História por Eduardo Rodrigues e Fernanda Trisotto • Jornal Estadão
BRASÍLIA – Com quase R$ 2 bilhões pagos este ano e outros R$ 2 bilhões ainda em aberto, o governo brasileiro promete quitar ainda em 2023 todas as dívidas acumuladas desde 2014 com organismos multilaterais.
“Vamos quitar todo o passivo de anos anteriores, mais o fluxo normal
de aportes de 2023. O dinheiro a gente tem, o desafio é o limite
financeiro mensal para fazer os pagamentos. Mas é algo que conseguimos
contornar via Junta de Execução Orçamentária (JEO)”, garantiu, em
entrevista ao Estadão/Broadcast, a secretária de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento da Pasta, Renata Amaral.
De acordo com ela, a prioridade nos pagamentos até o momento foi
restabelecer o direito do Brasil a voto nesses organismos, além de
resgatar a capacidade do País se financiar com fundos para os quais
havia parado de contribuir em governos passados.
“Já está mudando a imagem do Brasil lá fora. Brincamos com o Itamaraty que
estamos ajudando a não passarmos mais vergonha no exterior. Já estamos
sentindo essa diferença nas visitas ao exterior”, relatou a secretária.
Amaral lembra que os aportes anuais a organismos internacionais
passam a ser considerados despesas obrigatórias a partir do orçamento de
2024. “Aí não tem mais desculpa. Isso vai evitar constrangimentos e
evitar que o Brasil perca o lugar de fala nesses lugares. Ainda mais
agora que o presidente Lula tem uma agenda internacional agitada”, acrescentou.
A principal agenda internacional do Brasil para o próximo ano é a
presidência rotativa do G20, que implica na realização de uma cúpula de
chefes de Estado e um extenso cronograma de reuniões setoriais no âmbito
ministerial. Assumir o posto implica desafios ao compromisso do governo
em cumprir a meta de resultado primário zero em 2024.
Apesar do pedido do Planejamento para as pastas separarem recursos de
suas despesas discricionárias para a organização dos eventos, Amaral
admite que o governo precisará da ajuda financeira de organismos
multilaterais para dar conta de toda a estrutura demandada pelo G20.
“Todos sabem que o orçamento para o próximo ano é apertado. Vamos
contar com organizações internacionais para aportarem recursos, mas isso
aconteceu com outras presidências do grupo também. O G20 é um monstro, e
a nossa ideia é ter menos reuniões e comitês presenciais do que houve
na Índia este ano. Há uma percepção de que o número de encontros foi
exagerado, isso não vai se repetir”, adiantou a secretária.
Passadas as entregas do Plano Plurianual (PPA) e do Projeto de Lei
Orçamentária Anual (PLOA) de 2024 ao Congresso na semana passada, Amaral
agora quer turbinar a participação da ministra Simone Tebet nas
agendas internacionais do governo. Com apenas uma ida ao Panamá, em
março, a ministra deve representar o Brasil na semana que vem em reunião
entre a União Europeia e a Celac, em Santiago de Compostela, Espanha.
“Temos uma previsão de viagem a Washington em novembro, para reunião
do BID. Em 2024 vamos estruturar uma visita à OCDE, em Paris. Tebet
esteve muito envolvida na pauta interna de reconstruir o ministério e,
entregues esses projetos, temos um pouco mais de liberdade para usar
ela. É importante ela ter maior participação internacional”, concluiu.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
desembarcou no início da madrugada desta 3ª feira (12.set.2023) no
Brasil depois de passar 4 dias na Índia para participar da 18ª edição da
Cúpula do G20. O avião presidencial pousou por volta de 0h, em
Brasília.
Foi a 13ª viagem internacional de Lula desde que o petista tomou
posse. Com a ida ao G20, Lula já passou 49 dias fora do Brasil. O
levantamento do Poder360 considera como 1 dia toda vez que o presidente Lula passa mais de 12h fora do país, seja no dia do embarque ou desembarque.
O presidente ainda tem pelo menos 4 viagens internacionais marcadas
até o final do ano: Cuba, Estados Unidos, Emirados Árabes e Alemanha. Em
15 de setembro, Lula embarca para Havana e depois para Nova York, onde
participa do encontro do G77 e da Assembleia Geral da ONU (Organização
das Nações Unidas), respectivamente.
BRASIL ASSUME G20
A 18ª Cúpula de Líderes do G20 terminou no
domingo (10.set) em Nova Délhi, capital indiana, em consenso por um
texto vago sobre a guerra na Ucrânia, sem responsabilizar a Rússia, com
discussões sobre o enfrentamento às questões climáticas, pedidos
retóricos sobre reforma da ONU e organismos multilaterais.
O encontro terminou com a passagem da presidência rotativa do bloco
da Índia para o Brasil. As reuniões do bloco foram realizadas no sábado
(9.set) e no domingo (10.set).
Lula assumiu o
comando do G20, pois isso já estava definido previamente em anos
anteriores que 2024 seria a vez do Brasil presidir o bloco. Foi ainda um
ato simbólico quando o petista recebeu o martelo de madeira que
representa o cargo das mãos do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
O Brasil só assumirá o posto de fato em 1º de dezembro, quando a Índia
encerra seu mandato.
O Supremo Tribunal Federal aprovou nesta 2ª feira (11.set.2023) por
10 votos a 1 a constitucionalidade da chamada contribuição assistencial
para sindicatos, que, apesar do nome, será uma taxa compulsória.
Trata-se de uma cobrança que terá um impacto semelhante ao antigo
imposto sindical, que vigorou até 2017 e dava mais de R$ 3 bilhões por
ano para sindicatos e centrais (leia no infográfico mais abaixo).
O caso estava em julgamento no
plenário virtual desde 1º de setembro. Nesta modalidade, os ministros
depositam os votos na plataforma e não há debate. O julgamento ficou
mais de 4 meses parado por um pedido de vista do ministro Alexandre de
Moraes.
