segunda-feira, 25 de setembro de 2023

GOOGLE BARD É UM CHATBOT DE INTELIGÊNCIA ARTIFICAL DESENVOLVIDO PELO GOOGLE

Ana Julia Guimarães – StartSe

Ferramenta permite que os usuários verifiquem as fontes e obtenham mais informações para avaliar a precisão e a relevância das respostas. Entenda

Finalmente entre nós. O Google Bard chegou no Brasil no dia 13 de julho, está disponível em português e pode ser acessado em todo o território nacional.

A nova tecnologia ainda está em fase experimental, no entanto, todos os internautas já podem usá-la, basta estar logado em uma conta do Google para acessar.

O QUE É O GOOGLE BARD?

O Google Bard é um chatbot de Inteligência Artificial desenvolvido pelo Google que foi criado para responder perguntas e interagir com os usuários como se fosse um ser humano. Ele é baseado no modelo de linguagem de IA chamado PaLM 2 e está disponível em mais de 40 idiomas.

De acordo com o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, dar um Google vai virar uma experiência muito mais completa, com impacto direto nos negócios e na maneira como as pessoas encontram informações na internet.

Saia mais no artigo: conheça a nova experiência de busca do Google

MAIS SOBRE O ASSUNTO

Google Bard: conheça o novo concorrente do ChatGPT

Qual a diferença entre Google Bard e ChatGPT?

ChatGPT: o que é e como funciona a inteligência artificial da OpenAI

COMO O GOOGLE BARD FUNCIONA?

Confira suas 7 principais funcionalidades:

1- SIMULAÇÃO HUMANA

O Bard é programado para responder perguntas como se fosse um ser humano. Assim, cria interações mais naturais e compreensíveis.

2- ACESSO À INTERNET

A IA do Google pode buscar informações atualizadas na internet para fornecer respostas mais completas e precisas aos usuários.

3- RESPOSTAS APROFUNDADAS

Graças ao modelo de linguagem PaLM 2, o Bard é capaz de gerar respostas detalhadas, soluções e até mesmo traduções em diversos idiomas.

4- MULTIFUNCIONALIDADE

Além de responder perguntas, o Bard possui diversas funcionalidades, como criação de roteiros turísticos, calendários de estudos, sugestão de códigos de programação, criação de imagens e elaboração de planilhas.

5- INTEGRAÇÃO AO GOOGLE

A IA possui integração direta com o Google e permite que os usuários pesquisem informações adicionais na internet a qualquer momento.

6- RECURSOS ADICIONAIS

No Brasil, o Bard oferece recursos extras, como a possibilidade de fixar conversas na barra lateral da tela, integrar comandos e respostas de voz, e compartilhar respostas com amigos.

7- REGRAS E FILTROS

O Bard segue regras de conduta, proíbe respostas ofensivas e abusivas e filtrar informações prejudiciais ou ilegais.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE O GOOGLE BARD E O CHATGPT?

O Bard possui informações em tempo real, o que significa que está constantemente atualizado. Por outro lado, o ChatGPT (versão gratuita) tem seus dados atualizados até meados de 2021, o que pode dificultar a obtenção de resultados recentes.

PRINCIPAIS VANTAGENS DO GOOGLE BARD

Criação de imagens com o auxílio da Inteligência Artificial Generativa através da integração com o Adobe Firefly

Integração do Bard com produtos do Google, como Google Sheets, Google Docs, Gmail, Google Maps e Google Fotos

Fornecimento de fontes e referências

DESVANTAGENS DO GOOGLE BARD

Diferente do ChatGPT, o Bard ainda é experimental

A IA não faz checagem das informações dos sites (que podem estar incorretas)

Suas conversas com a IA podem passar pela análise de humanos, ou seja, não são confidenciais

COMO ACESSAR O GOOGLE BARD?

Faça login em uma conta do Google e acesse o site: https://bard.google.com/;

Clique em “Quero testar o Bard” e aceite os termos de privacidade;

Leia o termo de privacidade e clique em “concordo” para continuar;

Toque no botão ‘continuar’ para prosseguir;

Envie o seu comando ou pergunta para interagir com o Bard.

POR QUE IMPORTA?

O Bard permite que os usuários verifiquem as fontes e obtenham mais informações para avaliar a precisão e a relevância das respostas. Isso é especialmente relevante em um contexto em que a disseminação de informações falsas e desinformação é uma preocupação crescente.

Logo, saber utilizar essa ferramenta de forma eficaz é uma habilidade importante para um líder se manter atualizado, tomar decisões informadas e liderar sua equipe de maneira eficiente.

A importância do bom site da Valeon para o seu negócio

Moysés Peruhype Carlech

Antigamente, quando um cliente precisava de um serviço, buscava contatos de empresas na Lista Telefônica, um catálogo que era entregue anualmente ou comprado em bancas de jornais que listava os negócios por áreas de atuação, ordem alfabética e região de atuação.

De certa forma, todos os concorrentes tinham as mesmas chances de serem encontrados pelos clientes, mas existiam algumas estratégias para que os nomes viessem listados primeiro, como criar nomes fantasia com as primeiras letras do alfabeto.

As listas telefônicas ficaram no passado, e, na atualidade, quando um cliente deseja procurar uma solução para sua demanda, dentre outros recursos, ele pesquisa por informações na internet.

O site da Valeon é essencial para que sua empresa seja encontrada pelos seus clientes e ter informações sobre a empresa e seus produtos 24 horas por dia.  Criamos uma marca forte, persuasiva e, principalmente, com identidade para ser reconhecida na internet. 

Investimos nas redes sociais procurando interagir com o nosso público através do Facebook, Google, Mozilla e Instagram. Dessa forma, os motivos pelos quais as redes sociais ajudam a sua empresa são inúmeros devido a possibilidade de interação constante e facilitado como o público-alvo e também a garantia de posicionamento no segmento de marketplaces do mercado, o que faz com que o nosso cliente sempre acha o produto ou a empresa procurada.

A Plataforma Comercial site Marketplace da Startup Valeon está apta a resolver os problemas e as dificuldades das empresas e dos consumidores que andavam de há muito tempo tentando resolver, sem sucesso, e o surgimento da Valeon possibilitou a solução desse problema de na região do Vale do Aço não ter um Marketplace que Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos e o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

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Moysés Peruhype Carlech

Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver, gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados satisfatórios para o seu negócio.

Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.

Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?

Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto resulta em mais vendas.

Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?

A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas considerações importantes:

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

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TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

    valeonbrasil@gmail.com

 

domingo, 24 de setembro de 2023

DECISÃO DO STF NO JULGAMANETO DE 8/1 DEVE SER ALVO DE RECURSOS

História por RENATA GALF • Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) de que os primeiros réus julgados e condenados pelos atos de 8 de janeiro teriam cometido tanto o crime de golpe de Estado quanto o de abolição do Estado democrático de Direito é alvo de críticas por especialistas consultados pela reportagem.

Há duas perspectivas jurídicas sobre caso: 1) de que houve de fato o cometimento de mais de um crime ou 2) de que, apesar de o fato parecer se enquadrar em mais de um tipo penal, seria preciso escolher apenas um deles para não se punir uma única conduta por duas vezes -o que é vedado no ordenamento jurídico.

A reportagem entrevistou 7 especialistas na área de direito penal e constitucional. Dentre eles, apenas 1 concorda com a interpretação que teve o STF. Outros 5 consideram que houve dupla punição por um mesmo fato, e 1 tem entendimento de que o mais adequado seria punir por apenas um crime, mas avalia que só se pode ser dito se houve dupla punição a partir da análise de cada processo.

