quinta-feira, 10 de agosto de 2023

CÚPULA DA AMAZÔNIA NÃO TRAÇA UMA POLÍTICA CLARA PARA A AMAZÔNIA

História por admin3 • IstoÉ

Países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica evitam traçar metas concretas em declaração da Cúpula da Amazônia© Fornecido por IstoÉ

Concluída no primeiro dia do evento, Declaração de Belém reconhece urgência de salvar a floresta e respeitar seus povos, mas não entrega plano concreto.Depois de 14 anos de silêncio, governos do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela reconhecem a urgência de trabalharem juntos pela proteção da Amazônia, mas não fixam metas conjuntas ou prazos para acabar com o desmatamento.

A chamada Declaração de Belém foi divulgada ao fim do primeiro dia da Cúpula da Amazônia, nesta terça-feira (08/08), na capital paraense, sede da Conferência do Clima (COP) em 2025. O conteúdo decepcionou diplomatas e organizações da sociedade civil

“É muito difícil traçar uma política comum para a região porque os países ainda não têm política interna clara para a Amazônia. O Brasil mesmo, que voltou a falar muito, não decidiu uma estratégia muito clara. O governo passado deixou tudo solto e agora o atual está tentando corrigir, mas ainda não tem definido”, avalia Rubens Ricupero, diplomata brasileiro e ex-negociador que ajudou a fundar a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), em 1978.

Ricupero já esperava que seria difícil fechar um acordo de peso depois de um período tão longo de abandono – fazia 15 anos que os signatários do tratado não se reuniam.

Embora seja reconhecido como um primeiro passo, o acordo inicial é criticado por falta de decisões concretas. “É uma lista de promessas que não endereça nenhuma resposta real ao mundo em que estamos vivendo. O planeta está derretendo”, comenta Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, que reúne 90 organizações da sociedade civil brasileira, fazendo menção os recordes de calor registrados recentemente.

“É um longo documento centrado na OTCA que não endereça a urgência das ações necessárias para parar a degradação e desmatamento e todos seus vetores”, avalia à DW Alicia Guzman, equatoriana que coordena o programa Amazônia da ONG Stand.earth.

As discordâncias entre vizinhos

Enquanto o anfitrião Luiz Inácio Lula da Silva cobrou na cúpula que países ricos se responsabilizem por financiar o desenvolvimento sustentável da região, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou a expansão de atividades petroleiras, apontada por cientistas como uma das principais causas da crise climática.

Em seu discurso na abertura do evento, Petro diz enxergar um “enorme conflito ético”, sobretudo por “forças progressistas”, que deveriam ouvir a ciência. A mensagem do colombiano pareceu ser uma indireta ao governo de Lula, que considera avançar com os planos de extrair petróleo da Foz do Amazonas.

Embora a licença tenha sido negada à Petrobras pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), há uma movimentação política forte para encontrar uma saída “legal” para permitir a exploração do combustível fóssil na região.

A medida iria na contramão do consenso científico que aponta os caminhos para frear a emergência climática global. O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) afirma que o mundo precisa cortar 45% das emissões de gases de efeito estufa até 2030 e atingir emissões zero até 2050. Somente esta rota evita que o aumento da temperatura média global exceda o perigoso ponto de inflexão de 1,5°C.

Em Belém, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, preferiu não comentar a indireta de Petro. Questionado sobre a intenção de o país explorar petróleo na Foz do Amazonas, Silveira respondeu que o governo quer, nesse momento, autorizar estudos para conhecer o potencial da chamada Margem Equatorial, classificação técnica da região que ele prefere adotar.

Ao comentar a contradição, Silveira insinuou que o trabalho feito até então pelo IPCC não é conclusivo sobre o prazo para que combustíveis fósseis sejam banidos a tempo de evitar uma catástrofe climática.

A posição do atual governo não surpreende Ricupero. “Apesar de ser muito eloquente, Lula tem muitas contradições. A própria questão do petróleo na Foz do Amazonas, a construção da ferrovia Ferrogrão, o asfaltamento das estradas que cortam a floresta… Há uma distância ainda grande entre o discurso e a realidade”, avalia.

As promessas da Declaração de Belém

O texto divulgado menciona a urgência de a região estabelecer metas comuns para 2030 que combatam o desmatamento, as atividades de extração ilegal de recursos naturais, acabe com a pobreza, entre outros, “tendo como ideal alcançar o desmatamento zero”.

A participação ativa e respeito aos povos indígenas e comunidades tradicionais é um dos pontos de destaque do documento, assim como a intenção de evitar que a Amazônia chegue ao ponto de não retorno e não consiga mais se recuperar como floresta.

Os líderes da OTCA pedem ainda que países desenvolvidos cumpram “seus compromissos de fornecer e mobilizar recursos, incluindo a meta de mobilizar US$ 100 bilhões por ano em financiamento climático para apoiar as necessidades dos países em desenvolvimento”.

A cooperação policial, judicial e de inteligência no combate ao crime organizado e aos crimes ambientais também aparece na declaração. Não há qualquer menção à palavra petróleo ou combustível fóssil.

“Alguns países têm o compromisso interno de zerar o desmatamento. É o caso do Brasil e da Colômbia, eles estão mais avançados que a própria declaração. Mas é triste ver que alguns países não conseguem dizer o básico, que é: o desmatamento tem que acabar”, pontua Astrini.

Chance de retomada

Criada em plena Ditadura Militar brasileira, a OTCA atua numa das zonas mais estratégicas do planeta. “Depois de sua criação, se fez muito pouco. Houve períodos muito longos em que a Amazônia ficou entregue à pecuária, à destruição”, comenta Ricupero.

