quinta-feira, 15 de junho de 2023

POLÍTICA EXTERNA DO GOVERNO LULA

 

Por
Luiz Philippe Orleans e Bragança – Gazeta do Povo


| Foto: EFE

A política externa do Brasil está igual à política interna: uma bagunça.  Em seis meses, o governo buscou reforçar laços com o bloco Rússia e China, e ao mesmo tempo tentou manter felizes EUA e Europa. Claro que isso não funcionou, pois a ingenuidade passa longe de qualquer um desses países.

Rússia e China ainda querem ver muito mais alinhamento do Brasil com suas políticas, antes de se sentirem confortáveis ao tratar o Brasil como protagonista em qualquer questão relativa aos BRICS, ou na criação de uma nova ordem mundial.  Por outro lado, as sinalizações que Lula fez foram o bastante para romper os bons relacionamentos que o país mantinha com a América do Norte e Europa.  Que ações foram essas? Na verdade, houve várias sinalizações de antagonismo em todos os sentidos políticos, econômicos e geopolíticos.   

Mancadas Políticas: Ao tentar elevar as ditaduras do Foro de São Paulo, sabidamente Nicarágua, Cuba e Venezuela, a status de países soberanos respeitáveis, o Brasil rompe o consenso que existe entre a esquerda ocidental e a mídia da América do Norte e Europa, que avalia esses países como estados falidos, liderados por criminosos, sem nenhum compromisso com sua população. Para a esquerda globalista, ou nova esquerda, esses narco-ditadores mancham essa nova imagem e remetem ao velho modelo stalinista do século 20.  Mas a maior oposição em relação à nova esquerda é que esses ditadores estão sempre alinhados com os interesses da Rússia e China e devem limitar os planos globalistas para a região.

Trapalhadas econômicas: Lula lançou a bravata de sair do dólar como moeda de base para trocas internacionais. O Brasil tem mais de US$ 300 bilhões em reservas, sendo a maior parte em dólar e euro. Optar pelas moedas da China ou da Rússia vai deteriorar a capacidade de troca de nossas reservas e isolar o país comercialmente.  Mesmo países mais dependentes da China e Rússia ainda não fizeram a transição total para a saída do dólar. O projeto é perigoso e certamente pode gerar retaliações, caso não haja um período longo de transição. É mais provável que nenhuma outra moeda venha a substituir o dólar totalmente, apenas aumentar sua participação nas reservas. Foi uma fala demagógica que serviu só para estremecer mercados, relacionamentos políticos, em uma clara demonstração de que o Brasil não sabe o que faz.

Em seis meses, o governo buscou reforçar laços com o bloco Rússia e China, e ao mesmo tempo tentou manter felizes EUA e Europa. Claro que isso não funcionou

Outro projeto perigoso na área econômica é o da criação de uma moeda comum e única com os países do Mercosul. Para todos os envolvidos do setor financeiro, essa é mais uma bravata irresponsável que vem para desestabilizar o real e demonstrar que o governo não entende nada na área econômica. Tanto para adotar moeda comum, para facilitar trocas, quanto para fazer uma integração monetária completa, em moeda única, as pré-condições são equilíbrio fiscal e monetário.  Ambos os aspectos não são respeitados pelos países do Mercosul, o que fragiliza totalmente as iniciativas. O pior é que o Brasil, em vez de manter a política fiscal do governo anterior, resolveu aderir à incompetência dos vizinhos: acabou com teto de gastos e aprovou o arcabouço fiscal, medidas que vêm para garantir a gastança, pressionando as projeções com mais cobrança de impostos, inflação e endividamento. 

Cegueira Geopolítica:  O governo Lula permitiu que um navio de guerra do Irã, inimigo declarado dos EUA, atracasse em porto brasileiro, e enviou comitiva oficial para receber seus integrantes. O Brasil é soberano em seus relacionamentos, mas achar que essa abordagem se trata de uma iniciativa inocente não faz sentido.  Foi um ato de ruptura de confiança. Lembrando que o Brasil tem diversos projetos de defesa e intercâmbio de tecnologia com os EUA, para não falar em intenso intercâmbio cultural e comercial.

Outra sinalização atabalhoada foi com a Ucrânia. O governo Lula saiu da isenção e se posicionou nitidamente a favor da Rússia no conflito. Por mais que possamos criticar a Ucrânia como sendo uma proxy dos interesses globalistas contra Rússia, não podemos apoiar a invasão de qualquer país e a Europa já havia fechado questão de apoio à Ucrânia. Portanto, o governo traiu a confiança de todos os países europeus e ainda, de modo infantil, espera estabelecer com eles acordos de livre-comércio. Não irá acontecer.        

O que fazer? Dentro do embate entre a nova esquerda globalista, liderada pelos governos dos EUA, Canadá e Europa, contra a velha esquerda stalinista, liderada pela Rússia e China, não há muito espaço para países independentes e soberanos de fato. A Índia tem sido um dos poucos países livres de serem dominados por quaisquer desses blocos, ao mesmo tempo em que mantém boas relações políticas e comerciais com todos eles. Entretanto, até chegar ao ponto de negar influência externa e atingir soberania, o processo é longo.

A Índia investiu pesadamente em defesa por várias décadas, criou sua própria internet e protocolos bancários – para evitar qualquer retaliação semelhante à sofrida pela Rússia -, e liberalizou diversos setores para permitir que sua economia crescesse, conquistando a posição de quinta  maior economia do mundo.  Além disso, priorizou suas próprias instituições e regras, mesmo que imperfeitas, na tomada para definir políticas públicas. Para o Brasil conquistar esse posicionamento teria que, no mínimo, tomar medidas semelhantes.

O Brasil, sem poder bélico efetivo ou economia forte e independente, não é ninguém no jogo duro das relações entre países, e o governo Lula tem enfraquecido esses campos de forma sistemática, esperando que dessa vez funcione.  Externamente a imagem do terceiro governo Lula é reflexo dessa visão e ideologia vencida: um galo velho cantando de peito estufado com os pés na lama.

