segunda-feira, 2 de outubro de 2023

ZELENSKY DEDICA MAIS PARA FAZER ACORDOS COM OUTROS PAÍSES DO QUE A PRÓPRIA GUERRA

 

História por James Waterhouse – Correspondente em Kiev (Ucrânia) •16h

O presidente ucraniano tem feito mais negociações do que campanha de guerra© Getty Images

As relações podem ser próximas, os apertos de mão podem ter sido firmes, mas o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teve um trabalho duro durante a sua viagem aos Estados Unidos e ao Canadá.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, prometeu apoiar a Ucrânia “durante o tempo que for necessário” contra a invasão da Rússia, e tem o apoio de todos os partidos nesse esforço.

O bolso dos Estados Unidos é mais fundo, mas a questão política é muito mais complicada.

Zelensky conseguiu um pacote de ajuda militar de US$ 325 milhões da Casa Branca, mas não foi o valor de US$ 24 bilhões que ele esperava. A proposta de ajuda militar bilionária está parada no Congresso, que está quase paralisado devido a discordâncias sobre o orçamento.

As dificuldades não param por aí.

Além de encontrar o presidente americano Joe Biden, o líder da Ucrânia também teve reuniões com políticos republicanos que lutam para conter o crescente ceticismo no seu partido.

“Estamos protegendo o mundo livre, o que deveria receber apoio dos republicanos”, diz um conselheiro do governo ucraniano em Kiev.

“Foi mais difícil quando a guerra começou, porque era um caos”, diz ele. “Agora, podemos ser mais específicos em nossos pedidos, pois sabemos o que os nossos aliados têm e onde armazenam.”

Mas cada vez mais os países aliados estão tendo que lidar com questões como “por que a Ucrânia deveria continuar recebendo um cheque em branco?” e “como o país pretende vencer a guerra?”.

O presidente ucraniano tem tentado responder a ambas questões no cenário mundial. Agora, parece que ele tem feito mais negociações do que campanha de guerra — justamente para manter a ajuda ocidental chegando.

E isso em uma semana em que Kiev se desentendeu com um dos seus aliados mais leais, a Polônia, em uma disputa por causa dos cereais ucranianos.

A proibição das importações ucranianas levou o presidente Zelensky a acusar indiretamente Varsóvia de “ajudar a Rússia”.

O presidente polonês, Andrzej Duda, comparou então a Ucrânia a uma “pessoa que está se afogando e com a qual você pode se afogar junto.”

A situação desde então esfriou.

O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se abraçam em foto do início do ano© Reuters

Mesmo para um líder experiente em tempos de guerra, estes são tempos difíceis para o presidente ucraniano em termos diplomáticos.

As próximas eleições em países parceiros como a Polônia, a Eslováquia e os EUA tornam o cenário nebuloso. Alguns candidatos estão dando prioridade às questões internas em detrimento do apoio militar à Ucrânia.

“A necessidade de equilibrar a ajuda militar com a satisfação dos eleitores torna as coisas realmente complicadas”, explica Serhiy Gerasymchuk, do Prism, um centro de pesquisa em política externa ucraniano.

“A Ucrânia tem de ponderar a promoção dos seus interesses, utilizando todos os instrumentos possíveis, tendo simultaneamente em conta a situação nos países parceiros e na União Europeia. É um desafio”, diz Gerasymchuk.

Este é o tipo de questão com a qual o líder da Rússia, Vladimir Putin, não precisa de se preocupar.

É por isso que Kiev tenta retratar esta guerra como uma luta não só pela sua soberania, mas pela democracia.

Após a queda da União Soviética, a Ucrânia, a Rússia, os EUA e o Reino Unido fizeram um acordo com o Memorando de Budapeste de 1994.

A Ucrânia entregou à Rússia as armas nucleares soviéticas deixadas no seu solo em troca da promessa de que a sua integridade territorial seria respeitada e defendida pelos outros países que assinaram o tratado.

Nove anos de agressão russa fizeram com que esse acordo parecesse uma promessa quebrada.

Kiev também está tentando um plano de longo prazo e, ao mesmo tempo, buscado interagir melhor com países como o Brasil e a África do Sul, que têm sido apáticos em relação à invasão da Rússia.

É uma estratégia que não trouxe resultados imediatos.

“A verdade é que dependemos do sucesso na linha da frente”, afirma o conselheiro do governo ucraniano.

Ele argumenta que os meios de comunicação simplificaram muito a contraofensiva da Ucrânia.

Para ele, a mídia se concentrou demais no teatro da linha da frente, onde os ganhos foram marginais, e menos nos sucessos substanciais dos ataques com mísseis na Crimeia e nos ataques contra navios de guerra russos.

A Ucrânia sempre afirmou que não vai deixar que a “apressem” na sua contraofensiva. Com a política desta guerra cada vez mais ligada aos combates, isso será testado mais do que nunca.

CONHEÇA A PLATAFORMA P-71 DA PETROBRAS

 

História por admin3 • IstoÉ Dinheiro

Quem contempla o horizonte da Praia de Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro, observa as Ilhas Cagarras, que ficam a menos de 5 quilômetros (km) da faixa de areia. Fora isso, só se enxerga o mar. Os olhos não conseguem ver, mas a 200 km em linha reta está uma plataforma de petróleo que parece uma gigantesca indústria cercada pelo oceano.

É a P-71, da Petrobras, no Campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, que se aproxima do seu recorde de produção em outubro, mês em que a Petrobras completa 70 anos. A convite da estatal, a reportagem da Agência Brasil embarcou em um helicóptero, visitou a P-71 e reuniu algumas curiosidades sobre a estrutura, considerada um dos destaques do pré-sal.

Vista aérea da P-71, instalada no Campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, a 200 km da costa do Rio de Janeiro – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Navio ou plataforma?

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A P-71 é uma plataforma do tipo FPSO, sigla em inglês para floating production storage and offloading. Isso significa que ela é um sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo. Simplificando: é uma plataforma montada em cima de um casco de navio. Se diferencia das plataformas que ficam mais próximas ao continente, que são estáticas e parecem um guindaste apoiado em quatro gigantescas pilastras.

Os FPSOs são ancorados no fundo do mar. No caso da P-71, são 22 linhas de ancoragem, concentradas nas pontas da embarcação. Ela não tem motor, ou seja, apenas flutua, e precisou ser rebocada do estaleiro até a Bacia de Santos. Pesa cerca de 78 toneladas, o que equivale ao peso de 220 boeings.

Os FPSOs têm capacidade para separar o petróleo do gás e da água durante o processo de produção, armazená-lo nos tanques de carga para, finalmente, transferi-lo para os navios que serão os responsáveis pelo seu transporte.

Equipe confinada

Por vez, 166 pessoas ficam na P-71 para manter a operação. A força de trabalho na P-71 é majoritariamente masculina. As mulheres, geralmente, são 10% dos funcionários, no máximo.

