A assinatura digital é um dos tipos de assinatura eletrônica e o que a
difere das demais, é que para utilizá-la, é necessário obter um
certificado digital, que é considerado a identidade eletrônica de
pessoas físicas e jurídicas no mundo virtual. Por isso, a assinatura
digital possui a mesma equivalência de uma assinatura de próprio punho.
Por sua vez, os demais tipos de assinaturas eletrônicas se realizam com
login e senha, código por SMS, biometria, reconhecimento facial, token,
entre outras. Como analogia podemos dizer que a assinatura eletrônica é
considerada o gênero que designa todas as espécies de assinaturas de
documentos eletrônicos. Por sua vez, a assinatura digital pode ser
considerada uma das espécies do “gênero” assinatura eletrônica. Logo,
podemos afirmar que a assinatura eletrônica é uma floresta enquanto a
assinatura digital é uma das espécies de árvore desta floresta. Dito
isso, embora muitas empresas do mercado de formalização digital
generalizem o termo “assinatura eletrônica”, a assinatura digital (que é
um tipo de assinatura eletrônica), se faz junto a um certificado
digital. Já os demais tipos de assinaturas eletrônicas não necessitam da
utilização de um certificado.
Medida provisória no 2.200-2, de 24 de agosto de 2001
A MP 2.200-2 de agosto de 2001 instituiu a Assinatura Digital e lhe
deu a mesma equivalência de uma assinatura de próprio punho. Logo, sua
validade jurídica é inquestionável. Nessa MP também foi instituída a
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira, a ICP-Brasil, que criou um
sistema nacional de Certificação Digital.
Lei nº 14.063 de 23 de setembro de 2020
A criação da Lei 14.063, que trata de assinaturas eletrônicas no
âmbito público, reforçou a confusão de terminologias, visto que a Lei
classifica as assinaturas eletrônicas em três tipos, sendo uma delas a
“assinatura qualificada”, que, embora seja tratada como “assinatura
eletrônica”, para uma melhor compreensão, pode ser chamada de
“assinatura digital”, uma vez que, para utilizá-la é necessário um
certificado digital. Além disso, os dois outros tipos de assinaturas
classificadas nessa Lei (simples e avançada) não necessitam de um
certificado digital, então, são o que chamamos de “assinatura
eletrônica”, conforme dito anteriormente. Confira na íntegra sobre os
tipos de assinaturas da Lei 14.063:
– Assinatura Simples
Nesse tipo de assinatura a conferência dos dados pessoais é
simplificada. Portanto, recomenda-se em transações de baixíssimo risco e
relevância para evitar eventuais fraudes.
– Assinatura Avançada
Esse tipo é um pouco mais seguro que a anterior e vincula a
autenticação das assinaturas ao próprio documento. Então, o risco da
transação é reduzido. Ademais, fornece evidências adicionais que podem
ser utilizadas para verificação da autenticidade.
– Assinatura Qualificada
É a que possui o nível mais elevado de confiabilidade devido a
segurança dos critérios e normas impostos pela MP 2.200-2. O processo de
assinatura é realizado por meio do certificado digital – ICP-Brasil que
comprova de forma inequívoca que quem assinou determinado documento
digital é quem diz ser e que concorda com o seu teor.
Assinatura Eletrônica Qualificada é uma Assinatura Digital?
Em suma, podemos dizer que a assinatura eletrônica qualificada é sim
uma assinatura digital, visto que ambas utilizam um certificado digital.
Portanto, possuem a mesma equivalência de uma assinatura realizada de
próprio punho.
Entretanto, com os termos esclarecidos, o mais importante é saber
quando utilizar cada uma. Recomenda-se, então, a assinatura digital
(assinatura eletrônica qualificada) em casos que envolvam maior
segurança jurídica, riscos de negócio, valores significativos
envolvidos, dúvidas acerca do impacto que a prova de autoria pode
causar, compliance, assinatura de documentos entre empresas e entes
públicos.
Por sua vez, os demais tipos de assinaturas eletrônicas são
recomendados em documentos com baixo risco nos negócios e menor impacto,
em documentos que necessitem de uma simples aprovação, aceite ou de
acordo, como um contrato de adesão, termo de uso, entre outros.
Ressalta-se, contudo, que além dessas recomendações, deve-se avaliar o
risco do negócio e as circunstâncias para se escolher o tipo ideal de
assinatura.
Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda,
empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de
reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.
São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os
negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.
Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento
das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de
consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas
possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os
negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e
se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade,
personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e
serviços.
Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do
comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios
passa pelo digital.
Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais
rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é
uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar
diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo
para o seu comércio.
Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de
vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma
poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.
Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página
principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações
importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e
veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem
completo para a nossa região do Vale do Aço.
Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 222.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/
também tem sido visto por mais de 5.800.000 de pessoas, valores
significativos de audiência para uma iniciativa de apenas três anos.
Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a
sua empresa.
Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser
inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a
Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da
região capaz de alavancar as suas vendas.
A venda do controle da Braskem pela Novonor (antiga
Odebrecht) tem despertado o interesse tanto de grandes companhias
nacionais e estrangeiras como do governo. Até agora, 3 grupos já
apresentaram propostas formais para comprar ações da gigante
petroquímica: Unipar, J&F e Apollo/Adnoc. E mais uma empresa pode fazer o mesmo: a Petrobras.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem estimulado a transação que
salvaria a Novonor e permitiria a volta da Petrobras para o setor
petroquímico, um desejo do governo e do PT, como mostrou o Poder360 em junho. No mercado, há um consenso de que a palavra final sobre a venda será dada por Lula.
A estatal é sócia minoritária na petroquímica com 36,1% do capital
total. A Novonor tem 38,3% e precisa vender sua fatia para saldar as
dívidas. A empresa entrou em recuperação judicial em 2020 depois de ter
ficado com as contas fragilizadas por conta de condenações na Operação
Lava Jato.
Para fazer frente à crise financeira enfrentada, a Novonor alienou
suas ações da Braskem como garantia de empréstimo a 5 bancos, seus
principais credores no processo de recuperação judicial. O débito da
Novonor com esses bancos é de cerca de R$ 15 bilhões.