Para Thelma Krug, pesquisadora que foi por dois termos vice-presidente do IPCC, a falta de informação e de dados naquela época dificultava o avanço do conhecimento sobre os vetores do desmatamento. “Não havia como monitorar continuamente os alertas de desmatamento. Essa retomada agora pode fortalecer os laços com os países vizinhos. Iniciativas como o Observatório Regional da Amazônia será uma fonte importante de dados”, destaca Krug sobre um dos pontos da declaração.

Camila Jardim, especialista em política climática do Greenpeace, avalia que o desenvolvimento econômico e social dos povos da Amazônia, uma das aspirações da declaração, não pode ser baseada no modelo que se adotou até a atualidade. “Não temos mais tempo para abrir uma nova fronteira de petróleo. Já passou da hora, a crise climática está aí. Em 2025, quando a COP será em Belém, o Acordo de Paris fará dez anos. Que modelo de desenvolvimento teremos claro até lá? “, questiona.

 

CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO EQUADOR FOI MORTO A TIROS

 

História por AFP •8h

Pessoas se abrigam após a morte a tiros de um candidato presidencial equatoriano, em 9 de agosto de 2023 em Quito© STRINGER

O jornalista e candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio, de 59 anos, foi assassinado nesta quarta-feira (9), informou o presidente Guillermo Lasso, destacando que “o crime organizado foi longe demais”.

Villavicencio, do movimento de centro Construye, foi morto a tiros ao deixar o local onde foi realizado um comício de campanha, no norte de Quito.

“Indignado e consternado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à sua esposa e filhas”, expressou Lasso através da rede social X, antigo Twitter.

O presidente acrescentou que “pela sua memória e pela sua luta, garanto que este crime não ficará impune” e que “o crime organizado foi longe demais, mas receberá todo o peso da lei”.

Em comunicado publicado nesta quarta-feira à noite, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil lamentou a morte de Villavicencio e pediu para que os responsáveis pelo crime sejam punidos.

“O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação, do assassinato (…) de Fernando Villavicencio, candidato às eleições presidenciais no Equador”, escreveu o Itamaraty.

“Ao manifestar a confiança de que os responsáveis por esse deplorável ato serão identificados e levados à justiça, o governo brasileiro transmite suas sentidas condolências à família do candidato presidencial e ao governo e povo equatorianos”, acrescentou.

O Equador tem enfrentado nos últimos anos um aumento do crime relacionado ao tráfico de drogas, o que quase dobrou a taxa de homicídios para 25 por 100.000 habitantes em 2022.

Villavicencio era um dos oito candidatos presidenciais para o primeiro turno das eleições gerais antecipadas que ocorrerão em 20 de agosto.

O jornalista e ex-membro da Assembleia Nacional, que foi dissolvida em maio por Lasso, aparecia em segundo lugar na intenção de voto com 13,2%, atrás da advogada Luisa González (26,6%), a única mulher na disputa e afiliada ao ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), de acordo com a mais recente pesquisa da Cedatos.

O jornal El Universo, o principal do país, informou que Villavicencio foi assassinado “no estilo de um assassinato de aluguel, com três tiros na cabeça”.

– “Ameaça gravíssima” –

Lasso convocou o gabinete de Segurança para a sede presidencial, bem como os titulares de órgãos estatais, como o Tribunal Nacional de Justiça, para “discutir esse incidente que abalou o país”.

O médico Carlos Figueroa, amigo do candidato assassinado e que estava com ele no momento do ataque, relatou à imprensa que houve cerca de 30 disparos durante o atentado.

A polícia realizou uma explosão controlada no local do ataque, onde aparentemente havia uma bomba.

Há uma semana, Villavicencio denunciou ameaças contra ele e sua equipe de campanha, supostamente vindas do líder de uma gangue criminosa ligada ao narcotráfico, que está detido.

“Apesar das novas ameaças, continuaremos lutando pelo povo corajoso do nosso Equador”, escreveu na época o político na rede social X.

Ele mencionou que recebeu uma “ameaça gravíssima” de “pseudônimo Fito”, que lidera a organização “Los Choneros”.

Quando era presidente da comissão legislativa de Fiscalização, Villavicencio continuou denunciando casos de corrupção, assim como vinha fazendo quando era jornalista.

A violência em pleno processo eleitoral no Equador também resultou no assassinato de um prefeito e de um candidato a deputado.

Antes das eleições locais realizadas em fevereiro no país, dois candidatos a prefeituras foram assassinados.

MINISTRO BARROSO É ELEITO PRESIDENTE DO STF

 

História por JOSÉ MARQUES • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O STF (Supremo Tribunal Federal) marcou a posse do ministro Luís Roberto Barroso como presidente da corte para o dia 28 de setembro, antecipando que a ministra Rosa Weber não irá esperar até outubro para se aposentar da corte.

Rosa, atual presidente do Supremo, chega aos 75 anos, a idade-limite para ser ministra do tribunal, no dia 2 de outubro.

No início da sessão plenária desta quarta-feira (9), os ministros elegeram Barroso para a presidência e o ministro Edson Fachin para a vice-presidência pelos próximos dois anos.

Por esse critério, Fachin deve substituir Barroso à frente do tribunal a partir de 2025.

A eleição é pró-forma, já que tradicionalmente o Supremo elege os seus presidentes em um sistema de rodízio baseado na antiguidade.