Os trabalhadores cumprem turnos de 14 dias seguidos, com 21 dias de folga para funcionários da Petrobras. Algumas empresas terceirizadas adotam 14 dias de descanso. Os turnos de trabalho são de 12 horas.

Na área de acomodações, os funcionários têm espaços para esporte e lazer, como academia e sala de jogos. Leia mais sobre a equipe de trabalhadores na plataforma.

Fabricação replicante

A P-71 é a sexta e última plataforma de um modelo replicante. Isso significa que o mesmo projeto de engenharia padronizado deu origem a seis FPSOs. É como se fossem sêxtuplos. Contando o fundo do navio até a parte mais alta, a P-71 tem 120 metros (m). Desses, 35 m ficam abaixo da linha d’água. O ponto mais alto da plataforma (75 m acima do leito do mar) é a estrutura que sustenta o flare, a queima constante de gás. No caso da P-71, essa combustão é apenas um piloto de segurança, e não desperdício de gás.

Avenida Brasil

Os FPSOs originados desse processo replicante têm um longo corredor chamado Avenida Brasil. É como se fosse realmente uma rua dentro da plataforma. São cerca de 330 metros de extensão. Para se ter uma ideia, é como se fossem três campos de futebol alinhados. Para percorrer ida e volta, em uma velocidade normal de caminhada, seriam necessários cerca de dez minutos.

Avenida Brasil é como se fosse uma rua na plataforma de petróleo  – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Ligando proa e popa, a Avenida Brasil praticamente dá acesso a todas as áreas da parte industrial do navio-plataforma. Uma capilaridade que passa pelos 17 módulos da P-71.

Diferentemente desses módulos, a maior parte da Avenida Brasil, apesar das dimensões amplas, não recebe luz direta do Sol, pois é coberta por uma estrutura que dá suporte a quilômetros de cabos e tubulações. Uma espécie de sistema circulatório da plataforma.

Construção em módulos

Os 17 módulos têm funções específicas, que vão de processamento de óleo e gás, tratamento de água, geração de energia elétrica a toda a parte de acomodações, chamada de casario. A energia elétrica produzida na plataforma seria suficiente para abastecer uma cidade com 250 mil habitantes.

Na parte de acomodações, além de alojamentos, há diversas formas de entretenimento e lazer para os 166 funcionários que passam 14 dias embarcados. São salas de jogos (inclusive eletrônicos), leitura e academia, por exemplo. No refeitório, preocupação com dietas específicas. O cardápio vegano é uma opção.

Chuveiros de emergência

Um passeio pela Avenida Brasil deixa evidente uma das prioridades da tripulação da P-71: a segurança. Pelas alas que ligam os módulos industriais há diversos chuveirosA função deles é bem específica: em caso de emergência como contato acidental com algum elemento químico, em poucos passos (e tempo), o funcionário já tem uma forma de lavar mãos, rostos e olhos, por exemplo.

Segurança é uma das preocupações na plataforma – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Outro sinal flagrante da preocupação com a segurança é que, na área industrial, o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) é obrigatório. São macacão antichamas, bota de proteção, óculos, luvas e protetor auricular.

A repetição é uma das formas de incrustar a preocupação com a segurança na mente dos trabalhadores. Além de sinalização por todas as partes da plataforma, todos que chegam à P-71 precisam assistir a um vídeo com instruções de segurança.

Por toda a plataforma há alto-falantes que permitem que todos os funcionários possam ser comunicados ou acionados em qualquer lugar. No interior do FPSO, a sala de comando faz o monitoramento da operação em tempo real.

Robôs

Outra iniciativa que contribui para a redução de riscos e aumento da segurança é o uso da tecnologia para fazer trabalhos mais difíceis. Um exemplo são robôs que realizam a pintura do casco. Há também o rover, robôs submarinos que realizam inspeções. Outra função que foi substituída é a vistoria humana do flare, a 75 metros de altura. Os drones são capazes de realizar o procedimento, inclusive, sem interromper o funcionamento da queima de gás.

Produção diária

A operação do navio-plataforma se dá 24 horas por dia, sete dias por semana. Para o trabalho de tirar óleo do fundo do mar, não existe fim de semana ou feriado. A capacidade de produção de gás é de 6 milhões de metros cúbicos.

A P-71 se aproxima do topo de extração de óleo do pré-sal: 150 mil barris por dia. Isso significa 6,2 mil por hora, 104 por minuto. O FPSO pode estocar até 1,6 milhão de barris de óleo. Dessa forma, quando tiver atingido a capacidade máxima, a plataforma precisará de dez dias para lotar o armazenamento.

 Operação do navio-plataforma ocorre durante 24 horas por dia, nos sete dias da semana – Tânia Rêgo/Agência Brasil

A ligação da plataforma com um quarto poço de petróleo é o gatilho que permitirá chegar à capacidade máxima. O projeto da P-71 contempla a ligação com sete poços nos próximos anos. Uma curiosidade é que saltar de quatro para sete poços não significa ultrapassar a marca de 150 mil barris por dia. Na verdade, é uma forma de não deixar a produção ser reduzida. Isso acontece porque, à medida que novos postos vão sendo conectados, os primeiros, naturalmente, vão se esgotando.

Esse entendimento ajuda também a diferenciar o que é um poço e o que é um reservatório. O poço é o acesso perfurado e estruturado para a retirada de petróleo do reservatório.

Qualidade do óleo

O processamento intermitente do óleo do pré-sal é acompanhado por controle interno de qualidade. Algumas das tubulações pelas quais o óleo passa recebem isolamento térmico, que mantém a temperatura uniformizada, independentemente do ambiente externo. Há coleta regulares de amostras de óleo que são levadas para um laboratório dentro da plataforma. Lá são checadas as condições do produto extraído a 7 mil metros de profundidade. A análise laboratorial pode identificar se fatores como a presença de sal ou água alteram as características do petróleo. Uma sinalização aciona um processo de intervenção para garantir a qualidade final do “ouro negro”.

Cercada por navios

Acesso à P-71 é feito por meio de helicópteros – Tânia Rêgo/Agência Brasil

A chegada e saída de passageiros é feita exclusivamente por helicópteros, que fazem base no aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os voos levam cerca de 50 minutos a uma hora, dependendo das condições climáticas.

Apesar da sensação de isolamento, cercada apenas pelo mar, uma visão panorâmica a partir do convés da P-71 revela que a plataforma está sempre acompanhada por outras embarcações. É como se fossem satélites rodeando um planeta. São navios envolvidos no abastecimento de suprimentos, apoio operacional para a instalação de dutos submarinos e descarga do petróleo estocado. É comum também a presença de sondas perfuradoras, uma vez que os FPSOs não fazem perfuração.

