Ministro com trânsito político entre
petistas, Bruno Dantas, que já atuou por sanções mais duras, agora
negocia alternativa nos acordos de leniência; ‘clube vip’ de empresas
tem débitos de R$ 8 bi
Por Luiz Vassallo – Jornal Estadão
Encampada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, a ideia de permitir que empreiteiras da Operação Lava Jato paguem
multas de seus acordos de leniência com a execução de obras públicas
tem como principal articulador o presidente do Tribunal de Contas da
União (TCU), Bruno Dantas.
Em um passado recente, o ministro fez uma cruzada para impor sanções
mais duras do que as previstas nos acordos e foi tido pelas empresas
como algoz. A ideia encontra precedentes em pactos de Ministérios
Públicos estaduais, mas sua legalidade e efetividade no caso das
empreiteiras dividem a opinião de especialistas ouvidos pelo Estadão
O ministro tem trânsito político com petistas. Em dezembro de 2021,
esteve no jantar em São Paulo no qual Lula apareceu pela primeira vez ao
lado do ex-governador Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente. Após as eleições, procurou interlocutores do governo, como o ministro
Grupo de investidores do Vale do Silício,
que inclui nomes como a viúva de Steve Jobs e o cofundador do LinkedIn,
comprou secretamente US$ 800 milhões em terras
Por Associated Press – Jornal Estadão
SÃO FRANCISCO – Bilionários do Vale do Silício que estavam por trás de uma compra secreta de US$ 800 milhões em terras no norte da Califórnia finalmente
divulgaram alguns detalhes sobre seus planos para uma nova cidade
ecológica. Eles, porém, ainda precisam conquistar os eleitores e líderes
locais céticos.
Após anos evitando escrutínio, Jan Sramek, ex-trader do Goldman Sachs que lidera o projeto, lançou um site chamado “California Forever”.
O site descreve o projeto como “uma oportunidade para uma nova
comunidade, empregos locais bem remunerados, fazendas de energia solar e
espaço aberto” em Solano, um condado rural entre São Francisco e Sacramento que hoje abriga 450 mil pessoas.
Ele também começou a se reunir com políticos-chave que representam a
região e que tentaram sem sucesso descobrir quem estava por trás da
misteriosa Flannery Associates LLC, à medida que ela comprava grandes extensões, tornando-se a maior detentora de terras do condado.
Um grupo de estrelas do Vale do Silício, incluindo a filantropa Laurene Powell Jobs (viúva de Steve Jobs, da Apple), o cofundador do LinkedIn Reid Hoffman e o investidor Marc Andreessen (cofundador da Netscape) está apoiando o projeto. O New York Times foi o primeiro a reportar sobre os investidores e os planos do grupo.
A California Forever, “empresa-mãe” da Flannery, comprou mais de 202
quilômetros quadrados de terras agrícolas no condado de Solano desde
2018, principalmente na parte sudeste, com parcelas que se estendem de
Fairfield a Rio Vista. Segundo o site, Sramek se apaixonou pela área
durante viagens de pesca, e ele e sua esposa recentemente compraram uma
casa no condado para sua família.
O projeto realizou uma pesquisa com os residentes no mês passado para
avaliar o apoio a “uma nova cidade com dezenas de milhares de novas
casas”, uma fazenda de energia solar e novos parques financiados
inteiramente pelo setor privado.
Mas para construir algo semelhante a uma cidade em terras agrícolas, o
grupo precisa primeiro convencer os eleitores do condado de Solano a
aprovar uma iniciativa nas urnas para permitir usos urbanos naquelas
terras, uma proteção que está em vigor desde 1984. Autoridades locais e
federais ainda têm dúvidas sobre as intenções do grupo.
Dois congressistas da região que buscaram por anos descobrir se
adversários estrangeiros ou investidores estavam por trás da compra de
terras ao redor de uma base da Força Aérea dos EUA vital para a
segurança nacional e a economia local estão furiosos porque a Flannery
manteve sua identidade oculta por tanto tempo. O site afirma que 97% de
seu financiamento vem de investidores dos EUA e o restante é do Reino
Unido e da Irlanda.
“O FBI, o Departamento do Tesouro, todos têm trabalhado para
descobrir quem são essas pessoas”, disse o deputado Mike Thompson, que
representa grande parte do condado, depois de se encontrar com Sramek.
“O sigilo deles causou muitos problemas, perda de muito tempo e gerou
muitas despesas.”
O grupo de investidores disse que o sigilo era necessário até que
fosse adquirida uma quantidade suficiente de terras, a fim de evitar
especulações de curto prazo, mas que agora está pronto para ouvir os
residentes de Solano por meio de uma pesquisa por correio e pela criação
de um conselho consultivo comunitário. Pesquisas anteriores mostraram
que os pais da região estavam preocupados com o futuro de seus filhos,
disse o site.
“Em vez de assistir nossos filhos partirem, temos a oportunidade de
construir uma nova comunidade que atraia novos empregadores, crie
empregos locais bem remunerados, construa casas em bairros acessíveis,
lidere na preservação do meio ambiente e alimente uma base tributária em
crescimento para atender ao condado como um todo”, afirmou.
A Califórnia está em grande necessidade de mais habitação,
especialmente casas acessíveis para professores, bombeiros,
trabalhadores de serviços e hospitalidade. No entanto, cidades e
condados não conseguem determinar onde construir, já que moradores de
bairros estabelecidos são contra novas residências, alegando que
congestionariam suas estradas e arruinariam seu estilo de vida
tranquilo.