Luiz Philippe Orleans e Bragança
Luiz Philippe de Orleans e Bragança é deputado federal por São Paulo, descendente da família imperial brasileira, trineto da princesa Isabel, tetraneto de d. Pedro II e pentaneto de d. Pedro I, sendo o único da linhagem a ocupar um cargo político eletivo desde a Proclamação da República, em 1889. Graduado em Administração de Empresas, mestre em Ciências Políticas pela Stanford University (EUA), com MBA pelo Instituto Européen d’Administration des Affaires (INSEAD), França. Autor dos livros “Por que o Brasil é um país atrasado”, “Antes que apaguem”, “A Libertadora – Uma Nova Constituição para o Brasil” e “Império de Verdades”. **Os textos do colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.


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LULA E LIRA DISPUTAM O PODER

Luta feroz de poder entre Lula e Lira tem disputa por alocação de recursos e ocupação da máquina

O conflito programado entre Executivo e Legislativo agravou-se com o resultado da última eleição, que não deu a lado algum peso decisivo para impor uma agenda política

Por William Waack

Pode-se trocar os atores no atual teatro político em Brasília e não mudam os personagens centrais. Muito menos o enredo: uma luta feroz pelo poder entre Congresso e Executivo. Os chefes do Executivo e das Casas legislativas estão entrelaçados numa disputa pelos instrumentos básicos de atuação política – a alocação de recursos via orçamento público e a ocupação da máquina estatal.

É o resultado lógico de um péssimo “design” de sistema de governo que só piorou na última década. O conflito programado entre Executivo e Legislativo agravou-se com o resultado da última eleição, que não deu a lado algum peso decisivo para impor uma agenda política.

Os chefes do Executivo e das casas legislativas estão entrelaçados numa disputa pelos instrumentos básicos de atuação política
Os chefes do Executivo e das casas legislativas estão entrelaçados numa disputa pelos instrumentos básicos de atuação política  Foto: Wilton Junior/Estadão

Mas o “clinch” institucional vivido por Arthur Lira e Lula não explica tudo, pois existe um largo espaço para a atuação de indivíduos. A de Lira tem sido a exploração brutal do que ele entende como prerrogativas de poder irrevogáveis do Parlamento. Seu maior problema é coordenar forças políticas fracionadas, que não obedecem a um comando central.

A atuação de Lula sofre em razão da incompreensão das mudanças de poder, além de achar que suas vontades prevalecem sobre os fatos. Ele não desenvolveu até aqui um plano coerente de governo e de ação política, e está improvisando nas duas esferas. Obrigou-se ao microgerenciamento de infindáveis minicrises, deixando a sensação de que quanto mais fala, menos se sai lugar.

As principais pautas de interesse imediato para o País estão sendo empurradas, mas não conduzidas com um senso de horizonte um pouco mais amplo (seria mesmo uma utopia). A do arcabouço fiscal agrada ao desejo de gastar compartilhado entre Congresso e Executivo, mas de maneira perversa está dependendo em parte substancial do Judiciário para garantir aumento de arrecadação.

 

NA CHINA O COMÉRCIO COM MARKETPLACES REPRESENTA 90% DO FATURAMENTO DO VAREJO ON-LINE

 

Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP

Certas estratégias são cruciais para alavancar as vendas e isso começa com o primeiro contato

Marketplaces são uma tendência no e-commerce. Isso porque, os benefícios existem tanto para quem tem seu próprio ambiente, quanto para os sellers, os quais vendem nas plataformas de outros empreendedores. Entretanto, apesar dessa alta, é fundamental as organizações se prepararem da melhor forma para receberem seus grupos alvo, independentemente da época do ano. Isso inclui uma elaboração iniciada pelo atendimento.

O que são marketplaces e qual a sua realidade no mercado?

Esse conceito se remete a uma noção mais coletiva de vendas on-line. Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus artigos, dando ao cliente um leque de opções. Desse jeito, trata-se de uma rede cujos vendedores podem fazer suas ofertas dentro da mesma página. Ou seja, é como um shopping center virtual cujos visitantes têm acesso a vários estabelecimentos. Sites como Mercado Livre, Magalu, Americanas, Amazon e a Valeon são ótimos exemplos, inclusive, de acordo com o último relatório Webshoppers, 84% dos empreendedores brasileiros possuem canais ativos em ambientes como esses.

Conforme a ChannelAdvisor, na China, esse tipo de comércio já representa 90% do faturamento do varejo on-line e, nos EUA, 33%. Já no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o crescimento do setor em 2021 foi de 19%.

Principalmente em temporadas de forte atividade, como o Natal, Dia dos Namorados, das Mães e dos Pais, as movimentações tendem a ser significativas. O Dia do Consumidor, por exemplo, em 2022, chegou a um faturamento de R$ 722 milhões, com elevação de 22% em comparação a 2021, de acordo com dados da Neotrust. Contudo, para, de fato, chamar a atenção dos fregueses, apenas preços atrativos e propagandas não são o suficiente, é preciso oferecer uma experiência completa. “Para deixar uma marca positiva é necessário garantir um primeiro contato excelente, indo até o pós-venda. Os responsáveis por esse tipo de negócio tendem a pensar só no produto final entregue, mas toda interação importa”, explica Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP.

Um destaque em meio à concorrência é fundamental

Ciente de como apenas qualidade final não é o suficiente, diversos quesitos tendem a ajudar uma empresa a se destacar em meio a tanta concorrência. Logo, diferentes fatores influenciam a posição ocupada nas buscas, seja preço, custo do frete, avaliações, etc. Além disso, é imprescindível identificar como chamar a atenção em detrimento de sellers ocupando o mesmo espaço. Nesse contexto, conhecimento nunca é demais para descobrir como planejar condições visando se sobressair.

Outra questão importante diz respeito aos parceiros mantidos por perto e a estrutura do negócio em geral. Para a quantidade de vendas alcançadas por um programa como esse, investir na atração de indivíduos para promover suas corporações lá dentro, diversificando e ampliando o portfólio torna tudo mais robusto. Além disso, deve haver uma atenção especial à otimização das operações.

Todavia, de nada adianta tomar cuidado com tudo isso e não promover uma boa gestão operacional. Dentre diversos benefícios, a transformação de um e-commerce em um marketplace proporciona ganho de escala das demandas. A partir desse ponto é crucial redobrar a cautela com estratégias adotadas no local omnichannel. Uma administração eficiente é o meio para a criação de modelos de vivência da persona para ela ter uma boa prática nessa aquisição. “Hoje em dia, uma pessoa transita por diferentes pontos de contato. É relevante, então, conseguir alcançar o preciso da melhor forma e naquele momento, assim, há grandes chances de fidelizar”, comenta o especialista.