Eis o resultado da votação:
a favor da contribuição (10): Gilmar Mendes (que mudou seu entendimento em
abril de 2023), Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Dias
Toffoli, Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Nunes Marques, Luiz Fux e
Cristiano Zanin;
contra a contribuição (1): Marco Aurélio Mello (havia acompanhado Gilmar antes de ele mudar seu entendimento). O Supremo ainda precisa decidir se considera ou não seu voto. André Mendonça, que ocupou a vaga de Marco Aurélio, deve apresentar sua posição caso a Corte desconsidere o voto do ministro aposentado –nesse
cenário, o placar poderia ser mantido em 10 a 1 ou passar para 11 a 0, a
depender de um eventual voto de Mendonça. Essa questão deve ser
esclarecida na proclamação do resultado ou em uma 2ª votação caso haja
uma questão de ordem.
O imposto sindical voltará por meio de um eufemismo, a chamada contribuição assistencial. Qualquer sindicato (possivelmente todos) poderá convocar uma assembleia a cada ano e, com qualquer número de trabalhadores presentes, determinar que haverá a cobrança –tanto para sindicalizados quanto para não sindicalizados.
Em seguida, a decisão será enviada para as empresas do setor, que vão
descontar o valor (por exemplo, 1 dia de salário) e repassar para a
entidade sindical. Essa cobrança será compulsória. Para não pagar, cada trabalhador terá de ativamente se manifestar e dizer que não tem interesse em fazer a “contribuição assistencial”.
O relator da ação, ministro Gilmar Mendes, decidiu mudar seu
entendimento no julgamento em abril deste ano e acolheu o entendimento
colocado por Barroso.
Em agosto de 2020, a ação já havia sido levada a julgamento no
plenário virtual. O ministro Gilmar, que é o relator do caso, rejeitou o
pedido apresentado pelo sindicato (eis o PDF com a íntegra do
voto – 75 KB). À época, seu entendimento foi seguido pelo ex-ministro
Marco Aurélio Mello, e Dias Toffoli pediu destaque –quando o caso é
levado para o plenário físico, o que ocorreu em junho de 2022. O
ministro Roberto Barroso pediu vista –mais tempo para análise– e o caso
foi retomado novamente em plenário virtual. Agora, Gilmar passou a
seguir o posicionamento apresentado por Barroso.
“Evoluindo em meu entendimento sobre o tema, a partir dos
fundamentos trazidos no voto divergente ora apresentado –os quais passo a
incorporar aos meus– peço vênias aos ministros desta Corte,
especialmente àqueles que me acompanharam pela rejeição dos presentes
embargos de declaração, para alterar o voto anteriormente por mim
proferido, de modo a acolher o recurso com efeitos infringentes, para
admitir a cobrança da contribuição assistencial prevista no art. 513 da
Consolidação das Leis do Trabalho, inclusive aos não filiados ao sistema
sindical, assegurando ao trabalhador o direito de oposição“, diz Gilmar em seu novo voto.
Pelo voto do ministro Gilmar Mendes, haverá a seguinte situação:
assembleia do sindicado – a entidade vai convocar
uma reunião dos trabalhadores da categoria. Em geral, essas assembleias
são marcadas para uma data e horário, com deliberação com “qualquer quórum” depois de um determinado horário. Ou seja, com os poucos que estiverem presentes;
definição do valor da contribuição negocial – é a
assembleia de cada sindicato que vai definir o valor da taxa compulsória
para os associados e com possível cobrança de não associados. Embora
nada tenha sido dito a respeito, a tendência é que os sindicatos
determinem que essa cobrança seja equivalente a 1 dia trabalhado por ano
de cada profissional da categoria representada. Era assim com o imposto
sindical. Como essas assembleias em geral têm baixo quórum e o público é
dominado pelos dirigentes sindicais, o valor será sempre facilmente
aprovado;
cobrança compulsória – pelo voto do ministro Gilmar
Mendes, a decisão da assembleia de cada sindicato terá de ser informada
a todas as empresas da categoria de trabalhadores que são representados
por essa entidade. Cada empresa então descontará a taxa automaticamente
do salário dos seus empregados repassará o dinheiro ao sindicato;
possível oposição à cobrança – como está no voto de Gilmar Mendes, a decisão será tomada “assegurando ao trabalhador o direito de oposição”.
O que isso significa? Que cada trabalhador individualmente terá de se
manifestar e informar à sua empresa que não deseja pagar a “contribuição negocial”.
Caso não faça isso, terá o valor descontado do salário. Como a maioria
dos trabalhadores dificilmente será informada de maneira pró-ativa e com
a antecedência devida sobre esse direito de não pagar, a tendência é
que muitos não se manifestem e que acabem pagando a taxa –como era o
caso durante as décadas de existência do imposto sindical.
ENTENDA
O STF julgou a análise de Embargos de Declaração apresentados pelo Sindicato de Metalúrgicos da Grande Curitiba contra um julgamento de
2018 sobre o tema. Na época, a Corte havia decidido que seria
inconstitucional a cobrança, por acordo, convenção coletiva ou sentença
normativa, de contribuição compulsória a funcionários não
sindicalizados.
Naquele momento, a Corte estendeu o entendimento a outro tipo de
taxa, a contribuição assistencial –adotada para remunerar atividades que
o sindicato pratica para beneficiar o trabalhador. Ou seja, também
definiu que essa contribuição não poderia ser obrigatória. É esta
contribuição que está sendo discutida agora.
No entanto, em 2017, o ex-presidente Michel Temer sancionou uma
reforma trabalhista que extinguiu o imposto sindical. Antes, todos os
empregados, sindicalizados ou não, eram obrigados a pagar essa taxa.
A nova lei aprovada por Temer diz que a contribuição tem de ser autorizada “previa e expressamente”
pelo trabalhador. Em um novo cenário, os ministros readequaram seus
entendimentos sobre o tema e consideraram a constitucionalidade da
cobrança.
A sinalização de uma mudança no entendimento do STF sobre a cobrança
do imposto sindical irá impor uma mudança na relação de trabalhadores
não sindicalizados com os sindicatos. Se o julgamento na Corte terminar
favorável a cobrança, quem não quiser contribuir terá de se opor com
antecedência.
Advogados tributaristas dizem que
a instituição de uma cobrança a todos os trabalhadores para financiar
sindicatos pode causar insegurança jurídica se não for modulada. Caso o
novo entendimento pela contribuição prevaleça, o padrão será haver um
desconto no salário de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não.