De muitas maneiras, o condado de Solano é ideal para o
desenvolvimento. Fica 96 km a nordeste de São Francisco e 56 km a
sudoeste da capital da Califórnia, Sacramento. As casas no condado estão
entre as mais acessíveis na área da Baía de São Francisco, com um preço
médio de venda de US$ 600 mil no mês passado.
No entanto, a prefeita interina de Suisun City, Princess Washington,
disse que os moradores decidiram deliberadamente proteger espaços
abertos e manter a área ao redor da Base Aérea de Travis livre de
ocupações devido à sua importância.
Ela está desconfiada de que o verdadeiro propósito do grupo seja
“criar uma cidade para a elite” sob a aparência de mais habitação.
“A degradação econômica está por toda parte. Então, por que você
precisa gastar mais de um bilhão de dólares para criar uma cidade
totalmente nova quando existem tantas outras coisas que podem ser
realizadas em toda a área da Baía?”, questionou.
A Flannery irritou ainda mais os moradores em maio, quando processou
vários proprietários de terras, acusando-os de conspirar para fixar os
preços de suas propriedades. A empresa divulgou que havia comprado ou
estava sob contrato para comprar cerca de 140 propriedades por mais de
US$ 800 milhões.
Então, na semana passada, os moradores começaram a receber uma
pesquisa para avaliar o apoio dos eleitores a “um grande projeto novo”
que incluiria “uma nova cidade com dezenas de milhares de novas casas”. A
pesquisa perguntava se eles seriam mais propensos a apoiar o projeto se
os residentes do condado tivessem prioridade e assistência financeira
para alugar ou comprar uma das novas casas.
Thompson, o congressista, ficou pouco impressionado depois de se
reunir com Sramek, afirmando que o desenvolvedor estava vago em relação
aos detalhes e não demonstrou compreensão ou apreço pelo condado ou seus
valores.
De acordo com Thompson, quando perguntado como ajudaria os moradores a
financiar novas casas, Sramek lhe disse que planejava usar “todo o seu
conhecimento como homem de finanças” para gerar economias. O
desenvolvimento na Califórnia é complicado, mas Thompson disse que
Sramek afirmou esperar permissões aceleradas “porque seu projeto é tão
bom e suas intenções são tão nobres”.
“Ele não tem um plano, ainda não chegou lá”, disse Thompson.
O deputado John Garamendi, cujo distrito inclui Travis e áreas
imediatas ao redor, disse que autoridades da base e do condado entraram
em contato há cerca de cinco anos em busca de ajuda para descobrir quem
estava comprando as terras. Garamendi ficou chocado ao saber quem estava
apoiando o projeto.
“Vocês, bilionários ricos do Vale do Silício, estão envolvidos nisso.
É assim que vocês querem operar?” ele disse. “O que eles conseguiram
fazer é envenenar completamente o poço.”
Hoffman e Andreessen não responderam aos pedidos de comentários por
e-mail, assim como Jobs por meio de sua empresa Emerson Collective. Os
desenvolvedores do projeto disseram que protegerão a base militar e que
os agricultores que desejam continuar a cultivar em suas propriedades
poderão fazê-lo.
A Flannery comprou praticamente toda a terra ao redor da pequena
cidade de Rio Vista, disse o prefeito Ron Kott. Ele suspeita que pessoas
mais velhas, que compõem metade dos 10 mil residentes da cidade, não
apreciarão o aumento do trânsito e do barulho, mas outros podem gostar
de cuidados médicos aprimorados, da vida noturna e das compras que uma
cidade sofisticada próxima poderia trazer.
“Se for feito corretamente, acho que há muitas oportunidades para o
condado. A base tributária aumentará consideravelmente. Portanto, haverá
um grande ganho com isso. Os valores das propriedades provavelmente
aumentariam ainda mais por aqui. E, assim, acho que sob essas
perspectivas é bom”, disse Kott.
“Mas, novamente, acho que você está abrindo mão de uma qualidade de vida que é única nesta região.”
Petista mais que dobrou o valor destinado à
organização e montagem da estrutura do desfile cívico-militar em
relação ao gasto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em seu primeiro ano
de mandato
Por Weslley Galzo – Jornal Estadão
BRASÍLIA – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já desembolsou R$ 3 milhões na
contratação da empresa que vai fazer a montagem e organização do
desfile do 7 de Setembro, valor mais que o dobro do gasto por Jair Bolsonaro (PL) em seu primeiro ano de mandato.
A vencedora da licitação foi a mesma que realizou o primeiro desfile
cívico-militar de Bolsonaro, em 2019, mas, neste ano, ela embolsará R$
1,8 milhão a mais do que quatro anos atrás. Não é possível comparar os
gastos deste ano com os eventos promovidos em 2021 e 2022, pois os
contratos não estão disponíveis na plataforma da Secretaria de
Comunicação Social da Presidência (Secom) – em 2020, não houve desfile
por causa da pandemia do covid-19. Os dois últimos feriados da gestão
Bolsonaro foram os de maior repercussão política por causa dos
enfrentamentos do ex-presidente às instituições democráticas.
Neste ano, a empresa M.M Faleiros Montagens e Eventos receberá R$3,1
milhões pela organização do feriado de 7 de Setembro. Em 2019, a
licitante venceu o pregão organizado pelo governo por R$ 971.500 mil,
que, corrigidos pelo índice IPCA, equivalem a R$1,2 milhão atualmente.
A cifra destinada à empresa poderia ser ainda maior, já que o Palácio
do Planalto chegou a estimar o gasto de R$ 6,8 milhões somente com a
contratação do serviço de montagem de arquibancadas, instalação de
banheiros químicos e demais instalações para o evento.
