sábado, 22 de julho de 2023

FINANCIAMENTO DE IMÓVEL EXIGE RENDA ALTA E PRESTAÇÃO ALTA

 

Fizemos as contas para você e mostramos também o valor aproximado das parcelas, além de outros pontos cruciais para o financimento de imóvel

DANIEL NAVAS – Inteligência Financeira

Qual é a renda para financiar um imóvel de R$ 400 mil?
87% dos brasileiros querem comprar a casa própria, por isso, fizemos as contas para saber qual é a renda para financiar um imóvel de R$ 400 mil – Foto: Tiago Queiroz / Estadão Conteúdo

Uma rápida pergunta: qual é o seu maior sonho? Se a resposta foi ter uma casa em seu nome, saiba que você não está sozinho. Isso porque, de acordo com uma pesquisa feita entre o Censo de Moradia QuintoAndar e o Instituto Datafolha, 87% dos brasileiros almejam a compra de um local para morar.

Mas claro que, para atingir tal sonho, é preciso planejamento financeiro. Desse modo, nós da Inteligência Financeira, conversamos com especialistas que trouxeram um panorama para você saber qual a renda para financiar um imóvel de R$ 400 mil.

E, mesmo que esse não seja o valor que você esteja buscando para comprar uma casa, alguns ensinamentos podem te ajudar no processo de financiamento de imóvel. Desse modo, o primeiro ponto, claro, é você entender o que precisa levar em consideração antes de partir para a aquisição de um novo lar.

Por isso, é importante fazer uma análise cuidadosa da sua situação financeira. Alguns aspectos a considerar são:

  • Estabilidade de renda;
  • Capacidade de arcar com as parcelas mensais do financiamento;
  • Taxa de juros oferecida pelo banco;
  • Valor da entrada necessária;
  • Custos adicionais, como impostos e taxas cartoriais, entre outros.

Investimento de longo prazo

Além disso, não podemos deixar de mencionar que o financiamento de imóvel pode sim ser considerado um bom investimento.

“Isso ocorre, porque você está aplicando seu dinheiro em um ativo  que tem potencial de valorização ao longo do tempo. Além disso, a propriedade pode gerar retorno financeiro através do aluguel ou até mesmo ser vendida no futuro com lucro”, esclarece Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset.

Qual é a renda para financiar um imóvel de R$ 400 mil?

E assim como todo investimento, antes de aplicar parte do seu dinheiro no ativo, é preciso fazer contas. Afinal, a renda para financiar um imóvel de R$ 400 mil pode variar dependendo das políticas e critérios adotados pelo banco ou instituição financeira.

Mas, geralmente, as instituições consideram a capacidade de pagamento do cliente, levando em conta a renda mensal e o comprometimento máximo permitido para o financiamento, que normalmente varia de 25% a 30% da renda mensal. “Portanto, para determinar a renda mínima necessária, é preciso considerar o prazo do financiamento, a taxa de juros e a capacidade de pagamento permitida pela instituição”, afirma Gonçalvez.

Vale saber que no mercado tradicional o banco concede um financiamento de até 80% do valor do imóvel.

“Sendo assim, para um imóvel de R$ 400 mil será necessária uma entrada de R$ 80 mil, e assim ter um financiamento de R$ 320 mil. Considerando que o valor da parcela não pode ultrapassar 30% do valor da renda, neste caso, a renda necessária para se comprar um imóvel de R$ 400 mil é de R$ 10,7 mil”, calcula Anderson Ferreira, fundador e CEO da Toodo.Be, startup de crédito imobiliário.

E qual o valor da parcela?

Assim como a renda, o montante da parcela de um financiamento de imóvel de R$ 400 mil também pode variar de acordo com a taxa de juros, o prazo do financiamento e o sistema de amortização escolhido.

Em uma simulação feita por Fabrício Gonçalvez, considerando uma taxa de juros de 9% ao mês e um prazo de 30 anos, a parcela mensal pode ficar em torno de R$ 3,2 mil a R$ 3,5 mil. “Vale ressaltar que esses valores são apenas estimativas e podem variar dependendo das condições específicas do financiamento”, pontua o especialista.

E aqui um ponto de atenção à importância da entrada e das parcelas do financiamento. Isso porque, a entrada, por exemplo, é uma régua de corte que impede pessoas que não possuem dinheiro a comprarem um imóvel.

“Esse valor pago inicialmente pelo comprador tem impacto direto no valor do financiamento, nas taxas de juros e no valor das parcelas mensais. Portanto, quanto maior a entrada, menor será o valor financiado e, consequentemente, menores serão as parcelas, os juros pagos ao longo do prazo do financiamento e a renda mínima necessária”, explica Gonçalvez.

Por outro lado, se o valor da entrada for menor, o valor financiado será maior e as parcelas serão mais altas. E isso, claro, pode exigir uma renda mínima maior para atender aos critérios de capacidade de pagamento estabelecidos pelo banco.

Já o parcelamento determina o prazo e o valor do montante que será pago mensalmente. “É importante encontrar um equilíbrio entre o valor da entrada e o valor das parcelas que seja compatível com sua capacidade de pagamento”, alerta o especialista.

Como saber se tenho crédito para um financiamento de imóvel?

Agora que você já sabe qual a renda e o valor da parcela para financiar um imóvel de R$ 400 mil, partimos para outro ponto que também é muito importante: saber se existe ou não crédito disponível para o seu perfil.

Para isso, é necessário entrar em contato com um banco ou instituição financeira e realizar uma análise de crédito. Eles avaliarão sua renda, histórico de crédito, capacidade de pagamento e outros critérios para determinar se você é elegível para o financiamento.

“Outra boa forma de verificar se o nome está apto para compra de um imóvel é consultando previamente o Serasa Experian, que apresenta a pontuação – score – de crédito do interessado”, ensina Ferreira.

Afinal de contas, além do histórico de crédito negativo ou restrição no nome, outros fatores também podem impedir o leitor de financiar um imóvel. Entre eles estão:

  • Renda insuficiente para arcar com as parcelas do financiamento;
  • Comprometimento excessivo da renda com outros financiamentos ou dívidas;
  • Falta de comprovação de renda estável;
  • O imóvel desejado não atende aos critérios de avaliação do banco;
  • Idade (pessoas acima de 80 anos não podem financiar uma casa);
  • Falta de estabilidade no emprego;
  • Falta de documentação necessária para o processo de financiamento.

Passo a passo para financiar seu imóvel

E, se você tem alguma dúvida sobre como deve ser feito o financiamento de um imóvel, a gente separou esse passo a passo bem fácil de seguir. Veja:

Primeiro e principal passo: mantenha o CPF regular perante a Receita Federal e órgãos de proteção ao crédito.