Dicas para se sair bem no mercado

Antes de tudo é sempre interessante se colocar no lugar dos frequentadores, pois, somente conhecendo bem eles é viável proporcionar oportunidades e elementos favoráveis. Em circunstâncias assim, um bom levantamento de dados para analisar as dores e as necessidades é uma excelente alternativa, tendo em vista como, por meio dessas informações, é fácil identificar qual a busca e como agradar.

No entanto, o ditado é real e, de fato, a primeira impressão fica. Logo, a assistência inicial desse sujeito deve ser levada em consideração de forma primordial. Como anda o seu atendimento? Quais as abordagens utilizadas para lidar com esses interessados? Independentemente de qual seja, a Startup Valeon consegue auxiliar, incrementar e melhorar qualquer estratégia de forma inovadora.

A tecnologia de robôs tem sido cada vez mais utilizada em diversas esferas do cotidiano da população. No geral, essa indústria está em crescimento, de acordo com a VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais), as vendas do setor aumentaram em 13% em 2022. Nos primeiros quatro meses, os pedidos recebidos foram elevados em 38%, também em relação ao ano anterior, na Alemanha.

Em todo o mundo, já existem mais de três milhões deles operando em fábricas e pelo menos US$ 13,2 bilhões foram gastos nos últimos anos em novas instalações utilizando esse tipo de modernização. Pelo menos 76% desses investimentos foram feitos por cinco países: China, Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha. As indústrias automotiva, elétrica, eletrônica e metálica se destacam nesse uso em seus parques industriais. Porém, no caso do apoio ao consumidor esse artifício também não poderia ficar de fora. Com a Startup Valeon isso é possível para todos os âmbitos. “Nós enxergamos essa assistência como parte do processo de conquista e a colocamos como um pilar principal para os nossos usuários.

Dessa maneira, a firma oferece serviços baseados na aprimoração desse suporte para as companhias parceiras, seja com os tão comentados robôs, responsáveis por atender chamadas e responder mensagens automaticamente, ou com outras ferramentas. Ao todo, há uma flexibilidade sem igual para atender a todo tipo de instituição, com humanos, chat, voz, redes sociais e WhatsApp, o propósito é aumentar os resultados e promover atualização constante.

O que é marketplace e por que investir nessa plataforma

ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech

Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele funciona na compra e venda de produtos.

Afinal, o que é marketplace?

O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.

Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.

Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento unificado.

Os principais marketplaces do Brasil

A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto

No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.

Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas, Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C, estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.

Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através de sua divulgação online.

Como escolher o marketplace ideal para sua loja

Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja, definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de decidir onde incluir sua marca:

Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará uma comissão maior.

Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.

Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.

Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.

Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para competir com os ofertados por elas.

Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.

Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já cadastradas.

Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.

Vantagens do marketplace

A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.

Para o consumidor

Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;

Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.

Para o lojista

Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;

Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na abertura de uma loja física ou online.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Para o Marketplace

Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;

Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo para fidelizar clientes.

Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que realizamos.

quarta-feira, 14 de junho de 2023

STF TENDE A APROVAR JUIZ DE GARANTIA DE FORMA GRADUAL

Combate ao crime
Entenda o que pode melhorar ou piorar no processo penal

Por
Renan Ramalho – Gazeta do Povo
Brasília


Maioria dos ministros tende a aprovar divisão das funções de investigar e julgar, mas de forma gradual| Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) pautou para esta quarta-feira (14) o julgamento de novas regras inseridas no Código de Processo Penal, em 2019, que criam e regulamentam o juiz de garantias. E isso poderá mudar a forma como os crimes são investigados e seus autores julgados no país.

Atualmente, cabe a um único juiz, na primeira instância, supervisionar a investigação (fase de inquérito, onde as provas são colhidas em diligências que ele mesmo autoriza) e conduzir a ação penal (fase do processo, em que novas provas podem ser produzidas e as partes e testemunhas depõem) até o julgamento final, pela condenação ou absolvição.

O juiz de garantias prevê a divisão dessas funções. Um magistrado atuaria na investigação e outro no processo e julgamento. O objetivo é assegurar a imparcialidade. O argumento é de que quando o juiz controla a investigação, fica inclinado a manter sua posição na sentença final. Ou seja, forma sua convicção logo no início do caso e tenderia a ficar preso a ela, mesmo que depois as partes – vítima, acusação ou investigado – tragam novos elementos, ao longo do processo, que poderiam ser capazes de convencê-lo sobre outra versão dos fatos.

Os maiores defensores da lei estão na advocacia e defensorias públicas, que veem no atual processo penal uma tendência forte à condenação de réus, por influência da investigação executada pela polícia. Em contrapartida, boa parte dos membros do Ministério Público e do Judiciário se opõe ao juiz de garantias, mas não necessariamente pela divisão em si, mas pela forma como foi regulamentada pelo Congresso dentro do chamado “pacote anticrime”, aprovado em 2019.

A proposta original – formulada pelo ex- ministro da Justiça Sergio Moro do governo de Jair Bolsonaro (PL), atualmente senador pelo União Brasil (PR) – não contemplava o instituto, que foi inserido por deputados por influência de advogados e entidades influentes no campo da defesa. Na época, um dos grandes motivos apresentados por apoiadores do juiz de garantias era impedir processos como os da Lava Jato, que tiveram ritmo acelerado e resultados fora do comum, segundo a visão desse grupo.

Os defensores da operação Lava Jato dizem que isso foi possível por uma estratégia coordenada entre Ministério Público Federal, Polícia Federal Receita, Coaf e outros órgãos de controle na investigação. Já os críticos apontam suposto “conluio” da acusação com o juiz, o que tornaria os processos viciados por parcialidade, desde o início da investigação até a sentença.

Com o pacote aprovado, Moro recomendou ao então presidente Jair Bolsonaro que vetasse os dispositivos do juiz de garantias, alegando que o Judiciário ainda não estava preparado para se reorganizar e dividir as tarefas, especialmente porque em boa parte do interior do país existe apenas um juiz para julgar processos, não apenas criminais, mas também causas cíveis. O risco era de atrasar ou tumultuar o andamento das investigações e ações, aumentando a prescrição dos casos e a impunidade – críticos consideram que esse risco ainda persiste.

