quarta-feira, 20 de setembro de 2023

AS SOFT SKILLS SÃO FUNDAMENTAIS PARA O SUCESSO NA VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL

Lívia Felizardo, diretora de produtos da Vivae

Especialista dá dicas para quem deseja desenvolver habilidades e se destacar profissionalmente.

As soft skills são habilidades comportamentais relacionadas à maneira como uma pessoa se comporta ou lida com diferentes situações. São características pessoais que não são necessariamente ensinadas na escola ou na universidade, mas que são fundamentais para o sucesso na vida pessoal e profissional.  

Essas habilidades estão cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho. Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, publicado em 2023, as soft skills já são consideradas tão importantes quanto as hard skills e estão mudando a forma como profissionais atuam e como empresas recrutam pessoas.

Para Lívia Felizardo, diretora de produtos da Vivae, startup de educação e empregabilidade criada a partir de uma parceria entre a operadora Vivo e Ânima Educação, existem muitas maneiras de desenvolver soft skills para se destacar profissionalmente. “Você pode fazer cursos, ler livros, ouvir podcasts sobre o assunto, debater com seus pares ou líderes e aplicar algumas dessas habilidades em seu dia a dia”, comenta.

“As soft skills ajudam a enxergar as situações por uma perspectiva racional, com foco na solução e nas tomadas de decisões acertadas para alcançar os resultados. Além disso, viabiliza um relacionamento mais positivo entre o time, fortalecendo o trabalho em equipe”, completa Felizardo. A especialista separou algumas dicas de soft skills para serem incorporadas na rotina do trabalho:

Como dizer adeus à procrastinação

É fundamental estabelecer metas claras e prazos para si mesmo. Utilizar ferramentas e técnicas de gerenciamento de tempo pode ser uma estratégia valiosa para otimizar suas tarefas. Assim como aprender a dizer “não” quando necessário ajuda a evitar sobrecarga, manter um espaço organizado e confortável e uma dinâmica de trabalho estruturada e ágil contribui para a eficiência.

Como não sucumbir ao estresse

Quando se trata de lidar com pressão, a organização contribui bastante, porque ajuda a ter claros demanda, prazos e resultados esperados. Além disso, desenvolver técnicas de relaxamento e autocontrole ajuda muito. A capacidade de priorizar tarefas e identificar o que é mais importante em situações de alta pressão também é uma habilidade valiosa. Além disso, sempre que fizer sentido, pedir ajuda beneficia a realização das atividades e a aprendizagem.

Resiliência e inteligência emocional para enfrentar qualquer desafio

A capacidade de lidar com mudanças, adversidades e estresse é fundamental no mundo do trabalho. Resiliência e inteligência emocional são soft skills que ajudam a lidar com os desafios tanto da vida quanto da profissão, e a construir relacionamentos fortes. A resiliência ajuda a não sucumbir e a manter o foco, enquanto a inteligência emocional permite que você compreenda e controle suas emoções, bem como as emoções dos outros.

Criatividade é a chave do sucesso

Tomar decisões difíceis é uma habilidade complexa, mas necessária. Para isso, é preciso aprender a identificar e a definir claramente o problema que possa se apresentar. A criatividade é uma ferramenta poderosa para coletar informações e dados relevantes, gerar e avaliar soluções potenciais e implementar a solução escolhida nesse processo. É importante considerar todas as opções e confiar na intuição.

Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                  

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

 

terça-feira, 19 de setembro de 2023

SERÁ QUE O LULA JÁ DEVOLVEU OS 1.150 PRESENTES RECEBIDOS NO ATUAL GOVERNO?

História por PODER360 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu um total de 1.150 presentes desde o início do seu 3º mandato, que começou em 1º de janeiro de 2023, até 23 de agosto deste ano. Foram doados por pessoas físicas, autoridades e entidades brasileiras e estrangeiras. A China é o país, com exceção do Brasil, que mais deu itens ao presidente. 

A União os dividiu entre presentes bibliográficos (444), onde são contabilizados livros, periódicos e outros itens de leitura, e presentes museológicos (706), em que constam outros itens gerais. Os presentes mais comuns em 2023 foram livros (383) e camisas/camisetas (126) –das quais 15 são camisas de futebol. Os dados foram disponibilizados pela Casa Civil da Presidência da República via Lei de Acesso à Informação. Eis a íntegra dos documentos (PDF – 1MB).

Lula recebeu 1.150 presentes até agosto de 2023© Fornecido por Poder360

Dentre os presentes recebidos de países estrangeiros, a China está na frente, com 30 itens dados a Lula. A maioria deles (25) foi entregue em meados de abril, durante a visita do presidente ao país. Além de livros (8), o petista também foi presenteado com miniaturas de carros e navio (5), pratos decorativos (5) e quadros (3).

Ele também recebeu 1 quimono, doado pela Universidade Agrícola do Sul da China, 1 vaso ornamental da Huawei, gigante chinesa de telecomunicação, e uma escultura do NDB (Novo Banco do Desenvolvimento, na sigla em inglês), o Banco dos Brics.

O Brasil e a China mantêm relações diplomáticas há décadas, mas desde o retorno de Lula à Presidência da República a relação tornou-se mais próxima, em comparação ao governo anterior. 

Em sua visita ao país em abril, Lula anunciou a assinatura de 15 acordos com a China, relacionados aos setores do agronegócio, da ciência e tecnologia e da comunicação.

Em seguida, no ranking dos países que mais presentearam o petista, vem o Japão, que deu 16 presentes ao chefe do Executivo brasileiro. Recebeu principalmente furoshikis (espécie de pano usado para embrulho de presentes – 3), taças (2) e 1 par de tênis da marca Sancler Graffit.

Ao todo, foram ao menos 162 itens recebidos de 41 países diferentes. Dos presentes contabilizados pelo governo, 13 não contém informação sobre o país de origem.

Lula recebeu 1.150 presentes até agosto de 2023© Fornecido por Poder360

Na lista, também consta 1 violão recebido por Lula de Chris Martin, vocalista da banda Coldplay. Em março, o presidente se encontrou com o cantor, acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva e de representantes da ONG (Organização Não Governamental) Global Citizen, uma organização dedicada a acabar com a pobreza.

O interesse por presentes recebidos pelos chefes do Executivo tem crescido recentemente, depois que o caso de suposta compra e venda de joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de delegações estrangeiras veio a público. 

