Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF) com estátua A Justiça,
de Alfredo Ceschiatti, em primeiro plano.| Foto: Marcello Casal
Jr/Agência Brasil
Esta quarta-feira é um dia importante, porque vai ser sabatinado o
advogado de Lula, que ele indicou para ser ministro do Supremo no lugar
de Ricardo Lewandowski. Um ex-advogado do PT já está lá, Dias Toffoli;
agora, é a vez do advogado pessoal de Lula, que não conseguiu a
absolvição, mas conseguiu anular os processos contra o presidente. Zanin
será sabatinado no Senado e depois passará pelo voto secreto dos 81
senadores; ele precisa ter metade mais um, ou seja, com 41 votos ele já
está escolhido. Muita gente está contra, não sei o resultado, mas diria
que há uma leve tendência de que o nome dele seja aprovado.
No dia seguinte, quinta-feira, o TSE já está com as cartas marcadas
para votar pela inelegibilidade de Bolsonaro. Foi aquilo de que livraram
Dilma, naquela sessão do Senado presidida por Lewandowski. Agora, bem
quando Lewandowski vai embora, aparece de novo esse assunto. Mas lá
atrás foi o contrário: embora a Constituição mandasse que o presidente
condenado ficasse inelegível por oito anos, Dilma não teve essa pena,
tanto que foi candidata ao Senado por Minas Gerais em 2018, mas perdeu
para Rodrigo Pacheco – muita gente deve estar pensando que talvez fosse
melhor Dilma ter vencido, não? E ela não estaria hoje em Pequim, lá no
banco do Brics.
Então, na quinta-feira, é possível que o TSE torne Bolsonaro
inelegível ou nos surpreenda absolvendo-o. A absolvição é a coisa mais
sensata, porque ele está sendo acusado de abuso de poder político e
abuso de poder econômico por ter se reunido com embaixadores. Mas
ministros do Supremo e do TSE também se reuniram e chamaram embaixadores
para explicar o sistema eleitoral eletrônico brasileiro. Foi o que
Bolsonaro fez falando com os representantes de países amigos. Ele não
chamou eleitores para convencê-los com seu poder político ou econômico.
Nenhum deles era eleitor no Brasil. O que a lei exige é que o abuso
seja destinado a convencer o leitor, a constranger o eleitor a votar na
pessoa que comete esse abuso. Não é o caso, mas isso vai ser decidido
lá.
VEJA TAMBÉM: Justiça, só com Deus Zanin quer passar de advogado, que ganha milhões, a ministro do STF, que ganha R$ 37 mil Os dilemas de Lula e as estranhas decisões do Judiciário
Enquanto isso, o Supremo vai começar a julgar, daqui a dois dias,
mais um lote de acusados do 8 de janeiro. É a “justiça por lote”. São
julgamentos por via digital, à distância, de denúncias da
Procuradoria-Geral da República sobre aquelas pessoas que foram presas
lá no acampamento, na frente do Quartel-General do Exército, inclusive a
cozinheira que nem saiu da cozinha. O lote de agora tem apenas 45, mas
já são 1.245 que viraram réus – praticamente todo mundo virou réu –,
daqueles 1.390 presos. Nesse grupo de 45 estão Antônio Claudio Alves
Ferreira, aquele sujeito que quebrou o relógio histórico (vi um
igualzinho no Palácio de Queluz, em Lisboa), e William da Silva Lima,
que estava vestindo a toga de um ministro do Supremo quando foi preso.
Há 250 casos que são considerados mais graves; esses seriam julgados até
o fim do ano, e os acusados estão presos.
Aí vocês me perguntam: vão ser julgados na primeira instância? Não,
serão julgados no Supremo. Mas como, se eles não têm foro privilegiado?
Estão naquele inquérito que foi inventado no Supremo, sem pedido do
Ministério Público, tudo muito estranho. Uma advogada me disse que seu
pai está preso há quase meio ano. Não invadiu prédio público, não
quebrou nada, mas está preso porque estava no acampamento. Eu só quero
que seja aplicado o devido processo legal, algo que desapareceu, embora
exista desde 1215, embutido na Magna Carta.
Agronegócio Em reunião com a FPA Por Aline Rechmann – Gazeta do Povo
Em tentativa de aproximação com o agronegócio, ministro do
Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, participou de reunião da Frente
Parlamentar da Agropecuária. Ele defendeu o agro no tema ambiental|
Foto: Divulgação/Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA)
O
ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo
Teixeira, admitiu que as exigências na área ambiental feitas por países
da União Europeia são, na verdade, cláusulas de barreira comercial aos
produtos do agronegócio brasileiro.
Teixeira disse que esteve em reunião com uma comissão do Parlamento
Europeu, também nesta terça-feira (20), e debateu os acordos comerciais
com países do bloco. “Em primeiro lugar, vamos prosseguir o debate
[sobre as exportações do Brasil para a União Europeia]. Em segundo,
vamos retirar certas exigências que às vezes se mascaram de exigências
ambientais, mas está muito mais para cláusulas de natureza comercial”,
disse o ministro.
As afirmações foram feitas pelo ministro durante a reunião da bancada
da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), nesta terça-feira (20), da
qual Teixeira participou para falar sobre o anúncio do Plano Safra da
Agricultura Familiar. Ele, no entanto, não adiantou detalhes sobre o
Plano que será lançado em 28 de junho. “O presidente Lula é quem fará o
anúncio”, disse Teixeira à imprensa quando questionado sobre os números
do Plano Safra.
Após declarações críticas ao agro por parte de Lula e acenos do
governo petista ao MST, a presença de Teixeira na reunião da FPA também
foi uma tentativa de construir pontes com a bancada que representa o
setor. Nesse contexto, o ministro disse que o “agro tem alto compromisso
com o tema ambiental”.
Teixeira ainda fez questão de destacar que teria defendido o
agronegócio brasileiro durante a reunião com membros do Parlamento
Europeu que estiveram no Ministério do Desenvolvimento Agrário. “Não
associem o agro a qualquer problema de natureza ambiental. Se tem algum
problema de natureza ambiental no Brasil, é um segmento muito isolado e
que vai diminuir com as ações da sociedade brasileira, do Estado
brasileiro”, relatou Teixeira sobre a reunião que contou com
representantes da Itália, da Áustria, da Finlândia, da Alemanha e da
Holanda, além do embaixador da União Europeia, Ignacio Ybáñez.