Ao ser eleito, no Barroso agradeceu aos colegas. “Recebo com imensa humildade essa tarefa que me é confiada e consciente do peso dessa responsabilidade. Pretendo dignificar a cadeira”, afirmou Barroso.

“A vida me deu a bênção de servir ao Brasil sem ter nenhum interesse que não seja o de fazer um país melhor.”

Na sessão desta quarta, os ministros retomaram o julgamento da validade do juiz das garantias, modelo que determina a divisão da responsabilidade de processos criminais entre dois magistrados: um autoriza diligências da investigação e o outro julga o réu.

É, também, a sessão do plenário físico de estreia de Cristiano Zanin como ministro da corte. Zanin é o primeiro indicado ao Supremo no terceiro mandato do presidente Lula (PT), de quem é amigo e foi advogado.

BOLSA FAMÍLIA DO GOVERNO ATUAL CORTA MILHÕES DE BENEFÍCIOS

História por Redação • Catraca Livre

Bolsa Família deixa brasileiros desolados com péssima notícia© Agência Brasil

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está empenhado em investigar e corrigir as irregularidades presentes nos registros do programa Bolsa Família.

Créditos: Agência Brasil

Até o mês de julho, um total de 934 mil beneficiários que declararam viver de maneira independente foram removidos do programa. Esse segmento havia experimentado um aumento artificial durante a gestão de Jair Bolsonaro, passando de 15% para 27% das famílias contempladas, levantando suspeitas de práticas fraudulentas.

No primeiro passo dessa ação, em abril, o governo tomou medidas para temporariamente bloquear os benefícios de mais de um milhão de beneficiários que alegavam viver sozinhos. Além disso, foi exigido que esses beneficiários fornecessem informações adicionais para verificação. Isso resultou em um período de confusão. Nos meses subsequentes, aqueles que não conseguiram atender aos requisitos foram excluídos do programa. Muitos deles até se pronunciaram a respeito.

Está previsto que haverá novos cortes no mês de agosto.

O governo Lula implementou modificações nas normas para revisar os cadastros individuais. A investigação teve início em março, sendo que em abril ocorreu o bloqueio temporário de 1,2 milhão de benefícios, conduzido a um processo de recadastramento. Posteriormente, em junho, foram protegidas diretrizes mais rigorosas para os registros de indivíduos independentes, algumas das quais entraram em vigor em julho.

As autoridades municipais devem realizar pesquisas para verificar se a pessoa anteriormente fazia parte de uma família beneficiária. Essas buscas abrangem tanto o sistema de cadastro do Bolsa Família quanto outras bases de dados municipais. Por exemplo, se um homem alegadamente vive sozinho, é crucial averiguar se ele já fez parte de uma família que recebeu o benefício.

A orientação dada é a de explicar aos beneficiários que as práticas fraudulentas prejudicam aqueles que mais passaram pelo programa.

Ministério do Desenvolvimento Social informou que o número de beneficiários unipessoais “foi sendo progressivamente reduzido” a partir da retomada do Bolsa Família e as ações de fiscalização do governo Lula.

Segundo a pasta, em agosto, devem ocorrer novos cortes “No mês de julho entraram em vigor novos procedimentos referentes à averiguação dos cadastros unipessoais. Essas alterações terão repercussão na folha de pagamento do mês de agosto, prevista para iniciar no próximo dia 18, quando se esperam novas reduções no quantitativo de unipessoais”.

 

GOVERNO PEDE E CENTRÃO TROCA MEMBROS DA CPI DO MST

 

História por admin3 • IstoÉ Dinheiro

O governo recorreu ao Centrão para ter maioria na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e derreter a oposição constituída por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro no colegiado. A negociação passa pela retirada de parlamentares bolsonaristas dos trabalhos para incorporar nomes mais brandos.

Nesta terça-feira, 8, o Republicanos retirou Diego Garcia (PR) e Messias Donato (ES) da CPI; o União Brasil retirou Alfredo Gaspar (AL) na manhã desta quarta-feira. O líder da bancada, Elmar Nascimento (BA), disse a Gaspar que queria entregar votos ao governo e o retirou dos trabalhos.

Ainda nesta quarta-feira, 9, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anulou a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que era um dos principais alvos da oposição para constranger o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tanto o Republicanos como o União e o PP ganharão ministérios assim que acontecer a reforma ministerial.

Como resultado, a oposição frustrou-se e não pretende sequer pedir adiamento dos trabalhos. “Nós não vamos pedir prorrogação. Agora que o governo se movimenta para ter maioria na CPI, não faz sentido alongar uma CPI cuja maioria dos membros é o governo ligado umbilicalmente ao MST”, disse Salles.” Claramente há uma movimentação dos partidos que querem ser governo para consolidar apoio e formar bases que o Centrão sempre negociou.”

A comissão tem 120 dias de funcionamento com a possibilidade de mais 60 dias de prorrogação. O prazo encerra-se no dia 14 de setembro.

Diante da ação governista e com o depoimento cancelado nesta quarta-feira, a CPI do MST sequer conseguiu realizar audiência e a sessão foi encerrada.

O post Para ter maioria da CPI do MST, governo pede e Centrão troca deputados da comissão apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

“Centrão enterrou a CPI do MST”, diz Ricardo Salles à CNN

Relator da comissão afirma que não pedirá prorrogação dos trabalhos do colegiado Deputado Ricardo Salles (PL-SP) é relator da CPI do MST na Câmara Deputado Ricardo Salles (PL-SP) é relator da CPI do MST na Câmara Agência Câmara

Carol Raciunas da CNN*

O deputado Ricardo Salles (PL-SP), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara que investiga a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirmou nesta quarta-feira (9) à CNN que não pedirá mais a prorrogação dos trabalhos do colegiado.