Bolsonaro, no entanto, sancionou o juiz de garantias e o então presidente do STF, Dias Toffoli, criou um grupo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para estudar sua adoção. Associações da magistratura e do MP acionaram a Corte para suspender a aplicação imediata da lei, o que foi atendido no início de 2020 pelo relator, Luiz Fux, numa liminar.

Desde então, ele e outros ministros têm sido pressionados a votar as ações, para decidir pela constitucionalidade ou não do modelo. Fux vê com preocupação uma implementação rápida do modelo sem uma reestruturação do Judiciário, especialmente para lidar com a criminalidade em geral.

Já Gilmar Mendes, defensor do modelo e hoje um dos maiores críticos da Lava Jato, considera importante a divisão da investigação e do processo, mas reconhece a possibilidade de uma implementação gradual, conforme as condições de cada estado.

No julgamento, uma solução desse tipo tende a ganhar a maioria dos votos no STF. Há, no entanto, várias questões pontuais a serem definidas. Entenda abaixo, quais são elas:

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Editorial: A suspensão do juiz de garantias
Como um “juiz de garantias” blindaria Moro da acusação de ser parcial na Lava Jato
Audiência de custódia: medida para dar celeridade à Justiça ou favorecer a impunidade?

Impedimento total do juiz da investigação julgar o processo
Pela regra aprovada, o juiz de garantias, que atua na investigação, não poderá julgar o processo em hipótese alguma. Para parte da magistratura, esse é um problema, porque em boa parte do país, especialmente no interior dos estados, muitas cidades contam com apenas um juiz.

Isso fará com que, caso ele assuma a investigação, fique obrigatoriamente afastado do julgamento. Há o risco de demora e até prescrição, uma vez que um juiz de outra cidade deverá ser convocado para a fase do processo, e nem todos os tribunais estaduais têm estrutura e recursos para organizar esse deslocamento de modo a evitar a paralisação do caso.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Juízes Federais (Ajufe), que contestaram no STF a forma como o juiz de garantias foi previsto na lei, defendem um modelo diferente, já adotado em São Paulo.

Desde 1984, existe no estado o Departamento Estadual de Inquéritos Policiais (Dipo), que concentra as investigações nas mãos do juiz corregedor e de outros dez juízes auxiliares, e que supervisiona os inquéritos nas cidades com maior movimentação: além da capital, Araçatuba, Bauru, Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos e Sorocaba. Na prática, eles atuam como juízes de garantias.

Quando o inquérito termina e o Ministério Público oferece uma denúncia, o caso é enviado para vara criminal do local onde o crime ocorreu. O juiz, que não atuou na investigação, decide se recebe ou rejeita a denúncia. Em caso positivo, conduz o processo e depois julga a ação.

Uma das diferenças é que o modelo não vale para todo o estado. O próprio TJ-SP tem interesse em expandir para as 316 comarcas, mas diz que isso pode levar tempo e necessita de mais pessoal, estrutura e recursos para isso. A lei de 2019 é criticada pelas associações porque não abre muito espaço para os estados implementarem de forma gradual, e determina que a mudança ocorra de forma total.

Juiz que julga não poderá acessar todo o inquérito
Outro grande problema apontado pelas associações de juízes é uma regra que impede o juiz do processo de acessar toda a investigação. “Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da instrução e julgamento, ressalvados os documentos relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de antecipação de provas, que deverão ser remetidos para apensamento em apartado”, diz a regra aprovada no Congresso.

A AMB diz que, com isso, o juiz que julgará o caso ficará prejudicado e não poderá conhecer a fundo a ação. “Ninguém, em sã consciência, pode aceitar que o juiz da ação penal esteja vedado para cotejar as provas colhidas na fase do inquérito com as provas realizadas na ação penal. Esse exame pode permitir tanto a absolvição como a condenação de um réu”, diz a entidade.

Outro problema apontado pela AMB é o poder do juiz do processo anular os atos do juiz da investigação. Isso, segundo a entidade, criaria “uma instância interna dentro do 1º grau”.

Juiz pode produzir provas só para a defesa
A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) contesta uma regra segundo a qual o juiz de garantias não poderia atuar em “substituição da atuação probatória do órgão de acusação”. Na prática, significa que o juiz não pode tomar a iniciativa de produzir provas no lugar do Ministério Pública, órgão que acusa. Mas, para a entidade, isso não estaria proibido para a defesa, favorecendo assim só o investigado.

“Qualquer tentativa de se construir uma figura de um juiz-defensor, como já afirmado por alguns na doutrina, é tão deletéria para o sistema acusatório como a do juiz acusador, pois retira a sua imparcialidade”, diz a Conamp.

Audiências de custódia em 24 horas ou soltura

Outra regra combatida pela associação dos promotores é a que prevê soltura automática caso a audiência de custódia não seja realizada em 24 horas. Implementada em 2015, a audiência de custódia obriga o juiz a ouvir uma pessoa presa em flagrante para avaliar se a medida não foi abusiva e se realmente é necessária para preservar a segurança pública. Obrigatoriamente, devem estar presentes o promotor do MP e um advogado ou defensor do preso.

O problema, para a Conamp, é que nem sempre é possível realizar a audiência no prazo de 24 horas, porque muitas vezes não há juiz, promotor e defensor de prontidão em todas as cidades, “não por vontade dos membros do Ministério Público ou dos magistrados, mas pela realidade existente no Brasil”.

“É comum nos estados, no âmbito da Justiça Estadual, quando da realização do plantão judiciário, a divisão do território em regiões administrativas, o que pode abarcar mais de uma comarca, de modo que pode vir a ocorrer de o juiz designado para o plantão ser lotado na cidade A, o promotor de justiça na cidade B, e o defensor público, na cidade C, o que inviabiliza a realização do ato no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, haja vista que a distância entre as comarcas, é, na maioria das vezes, considerável (mais de cem quilômetros)”, argumenta.

A Conamp diz que, ao julgar a lei, o STF deve estabelecer que, nas situações onde a audiência não for possível dentro do prazo, não haja soltura automática.

O que dizem a OAB e os defensores do juiz de garantias
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), as Defensorias Públicas e entidades ligadas ao direito de defesa argumentam que o mais importante é dividir as tarefas de investigar e julgar. Eventuais obstáculos devem ser superados e os custos administrados para implementar o modelo em nome da imparcialidade.