VEJA TAMBÉM: Lula vai cobrar de Macron solução para restrições ao acordo do Mercosul com a União Europeia Lula admite que acordo comercial do Mercosul com a UE pode não ser assinado Restrições impostas pela União Europeia
Durante a atual viagem internacional, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) vai se encontrar com o presidente da França, Emmanuel
Macron, e deve cobrar uma solução para o impasse gerado com a aprovação
de novas restrições ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul pelo
parlamento francês.
Em maio, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciou
que o governo brasileiro e o Mercosul iriam reavaliar o acordo comercial
com a União Europeia após o bloco europeu impor novas condições. “Esse
documento é extremamente duro e difícil, criando uma série de barreiras e
possibilidades, inclusive de retaliação, de sanções”, disse o ministro
sobre as demandas da União Europeia.
O aditivo aprovado pelo parlamento francês ao acordo comercial cria
duras exigências de sustentabilidade aos parceiros sul-americanos, como
impedir que produtos supostamente oriundos de áreas florestais
desmatadas sejam vendidos nos 27 países do bloco europeu, como
commodities agrícolas e pecuárias.
Submarino do Titanic: sons de batida são ouvidos em área de busca, dizem EUA
Aeronave de vigilância que sobrevoa área em
que equipamento submersível desapareceu detectou ‘ruídos subaquáticos’ ,
confirmou a Guarda Costeira dos Estados Unidos
Por Redação – Jornal Estadão
THE NEW YORK TIMES – Uma aeronave de vigilância canadense que procura o submersível Titan, desaparecido noAtlântico Norte enquanto procurava destroços do navio Titanic, “detectou ruídos subaquáticos na área de busca”, informou a Guarda Costeira dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 21.
Veículos operados remotamente (ROVs) foram realocados para explorar a
origem dos ruídos, mas os resultados até agora foram negativos, disse a
guarda costeira em um tweet. A Guarda Costeira não detalhou a natureza
ou extensão dos sons detectados, ou como eles foram captados.
A Guarda Costeira disse que a aeronave canadense era um avião de
vigilância P-3, um modelo usado para patrulha marítima e operações de
apoio em todo o mundo. Os dados da aeronave foram compartilhados com a Marinha dos EUA para análise posterior, informou.
O Departamento de Segurança Interna, a Guarda Costeira e os militares
canadenses não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. A
notícia de ruídos subaquáticos na área de busca foi relatada
anteriormente pela revista Rolling Stone e pela CNN.
Uma equipe internacional de socorristas tem procurado o Titan em uma
área de água maior que Connecticut. Aeronaves dos Estados Unidos e do
Canadá estão examinando a superfície, e boias de sonar estão sondando as
profundezas. Acredita-se que o Titan tenha menos de dois dias de
oxigênio restante na terça-feira.
O submersível que transportava turistas para explorar os destroços do
Titanic desapareceu no oceano Atlântico no último fim de semana.
A embarcação parou de fazer contato no último domingo (18), na costa
do Canadá, e autoridades canadenses e dos EUA intensificaram esforços
numa corrida para localizar o submersível, que na tarde desta terça, 20,
ainda teria cerca de 30 horas de oxigênio, segundo estimativa da Guarda
Costeira americana.
O submersível Titan é operado pela empresa OceanGate Expeditions,
cuja proposta divulgada em seu site é aumentar o acesso do público ao
oceano profundo. O CEO da empresa, Stockton Rush, disse à emissora
americana CBS que o veículo não exige muita habilidade para condução. “É
como se fosse um elevador.”
A empresa cujo submersível desapareceu durante uma expedição para ver
os destroços do Titanic foi alertada sobre a insegurança de seu
maquinário, mas discordou das críticas. Por se tratar de uma inovação,
justificou a companhia, o empreendimento não atenderia aos padrões
atuais de certificação.
O presidente da OceanGate, Stockton Rush, está entre os turistas a
bordo do veículo desaparecido desde o último domingo (18), na costa do
Canadá. A viagem era a quinta missão da “Expedição Titanic” em 2023 —uma
tentativa de aumentar o acesso do público ao oceano profundo, de acordo
com o site da companhia.
Na terça-feira, 20, o presidente do Explorers Club, uma organização sediada emNova York,
enviou aos membros do clube uma carta que dizia que o sonar na área de
busca havia “detectado possíveis ‘sons de batida’, o que implica que a
tripulação pode estar viva e sinalizando” às 2h da manhã, horário local.
O presidente do clube, Richard Garriott de Cayeux, não entrou em detalhes.
Em uma declaração publicada no Twitter na terça-feira, ele disse que
“sinais prováveis de vida foram detectados no local”. Ele acrescentou
que o clube estava trabalhando para obter aprovação para implantar um
veículo operado remotamente na área de busca, capaz de descer a
profundidades de 6 mil metros, ou quase 20 mil pés.
Trevor Hale, porta-voz do clube, recusou-se a fazer comentários sobre
o registro em uma breve entrevista por telefone na manhã de
quarta-feira. Uma das cinco pessoas a bordo do Titan, o explorador britânico Hamish Harding, é membro da diretoria do clube.
Valéria Bax – Master Business Coach e Mentora, Sócia do Instituto EVEX
Saiba quais são os principais desafios
Quando uma equipe está engajada, os membros são mais motivados,
produtivos e têm um senso de propósito em relação ao seu trabalho. Eles
estão dispostos a investir esforços extras, têm um alto nível de
comprometimento com os objetivos da empresa e estão mais propensos a
contribuir de maneira positiva para o ambiente de trabalho e para o
sucesso da organização como um todo.
Valéria Bax, Master Business Coach e Mentora, Sócia do Instituto
EVEX, explica que o engajamento da equipe é o nível de dedicação,
entusiasmo e comprometimento dos membros da equipe em relação ao seu
trabalho, aos objetivos organizacionais e ao sucesso geral da empresa.
“É uma medida do vínculo emocional e psicológico que os colaboradores
têm com a organização em que trabalham”, ressalta.
O comprometimento dos colaboradores é um fator crítico para o sucesso
de qualquer negócio. É como em um jogo de futebol. Quando a equipe está
entrosada e tem um técnico que joga junto, vencer passa a ser um
objetivo de todos. Você tem no time pessoas mais produtivas, satisfeitas
e propensas a permanecer mais tempo na empresa.