Eis o que se sabe sobre como pode vir a ser a taxa e suas consequências:
valor das contribuições – a chamada contribuição
assistencial será definida em assembleias de sindicatos e tende a ser
equivalente a 1 dia de trabalho por ano de cada trabalhador;
quem vai pagar – os trabalhadores, obrigatoriamente. As empresas vão descontar do salário e repassar aos sindicatos;
valor potencial a ser arrecadado – antes da reforma, a receita chegou a R$ 3 bilhões para sindicatos;
sindicalismo rico e mais manifestações e protestos –
assim como o fim do imposto sindical reduziu drasticamente o poder
financeiro dos sindicatos, agora a contribuição assistencial (cujo nome é
um eufemismo porque será uma taxa compulsória) vai no sentido inverso.
As centrais voltarão a ter recursos para mobilizar pessoas, contratar
caminhões de som e fazer manifestações em locais como a avenida
Paulista, em São Paulo, e a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Os defensores da cobrança compulsória da contribuição sindical dizem ser errado chamar essa taxa de “imposto sindical”,
pois cada trabalhador poderá, se assim desejar, rejeitar o pagamento. O
problema é que cada trabalhador terá de se lembrar anualmente de fazer
essa manifestação de maneira expressa antes de ser cobrado.
A modalidade de cobrança inverte o ônus da operação. Remete ao
sistema que vigorou alguns anos no Brasil para cartões de crédito.
Bancos e operadoras em geral mandavam cartões para a casa das pessoas,
dizendo que haveria uma cobrança de anuidade pelo uso do produto depois
de um prazo definido (1 mês, por exemplo). Muita gente não percebia e
achava que era de graça. Começava a usar e depois se surpreendia com o
dinheiro descontado de sua conta. A Justiça acabou sendo acionada e hoje
é proibido enviar cartões de crédito não solicitados. Ou seja, só quem
tem desejo de pagar pelo produto é que se manifesta –e não o contrário,
quando o consumidor muitas vezes era lesado.
Agora, com a contribuição assistencial compulsória ocorre uma
situação similar: o trabalhador terá de perceber que será cobrado e, com
a antecedência devida, pedir para não pagar.
ARRECADAÇÃO DE SINDICATOS
Antes de as novas regras da CLT entrarem em vigor,
a receita chegou a R$ 3 bilhões para sindicatos, federações,
confederações e centrais. Caiu para R$ 65,6 milhões em 2021. No 1º
semestre de 2022, foi a R$ 53,6 milhões.
Não há como saber quanto vão faturar essas entidades, mas esse é o
valor possível que devem tentar recuperar depois das perdas impostas
pela reforma do então presidente Michel Temer (MDB).
Principal central sindical, a CUT (Central
Única dos Trabalhadores) recebeu R$ 62,2 milhões em 2017. Somou R$
225,2 mil nos 6 primeiros meses de 2022. Outras entidades também
registraram forte queda na arrecadação.
Na época, o governo Lula pretendia enviar um projeto de lei ao Congresso para
adaptar as leis brasileiras às normas do Estatuto de Roma. O objetivo
era tipificar os crimes de genocídio e de lesa-humanidade no Código
Penal Brasileiro. A ideia foi divulgada pelo então secretário nacional
dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, durante a Conferência Parlamentar Ibero-Americana na Câmara em março de 2004.
O Tribunal Penal Internacional, também conhecido como Tribunal de
Haia, foi tratado ainda pela sucessora do petista, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Em dezembro de 2015, no segundo mandato, a então chefe do Executivo
assinou o decreto nº 8.604, que reconhece a personalidade jurídica do
órgão, além de dispor sobre os privilégios e imunidades da Corte.
Mais recentemente, Lula e correligionários defenderam a punição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
pela atuação na pandemia de covid-19. Em abril, na Espanha, o
presidente afirmou que Bolsonaro “um dia será julgado em tribunal
internacional pela atuação na pandemia”. Ele não citou nominalmente o
TPI, que é o órgão internacional que pode julgar indivíduos acusados de
genocídio – termo recorrentemente usado por petistas para
responsabilizar o ex-chefe do Executivo pelas mortes pelo coronavírus.
Neste sábado, 9, Lula garantiu que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, poderia se sentir tranquilo em participar da próxima reunião da Cúpula do G-20, a ser realizada em novembro de 2024 no Rio de Janeiro. Segundo o presidente, Putin, que será convidado para o encontro, entrará no Brasil “tranquilamente”. O petista também afirmou que a prisão do líder russo em terras brasileiras seria um “desrespeito”.
“O que eu posso dizer é que, se eu sou o presidente do Brasil e ele
for para o Brasil, não há por que ele ser preso”, afirmou em entrevista
ao canal indiano Firstpost em Nova Délhi, onde participou da
cúpula do G-20. “Ninguém vai desrespeitar o Brasil, porque tentar
prender ele no Brasil é desrespeitar o Brasil”, disse.
A discussão envolvendo Putin tem como base um mandato de prisão
contra o presidente russo, emitido pelo Tribunal Penal Internacional,
por crimes de guerra por causa de seu suposto envolvimento em sequestros e deportação de crianças de partes da Ucrânia ocupadas
pela Rússia durante a guerra. Como o Brasil é signatário do Estatuto de
Roma, ele é obrigado a prender Putin caso ele esteja em terras
brasileiras.
Esse foi o motivo do líder russo não participar pessoalmente a cúpula do Brics, na África do Sul, em julho. Assim como o Brasil, o país africano é signatário do Estatuto de Roma, o que também o obrigaria a prender Putin.
Após a declaração causar desgaste político, Lula recuou,
afirmou que o tribunal funciona somente com países “bagrinhos”,
referência às nações menos desenvolvidos, e disse que nem sabia da
existência do TPI. O petista também deixou em aberto uma eventual
retirada do Brasil do Estatuto de Roma.
O Tribunal Penal Internacional, criado pelo Estatuto de Roma, entrou
em vigor em julho de 2002. É um organismo internacional permanente, com
jurisdição para investigar e julgar indivíduos acusados de genocídio,
crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crime de agressão. A sede
está localizada na cidade de Haia, nos Países Baixos. Suas decisões
podem ser cumpridas em 123 países, incluindo o Brasil que promulgou o
Estatuto de Roma em setembro de 2002.