Durante seu mandato, de 2018 a 2022, o ex-presidente recebeu 19.470 presentes.

 

ELON MUSK QUER TAXAR A PLATAFORMA X

História por James Clayton – Repórter de tecnologia, BBC News •46min

Por que Musk quer que plataforma X passe a ser paga© Getty Images

O empresário Elon Musk sugeriu que todos os usuários do X (o antigo Twitter), precisarão pagar para ter acesso à plataforma.

Numa conversa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o bilionário disse que um sistema de pagamento era a única forma de combater os robôs e as contas falsas.

“Estamos caminhando para ter um pequeno pagamento mensal pelo uso da plataforma”, declarou o empresário, que também é dono da Tesla e da SpaceX.

A BBC entrou em contato com a X para obter mais detalhes, mas ainda não recebeu uma declaração oficial da empresa.

Não está claro se este foi apenas um comentário improvisado ou um sinal de planos mais firmes, que ainda não foram anunciados.

Musk há muito diz que a solução para se livrar de robôs e contas falsas na plataforma de mídia social é cobrar pelos selos de verificação.

Desde que assumiu o Twitter no ano passado, ele tem procurado incentivar os usuários a pagar por um serviço especial oferecido pela plataforma, que agora se chama X Premium.

A versão paga atual dá aos assinantes mais recursos, como postagens mais longas e maior visibilidade.

No entanto, os usuários que não desejam ter uma conta premium ainda podem usar o X de forma gratuita.

Embora exista um claro interesse financeiro de a empresa cobrar dos usuários, Musk insistiu que fazer com que as pessoas paguem pelo serviço tem como objetivo combater os robôs.

“Um bot [robô] custa uma fração de centavo” para ser feito, disse ele. “Mas, se alguém tiver que pagar alguns dólares ou algo assim, o custo efetivo para [fazer] os bots fica muito alto.”

O X Premium custa atualmente R$ 60 por mês no Brasil (há valores diferentes, de acordo com a plataforma utilizada e a forma de pagamento). O preço também varia segundo o país em que o assinante se encontra.

Musk, pessoa mais rica do mundo, disse que agora procura opções mais baratas para os usuários.

“Na verdade, vamos propor um preço mais baixo. Queremos que seja apenas uma pequena quantia”, disse ele.

“Essa é uma longa discussão, mas, em minha opinião, essa é a única defesa que temos contra os exércitos de bots“, acrescentou Musk.

Ao condicionar o acesso ao X a um acesso pago, no entanto, há o medo de que a plataforma possa perder uma grande parte de seus usuários. Isso, por sua vez, reduziria as receitas de publicidade, que atualmente representam a principal fatia de ganhos da empresa.

A rede social comandada por Musk já cobra um valor mensal para usuários que querem acesso a recursos premium© Reuters

Na conversa com o primeiro-ministro israelense, Musk também abordou o antissemitismo no X.

A plataforma foi acusada pelo grupo Liga Antidifamação (ADL) de não fazer o suficiente para impedir a divulgação de conteúdo antissemita.

Num comunicado, o grupo afirmou que Musk estava “se engajando e dando proeminência” aos antissemitas.

No início deste mês, o empresário disse que X iria processar a ADL para “limpar o nome da nossa plataforma”.

Na conversa com Netanyahu, Musk reiterou que é “contra o antissemitismo”.

Netanyahu ponderou que o equilíbrio entre liberdade de expressão e moderação de conteúdo era um desafio, mas instou Musk a buscar esse meio termo.

“Espero que você encontre, dentro dos limites, a capacidade de parar não apenas com o antissemitismo, mas com qualquer ódio coletivo às pessoas que o antissemitismo representa”, disse ele.

“Sei que você está comprometido com isso”, completou Netanyahu.

 

OVERDOSE DE FENTANIL MATA QUASE 300 POR DIA NOS EUA

História por Nadine Yousif – BBC News 

Mulher fumando fentanil em rua de Los Angeles, Estados Unidos© Getty Images

Cada vez mais americanos morrem por overdose de fentanil, à medida que uma nova onda da epidemia de opioides começa a se espalhar pelas comunidades dos quatro cantos do país.

Há seis anos, Sean morreu de uma overdose acidental por fentanil em Burlington, no Estado de Vermont. Ele tinha 27 anos.

“Cada vez que ouço falar de uma perda devido ao abuso de substâncias, meu coração se parte um pouco mais”, escreveu a mãe dele, Kim Blake, em um blog dedicado ao filho.

“Mais uma família despedaçada. Sempre de luto pela perda de sonhos e celebrações.”

Neste ano, os Estados Unidos testemunharam um marco sombrio: pela primeira vez, as overdoses mataram mais de 100 mil pessoas em todo o país num único ano.

Dessas mortes, mais de 66% estavam ligadas ao fentanil, um opioide sintético 50 vezes mais poderoso que a heroína.

O fentanil é um produto farmacêutico que pode ser prescrito por médicos para tratar dores intensas.

Mas a droga também é fabricada e vendida por traficantes. A maior parte do fentanil ilegal encontrado nos EUA é traficado a partir do México e usa produtos químicos provenientes da China, de acordo com o Drug Enforcement Administration (DEA), órgão federal encarregado da repressão e do controle de narcóticos

Em 2010, menos de 40 mil pessoas morreram por overdose de drogas em todo o país, e menos de 10% dessas mortes estavam ligadas ao fentanil.

Naquela época, as mortes eram causadas principalmente pelo uso de heroína ou opioides prescritos por profissionais de saúde.

A mudança de cenário é detalhada num estudo divulgado recém-publicado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).

O trabalho examina as tendências nas mortes por overdose no país entre 2010 e 2021, utilizando dados compilados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

Fentanil: como nova onda de overdoses assola EUA e mata quase 300 por dia© BBC

Os dados mostram claramente como o fentanil redefiniu as overdoses nos Estados Unidos na última década.

“O aumento do consumo de fentanil fabricado ilicitamente deu início a uma crise sem precedentes”, escreveram os autores do artigo.

Praticamente todos os cantos dos EUA — do Havaí a Rhode Island — foram tocados pelo fentanil.

O aumento das mortes relacionadas à droga foi observado pela primeira vez em 2015, revelam as estatísticas.

Desde então, o entorpecente se espalhou pelo país e a taxa de mortalidade cresceu de forma acentuada.

“Em 2018, cerca de 80% das overdoses por fentanil aconteceram a leste do rio Mississippi”, disse à BBC Chelsea Shover, professora assistente da UCLA e coautora do estudo.