Desafios de construir uma equipe motivada
Não ter uma comunicação clara e eficaz;
Não reconhecer ou valorizar as conquistas das pessoas e da equipe;
Não ter clareza dos objetivos da empresa, das áreas e de cada membro da equipe;
Ter um ambiente onde existem muitos conflitos pessoais;
Sobrecarga de trabalho ou pressão equivocada;
Não ter pessoas alinhadas com os valores da empresa.
Para se ter uma equipe motivada e engajada é importante ter uma
comunicação clara e transparente a partir do líder. Reconhecer o
trabalho bem feito e valorizar os esforços de forma autêntica, oferecer
suporte e orientação para a equipe sempre que necessário, acompanhar e
dar feedbacks assertivos e construir uma cultura forte que seja
positiva, gera autonomia e equilíbrio. “Com uma equipe motivada os
desafios ficam mais leves, as pessoas mais participativas e se sentem
parte da empresa. Os resultados ficam mais fáceis de serem alcançados”,
destaca Valéria.
A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz
divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a
atenção para as seguintes questões:
• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou
pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas
para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.
• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se
expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação,
vendas, etc.
• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:
a) Digitalização dos Lojistas;
b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;
l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;
m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.
Vantagens competitivas da Startup Valeon:
• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar
rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a
Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando
para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.
• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos
contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam
dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses
parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do
Aço para os nossos serviços.
• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois
são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.
• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.
• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do
mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas
desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na
divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso
funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia,
inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande
empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar
tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos
manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em
como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.
• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de
divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu
faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao
site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Proposta:
Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas
Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de
divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que
os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.
Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada
empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços,
telefone, WhatsApp, etc.
O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja
também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação
das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site
de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a
comunicação dos clientes com as lojas.
Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 221.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais
do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós
somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos
tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história
ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
Gargalo do Governo Comunicação do governo é alvo de críticas até de aliados e força Lula a tentar nova estratégia Por Wesley Oliveira – Gazeta do Povo Brasília
Lula, ministro da Secom, Paulo Pimenta, e Marcos Uchôa durante a
segunda live presidencial| Foto: Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto
Alvo
de críticas até por aliados do Palácio do Planalto, a comunicação do
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido um dos
principais gargalos do Executivo nesses primeiros seis meses de mandato.
Na reunião ministerial da última quinta-feira (15), o petista voltou a
cobrar uma reorganização desse setor. Na nova estratégia, Lula pretende
favorecer, por exemplo, a comunicação por meio das rádios.
Durante o encontro com os ministros, Lula defendeu que haja um
alinhamento de todas as pastas com a Secretaria de Comunicação (Secom)
para evitar divulgações desalinhadas com o Planalto. Além disso, ele
frisou que as políticas implantadas sejam “de governo” e não de
ministros.
“Vai ter uma discussão sobre a relação dos ministros com a Secom. É
importante que a gente saiba. A gente pode fazer divulgação das coisas
que a gente faz, com muito mais profissionalismo, se a gente tiver o
mínimo de educação de fazer as coisas coletivamente”, disse Lula durante
a abertura do encontro.
Paralelamente, Lula fez um aceno para o ministro da Secom, Paulo
Pimenta, que passou a ser alvo de críticas por sua atuação no governo.
“É pra isso que colocamos o Paulo Pimenta, figura simpática, alegre e
sorridente, para coordenar a nossa comunicação”, completou o petista.
VEJA TAMBÉM: Padilha diz que comando do Ministério da Saúde não será negociado Toffoli anula provas contra ex-ministro Paulo Bernardo Live de Lula registra baixa audiência pela segunda semana consecutiva Lives de Lula registraram baixa audiência
Em uma nova estratégia para tentar ampliar o alcance da
comunicação do governo federal, a Secom lançou um podcast com Lula para
falar sobre as ações da gestão petista. O programa, no entanto, tem
atingido baixos índices de audiência.
Nesta segunda-feira (19), por exemplo, a segunda edição do programa
“Conversa com o Presidente” registrou pouco mais de 7 mil acessos
simultâneos no canal do petista no YouTube. Na edição da semana passada
esse número foi ainda menor, com cerca de 5,8 mil visualizações
simultâneas. A transmissão, prevista para ocorrer semanalmente às
terças-feiras, foi antecipada porque Lula embarca para a viagem à Europa
na noite desta segunda.
Os integrantes do governo, no entanto, minimizam a baixa audiência e
avaliam que o objetivo do modelo da live não é atingir grandes índices
no momento da transmissão, mas sim colocar pautas consideradas positivas
pelo governo na agenda da imprensa e das redes sociais.
Apesar do discurso, a Secom pretende liberar o sinal das lives para todas as rádios que mostrarem interesse em retransmiti-la.
A avaliação interna é de que o horário da transmissão, que ocorre por
volta das 9h da manhã, beneficia os ouvintes de rádio em todo o país.
Ou seja, nos cálculos do governo, a estratégia de transmitir uma agenda
positiva da gestão petista pode atingir principalmente o eleitorado do
interior do país. A expectativa é de que a disponibilização do sinal
ocorra já nas próximas edições.
Outro ponto que a Secom vai investir será nos “cortes” dos melhores
momentos do programa como forma de tentar ampliar a repercussão nas
redes sociais.
Governo quer apostar em entrevistas para rádios estaduais Além
disso, o Planalto vai investir numa estratégia para que o petista sempre
conceda entrevistas para um pool de rádios sempre que for visitar um
determinado estado. Nesta semana, por exemplo, Lula falou com rádios de
Goiás antes de visitar a cidade de Rio Verde para inaugurar a obra de
uma ferrovia na região.
Na ocasião, o petista aproveitou para fazer sinalizações,
principalmente para o agronegócio e para o governador de Goiás, Ronaldo
Caiado (União Brasil). Foi uma tentativa aproximação de Lula após
sucessivas declarações contra o setor. O presidente, inclusive, já
chamou empresários do agro de “fascistas e negacionistas”.
O aceno também foi uma forma de tentar aumentar o apoio a Lula na
região. No segundo turno da eleição de 2022, o ex-presidente Jair
Bolsonaro recebeu aproximadamente 60% dos votos, ante 38% para o
petista.
“Goiás é um estado muito importante no trânsito dos produtos deste
país, sobretudo para agricultura e nós vamos fazer de tudo para
ajudá-lo, pode ter certeza”, disse Lula durante a entrevista.
