
para transportar óleo das plataformas. O volume de 1,6 milhão de barris
de óleo que pode ser estocado na P-71 pesa aproximadamente 200
toneladas, que criam uma situação curiosa durante o procedimento de
escoamento:
“No começo do procedimento, de tão pesada que a plataforma está,
vemos o navio-aliviador lá em cima”, conta o coordenador de manutenção,
Juparã Vianna, simulando um desnivelamento com as mãos. “À medida que o
óleo passa para a outra embarcação, percebe-se claramente que vamos
ficando mais leves, flutuando mais, e o navio-aliviador vai ficando mais
pesado, como se estivesse afundando no leito d’água”, completa.
O MPF (Ministério
Público Federal) espera que mais de 1.000 denunciados pelos atos do 8
de Janeirro procurem a instituição para fecharem acordos para não terem
de passar por julgamento o STF (Supremo Tribunal Federal). A informação foi confirmada à Veja pelo subprocurador geral Carlos Frederico Santos.
Os acordos com o MPF resultam em pagamento de multas, que variam de
R$ 5.000 a R$ 20.000, além do cumprimento de 300 horas de serviços à
comunidade, participar de curso sobre Democracia, Estado de Direito e
Golpe de Estado e não manter perfil nas redes sociais. Até o fim de
agosto, 301 pessoas fecharam um ANPP (Acordo de não Persecução Penal) em
troca da extinção da punibilidade.
De acordo com Carlos Frederico Santos, podem celebrar os acordos com o
MPF os manifestantes que foram detidos em frente ao QG
(Quartel-General) do Exército no dia 9 de janeiro, e que não
participaram das depredações dos prédios dos Três Poderes.
No dia 8 de Janeiro, 243 foram presos durante os atos que resultaram
na depredação dos edifícios do Palácio do Planalto, do STF e do
Congresso Nacional. Outros 1.927 foram detidos no QG do Exército em
Brasília.
O subprocurador geral disse que os apreendidos no QG, se foram
submetidos a julgamento, as condenações não ultrapassam 4 anos. Por
isso, é possível que o MPF e o réu possam negociar um acordo para o
encerramento do caso.
Em 2019, a medida foi extinta pelo então
presidente Jair Bolsonaro e, neste ano, apesar da troca de governo, não
há sinais de que o horário de verão possa ser adotado novamente.
Amado por muitos, odiado por outros tantos, o horário de verão foi
por muito tempo motivo de discussões e polêmicas entre os brasileiros.
Muita gente gostava de aproveitar o período mais quente do ano e curtir o
fim de tarde mais longo para praticar esportes ou em um happy hour com
amigos. Mas quem acorda cedo para trabalhar reclamava das manhãs mais
escuras, com o adiantamento do relógio em 1 hora.
Preferências à parte, havia razões técnicas para que o governo
determinasse a adoção da medida, que vigorou no país todos os anos de
1985 até 2018. Em 2019, a medida foi extinta pelo então presidente Jair
Bolsonaro e, neste ano, apesar da troca de governo, não há sinais de que
o horário de verão possa ser adotado novamente.
Tanto a área técnica do Ministério de Minas e Energia quanto o
próprio ministro da pasta já falaram que, por enquanto, não há
necessidade de adiantar os relógios neste ano, principalmente por causa
das boas condições atuais de suprimento energético do país. A pasta diz
que o planejamento seguro implantado desde os primeiros meses do governo
garante essa condição.
O ministro Alexandre Silveira também diz que não há sinais de que
será necessário adotar o horário de verão este ano, porque os
reservatórios das usinas hidrelétricas estão nas melhores condições de
armazenamento de água dos últimos anos. “O horário de verão só
acontecerá se houver sinais e evidências de uma necessidade de segurança
de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto, não há sinal
nenhum nesse sentido. Estamos com os reservatórios no melhor momento dos
últimos 10 anos”.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de
Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios devem se manter acima de 70%
em setembro na maioria das regiões, o que representa estabilidade no
sistema. Para se ter uma ideia, em setembro de 2018, por exemplo, no
último ano de implementação do horário de verão, a EAR dos reservatórios
do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, um dos mais importantes do país,
estava em 24,5%. Este ano, esse percentual está em 73,1%.
Outro fator que serve como argumento para não retomar o horário de
verão no Brasil é o aumento da oferta de energia elétrica nos últimos
anos, com maior uso de usinas eólicas e solares. “O setor de energia que
era quem dava a ordem, não está vendo a necessidade de dar essa ordem,
não está vendo grandes ganhos com a medida”, diz o professor de
Planejamento Energético Marcos Freitas, do Instituto Alberto Luiz
Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).
Mudança de hábito
Quando foi criado, em 1931, o adiantamento do relógio em 1 hora entre
os meses de outubro e fevereiro tinha o objetivo de aproveitar melhor a
luz natural e reduzir a concentração do consumo no horário de pico, que
era no horário entre 18h e 20h. No entanto, nos últimos anos, houve
mudanças no padrão de consumo de energia dos brasileiros e no horário de
pico, com maior uso da eletricidade no período da tarde, principalmente
por causa da intensificação do uso de aparelhos de ar-condicionado.