Mas, em 2019, “o fentanil passa a fazer parte do fornecimento de drogas no oeste dos EUA e, de repente, esta população que estava resguardada também ficou exposta, e as taxas de mortalidade começaram a subir”, segundo a pesquisadora

Na pesquisa recente, os especialistas alertam para outra tendência crescente: as mortes relacionadas ao consumo de fentanil em conjunto com drogas estimulantes, como a cocaína ou a metanfetamina.

Essa tendência é observada em todos os EUA, embora de formas diferentes devido aos padrões de consumo que diferem de região para região.

Os investigadores encontraram, por exemplo, taxas de mortalidade mais elevadas relacionadas ao consumo de fentanil e cocaína em Estados do nordeste dos EUA, como Vermont e Connecticut, onde os estimulantes geralmente são de fácil acesso.

Mas em praticamente todos os cantos do país, da Virgínia à Califórnia, as mortes foram causadas principalmente pelo uso de metanfetaminas e fentanil.

Blake, que também é médica, disse que seu filho usava cocaína esporadicamente, embora o exame toxicológico tenha encontrado apenas fentanil em seu organismo.

Ela aprendeu que muitos misturam diferentes substâncias para obter uma sensação prolongada.

“Não é nenhuma surpresa para mim esse aumento tão grande nas combinações de estimulantes e opioides”, observa Blake.

Quando o fentanil chegou pela primeira vez aos EUA como parte do tráfico, “muitas pessoas não o queriam”, lembra Shover. Mas o opioide sintético tornou-se amplamente disponível porque é mais barato de produzir em comparação com outras drogas.

Ele também é altamente viciante — isso significa que dependentes ficam expostos ao entorpecente e muitas vezes o procuram como uma forma de evitar abstinências dolorosas relacionadas a outras substâncias.

Nos EUA, o estudo identificou que Alasca, Virgínia Ocidental, Rhode Island, Havaí e Califórnia como os Estados com as taxas mais elevadas de mortes por overdose em que há mistura de fentanil e estimulantes.

Esses locais têm taxas historicamente altas de uso de drogas, segundo Shover. Com a chegada do fentanil, esse consumo tornou-se ainda mais letal.

Pessoa em overdose é atendida por médicos nas ruas de Vancouver, Canadá© Getty Images

Um problema que atravessa classes sociais

A crise dos opioides tem sido tradicionalmente retratada como um “problema dos brancos”, destaca Shover.

No entanto, o estudo recente revelou que os afro-americanos estão morrendo ao combinar fentanil e estimulantes a taxas mais elevadas, em todas as faixas etárias e limites geográficos.

Para Rasheeda Watts-Pearson, especialista em redução de danos baseada em Ohio, nos EUA, os dados refletem o que é visto na prática.

Ela faz um trabalho de divulgação com a A1 Stigma Free, uma organização fundada há apenas oito meses para combater um aumento notável de mortes por overdose na comunidade afro-americana de Cincinnati.

Como parte do trabalho, Watts-Pearson visita frequentemente barbearias, bares e mercearias para falar com as pessoas sobre os impactos do fentanil.

Ela considera que há falta de conscientização sobre o tema, motivada em parte pelas disparidades históricas de saúde vivenciadas por grupos raciais e étnicos.

Mesmo as campanhas de marketing feitas para conscientizar sobre a crise dos opioides não incluem a experiência dos negros americanos, critica ela.

“Se eu dirigir até a cidade de Avondale agora mesmo, há um outdoor que fala sobre a ‘Crise dos Opioides’, mas na mensagem aparecem duas pessoas brancas”” exemplifica Watts-Pearson.

Ela aponta que as drogas misturadas com fentanil são uma grande barreira para a comunidade. Segundo a ativista, muitas pessoas acabam consumindo o entorpecente sem saber — e desenvolvem uma dependência.

“Os legistas veem pessoas com overdose que morreram por causa de cocaína, crack e vestígios de fentanil”, diz ela.

“Isso está infiltrado na comunidade negra e não há gente suficiente falando sobre o assunto.”

Rasheeda Watts-Pearson (à esquerda) tem trabalhado com A1 Stigma Free para aumentar a conscientização sobre o impacto da epidemia de fentail na comunidade afro-americana de Cincinnati, Ohio© A1 STIGMA FREE

Uma quarta onda

O abuso de fentanil em combinação com outras drogas marca o início de uma “quarta onda” da crise nos EUA, avaliam os pesquisadores.

A primeira onda de overdoses aconteceu no final dos anos 1990, com mortes por opioides com prescrição médica. Em 2010, houve uma segunda onda de overdoses, dessa vez causadas por heroína. E em 2013, surgiu uma terceira onda, graças à proliferação de drogas ilícitas análogas ao fentanil.

Especialistas como a professora Shover alertam que as opções de tratamento para a quarta onda não acompanham a demanda.

“Nosso sistema de tratamento contra dependência geralmente se concentra em uma droga de cada vez”, conta ela.

“Mas a realidade é que muitos usuários usam mais de um tipo de droga.”

Para manter viva a memória de seu filho, Blake decidiu falar abertamente sobre a perda e tenta ajudar outras famílias a passar pela mesma dor.

“Todo mundo tem uma história e, para um pai que perdeu um filho, isso dura para sempre”, diz ela.

Seu filho fez tratamentos contra dependência algumas vezes.

A experiência ensinou à Blake que as opções terapêuticas variam de Estado para Estado e, em muitos casos, o que está disponível não é suficiente.

“O ideal seria que as pessoas recebessem tratamento rapidamente, sempre que quisessem e a longo prazo”, destaca ela.

Blake também sugere a criação de locais para a prevenção de overdose, onde as pessoas pudessem usar drogas com segurança e sob supervisão.

Esses lugares estão amplamente disponíveis no Canadá — que tem a sua própria crise de fentanil — mas existem apenas duas instalações do tipo nos EUA inteiro.

Acima de tudo, Blake apelou à compaixão e à compreensão para aqueles que lutam contra o uso de substâncias.

“A maioria das pessoas com quem converso dizem que seus filhos não queriam morrer.”

 

EUA PEDEM AJUDA DA POPULAÇÃO PARA LOCALIZAR O AVIÃO DE CAÇA F-35 SUMIDO

História por Megan Fisher – BBC News 

O F-35, visto nesta foto de arquivo, é um dos caças mais avançados do mundo e custa US$ 100 milhões© PA MEDIA

Os militares dos Estados Unidos pediram ajuda à população para localizar um de seus caças F-35B, que custa US$ 100 milhões (cerca de R$ 485 milhões), depois que o piloto foi ejetado da aeronave.