Além do pagamento pela estrutura, a cifra total gasta ainda incluíra
outros repasses, já que a realização do evento envolve o Ministério da
Defesa, que costuma repassar milhões de reais a seus soldados a título
de diárias. No 7 de Setembro do ano passado, somente a Defesa gastou R$
8,4 milhões. Além de ser o bicentenário da Independência, o governo
Bolsonaro turbinou o evento num contexto de politização das festividades
pelo Planalto em meio à disputa eleitoral.
A data de 7 de Setembro ficou atrelada ao bolsonarismo, sobretudo
após a celebração do feriado da Independência de 2021, quando o então
presidente Bolsonaro inflamou seus apoiadores com discursos de ataque ao
Poder Judiciário e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Na ocasião, Bolsonaro disse que não iria mais cumprir decisões judiciais que o atingissem. Depois, voltou atrás.
Neste ano, assessores de Lula afirmam que o presidente quer
ressignificar a data. A organização do desfile cívico-militar deste ano
está sob a coordenação do ministro da Secom, Paulo Pimenta, que montou
uma força-tarefa para dar conta da missão passada pelo presidente. O
governo estima que 30 mil pessoas vão comparecer à Esplanada para ver a
passagem de efetivos militares, blindados e o voo da esquadrilha da
fumaça.
A ordem que circula no Palácio do Planalto é de transformar o 7 de
Setembro deste ano em um “ato de resgate das cores da bandeira e dos
símbolos patrióticos” que ficaram associados a Bolsonaro e seus
apoiadores. Em seu discurso de vitória, em 30 de outubro do ano
passado, o atual presidente sinalizou essa intenção: “Esse verde-amarelo e essa bandeira pertencem ao povo brasileiro”, afirmou na Paulista.
Dentre as mudanças preparadas para este ano, o governo realizará uma
exposição em homenagem às Forças Armadas na área externa do Museu
Nacional. A data e o cortejo aos militares também são apontados como uma
oportunidade de Lula se aproximar da categoria e diminuir a tensão
dentro do governo diante do avanço das investigações da Polícia Federal
(PF) que miram oficiais envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.
“O 7 de Setembro vai ser uma boa oportunidade para Lula verificar em
que pé está sua relação com os militares brasileiros de modo mais
geral”, avaliou o professor de ciência política na Fundação Getúlio
Vargas (FGV) Sérgio Praça. “Nos anos sob Bolsonaro, o feriado foi uma
oportunidade para oficiais adesistas ao governo demonstrarem boa vontade
e lealdade com o presidente”, completou.
O cientista político e professor do Insper Leandro Consentino, por
sua vez, destacou o aspecto negativo e “desaconselhável” da “disputa
política em torno de uma data de Estado e cívica para o País”. “A data
tem a ver com valores da República e não com valores de determinada
facção ou partido estabelecidos. Os símbolos nacionais, tal qual a
bandeira e a data da Independência do País precisam ser, de fato,
resgatados pelo Estado brasileiros e não pertencentes a um candidato ou
outro”, afirmou.
Para Consentino, a data pode, sim, vir a ser usada para melhorar a
relação do governo com as Forças Armadas, mas que essa iniciativa não
pode redundar em “dispêndio de recursos”. “É preciso tomar muito cuidado
com o que é resgate dos símbolos nacionais e dessa boa relação entre os
militares e o presidente da República; e o que é simplesmente um gasto
perdulário que não precisaríamos ter”, concluiu.
A audiência foi convocada atendendo a
requerimentos assinados por três deputados de oposição ao governo,
incluindo Nikolas Ferreira (PL-MG) e cabo Junio Amaral (PL-MG)
Por Jonathan Ferreira – Itatiaia
O ministro da Educação, Camilo Santana, será ouvido na próxima
quarta-feira (6), pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da
Câmara dos Deputados, sobre encerramento do Programa Nacional Das
Escolas Cívico-Militares. O encerramento do programa foi oficializado
pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho deste ano.
A iniciativa federal das escolas cívico-militares foi uma das bandeiras
da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A audiência na Câmara com o ministro da Educação foi agendada
atendendo a requerimentos de três parlamentares da oposição ao governo,
incluindo os deputados Nikolas Ferreira e Junio Amaral, ambos do PL de
Minas Gerais. Durante o debate, marcado para às 10h30, os parlamentares
devem questionar o ministro Camilo Santana sobre o processo de
desmobilização do pessoal das Forças Armadas lotados nas unidades de
ensino vinculadas ao programa nacional das Escolas Cívico-Militares.
Ainda durante o debate com o ministro, os parlamentares irão abordar
temas como a suspensão por 60 dias da implementação do novo ensino
médio, a inclusão do MST na Comissão Nacional de Educação do Campo e
critérios normativos para seleção dos representantes dos órgãos e
entidades que compõem a comissão, a criação de curso de Medicina
exclusivo para assentados do MST em universidade federal, além do
bloqueio de aproximadamente R$ 332 milhões no Ministério da Educação.
Ao anunciar a candidatura de Lula a três
anos das eleições, o PT reitera sua indiferença pela renovação política e
explicita seu grande objetivo: a manutenção de Lula no poder
Por Notas & Informações – Jornal Estadão
“Não existe partido político no Brasil. O único partido com cabeça,
tronco e membro é o PT”, disse há pouco o presidente Lula. “O restante é
uma cooperativa de deputados que se juntam nas eleições.” Descontado o
simplismo retórico, é forçoso reconhecer nessa ponderação, por
humilhante que seja para a democracia do Brasil, um fundo substancioso
de verdade.