Os especialistas apontam que este tema pode vir a ser questionado em recurso ao STF, nos chamados embargos. O tipo de recurso possível, no entanto, vai depender do teor do acórdão dos julgamentos, documento que formaliza os termos da decisão.

O entendimento do STF foi o de que, ao invadir os prédios do três Poderes, os participantes estavam cometendo o crime de tentar “abolir o Estado democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”, que tem pena de 4 a 8 anos de prisão, e, ao mesmo tempo, tinham o intuito de tentar depor o governo legitimamente constituído -cuja pena é de 4 a 12 anos de reclusão.

A argumentação para dizer que houve uma tentativa de golpe é a de que os envolvidos nos atos esperavam que, com a destruição e da tomada dos prédios, haveria a necessidade de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem, a partir da qual os militares iriam aderir à deposição do governo eleito.

No caso do primeiro réu, a pena total determinada pelo relator Alexandre de Moraes foi de 17 anos. Ele foi seguido pelos ministros Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Rosa Weber.

Já os ministros Luís Roberto Barroso e André Mendonça entenderam que não seria possível condenar o réu por ambos os crimes.

Barroso entendeu que estaria configurado o crime de golpe de Estado e que este já incluiria o crime de abolição do Estado democrático de Direito.

Mendonça considerou que haveria o crime de abolição do Estado democrático, argumentando que o meio empregado pelos invasores não seria adequado para se chegar ao resultado do golpe.

Os dois crimes no centro dos debates foram incluídos recentemente na legislação brasileira, em 2021, portanto não há uma jurisprudência guiando sua aplicação.

O professor Diego Nunes, professor de história do direito penal da UFSC (Universidade Federal de SC) e organizador do livro “Crimes contra o Estado democrático de Direito”, considera que a decisão do Supremo incorreu em dupla punição por um mesmo fato.

Para ele, seria o caso de aplicar apenas o crime de golpe de Estado, que vê como mais amplo e grave, e no qual estaria incluído o conteúdo do crime de abolição. “Um golpe do Estado, mesmo que ele atinja num primeiro momento diretamente o Executivo, o governo, ele atinge a liberdade do Judiciário e a liberdade do Parlamento.”

Também para Oscar Vilhena, professor da FGV Direito SP, a aplicação cumulativa das duas penas é incorreta. Ele avalia que, no caso concreto, o delito de golpe de Estado acaba por absorver o de abolição do Estado democrático, como ocorre em casos como de lesão corporal e homicídio.

“A interpretação que me parece mais correta é que o meio para você chegar ao golpe é uma ruptura, uma tentativa de abolição”, diz. Por outro lado, reflete Vilhena, uma tentativa de fechamento do STF, isoladamente, seria apenas o crime de impedimento do exercício dos Poderes.

Para o advogado criminalista Frederico Horta, professor de direito penal da Universidade Federal de Minas Gerais, acabou prevalecendo uma dupla punição para um mesmo atentado às instituições democráticas.

Ele considera que a conduta que se encaixaria melhor seria a de golpe de Estado, sendo a pena maior deste crime um dos argumentos. “Isso é um indicativo de que esse crime compreende todo o caráter injusto desse fato, não apenas a ameaça para o Poder Executivo, mas também a ameaça de uma intentona dessa para os demais Poderes.”

Também no entendimento de Mariângela Gama de Magalhães Gomes, professora de direito penal da USP, houve uma dupla punição pela mesma conduta.

Ela diz, por outro lado, que o crime que melhor se amoldaria ao 8 de janeiro seria o de abolição, argumentando que ele absorveria o crime de golpe de Estado, que seria o impedimento do exercício de um dos Poderes.

Ela tem essa interpretação, apesar de a pena de golpe ser maior -o que para ela pode ser eventualmente um ponto a se criticar da legislação.

Mesmo discordando, Mariângela explica que a princípio não vê erro na decisão do STF, mas que é preciso avaliar os argumentos que constarão no acórdão.

O advogado Renato Vieira, presidente do IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), considera que houve dupla punição. Ele afirma que, na situação concreta, é preciso olhar para a finalidade dos agentes.

“Eles afrontaram os diversos Poderes? Sim, mas qual é o principal motivo e qual é o principal fim que eles queriam atingir? A deposição do governo eleito, e isso é um golpe de Estado.”

O desembargador aposentado Wálter Maierovitch, por sua vez, concorda com a posição da maioria da corte de que os dois crimes são autônomos e que ambos teriam sido cometidos. Ele critica, porém, a dosagem das penas, que considerou excessivamente altas.

Para Maierovitch, cada um dos crimes protege bens distintos. O crime de abolição violenta protegeria a democracia, enquanto o golpe de Estado, protege o regime republicano.

“Qual é a conduta voltada a abolir o Estado democrático que foi tentada? É toda essa arregimentação e a saída para o golpe”, diz. “Qual é o ataque à República? Tentar rescindir a posse do Lula.”

Para Chiavelli Falavigno, professora de direito penal da UFSC, o crime de abolição funcionaria como um estágio, um pressuposto, para se chegar ao golpe de estado, e o raciocínio mais seguro e de acordo com o princípio de intervenção mínima do direito penal, seria o de condenar por apenas um deles.

Ela ressalta, no entanto, que imputar os dois crimes é uma interpretação possível, a depender das provas. Para ela, o entendimento sobre se houve ou não dupla punição tem que ser analisado caso a caso.

Na data do 8 de janeiro, 243 pessoas foram presas em flagrante dentro dos edifícios e na praça dos Três Poderes, segundo o STF. Outros 1.927 acampados em frente aos quartéis foram conduzidos à Academia de Polícia, dos quais 775 foram liberados.

Até o momento, 1.345 foram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e tornaram-se réus, que agora aguardam julgamento (só 3 foram julgados até agora). Dentre elas, 232 denúncias são semelhantes às já julgadas -incluindo crimes mais graves; outras 1.113 correspondem a crimes de menor gravidade e estão suspensas para análise sobre se haverá acordo.

Atualmente, 117 permanecem presos pelos atos antidemocráticos e pelos ataques aos prédios dos três Poderes.

CRIMES CONTRA O ESTADO DEMOCRÁTICO NA CONDENAÇÃO DO 8/1

*Abolição violenta do Estado democrático de Direito:* Quando alguém tenta, com uso de violência ou grave ameaça, impedindo ou restringindo o exercício dos três Poderes. Pena de 4 a 8 anos de prisão.

*Golpe de Estado:* É a tentativa de depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído. Pena de 4 a 12 anos de prisão.

 

VÍRUS DO PIX NOS CELULARES

Imagem de: Criminosos usam 'vírus do Pix' para desviar dinheiro e limpar contas de vítimas; entenda
Avatar do autor

Igor Almenara Carneiro – TecMundo

Um novo vírus capaz de limpar sua conta bancária usando Pix está circulando no Brasil. Segundo a Kaspersky, o malware é uma evolução da “Mão Fantasma” e pode fazer todo o processo de forma automática assim que o usuário baixa um app malicioso.

A empresa de segurança descobriu que o trojan (ou “cavalo de Tróia”) bancário entra no celular por meio de um aplicativo malicioso. São programas que, a primeira vista, parecem inofensivos, como um jogo ou leitor de PDF.