“O centrão enterrou a CPI. Traiu a Frente Parlamentar da Agropecuária, traiu o agronegócio brasileiro. Nós não vamos fazer jogo de cena, não vamos prorrogar o prazo da CPI”, afirmou.

Não é o MST que tem que avaliar se terra é produtiva ou não, diz presidente da CPI à CNN

A decisão ocorreu logo após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acatar um pedido para impedir a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que prestaria depoimento nesta quarta-feira (9), após aprovação da comissão.

Ao justificar o pedido, o deputado Nilto Tatto (PT-SP) afirmou que “não se demonstrou no requerimento a conexão entre as atribuições do ministro da Casa Civil da Presidência da República e os fatos investigados pela CPI sobre o MST”.

O pedido acompanha manobras da base governista, que negociou trocas de integrantes da CPI com partidos de Centro. “Com essas alterações, com certeza, temos maioria”, afirmou o deputado e suplente da CPI, deputado Alencar Santana (PT-SP).

A CPI tem prazo de funcionamento até 14 de setembro, mas poderia ser prorrogado em até 60 dias.

*Sob supervisão de Jorge Fernando Rodrigues

SEGUNDO MINISTRO DO STF CRÍTICAS ÀS URNAS ELETRÔNICAS É ATAQUE À DEMOCRACIA

 

Para ministro, o direito de pensar não se aplica ao que o cidadão possa achar do funcionamento do sistema de votação

Por J.R. Guzzo – Jornal Estadão

O ministro Alexandre de Moraes acaba de apresentar uma inovação no conceito universal da liberdade de expressão. De acordo com o que disse numa palestra, o direito de pensar não se aplica ao que o cidadão possa achar das urnas eletrônicas do TSE. Apresentar dúvidas, ou críticas, sobre o seu funcionamento é um ato contra a democracia, sustenta Moraes. “De forma alguma podemos aceitar essa afirmação totalmente errônea de que isso é liberdade de expressão”. Não se admite tal coisa, segundo ele, “nem nos Estados Unidos”. Não dá para entender direito esse “nem”, e menos ainda a revelação de que falar mal do sistema de votação é um delito na lei americana – nunca se ouviu falar, desde Thomas Jefferson, que alguém tenha sido indiciado em processo penal nos Estados Unidos por fazer alguma coisa parecida. Mas, seja como for, Moraes está dizendo o seguinte: é proibido achar que as urnas usadas no Brasil possam dar problema. Isso, em sua opinião, é atentar contra o regime democrático – e “atentados contra a democracia”, segundo afirmou na palestra, “não são exercício da liberdade de expressão”.

O ministro do STF Alexandre de Moraes durante sessão na Corte; magistrado preside o TSE
O ministro do STF Alexandre de Moraes durante sessão na Corte; magistrado preside o TSE Foto: CARLOS ALVES MOURA/STF

Desde que surgiu a ideia de que os seres humanos têm o direito de dizer o que pensam, na Grécia de 2.500 anos atrás, ninguém tinha sustentado que esse direito não se aplica a quem duvidar de algum mecanismo declarado infalível pela autoridade pública. E porque seria ilegal contestar alguma coisa, qualquer coisa, que o STF e os sábios da hora consideram infalível? Era infalível, por exemplo, a noção de que o Sol girava em volta da Terra – o sujeito podia acabar na fogueira da Inquisição por dizer uma coisa dessas. É óbvio que a vida humana se tornaria impossível se os governos continuassem pensando assim; por isso, justamente, mudaram de ideia a respeito. Mais difícil de entender, ainda, é a conclusão de que as urnas do TSE não falham.

Quem disse que as urnas do TSE são infalíveis? O sistema de votação e apuração de eleições em vigor no Brasil não é uma lei da física – é o produto de máquinas, e por definição qualquer máquina pode falhar. Os maiores bancos brasileiros, por exemplo, investiram R$ 35 bilhões em tecnologia de informação no ano passado – isso mesmo, 35 bi, e só em 2022. Apesar de todo esse esforço, o Banco Itaú, o maior banco do país, acaba de passar quase um dia inteiro sem funcionar, paralisado por falhas nos seus sistemas eletrônicos. Porque não poderiam acontecer problemas de funcionamento nas urnas do TSE? Além do mais, elas não são utilizadas em nenhuma democracia séria do mundo; nenhuma. Será que refletir sobre isso é tentativa de golpe de Estado? Não fecha.

COMANDO VERMELHO ATACA E DOMINA NA AMAZÔNIA

Grupos têm se estruturado mais diante do avanço das facções contra povos quilombolas e indígenas

Por Ítalo Lo Re – Jornal Estadão

BELÉM – A alta de crimes contra povos quilombolas e indígenas na Amazônia Legal tem feito algumas dessas comunidades recorrerem a tecnologias, como GPS e até drones, para proteger seus territórios. Como mostrou o Estadãosomente no Pará, a violência contra esses povos quadruplicou em dois anos. Foram 232 registros no ano passado, segundo levantamento da Rede de Observatórios da Segurança.