A descarga do óleo armazenado é feita por enormes tubulações que fazem o transbordo para navios-aliviadores – especialmente desenvolvidos para transportar óleo das plataformas. O volume de 1,6 milhão de barris de óleo que pode ser estocado na P-71 pesa aproximadamente 200 toneladas, que criam uma situação curiosa durante o procedimento de escoamento:

“No começo do procedimento, de tão pesada que a plataforma está, vemos o navio-aliviador lá em cima”, conta o coordenador de manutenção, Juparã Vianna, simulando um desnivelamento com as mãos. “À medida que o óleo passa para a outra embarcação, percebe-se claramente que vamos ficando mais leves, flutuando mais, e o navio-aliviador vai ficando mais pesado, como se estivesse afundando no leito d’água”, completa.  

*O repórter viajou a convite da Petrobras.

O post Plataforma de petróleo: saiba como é o dia a dia na “Avenida Brasil” apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

PRESOS POLÍTICOS DE 8/1 FAZEM ACORDO COM O MPF

História por PODER360 

MPF (Ministério Público Federal) espera que mais de 1.000 denunciados pelos atos do 8 de Janeirro procurem a instituição para fecharem acordos para não terem de passar por julgamento o STF (Supremo Tribunal Federal). A informação foi confirmada à Veja pelo subprocurador geral Carlos Frederico Santos.

Os acordos com o MPF resultam em pagamento de multas, que variam de R$ 5.000 a R$ 20.000, além do cumprimento de 300 horas de serviços à comunidade, participar de curso sobre Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado e não manter perfil nas redes sociais. Até o fim de agosto, 301 pessoas fecharam um ANPP (Acordo de não Persecução Penal) em troca da extinção da punibilidade.

De acordo com Carlos Frederico Santos, podem celebrar os acordos com o MPF os manifestantes que foram detidos em frente ao QG (Quartel-General) do Exército no dia 9 de janeiro, e que não participaram das depredações dos prédios dos Três Poderes.

No dia 8 de Janeiro, 243 foram presos durante os atos que resultaram na depredação dos edifícios do Palácio do Planalto, do STF e do Congresso Nacional. Outros 1.927 foram detidos no QG do Exército em Brasília.

O subprocurador geral disse que os apreendidos no QG, se foram submetidos a julgamento, as condenações não ultrapassam 4 anos. Por isso, é possível que o MPF e o réu possam negociar um acordo para o encerramento do caso.

 

HORÁRIO DE VERÃO NÃO SERÁ UTILIZADO ESSE ANO

 

História por CdB • Correio do Brasil

Em 2019, a medida foi extinta pelo então presidente Jair Bolsonaro e, neste ano, apesar da troca de governo, não há sinais de que o horário de verão possa ser adotado novamente.

Amado por muitos, odiado por outros tantos, o horário de verão foi por muito tempo motivo de discussões e polêmicas entre os brasileiros. Muita gente gostava de aproveitar o período mais quente do ano e curtir o fim de tarde mais longo para praticar esportes ou em um happy hour com amigos. Mas quem acorda cedo para trabalhar reclamava das manhãs mais escuras, com o adiantamento do relógio em 1 hora.

Medida vigorou no país todos os anos de 1985 até 2018© Fornecido por Correio do Brasil

Preferências à parte, havia razões técnicas para que o governo determinasse a adoção da medida, que vigorou no país todos os anos de 1985 até 2018. Em 2019, a medida foi extinta pelo então presidente Jair Bolsonaro e, neste ano, apesar da troca de governo, não há sinais de que o horário de verão possa ser adotado novamente.

Tanto a área técnica do Ministério de Minas e Energia quanto o próprio ministro da pasta já falaram que, por enquanto, não há necessidade de adiantar os relógios neste ano, principalmente por causa das boas condições atuais de suprimento energético do país. A pasta diz que o planejamento seguro implantado desde os primeiros meses do governo garante essa condição.

O ministro Alexandre Silveira também diz que não há sinais de que será necessário adotar o horário de verão este ano, porque os reservatórios das usinas hidrelétricas estão nas melhores condições de armazenamento de água dos últimos anos. “O horário de verão só acontecerá se houver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto, não há sinal nenhum nesse sentido. Estamos com os reservatórios no melhor momento dos últimos 10 anos”.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios devem se manter acima de 70% em setembro na maioria das regiões, o que representa estabilidade no sistema. Para se ter uma ideia, em setembro de 2018, por exemplo, no último ano de implementação do horário de verão, a EAR dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, um dos mais importantes do país, estava em 24,5%. Este ano, esse percentual está em 73,1%.

Outro fator que serve como argumento para não retomar o horário de verão no Brasil é o aumento da oferta de energia elétrica nos últimos anos, com maior uso de usinas eólicas e solares. “O setor de energia que era quem dava a ordem, não está vendo a necessidade de dar essa ordem, não está vendo grandes ganhos com a medida”, diz o professor de Planejamento Energético Marcos Freitas, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).

Mudança de hábito

Quando foi criado, em 1931, o adiantamento do relógio em 1 hora entre os meses de outubro e fevereiro tinha o objetivo de aproveitar melhor a luz natural e reduzir a concentração do consumo no horário de pico, que era no horário entre 18h e 20h. No entanto, nos últimos anos, houve mudanças no padrão de consumo de energia dos brasileiros e no horário de pico, com maior uso da eletricidade no período da tarde, principalmente por causa da intensificação do uso de aparelhos de ar-condicionado.

Além disso, a iluminação, que antes representava uma parte significativa do consumo, especialmente no horário de pico, hoje não é mais tão importante do ponto de vista elétrico. Até o início da década de 2000, era comum o uso de lâmpadas incandescentes nas residências, empresas e na iluminação pública. Após a crise energética de 2001, foram adotadas políticas de eficiência energética, com o aumento do uso de lâmpadas mais econômicas, como as fluorescentes, e eletrodomésticos mais eficientes.

– Hoje o fator iluminação já não é mais um fator importante para o setor elétrico, como era no passado, quando cerca de um terço do consumo de energia de uma casa vinha da iluminação. Hoje, o grande vilão nas residências se chama climatização – destaca o professor Freitas.

Para ele, a adoção do Horário de Verão este ano seria mais por uma questão de hábito da população do que pela necessidade do setor elétrico. “Eu, particularmente, gosto muito do Horário de Verão, gosto de chegar em casa com a luz do dia, acho simpática a ideia. Mas sei que tem limitações, os trabalhadores que acordam muito cedo sofrem muito com esse horário”.

AGROTÓXICO BANIDO NA UE MATA ABELHAS NO BRASIL

História por ALEXA SALOMÃO • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Não importa a região, os recentes surtos que vitimaram abelhas em diferentes pontos do Brasil têm em comum, além da mortandade em massa, um mesmo produto, o fipronil.

Sintetizado nos anos de 1980, sua patente já expirou e pode ser produzido por qualquer empresa. O uso se tornou indiscriminado, relatam acadêmicos e técnicos agrícolas.