O avião desapareceu na tarde de domingo (17/9), quando o piloto sobrevoava o Estado da Carolina do Sul.

O piloto, que não foi identificado, conseguiu se ejetar e foi resgatado em segurança. Ele permanece internado e o atual estado de saúde dele é considerado estável.

Autoridades disseram que a aeronave se envolveu em um “acidente”, mas não deram detalhes sobre o que foi.

O avião foi deixado no modo automático quando o piloto foi ejetado, disse um porta-voz da Base Conjunta de Charleston à NBC News, acrescentando que a aeronave pode estar no ar há algum tempo.

As autoridades disseram que concentram suas buscas ao redor do Lago Moultrie e do Lago Marion, ao norte da cidade de Charleston.

A área de busca foi definida com base na última localização conhecida do caça.

Nancy Mace, uma congressista republicana pela Carolina do Sul, perguntou no X, antigo Twitter: “Como diabos você perde um F-35?”

“Como não existe um dispositivo de rastreamento e o que estamos pedindo à população que encontre um caça e o recupere?

A aeronave é um jato furtivo – o que significa que sua fuselagem, sensores e sistemas são projetados para operar sem serem detectados pelo radar inimigo.

O rastreador de voo Flightradar24 mostrou várias aeronaves vasculhando a área© Getty Images

A Base Conjunta de Charleston postou seu pedido de ajuda no X. “As equipes de resposta a emergências ainda estão tentando localizar o F-35.”

“Pedimos ao público que coopere com as autoridades militares e civis à medida que o esforço continua.”

O post encorajou qualquer pessoa com informações que pudessem ajudar as suas equipes de recuperação a contactar o seu centro de operações.

O rastreador de voo Flightradar24 postou uma imagem no X mostrando várias aeronaves vasculhando a área.

O Corpo de Fuzileiros Navais disse em comunicado à BBC que o conhecimento sobre o incidente ainda é “limitado” no momento, mas tenta reunir mais informações.

Acrescentou que o acidente está “sob investigação”.

O jato custa cerca de US$ 100 milhões, disse seu fabricante Lockheed Martin à BBC.

Um segundo F-35 voando ao mesmo tempo retornou em segurança à base, disse a porta-voz militar Maj Melanie Salin F-35as à Associated Press.

Em 2018, os militares dos EUA suspenderam temporariamente toda a sua frota de jatos F-35 após um acidente na Carolina do Sul.

 

LAVA JATO SEGUE FUNCIONANDO NO PERU E NA BOLIVIA E MANTÉM ODEBRECHT E POLÍTICOS SOB PRESSÃO

 

História por Matheus Gouvea e Letícia Mori – De Medellín (Colômbia) para a BBC News Brasil | Da BBC News Brasil em São Paulo 

Apoiadores de Alejandro Toledo em abril, protestando a favor do ex-presidente peruano enquanto ele era extraditado dos EUA© ERNESTO BENAVIDES/AFP via Getty Images

Na semana passada, o ministro Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), invalidou provas obtidas no acordo de leniência firmado no Brasil pela empreiteira Odebrecht em mais um movimento que mina as consequências políticas e legais da operação Lava Jato no âmbito brasileiro.

A decisão, que ainda pode ser revista pela segunda turma do Supremo, é também acompanhada com atenção nos países vizinhos, onde relatos e informações sobre corrupção repassadas por ex-executivos da empresa e pela própria construtora em acordos locais de leniência também deram origem a processos judiciais de alta voltagem política.

O caso é especialmente emblemático no Peru, onde quatro ex-presidentes foram ou estão sendo investigados por suposto envolvimento em irregularidades ligadas à Odebrecht, num dos mais extensos desdobramentos da Lava Jato no exterior.

Na semana passada, o depoimento na Justiça do antigo responsável pela construtora no Peru, Jorge Barata, dominou o noticiário peruano.

Já na Colômbia a construtora é alvo de cobrança do presidente Gustavo Petro, que afirma que a Odebrecht não pagou a compensação devida ao país por envolvimento em corrupção – questionada pela BBC News Brasil, a empresa disse que não reconhece essa dívida.

Entenda abaixo os fundamentos da decisão de Toffoli, o posicionamento da construtora e como a a Lava Jato, combalida no Brasil, segue em evidência no Peru e na Colômbia.

O que Toffoli decidiu

Em sua decisão, Toffoli reforça sentença anterior da corte que já afirmava que informações repassadas pelos executivos da construtora ou pela própria empresa não podem ser usadas em processos criminais contra acusados de irregularidades.

Os principais argumentos acatados pelo ministro do Supremo são dois: ele afirma que da Lava Jato pois houve quebra da cadeia de custódia. Ou seja, a produção dessas provas não respeitou a lei.

O acordo da Odebrecht previa que a empresa iria devolver R$ 2,7 bilhões aos cofres públicos e em troca o MPF (Ministério Público Federal) não entraria com ações contra ela na Justiça. A partir de informações obtidas da empresa com esse acordo, o MPF reuniu um material que apresentou como prova contra réus da Lava Jato em vários processos – incluindo um envolvendo o ex-presidente Lula.

O problema, segundo o Supremo, é que esse acordo com Odebrecht foi irregular já que teve participação de autoridades brasileiras, americanas e suíças, mas sem passar pelos canais oficiais necessários.

O problema, segundo o Supremo, é que esse acordo com Odebrecht foi irregular já que teve participação de autoridades brasileiras, americanas e suíças, mas sem passar pelos canais oficiais necessários.

No final de 2017, em meio ao abalo provocado pela operação Lava Jato e após o acordo de leniência firmado com as autoridades brasileiras, a companhia decidiu mudar suas marcas e retirar o nome “Odebrecht” das diversas unidades de negócio.

Atualmente, a empresa tem como nome Novonor. Já o ramo da construtora passou a se chamar OEC, com o descritivo “Odebrecht Engenharia e Construção”. Desde então, sua identidade visual também passou por alterações.

O momento da ‘Lava Jato peruana’

Alguns especialistas avaliam que a decisão de Toffoli possa repercutir nas esferas judiciais destas outras nações.

Na última semana, o depoimento do antigo responsável pela Odebrecht no Peru, Jorge Barata, dominou o noticiário deste país.