“Algumas comunidades estão instalando câmeras de segurança, drone e outras colocaram até cerca. São os métodos alternativos que essas comunidades estão criando para poder se proteger”, disse Aiala Colares Couto, pesquisador da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

As medidas, segundo ele, têm sido adotadas para tentar blindar os territórios diante de um avanço do crime organizado, que se aproveitou da “presença precária do Estado” nesses espaços. “Como são territórios que estão sendo invadidos constantemente, isso coloca principalmente as lideranças e as pessoas que convivem diretamente na comunidade em uma situação de risco”, afirmou.

Indígena participa de protesto realizado nesta semana em Belém, que sedia a Cúpula da Amazônia. Evento discute combate a crimes ambientais na região
Indígena participa de protesto realizado nesta semana em Belém, que sedia a Cúpula da Amazônia. Evento discute combate a crimes ambientais na região Foto: EVARISTO SA/AFP

Atualmente, o Comando Vermelho (CV) é dominante na região Norte, mas o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem se aliado a facções menores, como Comando Classe A e o Revolucionários do Amazonas (RDA), para tentar aumentar a presença nessa rota. As comunidades quilombolas e indígenas são usadas como esconderijo diante de operações policiais e também como pontos estratégicos para passar a droga.

“Quando o governo aperta o cerco aqui em Belém, dentro dos grandes bairros onde tem esse tráfico pesado, eles vão todos para as pequenas cidades. Quando chegam nelas, vão para a área rural e acabam entrando na vulnerabilidade da comunidade. E vão ficando lá”, disse Raimundo Hilário, coordenador-executivo da ONG Malungu e liderança de uma comunidade quilombola em Salvaterra (PA).

Segundo ele, o avanço da violência nas comunidades tradicionais tem gerado uma rotina de tensão entre os povos tradicionais. Em resposta a isso, muitos passaram a adotar medidas de segurança extras nos últimos anos, em uma espécie, como ele próprio chama, de “liberdade forjada”. O medo entre os moradores é constante.

“A gente orienta que as pessoas andem em grupo, de cinco pessoas para cima. Não dá para sair com dois, não dá para sair só, porque eles já demonstraram um poder muito grande de fogo”, disse Hilário. “Para o quilombola sair de dentro do território ele tem que dizer para onde vai, o que vai fazer, que horas volta, por que você vai. Isso é humilhante.”

No território quilombola de Abacatal, em Ananindeua (PA), uma portaria foi instalada anos atrás na tentativa de aumentar a segurança das cerca de 600 pessoas que vivem por lá. Moradores se revezam para ficar de sentinela no local. A medida, replicada por outras comunidades da região, envolve anotar os nomes de visitantes e até placas de carro.

“Achamos que seria importante tanto para aumentar nossa segurança por aqui, quanto para evitar a exploração indevida das plantações aqui dentro”, disse Yaô Turi Omonibo, uma das lideranças da comunidade. Segundo ela, outra tática é manter uma comunicação ativa em grupos de WhatsApp. “Qualquer movimentação estranha, avisamos por lá.”

No território quilombola de Abacatal, em Ananindeua (PA), uma portaria foi instalada anos atrás na tentativa de aumentar a segurança das cerca de 600 pessoas que vivem por lá
No território quilombola de Abacatal, em Ananindeua (PA), uma portaria foi instalada anos atrás na tentativa de aumentar a segurança das cerca de 600 pessoas que vivem por lá Foto: Amanda Cardoso

‘A gente tem de se colocar como barreira de defesa dos nossos territórios’

Medidas como essa também são observadas em outros locais da Amazônia Legal. Liderança indígena em comunidade do Amapá e coordenador-executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Kleber Karipuna afirma que vários povos começaram a trabalhar de forma mais ativa na tentativa de proteger suas comunidades nos últimos anos e denunciar invasões de forma mais ágil.

Os grupos buscam implementar até tecnologias para incrementar as chamadas “andanças”, espécies de rondas pelos territórios. “Tem uso de equipamentos como drones, para fazer monitoramento aéreo; GPS, para tirar coordenadas; câmeras fotográficas. Muitos hoje estão atuando até com aquela câmera de sensor na mata”, disse Karipuna. “Estão começando a se instrumentalizar melhor para realizar esse trabalho.”

Segundo Marciely Tupari, liderança de uma comunidade em Rondônia e integrante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), os grupos também recorrem a aplicativos para denunciar ações suspeitas. Um exemplo é o Alerta Clima Indígena, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). “A gente tem de se colocar como barreira de defesa dos nossos territórios para que o domínio do tráfico não avance ainda mais”, disse.

Apuração do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) aponta que, sozinho, o Comando Vermelho hoje tem cerca de 11 mil faccionados no Estado, segundo balanço divulgado em junho. A cada doze meses, cerca de mil novos integrantes entram no braço da organização no Pará. Nos dois últimos anos, 137 suspeitos foram denunciados pelo órgão por organização criminosa – o grupo é considerado a principal facção na Região Norte.

Autoridades focam em desintrusão de terras e desarticulação de facções

Com a criação do Ministério dos Povos Indígenas, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) montou um comitê interministerial de Desintrusão de Terras Indígenas, que reúne órgãos da administração pública federal e da sociedade civil organizada para realizar a retirada de invasores das comunidades tradicionais. No fim do primeiro semestre, integrantes do grupo começaram a se reunir para pensar ações no Vale do Javari, no Amazonas – o prazo para apresentar as medidas é de 180 dias.

Em nota, o ministério disse que esse trabalho já identificou a situação de emergência tanto na terra indígena Yanomami, quanto na região dos Munduruku, devido ao garimpo ilegal. “Nossa atuação tem sido efetivar as desintrusões, coibir novas invasões e punir os infratores que invadem terras indígenas”, afirma. No fim de junho, o órgão concluiu a desintrusão do território indígena Alto Rio Guamá, no sudoeste do Pará, atendendo a uma decisão judicial.