Os agrônomos contam que outros agrotóxicos, como inseticidas a base de nicotina, herbicidas e fungicidas, minam o organismo das abelhas de forma lenta, debilitando as funções físicas até a morte, o que reduz as colmeias ao longo do tempo.

O fipronil é diferente. A substância atua no sistema nervoso central dos insetos, provocando uma superexcitação nos músculos e nervos. É implacável como agente da morte aguda, afirma Ricardo Orsi, professor de veterinária da Unesp (Universidade Estadual Paulista).

“Inseticida sistêmico de ação prolongada e agressiva, hoje ele é usado em diferentes culturas, o que explica a ocorrência de contaminações de abelhas em vários pontos do Brasil”, explica ele.

Formigas e cupins são os seus principais alvos, mas é ele aplicado contra o bicudo do algodão, a larva-alfinete no milho, a lagarta-elasmo na soja. Também tem usos domésticos. Está nos mata-moscas e em coleiras de cães e gatos contra pulgas e carrapatos.

Segundo levantamento da Folha de S.Paio, os exames mostraram que foi o fipronil que vitimou 100 milhões de abelhas no Mato Grosso, em junho, 80 milhões na Bahia e, em julho, e também, provocou, em janeiro, perdas em Minas Gerais.

Estudos contínuos no Mato Grosso do Sul identificaram associação crescente entre mortes em massa a substância. Em 2017, o fipronil estava em 30,5% das amostras. Em 2021, em 66,6%. No ano passado, foi detectado em 85,7% nas amostras.

Voltando um pouco no tempo, também foi responsável pela morte de 50 milhões de abelhas em Santa Catarina, em 2017, e pelo surto que dizimou quase 500 milhões no Rio Grande sul, entre outubro de 2018 e março de 2019.

Em todos os casos de mortandade em massa, não muito longe das colmeias havia alguma propriedade rural com cultivo em larga escala.

“Não tem lugar mais arriscado para uma abelha hoje do que do lado de uma fazenda, pois você nunca sabe que agrotóxicos vão usar, e como vão usar”, afirma o apicultor José Arnildo Marquezin.

Foi preciso tempo para fazer a correlação entre fipronil e mortes agudas, afirma Aroni Sattle, professor aposentado da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). “Os surtos começaram no início dos anos 2000. As abelhas chegavam, eu examinava, e não encontrava nenhuma doença ou praga que justificasse a mortandade intensa, do dia para noite, então, passei a congelar amostras”, diz.

Em 2018, ele enviou 37 delas para avaliação, e o fipronil apareceu como o agrotóxico preponderante. Avaliações de surtos posteriores foram na mesma linha. “Podemos afirmar que 60% a 70% das mortandades são provocadas por ele”.

Técnicos afirmam que a pulverização por avião ou do trator, com risco ao trabalhador, é o principal problema, em especial quando feita na floração. A abelha infectada leva o veneno para colmeia e contamina o enxame.

“No caso mais recente aqui no Mato Grosso, não consideraram a temperatura e o vento recomendados para a aplicação e, naquele dia, ainda ocorreu inversão térmica, potencializando o efeito nocivo por um raio de 26 km [quilômetros]”, diz a médica veterinária Erika do Nascimento, fiscal do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária no estado).

A fiscalização percorreu 22 propriedades e localizou a substância numa fazenda de algodão. O produtor foi multado em R$ 225 mil.

Na Bahia, não se chegou aos culpados, mas a identificação do fipronil foi considerada um avanço, explica Marivanda Eloy, coordenadora da área de apicultura da Superintendência da Agricultura Familiar do estado.

“Na maioria dos casos, não sabemos o que aconteceu porque faltam laboratório e, recurso. Os apicultores são pequenos produtores que não podem pagar de R$ 800 a R$ a 1.000 para cada teste. Mas desta vez, conseguimos avaliar muitas amostras e encontramos fipronil até na cera, onde é difícil detectar resíduos.”

O surto matou 1.500 enxames de 32 produtores que, organizados em cooperativas e associações, fizeram mutirão para seguir o protocolo previsto nesses casos: recolher as amostrar, fazer o BO (Boletim de Ocorrência), e queimar todo o mel e cera.

A contagem dos apicultores dimensiona perdas comerciais na produção do mel. No entanto, pouco se sabe sobre o que está ocorrendo com as abelhas silvestres, e qual o efeito na preservação da flora.

O Brasil tem 2.000 espécies de abelhas nativas, explica André Sezerino, pesquisador da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina).

“O pessoal acha que mel é o maior bem da abelha e que é bonitinho ela visitando as flores, mas o mel é uma parte mínima do que ela faz. O grande serviço é a polinização”, afirma ele.

“Esse trabalho mantém o meio ambiente e o que comemos. Mais de 70% de todos alimentos que consumimos dependem da polinização das abelhas.”

APICULTORES TENTAM MUDAR LEGISLAÇÃO

Como a frequência das mortes abelhas é crescente, apicultores estão mobilizados em vários estados na tentativa de restringir o fipronil.

Goiás aprovou em abril uma lei restringindo o uso da substância. A Assembleia de Minas Gerais também tem proposta semelhante. “Já faz dois anos que perco as abelhas, abaixo a cabeça e começo de novo, mas da última vez, eu dei o grito”, afirma o apicultor Marcelo Ribeiro, que lidera o trabalho para convencer os deputados a aprovarem o projeto. “Parte do meu trabalho agora com apicultor é acabar com a carniça desse fipronil, que foi apontado como o principal responsável.”

A referência em mudança legal é Santa Catarina, estado que tem uma câmara setorial do mel muito organizada.

Com isso, adotou um regulamento mais rígido, que proíbe a pulverização, aumenta a fiscalização e intensifica o diálogo com cooperativas e produtores para deter práticas erradas.

Uma vez, por exemplo, o Ministério Público identificou que um único agrônomo tinha emitido 1.450 receituários para o fipronil em duas semanas. Na verdade, havia deixado as folhas assinadas nos balcões das agropecuárias onde era responsável técnico. O produto saia de qualquer jeito, para qualquer um.

“Conseguimos reduzir em 70% as mortes agudas”, afirma Ivanir Cella, presidente da Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina.

O setor, no entanto, quer uma discussão nacional para restringir ou mesmo proibir o fipronil. A comissão que trata de mortandade de abelhas dentro Câmara Setorial do Mel tem feito esforços em Brasília.

Em agostou, reiterou o pedido de revisão da legislação no Ibama (Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Foi encaminhado um ofício detalhando o avanço das mortes.

“Como o fipronil é uma molécula tóxica precisa sofrer avaliações”, explica Rodrigo Zaluski, integrantes do grupo e professor da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul).

“Ocorre que esse processo foi instalado em 2012 e já dura mais de dez anos sem uma conclusão. Pelo que identificamos, os inseticidas a base de nicotina podem ser revistos antes do fipronil, que já é comprovadamente mais tóxico.”