A Petrobras tem legalmente o direito de preferência de compra do
controle acionário por ser acionista minoritária. E também a
possibilidade de tag along, mecanismo que garante o direito de a
estatal deixar a sociedade caso o controle da companhia seja adquirido
por um investidor que até então não fazia parte da mesma.
Em 14 de junho, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse estar confortável com
o direito de preferência que a estatal tem sobre as ações da Braskem.
Admitiu também que a empresa trabalha internamente para avaliar a
possibilidade de cobrir a oferta dos concorrentes pela compra da
petroquímica.
Em 10 de julho, a Petrobras informou ao mercado o início do processo de due diligence (análise
aprofundada) de dados da Braskem. O objetivo é avaliar os números da
empresa para tomada de decisão sobre a possibilidade de a estatal
exercer direito de preferência.
Na 4ª feira (19.jul.2023), Prates afirmou a jornalistas que a
petroleira terá o privilégio de ser a última a se manifestar e analisará
todas as propostas. Na ocasião, segundo o Valor Econômico, o
diretor de processos industriais e produtos da Petrobras, Willian
França, disse ainda que as 3 empresas colocaram as cartas na mesa para a
estatal. “Vamos exercer o direito de preferência, se for o caso, no momento certo”, afirmou.
AS CARTAS NA MESA
Dentre as propostas feitas, a da Unipar chama atenção por um ponto. A
empresa química baiana não compraria todas as ações da Novonor, mas apenas parte delas.
A Unipar quer comprar 34,3% das ações. Assim a Novonor manteria 4% de
participação, o que agrada à empresa. Isso faria com que a Petrobras
passasse a ter a maior fatia do capital total da Braskem.
O modelo de compra proposto pela Unipar foi aceito pela Novonor, dando início ao processo de due diligence pela
empresa. Para avançar com a negociação, a companhia ainda depende do
aval dos bancos credores. A Unipar é outra gigante do setor
petroquímico, sendo controlada pelo empresário brasileiro Frank Geyer
Abubakir, 50 anos.
Em valores brutos, a proposta da Unipar é igual a da J&F, holding
dos irmãos Joesley e Wesley Batista que controla a JBS e o banco
Original. Ambas ofereceram R$ 10 bilhões a Novonor. A diferença fica na
forma de pagar, comprando a dívida da empresa com os bancos, e a fatia
da petroquímica que seria comprada com o mesmo valor.
A J&F ofereceu a quantia pela totalidade das ações na Novonor,
deixando a empresa de fora do negócio. Com isso, o valor unitário da
ação seria menor que o da Unipar. A companhia dos Batistas precificou a
ação em R$ 32. Já a de Frank Geyer Abubakir considerou o papel em R$
36,50. Cabe destacar que na última semana a ação da Braskem na B3
oscilou de R$ 26 a R$ 24, estando as duas ofertas com valores acima da
precificação do mercado.
Já a proposta conjunta da Adnoc, estatal de petróleo de Abu Dhabi, com o fundo private equity americano
Apollo Global Management, traz inicialmente valores maiores. A oferta
foi de US$ 7,2 bilhões pela totalidade das ações (cerca de R$ 34,5
milhões), sendo que cada ação seria vendida por até R$ 47.
Porém, a valor presente o preço oferecido pode cair para menos de R$
30 por ação por causa dos métodos que seriam adotados para o cálculo
final do pagamento, o que faz a proposta não ser tão vantajosa como
parece.
Além disso, o fim da participação da Novonor também pesa. Por esses
motivos, a empresa estaria dificultando o acesso do consórcio
Apollo/Adnoc aos dados para due diligence, segundo o Valor Econômico.
O tamanho da Braskem justifica a cobiça pela gigante do setor
petroquímico. Em 2022, a empresa teve receita líquida de R$ 96,5
bilhões. Trata-se da maior produtora de resinas termoplásticas
(polietileno, polipropileno e PVC) das Américas. No Brasil, a empresa
tem 100% do mercado de polietileno e polipropileno.
A empresa tem 36 plantas industriais no mundo. No Brasil, elas estão
localizadas nos estados de Alagoas, Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de
Janeiro e São Paulo. A petroquímica também responde por 74% do mercado
de plásticos nacional.
O grupo ainda tem fábricas no México, nos Estados Unidos e na
Alemanha. Nos EUA, a Braskem é a maior produtora de polipropileno.
Também lidera a produção de polietileno no México.
A eventual venda da petroquímica Braskem para a Unipar pode ter uma dificuldade no Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica) caso seja concluída. A empresa já
tem o monopólio em vários segmentos e, com a possível transação, passaria a concentrar também todo o mercado de PVC nacional, como noticiou o Poder360.
A Braskem tem 70% do mercado de PVC (policloreto de vinila). A Unipar
fica com os outros 30%. A empresa baiana, porém, está disposta a
colocar a fábrica de PVC à venda para que o processo de aquisição da
Braskem não seja contestado no Cade.
Segundo dados públicos da Abiquim (Associação
Brasileira da Indústria de Química e de Produtos Derivados), a Braskem
tem capacidade instalada para produzir 710 mil toneladas por ano de PVC.
Já a Unipar, de 300 mil toneladas por ano.
A Unipar é líder na produção de cloro e soda e a 2ª maior produtora de PVC na América do Sul. Em 2022, a receita líquida da companhia alcançou R$ 7,3 bilhões,
15,6% superior à obtida em 2021. Já o lucro líquido consolidado
alcançou R$ 1,3 bilhão em 2022, 14% superior ao valor recorrente de
2021.
Na busca por aumentar a segurança na região amazônica, o governo
estuda ampliar, em cerca de cem quilômetros (km) a faixa de fronteira do
Brasil com os países vizinhos. A intenção foi detalhada nesta semana,
pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA),
depois do lançamento do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Amas),
que prevê ações de segurança pública nos estados da Amazônia Legal.