Na ocasião, o executivo reafirmou que a empresa pagou propina a uma série de importantes nomes da política local, incluindo uma série de ex-presidentes.

Alguns especialistas avaliam que decisão recente de Toffoli pode repercutir nas esferas judiciais destas outras nações© Nelson Jr./SCO/STF

A audiência foi realizada de maneira remota, mas Barata foi convocado a depor em solo peruano no caso que envolve o ex-presidente Ollanta Humala.

O executivo Marcelo Odebrecht também havia sido convocado, mas sua defesa alegou que decisões recentes do STF fazem com que seu cliente não tenha de prestar depoimento neste caso.

Uma decisão anterior de Toffoli invalidou evidências obtidas pelos sistemas Drousys e MyWebDay B, que eram supostamente utilizados pela empresa para ocultar o pagamento de subornos.

A promotoria peruana pede 20 anos de prisão para Humala, além de 26 anos e seis meses para sua esposa Nadine Heredia, ambos julgados pelo crime de lavagem de dinheiro pelo recebimento de supostas verbas ilícitas, incluindo da Odebrecht.

O caso envolveria um financiamento de US$ 3 milhões para a campanha presidencial de Humala em 2011.

Em 2018, a Odebrecht chegou a um acordo no Peru no qual se declarou culpada pelas acusações de que ofereceu propina a políticos locais.

Além disso, os executivos da empresa prometeram delatar os envolvidos nos esquemas de corrupção, o que incluía oferecer provas substanciais.

Em troca, os executivos puderam deixar o país, além de poderem sacar fundos que possuíam no Peru. Por parte da companhia, houve a permissão para a venda de ativos locais.

Dentre as negociações, a Odebrecht vendeu a usina hidrelétrica de Chaglla, no centro do país, por US$ 1,4 bilhões a um consórcio chinês. O empreendimento é responsável por cerca de 5% da energia produzida no Peru.

Por outro lado, a empresa teve de pagar uma compensação de 610 milhões de soles (R$ 818 milhões) ao governo peruano, valor acrescido de 150 milhões de soles (R$ 201 milhões) de juros.

O combinado é que os pagamentos sejam feitos de forma gradativa, e, até o momento, 220 milhões de soles (R$ 295 milhões) foram abatidos da dívida.

Procurada pela BBC News Brasil, a Odebrecht afirmou que “a condição da companhia no Peru é de colaboradora do Ministério Público, entidade com a qual firmou um acordo que continua sendo cumprido integralmente pela empresa e que, em contrapartida, lhe confere garantias legais típicas desse tipo de convênio. Em tal contexto não é prevista, portanto, uma estratégia de ‘defesa'”.

‘Brasil está permitindo impunidade no Peru’

A advogada Delia Muñoz ocupou o cargo de ministra da Justiça e Direitos Humanos durante o governo do ex-presidente Manuel Merino – um mandato que durou 5 dias, entre 10 e 15 de novembro de 2020.

À BBC News Brasil, ela afirma que o acordo foi benéfico para os executivos da Odebrecht, e diz que as compensações pagas pela empresa são “cômodas”, e que demorarão anos para serem quitadas.

Além disso, ela vê a justiça peruana com pouca capacidade para agir apenas com os depoimentos dos executivos, uma vez que as provas mais relevantes seguem no Brasil.

“Quando foi descoberto o pagamento de propina para a conquista de obras, não houve acesso no Peru às grandes evidências que sustentassem as afirmações das acusações feitas pelos executivos da Odebrecht”, afirma.

No caso peruano, entre os grandes empreendimentos envolvidos nos processos estão o metro de Lima e a chamada rodovia Interoceânica, que conecta o país ao Brasil.

Em sua visão, o movimento desta semana no STF dificulta que provas cheguem à justiça local.

“É claro no Peru que esta recente decisão é um claro prejuízo para o país, uma vez que nega o acesso à justiça”, avalia.

“Desta forma, o Brasil permite a impunidade absoluta no Peru. Os réus admitem que pagaram propina e agora vão dizer que as autoridades brasileiras não permitem que utilizem as provas que estão no país”, afirma a ex-ministra.

Em sua visão, os executivos irão continuar fazendo afirmações sobre os envolvidos em corrupção, mas sem apresentar as provas. Para ela, o cenário atual faz com que o fim do caso localmente seja uma possibilidade real. “Vamos viver a situação absurda do caso arquivado apesar de declarações aceitando corrupção. Acho que o caso vai morrer em breve, é muito difícil fazer uma acusação sem provas fortes”, avalia.

“Ficou claro que o Ministério Público peruano confiou na palavra dos executivos de que iriam entregar as provas, mas não foi isso que aconteceu. O caminho agora seria redesenhar a estratégia”, avalia.

Em 2018, a Odebrecht chegou a um acordo no Peru no qual se declarou culpada pelas acusações de que ofereceu propina a políticos locais© NELSON ALMEIDA/AFP via Getty Images

Segundo criminalistas consultados pela BBC News Brasil, no entanto, a decisão do STF leva em conta uma série de tratados internacionais determina que, qualquer cooperação jurídica criminal entre o Brasil e outros países precisa seguir uma série de regras.

No caso do acordo feito pela Odebrecht, a cooperação entre o MPF e autoridades estrangeiras deveria ter sido acordada com o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional), órgão do Ministério da Justiça.

A defesa de Lula já havia pedido, em 2017, para ter acesso a esse acordo que foi celebrado entre Brasil, EUA e Suíça, e a acusação já havia dito que não havia correspondência oficial sobre isso. Agora, a partir de um pedido de Toffoli, o Ministério da Justiça confirmou que não encontrou qualquer registro de que o acordo tenha passado pelo DRCI, o que o torna irregular, segundo Toffoli.

“O MPF não pode sair fornecendo informações nacionais para outros países sem passar pelas vias oficiais”, diz Bruno Salles, membro da diretoria do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim).

“Em síntese, a decisão reforça que as comunicações realizadas entre autoridades devem ser realizadas sempre pelos meios e formas que garantam uma cadeia de custódia da prova”, acrescenta Rogério Cury, professor de direito penal do Mackenzie.

“Havendo violação, tais provas devem ser consideradas ilícitas e desentranhadas dos autos, ou seja, retiradas do processo”, explica o professor.