Além disso, a iluminação, que antes representava uma parte
significativa do consumo, especialmente no horário de pico, hoje não é
mais tão importante do ponto de vista elétrico. Até o início da década
de 2000, era comum o uso de lâmpadas incandescentes nas residências,
empresas e na iluminação pública. Após a crise energética de 2001, foram
adotadas políticas de eficiência energética, com o aumento do uso de
lâmpadas mais econômicas, como as fluorescentes, e eletrodomésticos mais
eficientes.
– Hoje o fator iluminação já não é mais um fator importante para o
setor elétrico, como era no passado, quando cerca de um terço do consumo
de energia de uma casa vinha da iluminação. Hoje, o grande vilão nas
residências se chama climatização – destaca o professor Freitas.
Para ele, a adoção do Horário de Verão este ano seria mais por uma
questão de hábito da população do que pela necessidade do setor
elétrico. “Eu, particularmente, gosto muito do Horário de Verão, gosto
de chegar em casa com a luz do dia, acho simpática a ideia. Mas sei que
tem limitações, os trabalhadores que acordam muito cedo sofrem muito com
esse horário”.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Não importa a região, os recentes surtos
que vitimaram abelhas em diferentes pontos do Brasil têm em comum, além
da mortandade em massa, um mesmo produto, o fipronil.
Sintetizado nos anos de 1980, sua patente já expirou e pode ser
produzido por qualquer empresa. O uso se tornou indiscriminado, relatam
acadêmicos e técnicos agrícolas.
Os agrônomos contam que outros agrotóxicos, como inseticidas a base
de nicotina, herbicidas e fungicidas, minam o organismo das abelhas de
forma lenta, debilitando as funções físicas até a morte, o que reduz as
colmeias ao longo do tempo.
O fipronil é diferente. A substância atua no sistema nervoso central
dos insetos, provocando uma superexcitação nos músculos e nervos. É
implacável como agente da morte aguda, afirma Ricardo Orsi, professor de
veterinária da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
“Inseticida sistêmico de ação prolongada e agressiva, hoje ele é
usado em diferentes culturas, o que explica a ocorrência de
contaminações de abelhas em vários pontos do Brasil”, explica ele.
Formigas e cupins são os seus principais alvos, mas é ele aplicado
contra o bicudo do algodão, a larva-alfinete no milho, a lagarta-elasmo
na soja. Também tem usos domésticos. Está nos mata-moscas e em coleiras
de cães e gatos contra pulgas e carrapatos.
Segundo levantamento da Folha de S.Paio, os exames mostraram que foi o
fipronil que vitimou 100 milhões de abelhas no Mato Grosso, em junho,
80 milhões na Bahia e, em julho, e também, provocou, em janeiro, perdas
em Minas Gerais.
Estudos contínuos no Mato Grosso do Sul identificaram associação
crescente entre mortes em massa a substância. Em 2017, o fipronil estava
em 30,5% das amostras. Em 2021, em 66,6%. No ano passado, foi detectado
em 85,7% nas amostras.
Voltando um pouco no tempo, também foi responsável pela morte de 50
milhões de abelhas em Santa Catarina, em 2017, e pelo surto que dizimou
quase 500 milhões no Rio Grande sul, entre outubro de 2018 e março de
2019.
Em todos os casos de mortandade em massa, não muito longe das
colmeias havia alguma propriedade rural com cultivo em larga escala.
“Não tem lugar mais arriscado para uma abelha hoje do que do lado de
uma fazenda, pois você nunca sabe que agrotóxicos vão usar, e como vão
usar”, afirma o apicultor José Arnildo Marquezin.
Foi preciso tempo para fazer a correlação entre fipronil e mortes
agudas, afirma Aroni Sattle, professor aposentado da UFRGS (Universidade
Federal do Rio Grande do Sul). “Os surtos começaram no início dos anos
2000. As abelhas chegavam, eu examinava, e não encontrava nenhuma doença
ou praga que justificasse a mortandade intensa, do dia para noite,
então, passei a congelar amostras”, diz.
Em 2018, ele enviou 37 delas para avaliação, e o fipronil apareceu
como o agrotóxico preponderante. Avaliações de surtos posteriores foram
na mesma linha. “Podemos afirmar que 60% a 70% das mortandades são
provocadas por ele”.
Técnicos afirmam que a pulverização por avião ou do trator, com risco
ao trabalhador, é o principal problema, em especial quando feita na
floração. A abelha infectada leva o veneno para colmeia e contamina o
enxame.
“No caso mais recente aqui no Mato Grosso, não consideraram a
temperatura e o vento recomendados para a aplicação e, naquele dia,
ainda ocorreu inversão térmica, potencializando o efeito nocivo por um
raio de 26 km [quilômetros]”, diz a médica veterinária Erika do
Nascimento, fiscal do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária no
estado).
A fiscalização percorreu 22 propriedades e localizou a substância numa fazenda de algodão. O produtor foi multado em R$ 225 mil.
Na Bahia, não se chegou aos culpados, mas a identificação do fipronil
foi considerada um avanço, explica Marivanda Eloy, coordenadora da área
de apicultura da Superintendência da Agricultura Familiar do estado.