“Na constituição existe uma autorização para que as forças armadas
atuem nas faixas de fronteira, que à luz da constituição é entendido
como uma faixa de 150 km da fronteira para dentro do território
nacional. Um dos temas que esta em debate é na Amazônia ampliar essa
faixa de fronteira, e o ministro [da Defesa] Múcio defende essa
tese. Ontem conversamos com o presidente da República, vamos agora
debater esse tema. O ministro Múcio ontem especulou a ideia de 250 km,
isso permitiria uma atuação mais alta das forças armadas”, disse.
O plano Amas abrange Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso,
Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins. O objetivo é enfrentar crimes na
região, sobretudo os ambientais. Segundo o ministro da Justiça, o
governo quer implementar mais bases de monitoramento na região.
“O que tem de mais importante no Amas é a instalação de 34 bases
integradas: Policia Federal e policias estaduais, sendo 28 bases
terrestres, seis bases fluviais e dois centros de comando; um centro de
cooperação internacional liderado pela Polícia Federal e convite para as
policias dos países da Amazônia e outro centro de comando da Força
Nacional das operações ambientais, ambos sediados em Manaus, comandando
as forças que estão nos nove estados”, detalhou Dino.
Para as ações do plano Amas, os investimentos são de R$ 2 bilhões, do
Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Amazônia. A verba vai
ser destinada à implantação de estruturas e compra de viaturas,
armamentos, helicópteros, caminhonetes, lanchas blindadas, entre outros
equipamentos.
O imposto seletivo proposto pela reforma tributária tem movimentado
tributaristas e entidades empresariais pelo risco de encarecer serviços
hoje considerados essenciais, como energia elétrica, combustíveis e
telecomunicações – os quais, além de atender ao consumidor final, também
são insumos em outras cadeias produtivas.
O novo imposto, a ser cobrado além do Imposto do Valor Agregado (IVA)
– que vai unificar os tributos atuais -, foi criado com a missão de
taxar a mais produtos considerados prejudiciais à saúde e, uma inovação,
ao meio ambiente. Por isso, também é conhecido como “imposto do
pecado”.
Nó tributário
Hoje, itens como bebidas alcoólicas e cigarros já têm tributação
adicional, mas a expectativa é que a lista de itens sobretaxados possa
aumentar com a previsão expressa na Constituição a atividades que
economistas classificam como geradoras de “externalidades negativas”.
No caso da energia elétrica, há o temor de que a geração seja
considerada danosa ao meio ambiente e, por isso, passível de ser taxada
pelo seletivo. A matriz energética brasileira é composta, por exemplo,
por termelétricas movidas a carvão, uma fonte mais poluente. E até mesmo
as hidrelétricas, majoritárias no nosso sistema, poderiam ser
consideradas prejudiciais devido à construção dos reservatórios, que
impactam a fauna e a flora. Em relação aos combustíveis fósseis, o
receio também está ligado à questão ambiental, uma vez que a queima
produz gases do efeito estufa.
O texto da reforma tributária aprovado na Câmara estabelece que o
imposto seletivo será de responsabilidade do governo federal e, assim
como funciona hoje com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) –
que também tem caráter regulatório -, poderá ter a alíquota alterada a
qualquer momento por iniciativa da União, sem a necessidade de aval do
Congresso. Ele também não precisará esperar até o ano seguinte
(princípio da anterioridade) para começar a valer.
A regulação desse imposto está prevista para lei complementar, com a
menção explícita a bens e serviços passíveis da sobretaxa. No entanto,
uma redação incluída na PEC deixou alguns setores preocupados, pois,
segundo tributaristas, viraram candidatos a entrar para o seletivo –
principalmente em momentos em que houver necessidade de elevar a
arrecadação. São eles: energia elétrica, serviços de telecomunicações,
derivados de petróleo, combustíveis e minerais.
A nova redação do artigo 155 da Constituição afirma que esses bens e
serviços não serão taxados por nenhum outro imposto, à exceção do IBS
(novo imposto que substituirá o ICMS, estadual, e o ISS, municipal) e do
seletivo.
“Essas atividades permitem uma arrecadação muito alta ao governo.
Telecomunicações e energia, por exemplo, são consumidos por todos. Então
esses setores sabem que são alvos fáceis”, explica Luiz Roberto Peroba,
sócio da área tributária do Pinheiro Neto Advogados. “O IPI,
originalmente, tinha essa finalidade regulatória; mas, com o passar do
tempo, isso foi se desvirtuando”, afirma.
Serviços essenciais
A questão é que eletricidade, combustíveis e telecomunicações
receberam o tratamento de serviços essenciais pelo Supremo Tribunal
Federal, que determinou que eles não poderiam ter taxas elevadas de ICMS
e deveriam ser tributados pela alíquota modal (a padrão) de cada
Estado, que à época girava ao redor de 17%.
Esse entendimento embasou uma lei complementar proposta por Jair
Bolsonaro (PL) no ano passado que obrigou os governadores a baixar o
ICMS sobre combustíveis temporariamente. Agora, durante a tramitação da
reforma tributária, esses setores batalham para serem considerados
essenciais e, assim, escaparem do seletivo.
No entanto, o advogado Rodrigo Bevilaqua, que é sócio da área
tributária do escritório Cescon Barrieu, afirma que a essencialidade,
por si só, não é suficiente. “O enquadramento como essencial é um
caminho, mas não basta para afastar o risco do seletivo”, diz. “Seria
necessário prever que, como essenciais, eles merecem tratamento
diferenciado com taxação não superior aos demais.”
A diretora de Assuntos Técnicos e Regulatórios da Associação Nacional
dos Consumidores de Energia (Anace), Mariana Amim, afirma que o
reconhecimento da essencialidade seria apenas o primeiro passo para o
setor negociar esse tratamento diferenciado, por meio de alíquotas
reduzidas – afastando, dessa maneira, a incidência do seletivo.
Isso porque a PEC proíbe a cobrança desse novo tributo sobre bens e
serviços que tenham redução de alíquota. “Por isso a importância de o
Senado reconhecer a energia elétrica como um insumo essencial”, afirma
Mariana.