Forte impacto na política local

Em seu depoimento nesta semana, Barata afirmou que a empresa contribuiu para “diversas campanhas políticas, principalmente de presidentes, deputados e prefeitos”.

Dentre os nomes que o executivo citou, estão os ex-presidentes Alan García, Ollanta Humala e Pedro Pablo Kucsynki, além da influente congressista Keiko Fujimori.

Os escândalos da empresa no país envolvem ainda o ex-presidente Alejandro Toledo, que neste ano foi extraditado dos Estados Unidos para ser julgado em solo peruano. Em novembro de 2016, Barata afirmou que a construtora pagou US$ 20 milhões a Toledo em troca da permissão para a construção dos trechos 2 e 3 da Rodovia Interoceânica Sul.

Na visão da socióloga do Instituto Nacional de Estudos Peruano (IEP) Patricia Zárate, o impacto na vida nacional destes sucessivos escândalos segue forte. “A corrupção continua a ser identificada como um dos principais problemas que o país tem”, aponta. “Após o escândalo da Odebrecht, os cidadãos consideraram a corrupção como o principal problema do Peru”, afirma a socióloga.

Além disso, há uma percepção de impunidade, em sua visão.

“Parece que não houve, ou não se sentiu como se houvesse, uma verdadeira luta contra o problema da corrupção porque novos escândalos continuam a surgir, talvez menores, mas são como uma constante, e não há ação tangível”, avalia.

No entanto, segundo ela, há uma diferenciação da empresa com o Brasil, o que não reflete em uma imagem negativa sobre o país vizinho.

“Há coisas mais positivas, como o futebol, que estão sempre na cabeça dos peruanos”, afirma.

Desfecho trágico

Velório de Alan García, que se suicidou em 2019 quando a polícia estava prestes a prendê-lo em meio a investigações sobre supostos subornos da Odebrecht© ERNESTO BENAVIDES/AFP via Getty Images

Em 2019, García suicidou-se com um tiro na cabeça, logo antes de ser preso. Em uma carta de despedida, ele reafirmou sua inocência no caso. Em 2018, ele chegou a pedir asilo político na embaixada do Uruguai, afirmando que sofria perseguição.

Em seu depoimento nesta semana, Barata afirmou que, dentre os políticos mencionados, aquele com quem tinha uma relação mais próxima era García. O executivo afirmou ainda que a Odebrecht entregou dinheiro para campanhas do ex-presidente em duas oportunidades.

À BBC News Brasil, Ricardo Pinedo, que foi secretário de Garcia, afirmou que “lamentavelmente”, as investigações foram “manipuladas de forma política”. Segundo ele, o processo ficou centrado nas relações do ex-presidente com os executivos. Sobre fotos que mostram García em aviões junto dos comandantes da Odebrecht, ele alega que era algo natural já que o mandatário tinha como hábito acompanhar inaugurações de obras.

Para Pinedo, há uma sensação de que a Odebrecht “fez o que queria” no Peru, e que “na realidade zombou da justiça peruana porque os promotores, tendo um interesse tendencioso em investigar aproveitaram-se para que os depoentes dissessem o que lhes convinha”.

Em resposta à consulta da BBC News Brasil, a Odebrecht reafirmou sua colaboração com as autoridades e destacou que está habilitada a realizar novos contratos no país.

“No Peru, a empresa está habilitada para contratar com o Estado, o que foi recentemente confirmado pela Corte Suprema do país, e atualmente executa alguns projetos de infraestrutura nos setores de transporte e irrigação. No que se refere ao Acordo de Leniência, o objetivo da empresa é que seja integralmente cumprido pelas partes, conforme os seus termos e condições, o que compreende, entre outros pontos, o pagamento da multa até o final do prazo e a operação sem restrições no país”, afirmou.

Desdobramentos na Colômbia

O procurador-geral da Colômbia Francisco Barbosa anunciou em agosto a acusação contra dezenas pessoas envolvidas em contratos com a Odebrecht© Ricardo Maldonado Rozo/EPA-EFE/REX/Shutterstock

Na Colômbia, a Odebrecht voltou a ser foco das atenções em agosto, depois que o presidente Gustavo Petro afirmou que o caso envolvendo a empresa poderia ser reaberto no país. Em Bogotá, o governo colombiano sediou o Congresso Internacional sobre a Luta contra a Corrupção e a Recuperação de Ativos, ocasião na qual Petro acusou a procuradoria local de permitir que os responsáveis pela corrupção saíssem da Colômbia sem prestar contas à justiça.

O presidente argumentou também que os proprietários da multinacional brasileira não compensaram financeiramente a Colômbia, apesar das sanções impostas pelos tribunais locais, como os US$ 250 milhões anunciados em 2018 pelo Tribunal Administrativo de Cundinamarca como compensação. “Não pagaram um só peso”, exclamou Petro.

À BBC News Brasil, a Odebrecht afirmou: “A companhia tem um processo de colaboração iniciado em 2016 com o Ministério Público colombiano, permanecendo à disposição das autoridades em caso de continuação ou reabertura de qualquer procedimento com o qual a empresa possa contribuir”.

“Na Colômbia, o foco tem sido a conclusão da colaboração com as autoridades e a preservação dos direitos da companhia com relação a uma série de procedimentos que considera indevidos”, acrescentou, em nota.

Segundo o Ministério Público colombiano, houve uma rede de corrupção na qual executivos da Odebrecht teriam criado um empreendimento criminoso para entregar mais de 80 bilhões de pesos (R$ 99 milhões) em propinas na Colômbia. Mais 22 pessoas foram intimadas para serem processadas por suposto envolvimento nos atos de corrupção.

Neste cenário, o promotor Daniel Hernández, foi acusado de deixar escapar vários executivos da Odebrecht e de intimidar testemunhas no caso da empresa brasileira. Ele foi indiciado pelos crimes de prevaricação por omissão e ameaças a testemunhas perante a Suprema Corte de Justiça da Colômbia.

Em audiência no dia 7 de setembro, a defesa de Hernández afirmou que ele atuou como promotor de apoio no caso Odebrecht e não há clareza na norma que determina que tal função deve processar o registro de mandados de prisão na entidade judiciária.

REFORMA TRIBUTÁRIA TEM PRIORIDADE SOBRE TODAS AS OUTRAS REFORMAS

 

Por Gilberto Luiz do Amaral e Letícia Mary Fernandes do Amaral – Advogados

Tema relevantíssimo para a sociedade brasileira, a Reforma Tributária é imprescindível para a modernização do país. As discussões são tempestivas em termos políticos, econômicos e sociais, cabendo ao Senado Federal fazer as adequações necessárias ao projeto aprovado na Câmara.