Comunicação do governo foi criticada por aliados de Lula As
dificuldades de comunicação viraram um dos temas recorrentes das
conversas de Lula com parlamentares da base nas últimas semanas. Como a
Gazeta do Povo mostrou, Pimenta vinha sendo alvo de “fogo amigo” entre
os integrantes do próprio governo por causa de sua atuação no governo
Lula.
Recentemente, por exemplo, o chefe da Secom entrou em embate com o
deputado André Janones (Avante-MG), que foi um dos principais
articuladores da campanha petista. Em entrevista à GloboNews, o deputado
mineiro disse que parte da dificuldade de negociação que o governo tem
enfrentado no Congresso está relacionado à comunicação.
Janones afirmou que o governo não consegue pautar as discussões nas
redes sociais, por exemplo. “Então, na minha opinião, a gente está sendo
derrotado na disputa das narrativas. Ao perder a disputa de narrativas,
o nosso poder de negociação se fragiliza”, disse.
O deputado foi rebatido pelo ministro. Pimenta afirmou que a
comunicação do governo deve adotar uma postura menos incisiva do que a
do período eleitoral. “Passada a eleição, quem ganha tem que governar
para todos. O Lula é o presidente de todos os brasileiros e brasileiras.
Para isso, não podemos ter uma comunicação que alimente esse ambiente,
que foi um ambiente, de certa forma, que fez com o que o Brasil passasse
a conviver com intolerância, ódio, violência”, argumentou.
Além desse episódio com Janones, Pimenta virou alvo de críticas
internas depois que ele chegou a anunciar que haveria o corte do
patrocínio do Banco do Brasil à Agrishow, maior feira agrícola da
América Latina, o que não ocorreu. A crise ganhou repercussão depois que
o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, desistiu de participar do
evento devido ao convite feito ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De
acordo com integrantes do Planalto, Pimenta anunciou a suposta retirada
do patrocínio da instituição sem um alinhamento prévio com os demais
setores do Executivo.
Para o ministro, no entanto, os aliados do governo Lula talvez
esperassem um novo “gabinete do ódio”. “Parte da nossa base talvez tenha
imaginado que nós seríamos um gabinete do ódio ao contrário, mas não é
esse o papel da Secom”, completou em entrevista à GloboNews.
Secom tem usado redes do Planalto para ironizar adversários políticos Em
outra frente, a Secom tem usado os perfis oficiais do governo para
ironizar os principais opositores de Lula. No episódio mais recente, a
pasta fez uma postagem que simulava um PowerPoint sobre os 137 dias do
mandatário. Era uma referência à cassação do deputado federal Deltan
Dallagnol (Podemos-PR).
No post, a comunicação celebrava feitos da gestão Lula como a queda
da inflação e a valorização do salário mínimo, no mesmo modelo de
diagramação de uma apresentação realizada pelo então procurador da
República, enquanto coordenador da Operação Lava Jato, a promotores em
setembro de 2016. Na ocasião, ele acusou o petista de liderar um grupo
criminoso de desvio de dinheiro na Petrobras no caso do triplex.
Antes disso, a pasta aproveitou a operação da Polícia Federal que
investiga suposta inserção de dados falsos no cartão de vacinação do
ex-presidente Jair Bolsonaro para publicar uma montagem nas redes
sociais com uma imagem do Zé Gotinha e a mensagem “vai viajar para o
exterior? Regularize suas vacinas”.
Tributação sobre consumo de produtos e serviços no Brasil está
entre as mais complexas do mundo.| Foto: Marcelo Andrade/arquivo /
Gazeta do Povo
O Brasil segue envolvido com a eterna reforma tributária em andamento
no Congresso Nacional. Em 6 de junho, o deputado federal Aguinaldo
Ribeiro (PP-PB) apresentou relatório ao grupo de trabalho (GT) que
discute o assunto na Câmara dos Deputados. A pretensão é que esse texto,
aprovado no GT, seja a base para a elaboração de um substitutivo à PEC
45/2019, a ser votado diretamente em plenário, provavelmente no início
de julho. O relatório do GT tem 92 páginas e as atividades do grupo,
formado por 13 integrantes, foram divididas em duas partes: um histórico
do sistema tributário brasileiro e a exposição das conclusões a que
chegou o GT. O relatório segue na direção das propostas feitas pelas
PECs 45 e 110/2019 sobre a simplificação de impostos sobre o consumo, o
fim da cumulatividade e a cobrança no destino de consumo do produto.
A primeira observação, com a qual concordam praticamente todos os
parlamentares integrantes do GT, é que o sistema tributário atual sobre o
consumo é complexo, disfuncional, ineficiente, desequilibrado e
injusto. O documento lista 16 causas que resultaram no monstro
tributário, um verdadeiro Frankenstein que coloca o Brasil como um dos
cinco piores sistemas tributários do mundo. Tornou-se consenso entre
empresários, economistas, advogados tributários e especialistas sobre
impactos econômicos da tributação que o Brasil chegou até aqui com dois
grandes blocos de tributos cheios de distorções. Um bloco é o dos
tributos sobre renda, que a rigor não é dos piores – pelo contrário: o
Imposto de Renda chega a ser simples e de fácil execução, até mesmo
melhor que seu similar em muitos países desenvolvidos. O segundo bloco é
a estrutura tributária sobre consumo; esta, sim, é um castelo eivado de
deformidades gravíssimas.
Mesmo aceitando que é lógico um sistema que tribute, de um lado, a
renda de pessoas físicas e pessoas jurídicas – caso do Imposto do Renda –
e, de outro lado, tribute o consumo, as décadas de distorções e
remendos produziram um monstrengo completamente insano sob qualquer
ângulo analisado. Mas não se trata apenas de um castelo de distorções
legais. A tributação sobre consumo no Brasil prejudica a economia,
distorce a lógica tributária, torna impossível a funcionalidade, forma
um emaranhado que ninguém consegue entender em sua amplitude e responde
pelo gigantesco contencioso que entope o Poder Judiciário de processos e
litígios entre contribuintes e governo, numa orgia jurídica
absolutamente insana e interminável.