Segundo: tenha em mente que a parcela não pode ultrapassar 30% da renda. Logo, compor renda com mais de um integrante é uma excelente forma de qualificar-se para o financiamento. Por exemplo, uma renda composta que totalize R$ 10 mil qualifica o comprador para um financiamento de R$ 300 mil. Além disso, declarar o Imposto de Renda também é uma das maneiras de comprovar renda.

Terceiro: junte documentos pessoais de todos os participantes (CPF, RG, CTD estado civil, comprovante de endereço, três últimos holerites, seis últimos extratos bancários e Imposto de Renda) e envie para seu banco para aprovação do crédito.

Quarto: atualize a matrícula do imóvel negociado por meio do site registradores.org.br e solicite o laudo de avaliação junto ao banco concessor do crédito.

Quinto: Ingresse com o contrato de financiamento junto ao oficial de registro de imóveis da comarca do imóvel.

Sexto: tome posse da casa.

“É importante salientar que para a compra do imóvel o comprador precisa ter pelo menos 25% do valor do imóvel, para o pagamento do sinal e costas cartorárias”, afirma Anderson Ferreira.

Além disso, é importante ler atentamente o contrato de financiamento, entender as condições, taxas, prazos e demais detalhes antes de assiná-lo. Afinal, cada caso é único, e é essencial avaliar todas as opções disponíveis para tomar uma decisão informada e adequada às suas necessidades e capacidade financeira.

DECRETO DE LULA SOBRE ARMAS É UMA REVANCHE DO DECRETO DE BOLSONARO

 

História por DW Brasil

Governo endurece regras para pessoas que possuem ou pretendam comprar armas na modalidade CACs, que sob Bolsonaro cresceu 7 vezes, e restringe acesso a pistolas 9 mm. Fiscalização também sai do Exército e passa para PF.

Norma reduz o número de armas que CACs poderão manter em sua posse© picture-alliance/dpa/ZUMAPRESS

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu mais um passo nesta sexta-feira (21/07) para endurecer as regras sobre compra, uso e posse de armas e munições, que haviam sido flexibilizadas na gestão Jair Bolsonaro.

Um decreto assinado em cerimônia no Palácio do Planalto estabelece regras mais rigorosas para aqueles que possuem ou pretendam comprar armas na categoria de caçadores, atiradores e colecionadores (CACs), faz com que as pistolas 9 mm e .40 voltem a ser de uso exclusivo das forças de segurança e transfere a competência de fiscalização dos CACs do Exército para a Polícia Federal (PF).

No governo Bolsonaro, diversas alterações em decretos, portarias, resoluções e instruções normativas flexibilizaram o acesso a armas e munições a ampliaram o rol de armas que podiam ser compradas, inclusive as de maior calibre. O ex-presidente é um entusiasta de armas de fogo, e uma de suas marcas é representar uma arma com a posição dos dedos das mãos.

O endurecimento no acesso às armas era uma promessa de campanha de Lula, que mencionou o tema em seu discurso de posse. Na ocasião, ele disse que os decretos assinados por Bolsonaro eram “criminosos” e que “o Brasil não quer mais armas, quer paz e segurança para seu povo”.

Um decreto assinado por Lula em 1º de janeiro já havia suspendido o registro de novas armas de uso restrito de CACs e as autorizações de novos clubes de tiro, e determinado o recadastramento das armas adquiridas de maio de 2019 em diante junto à PF.

Além de facilitar a compra de armas, decretos editados por Bolsonaro revogaram regras de rastreamento e identificação de armamentos© Sergio Lima/AFP

Uma pesquisa do Datafolha realizada em maio de 2022 apontou que a maior parte da população discordava da ideia de que armas trazem mais segurança. Questionados sobre a frase “a sociedade seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência”, 72% dos entrevistados discordaram. Os entrevistados também foram indagados com a frase “é preciso facilitar o acesso às armas”. Neste caso, 71% discordaram e apenas 28% concordaram.

Entenda o que muda com o decreto assinado nesta sexta-feira:

CACs

As regras para a obtenção de registro e compra de armas e munições como CACs foram flexibilizadas no governo Bolsonaro e tornaram-se um caminho facilitado para aqueles que queriam ter acesso a armas, já que o processo para obter esse acesso para defesa pessoal é mais rigoroso. Na sua gestão, o número de pessoas com registro de CAC aumentou sete vezes.

A nova regras reduzem o número de armas e munições que podem ser compradas por CACs e estabelece mais controles.

Caçadores precisão apresentar uma autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o que não era exigido, e poderão ter até seis armas – antes, podiam ter até 30 armas, das quais 15 de uso restrito.

Atiradores foram divididos em três categorias – os de primeiro nível poderão ter no máximo quatro armas, os do segundo, oito, e os do nível mais alto, que participam de competições internacionais, até 16 armas, das quais quatro de uso restrito das forças de segurança. Antes, os atiradores estavam em um só grupo e podiam ter até 60 armas, das quais 30 de uso restrito.

Colecionadores poderão ter apenas uma arma de cada modelo – antes eram cinco –, e são proibidos de terem armas automáticas e longas semiautomáticas cujo primeiro lote de fabricação tenha menos de 70 anos.

O texto proíbe clubes de tiros, aos quais os CACs são vinculados, de funcionarem 24 horas por dia, e de ficarem nas proximidades de escolas.

Outra mudança é a exigência para que o trajeto de uma arma com registro CAC até um local de treino ou prática de atividade seja previamente registrado em uma guia de tráfego indicando o trajeto e o período, e que a arma esteja desmuniciada. Antes, uma pessoa com registro CAC tinha direito a transitar portando uma arma municiada entre o local de guarda autorizado e o da prática da atividade, sem necessidade da guia de tráfego.

No caso de registro para posse de armas para defesa pessoal em caso de comprovada necessidade, que não se enquadra nos CACs, a restrição será de até duas armas e 50 munições por ano. Antes, eram de até quatro armas sem comprovação de necessidade e até 200 munições por armas.

Pistolas

O decreto assinado por Lula faz com que pistolas 9 mm, .40 e .45 ACP, que haviam tido sua venda permitida pelo governo anterior a CACs e para defesa pessoal, voltem a ser de uso restrito das forças de segurança.

As pessoas que possuem essas armas poderão continuar a usá-las e comprando munição, e o governo criará um programa para a recompra dessas pistolas, mas a adesão será voluntária.

A restrição da compra de pistolas 9 mm deve sofrer forte oposição do lobby da indústria armamentista e pode ser alvo de projeto da bancada da bala no Congresso para revertê-la.