O texto da minirreforma eleitoral proposto pela Câmara dos Deputados,
a ser discutido pelo Grupo de Trabalho nesta segunda-feira, 11, reduz a
transparência dos partidos políticos e abre uma brecha para que as
siglas não precisem destinar uma porcentagem mínima de recursos a
candidatos negros, apontam especialistas. Organizações pretendem
contestar a iniciativa na Justiça caso o projeto seja aprovado.
A proposta, fatiada em dois projetos de lei, diz em um trecho do
texto que serão respeitados os 30% mínimos de repasses a mulheres, mas a
“destinação de recursos a candidaturas específicas observará a
autonomia e o interesse partidário”, sem apresentar igual contrapartida a
candidaturas de pretos e pardos.
Atualmente, a jurisprudência do TSE fala que o repasse há de ser
proporcional. Isto é, se há 40% de candidaturas negras, 40% dos recursos
devem ser destinados ao grupo. Na minirreforma eleitoral não há
referência sobre o valor a ser destinado para pleitos raciais.
“Dirigentes partidários alegam que na lei, os partidos detém
autonomia para realizar suas ações. A questão de cotas não é uma
prerrogativa de partido”, pontua Luciano Santos, presidente do Movimento
de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). “A questão de cotas é uma
política pública de inclusão, acima dos partidos. É a lei eleitoral. Não
dá para alegar autonomia dos partidos e deixar por conta deles como se
aplica e qual o porcentual.”
O MCCE será uma das organizações que pretendem judicializar a questão
caso a minirreforma seja aprovada. A organização e outros especialistas
em Direito eleitoral afirmam que a nova reforma afeta não apenas
questões como o repasse de cotas, mas também afeta a lei de ficha limpa e
flexibiliza a transparência partidária.
Como mostrou o Estadão, a proposta desobriga que
políticos apresentem um relatório de processos judiciais antes de
candidatar-se e também fixa o prazo de inelegibilidade em oito anos,
contando a partir da data de eleição.
“A reforma precisa de um debate mais amplo e não se deve se fazer de
afogadinho. É preciso ter mais cuidado e tempo um debate importante”,
afirmou Luciano. “Iremos atuar de forma judicial, inclusive, se isso for
aprovado.”
A presidente do Grupo de Trabalho é Dani Cunha (União-RJ), filha do
ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que teve o mandato cassado em
2016, e o relator é Rubens Pereira Júnior (PT-MA).
O texto inicialmente proposto ainda passará por discussões entre os
integrantes do GT até chegar à redação final. A previsão é que o texto
concluído com possíveis ajustes seja protocolado às 18h desta
segunda-feira.
A proposta acelerou na Casa em poucos meses porque o presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deseja que a nova lei possa valer para as
eleições municipais de 2024. Para isso, o texto precisa ser sancionado
até o dia 5 de outubro de 2023. A proposta tem previsão de passar por
votação em plenário da Câmara na quarta-feira. Caso aprovada, irá ao
Senado.
O relator informou na última quarta-feira que se reuniu com Lira para
falar sobre a reforma e também conversou tanto com o presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e com o relator do novo Código
Eleitoral, senador Marcelo Castro (MDB-PI). Caso a reforma não avance, é
possível que tópicos dela sejam incorporados no novo código, que
tramita no Senado.
Veja os principais pontos da minirreforma:
Recursos dos partidos não poderão ser dados como garantia
De acordo com o texto, os recursos do Fundo Eleitoral e do Fundo
Partidário não poderão mais ser dados em garantia ou bloqueados, veda a
determinação judicial de bloqueio dos bens com a única exceção em casos
de má administração dos bens.
Neste caso, quem trabalhou ou prestou serviços a um candidato durante o pleito podem ficar sem receber recursos sem serem pagos.
‘Boca de urna’ nas redes
O texto apresentado permite a propaganda eleitoral no dia da eleição,
mas veda o impulsionamento pago dos anúncios para alcançar mais
público. O especialista em Direito eleitoral Alberto Rollo vê aqui uma
“boca de urna” em ambientes digitais, ainda que não textualmente
legalizada.
“Fazer propaganda na internet no dia da eleição não deixa de ser boca
de urna na internet. O eleitor abre as redes sociais e vê propaganda
eleitoral, é uma boca de urna diferente, mas é uma boca de urna”,
afirmou.
“Nada consta”
O projeto de lei dispensa a apresentação de certidões judiciais de
“nada consta” pelos candidatos. Esses documentos acabam revelando a
lista de processos quando o político responde a processos judiciais.
Candidatas femininas não perderão mandato em caso de irregularidade na cota de gênero
O texto impede que sejam aplicadas sanções de perda de mandato de
candidatas ou candidatos que não tenham preenchido a cota de gênero caso
a decisão implique na redução no número de candidatas eleitas. Ou seja,
desde que haja uma única mulher eleita a mais, a fraude não trará
consequências.
Hoje é preciso que partidos apresentem pelo menos 30% de candidaturas
totais de mulheres. A minirreforma também quer que a proporcionalidade
seja feita em relação ao número nacional. Isto é que o total de mulheres
candidatas represente um terço de todas as candidaturas de um partido
no País.
Regras para fraude de gênero e ampliação da classificação de violência política
A minirreforma apresentam fatores que caracterizariam fraude à cota
de gênero em candidaturas. São estas: a não realização de atos de
campanha, a não realização de despesas de campanha, ausência de repasse
de recursos financeiros e obtenção de votação “que revele não ter havido
esforço de campanha, com resultado insignificante”.
A candidata que desistir da candidatura deverá fazer uma declaração
justificada, sob pena de responsabilização caso comprovada alguma
alegação falsa.
O rol de vítimas de violência política contra mulher também será
ampliado. Agora, na nova redação, não apenas a candidata, mas a
pré-candidata a um cargo, detentora de mandato ou qualquer mulher em
razão de atividade partidária política ou eleitoral pode ser enquadrada
como vítima de violência política de gênero.