Não existe nada no mundo similar em normas e essência ao monstruoso sistema tributário brasileiro sobre consumo
Pode-se começar citando algo que qualquer iniciante em economia e
tributação sabe ser um defeito grave: o fato de haver cinco tributos
sobre o consumo, cada um com sua montanha de leis e regulamentos
difíceis de conhecer e cumprir. A base de consumo é tributada por cinco
tributos diferentes, de competência das três esferas federativas. No
nível federal, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a
Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do
Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e a Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins); nos estados, o Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); nos municípios, o
Imposto sobre Serviços (ISS).
Não existe nada no mundo similar em normas e essência ao sistema
tributário brasileiro sobre consumo. Cada ente federativo tem sua
própria competência para legislar sobre normas específicas do imposto
sobre o consumo. O país tem 26 estados, Distrito Federal e 5.570
municípios com competência para, além da União federal, legislar, cobrar
e fiscalizar os tributos em sua alçada, fazendo que, além de todos os
males já considerados, o custo financeiro do sistema tributário seja
fator de desperdício, excessivo custo de obediência, insegurança
jurídica e desestímulo à atividade econômica.
Chega a ser estranho como o Brasil conseguiu construir esse bloco de
tributação sobre o consumo e com ele conviver tanto tempo, sem se dar
conta da deformação que foi criada e piorada ano a ano com efeito de
freio ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social. Trata-se de
um caso quase único de deformação, cabendo perguntar como foi possível
isso acontecer sem que nenhum governo tivesse interrompido o processo de
distorções em alguma etapa da construção perversa. Vale lembrar que,
sempre com apreço à tese de que a soma de dois erros dá um acerto, o
governo e o sistema de leis brasileiros aprovaram determinados remendos
na tentativa de aliviar distorções, a exemplo da concessão por entes
subnacionais de benefícios fiscais para atrair investimentos, com
agravamento da ineficiência na alocação de recursos e indução ao que
passou a ser chamado de “guerra fiscal”.
VEJA TAMBÉM: O erro de tratar o setor produtivo como inimigo (editorial de 8 de junho de 2023) A Estratégia Federal de Desenvolvimento e o Brasil de 2030 (editorial de 2 de junho de 2023) Ineficiência, corrupção e concentração de renda (editorial de 26 de maio de 2023)
A diferença de tributação entre entes federativos – especialmente
estados e municípios – e a manutenção de diversos tributos sobre o
consumo afastam investimentos estrangeiros no país em face da
complexidade existente no manicômio de leis, normas e regulamentos
específicos de cada ente tributador. Tudo isso ajudou a criar uma
estrutura que trata de forma diferente a tributação sobre consumo de
bens e a tributação sobre consumo de serviços, coisa estranha se
comparada aos padrões existentes nas principais economias do mundo. A
ideia teórica de tributar consumo não distingue se o ato de consumir se
dá pelo uso de um bem material ou um serviço e, mesmo que houvesse
alguma lógica na distinção entre ambos, ela não seria lógica se feita da
forma e proporção como se faz no Brasil.
Em resumo, do ponto de vista teórico econômico e segundo a lógica
tributária, a estrutura tributária brasileira atingiu um ponto de
distorção e descontrole que alguma reforma que mitigue pelo menos um
pouco o monstro, como as tentativas de unificação de impostos previstas
nas PECs 45 e 110, precisa ser levada adiante. A sociedade tem o direito
de pedir aos políticos que desmontem a arapuca que o setor estatal
montou com a aprovação dos representantes do povo e que atingiu um ponto
tão grave que ou se conserta (ainda que um pouco) o problema, ou o país
chegará a um ponto de colapso tributário com sérias consequências em
atraso econômico e baixo crescimento.
Artigo Censurado por “subversão”: lei da ditadura serve de inspiração para STF Por Hugo Freitas Reis, especial para a Gazeta do Povo
Ministro Alexandre de Moraes durante sessão no STF.| Foto: Nelson Jr./SCO/STF
O
apresentador de podcasts Bruno Monteiro Aiub, o Monark, foi alvo de
nova ordem de bloqueio de redes sociais, divulgada nesta quarta-feira
(14), proferida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes no âmbito do
Inquérito 4.923, desdobramento do Inquérito das Fake News, também
chamado por alguns de “Inquérito do Fim do Mundo”. O episódio suscitou
controvérsia, levantando as mesmas duas perguntas que periodicamente
retornam ao noticiário em se tratando do mencionado inquérito: 1) isso é
crime?; 2) um ministro do Superior Tribunal Federal tem poderes para
fazer isso?
No mais das vezes, a resposta para as duas perguntas tem sido não. Ao
menos, segundo a lei brasileira atual. Mas uma leitura de leis antigas,
já revogadas, de períodos menos democráticos da nossa história, pode
produzir conclusões surpreendentes.
O nascimento do “Inquérito do Fim do Mundo” O episódio mais
polêmico do Inquérito do Fim do Mundo foi a sua instauração, promovida,
recorde-se, em reação a cidadãos privados que, por meios diversos,
tinham proferido palavras críticas ou danosas à reputação de ministros
do STF. Até onde se saiba, nenhum destes cidadãos fazia parte do seleto
rol de autoridades cujos crimes, pela Constituição, devem ser julgados
pelo tribunal.
Assim, desde o início, já se tinha um óbvio problema de incompetência
de juízo (o mesmo fundamento, por exemplo, que, dois anos depois, seria
invocado pelo próprio tribunal para anular as condenações do
ex-presidente Lula). Se os ministros do STF já não tinham autoridade
legal para julgar os supostos crimes, atrair os casos para a sua alçada
se tornava ainda mais temerário pelo fato de os próprios ministros
figurarem como vítimas, dando margem a um potencial problema processual
ainda mais grave, o impedimento ou suspeição do juízo.
Como se não bastassem estes problemas, a forma de determinação da
relatoria do inquérito, dentro do tribunal, foi em si mesma controversa.
No nosso sistema jurídico, a atribuição de juiz à causa é feita por
sorteio. As razões disto são óbvias: a regra se destina a fornecer uma
camada a mais de garantia de imparcialidade, evitando tanto o forum
shopping (a escolha estratégica, por uma das partes, de um juiz ou órgão
judicial específico, tendo razões para escolher um que considere mais
favorável para si) quanto a ação voluntariosa de juízes, que, de outra
forma, poderiam tomar a iniciativa de se adiantar aos outros na assunção
de casos, o que sugeriria um ânimo incompatível com a imparcialidade.