Fiscalização

O decreto também modifica a responsabilidade sobra a fiscalização sobre armas compradas via CACs e dos clubes de tiro. Essa competência, que era do Exército, passou para a PF.

A mudança do Exército para a PF decorre de uma percepção do governo e do resultado de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) indicando que os militares não executavam essa função com eficiência.

A validade do registro de armas também deixa de ser em geral de dez anos, e passa a ser de três anos para colecionador, atirador desportivo e caçador excepcional e de cinco anos para fins de posse, caça de subsistência e para empresas de segurança privada.

Os registros atuais de posse também deverão ser aprimorados e incluírem dados de biometria dos responsáveis.

Medidas de segurança pública

O decreto foi assinado durante uma cerimônia no Palácio do Planalto que anunciou medidas na área de segurança pública, incluindo a antecipação da liberação do Fundo Nacional de Segurança Pública para os estados e o Distrito Federal e a criação de um plano de segurança para a região da Floresta Amazônica.

DEFICIT FISCAL PREVISTO PARA ESSE ANO DE 145,4 BILHÕES CORRE O RISCO DE SER AUMENTADO

 

Por Fabricio de Castro e Camila Moreira – Reuters

SÃO PAULO (Reuters) – Os ministérios do Planejamento e da Fazenda projetaram nesta sexta-feira que o governo central fechará 2023 com déficit primário de 145,4 bilhões de reais, equivalente a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), resultado pior do que o previsto em maio, de rombo de 136,2 bilhões de reais (1,3% do PIB), conforme relatório bimestral de receitas e despesas.

Apesar do resultado, o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, pontuou durante entrevista coletiva sobre os números que a meta fiscal autorizada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2023 é de um déficit de 238 bilhões de reais e que o governo se mantém abaixo dela.

O governo vem trabalhando com a expectativa de que o déficit primário em 2023 fique em torno de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2024, este déficit seria zerado.

No relatório apresentado nesta sexta-feira, no entanto, o déficit projetado de 145,4 bilhões de reais em 2023 equivale a 1,4% do PIB.

“Continuamos reconhecendo que o cenário é desafiador, porém crível”, comentou Bijos, ao ser questionado sobre a possibilidade de o objetivo de 1% ser atingido.

“Nossa perspectiva continua sendo déficit primário de 1%”, reforçou a secretária-adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Varga, também presente à coletiva. “Nada muda em relação à trajetória pensada, permanece a ideia de alcance de déficit primário de 1% do PIB em 2023.”

Após iniciar a gestão em 2023 com uma previsão de rombo fiscal superior a 200 bilhões de reais no ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem anunciando medidas com o objetivo de reduzir esse rombo. 

Entre as ações já implementadas para ampliar a arrecadação estão a reoneração de combustíveis e um programa de renegociação de débitos tributários. O ministro ainda tenta mudar regras de funcionamento do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e pretende enviar ao Congresso um projeto para taxar apostas esportivas online, além de promover mudanças na tributação sobre a renda.

Pelas contas das pastas incluídas no terceiro relatório bimestral de receitas e despesas do ano, a projeção de receitas líquidas sofreu um aumento de 103,6 bilhões de reais em relação à LOA, a 1,900 trilhão de reais.

Enquanto isso, a estimativa para as despesas primárias totais aumentou em 20,8 bilhões de reais em relação à LOA, a 2,055 trilhões de reais, em meio a um acréscimo na previsão de compensação aos Estados e municípios pelas perdas de ICMS.

Nesta semana, a Secretaria de Política Econômica (SPE) da Fazenda melhorou a projeção oficial para o desempenho da atividade econômica em 2023 e passou a enxergar um crescimento de 2,5% para o PIB, contra previsão de 1,9% feita em maio. Um crescimento maior do PIB tende a impactar positivamente a arrecadação de impostos.

Na coletiva, porém, Bijos pontuou que melhoras em indicadores macroeconômicos — como nos índices de inflação — não necessariamente se refletem em melhorias de desempenho fiscal. Isso porque a queda da inflação, por exemplo, impacta negativamente a arrecadação de alguns tributos.

Nos cálculos do governo, houve reduções nas projeções de arrecadação em 2023 de tributos como Imposto de Importação, PIS-Pasep e Confins.

TETO DE GASTOS

Segundo o relatório, o Orçamento deste ano também tem um excesso de despesas de 3,2 bilhões de reais em relação ao limite do teto de gastos, o que indica necessidade de bloqueio de verbas discricionárias nesse montante. Em maio, havia uma restrição estimada em 1,7 bilhão de reais.

Durante a entrevista, Bijos confirmou a necessidade de bloqueio adicional de despesas primárias discricionárias para cumprir o teto.

O secretário pontuou ainda que no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que precisa ser encaminhado ao Congresso até o fim de agosto, o governo pretende considerar a arrecadação a ser obtida com novas fontes que constarão em projetos a serem enviados ao Legislativo.

Conforme Bijos, a legislação permite que seja considerada na PLOA a arrecadação de “proposições legislativas protocoladas, não necessariamente aprovadas”.

(Por Camila Moreira e Fabrício de Castro)

MINISTRO DA JUSTIÇA TRANSFORMA O JUDICIÁRIO EM UMA GRANDE ARENA POLÍTICA

 

Flávio Dino tem alimentado a equivocada impressão de que o Judiciário é uma grande arena política. É preciso respeitar a inteligência dos cidadãos, sem interpretações oportunistas da lei

Por Notas & Informações – Jornal Estadão

O Ministério da Justiça tem papel fundamental no funcionamento do Estado Democrático de Direito. Responsável, no âmbito do Executivo federal, pela defesa da ordem jurídica, dos direitos políticos e das garantias constitucionais, ele tem uma importância histórica e institucional única, expressa na própria configuração urbanística e arquitetônica de Brasília, que conferiu posição de destaque ao Palácio da Justiça Raymundo Faoro, sede do Ministério.

Essa proeminência institucional do Ministério da Justiça significa uma especial responsabilidade dentro da administração pública federal e nas relações entre os Poderes. E, sendo assim sempre, essa dimensão de responsabilidade tem ainda mais relevo nas circunstâncias atuais, com a forte polarização político-ideológica e a disseminada incompreensão sobre o papel do Judiciário. O dever do Executivo federal de trabalhar pela distensão e pacificação nacional envolve ativa e diretamente o Ministério da Justiça.

Tem-se visto, no entanto, a situação oposta. Em vez de contribuir para uma compreensão mais serena e técnica dos temas envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça, Flávio Dino, tem contribuído para acentuar tensões políticas. Sua atuação recente tem alimentado a equivocada impressão do Judiciário como uma grande arena político-partidária, na qual o importante seria apoiar os partidários, não raro à revelia da lei.