Questionados, Ibama e Ministério da Agricultura não responderam até a publicação deste texto.

Nesse meio tempo, outros países já proibiram o fipronil, caso da Colômbia e Costa Rica.

A substância também foi vetada na União Europeia justamente pela alta letalidade em insetos que não são alvos. Também contribuiu para a decisão, a contaminação de ovos em ao menos 15 países na região, em 2017. Uma empresa utilizou fipronil na composição de um desinfetante aviário, comprometendo as galinhas.

O bloco europeu, porém, segue permitindo a exportação da substância para outros lugares. Ativistas têm pedido uma mudança nessa regra.

“É escandaloso ver que a União Europeia ainda permita que suas empresas químicas exportem o fipronil para países como o Brasil”, afirma o ativista irlandês Eoin Dubsky, que atua pela ONG Eko.

A alemã Basf adquiriu o produto em nível global em 2003, e manteve a patente no Brasil até 2011, quando ele passou a ser comercializado por outras empresas. Sua marca, porém, permanece associada à substância.

Procurada pela reportagem, a empresa afirmou que tem acompanhado os acontecimentos e que identifica o uso indevido da substância. Ainda segundo ela, em nenhum dos casos recentes os produtos utilizados tinham sido produzidos ou comercializado pela Basf.

 

CÚRCUMA SERVE COMO TEMPERO E SUPLEMENTO

A especiaria serve de tempero, e seu composto mais famoso, a curcumina, também é encontrado na forma de suplemento; veja o que a ciência sabe sobre seus efeitos no organismo

Por Alice Callahan – Jornal Estadão

THE NEW YORK TIMES – A cúrcuma tem sido usada como tempero e remédio há milhares de anos. E nas últimas décadas se tornou popular como suplemento nutricional, muitas vezes vendido como curcumina – um composto químico encontrado na cúrcuma seca – com alegações de que pode aliviar dores nas articulações, reduzir a inflamação e melhorar a mobilidade.

Na Tailândia, a cúrcuma também é consumida na forma de tempero ou suplemento para aliviar sintomas gastrointestinais, como inchaço e indigestão, disse Krit Pongpirul, professor associado de medicina preventiva e social na Universidade Chulalongkorn, em Bangkok. Mas apenas estudos pequenos avaliaram tais benefícios.

A cúrcuma e a curcumina estão entre os suplementos mais estudados pela ciência
A cúrcuma e a curcumina estão entre os suplementos mais estudados pela ciência Foto: Freepik / rawpixel.com

Em um ensaio clínico publicado este mês na revista BMJ Evidence-Based Medicine, Pongpirul e seus colegas testaram se os suplementos de curcumina poderiam ajudar pacientes com dispepsia funcional, uma condição gastrointestinal comum que causa dores de estômago e sensação de inchaço, além de náuseas e distensão abdominal após as refeições.

Para o ensaio de oito semanas, os pesquisadores dividiram 206 pessoas com dispepsia funcional em três grupos escolhidos aleatoriamente: um que tomou 20 miligramas de omeprazol (um medicamento que reduz a acidez estomacal) uma vez ao dia; outro que tomou duas cápsulas de 250 mg de curcumina quatro vezes ao dia; e um terceiro que tomou omeprazol e curcumina nas doses acima, todos os dias.

Ao todo, 151 pacientes completaram o estudo e, nas semanas 4 e 8, todos os três grupos relataram reduções semelhantes em sintomas como dor, arrotos, azia e distensão abdominal.

Segundo Pongpirul, a curcumina pareceu ser tão eficaz na redução dos sintomas da dispepsia funcional quanto o omeprazol. Poucos efeitos colaterais foram relatados, embora os autores tenham observado que são necessários estudos de longo prazo para avaliar os riscos e benefícios do suplemento.

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Brian Lacy, gastroenterologista e professor de medicina na Clínica Mayo em Jacksonville, Flórida, disse por e-mail que, apesar desses resultados promissores, hesitaria em recomendar suplementos de curcumina a seus pacientes com base apenas neste estudo.

Os resultados teriam sido mais convincentes se o estudo houvesse incluído um grupo placebo, disse ele. Sem esse grupo, é impossível saber se as respostas dos participantes foram decorrentes do tratamento, do efeito placebo ou da passagem do tempo.

Dito isto, a dispepsia funcional causa desconforto grave, disse Lacy, e nos Estados Unidos não existem medicamentos aprovados para tratar a doença. O omeprazol, que é comumente usado off-label, parece ajudar apenas cerca de 1 em cada 10 pacientes.

Sem tratamentos melhores, disse Lacy, aqueles que preferem produtos naturais ou à base de plantas “podem usar esses dados com segurança para dizer: ‘Primeiro, vamos tentar a curcumina’”.

Mas Mahtab Jafari, professora de ciências farmacêuticas da Universidade da Califórnia, Irvine, alertou que os pacientes com sintomas gastrointestinais dolorosos não devem usar curcumina sem uma avaliação médica adequada. E como os suplementos são mal regulamentados, é preciso ter em mente algumas advertências.

A cúrcuma pode ajudar em outros problemas?

A cúrcuma e a curcumina estão entre os suplementos mais estudados, disse Janet Funk, professora de medicina da Universidade do Arizona.

Em uma revisão abrangente publicada em março, Funk e seus colegas avaliaram 389 ensaios clínicos sobre como os suplementos de curcumina podem influenciar vários problemas de saúde, como diabetes tipo 2, osteoartrite, problemas digestivos, câncer e demência.

Muitos eram estudos pequenos e mal projetados, disse ela, mas as evidências sugeriram que os suplementos eram provavelmente úteis para a osteoartrite e potencialmente úteis para pessoas com resistência à insulina ou diabetes.

É possível comprar as raízes de cúrcuma, triturar e usar o pó em diversas receitas
É possível comprar as raízes de cúrcuma, triturar e usar o pó em diversas receitas Foto: ROBERTO SEBA/ESTADAO

A composição dos produtos utilizados nesses estudos variou muito, advertiu Funk – assim como os suplementos atualmente disponíveis no mercado. Isso faz com que seja difícil obter resultados promissores de um suplemento em teste e encontrar um produto à venda que corresponda a ele.

Também se descobriu que os suplementos de curcumina contêm alguns contaminantes potencialmente prejudiciais. Em um estudo publicado em 2018, Funk e seus colegas analisaram 35 suplementos de curcumina e encontraram chumbo em todos os produtos, exceto um.

Eles também encontraram resíduos de solventes industriais tóxicos – como o tolueno, um produto químico encontrado em tintas, esmaltes e gasolina – em 25 dos produtos testados, embora os níveis de solvente estivessem abaixo dos limites geralmente considerados seguros. E muitos dos suplementos de curcumina tinham piperina, um extrato de pimenta preta, que aumenta a absorção da curcumina, mas também pode interferir com alguns medicamentos.