O malware intercepta o processo de transferência e faz o usuário concordar com uma transação de 95% valor da conta para um destinatário desconhecido.O malware intercepta o processo de transferência e faz o usuário concordar com uma transação de 95% valor da conta para um destinatário desconhecido.Fonte:  GettyImages 

Segundo a Kaspersky, uma vez instalado, o aplicativo malicioso pede permissões de acessibilidade para iniciar o monitoramento. Então, durante o uso do app bancário, o vírus intercepta o processo, altera o destinatário e coloca 95% ou 100% do valor disponível na conta na transação.

Enquanto isso acontece, o usuário apenas visualiza uma tela de carregamento. Quando o processo acaba, a interface do aplicativo é exibida normalmente para que o usuário forneça a senha.

O vírus é composto pela tecnologia ATS (Sistema Automático de Transações), portanto não depende da operação manual por parte do criminoso. Isso torna o golpe mais eficiente e lucrativo.

Como se proteger do golpe?

Para se proteger do novo malware bancário, as dicas são:

Além dessas dicas, é importante manter a atenção nos e-mails recebidos e evitar clicar em links contidos em mensagens de números desconhecidos no WhatsApp ou por SMS.

 

INDICAÇÕES DO PGR E DO STF SÃO CONTAMINADAS POR INTERESSES POLÍTICOS DO GOVERNO

 

História por Redação Itatiaia 

O modelo atual de escolha de procuradores para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF), que determina que o poder de indicação é do presidente da República, é problemático na medida em que é contaminado por critérios personalistas dos chefes do Executivo, avalia o jurista Gustavo Sampaio, professor de Direito Constitucional da Universidade Federal Fluminense (UFF).

“No nosso sistema constitucional, o procurador-geral da República é o promotor que acusa o presidente da República, deputados e senadores no STF, e é o STF quem os julga quando eles são acusados por crimes”, diz Sampaio. “Quando, no nosso sistema, o presidente da República indica essas figuras de poder, isso gera uma relação problemática porque, quando abre uma vaga na PGR, no Supremo, o presidente usa o cargo dele para ter uma figura atuando por interesses do governo”.

Ainda conforme o jurista, numa análise objetiva do texto constitucional, a independência dos órgãos e instituições está garantida, mas as normas são frequentemente contaminadas por interesses políticos alheios às regras previstas na Constituição.

“Nós ouvimos muito a comparação errônea de que nosso sistema é como o da Suprema Corte dos Estados Unidos, mas não é verdade. Na Suprema Corte norte-americana, a Suprema Corte não julga o presidente da República, os senadores, os deputados federais. Nosso sistema tem apenas ordenamentos estrangeiros, principalmente herdados dos norte-americanos, que já reclamam uma revisão ou mesmo um redimensionamento”, finaliza.

O debate da relação entre governo, PGR e STF vem à tona no momento em que o procurador-geral da República, Augusto Aras, encerra seu mandato em 26 de setembro e na iminência da indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de um nome ao cargo, que é ocupado por dois anos e prevê chance de recondução à função. Aras chegou à posição escolhido por Jair Bolsonaro (PL).

Entre os mais cotados par substituí-lo estão o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, e o subprocurador-geral da República Antonio Carlos Bigonha.

Sobre indicações a cargos no STF e na PGR – Mg
A indicação de pessoas a integrarem a Suprema Corte do País e a chefiarem a Procuradoria-Geral da República não são questões exclusivamente afetas ao ramo do Direito Constitucional. Por ser um tema central às discussões de Ciências Criminais, não pode o IBCCRIM se omitir em momentos tão decisivos como os que se avizinham.

Com o reconhecimento da jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos e a adesão soberana do País a compromissos firmados em tratados internacionais de Direitos Humanos, cujas normas integram o bloco de constitucionalidade (CF, art. 5º, §§2º e 3º), com a dignidade da pessoa humana como princípio fundamental (CF, art. 1º, III), não há como o IBCCRIM ficar silente no debate sobre o que se esperar das pessoas que passarão a integrar órgãos de cúpula na justiça criminal.

Há de se levar a sério as previsões sobre notório saber jurídico e reputação ilibada (CF, art. 101) no caso de pretendente a integrar o STF, e, com a matiz necessária, da representatividade dos objetivos e princípios institucionais (CF, art. 128, § 1º), em se tratando de liderança do Ministério Público da União.

Há de se evitar, por exemplo, nas indicações ao STF, qualquer favorecimento personalista por parte do Poder Executivo, inevitável enquanto se perpetuar o critério de relação de confiança entre pessoas – de difícil aferição jurídico-objetiva -, somado a sabatinas pelo controle legislativo como meras proformas.

Não é preciso exemplificar para se ver que o STF só se fará mais legitimado – enquanto cume do exercício contramajoritário na repartição de Poderes – se quem o integrar forem as melhores pessoas como premissa, e não como promessa. Os quadros a serem ocupados devem preencher os requisitos na raiz, e não como expectativas para disfarçar a indicação por aliança futura ou motivação pessoal.

A pessoa a integrar o STF deve ter trajetória pública conhecida, respeitabilidade adquirida ao longo de décadas de acúmulo e aprofundamento teórico. Enfim, visão jurídico-social madura que justifique o exercício da jurisdição como um poder-dever.

Sobre a indicação de pessoa a chefiar a PGR, com atuações umbilicalmente ligadas ao exercício da jurisdição constitucional do STF e timoneiro da atuação criminal do Ministério Público Federal, o leque de atuações é tão fundamental e determinante aos rumos da política criminal que tampouco se pode fechar os olhos para a exigência de seriedade e distanciamento do Poder Executivo e do Poder Legislativo.

Num e noutro órgão, não se pode imaginar que a pessoa possa se aproximar de um programa de governo, com ideia presa a uma razão eleitoral, como se pudesse ser vista como um garante ou pagador de promessa.

Há engenharia constitucional a ser discutida, por certo, como a duração dos mandatos num e noutro cargo. Mas isso não interdita a atenção ao procedimento. E foi por isso, por exemplo, que o IBCCRIM, em iniciativa inédita na sociedade civil, reuniu, em 1º de junho de 2023, figuras de peso do cenário brasileiro e latino-americano para discutirem a sucessão da PGR. Nomes como Alberto Binder, Claudia Paz y Paz e outros, além do presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), advogados e outros membros do MPF, dispuseram-se a tratar do cenário de sucessão na cúpula do Ministério Público da União.

Foi um passo essencial rumo a uma maior legitimidade em termos de atuação da pessoa a chefiar a instituição, tornada autônoma pela Constituição de 1988 em relação ao Poder Executivo e ao Judiciário, mas nem por isso galgada a um Quarto Poder. Além do debate sobre a lista tríplice e a vinculação do nome como aquele a ser indicado para chefiar a carreira, a sociedade tem o direito de conhecer previamente os rumos que a PGR entende adequados à política criminal brasileira. O passo dado significou, inclusive, a abertura a um debate que não se confunde com o corporativismo, pois não é de uma política de classe que se trata, mas da respeitabilidade de uma instituição central para o País, como Defensoria Pública e Ordem dos Advogados do Brasil.