Partidos podem não precisar destinar uma quantidade mínima de recursos para candidaturas negras
Um dos parágrafos do projeto diz que a destinação de recursos a
candidaturas específicas “observará a autonomia e o interesse
partidário”, dando a única ressalva às candidaturas femininas. O texto
abre brecha para a interpretação que não é preciso um valor reservado
para candidaturas negras. A atual jurisprudência do TSE fala em
proporcionalidade do repasse dos fundos em relação às candidaturas.
Regras para barrar ficha suja
A proposta de minirreforma eleitoral pretende alterar as regras de
contagem de tempo para um político condenado ser impedido de disputar
eleição. O relator optou que a data da eleição é o marco inicial para o
prazo de máximo de oito anos de contagem para a inelegibilidade. Isso
pode encurtar o prazo de um político disputar uma eleição. Atualmente
este prazo começa a correr “após o cumprimento da pena”.
Mesmo assim, aponta Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, procurador
Regional Eleitoral e especialista em Direito Eleitoral, a alteração
ainda não unifica o prazo. “O prazo continuará a depender da “sorte” ou
do “azar” dos candidatos, baseado no dia em que recai o primeiro domingo
de outubro nas eleições subsequentes”.
Federações enfraquecidas e fragilidade na prestação de contas
Um dos artigos da minirreforma prevê que a suspensão de órgão de
partido por conta de não prestação de contas anuais ou eleitorais não
afeta os demais partidos da federação. “A alteração visa enfraquecer as
federações e torná-las apenas coligações um pouco mais longas”, aponta o
procurador Luiz Carlos.
Outro trecho da proposta, aponta o procurador, permite que as
prestações de contas sejam inviabilizadas pela possibilidade de juntada
de documentos junto com os embargos de declaração. “O problema é que não
há um número limite para estes recursos. Eles poderão ser propostos,
sucessivamente, com o objetivo específico de juntar novos documentos”,
afirmou.
O advogado Jossan Batistute afirma ser bem comum a criação de uma
holding familiar, já que, além da organização da herança, também poderá
auxiliar na proteção do patrimônio
Uma briga entre dois parentes pela herança do ente querido falecido
parece uma cena de filme ou de novela, mas, foi recentemente registrada
em Londrina e foi parar na delegacia de polícia. A confusão ocorreu na
Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf),
durante um velório em uma das capelas mortuárias, e precisou da ação da
Polícia Militar (PM). Mas, o que é possível aos pais fazerem para evitar
brigas por herança? O advogado Jossan Batistute, sócio do Escritório
Batistute Advogados, recomenda algumas opções. Uma delas é a criação de
uma holding familiar.
“Muitas são as opções, a exemplo dos pais deliberarem sobre parte da
futura herança por meio de um testamento, impondo condições para
implementá-lo, então, quem descumprir perderá o direito à parte
adicional da herança. Também é possível aos pais realizarem a doação de
bens com reserva de usufruto, tudo respeitando a igualdade entre os
filhos, não deixando, assim, bens para o inventário propriamente dito.”
ressalta o advogado, que é especialista em sucessão patrimonial.
Batistute afirma que é bem comum a criação de uma holding familiar,
já que, segundo ele, “além da organização da herança, se acoplada a um
planejamento sucessório também poderá auxiliar na proteção do
patrimônio, podendo reduzir as chances de brigas entre os familiares.
Afinal, no momento da morte do ente querido, que é um momento de
tristeza e de respeito, a sucessão familiar já estará estruturada e a
herança resolvida”. De acordo com o advogado, a holding familiar irá
determinar, por meio do seu contrato ou estatuto social, qual será o
capital social da empresa, de quem e em quais percentuais serão as cotas
ou ações de cada um de seus membros, quem será o administrador, como
serão as regras de convivência entre os sócios e como será a
distribuição de lucros, dentre muitos outros detalhes.
O especialista aponta que vários são os mecanismos sucessórios.
“Quando as pessoas criam uma holding familiar, cuja transferência de
quotas pode ser por cláusula de doação com reserva do usufruto aos pais
para domínio e controle da empresa e dos bens, juridicamente, já estará
sacramentada a distribuição dos bens, esvaziando a futura herança e,
assim, reduzindo a margem para brigas e questionamentos”, ressalta o
especialista.
Para além de evitar ou reduzir os riscos de brigas entre familiares e
herdeiros, a criação de uma holding familiar com a realização do
planejamento sucessório poderá ainda tornar mais benéfica a transição
patrimonial também quando o assunto é o pagamento de impostos. Isso
porque, nesses casos, os impostos finais seriam maiores se fossem
cobrados em inventários, por exemplo, pois, o patrimônio será maior
quando de um futuro falecimento. “A economia também é inteligente e isso
torna a organização patrimonial através da holding familiar uma das
melhores opções para evitar altos custos com inventário, impostos
maiores e conflitos entre herdeiros”, avalia Batistute.
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, teria iniciado a sua viagem a
Vladivostok, importante cidade portuária no extremo leste da Rússia,
para uma reunião com o presidente Vladimir Putin.
O trem blindado que Kim usa para visitas ao exterior provavelmente
partiu de Pyongyang, informou a mídia da Coreia do Sul, citando um
funcionário do governo.
A reunião entre os dois líderes deverá ocorrer já na terça-feira (12/09).
O Kremlin confirmou que Kim visitará a Rússia “nos próximos dias”.
Se o encontro com Putin se concretizar, será a primeira viagem
internacional do líder norte-coreano em mais de quatro anos e a primeira
desde o início da pandemia de covid-19.
Os dois líderes devem discutir a possibilidade de a Coreia do Norte
fornecer armas a Moscou para apoiar a guerra na Ucrânia, segundo disse
uma fonte do governo dos Estados Unidos à CBS, parceira americana da
BBC.
A última viagem de Kim ao exterior foi também a Vladivostok, em 2019,
para a sua primeira reunião com Putin, após o colapso das negociações
de desarmamento nuclear da Coreia do Norte com o então presidente dos
EUA, Donald Trump.
Na ocasião, Kim também viajou para Vladivostok de trem.
Há rumores de que o veículo tem pelo menos 20 vagões à prova de
balas, fazendo dele um trem mais pesado que a média e incapaz de
ultrapassar 59 km/h. A viagem a Vladivostok deverá durar um dia inteiro –
a distância é de 1.180 km.