O PT foi uma das peças-chave nas Diretas Já. O partido só
perde para o PMDB em volume de afiliados, mas é a única grande legenda
em que esses afiliados contribuem expressivamente para sua sustentação. É
também a única com militância disciplinada em escala nacional. Goste-se
ou não de sua ideologia, o PT tem um conteúdo programático consistente e
abrangente. O resultado está nas urnas. Na Nova República, o PT
disputou todos os segundos turnos à Presidência. Na oposição, sempre foi
o partido mais relevante. Nos últimos 20 anos, governou o País por
quase 14. Agora, tem um mandato de mais 4.
Por tudo isso, é deplorável que, no primeiro ano de governo, o
Diretório Nacional do PT tenha aprovado uma resolução anunciando Lula
como candidato em 2026. “Todo mundo sabe que não é possível um cidadão
com 81 anos querer reeleição”, disse Lula em 2022. Todo mundo, menos o
PT.
Discutir uma candidatura para daqui a três anos já seria
extemporâneo. Ao anunciar que nem sequer haverá discussão, o partido
assume a opção pela não renovação e explicita que esse período não
servirá a outra coisa senão à manutenção de Lula no poder. A resolução o
diz com todas as letras: “As eleições municipais de 2024 demarcam um
momento estratégico para a construção de uma sólida aliança popular e
democrática que promova a recondução do Governo Lula em 2026″. É um
exemplo acabado de hipocrisia. Numa única frase, o partido prestigia, em
tese, a disputa democrática e a tal “frente ampla”, enquanto, na
prática, explicita que tudo não passa de um instrumento para perpetuar
seu líder no Planalto.
É deplorável, mas não surpreendente. A estatura política do PT é inversamente proporcional à sua estatura moral.
O PT tem muitos afiliados, mas pouca democracia. Na hora de escolher
candidatos, não há disputas, não há primárias, há só o dedo indicador de
Lula. Ele disputa a Presidência da República desde a redemocratização.
Quando barrado pela legislação eleitoral, interpôs seus “postes”.
Dissidentes do partido sempre foram tratados como hereges e párias a
serem tratorados pelas máquinas de difamação de seus marqueteiros. Na
esquerda, a ambição hegemônica do PT abastardou o debate e a articulação
de propostas sérias. São inúmeros os casos de candidaturas
progressistas promissoras abortadas pela relutância do partido em
participar de qualquer aliança não subserviente a ele.
Forte, mas radicalmente antipluralista. Diversas vezes, o PT
dificultou a consolidação da democracia brasileira. Veio de Lula a ordem
para que os deputados petistas votassem contra a aprovação da
Constituição. Na oposição, o PT sabotou sistematicamente propostas
modernizantes, na lógica do “quanto pior para o governo, melhor para
Lula”. No poder, empregou dinheiro público e aparelhou o Estado para
manietar a representação política (mensalão e petrolão), além de ter
atropelado as contas públicas (recessão) para promover suas ambições
eleitorais. Quando Lula se viu enredado por indícios de crimes até hoje
nunca esclarecidos, seus partidários correram o mundo desmoralizando o
Estado Democrático de Direito brasileiro, e continuam a desmoralizá-lo
com a narrativa do “golpe” do Legislativo e do Judiciário contra seu
poste.
Se esse partido tão antirrepublicano é o “único” com “cabeça, tronco e
membro”, como diz Lula, não surpreende o seu ato falho: “Não existe
partido político no Brasil”. Quer dizer, legendas existem, até demais,
mas ou não são suficientemente íntegras ou não são suficientemente
fortes. O PT é forte, mas, com sua falta de integridade, foi um dos
grandes responsáveis por esse deserto de alternativas. E, a julgar pela
sua mais recente resolução, continuará sendo.
O empreendedor Josué Júnior compartilha um pouco de sua trajetória e como passa isso para seus filhos
O mês dos pais é uma oportunidade para reconhecer e celebrar o papel
fundamental da figura paterna na vida dos filhos. Uma das maneiras mais
importantes pelas quais os pais podem impactar positivamente o futuro de
seus filhos é incentivando a mentalidade empreendedora desde a
infância. O empreendedorismo é uma habilidade valiosa que pode ser
estimulada desde cedo nas crianças, além de ter um papel crucial na
economia e no progresso social, pois gera empregos, estimula a inovação e
promove o crescimento econômico
Josué Júnior, empreendedor visionário, CEO e gestor em múltiplos
segmentos de atividades, conta que sua inspiração veio do seu pai que
sempre o incentivou a seguir esse caminho. “Eu comecei nesse caminho
muito cedo, com 10 anos já estava trabalhando e vendendo amendoins
caramelizados e pipas no meu bairro. E o meu pai sempre me incentivando.
Ele foi uma peça fundamental no empreendedor que sou hoje. Com ele
aprendi a ser corajoso, não desistir e a ver beleza no empreendedorismo.
O trabalho sempre foi passado a mim e a meus irmãos como algo
valoroso”, ressalta.
Para Josué, a resiliência e a persistência são os principais valores
do empreendedorismo e ele passa isso para os seus filhos com muita
transparência. “Sempre divido com eles os desafios que enfrento e ensino
que juntos nós podemos buscar soluções. É quando entra a persistência,
mostro para eles que nem sempre vai ser fácil e vai dar tudo certo de
primeira. Além disso, ensino a integridade: agir com a verdade sempre é o
melhor caminho”, diz.
Outra habilidade fundamental para quem empreende é o pensamento
criativo. O empreendedorismo exige uma mentalidade inovadora. Dessa
forma, a pessoa que sempre busca fazer o que ninguém faz ou pensa em
algo totalmente diferente das outras pessoas faz com que os ambientes
onde ela atua sejam inovadores e com grande potencial de sucesso.