“Não merecem ser acolhidas as alegações de que não há viabilidade para a implementação da garantia. Além de ser um argumento que não se sustenta quando verificada a importância principiológica do tema, a medida em tese não teria impacto financeiro significativo pois o volume do trabalho não restaria alterado, mas somente a divisão de competências”, diz a OAB.

A entidade diz que o modelo existe desde 1987 em Portugal, desde 1988 na Itália e desde 2000 no Chile. Reconhece que serão necessárias adaptações, mas que cabe a todos os poderes criar as condições para isso.

“A imparcialidade objetiva do juiz e a própria aparência de imparcialidade restam evidentemente comprometidas quando o magistrado atua na fase investigatória, uma vez que inevitavelmente realiza pré-juízos ou pré-conceitos sobre o fato objeto do julgamento, bem como forma uma ideia sobre a culpabilidade do acusado”, argumenta a entidade.

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POLÍTICAS EQUIVOCADAS DA CALIFORNIA NOS EUA ESTÃO CRIANDO UM AMBIENTE DE DESCONFORTO

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Número de sem-teto na Califórnia disparou nos últimos anos.| Foto: Pixabay

Se há um pedaço do planeta que tem uma história de sucesso e conseguiu crescimento econômico e desenvolvimento social como poucos, esse pedaço é o estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Se fosse um país independente, a Califórnia seria o quinto Produto Interno Bruto (PIB) do mundo; uma das maiores rendas per capita – atualmente acima dos 70 mil dólares/ano. Todo país do mundo gostaria de ser uma espécie de cópia da Califórnia naquilo que aquela região teve de progresso. Mas nos últimos anos o estado passou a sofrer com graves problemas ocasionados pela adoção de políticas públicas enviesadas, como a tolerância com o uso de drogas, descriminalização de furtos e alta de impostos.

Os erros do estado americano são uma dura lição, inclusive para o Brasil, que neste momento discute uma reforma tributária que, se não for bem dosada, pode aumentar os impostos, e assiste ao Supremo Tribunal Federal se preparar para decidir sobre a descriminalização do porte de drogas. O que aconteceu na Califórnia merece ser examinado pelo Brasil para que, por aqui, não se cometam os mesmos erros.

A realidade vivida pela outrora pujante Califórnia mostra o quanto políticas públicas mal pensadas podem se tornar fator de recrudescimento de sofrimento e desgosto.

A Califórnia sempre foi conhecida por seu setor agrícola pujante, que responde por mais de um terço da produção agrícola dos EUA e com elevado índice de produtividade; setor industrial invejável – sobretudo a indústria do petróleo, que progrediu após o rico ciclo do ouro em meados do século 19 –; e o mais reluzente e fantástico parque de inovação e tecnologia: o vale do silício. Adicione a tudo isso um clima ameno e a indústria cinematográfica e cultural mais famosa do mundo e tem-se aí um modelo invejável de crescimento econômico e desenvolvimento social.

Ao mesmo tempo, contrariando essa imagem de sucesso, o estado americano tem sofrido com a fuga de capitais, migração da população, aumento da pobreza, aumento do número de habitantes sem teto e crescimento dos índices de violência e deterioração social, tudo em proporção assustadora. O estado tornou-se um caso a ser estudado, entendido e usado como um exemplo de graves erros de políticas públicas que, se adotadas, levam inevitavelmente a retrocesso, mesmo numa região rica e próspera.

A tolerância com o uso e consumo de drogas transformou a Califórnia num grande consumidor a céu aberto, criando um ambiente de desconforto.

Os estudiosos e analistas políticos, econômicos e sociais afirmam que, após alguns anos de funcionamento de certas políticas públicas, elas se tornaram a causa essencial dos efeitos negativos sobre o estado. A Califórnia, apesar de seu notório progresso, já havia sido experimentado um mau momento em 2008, quando estourou a crise financeira mundial, com o elevado preço relativo dos alugueis, agravado pela crise de inadimplência das hipotecas que atingiu todo o país. Naquele ano de 2008, o aluguel residencial médio na Califórnia chegava a ser 50% maior que em vários estados do país e o estado experimentou fuga de famílias, muitas delas abandonando residências adquiridas nos financiamentos fartos e desregulados.

Outro aspecto que há tempo vem exercendo pressão sobre os moradores da Califórnia é o elevado custo de vida comparado com outros estados, como Novo México e Flórida. Apesar do pujante setor tecnológico e os bons empregos criados na região, esses três fatores combinados – aluguel mais caro, elevado custo de vida e crise das hipotecas residenciais – deram início a um retrocesso na economia e puxou o produto estadual para baixo, sobretudo na década de 2010. Talvez a Califórnia pudesse ter contido a freada na economia regional caso não entrassem em cena políticas públicas que são hoje reconhecidas como responsáveis por piorar substancialmente a situação local.

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Entre essas políticas erráticas, três merecem destaque. Um, a Califórnia adotou uma sequência de aumento dos impostos, os quais, combinados com elevado custo de vida e altos preços de alugueis, levaram a que algo em torno de 300 mil pessoas se mudassem para outros estados em uns poucos anos. Um exemplo é o Imposto de Renda estadual da Califórnia, que é o maior entre os estados norte-americanos, e chega a 14%. Os aumentos de impostos feitos por governos estatizantes do Partido Democrata já causaram a saída de mais de 13 mil empresas, inclusive algumas famosas empresas de tecnologia, que buscaram estados com tributação mais baixa.

Em segundo lugar, embora de difícil mensuração, sabe-se também que certas políticas sociais contribuíram para empurrar famílias para fora do estado, em especial a lei que descriminaliza furtos de valor até 950 dólares. Alguns analistas acreditam que não considerar crime os furtos de valores e objetos até 950 dólares foi uma espécie de golpe mortal na ética social vigente naquele estado e contribuiu para engordar a lista de desencantos com a região. Terceiro, a tolerância com o uso e consumo de drogas transformou a Califórnia num grande consumidor a céu aberto, criando um ambiente de desconforto entre boa parte das famílias locais, e foi mais um empurrão na fuga de famílias para outras regiões do país.