No entanto, o então presidente do tribunal, Dias Toffoli (ele próprio
vítima dos primeiros supostos crimes a serem alvos de medida cautelar),
ao instaurar o inquérito de ofício, deixou de aplicar a regra do
sorteio, escolhendo a dedo o ministro Alexandre de Moraes para conduzir o
inquérito.
O que dava ao presidente do STF poderes para proceder desta forma?
Toffoli invocou o art. 43 do Regimento Interno do STF: “Ocorrendo
infração à lei penal na sede ou dependência do Tribunal, o Presidente
instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua
jurisdição, ou delegará esta atribuição a outro Ministro.”
Ocorre que é evidente a olho nu que o artigo não se aplicava ao caso,
seja porque não se cogitava que qualquer (suposta) infração à lei
tivesse ocorrido dentro do tribunal (mas sim, por exemplo, na distante
redação d’O Antagonista), seja porque, independentemente disto, nem
sequer se cogitava que as supostas infrações envolvessem pessoa sujeita à
jurisdição do STF. Como já foi dito, tratavam-se de cidadãos privados,
com foro na Justiça comum — alguns dos quais já tinham, inclusive, sido
julgados e inocentados por esta, tornando o Inquérito 4.781, além de
tudo, eivado de ofensa à autoridade da coisa julgada dos demais juízes.
Portanto, o art. 43 do Regimento Interno não era capaz de fornecer a resposta.
A resposta estava no Brasil colônia
Esta situação, naturalmente, provocou perplexidade na comunidade
jurídica, que, por mais que se esforçasse em procurar, não conseguia
encontrar em todo o ordenamento brasileiro qualquer dispositivo que
autorizasse os procedimentos adotados pelo STF.
O problema, o tempo todo, foi que se limitaram a consultar as leis que ainda eram vigentes.
Por acaso, certa vez consultei as antigas Ordenações Filipinas,
promulgadas pela monarquia absolutista portuguesa em 1603 e vigentes no
Brasil durante séculos. Sua aplicação mais famosa, certamente, foi o
esquartejamento de Tiradentes, com cada um de seus pedaços (cabeça,
braços) sendo exibido em uma cidade diferente, para advertir a população
do que acontecia com o súdito que fosse insubordinado ao seu soberano. O
aspecto brutal da lei às sensibilidades atuais se deve ao seu contexto
pré-iluminista, em que pouco zelo havia em limitar os poderes das
autoridades de Estado.
Um dos dispositivos das Ordenações tem surpreendente semelhança com a
situação narrada. Trata-se da seção intitulada “Dos que dizem mal
del-Rey”, com o seguinte tipo penal: “O que disser mal de seu Rey, não
será julgado per outro Juiz, senão per elle mesmo, ou per as pessoas, a
quem o elle em special commeter. E ser-lhe-ha dada a pena confórme a
qualidade das palavras, pessoa, tempo, modo e tenção, com que forem
ditas. A qual pena, se poderá estender até morte inclusive, tendo as
palavras taes qualidades, porque a mereça.”
O caso Monark Quem leu a decisão determinando nova censura aos
canais de Monark se surpreendeu pela ausência de referência a qualquer
crime que o apresentador pudesse ter cometido. Talvez seja útil repetir a
técnica da pesquisa histórica, para desvanecer também aqui a
perplexidade.
Embora a decisão não cite nenhum artigo de lei, nela, o ministro
Alexandre de Moraes faz abundantes referências a “notícias falsas” e
descreve os discursos de Monark como tendo conteúdo de “subversão”. Esta
palavra soou antiquada ao meu ouvido, remetendo a contextos
ditatoriais. Realizei então uma pesquisa da palavra na base de dados da
legislação brasileira.
Algumas poucas leis usam “subversão” para se referir a motins de
detentos em estabelecimentos prisionais, a serem reprimidos pelos
agentes penitenciários.
Quase todas as outras são leis da ditadura militar, hoje revogadas ou
não-recepcionadas, voltadas, presumivelmente, à repressão dos
subversivos comunistas. As leis restantes eram as primeiras versões da
Lei de Segurança Nacional, promulgadas por Getúlio Vargas, antes de
serem substituídas pela Lei de Segurança Nacional da ditadura militar,
em 1983. Esta versão chegou a ser usada pelo STF no Inquérito do Fim do
Mundo, antes de ser revogada em 2021, por uma lei que já não mais usa o
termo “subversão”, retirando-o da lei criminal brasileira.
De todas essas leis abolidas, a melhor candidata para fundamentar as
medidas hodiernas do STF é a Lei de Imprensa, de 1967 — paradoxalmente,
declarada pelo próprio tribunal como não-recepcionada pela Constituição
de 1988 —, que, além de reprimir a subversão, também criminalizava, ora
vejam, “notícias falsas” (“ou fatos verdadeiros truncados ou
deturpados”, donde se vê que, à frente do seu tempo, a lei já previa o
moderníssimo conceito de “desordem informacional”) e proibia conteúdo
que atentasse contra a “moral” (evocando os termos da acusação feita
pelo ministro Alexandre para criminalizar a manifestação do Telegram
contra o PL da Censura).
Os insatisfeitos com a derrota do PL da Censura no Congresso têm
feito apelo para que o STF imponha as novas regras de censura mesmo
assim, na marra. O ministro Alexandre de Moraes já fez insinuação neste
sentido. Fica, então, a sugestão para uma forma inteligente de fazê-lo,
dadas as limitações de um Poder que, teoricamente, não poderia criar
leis: se o tribunal já disse que certas leis são incompatíveis com a
Constituição, basta desdizer. Ressuscitem as leis da ditadura.
Hugo Freitas é mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais
PIB Depois de xingar o agro, Lula usa sucesso do campo para se promover
Por Alexandre Garcia – Gazeta do Povo
Agronegócio ajudou a impulsionar o PIB do primeiro trimestre.| Foto: Michel Willian/Gazeta do Povo/Michel Willian/Gazeta do Povo
Pois é: Lula chamou o agro de fascista, de negacionista, mas se
aproveitou do agro para o seu governo dizer que estamos crescendo. É que
o agro cresceu 23% no primeiro trimestre, com tudo aquilo que foi
plantado no ano passado, e com isso subiu o PIB. Por enquanto, são
consequências, principalmente, da política monetária do Banco Central,
de proteger a moeda e o crédito. Essa é a função dele. Está mantendo a
taxa Selic enquanto houver sinais de inflação em outros países. Nos
Estados Unidos, o banco central de lá, o Fed, aumentou a taxa de juros
por dez reuniões consecutivas e agora, pela primeira vez, está mantendo
para observar. Os juros lá estão entre 5% e 5,25%, o que é muito alto
para os EUA. Já o Banco Central Europeu está com taxa de 4%, que também é
altíssima. Todo mundo sabe que lá na Europa os bancos praticamente não
pagam juros, porque o juro é baixíssimo. Esta é a mais alta taxa dos
últimos 22 anos na Europa, imaginem só.