Uma coisa é defender o STF dos diferentes ataques e ameaças que ele sofreu nos últimos anos e que culminaram no 8 de Janeiro. Outra, bem diferente, é tomar partido imediatamente a respeito de toda medida decretada pelo Supremo, servindo-se, para tanto, de interpretações expansivas e, às vezes, manifestamente equivocadas. Para piorar, essa atuação partidarista, em tom de torcida, é feita nas redes sociais, sem os necessários matizes, sem as respectivas fundamentações.

Na quinta-feira passada, advertiu-se neste espaço o profundo equívoco, disseminado por Flávio Dino, de enquadrar eventual agressão contra um ministro do STF e sua família como possível crime contra o Estado Democrático de Direito (ver A distorção que enfraquece a democracia, 20/7/2023). Misturar a proteção do Estado e a proteção das autoridades significaria transformar a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito (Lei 14.197/2021) numa reedição da Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/1983), e a lei de 2021 veio justamente revogar a de 1983.

Mas não foi esse o único caso em que, sob pretexto de defender o STF, o ministro da Justiça abandonou o prudente distanciamento institucional, envolvendo-se em questões de duvidosa constitucionalidade. Flávio Dino utilizou sua conta no Twitter para dizer que a diligência de busca e apreensão na residência da família envolvida em confusão em Roma com o ministro Alexandre de Moraes “se justifica pelos indícios de crimes já perpetrados” e que “tais indícios são adensados pela multiplicidade de versões ofertadas pelos investigados”. E completou: “Sobre a proporcionalidade da medida, sublinho que passou da hora de naturalizar absurdos”.

A rigor, as palavras de Flávio Dino em nada justificam a medida, até porque o inquérito está sob sigilo. Pelo que se sabe até agora, a busca e a apreensão foram notoriamente desproporcionais. Dessa forma, em vez de gerar tranquilidade, a manifestação do ministro despertou mais dúvidas.

Muitas vezes, a melhor defesa que se pode fazer do Judiciário, especialmente por parte do Executivo federal, é manter-se distante dos atos judiciais concretos, que podem depois ser revistos e corrigidos pelo próprio Judiciário. Não faz nenhum sentido um alinhamento acrítico e automático, que, em tempos de polarização política, desperta ainda mais desconfianças sobre a Justiça.

A autoridade do STF deve ser fruto da fundamentação das decisões, e não do apoio do governo de plantão. Precisamente por seu papel institucional de defesa da ordem jurídica, o Ministério da Justiça não pode fazer com que sua interpretação da lei esteja em função das cores políticas dos envolvidos.

ESCOLHA DO MELHOR AZEITE DO MERCADO ATÉ R$ 50,00

 

Júri especializado avaliou 20 marcas de azeite extra virgem até 50 reais vendidas nas redes de supermercado; confira o ranking

Por Chris Campos – Jornal Estadão

A marca campeã na opinião dos jurados entre as outras avaliadas no teste
A marca campeã na opinião dos jurados entre as outras avaliadas no teste Foto: Tiago Queiroz

Que azeite é um produto mais saudável que o óleo de cozinha, não se discute. Há tempos o brasileiro que pode consumir um produto de mais valor no dia-a-dia se habituou a cozinhar com azeite. E é nessa categoria, de produto bom para cozinhar, segundo os jurados convidados por Paladar para este teste, que se enquadram as 20 marcas avaliadas – com valor nas prateleiras do supermercado de até 50 reais.

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A partir da esq., o chef padeiro da Le Blé, Fabio Pasquale, a azeitóloga Glenda Haas; o especialista em azeites, Ricardo Castanho, e a produtora de azeites Bia Pereira
A partir da esq., o chef padeiro da Le Blé, Fabio Pasquale, a azeitóloga Glenda Haas; o especialista em azeites, Ricardo Castanho, e a produtora de azeites Bia Pereira Foto: Tiago Queiroz

O especialista em azeites de oliva, Ricardo Castanho, explica que azeites nessa faixa de preço são muito próximos sensorialmente. Que quase todas as marcas apresentam algum defeito com relação a aroma e praticamente todas com relação à fermentação do fruto. Outro ponto importante a ser colocado é que esses azeites também apresentam intensidade de sabor baixa, às vezes nula, nos quesitos frutado (aroma), amargor e picância – três itens avaliados pelos jurados.

“O azeite extra virgem é um azeite com parâmetros que o definem como extra virgem segundo a legislação e também classificado dessa maneira de acordo com parâmetros sensoriais”, explica Glenda Haas, produtora do azeite premium Lagar H. “Um azeite de alta qualidade apresenta uma gama enorme de aromas positivos e diferentes”.

“Os azeites avaliados têm 75% de gordura monoinsaturada, portanto são produtos saudáveis”, diz Ricardo Castanho. “A experiência sensorial, no entanto, fica bastante afetada por não serem azeites de alta qualidade”. O que significa que o sabor do produto cru na finalização de um prato ou no tempero de uma salada pode, às vezes, atrapalhar mais do que ajudar, segundo os especialistas convidados para o teste.

Bia Pereira, produtora do azeite premium Sabiá, disse ter se surpreendido positivamente com o fato de os três azeites melhor avaliados no teste serem de produtores vizinhos: Argentina e Chile. “Um azeite produzido no Chile, por exemplo, chega muito rápido Brasil e, portanto, mais fresco do que um azeite produzido na Europa”, explica.

A azeitóloga Glenda Haas testa às cegas uma das 20 marcas avaliadas
A azeitóloga Glenda Haas testa às cegas uma das 20 marcas avaliadas Foto: Tiago Queiroz

O teste, como de hábito, foi realizado às cegas em uma área reservada da Padaria Le Blé, em São Paulo. Fábio Pasquale, chef padeiro da casa, avaliou a experiência como positiva principalmente para entender melhor as diferenças entre as marcas. Durante o teste, os jurados receberam amostras dos 20 azeites de uma só vez. Entre uma prova e outra, eles beberam água com gás e comeram fatias de maçã verde para limpar o paladar.

Abaixo você confere as três marcas que se destacaram mais neste teste e, na sequência, a lista de todas as marcas avaliadas em ordem alfabética.

As melhores marcas de azeite extra virgem até 50 reais

PRIMEIRO LUGAR – LAS DOSCIENTAS (Chileno)

SEGUNDO LUGAR – O.LIVE & CO (Chileno)

TERCEIRO LUGAR – COCINERO (Argentino)

As 20 marcas de azeites extra virgem até 50 reais testadas por Paladar
As 20 marcas de azeites extra virgem até 50 reais testadas por Paladar Foto: Tiago Queiroz

As 20 marcas na avaliação dos jurados listadas em ordem alfabética

ANDORINHA (R$ 27,82, garrafa com 500ml) – Avaliado pelos jurados como insosso e rançoso, com defeito de fermentação e aroma levemente floral.