O quadro geral é mais complexo e certamente possui outros componentes importantes, porém, o exemplo da realidade vivida pelo outrora pujante estado da Califórnia mostra o quanto políticas públicas mal pensadas podem se tornar claro fator de recrudescimento de sofrimento e desgosto em grande parte da população. Que os políticos e governantes brasileiros aprendam a lição aprendida pela Califórnia a duras penas e não cometam os mesmos erros por aqui.


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CAFÉ ANARQUISTA ANTICAPITALISTA DO CANADÁ FALIU

 

Experiência frustrada
Conheça “O Anarquista”, café anticapitalista do Canadá que deu errado em apenas um ano

Por
Bruna Komarchesqui – Gazeta do Povo


Fundado em março de 2022, café “O Anarquista”, em Toronto, no Canadá, ganhou sobrevida com doações financeiras| Foto: Reprodução/Site O Anarquista

A exemplo do desfecho de todos os experimentos socialistas ao longo do último século, um café canadense autointitulado “anticapitalista” anunciou pelas redes sociais o fim das atividades no mês de maio, após pouco mais de um ano de funcionamento. Localizado em Toronto, “uma terra roubada” dos indígenas, segundo defende o proprietário Gabriel Sims-Fewer, “O Anarquista” conta com uma loja, que comercializa livros (os temas vão de mudanças climáticas a feminismo indígena) e sacolas com slogans como “todos os ladrões vão para o céu”. Além disso, oferece um “espaço comunitário radical”, onde é possível descansar e usar os banheiros mesmo sem consumir os produtos.

Autodenominado “homem branco, cisgênero queer”, Sims-Fewer queria transformar o café em uma “cooperativa de trabalhadores”. Apesar do título anarquista, a ideia era desenvolver o negócio para que todos os futuros contratados ganhassem a mesma coisa que ele e tivessem “poder de decisão completamente igual, dentro de um sistema democrático baseado em consenso”. “Infelizmente, a falta de riqueza geracional/capital de semente proveniente de fontes eticamente falidas deixou-me incapaz de resistir à calma temporada de inverno ou de crescer da forma necessária para ser sustentável”, postou o proprietário no site. Posteriormente, o texto foi substituído por outro, comemorando uma nova sobrevida do café além de maio, graças a algumas doações recebidas.

Colunista de entretenimento do jornal local Toronto Star, Vinay Menon analisa que só é possível abrir um café anticapitalista em uma sociedade capitalista. “Não há cafés anticomunistas em países comunistas. O capitalismo, quaisquer que sejam suas falhas e desigualdades, continua sendo o melhor sistema da história da civilização. Aqui no Ocidente, estamos abertos a ideias – mesmo as ridiculamente ruins”, considera.

“Os empreendedores geralmente precisam de empréstimos para iniciar um pequeno negócio. E referir-se ao gerente como ‘falido eticamente’ não vai ajudá-lo a abrir o cofre. Mas, para os anarquistas, é sempre mais fácil culpar ‘o sistema’ em vez de suas próprias deficiências profundas como indivíduos. É por isso que O Anarquista está fechando após um ano, incluindo seis meses de generosidade sem aluguel de um senhorio capitalista”, critica.

Para iniciar o negócio “anticapitalista”, Sims-Fewer contou com um auxílio da Pop Coffee Works, torrefadora proprietária do café, que lhe cedeu a cafeteria pré-existente no local sem cobrar nada por seis meses. Depois disso, ele passou a pagar um aluguel com desconto. Isso o impediu, segundo conta no site, de vender a alma a algum investidor. “Portanto, tudo o que eu tive que pagar no início foram os itens que eu quisesse comercializar, além da internet e dos serviços públicos. Mesmo isso era muito mais dinheiro do que eu tinha, mas, com a magia do cartão de crédito, consegui dar o pontapé inicial e gradualmente fui incrementando a loja, à medida que as coisas eram vendidas”, afirma no site oficial.

Anticapitalismo capitalista 
Contrariando os princípios anticapitalistas, o local tem um cardápio de cafés e bebidas com preços em dólares canadenses, que variam de 3,50 a 5,75. Apenas um item, o café coado, é oferecido pelo famoso “pague o que puder”, comum a restaurantes socialistas. Na seção de perguntas e respostas do site, Sims-Fewer, que trabalha sozinho no estabelecimento, se vale de leis de mercado para explicar os preços dos itens.

“Quando abri o café, escolhi os preços de cada bebida e comida com base no que estou acostumado com minha experiência de trabalho e com base em quanto dinheiro preciso ganhar para o café permanecer aberto, especialmente com a quantidade finita de bebidas que uma pessoa pode fazer por dia. A margem de lucro do café é sempre alta, mas o preço geral relativamente baixo significa que você pode vender centenas de bebidas e ainda perder dinheiro em todas as outras despesas”, justifica.

Ele acrescenta que tem interesse em “sistemas que permitam que as pessoas paguem pelos cafés umas das outras” ou que “paguem de acordo com suas possibilidades”, o que é “um processo longo e gradual”, já que “as pessoas podem escolher entender isso ou não”. “Um dos problemas com muitas das minhas ideias orientadas para ‘pague quanto puder’ é que quanto mais dinheiro as pessoas têm, menos estão dispostas a pagar. Eu recebo pessoas vestidas de ternos de grife pagando $ 1 por um café e pessoas sem casa tentando me dar $ 10”, diz Sims-Fewer.

O desprezo pelo capitalismo também não impediu o proprietário de abrir uma vaquinha online, pedindo apoio para manter o negócio funcionando. Após conseguir cerca de 4,3 mil dólares, de 119 doadores (até a data desta reportagem), O Anarquista comemorou mais um tempo de sobrevida, mesmo após o anúncio de fechamento.

Em 9 de junho, uma postagem no Instagram anunciou ironicamente que “graças a um enorme influxo de apoio e uma generosa doação de publicidade e atenção dos conservadores cristãos do Texas e da Flórida, O Anarquista continuará a operar após 30 de maio”, em uma aparente referência a textos publicados por portais conservadores sobre a falência do negócio. “Dito isso, não temos certeza de quanto tempo conseguiremos mantê-lo sem mais apoio financeiro. Qualquer doação, grande ou pequena, ajuda”, completa um texto no site de financiamento coletivo.