Em um caso e noutro, é fundamental que a pessoa mostre o entendimento sobre temas caros ao IBCCRIM. Assim, por exemplo, a política de guerra às drogas (RE 635.659), o racismo institucional (HC 208.240), o juiz de garantias (ADIns 6.298, 6.299, 6.300 e 6.305), a inamovibilidade dos Magistrados (ADIn 5.070), a permissão à interrupção da gravidez desburocratizada (ADPF 989), a política de respeito à liberdade autoinformacional e a validade de mecanismos genéricos de colheita de informações em persecuções penais (RE 1.301.250), o encarceramento de pessoas em manicômios (ADIn 7.389), entre outros.

Há temas que se imbricam diretamente com as atividades dos atores do processo penal e do modelo acusatório perseguido pelo constituinte, como se vê da ADIn 3.450 e das ADPFs 847 e 881, com os contornos de regulação de colaborações premiadas (ADPF 919), e a eficácia temporal de acordos de não-persecução penal (HC 185.913).

O IBCCRIM não observa passivamente o procedimento para só depois criticar ou aplaudir a escolha sacramentada. Na democracia participativa, formulam-se sugestões ao longo do procedimento da tomada de decisões, particularmente as vindouras. E a Suprema Corte, assim como a PGR, deve espelhar a conformação da sociedade brasileira em sua composição.

Oxalá a atenção à representatividade de gênero e raça desperte sensibilidade e razão, já que, em nosso País, o contingente de pessoas presas, sobretudo cautelarmente, é composto majoritariamente por cidadãos racializados. É um truísmo e um constrangimento reiterar que a desigualdade social anda de mãos dadas com a seletividade penal e o racismo institucional. Por outro lado, a representatividade de homens e mulheres pretos e pretas não se vê nos órgãos da Justiça. Decide-se sobre a vida de homens e mulheres pretas, alijando-os, contudo, de tomarem parte desse processo.

O ciclo histórico de desigualdade de gênero e de racismo só será mitigado se as estruturas que permitem que ele se perpetue forem quebradas. Enquanto isso não ocorrer, o procedimento que privilegia a indicação de homens, majoritariamente brancos, seguirá visto como normal, como se isso refletisse a melhor legitimidade nos quadros de cúpula dos dois órgãos do sistema de justiça.

O IBCCRIM espera que as indicações de pessoas a integrarem o STF e a PGR observem a realidade brasileira e, por isso mesmo, que as vagas sejam preenchidas por mulheres, preferencialmente negras e historicamente comprometidas com o combate ao racismo e à misoginia, ao encarceramento em massa da juventude pobre, preta e periférica, o que tem sido a tônica da política criminal nacional.

Ou temos quadros que justifiquem essa inflexão e, portanto, é urgente levarmos a sério a pluralidade da sociedade brasileira, democratizando os dois órgãos; ou, se não os temos – no que realmente não se pode acreditar -, o problema é muitíssimo mais profundo do que qualquer sugestão e convida a reflexões mais dolorosas quanto à sociedade brasileira.

Epa! Vimos que você copiou o texto. Sem problemas, desde que cite o link: https://www.migalhas.com.br/portal/ibccrim/editorial/392219/sobre-indicacoes-a-cargos-no-stf-e-na-pgr

RESOLUÇÃO DO GOVERNO ABORDANDO PESSOAS TRANS NAS ESCOLAS

 

História por PODER360 

O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania divulgou na 6ª feira (22.set.2023) resolução que estabelece parâmetros para inclusão e reconhecimento de pessoas transexuais em instituições de ensino. Eis a íntegra do documento (PDF – 282 kB).

Depois da publicação do documento, os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Filipe Barros (PL-PR) afirmaram que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “instituiu banheiros unissexes”. Em resposta, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, pediu que os congressistas sejam investigados pelas publicações.

O ministro enviou um ofício à AGU em que afirma que Ferreira “divulgou vídeo em que distorce completamente” a resolução do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ –um órgão autônomo. Ele e Barros, lê-se no documento, teriam espalhado desinformação ao dizer que o governo “instituiu” as instalações agêneras em centros de educação.

Segundo o governo, a resolução estabelece instruções para as instituições e não tem caráter normativo. O texto traz orientações a respeito do tratamento adequado para pessoas transexuais em ambientes escolares.

Nos artigos 5º e 6º, que tratam sobre o uso de banheiros por pessoas transexuais, a resolução define que:

  • deve ser garantido o uso de banheiros e outros espaços divididos por gênero de acordo com a identidade de gênero de cada estudante;
  • quando possível, devem ser instalados banheiros de uso individual, independente do gênero, para além dos já existentes.

No documento, o governo entende como conceito de expressão de gênero como “a forma em que cada pessoa apresenta o seu gênero através da sua aparência física –incluindo a forma de vestir, o penteado, os acessórios, a maquiagem– o gestual, a fala, o comportamento, os nomes e as referências pessoais, e recordando, além disso, que a expressão de gênero pode ou não coincidir com a identidade de gênero da pessoa”.

Conforme a resolução, para acolher os estudantes transexuais, as instituições de ensino devem:

  • assegurar o reconhecimento e adoção do nome social;
  • assegurar o direito ao tratamento oral exclusivamente pelo nome social;
  • inserir o nome social em todos os formulários e registros do estudante;
  • identificar internamente e emitir documentos oficiais com o nome social;
  • realizar campanhas de conscientização sobre gênero de pessoas trans;
  • fixar cartazes informativos sobre inclusão;
  • permitir o uso de vestimentas conforme a identidade ou expressão de cada estudante, caso haja distinção no uso de uniformes;
  • assegurar a livre expressão de gênero do estudante.

Segundo a resolução, as orientações devem ser aplicadas não somente dentro do ambiente escolar, mas também no processo de acesso às instituições. As instruções devem ser estendidas para todos os estudantes transexuais menores de 18 anos com autorização expressa em conjunto com os pais.

O documento também orienta pais e estudantes transexuais a denunciar a órgãos de proteção a criança e adolescentes as instituições que se negarem a adotar uso do nome social ou acesso a banheiros e espaços segregados por gênero.

A IRLANDA TEM MUITO DINHEIRO E NÃO SABE COMO GASTÁ-LO

 

Irlanda tem a opções de guardar o dinheiro para o futuro, pagar dívidas, investir em moradias ou distribuir valor por meio de cortes nos impostos; nenhuma dessas saídas, porém, seria uma opção fácil


Por Ed O’Loughlin
– Jornal Estadão

DUBLIN – Quinze anos depois de uma bolha imobiliária estourar e ter obrigado a Irlanda a pegar emprestado dezenas de bilhões de dólares ou correr o risco de quebrar, o país está descobrindo que ter dinheiro demais também pode ser um problema.

Impulsionado pelo aumento da receita fiscal corporativa, principalmente de empresas americanas de tecnologia e farmacêuticas, o governo prevê um superávit orçamentário recorde de € 10 bilhões este ano. A estimativa é que os lucros inesperados sejam ainda maiores no próximo ano, chegando a € 16 bilhões.

Os impostos baixos da Irlanda para empresas vêm atraindo há anos multinacionais a instalarem suas filiais no país. O pagamento desses tributos criou uma reserva financeira para o governo, ao mesmo tempo em que despertou a ira de outros países.

Embora os planos apoiados pelos Estados Unidos e por outros países de criar um imposto global para empresas tenham avançado lentamente — uma mudança que poderia prejudicar a posição de Dublin como um paraíso fiscal com impostos baixos —, os pagamentos à Irlanda se multiplicaram.