É notório que o nosso Sistema Tributário é complexo e caro para a sociedade: mais de 60 tributos exigidos dos contribuintes, quase uma centena de obrigações acessórias ou burocracias, quantidade avassaladora de normas para disciplinar a cobrança tributária e efeito “cascata” dos impostos e contribuições.

Os efeitos colaterais para o Brasil são gravíssimos: o cidadão trabalha 5 meses por ano para pagar tributos; as empresas gastam 1,5% do seu faturamento para cumprir com as burocracias; o contribuinte paga em média 40% (carga tributária nominal ou cálculo por dentro) no preço final de produtos e serviços ou 67% sobre o preço do produto/serviço (carga tributária efetiva ou cálculo por fora); a sonegação e informalidade correspondem a 37% do PIB; o índice de mortalidade das empresas é um dos mais altos do mundo, resultando na relação de que para cada 10 empresas criadas, 7 desaparecem.

As premissas em que se baseiam a PEC 45 privilegiam somente o setor público, principalmente os Poderes Executivos. O Brasil, tendo uma carga tributária escorchante, de 33,71% do PIB deveria fazer uma reforma para ajustar a incidência tributária aos padrões mundiais, reduzindo-a efetivamente.  Ao contrário, a proposta é para manter a arrecadação tributária da União, Estados e Municípios e no máximo criar um limitador ou trava tendo como parâmetro a carga tributária atual.

Fala-se em alíquota indecente de IVA entre 25% e 30%, enquanto a média dos tributos sobre o consumo no mundo são inferiores a 20%. Qualquer comparação séria com outros países demonstra o absurdo da alíquota padrão proposta e discutida na reforma. Comparando o Brasil com as maiores economias, os EUA, mesmo não tendo um IVA mais sim imposto direto sobre vendas, tributam de 4% a 11%; a China tem alíquota de 17%; a Alemanha tem 19%; o Japão 10%; e, a França 20%.  Podemos ainda comparar com Itália 22%, Espanha 21%, Reino Unido com 20% e Canadá com até 15%.

Mas se a comparação for com países em desenvolvimento, vemos que o absurdo se amplia. Chile tem 19%, México 16%, Nova Zelândia 15% e Coreia do Sul tem 10%.

A Reforma Tributária não valoriza a eficiência estatal, já que não estabelece qualquer compromisso para a União, Estados, Distrito Federal e Municípios em racionalizar a incidência tributária e os seus próprios gastos. Nesta fase pré-reforma os entes estatais lançaram mão de mecanismos para reintroduzir ou majorar uma série de incidências tributárias que haviam sido reduzidas nos anos anteriores, como sobre energia elétrica e combustíveis ou limitação do direito de redução da base de cálculo de PIS, Cofins, IRPJ e CSLL.

Se formos analisar pela ótica da arrecadação tributária dos tributos sobre o consumo no Brasil, veremos que a alíquota referencial deveria ser muito menor. O faturamento das empresas em 2022 foi de R$ 20 trilhões, enquanto a arrecadação foi de R$ 1,3 trilhão. Ou seja, a relação é de 6,5% sobre a receita empresarial, base para a incidência do IVA.  E porque se fala numa alíquota referencial superior a 25%?  A resposta está na falta de compromisso estatal em reduzir a informalidade e sonegação. Um plano eficiente neste sentido resultaria num aumento de arrecadação de mais de R$ 1 trilhão ao ano, podendo diminuir a alíquota de referência do IVA.

Além do calibre errado da alíquota de referência do IVA, outros perigos também estão contidos no tema em análise, pois ao contrário do que se propala, a proposta de Reforma Tributária é muito mais ampla, atingindo não só os tributos sobre o consumo, mas também tributos sobre renda e patrimônio. Portanto, as análises não podem ficar restritas ao IVA.

Estão previstas mudanças também no IPVA, ITCMD e IPTU que podem resultar em brutal aumento da carga tributária sobre o patrimônio. Pouco ou quase nada tem se falado a este respeito.

A determinação contida no art. 18 da reforma aprovada na Câmara, levará à extinção imediata do Lucro Presumido, afetando mais de 1 milhão de pequenos e médios negócios. Sem falar na tributação dos lucros e dividendos e no fim da JCP – Juros sobre o Capital Próprio.

Ou seja, o Senado Federal está com a difícil missão de corrigir inúmeras distorções do texto aprovado na Câmara. Infelizmente, o tema Reforma Tributária sempre privilegia o setor público em detrimento do contribuinte, quando deveria se buscar um equilíbrio e determinar a eficiência estatal.

GILBERTO LUIZ DO AMARAL, advogado tributarista, contador, consultor de empresas, professor de pós-graduação em governança tributária. Presidente do Conselho Superior e Coordenador de Estudos do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.

LETÍCIA MARY FERNANDES DO AMARAL, advogada tributarista, mestra em Direito Internacional pela Universidade de Toulouse, França, professora de governança tributária. Vice-Presidente do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.

Sobre o IBPT

O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) foi fundado em 1992, com o objetivo inicial de congregar estudiosos das ciências jurídica, contábil, social e econômica para debater sobre temas relacionados ao planejamento tributário. Desde sua fundação, o IBPT se dedica ao estudo do complexo sistema tributário no país, sendo reconhecido pela adoção de uma linguagem clara e precisa à sociedade sobre a realidade tributária brasileira. O IBPT também lançou bases e fundamentos para viabilizar a lógica da transparência fiscal, promovendo conscientização tributária.

Pioneiro na criação de estratégias de mercado para empresas e entidades setoriais a partir da análise de dados fiscais, públicos e abertos, o IBPT mantém investimentos contínuos em tecnologia e na capacitação de sua equipe para viabilizar pesquisas, estudos e serviços, possuindo o maior banco de dados privado com informações tributárias e empresariais.

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL É UMA MUDANÇA DE MENTALIDADE QUE ENGLOBA MODERNIZAÇÃO E AMPLIAÇÃO DO MERCADO

 

Rafaella Guimarães Borges Cardoso – Estudante de Gestão em Tecnologia da Informação pelo Centro Universitário FIAP

A presença da tecnologia no contexto corporativo tornou-se imperativa quando se trata de otimização. Na América Latina, durante a pandemia de Covid-19, o setor experimentou um aumento de 60%, conforme evidenciado por um estudo realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo LinkedIn. Em 2022, os investimentos em tecnologia e telecomunicações no país totalizaram R$ 411,3 bilhões, de acordo com o IDC Brasil.