Um dos comentários na postagem ironizou: “Ok… então este é um estabelecimento capitalista “anticapitalista” [emojis de risos]… Está bem, com certeza”. Diante de uma réplica de que “Somos todos forçados a participar neste sistema capitalista”, o usuário da rede social continuou: “Ninguém é obrigado. Você tem a capacidade de se mudar para qualquer lugar que não seja um país capitalista. Também pode fazer o que quiser. Se alguém se queixa do capitalismo, mas depois tem um negócio, é livre para fazer isso. É apenas muito dissimulado. Se tem um negócio, está participando no mercado livre, o que significa que é parte ativa do capitalismo. Agora, mais uma vez, você não precisa ter um negócio. Isso é uma escolha. Então, se você escolhe ter um negócio, está escolhendo ativamente o capitalismo. Viva as escolhas”.


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REFORMA TRIBUTÁRIA DO GOVERNO LULA VAI GERAR DESEMPREGO

Impostos
Reforma tributária apoiada pelo governo pode gerar desemprego, diz ex-presidente do Ipea

Por
Célio Yano – Gazeta do Povo


Segundo o economista Erik Figueiredo, ex-presidente do Ipea, reforma tributária prejudica setor de serviços e pode causar perda de 500 mil empregos.| Foto: Edu Andrade/Ascom/ME

A proposta de unificação de PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS em um Imposto de Valor Agregado (IVA) dual, apresentada pelo Grupo de Trabalho (GT) da reforma tributária na Câmara dos Deputados na terça-feira (6), pode ter como consequência direta o aumento do desemprego e, assim, impactar negativamente a atividade econômica do país.

A conclusão é do economista Erik Figueiredo, que presidiu o Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (Ipea) em 2022 e hoje é diretor-executivo do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), ligado ao governo de Goiás. Uma das críticas do economista ao relatório do GT da Câmara é que a proposta afeta diretamente o atual modelo de recolhimento de impostos de entes subnacionais.

De acordo com dados da Secretaria do Tesouro Nacional, a carga tributária do país em proporção do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 32,51% em 2020. Naquele ano, a União foi responsável por 67% dos impostos. A reforma proposta no GT e apoiada pelo governo federal, enquanto isso, deve impactar principalmente os tributos recolhidos por estados e municípios.

Segundo cálculos de Figueiredo, para cada R$ 1 de imposto passível de ser modificado pela reforma proposta, R$ 0,65 são da arrecadação estadual e municipal. “Claramente o governo federal propõe um sacrifício de todos os entes, sem fazer o próprio dever de casa. O governo federal não corta na própria carne”, diz.

“Quando avaliamos a reforma sob a ótica da importância do imposto alterado para a arrecadação de cada ente envolvido, notamos que a proposta pretende modificar 82,3% da arrecadação dos estados, 42,5% da arrecadação dos municípios, e somente 20,6% da arrecadação federal”, explica.

O economista discorda da proposta de se eliminar ao máximo incentivos e renúncias fiscais, concedidos principalmente por estados.

“Costuma-se dizer que os estados dão muito benefício fiscal, mas por que se opta por esse modelo? Porque o custo Brasil é elevadíssimo”, diz. “Então, na verdade, os estados estão meio que atenuando o custo Brasil, que vem, em parte expressiva, do governo federal, responsável por 67% da carga tributária no Brasil”.

“Estão invertendo causa e efeito. Não existe benefício fiscal porque os estados são bonzinhos, mas porque você tem um custo Brasil muito alto e se os estados não agirem para atrair o investimento, eles não vão conseguir gerar emprego nas suas regiões”, afirma. “A reforma não está levando isso em consideração”.

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Economista põe em dúvida tese de que economia vai crescer após adoção do IVA
No relatório do GT da Câmara, apresentado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), considera-se ainda que a reforma teria o potencial de acelerar o crescimento do PIB, de modo que o aumento da atividade econômica compensaria a diminuição percentual do bolo arrecadatório da maioria dos estados e municípios que teriam redução nas receitas. “É evidente que os municípios mais pobres vão ganhar mais que os mais ricos. Mas o mais rico também vai ganhar”, declarou Ribeiro.

Segundo uma nota técnica publicada pelo Ipea no fim de maio, caso a regra de transição da reforma seja “longa s suave” e as novas regras gerem crescimento econômico acima da média histórica do país, até 98% dos municípios do país, onde vive 99% da população brasileira, tendem a ganhar arrecadação num período de 20 anos. Mas, se a reforma não gerar avanço adicional do PIB, o estudo estima que os ganhos de arrecadação vão ocorrer em 84% dos municípios do país, onde reside 61% da população.

Figueiredo põe em dúvida a hipótese de que a reforma vai necessariamente incrementar o PIB. “Isso é baseado em um modelo que ninguém sabe de fato se funciona, se foi calibrado da forma correta”, diz o ex-presidente do Ipea. “Quando você olha a evidência internacional, não consegue encontrar nenhuma experiência concreta que de fato observe isso”.

O economista comparou a taxa de crescimento de países que usam o IVA cinco anos antes da adoção do imposto e cinco anos depois. Em média, o crescimento no quinquênio anterior foi de 1,7%, enquanto que no pós-IVA o ritmo de aumento no PIB foi de 1,1%. No caso da Argentina, o avanço do indicador nos dois períodos foi de 4,6% e de 2,1%, respectivamente.

“Então, na verdade, houve uma desaceleração nesses países. Só no Brasil que está garantido esse crescimento?”, questiona. “Evidente que não estamos discutindo uma relação de causa e efeito aqui. Há muitas particularidades que podem determinar o sucesso ou não do IVA nos diferentes países. Mas são justamente essas particularidades que estão sendo colocadas de lado neste momento”, ressalta.

“Nosso principal ponto de crítica é que se está conduzindo um tema extremamente complexo sem levar em consideração uma série de efeitos”, afirma. “Nesse ponto, não estamos propondo um modelo alternativo, mas trazendo uma discussão ao que está sendo proposto hoje sem o aprofundamento devido a partir de evidências reais, concretas”.

Setor de serviços deve ser o mais afetado pela reforma tributária
Uma das diretrizes definidas pelos deputados para nortear o texto da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária diz que a alíquota do IVA deve ser única, com permissão para diferenciações em casos específicos.

“Dessa forma, adota-se um sistema eficiente, fundamentado nas melhores práticas do IVAs internacionais, mantendo-se a simplificação e a segurança jurídica e afastando o contencioso sobre a correta classificação fiscal de diversos bens e serviços”, diz trecho do relatório do GT da Câmara.