BORGES (R$ 21,24, garrafa com 500ml) – Azeite com defeito de fermentação, avaliado como de sabor acético (avinagrado) e rançoso.

CARBONELL (R$ 23,09, garrafa com 500ml) – Um dos jurados comparou o sabor do produto ao de remédio. Um azeite com defeitos de fermentação evidentes, amargor desagradável. No quesito picância foi considerado um azeite equilibrado.

COCINERO (R$ 20,73, garrafa com 500ml) – O azeite que ocupa o terceiro lugar na lista dos melhores avaliados pelos jurados foi classificado como de aroma fermentado, intensidade média, leve aroma frutado maduro; amargor e picância suaves. Um azeite sensorialmente virgem com leve defeito de aroma.

DE CECCO (R$ 36,53, garrafa com 500ml) – Um produto com aroma muito forte de fermentado bastante ranço e sem picância.

FILLIPO BERIO (R$ 24,29, garrafa com 500ml) – Defeito de fermentação evidente, sabor não agradou.

GALLO (R$ 29,33, garrafa com 500ml) – Outro azeite que não agradou os jurados por conta do sabor insosso o residual rançoso na boca.

LAS DOCIENTAS (R$ 31,71, garrafa com 500ml) – O azeite campeão da vez apresentou amargor e picância equilibrados, aroma levemente verde, ou herbáceo, com um toque de alcachofra. Um produto com defeitos menos intensos que os apresentados pelas demais marcas.

LA PASTINA (R$ 48,04, garrafa com 500ml) – O produto italiano não foi bem na avaliação dos jurados, perdeu pontos por conta dos defeitos de fermentação muito evidentes.

MAMMA BIA (R$ 34,69, garrafa com 500ml) – “Azeite com sabor picante que incomoda”, avaliou um dos jurados. Defeito de fermentação evidente com toque acético (avinagrado).

MIDAS (R$ 49,52, garrafa com 500ml) – O único azeite grego da lista foi avaliado como um produto de aroma levemente floral, um pouco fermentado, e leve picância.

NOVA OLIVA (R$ 29,26, garrafa com 500ml) – Os jurados notaram no produto levemente fermentado notas acéticas e sabor rançoso similiar ao de nozes passadas.

O.LIVE & CO (R$ 31,37, garrafa com 500ml) – Picância é o fator mais marcante do produto, considerado de sabor potente pelos jurados. Leve defeito de fermentação. Ele ocupa o segundo lugar no nosso ranking.

OLIVEIRA DA SERRA (R$ 36,27, garrafa com 500ml) – Um azeite com muitas notas de fermentação, picância leve demais e com defeito aromático considerável.

PAGANINI (R$ 39,93, garrafa com 500ml) – Outro azeite classificado como um produto de poucos tributos positivos. Aroma muito forte de fermentado e ausência de amargor e picância foram alguns dos pontos que renderam nota baixa na avaliação.

QUALITÁ (R$ 27,06, garrafa com 500ml) – Azeite classificado como de amargor ruim na boca e aroma excessivo de fermentado. Os defeitos do produto encobrem qualquer possibilidade de pontos positivos.

QUINTA NOVA DO DOURO (R$ 26,07, garrafa com 500ml) – O azeite não agradou os jurados, que o classificaram como totalmente insosso e com defeito de fermentação evidente. A viscosidade na boca incomodou bastante.

RAFAEL SALGADO (R$ 31,31, garrafa com 500ml) – O produto foi avaliado como de aroma muito forte de fermentado, untuosidade desagradável na boca, sem pontos positivos nos quesitos amargor e picância.

RAIOLA (R$ 43,42, garrafa com 500ml) – Azeite com aroma de fermentado e sabor insosso.

UNIAGRO (R$ 30,89, garrafa com 500ml) – Azeite com defeito de fermentação evidente, que também não agradou nenhum dos jurados, que consideram o sabor picante pouco agradável.

PACOTE DA DEMOCRACIA DE LULA É INCONSTITUCIONAL E PUNITIVISTA

Constitucionalistas e criminalistas consideram que proposta de até 40 anos de prisão para quem ‘atentar’ contra vida de ministros do STF tem ‘mais simbolismo do que eficácia’

Por Pepita Ortega – Jornal Estadão

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante reunião sobre ações integradas das escolas, realizada em 18 de abril no Palácio do Planalto em Brasília, com presença do ministro da justiça Flávio Dino e o Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes.
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante reunião sobre ações integradas das escolas, realizada em 18 de abril no Palácio do Planalto em Brasília, com presença do ministro da justiça Flávio Dino e o Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes.  Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

O ‘Pacote da Democracia’, lançado pelo governo Lula nesta sexta-feira, 21 – com a proposta de até 40 anos de prisão para quem ‘atentar contra a vida’ de autoridades, como o presidente da República e os ministros do Supremo Tribunal Federal – já causa burburinho no mundo jurídico. Constitucionalistas e criminalistas ouvidos pelo Estadão consideram que as medidas são mais ‘simbólicas’ do que ‘eficazes’, ressaltando sua ligação com a hostilização ao ministro Alexandre de Mores, do STF, no Aeroporto de Roma.

Os especialistas classificaram o pacote de projetos de leis que endurecem as penas para quem ‘atentar’ contra o Estado Democrático de Direito como ‘exacerbado’, ‘desproporcional’, ‘descabido’ e até ‘inconstitucional’. Avaliam que a proposta é legítima, mas destacam que o Legislativo deve ‘encontrar equilíbrio’ no texto.

O desembargador aposentado e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais Marco Antônio Nahum considera ‘exacerbada’ a previsão de até 40 anos de prisão para crimes que atentem contra a vida de autoridades, entre elas ministros do Supremo Tribunal Federal.

“A exacerbação da legislação penal, em casos semelhantes, é política criminal que encontra respaldo no chamado “Direito Penal do Inimigo”. Trata-se de um modelo de política criminal que, logicamente, inspira uma dogmática penal e processual penal de combate do ordenamento jurídico contra indivíduos especialmente perigosos, como se o Estado não falasse com cidadãos que eventualmente violaram a lei”, explica.

De outro lado, o Estado Democrático tem o Direito Penal ‘como último recurso ou último instrumento a ser usado contra seus cidadãos’, indica. Mas só é possível acionar esse recurso quando ‘fracassadas outras instâncias de controle social que possam resolver o conflito social’.