“Na maioria dos casos, não sabemos o que aconteceu porque faltam
laboratório e, recurso. Os apicultores são pequenos produtores que não
podem pagar de R$ 800 a R$ a 1.000 para cada teste. Mas desta vez,
conseguimos avaliar muitas amostras e encontramos fipronil até na cera,
onde é difícil detectar resíduos.”
O surto matou 1.500 enxames de 32 produtores que, organizados em
cooperativas e associações, fizeram mutirão para seguir o protocolo
previsto nesses casos: recolher as amostrar, fazer o BO (Boletim de
Ocorrência), e queimar todo o mel e cera.
A contagem dos apicultores dimensiona perdas comerciais na produção
do mel. No entanto, pouco se sabe sobre o que está ocorrendo com as
abelhas silvestres, e qual o efeito na preservação da flora.
O Brasil tem 2.000 espécies de abelhas nativas, explica André
Sezerino, pesquisador da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e
Extensão Rural de Santa Catarina).
“O pessoal acha que mel é o maior bem da abelha e que é bonitinho ela
visitando as flores, mas o mel é uma parte mínima do que ela faz. O
grande serviço é a polinização”, afirma ele.
“Esse trabalho mantém o meio ambiente e o que comemos. Mais de 70% de
todos alimentos que consumimos dependem da polinização das abelhas.”
APICULTORES TENTAM MUDAR LEGISLAÇÃO
Como a frequência das mortes abelhas é crescente, apicultores estão
mobilizados em vários estados na tentativa de restringir o fipronil.
Goiás aprovou em abril uma lei restringindo o uso da substância. A
Assembleia de Minas Gerais também tem proposta semelhante. “Já faz dois
anos que perco as abelhas, abaixo a cabeça e começo de novo, mas da
última vez, eu dei o grito”, afirma o apicultor Marcelo Ribeiro, que
lidera o trabalho para convencer os deputados a aprovarem o projeto.
“Parte do meu trabalho agora com apicultor é acabar com a carniça desse
fipronil, que foi apontado como o principal responsável.”
A referência em mudança legal é Santa Catarina, estado que tem uma câmara setorial do mel muito organizada.
Com isso, adotou um regulamento mais rígido, que proíbe a
pulverização, aumenta a fiscalização e intensifica o diálogo com
cooperativas e produtores para deter práticas erradas.
Uma vez, por exemplo, o Ministério Público identificou que um único
agrônomo tinha emitido 1.450 receituários para o fipronil em duas
semanas. Na verdade, havia deixado as folhas assinadas nos balcões das
agropecuárias onde era responsável técnico. O produto saia de qualquer
jeito, para qualquer um.
“Conseguimos reduzir em 70% as mortes agudas”, afirma Ivanir Cella,
presidente da Federação das Associações de Apicultores e
Meliponicultores de Santa Catarina.
O setor, no entanto, quer uma discussão nacional para restringir ou
mesmo proibir o fipronil. A comissão que trata de mortandade de abelhas
dentro Câmara Setorial do Mel tem feito esforços em Brasília.
Em agostou, reiterou o pedido de revisão da legislação no Ibama
(Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis). Foi encaminhado um ofício detalhando o avanço das mortes.
“Como o fipronil é uma molécula tóxica precisa sofrer avaliações”,
explica Rodrigo Zaluski, integrantes do grupo e professor da UFMT
(Universidade Federal do Mato Grosso do Sul).
“Ocorre que esse processo foi instalado em 2012 e já dura mais de dez
anos sem uma conclusão. Pelo que identificamos, os inseticidas a base
de nicotina podem ser revistos antes do fipronil, que já é
comprovadamente mais tóxico.”
Questionados, Ibama e Ministério da Agricultura não responderam até a publicação deste texto.
Nesse meio tempo, outros países já proibiram o fipronil, caso da Colômbia e Costa Rica.
A substância também foi vetada na União Europeia justamente pela alta
letalidade em insetos que não são alvos. Também contribuiu para a
decisão, a contaminação de ovos em ao menos 15 países na região, em
2017. Uma empresa utilizou fipronil na composição de um desinfetante
aviário, comprometendo as galinhas.
O bloco europeu, porém, segue permitindo a exportação da substância
para outros lugares. Ativistas têm pedido uma mudança nessa regra.
“É escandaloso ver que a União Europeia ainda permita que suas
empresas químicas exportem o fipronil para países como o Brasil”, afirma
o ativista irlandês Eoin Dubsky, que atua pela ONG Eko.
A alemã Basf adquiriu o produto em nível global em 2003, e manteve a
patente no Brasil até 2011, quando ele passou a ser comercializado por
outras empresas. Sua marca, porém, permanece associada à substância.
Procurada pela reportagem, a empresa afirmou que tem acompanhado os
acontecimentos e que identifica o uso indevido da substância. Ainda
segundo ela, em nenhum dos casos recentes os produtos utilizados tinham
sido produzidos ou comercializado pela Basf.