Mas o Congresso também fez sua parte impedindo loucuras como voltar a
estatizar a Eletrobras, acabar com o Marco do Saneamento, mexer no
Banco Central, agora o governo está querendo a maluquice de desfazer a
reforma trabalhista. Estão falando menos nisso tudo porque não se brinca
com dinheiro. Dizem que o dinheiro não aceita desaforo. É uma questão
de credibilidade.
VEJA TAMBÉM: A descrença na Justiça brasileira afeta desde o cidadão comum até juízes Lula tenta se aproximar do agro, é vaiado e diz bobagem outra vez Aprovação do marco temporal foi vitória do Brasil sensato
Acho que poucos vão lembrar do milagre brasileiro. Eu lembro muito
bem porque eu trabalhava no setor de Economia do Jornal do Brasil e
cobri o milagre econômico. Delfim Netto era o mago das finanças. O
presidente Médici entrava no Maracanã e sua presença era anunciada no
alto-falante, porque ele recebia um aplauso incrível por causa do
milagre brasileiro. Estava todo mundo empregado, o Brasil crescia 11,2%
em média por ano – houve um ano em que cresceu 14%. Conto isso porque
infelizmente não estamos vendo agora – ao menos eu não estou vendo – o
fator que provocou o milagre brasileiro: otimismo e entusiasmo. O que
estou vendo é o contrário, principalmente no agro, que está sentindo
essa história de marco temporal, ameaça fundiária, apoio ao MST, Marina
vetando tudo, declarações do presidente da República contra os que
semeiam suor… E o segundo grande setor do PIB, o de serviços, também é
atingido na área urbana, eu vejo o cuidado. Depois não vamos dizer que
nos surpreendemos. Não se brinca com credibilidade, o dinheiro não
aceita desaforo. Ainda bem que o Congresso reagiu, e é bom que o
Congresso continue pensando a respeito disso.
Juíza que substituiu Moro enfim se livra da Lava Jato A juíza
Gabriela Hardt, que substituiu Sergio Moro e depois foi substituída por
esse Eduardo Appio, que está sob investigação por andar fazendo ameaças,
enfim se livrou da Lava Jato. Ela não aguentava mais; deve ser decepção
com essas coisas que nos decepcionam também. Hardt queria ir para
Florianópolis, mas não conseguiu; agora, foi para a 3.ª Turma Recursal
do Paraná, ainda em Curitiba. E para a 13.ª Vara Federal de Curitiba (eu
acho que o número 13 caiu direitinho em cima) vai o juiz Fábio Nunes de
Martino, de Ponta Grossa.
Presidente Lula foi acompanhado de 40 autoridades em sua viagem à China, em abril de 2023.| Foto: Ricardo Stuckert/PR
Não
demorou; nunca demora. Eis aí o presidente da República, mais uma vez,
se atirando de cabeça em sua obsessão preferida como homem de governo –
viajar para o exterior, no jato presidencial, onde tem quarto de casal e
sala privativa, com tudo pago pelo governo. (Pelo governo não: tudo é
pago por você e seus impostos.)
Vai agora ver o papa em Roma, além de um sociólogo, e participar de
um evento em Paris; não há, nem em Roma e nem em Paris, nenhuma
possibilidade de acontecer alguma coisa que possa interessar, mesmo de
longe, o cidadão que está pagando a conta. É a sétima viagem em menos de
seis meses, coisa que nenhum outro presidente do planeta conseguiu
fazer no mesmo período. Já deu o equivalente a duas voltas inteiras ao
mundo.
Ficou 28 dias fora do Brasil, mais do que viajou aqui dentro. Já
tirou foto com 30 líderes estrangeiros – embora só tenha recebido nove
deputados dos partidos de sua “base”. Não conseguiu nada de útil para o
Brasil e para os brasileiros com essas viagens todas; ao contrário, só
criou problema, basicamente porque nunca falou tanta bobagem na vida
quanto no desfile permanente que faz pelo exterior desde que assumiu a
presidência.
Eis aí o presidente da República, mais uma vez, se atirando de cabeça
em sua obsessão preferida como homem de governo – viajar para o
exterior.
As viagens em massa servem para Lula se ausentar do exame, debate e
solução de qualquer questão de governo, num momento em que o Brasil está
atolado até a cabeça em questões que não são sequer entendidas por ele,
e muito menos resolvidas; sem resolver nada por aqui, escapa para o
exterior, onde prejudica o interesse nacional e impressiona os
jornalistas fazendo o papel de “líder mundial”. É uma piada, a cada vez
que decola – e uma piada muito cara.
Em Londres, Lula foi capaz de ocupar 57 quartos de um hotel onde a
diária da suíte “master” custa quase 40 mil reais. Como é possível
alguém ocupar 57 quartos de hotel com uma comitiva oficial? Ele foi lá
assistir a coroação do rei Charles III, só isso – porque raios
precisaria levar esse mundo de gente? Só em aluguel de carros, gastaram
250 mil dólares, ou cerca de 1,3 milhão de reais, uma quantia que a
maioria dos brasileiros não conseguirá ganhar durante todas as suas
vidas. A conta, no fim, passou dos 3 milhões de reais. No Japão, pouco
tempo depois, já gastou o dobro – foram 6 milhões, turbinados pela maior
fixação do PT e arredores, o cartão de crédito “corporativo”. É
extraordinário, para um país que segundo o próprio Lula, tem “33
milhões” de pessoas “passando fome”, ou mesmo “120 milhões”, nas contas
da sua ministra do Meio Ambiente.
VEJA TAMBÉM: O programa estratégico de Lula é atender suas próprias vontades Lula continua viajando porque não sabe como governar o Brasil Lula está convencido de que foi eleito para o cargo de Deus
Lula finge que está fazendo “política externa”. Mas o que faz, na
prática, é o mais alucinado programa turístico, com despesas de sultão,
que um primeiro casal brasileiro já foi capaz de montar. Agora, por
exemplo, vai fazer de conta que fala com o presidente Emmanuel Macron.