Sobre a proteção de lideranças indígenas, a pasta afirma que tem dialogado com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para a inclusão de lideranças no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH). “O MPI já trabalha com o comitê gestor desse programa para adequar o atendimento às lideranças indígenas que estão sob ameaça, além de articular escoltas policiais em situações específicas de lideranças que não podem circular sem apoio policial.”

Em evento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública realizado no fim de junho, o chefe da Secretaria de Inteligência e Análise Criminal da Polícia Civil do Pará, delegado André Costa, disse que 53 pessoas são acompanhadas rotineiramente em programa de proteção do Estado. “A gente faz o acompanhamento não só somente de pessoas ligadas a ameaças do extrativismo vegetal, mas de indígenas e também da população quilombola”, disse. Outros 55 casos estavam em análise.

O Comando Militar do Norte (CMN) do Exército Brasileiro disse, em nota, que realiza operações em coordenação com as agências e órgãos de segurança pública. “Destacam-se as Operações Verde Brasil e Samaúma, cujo foco das atividades é o combate a crimes ambientais, como desmatamento e garimpo ilegal”, afirmou. “Especificamente nas terras indigenas, o Comando Militar do Norte tem cooperado no combate a ilícito, realizando ações na faixa de fronteira.”

Também em nota, a Polícia Federal afirmou que conduziu 14 operações especiais de repressão qualificada em terras indígenas neste ano, resultando em R$ 1,9 milhão em bens apreendidos, além de 26 prisões em flagrante. “Além disso, foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, quatro mandados de prisão temporária e 82 mandados de busca e apreensão”, disse. O órgão também afirmou contribuir com operações de desintrusão e com operações para desestruturar “logística, administrativa e financeiramente organizações criminosas especializadas em crimes de mineração ilegal e outros delitos”.

*Repórter viajou a Belém a convite do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

 

A CRIATIVIDADE DESEMPENHA PAPEL FUNDAMENTAL NO DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÕES INOVADORAS

 

João Luiz Simões Neves – Global Result

Somos constantemente bombardeados por informações que impactam nossos pensamentos e forma de interpretar os fatos. Surge, então, a pergunta: existe critério que nos permita qualificar e normatizar qual das possíveis leituras da realidade é a mais correta? Seria possível nos afastar das dissonâncias existentes nas relações humanas e seguir em direção a uma convergência de pensamento e de ação? Neste livro, João Luiz Simões Neves mostra que sim. Embora estejamos sujeitos a muitas influências, podemos escolher como vamos reagir e nos comportar frente às mais diversas situações. Para fazer a escolha mais sábia, é preciso direcionar nossas decisões e cuidar da maturidade de nossas emoções. O autor explora a importância de qualificar nossos pensamentos a fim de alcançar nossos sonhos e objetivos, apresentando exemplos práticos e ferramentas que facilitarão o aprimoramento de sua capacidade de pensar de forma clara e crítica.

A criatividade desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios que enfrentamos diariamente. É através da criatividade que somos capazes de gerar insights, que são as ideias não convencionais que surgem repentinamente em nossa mente.

No meu livro “Pensando Claramente: Uma Visão da Bondade”, busco explorar o processo criativo, os insights e o salto cognitivo, e examinar sua inter-relação, além de discutir mais sobre a questão dos modelos mentais e das ideias preconcebidas. Lá, apresento uma série de exercícios de imaginação que explicam como funcionam os insights e o salto cognitivo, como este que é proposto por Kevin Ashton em seu livro “A história secreta da criatividade”, onde pessoas costumam apresentar três soluções para os problemas.

A história é: você está numa sala com uma porta de madeira. Na sala você encontra uma vela, uma cartela de fósforos e uma caixa de tachinhas. Como seria possível prender a vela à porta, utilizando apenas essas coisas, de modo que possa acendê-la, deixá-la queimar normalmente e criar uma luz que sirva para ler?

Uma primeira solução seria derreter parte da vela e utilizar a cera derretida para grudar a vela à porta. Outra solução seria prender a vela à porta com as tachinhas. Ambas as soluções podem funcionar, mas não muito bem. A terceira solução, mais eficiente e que só ocorre para a minoria, é esvaziar a caixa de tachinhas, prendê-la na porta com a tachinha e usar a caixa para sustentar a vela. Esta última solução tem uma característica que as outras não têm: um dos materiais, a caixa, é usado para um propósito diferente de sua finalidade inicial. Em algum momento, ocorre um desprendimento, quando a pessoa que está solucionando o problema deixa de vê-la como um objeto para guardar as tachinhas e começa a vê-la como algo para segurar a vela.

Essa mudança de leitura é o que chamamos normalmente de insight, uma clareza súbita na mente, a partir da qual desvendamos cenários diferentes e damos um salto cognitivo. Outros problemas do tipo são elaborados por psicólogos. E todos podem ser resolvidos do mesmo modo: mudando o foco intuitivo que estamos predispostos a usar.

Cientificamente falando, Ashton embasou sua análise no trabalho do psicólogo alemão Karl Duncker, na década de 1940, a partir da monografia intitulada On Problem Solving, que foi considerada uma revolução e uma transformação no entendimento da ciência do cérebro, conhecida por “revolução cognitiva”. O método de Duncker consistia em dar problemas às pessoas, solicitando que elas pensassem em voz alta enquanto tentavam solucioná-los, apreendendo, dessa forma, a estrutura do pensamento dessas pessoas.