Com uma das populações de crescimento mais rápido na Europa, Irlanda atualmente enfrenta uma grave escassez de casas e apartamentos; número de pessoas em situação de rua tem aumentado constantemente
Com uma das populações de crescimento mais rápido na Europa, Irlanda atualmente enfrenta uma grave escassez de casas e apartamentos; número de pessoas em situação de rua tem aumentado constantemente Foto: Ellius Grace/The New York Times

O que deixa os legisladores irlandeses num dilema. Enquanto o governo prepara a divulgação em outubro de suas expectativas de receita e despesas para o próximo ano, ele deve resolver a complicada questão do que fazer com este pote de dinheiro.

Entre as principais opções: guardá-lo para o futuro, pagar dívidas, investir em moradias extremamente necessárias ou em outras infraestruturas, como hospitais, escolas e um sistema de metrô para Dublin; ou distribuí-lo por meio de cortes nos impostos e benefícios sociais.

No entanto, por razões peculiarmente irlandesas, nenhuma dessas saídas seria, por si só, uma opção fácil.

“O que quer que façam, muitas pessoas resmungarão”, disse Cliff Taylor, colunista de negócios do jornal Irish Times. Segundo ele, há conversas sobre guardar o dinheiro em um fundo soberano, para ajudar a arcar com os custos maiores das aposentadorias à medida que a população envelhece.

“Mas se fizerem isso, outras pessoas dirão que precisamos urgentemente gastar hoje esse dinheiro com coisas como moradias, transporte e saúde, e mudar nosso sistema energético para combater as mudanças climáticas.”

Pairam sobre o debate as advertências de que esses lucros inesperados anuais são imprevisíveis e de que o país não deve se tornar dependente deles. A infraestrutura da Irlanda, sobretudo na habitação, encontra-se, segundo consenso geral, em péssimas condições.

As novas construções, responsáveis por um excesso de casas durante o boom imobiliário do Tigre Celta no final dos anos 1990 e início dos anos 2000, acabaram quando a bolha estourou em 2008, e o governo foi obrigado a pegar empréstimos de US$ 77 bilhões de credores internacionais para não sucumbir.

A Irlanda, com uma das populações de crescimento mais rápido na Europa, atualmente enfrenta uma grave escassez de casas e apartamentos. Os aluguéis altos fizeram com que muitos jovens tivessem dificuldade para encontrar um lugar onde viver. E o número de pessoas em situação de rua, inclusive de famílias com pessoas empregadas, tem aumentado constantemente.

Pesquisa do Irish Times sugeriu que 40% da população preferia que o dinheiro extra fosse gasto com 'transporte público, habitação, hospitais e escolas', enquanto outros 25% preferiam que fosse gasto com serviços públicos como saúde e educação
Pesquisa do Irish Times sugeriu que 40% da população preferia que o dinheiro extra fosse gasto com ‘transporte público, habitação, hospitais e escolas’, enquanto outros 25% preferiam que fosse gasto com serviços públicos como saúde e educação Foto: Ellius Grace/The New York Times

A falta de moradias e outras infraestruturas estão se tornando um sério obstáculo ao crescimento econômico, segundo a Confederação Irlandesa de Empresas e Empregadores, grupo de lobby que representa tanto empresas nacionais como multinacionais.

“As empresas não conseguem atrair ou reter os profissionais de que precisam”, disse Fergal O’Brien, diretor-executivo do grupo de lobby. “A economia está indo bem agora, mas nossos associados estão dizendo que estão deixando de aproveitar muito potencial disponível.”

Uma proposta que ganhou apoio nas pesquisas de opinião pública e na Confederação Irlandesa de Empresas e Empregadores seria reservar parte ou a totalidade do dinheiro excedente para as despesas com projetos a longo prazo, com base num plano nacional.

Uma pesquisa recente do Irish Times sugeriu que 40% da população preferia que o dinheiro extra fosse gasto com “transporte público, habitação, hospitais e escolas”, enquanto outros 25% preferiam que fosse gasto com serviços públicos como saúde e educação. Apenas 9% optaram por cortes nos impostos como sua primeira escolha. Cinco por cento ou menos preferiam pagar a dívida nacional ou guardar o dinheiro para arcar com os gastos futuros com aposentadorias.

Entretanto, um obstáculo para gastar esse dinheiro com grandes projetos, disse Eoin Reeves, professor de economia da Universidade de Limerick, é que o governo irlandês não tem sido eficiente ao gastar quantias altas em grandes investimentos.

Nos bons tempos, disse ele, os governos gastavam dinheiro com projetos grandes. “Mas assim que as coisas ficaram difíceis, eles pararam”, disse Reeves, especialista em licitações públicas.

“Idealmente, os fundos seriam destinados com antecedência para manter as despesas altas e estimular a economia quando houvesse uma desaceleração, mas nunca acertamos nisso. Nunca pensamos em termos de longo prazo.”

Impostos baixos da Irlanda para empresas vêm atraindo há anos multinacionais a instalarem suas filiais no país
Impostos baixos da Irlanda para empresas vêm atraindo há anos multinacionais a instalarem suas filiais no país Foto: Ellius Grace/The New York Times

Mesmo para os padrões globais, os grandes projetos de infraestrutura na Irlanda tendem a ser concluídos com atraso e bem acima do orçamento planejado. Em 2015, um novo hospital infantil com 380 leitos em Dublin foi projetado para ser inaugurado até 2020, a um custo de € 650 milhões. A data de inauguração agora foi adiada para o próximo ano e a um custo de quase € 2,2 bilhões — o que, segundo relatos, poderia torná-lo o hospital mais caro do mundo, em termos de custo por leito.

Rory Hearne, professor de problemas de moradia na Universidade Maynooth, disse que as políticas de livre mercado há muito prevalecem no governo, contribuindo para o que parece ser uma aversão ideológica entre os legisladores a grandes gastos com serviços ou construções.

Ele também percebe um conflito entre gerações no debate.

Novo hospital infantil em Dublin deve ser inaugurado no próximo ano a um custo de quase € 2,2 bilhões
Novo hospital infantil em Dublin deve ser inaugurado no próximo ano a um custo de quase € 2,2 bilhões Foto: Ellius Grace/The New York Times

“As pessoas que tomam essas decisões no governo e no serviço público são relativamente privilegiadas e estão na casa dos 50 anos”, disse ele. “Essas são as pessoas que estão dizendo que devemos guardar dinheiro para um chamado fundo de emergência — enquanto as pessoas na casa dos 30 anos estão dizendo que já estão numa situação de emergência agora.”

Uma eleição está prevista para daqui a dois anos, e o partido de centro-esquerda Sinn Fein tem se saído bem nas pesquisas com a promessa de usar o dinheiro público para construir moradias populares.

Isso pode levar o governo atual, liderado em conjunto pelo primeiro-ministro, Leo Varadkar, do partido de centro-direita Fine Gael, e pelo vice-primeiro-ministro, Micheal Martin, do partido de centro-direita Fianna Fail, a tentar conquistar popularidade no curto prazo com cortes nos impostos e prêmios quando anunciarem os planos para o orçamento em outubro. Os ministros já estão fazendo alusão a uma possível redução da taxa de serviços universal, uma forma de tributação de renda.

Uma última dúvida para os formuladores de políticas da Irlanda é que ninguém sabe ao certo a duração desses bons tempos.

O que chega tão facilmente pode ir embora com facilidade de novo, disse Taylor, do Irish Times. “As leis fiscais americanas podem mudar muito depressa, ou as políticas americanas podem mudar”, disse ele. “O dinheiro dos impostos pode ir para outro lugar.”