Como incentivar as crianças?
Hoje, o segredo de grandes empresários no mundo empreendedor diz
respeito a 80% das suas habilidades emocionais. Então, é muito
importante que os pais ensinem os filhos a lidarem com a gestão dos
pensamentos, dos sentimentos e das emoções. “Ensine o seu filho a
desenvolver habilidades emocionais, empatia sobre comunicação,
liderança, trabalho em equipe. São valores essenciais para lidar com os
negócios”, afirma.
Além disso, permita que as crianças explorem os seus próprios
interesses, aquilo que é desejo pessoal, a não repetir algo por repetir,
mas sim para descobrir dentro de si aquilo que o faz feliz. Oriente
também sobre a importância de aprender com os erros. “Coloque eles para
assistirem vídeos interativos, ativos pedagógicos, brinquedos
pedagógicos, cursos, ferramentas em geral que possam ajudá-los aprender
sobre o mundo do empreendedorismo. Outro conselho é permitir que seus
filhos aprendam a tomar decisões sozinhos. Da mesma forma, comunique-se
abertamente, fale sobre negócios, sobre ideias de negócios, dê a eles
possibilidades de poder pensar em ser donos dos seus próprios negócios”,
completa.
Rebecca, a filha mais velha, já demonstra iniciativa empreendedora. A
menina de apenas cinco anos, sem nenhum incentivo, apenas pelo exemplo e
inspiração nos pais, produziu pulseiras sozinha e pediu para vender na
empresa do pai, pois queria comprar um brinquedo. “Nós levamos ela até o
shopping para comprar o brinquedo com o próprio dinheiro e nisso ela
entendeu o ciclo do empreendedorismo. Hoje ela já tem, com simplicidade,
essa mentalidade de que se ela produz algo e vende, ela recebe
dinheirinho por isso. É muito legal essa experiência que a Rebecca está
vivendo”, finaliza Josué Júnior.
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pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
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para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
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expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação,
vendas, etc.
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b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;
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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação
das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site
de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a
comunicação dos clientes com as lojas.
Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais
do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos
tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa
história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
História por PATRÍCIA CAMPOS MELLO • Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – No fim da manhã de 8 de janeiro, a
advogada Estela Aranha começou a ficar nervosa com o que via no Twitter.
Postagens conclamando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro a
contestar a eleição e invadir Brasília se alastravam pela plataforma.
Estela, que ainda não tinha sido nomeada oficialmente assessora
especial de direitos digitais do Ministério da Justiça, mandou uma
mensagem sobre a proliferação de tuítes golpistas para um contato seu no
Twitter desde que o bilionário Elon Musk assumira o controle da
empresa, boa parte dos funcionários no Brasil fora demitida e tudo
estava desorganizado.
“Bom dia! O Twitter não está fazendo moderação de conteúdo. Esse tipo
de conteúdo claramente ilegal está infestando as redes. Tem com quem
falarmos com urgência por aqui?”, escreveu ela.
Junto com a mensagem, ela enviou um dos tuítes, que dizia: “O
exército bloqueou a entrada de ônibus e carros no QG de Brasília. Os
Patriotas foram lá e acabaram com o bloqueio. Agora é guerra. Vamos
ocupar o Palácio do Planalto o STF e o Congresso! Intervenção militar!”.
No vídeo que acompanhava a postagem, feita às 11h12 de 8 de janeiro,
um homem dizia: “Abrimos o cordão de isolamento… Tá passando todo mundo…
Vamos entrar e tomar o que é nosso… Já chega… Vamo pra guerra, porra”.
O interlocutor de Estela no Twitter não parecia convencido da gravidade do tuíte.
“A remoção se daria porque estaria incentivando a intervenção?”,
perguntou o executivo, que não quer ser identificado discutindo assuntos
internos da empresa.
“Viu o áudio? Invasão dos Poderes à força… Guerra, vamos entrar e tomar o que é nosso… Tomar o poder”, respondeu advogada.
“Sim, sim… Quer que eu escale (reporte para superior na hierarquia)?
Porque esse tipo de conteúdo só é analisado com detalhe se denunciado… E
confesso que acho difícil removerem…”
Estela explicou que já havia feito várias denúncias de conteúdos, mas
que era necessário algo mais eficiente. Ela manifestou preocupação com a
escalada das ameaças e a falta de ação da plataforma.
“Tem que ser política da plataforma… Como foi no Capitólio [em
referência à invasão do Congresso nos EUA em 6 de janeiro de 2021 por
apoiadores do ex-presidente Donald Trump que queriam reverter o
resultado da eleição presidencial que dera vitória ao democrata Joe
Biden]… Não é uma questão de denúncia individual”, ela explicou.
“Isso era o Twitter antigo… O novo tem um pensamento diferente…”, respondeu o executivo.
Yoel Roth, que foi chefe da divisão de trust and safety do Twitter
até novembro de 2022, afirmou em entrevista em junho deste ano que havia
alertado Musk para o risco de violência nas eleições do Brasil.
“Olhando para o que aprendemos ao longo dos anos sobre segurança
eleitoral e a possibilidade de violência ser estimulada pelas redes
sociais, eu me preocupei com o cenário eleitoral no Brasil, com o
segundo turno, com o que aconteceria se as pessoas convocassem
protestos, dado o uso que [o então presidente] Bolsonaro fazia do
Twitter e de outras redes sociais para atacar a corte eleitoral. E tudo
isso estava acontecendo enquanto Elon Musk comprava a empresa”, disse
Roth.
Ele disse que, na primeira conversa que teve com Musk, o novo dono do Twitter demonstrou entender alguns desses desafios.