Durante o estudo, Duncker se perguntava de que modo uma solução significativa pode ser encontrada e, ao estabelecer suas conclusões trouxe o seguinte pensamento: “Se uma situação é introduzida em certa estrutura perceptiva, o pensamento alcança uma estrutura contrária somente vencendo a resistência da estrutura anterior”. Ou, ideias antigas obstruem as novas. Muitas vezes avançamos quando fazemos a pergunta certa. A pergunta certa é muito mais importante que a resposta. Um problema sem solução pode ser um problema mal formulado. Se estamos diante de um problema ou de um dilema, é importante se perguntar o que é possível para resolver esse problema.

Economista formado pela Unicamp, com MBA pela Business School São Paulo e Programa Executivo pela Universidade de Toronto, possui especializações em análise de sistema e marketing.

Atualmente, é diretor da Global Results, consultoria especializada em gestão e liderança (www.globalresults.com.br), além de palestrante e escritor da área de gestão e liderança, com artigo internacional publicado na revista Apics – EUA.

Criatividade: como ir além das ideias habituais?

Uma pessoa altamente criativa é aquela capaz de trazer algo novo ou inusitado, que foge aos padrões habituais já conhecidos
Todo mundo tem seu lado criativo. Mas há pessoas que sabem usar sua criatividade de maneira mais produtiva, resultando em maior destaque no campo pessoal e profissional.

A criatividade é determinada por processos cerebrais complexos que envolvem a interação entre os dois hemisférios cerebrais (não se pensa mais em termos de “hemisfério esquerdo” lógico, realista e “hemisfério direito” criativo, intuitivo).

Praticamente, todas as áreas cerebrais estão envolvidas no processo criativo. Mais que as áreas cerebrais envolvidas, são importantes os diversos circuitos cerebrais que ligam as diversas áreas e como eles interagem para produzir tudo o que constitui a nossa mente.

Em geral, se imagina que o ato criativo surge do “nada”, como algo que “cai do céu” na mente da pessoa. Sabe-se hoje que não é bem assim: o ato criativo é o resultado final de um processo que se desenvolve desde a elaboração (consciente e inconsciente) até a realização do “estalo” criativo.

Uma pessoa altamente criativa é aquela capaz de trazer algo novo ou inusitado, que foge aos padrões habituais já conhecidos. A criatividade depende, em parte, da inteligência, das habilidades e da bagagem cultural da pessoa. No entanto, para aprofundar sua criatividade, é preciso mais do que isso. A pessoa precisa ter um objetivo em mente, um desafio, algo que faça alavancar ideias diferenciadas.

A estimulação da criatividade começa já na infância, quando se oferece a chance de desenvolver habilidades de modo amplo, diversificado, dando a liberdade de buscar novos interesses e experimentar novas atividades (desde que não haja risco significativo, claro !).

Essa “abertura” a diversas possibilidades permite que a criança tenha um desenvolvimento criativo mais amplo do que aquela que passou a infância restrita a atividades comuns, limitadas ou repetitivas.

Para o adulto, desenvolver criatividade depende da ruptura de possíveis padrões rígidos de pensamento já bem estabelecidos, do desenvolvimento do interesse por outros modos de pensar e experimentar, fugindo daquilo que a pessoa já está “acostumada”.

Tal desenvolvimento, muitas vezes, depende de um acompanhamento psicoterápico, uma vez que, frequentemente, a pessoa não consegue, por si mesma, fazer essa ruptura, esse movimento de liberdade.

Fonte: Administradores

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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

GOVERNO LANÇA NOVO PAC

 

História por MARIANNA HOLANDA E RENATO MACHADO • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou nesta terça-feira (8) a líderes partidários algumas linhas gerais do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que será lançado oficialmente na próxima sexta-feira (11).

O Palácio do Planalto informou que o novo PAC terá um investimento total de R$ 1 trilhão, considerando recursos públicos, de empresas estatais, gastos privados ligados ao programa e parcerias público-privadas.

O programa deverá ter início com a execução de obras que estão paradas. Para setembro, está prevista uma chamada pública para a inclusão de projetos de saúde e educação.

Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) iniciaram nesta terça-feira (8) uma rodada de reuniões para apresentar o programa para a cúpula do Congresso Nacional e para algumas lideranças de bancada.

Pela manhã, ambos se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), inicialmente, e depois com o comandante da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).

À tarde, os ministros palacianos organizaram reuniões com alguns líderes de bancada, primeiro com senadores e depois com deputados federais.

Ao deixar o encontro, Cid Gomes (PDT-CE) citou que o governo prevê um investimento total de R$ 1 trilhão ao longo de quatro anos. Esse número será puxado pelos investimentos que serão realizados pela Petrobras nesse período.

“[Será] R$ 1 trilhão ao longo de 4 anos, envolvendo recursos com características de PAC feito por outros órgãos e até pela iniciativa privada, fruto de PPPs (Parcerias Público-Privadas) ou concessões”, afirmou o senador.

“A Petrobras, por exemplo, certamente individualmente o maior investidor, tem plano de investimento de R$ 600 bilhões para o horizonte de quatro anos. Desses, metade será de manutenção, recuperação de ativos, então não conta, porque não se entende isso como característica de PAC. [Investimento com característica de PAC] é coisa nova, associada a esse conceito de sustentabilidade também. Dos R$ 600 bilhões de investimentos previstos na Petrobras, R$ 300 bilhões têm características de PAC”, completou.