COISAS QUE DEVEMOS FAZER OU VER ANTES DE MORRER

Sonho estar em um barco e ver baleias saltando no mar e caindo com estardalhaço…

Leandro Karnal – Jornal Estadão

Já viajei bastante e já vivi muitas experiências. Porém, há muitas coisas que eu gostaria de ver neste terço final da existência. Tornou-se uma mania em livros identificar coisas ou lugares obrigatórios. Já encontrei “Cem Filmes para Ver antes de Morrer” ou “Cem Livros Indispensáveis” para sua jornada neste planeta. A crônica é mais curta: tratarei sobre dez tópicos. Serão fatos/tendências, imagens que me alegrariam muito antes do fim inexorável. Veja se algum desejo combina com o seu, iluminada leitora e esclarecido leitor. Complete ou substitua a lista.

1. Adoraria ver a aurora boreal. Fracassei nas tentativas anteriores. Um céu com cores variadas em raios de tom de opala. Deve ser algo incrível. Nunca vi. Amaria ver. Provavelmente eu, homem de poucas lágrimas, choraria em abundância diante do fenômeno.

2. Sonho com a ideia de estar em um barco ou na ponta de uma península, para ver baleias saltando no mar e caindo com estardalhaço. Uma azul, uma jubarte, uma orca; um baleal: deve ser muito emocionante! Já vi golfinhos, tubarões, arraias… até o Nemo em corais. Nunca vi baleias livres e felizes no mar.

Aurora Boreal em Edmonton, Alberta, Canadá, em 18 de setembro de 2023.
Aurora Boreal em Edmonton, Alberta, Canadá, em 18 de setembro de 2023. Foto: Shaun McKee via REUTERS

3. Tenho um delírio que é abrir o jornal e ver esta notícia: segunda, às 8h da manhã, as duas casas do Congresso estavam trabalhando arduamente, no plenário, por leis sobre saneamento básico, educação, investimentos estruturais e outras questões. Depois, no entardecer de sexta, exaustos, os nobres legisladores encerrariam o expediente. Sim, um deputado e um senador fazem muito trabalho em comissões e visitas in loco, eu sei. Porém, num dia, verei o Congresso fazendo o que todo trabalhador brasileiro faz. Num dia…

4. Sonho em entrar no aeroporto/rodoviária/estação de trem/ônibus e todas as pessoas estarem lendo. Sim, podem estar diante do celular, mas nada de vídeos com dancinhas: todo mundo lendo em papel ou nas telas, sorrindo, chorando ou franzindo o cenho diante de uma cena forte. Silêncio profundo e olhos concentrados. Gente descobrindo ideias nos textos. Um sonho…

5. Um delírio antigo! A aula deveria terminar ao meio-dia. O professor, cansado, tenta encerrá-la às 11h50. Os alunos protestam e afirmam que ainda possuem 10 minutos de chances de descobertas, de aprofundamento, de novos insights. O mestre concorda, fala ainda mais e indica novos livros. Esse professor manda ler um conto, e os discípulos afirmam: “Só um? Não seria melhor ler uns quatro, ao menos, para perceber de fato o estilo do autor?” Alunos conscientes dos seus protagonismos e cheios de interesse. Discípulos que superam os limites do tutor. Gente empolgada com sua própria formação… quem sabe?

6. A reforma da sua casa foi prevista para dois meses. Deveria terminar dia 30 de novembro. Faltando 72 horas para o prazo contratual se encerrar, o empreiteiro anuncia que a obra já está finalizada, porque resolveu acelerar. O material comprado foi suficiente. O orçamento não necessitou de verba complementar. Tudo tem um acabamento perfeito. Você se despede do contratado com um aperto de mãos, feliz. Um sonho. Um delírio talvez…

7. Encontro uma pessoa que acompanha o meu trabalho e gosta muito dele. Ela se apresenta entre sorrisos. Faz umas perguntas curiosas e mostra que, de fato, lê e está informada do que eu penso e faço. Por fim, a fã se despede com alegria. Não são feitas as fotos. Nada é postado. Foi uma experiência pessoal sem ####. Fato único. Evento humano. Seres encontrando-se, apenas. O real basta e transborda. A vida flui, olho no olho, sem celular.

8. Uma pessoa adota um cachorrinho. Outra prefere comprar em um canil. Alguém adere ao mundo vegetariano. Outra come carne. Um é ateu e, ao seu lado, está um evangélico. Todos são felizes com suas escolhas. Ninguém “torra” ninguém. Desaparece o projeto missionário de converter o outro aos seus valores. Ninguém mais assume o papel de zelador da vida alheia. A vida do outro passa a ser… do outro. Um sonho antes da minha partida.

9. Antes de dar meu último suspiro, deliro com a ideia de acompanhar o desaparecimento da tecnologia de áudio em celulares. Ninguém mais envia mensagens sonoras. O mundo redescobre a escrita surgida na Mesopotâmia há quase 5 mil anos.

10. Por fim, a décima coisa que imagino viver antes da minha morte: deixemos de importar da Europa o péssimo hábito de considerar crianças um incômodo. Terminem os restaurantes e hotéis que não admitem crianças. Que o choro de uma criança num avião seja encarado como sinal de vida e reação natural ao estresse da viagem e variantes de pressão. Todos entendam que o barulho infantil é muito mais saudável do que o silêncio amargurado de alguns adultos. Os pais devem fazer esforço pela boa educação dos seus rebentos, porém uma criança inteiramente adestrada é prenúncio de uma pessoa infeliz no futuro. Que as crianças corram, que riam, que chorem, que eructem. Que os pais estimulem a percepção do ambiente e, com palavras doces, indiquem que ali não é lugar de gritar. E que elas, rebeldes, façam da vida um valor maior do que a norma. Parece que estamos ficando intolerantes à vida. Sem os pequenos, não pode existir esperança.

 

LEI NO BRASIL É A VONTADE DO STF E TORNA O CONGRESSO INÚTIL

 

Para que aprovar uma lei se os ministros do Supremo Tribunal Federal vão dizer que ela não vale?

J.R. Guzzo – Jornal Estadão

Congresso Nacional serve para duas coisas no Brasil de hoje. A primeira é fornecer uma aparência de legalidade ao regime que está em vigor – algo como um certificado de “nada consta” para exibir na ONU, ao New York Times e coisas parecidas. A segunda é distribuir dinheiro público para deputados e senadores através das “emendas parlamentares” – o até há pouco tempo amaldiçoado “orçamento secreto”, que hoje é reverenciado pelos analistas políticos como um alicerce da “governabilidade”. O que o Congresso não faz é cumprir a obrigação principal que lhe foi destinada na Constituição: aprovar as leis do Brasil, coisa que ninguém mais está autorizado a fazer. A maioria dos congressistas dá a impressão de não ligar para isso. Mas também não adiantaria nada se eles ligassem. As leis que já aprovaram podem ser anuladas a qualquer momento pelo STF. As que querem aprovar podem ser declaradas “inconstitucionais”. E as que não querem? O STF pode mandar que aprovem.