A especiaria serve de tempero, e seu
composto mais famoso, a curcumina, também é encontrado na forma de
suplemento; veja o que a ciência sabe sobre seus efeitos no organismo
Por Alice Callahan – Jornal Estadão
THE NEW YORK TIMES – A cúrcuma tem sido usada como tempero e remédio
há milhares de anos. E nas últimas décadas se tornou popular como
suplemento nutricional, muitas vezes vendido como curcumina – um
composto químico encontrado na cúrcuma seca – com alegações de que pode
aliviar dores nas articulações, reduzir a inflamação e melhorar a
mobilidade.
Na Tailândia,
a cúrcuma também é consumida na forma de tempero ou suplemento para
aliviar sintomas gastrointestinais, como inchaço e indigestão, disse
Krit Pongpirul, professor associado de medicina preventiva e social na
Universidade Chulalongkorn, em Bangkok. Mas apenas estudos pequenos
avaliaram tais benefícios.
Em um ensaio clínico publicado este mês na revista BMJ Evidence-Based Medicine,
Pongpirul e seus colegas testaram se os suplementos de curcumina
poderiam ajudar pacientes com dispepsia funcional, uma condição
gastrointestinal comum que causa dores de estômago e sensação de inchaço, além de náuseas e distensão abdominal após as refeições.
Para o ensaio de oito semanas, os pesquisadores dividiram 206 pessoas
com dispepsia funcional em três grupos escolhidos aleatoriamente: um
que tomou 20 miligramas de omeprazol (um medicamento que reduz a acidez
estomacal) uma vez ao dia; outro que tomou duas cápsulas de 250 mg de
curcumina quatro vezes ao dia; e um terceiro que tomou omeprazol e
curcumina nas doses acima, todos os dias.
Ao todo, 151 pacientes completaram o
estudo e, nas semanas 4 e 8, todos os três grupos relataram reduções
semelhantes em sintomas como dor, arrotos, azia e distensão abdominal.
Segundo Pongpirul, a curcumina pareceu ser tão eficaz na redução dos sintomas da dispepsia funcional quanto o omeprazol. Poucos
efeitos colaterais foram relatados, embora os autores tenham observado
que são necessários estudos de longo prazo para avaliar os riscos e
benefícios do suplemento.
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Brian Lacy, gastroenterologista e professor de medicina na Clínica
Mayo em Jacksonville, Flórida, disse por e-mail que, apesar desses
resultados promissores, hesitaria em recomendar suplementos de curcumina
a seus pacientes com base apenas neste estudo.
Os resultados teriam sido mais convincentes se o estudo houvesse
incluído um grupo placebo, disse ele. Sem esse grupo, é impossível saber
se as respostas dos participantes foram decorrentes do tratamento, do
efeito placebo ou da passagem do tempo.
Dito isto, a dispepsia funcional causa desconforto grave, disse Lacy,
e nos Estados Unidos não existem medicamentos aprovados para tratar a
doença. O omeprazol, que é comumente usado off-label, parece ajudar apenas cerca de 1 em cada 10 pacientes.
Sem tratamentos melhores, disse Lacy, aqueles que preferem produtos
naturais ou à base de plantas “podem usar esses dados com segurança para
dizer: ‘Primeiro, vamos tentar a curcumina’”.
Mas Mahtab Jafari, professora de ciências farmacêuticas da
Universidade da Califórnia, Irvine, alertou que os pacientes com
sintomas gastrointestinais dolorosos não devem usar curcumina sem uma avaliação médica adequada. E como os suplementos são mal regulamentados, é preciso ter em mente algumas advertências.
A cúrcuma pode ajudar em outros problemas?
A cúrcuma e a curcumina estão entre os suplementos mais estudados,
disse Janet Funk, professora de medicina da Universidade do Arizona.
Em uma revisão abrangente publicada em março, Funk e seus colegas
avaliaram 389 ensaios clínicos sobre como os suplementos de curcumina
podem influenciar vários problemas de saúde, como diabetes tipo 2,
osteoartrite, problemas digestivos, câncer e demência.
Muitos eram estudos pequenos e mal projetados, disse ela, mas as
evidências sugeriram que os suplementos eram provavelmente úteis para a
osteoartrite e potencialmente úteis para pessoas com resistência à
insulina ou diabetes.
A composição dos produtos utilizados nesses estudos variou muito,
advertiu Funk – assim como os suplementos atualmente disponíveis no
mercado. Isso faz com que seja difícil obter resultados promissores de
um suplemento em teste e encontrar um produto à venda que corresponda a
ele.
Também se descobriu que os suplementos de curcumina contêm alguns
contaminantes potencialmente prejudiciais. Em um estudo publicado em
2018, Funk e seus colegas analisaram 35 suplementos de curcumina e
encontraram chumbo em todos os produtos, exceto um.
Eles também encontraram resíduos de solventes industriais tóxicos –
como o tolueno, um produto químico encontrado em tintas, esmaltes e
gasolina – em 25 dos produtos testados, embora os níveis de solvente
estivessem abaixo dos limites geralmente considerados seguros. E muitos
dos suplementos de curcumina tinham piperina, um extrato de pimenta
preta, que aumenta a absorção da curcumina, mas também pode interferir
com alguns medicamentos.