Biocombustíveis, como o etanol, já foram agraciados, ainda na Câmara,
com tratamento diferenciado. A nova redação do artigo 225, no texto da
reforma tributária, assegura “tributação inferior à incidente sobre os
combustíveis fósseis, capaz de garantir diferencial competitivo”.
Bevilaqua afirma que a gestão da União sobre o seletivo também deixou
em alerta o setor de petróleo, após o Ministério da Fazenda ter elevado
o imposto sobre as exportações de óleo bruto em maio, sem aviso prévio.
A equipe econômica alega que precisava da receita para manter a
desoneração do diesel até o fim deste ano, mas as empresas recorreram à
Justiça.
“Um imposto que é regulatório (o de exportação) foi usado com viés
arrecadatório, e o temor é que o seletivo opere com essas mesmas
prerrogativas”, diz o advogado.
A Fazenda tem apresentado resistências à inclusão de mais setores na
lista de exceções, alegando que isso pode afetar o funcionamento do novo
IVA. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, já disse que a depender
do número de tratamentos diferenciados a reforma pode ir por terra.
Zona Franca
Mas o seletivo não está provocando debate apenas pelo risco de
sobretaxa nestes setores. O advogado Gustavo Brigagão, do escritório
Brigagão, Duque Estrada, afirma que no capítulo inserido sobre a Zona
Franca, o texto da reforma também previu que o seletivo possa ser usado
para manter o diferencial de tributação para as empresas instaladas na
região.
Neste caso, o seletivo seria aplicado sobre concorrentes da Zona
Franca fabricados em outras regiões do País, como motos ou
refrigerantes, por exemplo. O artigo 92-B afirma que serão utilizados,
individual ou cumulativamente, instrumentos fiscais, econômicos ou
financeiros, inclusive a incidência do imposto seletivo, para manter o
tratamento favorecido às empresas instaladas na região.
“A menos que você considere uma externalidade negativa ao meio
ambiente industrializar, comercializar ou importar um bem fora da Zona
Franca, essa aplicação do seletivo não faz sentido”, afirma Brigagão.
Peroba reforça a avaliação: “Essa aplicação do seletivo, do ponto de
vista técnico, é totalmente inadequada. Foi uma escolha política.”
A previsão foi um pleito da bancada do Amazonas, que negociou com o
Ministério da Fazenda inserções na reforma que garantissem a sobrevida
da região, cuja previsão atual de existência vai até 2073. O relator da
reforma no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), foi um dos principais
responsáveis pela inserção dos trechos que atendem à Zona Franca e, por
isso, é improvável que faça modificações na tramitação no Senado.
Petista é hoje o maior pregador do ódio, da violência e da discórdia em atuação no Brasil
Por J.R. Guzzo
O Brasil está afundando, cada vez mais, num abismo em que a
autoridade pública incentiva abertamente o linchamento dos inimigos
políticos – ou de quem é considerado inimigo. O último surto desse tipo
de doença degenerativa, presente no DNA de todas as ditaduras, se
manifestou em mais um dos crescentes disparos de ira do presidente da República. Sem esperar qualquer decisão da Justiça, Lula chamou de “animal selvagem” um cidadão acusado de ofender o ministro Alexandre de Moraes num
bate-boca no aeroporto de Roma. Sustentou, mesmo, que não se trata de
“um ser humano”. Disse, em seguida, que eles devem ser “extirpados”. O
que significa isso? A lei brasileira exige que todos, sem distinção,
sejam tratados como seres humanos e tenham direito à vida; não há
exceções. A lei também estabelece que todo mundo é inocente até ser
provada a sua culpa, e no caso, ainda não se provou nada; talvez não se
prove nunca. Não está previsto em lugar nenhum, enfim, que uma pessoa
deva ser “extirpada” – apenas que seja punida segundo o processo legal. O
que Lula fez não foi exigir a aplicação rigorosa da lei. Foi estimular a
desordem.
Qual a surpresa, aí? Este tem sido, há muito tempo, o comportamento
natural do presidente – ele é hoje o maior pregador do ódio, da
violência e da discórdia em atuação no Brasil. Há algum outro que diga
em público as coisas que ele vive dizendo? O que há de realmente
perturbador não é isso. É a aceitação passiva de um regime político que
obriga a sociedade a engolir a mentira no lugar da verdade – e que
ameaça com cadeia, e outros tipos de repressão, quem aponta os fatos. É
uma ordem jurídica que trocou a lei pela vingança, usa a polícia como o
seu serviço particular de segurança armada e substituiu a realidade pela
propaganda oficial. É, mais do que qualquer outra coisa, a continuação
do vale-tudo ideológico e moral que começou com o combate ao
ex-presidente Jair Bolsonaro e a tudo o que havia ao seu redor.
Bolsonaro ia acabar com o Brasil; nesse caso, era justo usar qualquer
meio para acabar com ele antes, como aplicar a censura “só até a
eleição”, ou dizer que a “sociedade está acima da lei”. É a velha
história: vamos matar mil para salvar um milhão. Houve a mesma coisa com
a histeria descontrolada, por parte da máquina estatal, de todas as
elites e da mídia, no tratamento da covid. O Brasil ia desaparecer; era
preciso, para salvar o País, eliminar as liberdades, os direitos
individuais e a vigência das leis.
Bolsonaro já foi. A covid já foi. Ficou, e vai ficando cada vez mais, a ideia de que só há um Deus, o consórcio STF-Lula, e uma só verdade – a deles.
Ao negar apoio a regimes autocráticos e
defender a condenação à agressão da Rússia, o presidente chileno mostra
que a esquerda pode ser moderna – o contrário do atraso lulopetista
Por Notas & Informações – Jornal Estadão
Se o presidente do Chile, Gabriel Boric, é o aggiornamento da esquerda latino-americana, Lula da Silva é a obsolescenza.
E, ao contrário do que pensa o demiurgo petista, não se trata de uma
questão de idade – basta lembrar que o quase nonagenário esquerdista
Pepe Mujica, ex-presidente uruguaio, declarou com todas as letras que o
regime venezuelano, aquele tratado como democrático por Lula, “é uma
ditadura, sim”.