“Embora não se possa admitir que ação política de oposição implique em atividade criminosa contra as autoridades públicas, em especial aquelas que representam o Estado Constitucional, espera-se que o Poder Legislativo saiba encontrar o equilíbrio necessário para a nova proposta legislativa”, pondera.

O ex-magistrado pondera que a ofensa a um dos integrantes da Corte máxima não pode ser admitida ‘como uma singela troca de agravos entre cidadãos comuns’, considerando que há um ‘desrespeito decorrente da função institucional exercida pela vítima’, mas rememora os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. Lembra, por exemplo, que há uma diferença entre as imputações e penas aplicadas em casos de homicídio tentado e o consumado.

A criminalista Carolina Carvalho de Oliveira destaca que o projeto do governo Lula ‘condiz com a proteção constitucional de um Estado Democrático de Direito, mas, precisa ser revisto pelas Casas Legislativas’: “seu texto deve respeitar os limites da justiça e não pode sofrer pressão política”

“As reformas são sempre bem vindas ao ordenamento jurídico desde que construam a dinâmica de um país melhor no tocante a manutenção da democracia na balança da justiça. Assim, necessário se faz um fortalecimento da repressão, por óbvio, mas, sem se esquecer dos problemas que já existem em nosso ordenamento jurídico. Devemos destacar que o caráter preventivo e a tentativa de fortalecer os instrumentos jurídicos disponíveis são perspectivas positivas, entretanto, a mira a determinadas situações pode acarretar uma objetivização da lei”, ressalta.

Já o criminalista Sérgio Rosenthal considera que o endurecimento de penas para quem atentar contra o Estado Democrático de Direito, ‘da forma como proposto’, é ‘temerário e desproporcional’. O advogado destaca que trata-se de um delito ‘cuja definição se presta a muitas e diferentes interpretações’.

“Se a proposta de endurecimento das penas cominadas para quem atentar contra o Estado Democrático de Direito tiver alguma relação com o fato de turistas brasileiros terem discutido com o filho de um Ministro do STF no aeroporto de Roma, receio que em breve não viveremos em uma democracia”, avalia.

O constitucionalista André Marsiglia pondera que o aumento das penas, conforme previsto no pacote divulgado pelo governo Lula nesta sexta, 21, somado a uma ‘interpretação muito elástica do que pode ser ameaça ao Estado’ pode resultar em um ‘encolhimento da crítica aos agentes públicos’ – “o que, obviamente não é desejável em uma democracia”

Ele destaca como o crime de atentado ao Estado democrático ‘tem por objeto atos extremados e excepcionais, dignos de momentos de instabilidade institucional grave’. “É inclusive contraditório as autoridades dizerem que atualmente nossas instituições estão fortes e são inabaláveis e, ao mesmo tempo, entenderem ser necessário um pacote com penas tão agressivas”, pondera.

O criminalista Conrado Gontijo avança: não só considera a proposta de aumento de penas ‘descabida’, mas também ‘inconstitucional’. Em sua avaliação considera as penas para os crimes contra o Estado de Direito já são ‘especialmente graves’.

“Aumentá-las, em minha visão, representa afronta clara ao princípio constitucional da proporcionalidade. Mais importante do que agravar as penas existentes, é tornar efetivas as apurações criminais, de modo a assegurar a responsabilização de quem atente contra o Estado Democrático de Direito”, avalia.

O constitucionalista Aílton Soares de Oliveira também vê ‘inconstitucionalidade’ no pacote. “O texto constitucional não faz distinção de vidas. Vidas são vidas, até por isso o Estado coloca à disposição dos agentes públicos um aparato judicial e policial para protegê-los. É evidente que há um agravante ou outro a depender do crime e da incapacidade de resistência da vítima”, pondera.

Ele ressalta a necessidade de se discutir a ‘definição de atentado contra a vida de agente púbico do alto escalão dos poderes democráticos’, além de se especificar quando haveria cometimento ou tentativa do crime. “Seria um novo tipo penal certamente. Porque o crime não é só o cometido, ele é também o tentado, e nesse sentido depende de ampla discussão”, explica.

Propostas punitivistas

O criminalista Vinicius Fochi vê ‘mais simbolismo do que eficácia’ da proposta feita pelo governo Lula. Ele diz que, diante de episódios de grande repercussão – como o das hostilidades ao ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma – ‘não é incomum os governos adotarem medidas populares e, quase sempre, punitivistas’.

“O problema não reside na ausência de legislação, afinal ela existe e não é branda. O enfrentamento deve ter enfoque no fortalecimento dos órgãos de persecução, responsáveis por investigar os episódios, bem como na qualificação do debate público, que está cada dia mais radical e hostil”, indica.

Na mesma linha, Lucas Fernando Serafim Alves, especialista em Direito Penal econômico, ressalta a tendência de se endurecer penas em um momento em que crimes acontecem, colocando o ‘Pacote da Democracia’ nessa seara. Em sua avaliação, trata-se de um projeto legítimo, em que o endurecimento das penas visa ‘dar ao ofensores’ o regime fechado de regime de pena. No entanto, o advogado considera que é necessário trabalhar o tema em esferas, não apenas na criminal.

“É um projeto válido, porém que vai tratar um tema que não se resolverá com prisões. Atos atentatórios à democracia devem ser tratados em outras instâncias, em especial à preliminar ao acontecimento desses fatos. Amedrontar através da norma penal a meu juízo não inibirá de que pessoas atentem contra o Estado Democrático de Direito. É uma tendência, o projeto é legítimo, o endurecimento das penas visa basicamente dá a esses ofensores o regime fechado de regime de pena, mas penso que devemos trabalhar isso em outras esferas também e não apenas na criminal”, ressalta.

 

NPS AVALIA O GRAU DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES

 

Tiago Sanches – Gerente comercial da Total IP

Aprender a ouvir o consumidor é sinônimo de melhorar um negócio

Diversas táticas são usadas pelas instituições com o objetivo de aprimorar o oferecido por elas. Os métodos de avaliação por parte do comprador são, normalmente, os mais frequentes e o NPS está diretamente ligado a isso. Porém, fazer esse tipo de estudo pode apresentar suas dificuldades ao longo do processo. Nesse contexto, realizar uma parceria assertiva pode ser uma ótima escolha para crescer com uma marca de forma efetiva.

O que é NPS?

O nome Net Promoter Score é dado a uma métrica amplamente utilizada por companhias em todo o mundo para avaliar o grau de satisfação e lealdade de seus clientes. No entanto, vai além de apenas uma maneira de medir o desempenho, sendo capaz de impulsionar a evolução das marcas, tornando-as mais eficientes e bem-sucedidas.