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Jafari, que estuda a curcumina em seu laboratório, disse estar
confiante de que ela tem efeitos anti-inflamatórios, mas, dada a falta
de ensaios grandes e de regulamentação da indústria, ela não recomenda
suplementos de curcumina.
Antes de usar qualquer suplemento, verifique se ele foi testado por
organizações confiáveis. Você também deve verificar com seu médico sobre
possíveis interações com medicamentos ou exames; e continue monitorando
quaisquer efeitos colaterais do suplemento, disse ela.
Mas, diante das preocupações sobre a pureza e segurança dos
suplementos de cúrcuma, o melhor uso da planta talvez seja o mais
antigo: “Compre as lindas raízes de cúrcuma, triture e saboreie”, disse
Jafari.
Este artigo foi originalmente publicado no New York Times./TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU
Por Eric Vieira, Head de E-commerce da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios
Mais do que assistir à sua chegada em todos os segmentos, a acentuada
transformação digital dos últimos anos nos faz pensar sobre como era
possível viver sem toda essa tecnologia por tanto tempo.
É fato que toda mudança requer análise, adaptação e, em alguns casos,
gera resistência das pessoas, mas a realidade é que todos os dias vamos
descobrindo avanços tecnológicos para nos auxiliar e simplificar nossa
rotina.
Eu destaco o comércio online como um dos grandes favorecidos nesse
cenário. A cada dia, vemos nascer novas estratégias que auxiliam
empresas multicanal a beneficiar consumidores em uma jornada de compras
certeira. O mobile commerce, ou M-Commerce, termo em inglês que se
refere às vendas online realizadas por meio de tablets ou smartphones,
têm crescido consideravelmente e os números mostram isso.
De acordo com dados da Opinion Box, em abril de 2022, 81% das pessoas
haviam realizado compras através do smartphone nos 30 dias anteriores
ao levantamento, e 84% disseram realizá-las mais pelo celular do que
pelo computador.
Personalizar o site e adaptá-lo aos dispositivos móveis é essencial
para lojistas que queiram atingir sucesso em seus negócios. Mais que
isso, é preciso ter um olhar cuidadoso para as métricas de carregamento
das páginas, porque um mau desempenho do site pode comprometer os
resultados e acarretar uma experiência de compras ruim aos usuários, ou
mesmo o abandono de carrinho.
Os consumidores buscam praticidade e agilidade na hora da compra;
então, quando encontram quaisquer dificuldades no site onde estão,
rapidamente migram para outra loja, o que pode comprometer a reputação
do seu negócio.
Quando falamos em alavancar as vendas, temos que nos lembrar do
M-commerce também nas datas comemorativas, quando existe um fluxo maior
de pessoas navegando nas lojas virtuais. Na Black Friday de 2022, 67%
das visitas aos sites de compra online foram realizadas pelos
dispositivos móveis, conforme dados da SEO Conversion, que mostram como o
mobile commerce tem ganhado o coração dos consumidores.
Reforço que, para se tornarem competitivos, os varejistas devem
observar essa estratégia com atenção e incorporá-la em seus e-commerces o
mais rápido possível. Certamente, contribuirá para uma experiência
positiva dos clientes, dará à sua marca maior visibilidade e alcance,
além de ser uma ótima oportunidade de trazer novos e potenciais
consumidores para o negócio.
Descubra o Marketplace Valeon do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores
Moysés Peruhype Carlech – ChatGPT
O Vale do Aço é uma região próspera e empreendedora, conhecida por
sua indústria siderúrgica e seu ambiente de negócios dinâmico. Agora
imagine ter um único local onde você pode encontrar todas as informações
e recursos necessários para ter sucesso nesse ambiente competitivo.
Bem-vindo ao Marketplace Valeon do Vale do Aço – um hub online que
engloba empresas, notícias, diversão e empreendedorismo, oferecendo uma
plataforma única para empresários e gerando leads valiosos.
Um ecossistema empresarial abrangente:
O Marketplace Valeon do Vale do Aço reúne empresas locais de diversos
setores em um só lugar. Com uma interface intuitiva, os usuários podem
facilmente encontrar e se conectar com fornecedores, parceiros
comerciais e clientes potenciais na região. A plataforma oferece uma
ampla gama de categorias de negócios, desde indústrias tradicionais até
empresas inovadoras, garantindo que todos os empreendedores encontrem as
oportunidades certas para expandir seus negócios.
Notícias e insights atualizados:
Além de ser um diretório empresarial, o Marketplace Valeon do Vale do
Aço também oferece um fluxo contínuo de notícias e insights relevantes
para os empresários da região. Através de parcerias com veículos de
comunicação locais e especialistas em negócios, a plataforma mantém os
usuários informados sobre as últimas tendências, oportunidades de
mercado, mudanças regulatórias e eventos relevantes. Essas informações
valiosas ajudam os empresários a tomar decisões informadas e a se
manterem à frente da concorrência.
Diversão e engajamento:
Sabemos que a vida empresarial não é só trabalho. O Marketplace
Valeon do Vale do Aço também oferece uma seção de entretenimento e
lazer, onde os usuários podem descobrir eventos locais, pontos
turísticos, restaurantes e muito mais. Essa abordagem holística permite
que os empresários equilibrem o trabalho e a diversão, criando uma
comunidade unida e fortalecendo os laços na região.