Mas Lula não gosta de novidades. Prefere aferrar-se ao que conhece, à
sua antediluviana visão de mundo, nutrindo profunda aversão àqueles que
ousam contrariá-lo – especialmente quando esse atrevimento parte de um
jovem, como o presidente chileno, de apenas 37 anos.
Neste ano, em duas ocasiões, Boric teve que lembrar ao presidente
brasileiro que há limites morais para o apoio a regimes que violentam os
princípios mais comezinhos da democracia, do direito e da civilização –
aqueles que estão na essência do ideário da esquerda que superou o
bolor marxista, caso da social-democracia europeia.
Em maio passado, durante um encontro de líderes sul-americanos
convocado por Lula em Brasília, o chileno rejeitou a condescendência do
anfitrião às ditaduras de Venezuela, Cuba e Nicarágua e refutou a versão
do petista de que Caracas é vítima de uma “narrativa” antidemocrática.
“Não é uma construção narrativa. É uma realidade, é séria, e tive a
oportunidade de vê-la de perto nos rostos e na dor de centenas de
milhares de venezuelanos”, afirmou Boric.
Nesta semana, na reunião de cúpula da União Europeia e da Comunidade
dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o chileno isolou-se
dos demais líderes da esquerda da América Latina ao considerar
apropriada uma condenação à guerra da Rússia contra a Ucrânia na
declaração final do encontro. Junto aos europeus, foi voto vencido.
A esta última intervenção de Boric, Lula reagiu de forma arrogante.
Aos 77 anos, o petista tentou desqualificar Boric, 40 anos mais moço,
não pelos argumentos, mas pela juventude do chileno. Lula disse que o
“jovem” Boric estava “ansioso” em razão de sua “falta de costume” em
participar de reuniões de cúpula como aquela.
Boric reagiu à grosseria de Lula com a elegância que falta ao
petista, dizendo que não se sentiu ofendido e que nutre “respeito
infinito e carinho” pelo presidente brasileiro. Talvez inadvertidamente,
Boric tratou Lula como um símbolo avoengo ao qual se presta reverência
apenas cerimonial, posto que ultrapassado.
Lula vive e respira ainda como se o mundo estivesse dividido entre
patrões e empregados, ou entre imperialistas e colonizados, luta
existencial que serve para justificar ditaduras como a da Venezuela ou
as ações criminosas da Rússia de Vladimir Putin. O que há em comum entre
esses países delinquentes, na visão lulopetista, é o fato de que se
apresentam como vítimas do “Ocidente”, representação genérica dos
Estados Unidos e da Europa ocidental. Como se ainda estivéssemos na
guerra fria, Lula considera legítimo que a Rússia invada a Ucrânia ou
que Nicolás Maduro encarcere seus opositores se isso for a resposta
considerada adequada ao “imperialismo estadunidense”.
Segmentos da esquerda brasileira já foram capazes de reavaliar o
papel da social-democracia nas últimas décadas. Rever erros e corrigir
rumos é missão de qualquer partido político, principalmente entre os que
conduziram e conduzem o Poder Executivo e estão presentes no
Legislativo.
Já não existe mais espaço, portanto, para a esquerda repetir slogans caquéticos.
O mundo não é mais a zona de confronto latente entre EUA e União
Soviética. A pauta do bem-estar social e do combate às desigualdades
deixou de ser matéria exclusiva de partidos esquerdistas. A vocação
estatizante da economia não se sustenta em uma ordem mundial que requer
indicadores elevados de produtividade e de competitividade das empresas e
que exige, dos Estados, fundamentos fiscais e monetários sólidos. Lula,
por sua senioridade, deveria ter se atualizado. É preciso, porém, que
saiba: ainda há tempo, se tiver vontade.
Por Samira de Mendonça Tanus Madeira – Jornal Estadão
Primeiramente, é importante esclarecer que inventário é o
procedimento mediante o qual se faz um levantamento de todos os bens,
direitos e dívidas deixados pelo falecido, para que ocorra a partilha e
transferência de todo o patrimônio para os herdeiros.
Antes da abertura da sucessão, que ocorre com a morte do autor da
herança, é impossível realizar qualquer venda de herança, pois não
existe herança de pessoa viva, conforme o artigo 426 do código civil.
Isto se deve ao fato de que, em vida, a pessoa pode perder ou adquirir
bens e obrigações, o que altera o valor do seu patrimônio e, por
consequência, sua herança. Certo é que o lapso temporal pode criar uma
situação em que, ao falecer, a pessoa deixa mais dívidas do que bens, ou
seja, não existindo, assim, patrimônio partilhável por meio do
inventário.
Partindo do pressuposto em que há herança e, por consequência,
herdeiros que farão parte do inventário e, com a partilha, irão receber o
patrimônio, muito se questiona sobre a possibilidade de venda do imóvel
ou qualquer outro bem que será herdado.
Caso ainda não se tenha dado início ao processo de inventário, é
possível a venda de um imóvel objeto de herança através de uma cessão
onerosa dos direitos hereditários. Tal contrato é realizado em cartório,
e deve ser necessariamente lavrado mediante escritura pública, conforme
estabelece o art. 1.793, do Código Civil.
Na cessão, temos de um lado os cedentes, que são os herdeiros, e, do
outro, o cessionário, aquele a quem serão cedidos e transferidos os
direitos da sucessão. Em outras palavras, o cessionário entrará na
sucessão como se herdeiro fosse, recebendo a herança com todos os seus
bônus e ônus, se tornando habilitado e legítimo a promover o inventário.
Importante dizer que somente após a partilha é que há a concretização
do direito de propriedade em bens singularizados, ou seja, considerados
de forma unitária. Por essa razão, não pode o co-herdeiro, em
princípio, realizar venda de bem individualizado, sob pena de afrontar o
direito de propriedade dos demais herdeiros. Isso significa que eu não
posso vender um apartamento, mas posso vender minha participação no
acervo patrimonial. Desse modo, se tiver participação, por exemplo, de
30 % sobre o acervo patrimonial do falecido, poderá o herdeiro ceder seu
quinhão integralmente (30%) ou parte dele (10%, 15% ou 20%).