Essa mudança deve-se à corrida tecnológica em que muitas empresas estão engajadas para solucionar problemas de desempenho e produtividade, buscando otimizar seus processos operacionais e promover maior eficácia e agilidade. Esse fenômeno é denominado Transformação Digital, uma mudança de mentalidade que engloba modernização e ampliação de mercado.

A Transformação Digital precisa estar em sintonia com a cultura organizacional, exigindo uma abordagem centrada nas pessoas. Isso implica capacitar e atualizar os colaboradores sobre as tendências, incorporando esses conhecimentos ao cotidiano. Essa abordagem abrange um conjunto de práticas, princípios e atitudes. Quando a cultura não está alinhada, se pode enfrentar resistência da equipe quanto a implementação de novos sistemas e tecnologias.

A inovação tecnológica não se restringe apenas às corporações, mas está enraizada em nosso cotidiano por meio de e-mails, vídeos, áudios, postagens em redes sociais, novos aplicativos, entre outros. Isso gera uma vasta quantidade de dados, formando o Big Data, um conceito que descreve a imensidão de dados estruturados e não estruturados gerados a cada segundo.

Para entender o Big Data primeiro precisa-se compreender os 6 Vs associados a esse conceito:

Volume: Refere-se à quantidade massiva de dados gerados.

Velocidade: Diz respeito à rapidez na geração e obtenção de dados.

Veracidade: Relaciona-se à autenticidade, uma vez que dados incorretos podem prejudicar a análise.

Variedade: Aborda a diversidade de formatos em que os dados são gerados e obtidos.

Valor: O conhecimento desses dados é o que os torna valiosos. Acesso a dados não é suficiente se não soubermos como aproveitá-los.

E apesar de os dados serem considerados um dos grandes ativos de uma empresa, eles podem se tornar uma barreira, um dos maiores gargalos nessa era da Transformação Digital.

Com isso muitas empresas enfrentam o Paradoxo dos Dados – têm acesso a informações, mas não sabem como utilizá-las. Isso ocorre frequentemente devido à falta de conhecimento, ferramentas adequadas e preocupações relacionadas à privacidade e segurança.

Em 2021, a Dell Technologies encomendou um estudo conduzido pela Forrester Consulting, “Revelando os Desafios dos Dados que Afetam Empresas Globalmente”. Esse estudo revelou que a “sobrecarga de dados e a incapacidade de extrair informações desses dados” é a terceira maior barreira para a transformação digital, de acordo com o Índice de Transformação Digital da Dell Technologies.

Esse estudo também revelou os principais paradoxos:

•             As empresas acreditam que são orientadas por dados, mas não priorizam o uso de dados em toda a organização.

•             As empresas anseiam por mais dados, porém têm mais dados do que conseguem gerenciar no momento.

Apenas 55% das empresas que estão nesse cenário, não chegam nem perto de alcançarem seus objetivos relacionados a inovação e transformação digital. A pesquisa mostrou também que 67% não possui capacidade de processamento e análise suficiente para a quantidade de dados coletados. Então todo o planejamento e esforço dessas corporações acabam sendo em vão.

Para superar esses desafios, além de investimentos, é crucial promover uma cultura impulsionada por dados, estimulando o pensamento crítico, a curiosidade e o espírito investigativo. Isso deve ser incorporado por todos os colaboradores, independentemente do setor, com respeito à segurança e governança de dados sensíveis.

Além disso, oferecer treinamento e certificações em alfabetização de dados é necessário para capacitar os profissionais, tratando os dados como capital e priorizando seu uso nas funções de negócios. A implantação ou melhoria de tecnologias como Data Lakes, para o armazenamento centralizado de diversos tipos de dados, e o aprendizado de máquina para detectar anomalias nos dados, são ações cruciais para transformar esse cenário nas corporações.

No entanto, é vital entender que dados não são informações em si, mas podem conduzir a elas. Dados são valores atribuídos a algo, que, quando processados, geram informações e, por meio da análise, geram conhecimento. É por isso que conceitos como Data Analytics e Data Science são aplicados.

Data Analytics lida com a resolução de problemas empresariais por meio da modelagem e tratamento de dados para tomada de decisões, geralmente usando dados estruturados, como tabelas e bancos de dados relacionais. Isso requer conhecimento de estatísticas e do ambiente de negócios. Por outro lado, Data Science aplica algoritmos de estatísticas e aprendizado de máquina, utilizando o histórico dos dados para prever situações futuras, independentemente dos formatos dos dados.

Associado a essas tecnologias está o Data Driven Decision, um conceito estratégico que explica a gestão orientada a dados, ou seja, tomada de decisões baseadas em informações geradas por dados analisados.

Juntas, essas tecnologias permitem ter uma inteligência empresarial que otimiza demandas e melhora a segurança. Além disso, elas previnem que as corporações caiam no Paradoxo dos Dados.

Porém é necessário que todas essas tecnologias e medidas estejam alinhadas a princípios de governança de TI e segurança, para que não sejam enfrentados problemas como:

•             Perdas Financeiras.

•             Custos Elevados.

•             Ações Judiciais.

Dessa maneira, a Tecnologia da Informação (TI) transcende seu papel tradicional de suporte, tornando-se um agente transformador de toda a empresa. Isso gera vantagem competitiva e maximiza recursos. Essa perspectiva nova altera desde a mentalidade até a implementação e criação de ferramentas. A TI assume uma posição ativa no desenvolvimento corporativo, impulsionando a mudança em sua totalidade.

ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON

1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com CNPJ ou não e coloca-las na internet.

2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da ValeOn.

3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?

Estratégias para o crescimento da nossa empresa

  1. Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
  2. Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
  3. Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
  4. Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
  5. Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.

O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.

Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas é um equívoco geralmente fatal.

Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim, desenvolver a bossa empresa.

4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa? Descreva suas marcas.

Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.

Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.

5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?

A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo, desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que representem mudanças catastróficas.

“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle, professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.

6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?

A escalabilidade é um conceito administrativo usado para identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento, sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou seja: a arte de fazer mais, com menos!

Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem acertadas.

Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e eliminando a ociosidade.

Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.

Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:

  • objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
  • etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
  • decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
  • gerenciamento de recursos focado em otimização.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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