No geral, o conceito vem da área de atendimento. Nos estabelecimentos, é comum encontrar um setor dedicado ao “sucesso do freguês”, no qual os profissionais buscam entender as percepções dos consumidores para aprimorar a assistência cada vez mais. “Uma forma interessante de ajustar a utilização desse instrumento é manter os ouvidos atentos e abertos para escutar os posicionamentos vindos. Essas avaliações externas são como uma fonte de informação esquematizada para os empreendedores entenderem o funcionamento atual do seu estabelecimento da perspectiva de fora. Além de tópicos de melhora para os artigos entregues”, avalia Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP.

Para calcular esse levantamento, é interessante ter como ponto de partida a resposta à pergunta: “Em uma escala de 0 a 10, o quanto você recomendaria nossa empresa a um amigo ou colega?”. Com base nisso, os avaliadores são classificados em três categorias: promotores (notas 9 e 10), neutros (notas 7 e 8) e detratores (notas de 0 a 6). O resultado é expresso em um número variando de -100 a 100.

Ao utilizar desse utensílio, as organizações são capazes de identificar seus quesitos fortes e fracos, compreender as questões mais valorizadas entre os frequentadores e, consequentemente, aumentar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos. Outro tópico de destaque, é a capacidade de impulsionar a evolução da cultura empresarial das entidades.

Outro benefício de usar a métrica é: quando bem aproveitada, entendida e utilizada de maneira inteligente, pode ajudar a organização a se destacar em meio a concorrência exacerbada do mercado atual. Lugares com altos índices de NPS têm mais chances de fidelizar e conquistar novos consumidores. Isso porque, quanto maior a satisfação individual, aumenta-se as chances de garantir, assim, defensores do nome, recomendando-o para colegas, amigos, familiares, etc.

Contudo, para inserir esse artifício, é necessário contar com uma equipe capacitada e engajada, capaz de analisar os frutos e implementar aprimoramentos com rapidez e eficiência. Além disso, é importante lembrar como ele deve ser acompanhado de outros sistemas de análise para uma avaliação mais completa do desempenho.

A visão dos colaboradores também deve ser levada em conta

É essencial ter em mente como um freguês satisfeito vem de atendimentos incríveis, só possíveis com colaboradores também agradados. Ou seja, a vivência do funcionário afeta diretamente nos resultados do empreendimento. Logo, de nada adianta focar exclusivamente na opinião de fora, se ainda é estabelecido um relacionamento menos próximo com quem é contratado.

A comunicação interna tem sido um fator de amplo destaque e importância nos últimos anos. Durante a pandemia, os empreendimentos com uma boa relação com os subalternos conseguiram se manter de forma mais correta e bem disposta, por exemplo. Contudo, essa prática vai muito além do simples envio de comunicados e atualizações sobre políticas dentro da firma. Esse é um fator essencial para a boa experiência, tendo em vista como é um canal de interação, estabelecimento de contatos e construção de uma cultura empresarial.

Segundo o Relatório de Tendências em Gestão de Pessoas 2022 da Great Place to Work, entidades sem esforços para um ambiente de trabalho aprimorado poderão perder espaço no mercado. Outro estudo, realizado pela Robert Half, demonstrou como o principal desafio em 2023 para 80% das firmas é a retenção de talentos. Ou seja, gradativamente, a experiência do trabalhador precisa ser um tópico de bastante atenção nas organizações.

Nesse sentido, só é possível se aperfeiçoar sabendo os pontos de atenção e algumas metodologias podem ajudar com isso. Para tal fim, é criado o e-NPS (Employee Net Promoter Score), uma pesquisa realizada de forma anônima. Com ela, é viável os empregados expressarem sua opinião sobre o local de ofício e ações realizadas pelas áreas de recursos humanos. “É uma excelente oportunidade dos líderes escutarem a voz dos seus liderados, sem gerar receio por parte dos mesmos em serem penalizados ou sofrerem baixas. Isso devido a ser algo criado para melhorar o andamento do negócio e realizado sem identificação”, comenta o gestor.

Apesar de parecer servir para uma tarefa simples, esses mecanismos apresentam vantagens únicas, como: relatório de acompanhamento de entrada de ligações e rastreamento; visualização de ponto de saída ou abandono; tranquilidade de análise dos tempos utilizados em cada etapa; otimização do contato; fácil configuração e alteração do layout, no caso dos receptivos. Já para os ativos, os proveitos incluem: disparo simultâneo de chamadas divulgando uma mensagem; após o usuário ouvir a gravação tem opção de falar com um atendente; relatório de utilização, por data, hora e status (não atende, ocupado, número inválido); e permite filtrar chamadas não produtivas; viabiliza elaborar diferentes estratégias de discagem.

No entanto, para o tema em foco, o ponto alto são as Pesquisas de Satisfação. Assim, após finalizar um telefonema, transfere-se o ouvinte para uma URA avaliar o apoio, sem opção do operador desligar. Isso dá ao indivíduo do outro lado da linha a chance de expressar seus pensamentos, resultando em considerações em formato de diagnóstico, com quantidade, usuário, data, hora e status avaliador. Pode ser utilizada também em conjunto com a URA Ativa, para realizar ligações automáticas de pesquisa, muito útil para contribuir com o Net Promoter Score.

CARACTERÍSTICAS DA VALEON

Perseverança

Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que permitem seguir perseverante.

Comunicação

Comunicação é a transferência de informação e significado de uma pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem positiva junto a seus públicos.

Autocuidado

Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.

Autonomia

Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é incompatível com elas.

A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.

Inovação

Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades, exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.

Busca por Conhecimento Tecnológico

A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia, uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.

Capacidade de Análise

Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um mundo com abundância de informações no qual o discernimento, seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade de analisar ganha importância ainda maior.

Resiliência

É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões (inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.

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sexta-feira, 21 de julho de 2023

PROVA DE VIDA FACILITADA NO INSS

 

História por Redação • Catraca Livre

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estuda usar os equipamentos de controle biométrico de sistemas de transporte público para que aposentados, pensionistas e demais beneficiários de auxílios federais provem que estão vivos.

Créditos: Agência Brasil

“Estamos nos articulando com a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (DF) para que um assegurado nosso, ao passar por uma catraca [de ônibus ou metrô] em que haja identificação biométrica, faça sua prova de vida”, revelou o presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, na manhã desta quarta-feira, 19.

A proposta, ainda em análise, seria futuramente ampliada para outras localidades. O objetivo, segundo Stefanutto, seria tornar a prova de vida menos burocrática, ampliando as formas dos segurados comprovarem que estão vivos para continuar recebendo os benefícios previdenciários.

Este ano, a prova de vida passou a ser feita pelo próprio INSS, por meio do cruzamento de informações registradas em bases de dados do próprio instituto ou de outros órgãos e entes federais. No começo de fevereiro, o INSS publicou portaria detalhando os procedimentos considerados válidos para atestar que o beneficiário está vivo.