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Jafari, que estuda a curcumina em seu laboratório, disse estar confiante de que ela tem efeitos anti-inflamatórios, mas, dada a falta de ensaios grandes e de regulamentação da indústria, ela não recomenda suplementos de curcumina.

Antes de usar qualquer suplemento, verifique se ele foi testado por organizações confiáveis. Você também deve verificar com seu médico sobre possíveis interações com medicamentos ou exames; e continue monitorando quaisquer efeitos colaterais do suplemento, disse ela.

Mas, diante das preocupações sobre a pureza e segurança dos suplementos de cúrcuma, o melhor uso da planta talvez seja o mais antigo: “Compre as lindas raízes de cúrcuma, triture e saboreie”, disse Jafari.

Este artigo foi originalmente publicado no New York Times./TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

 

AVANÇOS TECNOLÓGICOS AUXILIAM E SIMPLIFICAM A ROTINA

Por Eric Vieira, Head de E-commerce da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios

Mais do que assistir à sua chegada em todos os segmentos, a acentuada transformação digital dos últimos anos nos faz pensar sobre como era possível viver sem toda essa tecnologia por tanto tempo.

É fato que toda mudança requer análise, adaptação e, em alguns casos, gera resistência das pessoas, mas a realidade é que todos os dias vamos descobrindo avanços tecnológicos para nos auxiliar e simplificar nossa rotina.

Eu destaco o comércio online como um dos grandes favorecidos nesse cenário. A cada dia, vemos nascer novas estratégias que auxiliam empresas multicanal a beneficiar consumidores em uma jornada de compras certeira. O mobile commerce, ou M-Commerce, termo em inglês que se refere às vendas online realizadas por meio de tablets ou smartphones, têm crescido consideravelmente e os números mostram isso.

De acordo com dados da Opinion Box, em abril de 2022, 81% das pessoas haviam realizado compras através do smartphone nos 30 dias anteriores ao levantamento, e 84% disseram realizá-las mais pelo celular do que pelo computador.

Personalizar o site e adaptá-lo aos dispositivos móveis é essencial para lojistas que queiram atingir sucesso em seus negócios. Mais que isso, é preciso ter um olhar cuidadoso para as métricas de carregamento das páginas, porque um mau desempenho do site pode comprometer os resultados e acarretar uma experiência de compras ruim aos usuários, ou mesmo o abandono de carrinho.

Os consumidores buscam praticidade e agilidade na hora da compra; então, quando encontram quaisquer dificuldades no site onde estão, rapidamente migram para outra loja, o que pode comprometer a reputação do seu negócio.

Quando falamos em alavancar as vendas, temos que nos lembrar do M-commerce também nas datas comemorativas, quando existe um fluxo maior de pessoas navegando nas lojas virtuais. Na Black Friday de 2022, 67% das visitas aos sites de compra online foram realizadas pelos dispositivos móveis, conforme dados da SEO Conversion, que mostram como o mobile commerce tem ganhado o coração dos consumidores.

Reforço que, para se tornarem competitivos, os varejistas devem observar essa estratégia com atenção e incorporá-la em seus e-commerces o mais rápido possível. Certamente, contribuirá para uma experiência positiva dos clientes, dará à sua marca maior visibilidade e alcance, além de ser uma ótima oportunidade de trazer novos e potenciais consumidores para o negócio.

Descubra o Marketplace Valeon do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores

Moysés Peruhype Carlech – ChatGPT

O Vale do Aço é uma região próspera e empreendedora, conhecida por sua indústria siderúrgica e seu ambiente de negócios dinâmico. Agora imagine ter um único local onde você pode encontrar todas as informações e recursos necessários para ter sucesso nesse ambiente competitivo. Bem-vindo ao Marketplace Valeon do Vale do Aço – um hub online que engloba empresas, notícias, diversão e empreendedorismo, oferecendo uma plataforma única para empresários e gerando leads valiosos.

Um ecossistema empresarial abrangente:

O Marketplace Valeon do Vale do Aço reúne empresas locais de diversos setores em um só lugar. Com uma interface intuitiva, os usuários podem facilmente encontrar e se conectar com fornecedores, parceiros comerciais e clientes potenciais na região. A plataforma oferece uma ampla gama de categorias de negócios, desde indústrias tradicionais até empresas inovadoras, garantindo que todos os empreendedores encontrem as oportunidades certas para expandir seus negócios.

Notícias e insights atualizados:

Além de ser um diretório empresarial, o Marketplace Valeon do Vale do Aço também oferece um fluxo contínuo de notícias e insights relevantes para os empresários da região. Através de parcerias com veículos de comunicação locais e especialistas em negócios, a plataforma mantém os usuários informados sobre as últimas tendências, oportunidades de mercado, mudanças regulatórias e eventos relevantes. Essas informações valiosas ajudam os empresários a tomar decisões informadas e a se manterem à frente da concorrência.

Diversão e engajamento:

Sabemos que a vida empresarial não é só trabalho. O Marketplace Valeon do Vale do Aço também oferece uma seção de entretenimento e lazer, onde os usuários podem descobrir eventos locais, pontos turísticos, restaurantes e muito mais. Essa abordagem holística permite que os empresários equilibrem o trabalho e a diversão, criando uma comunidade unida e fortalecendo os laços na região.

Foco no empreendedorismo:

O Marketplace Valeon do Vale do Aço é uma plataforma que nutre o espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos, também oferece orientação e suporte para os empresários que desejam iniciar seus próprios negócios. Com seções dedicadas a tutoriais, estudos de caso inspiradores e conselhos de especialistas, o marketplace incentiva e capacita os empreendedores a alcançarem seus objetivos.

Geração de leads para os empresários:

Uma das maiores vantagens do Marketplace Valeon do Vale do Aço é a capacidade de gerar leads qualificados para os empresários. Com um público-alvo altamente segmentado, a plataforma oferece a oportunidade de se conectar diretamente com potenciais clientes interessados nos produtos e serviços oferecidos pelas empresas cadastradas. Isso significa que os empresários podem aumentar sua visibilidade, expandir sua base de clientes e impulsionar suas vendas de forma eficiente.

Conclusão:

O Vale do Aço é uma região cheia de oportunidades e empreendedorismo, e o Marketplace Valeon do Vale do Aço se torna um recurso indispensável para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial abrangente, notícias atualizadas, diversão, suporte ao empreendedorismo e a geração de leads qualificados, o Marketplace Valeon se destaca como uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios na região. Não perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o poder do Marketplace Valeon do Vale do Aço para o seu sucesso empresarial.

A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:

• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.

• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas

para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.

• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.

• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.

• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.

• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:

a) Digitalização dos Lojistas;

b) Apoio aos lojistas;

c) Captura e gestão de dados;

d) Arquitetura de experiências;

e) Contribuição maior da área Mall e mídia;

f) Evolução do tenant mix;

g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;

h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;

i) Convergência do varejo físico e online;

j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;

k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;

l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;

m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.