Foco no empreendedorismo:
O Marketplace Valeon do Vale do Aço é uma plataforma que nutre o
espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos,
também oferece orientação e suporte para os empresários que desejam
iniciar seus próprios negócios. Com seções dedicadas a tutoriais,
estudos de caso inspiradores e conselhos de especialistas, o marketplace
incentiva e capacita os empreendedores a alcançarem seus objetivos.
Geração de leads para os empresários:
Uma das maiores vantagens do Marketplace Valeon do Vale do Aço é a
capacidade de gerar leads qualificados para os empresários. Com um
público-alvo altamente segmentado, a plataforma oferece a oportunidade
de se conectar diretamente com potenciais clientes interessados nos
produtos e serviços oferecidos pelas empresas cadastradas. Isso
significa que os empresários podem aumentar sua visibilidade, expandir
sua base de clientes e impulsionar suas vendas de forma eficiente.
Conclusão:
O Vale do Aço é uma região cheia de oportunidades e empreendedorismo,
e o Marketplace Valeon do Vale do Aço se torna um recurso indispensável
para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial
abrangente, notícias atualizadas, diversão, suporte ao empreendedorismo e
a geração de leads qualificados, o Marketplace Valeon se destaca como
uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios na região. Não
perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o
poder do Marketplace Valeon do Vale do Aço para o seu sucesso
empresarial.
A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz
divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a
atenção para as seguintes questões:
• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou
pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas
para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.
• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se
expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação,
vendas, etc.
• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:
a) Digitalização dos Lojistas;
b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;
l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;
m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.
Vantagens competitivas da Startup Valeon:
• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar
rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a
Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando
para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.
• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos
contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam
dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses
parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do
Aço para os nossos serviços.
• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois
são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.
• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.
• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do
mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas
desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na
divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso
funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia,
inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande
empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar
tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos
manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em
como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.
• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de
divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu
faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao
site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Proposta:
Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas
Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de
divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que
os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.
Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada
empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços,
telefone, WhatsApp, etc.
O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja
também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação
das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site
de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a
comunicação dos clientes com as lojas.
Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais
do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos
tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa
história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
História por ANA GABRIELA OLIVEIRA LIMA E NATHALIA GARCIA • Folha de S. Paulo
SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A equipe médica do
hospital Sírio-Libanês em Brasília anunciou na sexta-feira (29) que o
presidente Lula (PT) passou por uma blefaroplastia, uma pequena correção
da pálpebra, que já estava programada.
O procedimento ocorreu após a cirurgia de colocação de prótese no
quadril pela qual Lula passou e não tinha sido divulgada anteriormente
pela Presidência.
Segundo o médico pessoal do presidente, Roberto Kalil, “é um
procedimento estético-médico, que foi feito por indicação médica mesmo”.
“Ele [Lula] tinha realmente alterações, que atrapalhavam muito muitas vezes o dia a dia”, disse.
Esse tipo de cirurgia é feito para remoção da pele flácida das
pálpebras ou para retirar o excesso de bolsas de gordura ao redor dos
olhos.
O médico acrescentou: “Foi feito esse procedimento, nos dois olhos,
logo após a cirurgia, aproveitando a anestesia. Foi uma coisa simples,
que já há muito tempo estava programado e se aproveitou o efeito
anestésico”.
O profissional ressaltou que se trata de um procedimento simples e
que, de acordo com a médica responsável, Eliana Forno, não seria
necessário repouso especial posteriormente –citou apenas a colocação de
gelo na recuperação.
“Como a cirurgia [no quadril] transcorreu dentro do prazo, a
anestesia sem intercorrência, se resolveu ir à frente nesse
procedimento. Isso não tem nenhum tipo de pós-operatório”, afirmou.
Kalil disse que essa cirurgia não foi divulgada antecipadamente
porque dependia do resultado do procedimento ortopédico e, por isso, não
estava definida.
“Tudo dependia do transcorrer da cirurgia. O principal era
ortopédico. Por que se demorou um pouquinho mais? Porque foi feita essa
correção na pálpebra”, afirmou.
Boletim médico divulgado neste sábado (30) afirmou que Lula, 77, está
bem. “[O presidente] passou a noite estável, caminhou pela manhã e
realizou sessões de fisioterapia. Permanece internado em apartamento, e
sob cuidado”, diz o comunicado.
Segundo Paulo Becker Amaral, cirurgião plástico do Hospital Moinhos
de Vento, em Porto Alegre, e membro da SBPC (Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica), a blefaroplastia, embora simples, precisa ser feita
com atenção para não retirar em excesso o tecido.
As pálpebras caídas acontecem naturalmente com o passar dos anos, principalmente a partir dos 50, segundo o médico.
Além do impacto estético, elas podem diminuir a amplitude do campo
visual. Também podem comprometer a saúde dos olhos, uma vez que a
pálpebra flácida prejudica o espalhamento das lágrimas dentro do órgão.
“A parte anterior dos olhos é nutrida pela lágrima, que tem oxigênio,
glicose e sais minerais. Ao piscarmos, a pálpebra saudável espalha a
lágrima, levando nutrientes necessários à córnea”, explica o médico.