A longa viagem também se deve à rede ferroviária antiga da região.
O possível encontro acontece depois de a Casa Branca ter afirmado ter
novas informações de que as negociações sobre armas entre os dois
países estavam “avançando ativamente”.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby,
disse anteriormente que o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu,
tentou “convencer Pyongyang a vender munição de artilharia” à Rússia
durante uma recente visita à Coreia do Norte.
A reunião ocorre num momento em que tanto a Rússia como a Coreia do
Norte têm a oferecer algo que o outro país deseja, de acordo com Ankit
Panda, do Carnegie Endowment for International Peace.
“O que importa agora é se ambos os lados conseguirem encontrar preços
adequados que estejam dispostos a pagar pela assistência do outro”,
afirma ele à BBC.
A Rússia provavelmente pedirá à Coreia do Norte armas convencionais,
incluindo projéteis de artilharia e foguetes, em troca de alimentos e
matérias-primas, e apoio contínuo em fóruns internacionais como a
Organização da Nações Unidas (ONU), diz Panda.
“Isto poderia abrir a possibilidade de a Coreia do Norte transferir
armamento mais sofisticado para a Rússia, para permitir a Moscou manter e
abastecer os seus próprios estoques de armas convencionais”, diz.
Acredita-se que a Rússia precise de munições de 122 mm e 152 mm
porque seu estoque está diminuindo, mas não é fácil determinar o
inventário completo de artilharia da Coreia do Norte, dada a sua
natureza secreta.
As armas expostas na reunião entre Kim e Shoigu em julho incluíam o
míssil balístico intercontinental Hwasong, o primeiro do tipo do país a
usar combustível sólido.
Foi a primeira vez que Kim abriu as portas do país a visitantes estrangeiros desde o início da pandemia.
Tradição e luxo
O trem foi batizado de Taeyangho, a palavra coreana para o sol, e uma
referência simbólica ao fundador da Coreia do Norte, Kim Il-Sung.
A tradição norte-coreana de viagens de longa distância de trem foi
iniciada justamente por Kim Il-Sung – avô de Kim Jong-un – que usava seu
próprio trem em viagens ao Vietnã e ao leste da Europa.
Esses trens luxuosos são fortemente vigiados por agentes de
segurança, que examinam as rotas e as estações em busca de bombas e
outras ameaças.
O pai de Kim Jong-un, Kim Jong-Il, que governou a Coreia do Norte de
1994 até sua morte, em 2011, teria viajado de trem por necessidade
porque tinha medo de voar.
Kim Jong-Il viajou durante 10 dias a Moscou em 2001 para se encontrar com Putin.
O comandante militar russo Konstantin Pulikovsky, que acompanhou o
antigo líder norte-coreano em 2001, falou da sua opulência da composição
no seu livro de memórias Orient Express.
“Era possível pedir qualquer prato da culinária russa, chinesa, coreana, japonesa ou francesa.”
Mesmo o trem particular de Putin “não tinha o conforto do trem de Kim Jong-Il”, escreveu o militar.
A mídia estatal norte-coreana disse que Kim Jong-Il morreu de ataque cardíaco enquanto viajava no trem em 2011.
O veículo verde com faixa amarela também tinha salas de conferências,
salas de audiência e quartos, com telefones via satélite e televisores.
Kim Jong-un parece não compartilhar o medo de voar de seu pai, já que
ele usou um jato particular de fabricação russa em várias ocasiões.
Sua atual viagem à Rússia provavelmente começará em Pyongyang e
passará pela estação de Tumangang, na fronteira com a Rússia, onde as
rodas do trem serão trocadas para se adaptar aos trilhos russos. A troca
da roda deve levar pelo menos algumas horas.
Além do trem, ao longo dos anos Kim também foi visto em outros meios
de transporte luxuosos que contrastam fortemente com o estilo de vida
empobrecido do povo norte-coreano.
Ele já foi visto viajando em um luxuoso avião particular de
fabricação russa, em uma Mercedes-Benz avaliada em U$ 1,8 milhão e em um
iate de luxo avaliado em U$ 7 milhões – embora não houvesse confirmação
de que o barco pertencia a Kim.
Use o poder do mindset para alcançar os seus objetivos.
Mindset. Essa palavra é importante. Anote.
Bastante popular no mundo do empreendedorismo,
esse é um conceito utilizado para descrever as diferentes mentalidades
de um indivíduo e como elas influenciam nas escolhas pessoais e
profissionais de cada um.
Em tradução livre do inglês, a palavra significa “configuração da mente” e isso nos dá uma boa pista sobre o seu significado.
De fato, quando falamos de mindset, nos referimos a características da mente humana que vão determinar os nossos pensamentos, comportamentos e atitudes.
Mas há um aspecto importante a destacar.
Ainda que essa configuração da mente seja determinante para a sua
visão de mundo e comportamentos, o mindset não precisa ser imutável.
Ou seja, faz sentido quando você ouve falar em “mudar o mindset”, pois essa é uma habilidade que pode ser desenvolvida, adaptando o indivíduo, suas ações e reações ao contexto.
A seguir, vamos compreender melhor o conceito, suas variações, a importância e os impactos na vida profissional e pessoal.
Ter o Mindset apropriado é importantíssimo para que você alcance
qualquer coisa que você quiser alcançar: somente os mais determinados
chegam no topo.
Por isso, é importante você ter os pensamentos corretos na cabeça.
Eles são fundamentais para que você comece sua jornada empreendedora com
o pé direito, de maneira acelerada – como mostra Pedro Waengertner, da
ACE Startups.
Dá uma olhada nesta lista de pensamentos que você deve ter na cabeça.
1. Eu posso fazer qualquer coisa. É uma frase simples, mas te ajuda a
lembrar que você realmente pode fazer qualquer coisa que quiser.
2. É por isso que eu posso. Em vez de dar-se razões pelas quais você
não consegue fazer algo, dar-se razões pelas quais você consegue vai te
fortalecer.
3. Eu mereço mais. Você merece uma vida melhor, seja isso um trabalho melhor, um corpo mais saudável ou mais dinheiro.
4. Nunca é tarde demais. Não importa quantos anos você tem ou por
quantas oportunidades você passou antes, nunca é tarde demais para tomar
uma decisão e obter um novo começo.