Vantagens competitivas da Startup Valeon:

• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.

• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do Aço para os nossos serviços.

• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.

• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.

• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Proposta:

Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.

Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.

O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/)  tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

 

domingo, 1 de outubro de 2023

LULA TAMBÉM FEZ CIRURGIA DE BLEFAROPLASTIA

História por ANA GABRIELA OLIVEIRA LIMA E NATHALIA GARCIA • Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A equipe médica do hospital Sírio-Libanês em Brasília anunciou na sexta-feira (29) que o presidente Lula (PT) passou por uma blefaroplastia, uma pequena correção da pálpebra, que já estava programada.

O procedimento ocorreu após a cirurgia de colocação de prótese no quadril pela qual Lula passou e não tinha sido divulgada anteriormente pela Presidência.

Segundo o médico pessoal do presidente, Roberto Kalil, “é um procedimento estético-médico, que foi feito por indicação médica mesmo”.

“Ele [Lula] tinha realmente alterações, que atrapalhavam muito muitas vezes o dia a dia”, disse.

Esse tipo de cirurgia é feito para remoção da pele flácida das pálpebras ou para retirar o excesso de bolsas de gordura ao redor dos olhos.

O médico acrescentou: “Foi feito esse procedimento, nos dois olhos, logo após a cirurgia, aproveitando a anestesia. Foi uma coisa simples, que já há muito tempo estava programado e se aproveitou o efeito anestésico”.

O profissional ressaltou que se trata de um procedimento simples e que, de acordo com a médica responsável, Eliana Forno, não seria necessário repouso especial posteriormente –citou apenas a colocação de gelo na recuperação.

“Como a cirurgia [no quadril] transcorreu dentro do prazo, a anestesia sem intercorrência, se resolveu ir à frente nesse procedimento. Isso não tem nenhum tipo de pós-operatório”, afirmou.

Kalil disse que essa cirurgia não foi divulgada antecipadamente porque dependia do resultado do procedimento ortopédico e, por isso, não estava definida.

“Tudo dependia do transcorrer da cirurgia. O principal era ortopédico. Por que se demorou um pouquinho mais? Porque foi feita essa correção na pálpebra”, afirmou.

Boletim médico divulgado neste sábado (30) afirmou que Lula, 77, está bem. “[O presidente] passou a noite estável, caminhou pela manhã e realizou sessões de fisioterapia. Permanece internado em apartamento, e sob cuidado”, diz o comunicado.

Segundo Paulo Becker Amaral, cirurgião plástico do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e membro da SBPC (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), a blefaroplastia, embora simples, precisa ser feita com atenção para não retirar em excesso o tecido.

As pálpebras caídas acontecem naturalmente com o passar dos anos, principalmente a partir dos 50, segundo o médico.

Além do impacto estético, elas podem diminuir a amplitude do campo visual. Também podem comprometer a saúde dos olhos, uma vez que a pálpebra flácida prejudica o espalhamento das lágrimas dentro do órgão.

“A parte anterior dos olhos é nutrida pela lágrima, que tem oxigênio, glicose e sais minerais. Ao piscarmos, a pálpebra saudável espalha a lágrima, levando nutrientes necessários à córnea”, explica o médico.

A flacidez do tecido gera um constante lacrimejamento, que costuma incomodar o paciente. Outros sintomas são ardência e sensação de areia nos olhos.

Segundo o médico, a cirurgia demora em média 45 minutos. Alguns cuidados do pós-operatório são o uso de analgésicos e colírio.

“O procedimento também serve para tirar o excesso de bolsas de gordura ao redor dos olhos”, explica Thiago Marques Tenorio, cirurgião plástico da clínica FacialTeam. Segundo ele, a cirurgia é uma das mais pedidas em consultório. O procedimento pode ser feito com anestesia local ou geral, de acordo com a dificuldade da cirurgia e a tolerância do paciente, afirma Tenorio.

“Tende a ser uma cirurgia indolor. Pode deixar o local roxo e ressecar os olhos. Em torno de 5 a 7 dias, os pontos são retirados, e o paciente está pronto para voltar com atividades de rotina”.

 

MILITARES DA MARINHA SAEM EM DEFESA DE SEU EX-COMANDANTE DAS DENÚNCIAS DE CID

História por Redação Itatiaia 

almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, recebeu o apoio de colegas que se formaram com ele em 1976 na Escola Naval. Em carta que circula entre militares, a turma diz que Garnier “enfrenta acusações lançadas ao vento” e dizem “acreditar em sua inocência.”

O conteúdo da mensagem foi confirmado à CNN por dois oficiais.

Em colaboração premiada, o tenente-coronel Mauro Cid disse à Polícia Federal que, após a derrota nas eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com os comandantes das Forças para discutir um plano para não deixar o poder.

Garnier, então comandante da Marinha, teria apoiado o intento e colocado a tropa à disposição. O general Freire Gomes, comandante do Exército, teria rejeitado a proposta.

“As acusações contra o Almirante Garnier são lançadas aos ventos por estarem baseadas em assunto sob segredo de Justiça, o que torna impossível comprová-las ou, baseadas em assunto sob segredo de Justiça, contradizê-las. Pior, os envolvidos são tolhidos de se manifestar pelo mesmo segredo conferido aos seus depoimentos, enquanto a desinformação grassa solta”, diz o manifesto.

Na carta de nove parágrafos, os colegas de turma de Garnier dizem caber a eles dar “o testemunho sobre a pessoa por trás do título”. Dizem ainda que não faz sentido supor que o almirante “tenha conseguido enganar a todos”.

“Supor que um almirante-de-esquadra que passou pelo escrutínio de seus pares ao longo de toda a sua carreira, tenha conseguido enganar a todos e mudar seu comportamento de forma tão dramática, não faz sentido. Afinal, pessoas raramente mudam de fato, mas se aperfeiçoam em ser o que sempre foram. Queres julgar alguém, mira-te no seu passado. Lá a verdade reside.”

Por fim, o grupo escreve: “Por conhecermos o passado de Garnier, nós da associação da sua turma de Escola Naval acreditamos na sua inocência, formamos ao seu lado e lhe prestamos continência. É nosso dever de lealdade a um amigo, um irmão, um almirante.”

Como mostrou a CNN, aliados de Garnier veem uma blindagem ao Exército no depoimento de Cid.

Esses militares argumentam que Cid é um tenente-coronel da ativa do Exército e filho de um general da reserva. Portanto, na avaliação deles, seria “natural” que o ex-ajudante de ordens fizesse uma blindagem à Força à qual pertence.

Pessoas próximas a Garnier alegam que o ex-comandante, embora deixasse claro suas preferências políticas, jamais discutiu com a cúpula da Marinha uma proposta de golpe.

À CNN, um colega disse que o almirante “se expressava de maneira transparente sobre sua opinião, mas isso não quer dizer tentar um golpe”.