A flacidez do tecido gera um constante lacrimejamento, que costuma
incomodar o paciente. Outros sintomas são ardência e sensação de areia
nos olhos.
Segundo o médico, a cirurgia demora em média 45 minutos. Alguns cuidados do pós-operatório são o uso de analgésicos e colírio.
“O procedimento também serve para tirar o excesso de bolsas de
gordura ao redor dos olhos”, explica Thiago Marques Tenorio, cirurgião
plástico da clínica FacialTeam. Segundo ele, a cirurgia é uma das mais
pedidas em consultório. O procedimento pode ser feito com anestesia
local ou geral, de acordo com a dificuldade da cirurgia e a tolerância
do paciente, afirma Tenorio.
“Tende a ser uma cirurgia indolor. Pode deixar o local roxo e
ressecar os olhos. Em torno de 5 a 7 dias, os pontos são retirados, e o
paciente está pronto para voltar com atividades de rotina”.
O almirante Almir Garnier,
ex-comandante da Marinha, recebeu o apoio de colegas que se formaram
com ele em 1976 na Escola Naval. Em carta que circula entre militares, a
turma diz que Garnier “enfrenta acusações lançadas ao vento” e dizem
“acreditar em sua inocência.”
O conteúdo da mensagem foi confirmado à CNN por dois oficiais.
Em colaboração premiada, o tenente-coronel Mauro Cid disse à Polícia
Federal que, após a derrota nas eleições, o presidente Jair Bolsonaro
(PL) se reuniu com os comandantes das Forças para discutir um plano para
não deixar o poder.
Garnier, então comandante da Marinha, teria apoiado o intento e
colocado a tropa à disposição. O general Freire Gomes, comandante do
Exército, teria rejeitado a proposta.
“As acusações contra o Almirante Garnier são lançadas aos ventos por
estarem baseadas em assunto sob segredo de Justiça, o que torna
impossível comprová-las ou, baseadas em assunto sob segredo de Justiça,
contradizê-las. Pior, os envolvidos são tolhidos de se manifestar pelo
mesmo segredo conferido aos seus depoimentos, enquanto a desinformação
grassa solta”, diz o manifesto.
Na carta de nove parágrafos, os colegas de turma de Garnier dizem
caber a eles dar “o testemunho sobre a pessoa por trás do título”. Dizem
ainda que não faz sentido supor que o almirante “tenha conseguido
enganar a todos”.
“Supor que um almirante-de-esquadra que passou pelo escrutínio de
seus pares ao longo de toda a sua carreira, tenha conseguido enganar a
todos e mudar seu comportamento de forma tão dramática, não faz sentido.
Afinal, pessoas raramente mudam de fato, mas se aperfeiçoam em ser o
que sempre foram. Queres julgar alguém, mira-te no seu passado. Lá a
verdade reside.”
Por fim, o grupo escreve: “Por conhecermos o passado de Garnier, nós
da associação da sua turma de Escola Naval acreditamos na sua inocência,
formamos ao seu lado e lhe prestamos continência. É nosso dever de
lealdade a um amigo, um irmão, um almirante.”
Como mostrou a CNN, aliados de Garnier veem uma blindagem ao Exército no depoimento de Cid.
Esses militares argumentam que Cid é um tenente-coronel da ativa do
Exército e filho de um general da reserva. Portanto, na avaliação deles,
seria “natural” que o ex-ajudante de ordens fizesse uma blindagem à
Força à qual pertence.
Pessoas próximas a Garnier alegam que o ex-comandante, embora
deixasse claro suas preferências políticas, jamais discutiu com a cúpula
da Marinha uma proposta de golpe.
À CNN, um colega disse que o almirante “se
expressava de maneira transparente sobre sua opinião, mas isso não quer
dizer tentar um golpe”.
Saiba quem é Almir Garnier, comandante da Marinha no governo Bolsonaro que teria aceitado dar golpe
Tenente-coronel Mauro Cid disse à Polícia
Federal que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com a cúpula
do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para discutir detalhes de um
plano de golpe para não deixar o poder
A reunião em que Bolsonaro teria discutido um plano de golpe para não
deixar o poder com a cúpula das Forças Armadas foi revelada
primeiramente por O Globo e UOL e confirmada pela CNN.
Segundo fontes com acesso à investigação, Cid detalhou duas
situações. Em uma delas, cita que Bolsonaro recebeu em mãos uma minuta
golpista. Em outro momento, o ex-ajudante de ordens detalha a reunião
com a cúpula militar.
No encontro, as Forças Armadas teriam sido consultadas sobre a possibilidade de uma intervenção militar.
A resposta da cúpula da Marinha, ainda segundo Mauro Cid, teria sido
que as tropas estavam prontas para agir, apenas aguardando uma ordem
dele. Já o comando do Exército não teria aceitado o plano.
Quem é o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, que teria aceitado participar de golpe?
O almirante da reserva Almir Garnier Santos foi o segundo comandante da Marinha durante o governo de Bolsonaro.