Deverá o cedente obter a outorga uxória ou a autorização marital, na
hipótese de ser casado, uma vez que a lei considera de natureza imóvel o
direito à sucessão aberta (artigo 80, II, do CC), salvo se o regime for
o da separação absoluta de bens (artigo 1647, caput, e inciso I do CC).
Além disso, deverá ser respeitado o direito de preferência estabelecido
no artigo 1794 do CC.
Conclui-se, pois, que a cessão de direitos hereditários em relação a
um quinhão ideal, no todo ou em parte, desde que respeitado o direito de
preferência dos demais herdeiros, é um negócio jurídico válido e eficaz
perante os demais herdeiros.
A relevância e utilidade desse tipo de negócio jurídico se evidencia
pela liquidez de um patrimônio imobilizado por meio de um processo que
geralmente dura anos. O benefício do cessionário, por sua vez, consiste
na possibilidade de aquisição de direitos sobre bens por um preço menor
que o geralmente cobrado no mercado.
*Samira de Mendonça Tanus Madeira é advogada (OAB/ RJ
174.354), com especialização em Direito Processual Civil, Planejamento
Sucessório e Direito Imobiliário. Extensão em Contract Law; From Trust
to Promisse to Contract – Harvard University e Direitos Humanos e Novas
Tecnologias pela Universidade de Coimbra. Sócia do escritório Tanus
Madeira Advogados Associados, fundado em 1983, com unidades nas cidades
do Rio de Janeiro e Macaé- RJ
Entre as causas, estão envelhecimento
acelerado da população e a falta de tratamento adequado contra a
osteoporose; homens devem ser os mais afetados
Por Katarina Moraes – Jornal Estadão
O Brasil terá que lidar com um aumento significativo dos casos de fratura no quadril nas próximas décadas. A estimativaé de que o País terá quase quatro vezes mais incidentes desse tipo até 2050, segundoum estudo global recente
da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. A tendência de alta foi
registrada também em outros 18 países pesquisados. Os cientistas ainda
apontam que a situação é particularmente preocupante entre os homens.
Para chegar a esses dados, os pesquisadores analisaram informações de
pacientes com 50 anos ou mais hospitalizados com fratura de quadril
entre 2005 a 2018 em 19 países. No total, 4 115 046 ocorrências desse
tipo foram identificadas. Além disso, eles levaram em conta padrões de
tratamento e taxas de mortalidade por todas as causas. Tudo isso ajudou a
estimar o número de fraturas no quadril que, globalmente, deve
praticamente dobrar em 30 anos.
No Brasil, especificamente, deve ocorrer um salto de 50,5 mil casos
para 199,1 mil. Vale destacar, contudo, que somente os pacientes
atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foram incluídos na análise.
Significa que cerca de 30% da população que tem acesso a planos de saúde
particulares ficaram de fora. “O número [de casos de fratura no quadril] é
um pouco maior do que parece”, esclarece a endocrinologista Marise
Lazaretti Castro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Entre as razões relacionadas ao aumento, estão a falta de tratamento
adequado contra a osteoporose para quem já teve uma lesão do tipo e o
envelhecimento acelerado da população mundial.
O endocrinologista Sérgio Maeda, presidente da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso),
afirma que muita gente abandona o tratamento por causa dos efeitos
colaterais dos medicamentos tradicionalmente indicados, chamados de
bisfosfonatos.
“Mas eles previnem muito mais as fraturas do que causam efeitos
colaterais”, tranquiliza Maeda. As reações adversas temidas são, em
geral, fraturas atípicas e osteonecrose de mandíbula (uma lesão na
região bucal), mas elas são raras: acontecem em menos de 3% dos
pacientes.
Estudo alerta para a osteoporose em homens
Uma das descobertas inéditas do trabalho é que a disparada de
fraturas no quadril pelo mundo deve ser maior entre os homens nos
próximos 30 anos, apesar de a osteoporose ser mais comum em mulheres.
Elas costumam ser as mais afetadas porque depois da menopausa há queda
na produção de hormônios que protegem o esqueleto. Para ter ideia, 30%
delas apresentam o diagnóstico a partir dos 50 anos, contra 10% dos
homens, estima a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além disso, no levantamento, as taxas de mortalidade pelo trauma se
mostraram maiores em homens que em mulheres. Os especialistas comentam
que isso se deve à falta de atenção médica, atrelada ao estigma de que
eles não são afetados pela doença. Sem falar no abandono da medicação.
“A ginecologista costuma pedir o exame de densitometria óssea[que avalia a situação da massa óssea e ajuda no diagnóstico da osteoporse] para
a mulher quando ela entra no período da menopausa, mas não existe essa
rotina para o homem, que, ainda por cima, tem mais resistência a ir ao
médico”, contextualiza Marise.
O aposentado Paulo Fukusaki, de 59 anos, passou por vários
endocrinologistas, mas nenhum solicitou o exame de densitometria óssea.
Ao fazê-lo pela primeira vez,há 10 anos, surpreendeu-se com a
notícia de que já estava com uma osteoporose avançada e iniciou o
tratamento. “Agora, já consegui deter a perda da massa óssea e recuperar
uma parte”, conta.
Fukusaki aproveitou a experiência para alertar os irmãos sobre o
assunto. “Falei para pesquisarem sobre a doença”, diz. Os irmãos
começaram, então, a fazer um acompanhamento. Depois, descobriram o
processo de enfraquecimento dos ossos e começaram a tratar o quadro.
Prevenção e tratamento devem ser intensificados
Para ambos os sexos, a prevenção da osteoporose (e, consequentemente,
de futuras fraturas no quadril) deve começar ainda na infância, quando
os ossos estão em fase de calcificação, indicam os médicos.
A recomendação é estimular a ingestão de laticínios –
como leite, queijos e iogurtes –, que fornecem cálcio ao organismo. O
mineral auxilia na mineralização dos ossos. Para garantir o
aproveitamento do cálcio, porém, é essencial proporcionar ao corpo doses
adequadas de vitamina D, obtida a partir do contato
com raios solares. Estima-se que cerca de 15 a 20 minutos de exposição
solar sejam suficientes. Às vezes, é necessário recorrer à suplementação
dessa substância – vale confirmar com um especialista.