5. Sempre haverá desafios. Não importa o que você faz na vida, sempre
haverá desafios – não deixe que um conjunto tirar o melhor de você.
6. Não há tempo “perfeito”. Se você está esperando o momento perfeito, esqueça: não existe tal coisa.
7. Não há um plano perfeito. Existem algumas falhas definidas em seu plano – mas em todos planos existem.
8. Todo mundo começa de algum lugar. Ninguém nasce com sucesso.
9. Um passo de cada vez. Não tente fazer tudo de uma vez.
10. Só pode ficar melhor. Se é difícil no começo, ele só pode ficar mais fácil.
11. O fracasso é temporário. Se você falhar, você está em boa
companhia – a maioria das pessoas que tiveram sucesso vir somente após
várias rodadas de fracasso.
12. Os erros são oportunidades de aprendizagem. Se você fracassar, leve alguma coisa com isso.
13. Hoje é tudo que eu posso controlar. Esqueça o que você fez ontem. Hoje é o que importa.
14. Se fosse fácil, todo mundo faria isso. Nada que vale a pena fazer é fácil.
15. “Algum dia” é hoje. Se você é como a maioria das pessoas, você
projeta seus objetivos e desejos para o futuro através do “algum dia”.
Ele chegou.
16. Os pensamentos negativos não podem me parar. Não os deixe paralisar você.
17. Eu fiz coisas mais difíceis. Lembre-se de um momento em que você
teve sucesso em que todos (inclusive você) acharam que ia fracassar.
18. Tudo tem de ser conquistado. Você não pode conseguir nada na vida a menos que você trabalhe duro para isso.
19. Melhor pecar pela ação que pela inação. Tomar a decisão errada é sempre preferível a lamentar nunca ter feito nada.
20. Eu não preciso de permissão de ninguém. Se as pessoas pensam que você é louco, que assim seja.
21. Eu estou no controle do meu próprio destino. Você pode decidir quem você quer se tornar.
22. Não há aprovação ou reprovação. Ninguém pode te julgar.
23. As decisões chatas possuem resultados chatos. Tome decisões emocionantes.
24. O risco vale a pena. Sabe que os riscos são reais, mas os benefícios potenciais são dignos deles.
25. Disciplina é melhor que arrependimento. Disciplina é difícil, mas é mais fácil de lidar do que pesar.
26. Muitas idéias boas parecem loucura ou impossível em primeiro lugar. A sua não é diferente.
27. Eu tenho apoio. Amigos, família, colegas – mesmo se eles acham
que você é louco, você sempre pode encontrar apoio em outros grupos.
Alguém vai te apoiar.
28. A experiência é sempre valiosa. Mesmo que a sua missão não saia do jeito que você esperava, você vai ficar com experiência.
29. O trabalho duro é a sua própria recompensa. Você deve se sentir bem apenas por tentar.
30. Cada dia conta. Hoje, amanhã e no dia seguinte são todos passos em direção a seu objetivo final.
31. O que eu vejo é mais importante do que os outros vêem. Esqueça o que os outros pensam – priorize o que você pensa.
32. Não há problema que não possa ser superado. Tudo pode ser resolvido ou superado.
33. Ações comuns fazem uma vida normal. Ninguém quer ser normal. Não se deixe ser.
34. Tudo pode ser melhorado. Mesmo se você começar áspero, você pode sempre fazer melhorias para a sua abordagem.
35. Eu posso aprender o que eu preciso saber. Você pode aprender muita coisa.
36. Eu posso dominar tudo o que eu preciso fazer. Prática pode torná-lo bom em qualquer coisa.
37. A força de vontade é tudo na minha cabeça. Você pode ter toda a
força de vontade que você quiser – você apenas tem que querer isso.
38. Eu sei o que eu quero. Saiba quais são seus objetivos finais, e visualizá-los.
39. Os sentimentos são o produto de pensamentos. Se você está com
medo ou inseguro, saiba que estes são sentimentos gerados por seus
pensamentos; então você pode controlá-los.
40. Tentar e fracassar é melhor do que não fazer nada. Esta é uma verdade universal.
41. Eu sou quem eu quero ser. Seja seu próprio exemplo.
42. Eu não posso ganhar a menos que eu tente. O esforço é a única maneira de obter resultados.
43. Minha vida é um produto das minhas decisões. Faça o que te importa.
44. Eu sou melhor do que eu era ontem. Você é mais velho, mais sábio e mais experiente do que você já esteve antes.
45. Nada de grande acontece do dia para a noite. Trabalho e paciência são seus amigos.
46. Uma vez que eu começar, será mais fácil. Você vai se sentir mais motivado quando você cmeçar.
47. Vou me recompensar quando eu terminar. Mesmo pequenas recompensas podem ser grandes motivações.
48. Eu estou fazendo isso por mais do que apenas eu. Talvez seja para
a sua família ou comunidade – o que quer que seja, motivação externa
pode ser poderosa.
49. Há sempre mais chances. Se você fracassar, você sempre pode tentar novamente.
50. Se nada mais, isso vai ser legal para contar. Você vai ficar com grandes memórias e histórias interessantes.
Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso
Junior Borneli, co-fundador do StartSe
Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)
Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor
Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe.
Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar
lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).
É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E
como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma
espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira
outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas,
conhecendo culturas diferentes.
Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do
Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não
duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a
diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator
entre fracasso e sucesso.
Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo.
“Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e
manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é
fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das
pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.
De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o
foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo
ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi
possível para o melhor resultado”, avisa.
Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as
coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma
situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde
você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das
coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o
empreendedor.
Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica
importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes
adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso
é a superação”, destaca Junior Borneli.
Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no
primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito
comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes,
receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”,
afirma.
É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será
fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior
parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado
expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria
fica pelo caminho”, diz.
É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá
que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a
sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a
trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky
Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto
aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.
O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham
glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com
super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa
espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à
tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.
Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são
persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará
valer a pena!,” destaca o empreendedor.
DERROTA TAMBÉM ENSINA
Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá,
tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos
ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova
tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos
Estados Unidos”, afirma Junior.
No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e
aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já
falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou
capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.
Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para
não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e
entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e
suportáveis”, salienta.
Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos
traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo
dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são
fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao
orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão.
Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e
siga firme em frente”, afirma.
É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você
não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se
você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm
coragem e disposição para fazer”, completa.
O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?
Moysés Peruhype Carlech
Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”,
sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de
resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial
da Startup Valeon.
Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer
pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as
minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais
uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?
Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a
sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você
comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online
com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu
WhatsApp?
Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para
ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja
e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao
mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para
sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em
Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para
enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de
isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos
hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar
pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade,
durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar
por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que
tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa
barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio
também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda
do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim
um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu
processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e
eficiente. Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e
aumentar o engajamento dos seus clientes.
Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu
certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. –
Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um
grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe
você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o
próximo nível de transformação.
O que funcionava antes não necessariamente funcionará no
futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas
como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos
consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas
tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo
aquilo que é ineficiente.
Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de
pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos
justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer
e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde
queremos estar.
Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a
absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que
você já sabe.
Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo
por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na
internet.
Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a
sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar
você para o próximo nível.
Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.
Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.
O senador dos EUA Ted Cruz questionou na 5ª feira (7.set.2023) o
Secretário de Estado Adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental Brian
Nichols a respeito das possíveis sanções que o governo norte-americano
poderia aplicar ao Brasil por causa da atracação de 2 navios de guerra iranianos no porto do Rio de Janeiro em fevereiro.
À época, os Estados Unidos se manifestaram contrários à permissão da Marinha brasileira. “Esses navios, no passado, facilitaram o comércio ilícito e atividades terroristas e já tiveram sanções da ONU [Organização das Nações Unidas]. O Brasil é um país soberano, mas acreditamos fortemente que esses navios não deveriam atracar em qualquer lugar”, disse a embaixadora norte-americana no Brasil, Elizabeth Bagley.
A porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre também foi contra a decisão brasileira de receber as embarcações iranianas. “Hospedar
embarcações navais iranianas pertencentes a um regime que está
reprimindo brutalmente seu próprio povo, fornecendo armas à Rússia para
uso em sua guerra contra a Ucrânia, se envolvendo em terrorismo e na
proliferação de armas em todo o mundo envia a mensagem errada”, disse.
Ao questionar o secretário de Estado na 5ª (7.set), Ted Cruz declarou
que o presidente Joe Biden utilizou sanções anteriormente contra outros
países ocidentais que descumpriram leis norte-americanas, mas, segundo o
senador, agora estaria protegendo “seu autoproclamado amigo próximo”.
Em sua resposta, o secretário Brian Nichols afirmou que o governo norte-americano ficou “profundamente desapontado” com
o Brasil por receber os navios do Irã. Ao ser pressionado pelo senador
se houve sanção, o secretário disse não ter conhecimento de quaisquer
penalidades relativas ao caso.
Em seu pronunciamento, Ted Cruz também afirmou estar “profundamente preocupado” que o Ocidente esteja “sobrecarregado pelo antiamericanismo” e por países da região estarem “se alinhando” com adversários dos EUA.
Segundo Cruz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é “um chavista antiamericano que abraça o Partido Comunista Chinês, Vladimir Putin e o regime iraniano”, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é “um líder pró-americano”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionou nesta 2ª feira (11.set.2023) o motivo pelo qual o Brasil é signatário do TPI (Tribunal Penal Internacional). Ao falar com jornalistas depois da cúpula do G20, realizada em Nova Délhi, capital da Índia, o chefe do Executivo disse ser “um absurdo” que países emergentes façam parte de algo “que prejudica eles mesmos” e que iria analisar a questão.
“Quero muito estudar essa questão desse Tribunal Penal [Internacional],
porque os Estados Unidos não são signatários dele, a Rússia não é
signatária dele. Então, eu quero saber por que o Brasil é signatário de
um tribunal que os EUA não aceitam. Por que somos inferiores e temos de
aceitar uma coisa?”, declarou Lula.
Mais de 120 países são signatários do
TPI –dentre eles, Canadá, França, Itália, Japão, Nova Zelândia, Suíça,
Alemanha e Reino Unido. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
assinou o decreto nº 4.388, em 2002, aderindo ao Tribunal e assegurando
que o Brasil seguiria todas as cláusulas do Estatuto de Roma. Eis a íntegra (PDF – 990 kB).
A declaração de Lula sobre o TPI foi feita ao responder uma pergunta sobre o presidente da Rússia, Vladimir Putin. O presidente foi questionado sobre ter dito, em entrevista ao canal indiano Firstpost,
que Putin não seria preso se viesse ao Brasil para participar da
próxima cúpula, que será realizada em novembro, no Rio de Janeiro.
Neste ano, Putin deixou de ir a reuniões internacionais por causa do risco de ser preso. O TPI emitiu em
março de 2023 mandados de prisão contra o presidente russo e contra
Maria Alekseyevna Lvova-Belova, comissária dos Direitos da Criança no
Gabinete Presidencial da Rússia, por suposto crime de guerra de
deportação ilegal de crianças e transferência ilegal de crianças de
áreas ocupadas da Ucrânia para a Rússia.
Por esta razão, o presidente russo não compareceu à
reunião do Brics –bloco composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul–, realizada de 22 a 24 de agosto de 2023.
Ao responder à pergunta feita nesta 2ª feira (11.set), Lula tentou amenizar sua
fala ao jogar para o Judiciário a decisão sobre a eventual detenção do
líder russo. Por ser signatário do TPI, o governo brasileiro pode sofrer sanções se não prender Putin em território nacional.
Segundo o artigo 87 do estatuto, o país signatário que se recusar a
cooperar será levado a uma assembleia interna com os demais integrantes
ou até mesmo ao Conselho de Segurança da ONU. A partir disso, é definida
uma penalidade.
“Eu não sei se o Tribunal [Penal Internacional], não sei se a Justiça brasileira vai prender [Putin, caso ele viaje ao Brasil]. Isso quem decide é a Justiça, não é o governo [brasileiro], nem o Parlamento”, disse Lula. “O
Brasil tem um Poder Judiciário que funciona perfeitamente bem. Nós
temos de ver se vai acontecer alguma coisa no momento que tiver de
acontecer”, finalizou o presidente.