Ele assumiu o posto, em abril de 2021, no lugar de Ilques Barbosa
Júnior, demitido em março daquele ano após uma troca no comando do
Ministério da Defesa, que passou às mãos do general Walter Braga Netto.
O carioca Almir Garnier, que completa 63 anos nesta sexta-feira (22),
ingressou na Escola Naval em 1978, iniciando sua carreira na Marinha.
Nos anos 1980, serviu a bordo de navios da Esquadra brasileira. A partir
de 1991, fez mestrado em uma escola da Marinha dos EUA e, ao retornar,
serviu em funções técnicas por cerca de dez anos.
WASHINGTON – A ameaça de uma paralisação do governo dos Estados Unidos terminou na noite deste sábado, 30, horas antes do prazo final da meia-noite, quando o Congresso americano aprovou
um projeto de lei de financiamento temporário para manter as agências
abertas e enviou a medida para sanção do presidente Joe Biden.
O pacote apressado elimina a ajuda à Ucrânia, uma prioridade da Casa
Branca à qual se opõe um número crescente de legisladores republicanos,
mas aumenta a assistência federal a catástrofes em US$ 16 bilhões,
satisfazendo integralmente o pedido de Biden. O projeto financia o
governo até 17 de novembro.
Depois de dias turbulentos na Câmara, o presidente da Câmara, Kevin
McCarthy, abandonou subitamente as exigências de cortes drásticos nas
despesas e confiou nos democratas para aprovar a lei, colocando em risco
o seu próprio emprego. O Senado seguiu com a aprovação final.
“Vamos fazer o nosso trabalho”, disse McCarthy, republicano da
Califórnia, antes da votação na Câmara. “Seremos adultos na sala. E
vamos manter o governo aberto.”
Foi uma reviravolta nos acontecimentos no Congresso depois que dias
de caos na Câmara levaram o governo à beira de uma paralisação federal
perturbadora.
O resultado encerra, por enquanto, a ameaça de paralisação. Se não
houvesse acordo antes de domingo, os trabalhadores federais teriam sido
obrigados a entrar de licença, mais de 2 milhões de soldados militares
da ativa e da reserva teriam que trabalhar sem remuneração e os
programas e serviços dos quais os americanos dependem de costa a costa
teriam começado a enfrentar interrupções de desligamento.
“Os americanos podem respirar aliviados”, disse o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer.
O pacote financia o governo nos níveis atuais de 2023 até meados de
novembro, criando outra crise potencial se não conseguirem financiar
plenamente o governo até lá. O pacote foi aprovado pela Câmara por 335
votos a 91, com o apoio da maioria dos republicanos e de quase todos os
democratas. A aprovação no Senado veio por uma votação de 88 a 9.
Mas a perda da ajuda à Ucrânia foi devastadora para os legisladores
de ambos os partidos que prometeram apoiar o Presidente Volodymyr
Zelenskyy após a sua recente visita a Washington. O projeto de lei do
Senado incluía US$ 6 bilhões para a Ucrânia, e ambas as câmaras ficaram
paralisadas no sábado enquanto os legisladores avaliavam as suas opções.
“O povo americano merece coisa melhor”, disse o líder democrata da
Câmara, Hakeem Jeffries, de Nova York, alertando num longo discurso que
os republicanos “extremos” estavam arriscando uma paralisação.
Para que o pacote da Câmara fosse aprovado, McCarthy, republicano da
Califórnia, foi forçado a confiar nos democratas porque o flanco de
extrema direita do presidente da Câmara disse que se oporia a qualquer
medida de financiamento de curto prazo, negando-lhe os votos necessários
da sua escassa maioria. É uma medida que arrisca seu emprego em meio a
apelos por sua demissão.
Após deixá-los para trás, é quase certo que McCarthy enfrentará uma
moção para tentar destituí-lo do cargo, embora não seja certo que
haveria votos suficientes para derrubar o presidente da Câmara. A
maioria dos republicanos votou a favor do pacote no sábado, enquanto 90
se opuseram.
“Se alguém quiser me remover porque quero ser o adulto na sala, vá em
frente e tente”, disse McCarthy sobre a ameaça de expulsá-lo. “Mas acho
que este país é muito importante.”
A Casa Branca acompanhava os acontecimentos no Capitólio e assessores
informavam o presidente, que passava o fim de semana em Washington.
O líder republicano do Senado, Mitch McConnell, que defendeu a ajuda à
Ucrânia apesar da resistência das suas próprias fileiras, deverá
continuar a procurar o apoio dos EUA a Kiev na luta contra a Rússia.
“Concordei em continuar a lutar por mais ajuda econômica e de segurança para a Ucrânia”, disse, antes da votação.
A rápida mudança da Câmara ocorre após o colapso, na sexta-feira, do
plano anterior de McCarthy de aprovar um projeto de lei apenas
republicano, com cortes acentuados de gastos de até 30% para a maioria
das agências governamentais, que a Casa Branca e os democratas
rejeitaram por considerá-los muito extremistas.
O governo federal caminhava para uma paralisação que representava
grave incerteza para os trabalhadores federais e para as pessoas que
deles dependem — desde tropas a agentes de controle de fronteiras, a
funcionários de escritório e cientistas./AP