“[Musk] disse que não queria que o Twitter fosse uma causa de
violência no Brasil, o que me pegou de surpresa. Isso destacou a relação
realmente ambivalente que ele parece ter em relação a desinformação e
segurança de forma geral.”
Apesar de demonstrar preocupação com o pleito no Brasil, essa não foi
a posição de Musk quando ele apareceu de surpresa em uma reunião por
Zoom com integrantes do governo brasileiro, em 12 de janeiro.
Depois da quebradeira do dia 8, integrantes da Secom e do Ministério
da Justiça marcaram reuniões com representantes das principais
plataformas Twitter, Meta (Instagram, Facebook e WhatsApp), TikTok e
Google (YouTube).
Também tentaram entrar em contato com o Telegram, onde se deu a maior
parte da organização dos protestos. Funcionários do governo enviaram
mensagem para o advogado cujo escritório representava o aplicativo na
época mas não tiveram resposta.
A conversa com os representantes do Twitter estava marcada para
sexta-feira, 12 de janeiro, às 14h30. Cerca de meia hora antes, Hugo
Rodriguez, chefe de assuntos governamentais do Twitter, ligou avisando:
“Elon vai participar”.
Os brasileiros saíram correndo para achar no Palácio do Planalto uma
sala um pouco mais arrumadinha, sem pintura descascando, para fazer a
reunião com o homem mais rico do mundo.
Musk apareceu no vídeo de camiseta, sorrindo, segurando uma caneca
com o logotipo da SpaceX. Ele se apresentou como “um entusiasta
empreendedor da tecnologia” e dono do Twitter e SpaceX. Havia outros
três funcionários do Twitter na chamada, entre eles Rodriguez.
Do lado brasileiro, João Brant, que depois foi nomeado secretário de
políticas digitais da Secom, Samara Castro, futura diretora do
Departamento de Promoção da Liberdade de Expressão, Estela Aranha,
Frederico Assis, futuro assessor especial na Presidência da República, e
mais duas pessoas.
Brant começou dizendo a Elon Musk que o perigo não havia passado,
ainda havia risco de golpe, e que o Twitter precisava aplicar suas
próprias políticas.
Havia casos em que postagens violavam a regra que proíbe “incitar
conduta ilegal para impedir a implementação de resultados das eleições” e
mesmo assim não foi tomada uma atitude. Ele leu a regra para o
bilionário.
Musk disse estar feliz porque a situação no país já estava sob
controle, afirmou que a democracia brasileira era sólida e o Brasil era
muito importante para a empresa.
O lado brasileiro ressaltou que a tentativa de golpe tinha sido muito
grave e ainda havia preocupações com o que vinha pela frente. Disse que
o Twitter não estava aplicando suas próprias regras.
Ao que Musk teria ressaltado “a importância de defender a liberdade
de expressão” e de examinar o “contexto” das publicações. Ele disse que a
empresa continuaria a seguir a lei, ainda que houvesse excessos nas
decisões judiciais de um determinado juiz.
Os brasileiros entenderam que o bilionário se referia ao ministro do
STF Alexandre de Moraes e suas determinações de remoção de conteúdo e
bloqueio de contas.
No final, depois de quase uma hora, Musk foi solícito e passou seu
email pessoal para os brasileiros, dizendo para entrarem em contato
quando acontecesse alguma coisa grave. Mas não se comprometeu a agir
contra postagens incitando golpe de Estado.
No dia 8 de janeiro, o “juiz” Alexandre de Moraes estava de férias em
Paris, com a esposa, quando ficou sabendo dos ataques em Brasília por
meio de seu filho. Moraes antecipou sua passagem aérea para voltar ao
Brasil no dia seguinte.
No domingo, ainda na Europa, ficou até as 4h30 escrevendo uma decisão
que, além de afastar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha,
continha várias imposições às plataformas.
Ele determinou que Facebook, TikTok e Twitter teriam duas horas para
bloquear uma série de canais, perfis e contas e preservar o conteúdo
deles, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
A interlocutores Moraes afirmou que as plataformas estavam sendo
instrumentalizadas e deixaram-se usar pelos golpistas para organização
de ônibus, financiamento e incitação à depredação.
Na visão de Moraes, as empresas se omitiram, agiram com negligência e
imprudência. Ao determinar a remoção de contas e perfis, seu objetivo
era impedir que mais gente se organizasse pelas redes sociais e
aplicativos de mensagens para ir a Brasília e avançasse com a tentativa
de golpe.
A postagem denunciada em 8 de janeiro por Estela Aranha, cujo teor
chamava as pessoas para a “guerra” e conclamava para invadir os prédios
públicos, violava claramente as próprias regras da plataforma.
“Não se pode ameaçar, incitar, glorificar ou expressar desejo de
violência ou de fazer danos. Não se pode incitar, promover ou encorajar
outros a cometer atos de violência ou causar danos”, dizem as políticas
do Twitter.
Mesmo assim, e apesar das promessas de Musk, nada foi feito. O tuíte
e o vídeo estão disponíveis até hoje no Twitter (rebatizado de X),
sete meses após uma multidão invadir o Congresso, o STF e o Planalto,
vandalizar as instalações e causar ao menos R$ 20 milhões em prejuízo.
Nenhum funcionário brasileiro presente naquela reunião enviou email a
Musk. Cogitaram fazer isso quando a plataforma foi inundada por
conteúdo incitando violência nas escolas em abril deste ano e se recusou
a agir. Mas desistiram.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa do Twitter e recebeu a
resposta: “Responderemos a você em breve”. Mas não houve retorno.