Macron vai fazer de conta que fala com ele. O intérprete vai fazer de
conta que traduz. Tem sido isso, e mais disso, desde a sua primeira
viagem – quando foi à Argentina e prometeu construir lá o gasoduto de
“Vaca Muerta” (é isso mesmo), a única obra pública de porte que o seu
governo anunciou até agora.
Lula, na verdade, não faz diplomacia. Apenas repete, em termos
gerais, o que ouve do comissário para assuntos externos, o ex-ministro
Celso Amorim – que vive mais ou menos uns 70 anos atrás e, reproduz, nas
instruções que dá ao presidente, o programa de política exterior de um
centro acadêmico estudantil. Não pode sair nada de bom dessa salada.
Lula fazendo o L ou o L fazendo o Lula? Jamais saberemos…| Foto: Reprodução/ Twitter
Ontem
Lula fez mais uma de suas (dele) lives com Marcos Uchôa. Não sei se
você viu. Não sei se alguém viu. Não sei nem se os petistas viram. De
qualquer modo, assisti a um recorte, como dizem os jovens. Nesse trecho,
um Lula quase franciscano falava de passarinhos e celebrava sua própria
vitória e a vitória de seu partido oh-tão-puro sobre o ódio, o fascismo
– ou qualquer outro moinho de vento do tipo.
Um pouco por masoquismo e outro tanto porque eu tinha que fazer hora
antes do barbeiro, fiquei assistindo àquilo repetidamente. Reparando em
cada expressão do rosto do efelentífimo. “Ó o passarinho cantando, ó.
Que coisa bonita!”, diz Lula, os olhinhos semicerrados de prazer, para
em seguida emendar que nas lives do ex-presidente Jair Bolsonaro não
tinha nada disso. “Aqui é beleza, aqui é natureza, aqui é tranquilidade e
passividade”, arremata, praticamente compondo uma música do Caetano. Ou
do Nando Reis.
Aí, quanto mais assistia ao vídeo, mais me lembrava do Meu Amigo
Petista (MAP). Cujo nome não posso citar porque ele tem vergonha. “Vai
que o povo do trabalho descobre”, me diz ele, justificando a opção pelo
anonimato. Como se ninguém tivesse notado a sua felicidade
pós-eleitoral, né, cara? Não hesitei. Mandei o vídeo do Lula
caetanizando diante do Marcos Que Vergonha Uchôa (que eu confundo com o
Tino Pausa Dramática Marcos), ao lado de uma mensagem simples: parabéns.
E um monte de emojis de festa.
Parabéns!
Porque, reconheçamos, meu amigo petista merece os parabéns. O meu e o
seu. Afinal, ele não largou o Lula e o PT nunca. Haja fé em político!
No Mensalão, por exemplo, ele tinha na ponta da língua a desculpa
perfeita para a corrupção petista. Governabilidade. Depois, na chamada
Eleição da Ferradura, defendeu Dilma do “machismo” de Aécio Neves. E aí
veio a Lava Jato e meu amigo petista não largou o osso. Pelo contrário,
ao fim do parágrafo seguinte encontraremos meu amigo petista indo levar
os ossos ao acampamento em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba –
onde Lula esteve preso. Por corrupção e lavagem de dinheiro.
Haja espírito militante! Ele, meu amigo petista, passou anos ouvindo,
primeiro, os panelaços contra Dilma. Depois, o impeachment. Em seguida,
ele assistiu às cenas de Lula visitando o triplex do Guarujá. E nem
assim meu amigo petista se abalou. “Globo golpista”, dizia ele. Aí veio
condução coercitiva. A prisão do Lula. Provas e mais provas envolvendo
tantos petistas que perdi a conta. E o amigo lá. A fé inabalada. E eu
não disse que ao fim deste parágrafo ele estaria levando os ossos ao
acampamento de adoração ao Encarcerado? Pois olha ele ali, gritando “Bom
dia, presidente Lula” perto da Maria do Rosário.
Depois veio o pior. Pior para ele, digo. Bolsonaro foi eleito
presidente. Lula preso. Sergio Moro ministro da Justiça. O amigo chorou,
afogou as mágoas no Bek’s e nunca perdeu uma oportunidade de repetir o
vocabulário que lhe ensinaram. Primeiro fascista. Depois genocida. E não
adiantava as declarações ou os fatos. As palavras eram sempre
distorcidas e os fatos eram invenção da imprensa comprada pelo
imperialismo ianque. Qualquer coisa assim.
Fé cega, faca amolada
Tanta fé em Lula, no Partido dos Trabalhadores e no Sistema, que o
amigo jura que é composto por pessoas que defendem a democracia e os
direitos dos mais pobres (sério?!), começou a valer a pena quando o
ex-condenado foi solto. De uma hora para a outra, a justiça que o amigo
petista considerava corrompida ou acovardada passou a ser… justa. Teve
início, aí, uma maratona cheia de obstáculos morais que meu amigo
petista correu sem nem esboçar cansaço. Mais uma vez, meus parabéns.
Tudo para, hoje, meu amigo petista ouvir o Lula celebrar o cantar dos
pássaros. Para ele, meu amigo petista (e provavelmente o seu amigo
petista), o Brasil infernal de ontem se transformou nesta terra de
esperança de hoje. Ele acredita realmente em tudo o que lhe dizem os
camarada. Para ele, a palavra dos deputados do PT (e alguns do PSOL e
PCdoB) é ouro. Sem qualquer questionamento, meu amigo petista, que se
acha um gênio, deposita seu futuro e o futuro dos seus filhos e netos
nas decisões tomadas por sindicalistas, intelectuais e uns corruptos
confessos. E ele ainda ri de mim, que acredito em Deus e me sei falho.
Assim segue o MAP pela vida, parasitando um aqui, outro acolá. Se
expressando por sarcasmos espertinhos. Concordando com Renan Calheiros
num dia e com Reinaldo Azevedo (quem diria?!) no outro. Compostando hoje
e pagando imposto com gosto amanhã. Estupidificado. Pena que, temeroso
da Covid-19, ele ainda insista em esconder o sorriso parvo por trás de
uma máscara de pano, meu amigo petista. Que, a esta hora, deve estar se
perguntando: será que ele está falando de mim? Estou.