Os procedimentos do INSS são os seguintes:

1 – Acesso ao aplicativo Meu INSS com o selo ouro ou a outros aplicativos e sistemas dos órgãos e entidades públicas que possuam certificação e controle de acesso, no Brasil ou no exterior;

2 – Realização de empréstimo consignado, efetuado por reconhecimento biométrico;

3 – Atendimento presencial nas agências do INSS e nas entidades ou instituições parceiras, desde que feito o reconhecimento biométrico e também no sistema público de saúde;

4 – Vacinação;

5 – Cadastro ou recadastramento nos órgãos de trânsito ou segurança pública;

6 – Atualizações no CadÚnico

7 – Votação nas eleições;

8 – Emissão/renovação de passaporte; carteira de motorista; carteira de trabalho; alistamento militar; carteira de identidade (RG) ou outros documentos oficiais que necessitem da presença física do usuário ou reconhecimento biométrico;

9 – Recebimento do pagamento de benefício com reconhecimento biométrico;

10 -Declaração de Imposto de Renda, como titular ou dependente.

Com informações da Agência Brasil.

PROPOSTAS PARA REFORMAS FINANCEIRAS DE HADDAD

 

Redação Itatiaia

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lança na manhã desta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro, uma agenda de reformas financeiras.

Segundo o documento — que será apresentado no evento — seu objetivo é “promover aprimoramento regulatórios” e aumentar “a eficiência nos mercados financeiros, de capitais, de seguros, de resseguros, de capitalização e de previdência complementar aberta”.

Ainda de acordo com o material, serão convidadas 40 associações para participar dos debates para o desenvolvimento dessa agenda, durante o qual serão analisadas prioritariamente 17 propostas, divididas em quatro eixos. São elas:

Temas Tributários

1. Desenvolvimento de Produtos Financeiros;

2. Hedge no exterior;

3. Realização de um Cadastro de Investidor Estrangeiro.

Seguros e Previdência

4. Investimentos das Entidades de Previdência Complementar;

5. Desenvolvimento do Mercado de anuidades;

6. Seguro Garantia em Licitações;

7. Seguro Rural;

8. Regulamentação do PL 2.250/2023, que amplia garantias de operações de crédito.

Mercado de Capitais

9. CNPJ Específico por Patrimônio de Afetação;

10. Redução de Entraves para Emissão de Dívidas Privadas;

11. Instrumentos Financeiros ASG (investimentos que consideram fatores ambientais, sociais e de governança na aplicação).

Mercado de Crédito

13. Identidade Digital e Combate a Fraudes;

14. Recuperação de Crédito;

15. Consignado Privado;

16. Modernização de Instrumentos de Crédito;

17. Negócio Fiduciário.

A ideia do governo, a partir do lançamento nesta quinta-feira, é iniciar um ciclo de debates com a participação de órgãos e entidades do governo como o Ministério da Fazenda, Banco Central, Comissão de Valores Mobiliário, Superintendência de Seguros Privados, Secretaria de Regime Próprio e Complementar, e Superintendência Nacional de Previdência e também entidades do setor privado que serão convidadas a participar dos debates.

Para cada tema será escolhido um coordenador dos debates por parte do governo e um relator do setor privado.

O cronograma prevê que após o lançamento da agenda hoje as equipes sejam montadas de modo que as reuniões comecem a ocorrer a partir do dia 7 de agosto e durem até maio de 2024, quando será apresentado um relatório final dos debates.

PARLAMENTO DE ISRAEL REDUZ PODERES DA SUPREMA CORTE

História por PODER360 

O Comitê Jurídico do Parlamento de Israel, aprovou na noite desta 5ª feira (20.jul.2023), por 9 votos a 7, uma medida que proíbe a Suprema Corte de revisar decisões do governo com base no “princípio da razoabilidade”. Esse trecho é um dos mais polêmicos da reforma judicial proposta pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. As informações são do The New York Times.

Netanyahu apresentou o projeto de lei para reformar o Judiciário em janeiro, depois que uma decisão da Suprema Corte o obrigou a pedir a renúncia de seu aliado político e ministro Aryeh Deri, condenado por fraude fiscal em 2022.

Seguido por uma onda de protestos, o projeto de lei voltou a avançar na semana passada, depois de um hiato de 3 meses, período em que o governo de Netanyahu e a oposição tentaram chegar a um acordo sobre a reforma. Sem o consenso, é previsto que já na 2ª (24.jul) o projeto seja ratificado pelo legislativo.

Em pronunciamento depois da votação desta 5ª feira (20.jul), o premiê disse que “Israel continuará a ser um país democrático” e “liberal”. A oposição diz que medida amplia os poderes do executivo enquanto passa por cima das decisões da Suprema Corte.

ENTENDA A MEDIDA

Desde janeiro, o governo do primeiro-ministro Netanyahu vem tentando passar projetos de lei que lhe dariam mais controle sobre a seleção dos juízes da Suprema Corte e restringiriam a capacidade do tribunal de anular decisões do Parlamento, majoritariamente da sigla governista.

A iniciativa desencadeou uma onda de protestos em todo o país, o que levou ao início de negociações em busca de um acordo. A oposição desistiu das negociações em junho e, um mês depois, o governo decidiu prosseguir com um projeto de lei que limitaria a capacidade da Suprema Corte de anular decisões de autoridades eleitas do Parlamento.

A coalizão governista, formada pelo partido do primeiro-ministro, Likud, e as duas siglas ultraortodoxas Shas e Judaísmo Unido da Torá, argumenta que a Suprema Corte tem “excessiva liberdade” para interferir nas decisões políticas e que o tribunal muitas vezes agiu contra os interesses de direita.

Para reduzir sua influência, o governo de Netanyahu quer impedir que os juízes da Suprema Corte usem a “razoabilidade” para anular decisões de legisladores do Parlamento, dizendo se tratar de um conceito vago e que não está devidamente previsto na lei israelense.

“princípio da razoabilidade” é uma ferramenta legal em que uma decisão é considerada “irracional” pela Suprema Corte se o tribunal determinar que não foram considerados todos os fatores relevantes ou se não foi dado peso adequado a cada fator.

A oposição diz que se o projeto se tornar uma lei, o tribunal não será capaz de conter possíveis abusos de poder do governo de Netanyahu. O primeiro-ministro já enfrenta acusações de corrupção e os opositores acreditam que a reforma do judiciário pode ser usada para descartar processos contra ele.

 

LULA PAZ E AMOR FAZ CAÇA ÀS BRUXAS CONTRA A OPOSIÇÃO

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