Encaminhado ao Congresso pelo governo Lula, o Projeto de Lei
Orçamentária Anual (Ploa) 2024 prevê cerca de R$ 1 bilhão para o Fundo
Especial de Financiamento de Campanha. Objetivamente, o valor do chamado
fundo eleitoral é alto. A rigor, sendo entidades privadas, partidos
políticos não deveriam receber recursos públicos para custear suas
atividades político-administrativas, tampouco suas campanhas eleitorais.
Entretanto, o montante do previsto na proposta orçamentária é
expressivamente menor do que os R$ 5,5 bilhões pretendidos pelos
parlamentares, valor ainda maior do que os R$ 4,9 bilhões das eleições
de 2022.
O que explicaria essa redução do fundo eleitoral proposta pelo
Executivo? Das duas, uma: ou o Palácio do Planalto está de fato engajado
em uma revisão das prioridades orçamentárias nacionais, tendo em vista
as muitas necessidades nacionais – que demandam recursos públicos muito
antes do que qualquer agremiação política –, ou o valor é um mero
instrumento de negociação do Executivo com o Legislativo, a envolver
outras alíneas da peça orçamentária. O tempo dirá.
O fato é que a história recente não autoriza nenhuma expectativa de
que o Congresso não vai aumentar o valor do fundo eleitoral referente ao
custeio das campanhas de candidatos a prefeito e vereador em 2024. Dois
fenômenos complementares são bem conhecidos: o apetite voraz das
legendas pelo aumento contínuo dos recursos públicos destinados ao seu
funcionamento e a omissão das lideranças partidárias em buscar
financiamento privado de pessoas físicas. Contentar-se com a generosa
fonte pública de recursos é mais cômodo – e até agora se tem mostrado
muito eficaz.
De toda forma, a proposta do governo a respeito do valor do fundo
eleitoral 2024 suscita uma reflexão importante, que toda a sociedade
precisa fazer. De um lado, os partidos políticos têm a responsabilidade
de buscar fontes de financiamento compatíveis com sua natureza de
entidades privadas. Não podem ficar dependentes do Estado. Têm o dever
de dialogar com a sociedade, obtendo, assim, doações de pessoas
alinhadas com suas ideias e propostas políticas. Sem esse engajamento,
os partidos nunca serão capazes de realizar sua missão.
Por outro lado – e não menos importante –, cada eleitor deve buscar
conhecer os partidos políticos, seu ideário, sua compreensão de mundo e
suas propostas concretas para o País e, na medida do possível, ajudar a
financiar o que considera positivo e benéfico. As legendas são
fundamentais para o bom funcionamento do regime democrático, em
concreto, para a qualidade da representação política. O distanciamento
da população em relação aos partidos é sintoma de que algo não vai bem –
e é preciso reagir.
O fundo eleitoral é uma excrescência que não deveria existir. Não
apenas pelo custo fiscal, mas porque distancia os partidos da sociedade e
faz com que o eleitor pense que o debate sobre financiamento dos
partidos é mera questão de orçamento público, sem envolver e sem
demandar o exercício pessoal dos direitos políticos.
A Petrobras adiou mais uma vez a transferência das operações da Lubnor (Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste) para a Grepar Participações. O consórcio, liderado por uma companhia de distribuição de asfalto, assinou contrato para comprar a unidade em maio de 2022, na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
A Lubnor fica localizada em Fortaleza, no Ceará. É uma das líderes na
produção de asfalto no Brasil. Foi vendida por um total de US$ 34
milhões dentro do programa de privatização de refinarias. Porém, mesmo
depois de mais de 1 ano de o negócio ter sido fechado, a Grepar ainda
não tem certeza de quando assumirá o controle da unidade.
Inicialmente, a transferência dos ativos estava marcada para o dia 1º
de agosto deste ano. Foi adiada para a última 6ª feira (1º.set.2023),
mas não ocorreu. Agora, foi novamente remarcada, tendo novo prazo o dia
1º de outubro. As datas foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo e confirmadas pela Grepar à reportagem do Poder360.
O Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a transação em 22 de junho
deste ano. Na ocasião, a Petrobras informou que ainda existiam algumas
condições a serem cumpridas no processo para o seu encerramento.
Depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
o governo e o comando da estatal já manifestaram várias críticas às
vendas fechadas na gestão passada. O CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, acabou com os processos em andamento, mas não teve como retroceder com os contratos assinados, por mais que quisesse.
A Grepar informou que “aguarda a sinalização da Petrobras até meados de setembro de que a estatal cumprirá o novo prazo”. O consórcio explica que há motivos burocráticos para a demora: a regularização do terreno.
Acontece que parte da propriedade onde está instalada a Lubnor é de
propriedade da prefeitura de Fortaleza. A Petrobras tem andado com a
negociação fundiária, mas há certa dificuldade.
Além disso, corre lentamente outro processo relacionado ao terreno. O
de legalização e regularização da área pertencente à União na SPU
(Secretaria de Patrimônio da União).
A Grepar deixa aberta a possibilidade de levar o caso à Justiça. Disse que embora “as questões contratuais da operação são protegidas por clausulas de confidencialidade”, caso a Petrobras não cumpra com qualquer de suas obrigações, “irá
analisar os motivos para tal e quais seriam as alternativas possíveis
para preservar os seus direitos previstos no contrato”.
Em comunicado ao mercado na 6ª feira (1º.set), a Petrobras informou “que
continua cumprindo rigorosamente o contrato de compra e venda, assinado
entre as partes em 25.set.2022, e atuando para o cumprimento das
condições precedentes até o prazo final estabelecido no contrato”. Eis a íntegra do fato relevante (PDF – 75 KB).