Também presente ao encontro, o senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que o governo pretende começar a execução do programa através da retomada de obras paradas.

“Ministro Rui Costa pontuou os principais projetos do PAC para lançar agora dia 11. Começa pelas obras inacabadas, será prioridade a conclusão. Até porque sempre se coloca uma parte da emenda, faz uma parte da obra, depois não coloca a outra e fica inacabada. Depois, os pleitos dos governadores, cada estado apresentou o seu pleito, como prioridade das obras”, afirmou.

CÚPULA DA AMAZÔNIA EM BELÉM DO PARÁ

 

História por Redação Itatiaia •1h

Após a ‘Carta de Belém’ não vetar à exploração de petróleo e se esquivar sobre desmatamento zero no território amazônico, a Cúpula da Amazônia volta a se reunir nesta quarta-feira (9) com a participação de países de outros continentes.

Entre os convidados estão países como República Democrática do Congo, República do Congo e Indonésia. Eles foram incluídos no evento por concentrarem grandes florestas tropicais nos territórios.

Alemanha e Noruega também vão participar do evento por serem doadores regulares do Fundo Amazônia, criado há mais de dez anos para financiar a preservação da Amazônia.

As partes vão se reunir ao longo de todo o dia. Há expectativa de que uma carta também seja elaborada neste último dia de programação.

Entre outros assuntos na ordem do dia, está o financiamento de países ricos para preservação do bioma Amazônico. Há um entendimento entre representantes do Governo Lula de que a Amazônia é de interesse mundial. Por isso, os países desenvolvidos precisam aplicar recursos para ajudar a combater o avanço do desmatamento na região.

Lula já afirmou que vai buscar R$ 100 bilhões que foram prometidos pelas grandes potenciais mundiais e até hoje não foram pagos.

O documento com os pontos acordados foi publicado nessa segunda-feira.

Delimitações sobre a exploração de petróleo ficaram fora da “Declaração de Belém”. Tema de discordância entre os países Amazônicos, o assunto também não tem unanimidade entre os representantes do governador federal.

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do PSD é favorável a pesquisas que possam apontar as “potencialidades” da região.

A Petrobras tem interesse em realizar sondagens sobre o potencial petrolífero da Margem Equatorial, que fica a cerca de 500 quilômetros da foz do Amazonas – tema que divide opiniões no próprio governo Lula.

Após a publicação do documento, na saída do Centro de Convenções onde as autoridades estavam reunidas, o Presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, afirmou que não foi até o local para tratar de exploração de petróleo, mas destacou que o combustível fóssil pode ser utilizado para financiar a chamada transição energética.

Esta decisão sobre petróleo, sobre suspender a exploração são decisões de Estado, do Estado brasileiro. E se forem tomadas terão que ser cumpridas, acho que ainda é cedo para tratar do assunto tão drástico. A transição energética por si mesma é uma transição, não é uma ruptura, não acontece de um dia para o outro. É uma transição. O que nós temos que fazer, inclusive aproveitando que a COP será aqui, é discutir como o uso do petróleo que ainda vai durar por algumas décadas pode ajudar a financiar a transição energética”, afirmou.

Durante o discurso diante de todos os chefes de Estados da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, defendeu o fim da exploram de petróleo na região e chamou as apostas em novas fontes de combustíveis fósseis de “negacionismo”.

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defende que o Brasil conheça as potencialidades e diz que a Petrobras pode realizar estudos na área amazônica.

“A posição de um chefe de Estado precisa ser respeitada”. No entanto, o ex-senador por Minas Gerais destacou que a fala pode ser democraticamente debatida.

Considerada uma pauta prioritária e urgente para Lula, o desmatamento zero também não foi um ponto de consenso entre os países que trechos da floresta Amazônica nos territórios.

Em declarações ao longo do dia e no documento, o anfitrião da agenda, Lula se comprometeu a zerar o desmatamento na Amazônia até 2030, mesmo sem todos os países demonstrarem posturas assertivas em relação a um prazo para cumprir esse objetivo.

Após a publicação do documento, na saída do Centro de Convenções onde as autoridades estavam reunidas, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, afirmou que não veio até o local para tratar de exploração de petróleo, mas destacou que o combustível fóssil pode ser utilizada para financiar a chamada transição energética.

Já o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, defendeu o fim da exploram de petróleo na região e chamou as apostas em novas fontes de combustíveis fósseis de “negacionismo”.

Silveira evitou fazer críticas declarações de Petro, mas disse que o assunto cabe discussão.

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defende que o Brasil conheça as potencialidades e diz que a Petrobras pode realizar estudos na área amazônica.

Desmatamento zero

Considerada uma pauta prioritária e urgente para Lula, o desmatamento zero também não foi um ponto de consenso entre os países que trechos da floresta Amazônica nos territórios.

Em declarações ao longo do dia e no documento, o anfitrião da agenda, o o presidente do Brasil se comprometeu a zerar o desmatamento na Amazônia até 2030, mesmo sem todos os países demonstrarem posturas assertivas em relação a um prazo para cumprir esse objetivo.

Com projeções otimistas, antes do início da Cúpula Amazônica, Lula disse que pretendia apresentar as declarações formuladas pelos países na COP 28, nos Emirados Árabes, em Novembro deste ano.

Buscando protagonismo para pauta clínica climática, Lula quer que os países com grandes florestas tomem decisões em bloco. A intenção é fortalecer e atrair investimento para a preservação das florestas e o desenvolvimento sustentável.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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