Saiba quem é Almir Garnier, comandante da Marinha no governo Bolsonaro que teria aceitado dar golpe

Tenente-coronel Mauro Cid disse à Polícia Federal que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com a cúpula do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para discutir detalhes de um plano de golpe para não deixar o poder

Por Léo Lopes, CNN Brasil

Saiba quem é Almir Garnier, comandante da Marinha no governo Bolsonaro que teria aceitado dar golpe
Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha Brasileira

Em sua delação premiada à Polícia Federal (PF), o ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid relatou que, em uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após as eleições do ano passado, o então comandante da Marinha, Almir Garnier, demonstrou disposição em participar de um golpe de Estado.

A reunião em que Bolsonaro teria discutido um plano de golpe para não deixar o poder com a cúpula das Forças Armadas foi revelada primeiramente por O Globo e UOL e confirmada pela CNN.

Segundo fontes com acesso à investigação, Cid detalhou duas situações. Em uma delas, cita que Bolsonaro recebeu em mãos uma minuta golpista. Em outro momento, o ex-ajudante de ordens detalha a reunião com a cúpula militar.

No encontro, as Forças Armadas teriam sido consultadas sobre a possibilidade de uma intervenção militar.

A resposta da cúpula da Marinha, ainda segundo Mauro Cid, teria sido que as tropas estavam prontas para agir, apenas aguardando uma ordem dele. Já o comando do Exército não teria aceitado o plano.

Quem é o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, que teria aceitado participar de golpe?

O almirante da reserva Almir Garnier Santos foi o segundo comandante da Marinha durante o governo de Bolsonaro.

Ele assumiu o posto, em abril de 2021, no lugar de Ilques Barbosa Júnior, demitido em março daquele ano após uma troca no comando do Ministério da Defesa, que passou às mãos do general Walter Braga Netto.

O carioca Almir Garnier, que completa 63 anos nesta sexta-feira (22), ingressou na Escola Naval em 1978, iniciando sua carreira na Marinha. Nos anos 1980, serviu a bordo de navios da Esquadra brasileira. A partir de 1991, fez mestrado em uma escola da Marinha dos EUA e, ao retornar, serviu em funções técnicas por cerca de dez anos.

 

SENADO DOS EUA EVITA PARALIZAÇÃO DE SERVIÇOS AMERICANOS

História por Redação • Jornal Estadão

WASHINGTON – A ameaça de uma paralisação do governo dos Estados Unidos terminou na noite deste sábado, 30, horas antes do prazo final da meia-noite, quando o Congresso americano aprovou um projeto de lei de financiamento temporário para manter as agências abertas e enviou a medida para sanção do presidente Joe Biden.

O pacote apressado elimina a ajuda à Ucrânia, uma prioridade da Casa Branca à qual se opõe um número crescente de legisladores republicanos, mas aumenta a assistência federal a catástrofes em US$ 16 bilhões, satisfazendo integralmente o pedido de Biden. O projeto financia o governo até 17 de novembro.

Depois de dias turbulentos na Câmara, o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, abandonou subitamente as exigências de cortes drásticos nas despesas e confiou nos democratas para aprovar a lei, colocando em risco o seu próprio emprego. O Senado seguiu com a aprovação final.

“Vamos fazer o nosso trabalho”, disse McCarthy, republicano da Califórnia, antes da votação na Câmara. “Seremos adultos na sala. E vamos manter o governo aberto.”

Foi uma reviravolta nos acontecimentos no Congresso depois que dias de caos na Câmara levaram o governo à beira de uma paralisação federal perturbadora.

O resultado encerra, por enquanto, a ameaça de paralisação. Se não houvesse acordo antes de domingo, os trabalhadores federais teriam sido obrigados a entrar de licença, mais de 2 milhões de soldados militares da ativa e da reserva teriam que trabalhar sem remuneração e os programas e serviços dos quais os americanos dependem de costa a costa teriam começado a enfrentar interrupções de desligamento.

Foto:© Fornecido por Estadão

“Os americanos podem respirar aliviados”, disse o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer.

O pacote financia o governo nos níveis atuais de 2023 até meados de novembro, criando outra crise potencial se não conseguirem financiar plenamente o governo até lá. O pacote foi aprovado pela Câmara por 335 votos a 91, com o apoio da maioria dos republicanos e de quase todos os democratas. A aprovação no Senado veio por uma votação de 88 a 9.

Mas a perda da ajuda à Ucrânia foi devastadora para os legisladores de ambos os partidos que prometeram apoiar o Presidente Volodymyr Zelenskyy após a sua recente visita a Washington. O projeto de lei do Senado incluía US$ 6 bilhões para a Ucrânia, e ambas as câmaras ficaram paralisadas no sábado enquanto os legisladores avaliavam as suas opções.

“O povo americano merece coisa melhor”, disse o líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, de Nova York, alertando num longo discurso que os republicanos “extremos” estavam arriscando uma paralisação.

Para que o pacote da Câmara fosse aprovado, McCarthy, republicano da Califórnia, foi forçado a confiar nos democratas porque o flanco de extrema direita do presidente da Câmara disse que se oporia a qualquer medida de financiamento de curto prazo, negando-lhe os votos necessários da sua escassa maioria. É uma medida que arrisca seu emprego em meio a apelos por sua demissão.

Após deixá-los para trás, é quase certo que McCarthy enfrentará uma moção para tentar destituí-lo do cargo, embora não seja certo que haveria votos suficientes para derrubar o presidente da Câmara. A maioria dos republicanos votou a favor do pacote no sábado, enquanto 90 se opuseram.

“Se alguém quiser me remover porque quero ser o adulto na sala, vá em frente e tente”, disse McCarthy sobre a ameaça de expulsá-lo. “Mas acho que este país é muito importante.”

A Casa Branca acompanhava os acontecimentos no Capitólio e assessores informavam o presidente, que passava o fim de semana em Washington.

O líder republicano do Senado, Mitch McConnell, que defendeu a ajuda à Ucrânia apesar da resistência das suas próprias fileiras, deverá continuar a procurar o apoio dos EUA a Kiev na luta contra a Rússia.

“Concordei em continuar a lutar por mais ajuda econômica e de segurança para a Ucrânia”, disse, antes da votação.

A rápida mudança da Câmara ocorre após o colapso, na sexta-feira, do plano anterior de McCarthy de aprovar um projeto de lei apenas republicano, com cortes acentuados de gastos de até 30% para a maioria das agências governamentais, que a Casa Branca e os democratas rejeitaram por considerá-los muito extremistas.

O governo federal caminhava para uma paralisação que representava grave incerteza para os trabalhadores federais e para as pessoas que deles dependem — desde tropas a agentes de controle de fronteiras, a funcionários de escritório e cientistas./AP

 

VÁRIOS ESTADOS ESTÃO ISENTANDO DE IPVA CARROS A PARTIR DE 10 ANIOS

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