A Lubnor tem capacidade de processar 8 mil barris por dia. É
responsável por cerca de 10% da produção de asfalto no país. Produz
ainda lubrificantes naftênicos. A refinaria utiliza petróleo do tipo
ultra pesado: 85% é proveniente do Espírito Santo e o restante, 15%, do
Ceará. Do total processado, 62% do volume é destinado à produção de
asfalto.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A situação do ministro Juscelino Filho
(União Brasil-MA) à frente da pasta, após operação da PF (Polícia
Federal) na última sexta-feira (1º), é frágil, segundo integrantes do
governo Lula (PT) e do Congresso, porque ainda não se sabe a extensão
das apurações.
Apesar disso, não há nenhuma perspectiva neste momento para que ele
deixe a pasta e muito menos para que o ministério saia do comando da
União Brasil.
A investigação mira obras da construtora Construservice contratadas
pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e
do Parnaíba) e bancadas com dinheiro de emendas parlamentares de
Juscelino Filho.
A PF chegou a pedir buscas contra Juscelino, mas o ministro Luís
Roberto Barroso, do STF, negou a solicitação. O juiz do Supremo, porém,
determinou o bloqueio de bens do ministro de Lula e de outros dez
suspeitos, no valor individual de até R$ 835,8 mil. O valor corresponde
ao prejuízo causado pelas supostas irregularidades.
Auxiliares palacianos dizem que a situação de Juscelino é delicada,
mas que não há nada ainda que seja grave suficiente para uma eventual
demissão. O caso é acompanhado com cuidado, contudo.
Em 6 de janeiro, Lula disse, em sua primeira reunião ministerial, que “quem fizer errado” deixará o governo.
“Quem fizer errado sabe que tem só um jeito: a pessoa será
simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o
governo. E se cometer algo grave a pessoa terá que se colocar diante das
investigações e da própria Justiça”, afirmou.
A régua, contudo, ainda não está clara. O bloqueio de bens é
considerado grave, mas será necessário a conclusão das investigações ou
provas mais graves para mudar o cenário da pasta. Todos, inclusive
correligionários de Juscelino, admitem que a situação traz desgaste para
a sigla e para o governo.
Até porque esta não é a primeira crise envolvendo o ministro. Em
março, aliados pressionaram pela sua demissão, em meio ao asfaltamento
de uma estrada, com recursos de emenda, na sua fazenda no Maranhão, e de
recebimento irregular de diárias do governo.
O presidente Lula, na ocasião, decidiu mantê-lo na Esplanada. Líderes
da União Brasil disseram a ministros palacianos que exonerar Juscelino
elevaria a rejeição do partido ao governo. Desde a decisão do chefe do
Executivo, as turbulências com a legenda diminuíram.
O Ministério das Comunicações tem orçamento de cerca de R$ 3,4
bilhões neste ano. Apesar da fragilidade envolvendo o titular da pasta,
integrantes do PP e do Republicanos, que negociam a entrada no primeiro
escalão do governo Lula, dizem que não há intenção de colocar a pasta no
rateio.
Além disso, o Planalto não vê possibilidade de a União Brasil deixar o
comando da pasta, ainda que, eventualmente, o ministro Juscelino tenha
de deixar o governo, a depender do andar das investigações. O titular da
pasta conta com o apoio da bancada e, especialmente, do senador Davi
Alcolumbre (AP).
Uma nota assinada pelos líderes da Câmara e do Senado, Elmar
Nascimento (BA) e Efraim Filho (PB), respectivamente, diz que o ministro
é “alvo de ataques” desde que assumiu o cargo e que tem “respondido com
muita dedicação ao trabalho”.
“Inicialmente, essas alegações são amplamente divulgadas nos meios de
comunicação e nas redes sociais, criando uma atmosfera de acusação
pública. No entanto, quando as investigações subsequentes não encontram
evidências de crime, má-fé ou corrupção, a divulgação da verdade é
negligenciada ou minimizada”, diz o texto.
A reforma ministerial no governo Lula está sendo negociada há mais de
dois meses com PP e Republicanos, e tem como objetivo abrir espaço na
Esplanada para o centrão e garantir uma base de apoio mais sólida no
Congresso, sobretudo na Câmara dos Deputados.
Hoje o principal empecilho é encontrar uma pasta que agrade tanto os
partidos quanto Lula. O partido do presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL), terá o comando da Caixa Econômica Federal e de mais uma pasta.
Está na mesa a junção da pasta do Esporte com o Ministério da Pequena
e Média Empresa, cuja criação foi anunciada na terça-feira (29) pelo
presidente, em sua live semanal.
A nova pasta, que se chamaria Ministério do Esporte e do Empreendedorismo, seria comandada pelo deputado André Fufuca (PP-MA).
O PP pleiteia como principal opção o Ministério do Desenvolvimento
Social, mas a resistência do presidente de entregá-lo para o centrão ou
desmembrá-lo tem brecado as negociações. A pasta abriga o Bolsa Família,
principal programa social do governo.
Ainda segundo esse desenho, o Ministério de Portos seria entregue ao
Republicanos, para ser comandado pelo deputado Sílvio Costa Filho
(Republicanos-PE). A hipótese já foi debatida em reunião no Palácio do
Planalto, com a presença de ministros palacianos e lideranças dos
partidos.
De acordo com quem acompanha as negociações da reforma, a nova aposta
é de que ela possa ser fechada no começo desta semana, entre segunda
(3) e terça-feira (4). Lula viaja para a Índia na próxima quinta-feira
(7), após participar do desfile do Dia da Independência, para participar
do G20.