STF rejeita tese do marco temporal para demarcação das terras indígenas
STF rejeita tese do marco temporal para demarcação das terras indígenas Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Realmente: para que aprovar uma lei, dentro de absolutamente todos os conformes, se os ministros do Supremo vão dizer que ela não vale? O caso do “marco temporal” é a última aberração da série que o STF vem produzindo em tempo real, sobre quaisquer assuntos, há pelo menos quatro anos. A Câmara dos Deputados aprovou por 283 votos contra 155, agora no dia 30 de maio, uma lei estabelecendo que as tribos indígenas só podem reivindicar a demarcação das terras que elas já estivessem ocupando até 1988, ou 35 anos atrás. Foram quinze anos inteiros de discussão; poucas vezes a Câmara debateu um assunto por tanto tempo e com tanto cuidado. Também é difícil achar um caso tão evidente de maioria – e a maioria dos votos na Câmara representa a vontade da maioria dos brasileiros. Não há, simplesmente, nenhum outro meio legal de se determinar isso. Mais: o projeto que os deputados aprovaram foi para o Senado, e já recebeu, na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, a aprovação dos senadores, por 13 votos a 3. Está, obviamente, a caminho de ser aprovada na Comissão de Justiça e, em seguida, no plenário.

O STF, antes da votação final do Senado, acaba de decidir que o “marco temporal” é contra a Constituição.  Por quê? Não há, como em tantas outras decisões do tribunal, nenhum argumento coerente para achar isso. Também não há “dúvidas”, ou “vazio legal”, em torno do tema. Foi para eliminar todos os possíveis pontos obscuros, justamente, que a Câmara aprovou uma lei depois de quinze anos de debate. O que mais se pode exigir? Não se trata de saber se o marco é certo ou errado, justo ou injusto. É lei. Mas lei, no Brasil, é a vontade do STF.

LANDING PAGE É UM RECURSO DE MARKETING DIGITAL PARA ATRAIR VISITANTES

 

Sebrae-Minas

CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE CLIENTES, MARKETING E VENDAS

Se você quer aumentar as vendas de um produto ou serviço específico, se boa parte do seu tráfego vem de mídia paga e se você se perde no seu site, e ainda: se quer atrair visitantes a uma página exclusiva de vendas, este post é pra você. Existe um recurso do Marketing Digital ideal para conseguir tudo isso: ele se chama Landing Page. Mas será que você sabe o que é e como criar Landing Pages?

Utilizada para atrair a atenção do usuário na internet e alavancar as taxas de conversão de um negócio, essas páginas são elementos essenciais em uma Estratégia de Marketing. Afinal, as Landing Pages são o primeiro contato do internauta com o seu endereço eletrônico. Ou seja, são as boas-vindas do negócio ao visitante, e podem, em poucos segundos, espantá-lo ou entregar valor para que ele entre no funil de vendas.

Sem tempo para ler agora? Clique no play para ouvir esse conteúdo!

O QUE É UMA LANDING PAGE

Uma página estrategicamente pensada para levar o visitante a tomar uma ação: baixar um e-book, receber uma newsletter, inscrever-se em um webinar, dentre outras. Como é a primeira página que o internauta acessa do seu site, a Landing Page tem o foco claro na conversão, isto é, fazer com que o visitante vire um lead ao entrar no funil de vendas.

Uma boa Landing Page, ou “Página de Aterrissagem”, em uma tradução literal, é capaz de, em poucos segundos, capturar a atenção do visitante, estimular a entrega de valor e conduzi-lo à tomada de ação. Pesquisa do Nielsen Norman Group aponta que, para ganhar a atenção do usuário, uma página deve comunicar sua proposta de valor em 10 segundos.

Entretanto, como criar uma Landing Page otimizada para a conversão? Quais elementos são necessários visando atrair a atenção do visitante em apenas 10 segundos? São essas dicas que abordaremos agora.

COMO CRIAR UMA LANDING PAGE OTIMIZADA?

Quando comparadas a uma página comum, as Landing Pages têm menos itens de navegação, como menus, informações e links. Isso porque o único objetivo da página de aterrissagem é converter o visitante em lead. Então, o propósito é deixar a atenção do usuário focada naquilo que interessa à marca: fazer com que ele aperte o botão com a Call to Action (CTA) e não dispersá-lo em meio a uma enxurrada de conteúdo.

Veja o exemplo da nossa Landing Page de acesso ao checklist para abrir uma empresa.

http://materiais.inovacaosebraeminas.com.br/checklist-para-abrir-empresa

QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS EVIDENTES?

•             Proposta clara de valor: o empreendedor sabe exatamente o que vai encontrar ao baixar o material: o passo a passo completo para abrir uma empresa.

•             Informações precisas: a Landing Page é composta de título, subtítulo, formulário curto e contraste de cores no botão CTA. Não há redirecionamento para outras páginas, menu, conteúdos acessórios… nada!

Ficou mais claro, não é mesmo? Agora vamos às dicas práticas de como criar Landing Pages otimizadas, como essa, para a conversão!

CRIE TÍTULOS SIMPLES E FÁCEIS DE COMPREENDER

O título é a parte mais importante de uma Landing Page. Isso porque 80% dos usuários leem apenas o cabeçalho de uma página na internet, segundo dados divulgados pelo Copyblogger. Somente 20% das pessoas rolam o cursor para consumir o restante do conteúdo. Associado ao fato de que o visitante leva 10 segundos para decidir se uma página é atrativa ou não, fica evidente o valor do título para uma Landing Page.

Por isso, um dos mandamentos de uma Landing Page de sucesso é ter um título claro, objetivo e direto com a sua proposta de valor. O que a persona vai receber ao clicar no botão CTA? É isso que deve estar em destaque.

DÊ ATENÇÃO AO CONTRASTE DE CORES

Este é o segundo mandamento justamente porque o contraste de cores chama a atenção do usuário para o botão CTA, influenciando diretamente nos resultados de conversão. E este é o foco da Landing Page: direcioná-lo à conclusão da tarefa. Quanto mais destacadas as informações relevantes, como a Call to Action, mais chances de o usuário concluir o comando.

É importante, contudo, não exagerar na mistura de tons pelo risco do efeito contrário: espantar o visitante da página. Por isso, invista no contraste com cores complementares e utilize, no máximo, três pigmentações diferentes.

CRIE CHAMADAS PARA AÇÃO ATRATIVAS

O texto é o elemento-chave em uma Landing Page. É o responsável por conduzir o usuário à conversão, como um mapa que guia o usuário de um ponto A a um ponto B. Primeiro atrai, com o título; depois, entrega valor, com os subtítulos e os textos curtos; em seguida, leva o visitante a concluir a ação no botão CTA.

Na sequência, depois do título, o texto do botão CTA é o mais importante ao criar Landing Pages. Além do uso de cores contrastantes, a mensagem deve ser objetiva, direta e atrativa para que o usuário aceite a sua oferta em poucos segundos.

Alguns exemplos de boas práticas de textos de CTA:

•             Baixe agora!

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•             Registre-se gratuitamente!

•             Quero participar!

•             Acesse agora!

•             Testar gratuitamente!

USE FORMULÁRIOS CURTOS

O sucesso de uma Landing Page não está só ligado ao design e ao conteúdo disponibilizado. Formulários curtos também são responsáveis pelo desempenho da página. Isso porque poucos usuários, mesmo interessados na proposta de valor, estariam dispostos a fornecer muitas informações durante a navegação.

Por isso, ao criar Landing Pages, opte por coletar apenas os dados mais relevantes ao negócio. O ideal é que o formulário seja rápido de preencher, com quatro ou cinco perguntas.