Outra medida primordial para evitar a osteoporose é fazer exercício físico.
As modalidades mais indicadas nesse cenário são aquelas de maior
resistência ou impacto, como musculação e corrida. São elas que
contribuem de forma mais significativa para a formação dos ossos. Na
fase adulta, quando se atinge o chamado “pico de massa óssea”, segundo
Maeda, deve-se manter uma alimentação saudável e a prática de exercícios
para manter essa reserva.
Paulo Fukusaki seguiu à risca as recomendações e, hoje, pratica
musculação e corre de três a quatro vezes por semana. “No começo foi
difícil, mas a médica me explicou que eu tinha que encarar isso como se
fosse tomar remédio. No fim, acabei gostando. Agora, se não faço algum
dia, sinto falta”, relata.
Outro ponto essencial no combate à osteoporose é incluir a densitometria óssea no
check-up anual, principalmente se houver predisposição à doença – como
histórico familiar, fraturas anteriores por trauma leve e idade
avançada. Para a endocrinologista, o Brasil deve facilitar o acesso ao
exame (indisponível em algumas regiões) e também o acompanhamento
preventivo com nutricionistas e fisioterapeutas pelo SUS.
“Nas próximas décadas, teremos um aumento expressivo no número de
idosos nos países em desenvolvimento, e o sistema de saúde tem que se
preparar para isso”, afirma Marise.
Segue abaixo release sobre a Creator Economy estar ganhando cada vez
mais espaço no mercado. Este setor já conta com mais de 50 milhões de
profissionais em todo o mundo e pode aumentar em até 71 vezes a entrega
de uma mensagem ao target. Os prosumers são divididos em 10 categorias,
com influenciadores de diversas áreas, o que explica o crescimento do
mkt de influência e da economia dos criadores. As marcas conseguem
atingir qualquer que seja o público, utilizando o influenciador certo,
bem posicionado e com credibilidade em seu nicho.
Somente 5% das pessoas não gostam de receber publicidade de marcas
feitas por influenciadores. Os dados mostram uma aceitação muito grande
por esse tipo de conteúdo.
Com estratégias que otimizam peças publicitárias, Creator Economy ganha cada vez mais espaço no mercado
Com 50 milhões de profissionais em todo o mundo, modalidade pode aumentar em até 71 vezes a entrega de uma mensagem ao target
Atualmente, um dos mercados que mais crescem no país é o de marketing
de influência e junto com ele, o “Creator Economy”, que pode ser
definido em uma única palavra: cocriação. As marcas são altamente
impactadas por esse mercado, já que a presença dos criadores de conteúdo
nos perfis das empresas agregam valor às peças publicitárias. Entender a
produção autoral dos criadores na linguagem nativa de cada plataforma
otimiza a entrega da mensagem ao target em até 71 vezes. Processo
importante neste setor que conta em todo o mundo com aproximadamente 50
milhões de profissionais de creator economy, entre criadores e
curadores, conforme dados do Mundo do Marketing, portal de conteúdo de
marketing.
Os prosumers, usuários que além de consumirem, também criam conteúdo,
fazem parte da creator economy e são divididos em dez categorias:
influenciadores digitais, blogueiros, personalidades das redes sociais,
comediantes, ativistas, podcasters, vlogueiros, artistas, músicos e
atletas. “Com todas essas personalidades de diferentes áreas, podemos
ter uma ideia clara do motivo de crescimento do marketing de influência e
da economia dos criadores. As marcas conseguem atingir qualquer que
seja o público, utilizando o influenciador certo, bem posicionado e com
credibilidade em seu nicho”, comentou Thiago Cavalcante, CEO e CSO da
Inflr, adtech pioneira em ações com influenciadores digitais.
Segundo uma pesquisa realizada recentemente pela IAB Brasil,
associação que tem como objetivo desenvolver a publicidade digital no
país, somente 5% das pessoas não gostam de receber publis de marcas
feitas por influenciadores. Os dados mostram uma aceitação muito grande
por esse tipo de conteúdo, o que explica 82% dos internautas já terem
comprado algum produto ou serviço por indicação de um creator.
“Hoje em dia, as pessoas têm interesse nas publis feitas pelos
influencers, porque elas descobrem novos produtos ou serviços e ficam
curiosas para saber mais sobre eles, além de criarem uma relação de
confiança e segurança com o creator”, explicou Cavalcante. “Por conta
disso, o influencer precisa ter um bom personal branding, para saber se
posicionar, entender o seu público-alvo, formar uma comunidade engajada e
vender bem o seu trabalho”, completou.
Para alcançar todos os KPIs desejados em uma campanha, marcas e
influenciadores devem trabalhar juntos com uma adtech especializada em
ações com criadores de conteúdo. No caso da Inflr, as campanhas podem
chegar até 100% da base do influencer, por meio de multisegmentações e
estratégias para aumentar a qualificação do usuário, além de trabalhar
com o modelo de maximização de conteúdo via CPM (custo por mil
impressões), em que a marca paga apenas pelo resultado gerado pela ação.
Esse conjunto entre marca, influencer e adtech, é a receita para gerar
uma campanha de sucesso.
Por que você está ignorando a ferramenta de vendas mais poderosa do mundo?
Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)
Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra
fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local,
pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas
na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer
“milão” é “caro demais”.
Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios
na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A
lógica deveria ser justamente a inversa.
Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.
O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam
conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR
DIA!).
Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.
Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?
Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?
Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?
Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?
Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…
Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?
Absolutamente nenhuma além da internet.
E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?
Marketing Digital é barato, mas não é de graça.
Vamos fazer uma conta de padaria:
Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?
Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.
Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.
Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando
metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada
carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.
Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.
Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta
pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno
de R$ 5,51.
Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.
Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…
E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.
Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco
explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números
disparados na frente do marketing tradicional.
Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.
Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você
deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para
o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?
Deixo a reflexão.
Preferências de Publicidade e Propaganda
Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago
Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para
divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais
veículos de propaganda você tem preferência?
Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das
empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros
meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.