Criar Landing Pages é uma necessidade em qualquer estratégia de Marketing Digital. Ao atrair visitantes a uma página direcionada à conversão, as chances de conquistar a atenção do usuário e entregar valor são imensas. Então, se você deseja aumentar as oportunidades de negócio por meio do seu site e/ou potencializar os resultados dos anúncios em redes sociais, as Landing Pages são peças-chave.

Vale frisar que, para conseguir bons resultados, é importante comunicar clara e objetivamente a sua proposta de valorpor meio de títulos, imagens e botões atrativos, bem como ter uma oferta isca que faça sentido para o seu público.

Quer conhecer outras ferramentas como a Landing Page para potencializar a atuação do seu negócio na internet? Aprenda mais de Marketing Digital no nosso blog.

STARTUP VALEON UMA HOMENAGEM AO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

Por que as grandes empresas querem se aproximar de startups? Se pensarmos bem, é muito estranho pensar que um conglomerado multibilionário poderia ganhar algo ao se associar de alguma forma a pequenos empresários que ganham basicamente nada e tem um produto recém lançado no mercado. Existe algo a ser aprendido ali? Algum valor a ser capturado? Os executivos destas empresas definitivamente acreditam que sim.

Os ciclos de desenvolvimento de produto são longos, com taxas de sucesso bastante questionáveis e ações de marketing que geram cada vez menos retorno. Ao mesmo tempo vemos diariamente na mídia casos de jovens empresas inovando, quebrando paradigmas e criando novos mercados. Empresas que há poucos anos não existiam e hoje criam verdadeiras revoluções nos mercados onde entram. Casos como o Uber, Facebook, AirBnb e tantos outros não param de surgir.

E as grandes empresas começam a questionar.

O que estamos fazendo de errado?

Por que não conseguimos inovar no mesmo ritmo que uma startup?

Qual a solução para resolver este problema?

A partir deste terceiro questionamento, surgem as primeiras ideias de aproximação com o mundo empreendedor. “Precisamos entender melhor como funciona este mundo e como nos inserimos!” E daí surgem os onipresentes e envio de funcionários para fazer tour no Vale e a rodada de reuniões com os agentes do ecossistema. Durante esta fase, geralmente é feito um relatório para os executivos, ou pelas equipes de inovação ou por uma empresa (cara) de consultoria, que entrega as seguintes conclusões:

* O mundo está mudando. O ritmo da inovação é acelerado.

* Estes caras (startups) trabalham de um jeito diferente, portanto colhem resultados diferentes.

* Precisamos entender estas novas metodologias, para aplicar dentro de casa;

* É fundamental nos aproximarmos das startups, ou vamos morrer na praia.

* Somos lentos e burocráticos, e isso impede que a inovação aconteça da forma que queremos.

O plano de ação desenhado geralmente passa por alguma ação conduzida pela área de marketing ou de inovação, envolvendo projetos de aproximação com o mundo das startups.

Olhando sob a ótica da startup, uma grande empresa pode ser aquela bala de prata que estávamos esperando para conseguir ganhar tração. Com milhares de clientes e uma máquina de distribuição, se atingirmos apenas um percentual pequeno já conseguimos chegar a outro patamar. Mas o projeto não acontece desta forma. Ele demora. São milhares de reuniões, sem conseguirmos fechar contrato ou sequer começar um piloto.

Embora as grandes empresas tenham a ilusão que serão mais inovadoras se conviverem mais com startups, o que acaba acontecendo é o oposto. Existe uma expectativa de que o pozinho “pirlimpimpim” da startup vá respingar na empresa e ela se tornará mais ágil, enxuta, tomará mais riscos.

Muitas vezes não se sabe o que fazer com as startups, uma vez se aproximando delas. Devemos colocar dinheiro? Assinar um contrato de exclusividade? Contratar a empresa? A maioria dos acordos acaba virando uma “parceria”, que demora para sair e tem resultados frustrantes. Esta falta de uma “estratégia de casamento” é uma coisa muito comum.

As empresas querem controle. Não estão acostumadas a deixar a startup ter liberdade para determinar o seu próprio rumo. E é um paradoxo, pois se as empresas soubessem o que deveria ser feito elas estariam fazendo e não gastando tempo tentando encontrar startups.

As empresas acham que sabem o que precisam. Para mim, o maior teste é quando uma empresa olha para uma startup e pensa: “nossa, é exatamente o que precisamos para o projeto X ou Y”.

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sábado, 23 de setembro de 2023

REUNIÃO DO COPOM TRAZ MENSAGEM DE APOIO AO MINISTRO DA FAZENDA FERNANDO HADDAD

História por Martha Beck •20h

(Bloomberg) — O comunicado da última reunião do Copom trouxe uma mensagem de apoio ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ao dizer que o comitê reforça a importância da firme persecução das metas fiscais para ancorar as expectativas de inflação, o BC apoiou os esforços do ministro para tentar zerar o déficit primário em 2024, afirma um integrante da equipe econômica.

Haddad enfrenta pressão do PT e de parlamentares para mudar a meta do ano que vem, dada a dificuldade que o governo pode enfrentar para obter receitas que ajudem a fechar a conta. 

Mas a leitura na Fazenda é que mudar oficialmente a meta seria o pior cenário possível. Isso causaria estresse no mercado e ainda poderia afetar a aprovação de propostas de aumento de receitas no Congresso. 

Se nada mudar, o mercado já precifica um déficit em torno de 0,7% no ano que vem. Desta forma, se o governo apenas fechar as contas no vermelho com um número próximo disso, não haveria grande turbulência. Haddad e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, almoçaram juntos na quinta-feira após a reunião do Copom. 

O desafio de fechar as contas de 2024 com um déficit zero está principalmente do lado das receitas. Haddad precisa, por exemplo, aprovar propostas como a taxação de offshores e fundos exclusivos no Congresso. Depois do almoço com Campos Neto, o ministro disse ter certeza de que o Congresso entende a importância das medidas.

Porta aberta

Integrantes da equipe econômica avaliam que o Copom deixou a porta aberta para reduções acima de 0,50pp nas próximas reuniões. Embora o texto diga que os membros do comitê anteveem uma redução dos juros na mesma magnitude atual (0,50pp) nas próximas reuniões, a expressão “em se confirmando o cenário” significa que o BC pode intensificar a queda se houver espaço.  

FMI

Fernando Haddad apresentará a trilha financeira do Brasil para o G-20 durante as reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, previstas para o período de 9 a 15 de novembro no Marrocos.

O país assumirá oficialmente a presidência do G-20 no início de dezembro, mas o ministro já quer deixar claras as prioridades do país para a comunidade financeira global, como a agenda de transformação ecológica e de combate à desigualdade.

Para financiar esses planos, o Brasil quer não apenas mais recursos das economias avançadas, mas também discutir formas de alavancar os fundos que já existem por meio de novos tipos de garantias e de um diálogo com as agências de classificação de risco. O ministro também defenderá empréstimos em moedas locais como formas de financiar investimentos em infraestrutura. 

ESG

Integrantes da equipe econômica comemoraram a reação positiva do mercado financeiro internacional aos títulos soberanos ligados a projetos verdes e sociais que Haddad apresentou a investidores nesta semana em Nova York.

A janela em que a operação será concretizada ainda está em aberto, mas segundo integrantes da Fazenda, as boas práticas de mercado pedem ao menos duas semanas após as reuniões de roadshow para uma emissão. Em julho por exemplo, a Fazenda avaliava que havia espaço para a operação, mas a alta dos juros americanos atrapalhou os planos.   

 

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