Vantagens da Propaganda no Rádio Offline
Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio
funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa
ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.
É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda
existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou
produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio
funciona bem demais!
De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas
vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender
que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará
entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim,
concretizar suas vendas.
Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline
Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que
costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no
rádio. Frequentemente, os rádios também são usados como ruído de
fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles
também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o
ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo
quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao
usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,
A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade
para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de
marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por
mês.
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e
a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos
smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia
digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo
o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é
colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e
de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma
permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão
interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não
estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar
potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos:
computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com
publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as
marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes
segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de
público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos
consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro
contato por meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce,
os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles
funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os
consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo
ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas
encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus
produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa
que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em
2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que
são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e
escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é
possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua
marca.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em
torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
O fato de esses funcionários terem disputado as últimas eleições por
uma sigla não significa que ainda estejam vinculados à legenda.
Entretanto, a disputa em uma agremiação é um indicativo de orientação
política do funcionário.
Evolução
O PT ganhou 90 ex-candidatos em cargos comissionados do governo a
mais do que tinha em dezembro de 2022. No último mês do governo
Bolsonaro, a sigla tinha 22 cargos. Agora, foi a 112. O PSB do
vice-presidente Geraldo Alckmin vem bem atrás, com 15 políticos a mais na Esplanada do que tinha antes.
Os partidos com mais políticos na Esplanada são:
PT – 112;
PSB – 29;
PSD – 26;
PC do B – 21;
União Brasil – 20.
O levantamento também calculou o número de cargos comissionados entre
os ex-candidatos em dezembro, no último mês do governo Bolsonaro.
Naquele momento, eram 207 ocupantes que haviam participado das últimas
duas eleições.
É possível que o número mais baixo se deva, no entanto, ao fato de o
governo estar no fim, com vários políticos já tendo deixado seus cargos
na Esplanada.
Centrão deve aumentar
PC do B, Psol e Rede, partidos de tamanho pouco expressivo, estão
entre os que mais ganharam cargos de dezembro a maio. O PSD quase dobrou
a presença no governo em relação a dezembro de 2022.
Os partidos do Centrão tem variação menor. O PP ganhou 3 cargos em
relação a dezembro. Tem 15 políticos em cargos no Executivo. O PP tem 49
deputados federais, mas tem menos cargos que legendas pouco expressivas
na Câmara, como PC do B, Psol, PV e Rede.
O União Brasil, embora tenha 2 ministros, perdeu 4 cargos. O número, porém, deve ser lido com cautela.
O levantamento optou por considerar como União Brasil funcionários
que disputaram as eleições de 2018 pelo PSL e pelo DEM, siglas que se
fundiram depois no União Brasil. Não é possível saber, no entanto, se
permanecem no partido ou fizeram a migração para o PL, por exemplo.
O cenário deve mudar em relação a partidos do Centrão nos próximos meses.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na última 4ª feira (19.jul.2023) que oferecerá o que achar necessário ao Centrão para ter “tranquilidade no Congresso”.
André Fufuca (PP-MA), cotado para ficar com o Ministério de Portos e Aeroportos, e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), indicado para o Ministério dos Esportes, conversaram com Alexandre Padilha (Relações Institucionais) na 3ª feira (18.jul) sobre a possibilidade de integrar o governo.
Por ministério
No Ministério da Educação, são 17 postos ocupados por pessoas que
disputaram cargos pelo PT nas últimas eleições. O PC do B (9 cargos) é o
2º com mais postos nesse ministério, seguido por Podemos e PSD, com 8
cargos comissionados.
O PT também lidera em número de cargos em outros órgãos, como o
Ministério da Saúde (9), a Presidência da República (19) e o Mapa
(Ministério da Agricultura), com 25.
No caso do Mapa, o número também reflete a estrutura antiga da
Esplanada de Bolsonaro, quando os cargos do atual Ministério do
Desenvolvimento Agrário, comandado por Paulo Teixeira (PT-SP), estavam todos dentro da Agricultura.
Há ministérios em que é possível constatar a ida de políticos com predominância de algum partido:
Ciência e Tecnologia – comandado por Luciana Santos (PC
do B-PE), tem 6 ex-candidatos (incluindo a própria Luciana). Desses
ex-candidatos em cargos no ministério, 4 são do PC do B;
Desenvolvimento Regional – são 13 políticos, sendo 3 do MDB, 2 do PSD e 2 do PSD;
Justiça – dos 12 ex-candidatos, 5 são do PC do B, partido do ministro Flávio Dino.
Nomeação é legal
Não há nada de ilegal na nomeação de pessoas para cargos de
confiança. O fato de indicados terem disputado cargos públicos e terem
sido filiados a partidos políticos tampouco é impedimento.
Governos costumam trazer ao governo integrantes dos seus grupos
partidários para implementar as políticas que desejam, além de abrir
espaço a outros partidos políticos para conseguir aprovar propostas no
Congresso.
Acesse aqui a
relação de quem se candidatou nas últimas eleições e ocupa cargos
comissionados no governo. É possível que mudanças recentes não tenham
sido contempladas ainda nos arquivos do governo e que alguns políticos
que têm registros diferentes no TSE e na folha do governo federal não
tenham sido identificados.
Metodologia
O Poder360 cruzou os registros eleitorais de 2020 e
2022 com as folhas de pagamento do governo federal. A análise inclui
ministros e ocupantes de cargos e de funções comissionadas, de qualquer
nível salarial.
O fato de ter participado de uma eleição por um partido não significa
que o funcionário público ainda esteja vinculado a ele. No caso de quem
participou das duas últimas eleições, foi considerada só a filiação
partidária mais recente (2022). Há certamente outros filiados a partidos
em cargos no governo, mas, desde 2021, o TSE barrou a divulgação da lista de filiados às legendas.
As informações deste post foram publicadas antes pelo Drive, com exclusividade. A newsletter é produzida para assinantes pela equipe de jornalistas do Poder360. Conheça mais o Drive aqui e saiba como receber com antecedência todas as principais informações do poder e da política.