O documento defende que alíquotas diferenciadas devem ser aplicadas apenas a determinados casos, porém evitando-se “sua aplicação a setores da economia como um todo”.

Hoje a incidência de impostos varia significativamente de setor para setor da economia. Enquanto o de serviços tem carga tributária inferior, produtos como energia elétrica, gás natural, petróleo e combustíveis e produtos do fumo arcam com mais tributos.

Considerando a manutenção da carga tributária total atual, setores como educação privada, saúde privada, água esgoto e gestão de resíduos, além de outros serviços, seriam muito prejudicados com elevação de impostos. No total, os setores considerados “perdedores” na reforma empregam hoje 37,2 milhões de pessoas.

Partindo de um modelo que correlaciona a elasticidade do emprego em relação à carga tributária, calculada para 30 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Figueiredo calculou que haveria uma perda de cerca de 500 mil empregos formais. “Isso é saldo. Tem setores que vão ganhar e vão contratar mais, enquanto os que perdem vão demitir”, explica.

“Fora toda a cadeia de efeitos que isso gera: demissão em massa gera menos consumo, o que gera mais desemprego, e assim você entra em um ciclo vicioso”, diz. “Tem que ter em mente que a área de serviços, que é quem gera o grosso do emprego no Brasil, vai ser impactada”.


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CPI DO 8 DE JANEIRO FAZ PERSEGUIÇÃO AO BOLSONARO E SEUS AUXILIARES

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


| Foto: Reprodução/CNN Brasil

O que tem a ver o cartão de vacina de Bolsonaro com o 8 de janeiro? Aparentemente não tem nada a ver uma coisa com a outra, mas ontem, numa votação em que o governo se impôs à oposição por 20 a 11 na CPMI, foi aprovado que haja esclarecimento sobre o cartão de vacina de Bolsonaro. Mas não aceitaram convocar o general Gonçalves Dias, que foi flagrado, caminhando por ali no dia da invasão e muito menos o ministro da Justiça. Também tentaram um fotógrafo que estava lá, que parecia que estava montando cenários e tal, pra fazer imagens, também não conseguiram. Em compensação, o governo conseguiu convocar tudo o que queria. Inclusive, o ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente coronel Cid, e o ex-ministro da Justiça, secretário de segurança do DF, Anderson Torres, que já esteve preso um tempão, já cumpriu penas sem ter sido condenado.

CPI do MST
Numa outra CPI, das invasões de terra, mostraram ontem imagens de acampamentos comandados por José Rainha, lá no Pontal de Paranapanema, em Presidente Prudente. No outro município Sandovalina e Rosana, situação calamitosa de direitos humanos, com as pessoas usadas como massa de manobra sob promessa de assentamento com garantia de lote, porque a terra já estaria desapropriada, o que é uma mentira. Confirmaram algumas coisas pelas quais o Rainha foi preso. Ele foi solto na segunda-feira, estava com prisão temporária por extorsão, ameaça de invadir uma fazenda de milho, pedindo R$ 2 milhões pra não invadir, sequestro de tratores, de colheitadeiras, e depois devolve mediante o pagamento de resgate, de R$ 25 mil, de R$ 50 mil, algo assim. Isso foi apresentado ontem na CPI das invasões pelo relator Ricardo Salles. Estiveram lá, fotografaram, apoiados pela Polícia Civil. Foi um dia em que Lula disse que o Incra vai fazer o levantamento das terras improdutivas para fins de reforma agrária, e que então não precisam mais invadir. Só que, como diz o especialista Xico Graziano, autor de livros sobre o agro brasileiro, que não existe mais terra produtiva que não esteja produzindo. Todas as terras produtivas estão produzindo. O que não está produzindo é terra improdutiva, então vai fazer reforma agrária em terra que não dá resultado. É uma coisa bem estranha essa.

Anvisa
Uma grande interrogação paira sobre a Anvisa, porque a polícia entrou lá e prendeu um assessor especial da presidência da Anvisa, na segunda-feira. A polícia é de Capturas Interestadual – mas é a polícia de Brasília – a ordem é de um juiz de Brasília, não sei se é um crime de outro estado. A Anvisa já tirou a comissão dele, que perdeu o comissionamento, era cargo de confiança, mas não sabe qual foi o crime. Também achei estranho, sem saber qual o crime, já tirou a comissão. Mas, enfim, fica todo mundo com um pé atrás, pois a Anvisa é um órgão que tratou muito de vacinas e esse assessor era muito visto no Congresso Nacional. Enfim, a gente espera agora o esclarecimento desse ponto, uma vez que na Europa e nos Estados Unidos também, toda hora a gente está vendo casos na justiça envolvendo o período dos contratos de vacina, resultados que aconteceu na pandemia. Muita coisa ainda precisa vir à luz.


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A LOBA DE PONTA GROSSA SE DEU MAL NA POLÍTICA

 

Coscarque 2.0
Joice Hasselmann, a loba de Ponta Grossa

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo


Ex-dama de ferro do conservadorismo tupiniquim (quanto clichê!), Joice Hasselmann tenta se manter em evidência vendendo dieta.| Foto: Reprodução

Joice Hasselmann acaba de lançar o Protocolo JH. O nome do negócio, asssociado ao da ex-deputada, talvez sugira ao leitor imagens de dossiês e conspirações intrincadíssimas. Mas não é nada disso. Nas palavras da própria Joice, o revolucionário Protocolo JH “vai te emagrecer rápido, de forma saudável e deliciosa, sem sofrimento, e mais: vai te manter magra para sempre!”. Ou seja, é apenas mais um programa de dietas que promete o Céu da Magreza a mulheres insatisfeitas com a própria silhueta.

E aqui você talvez tenha vontade de rir ou tripudiar daquela que já foi um dos maiores nomes do conservadorismo brasileiro. Praticamente uma Ann Coulter tupiniquim. No seu auge, as palavras de Joice Hasselmann eram lidas com entusiasmo. Suas falas sempre enfáticas eram temidas pelos poderosos. Não à toa, ela foi eleita com mais de um milhão votos em 2018. A direita a amava.

Mas contenha aí o riso e seu espírito zombeteiro! Porque a história de Joice Hasselmann nada tem de engraçada. Trata-se de uma tragédia muito própria do nosso tempo: a da pessoa que, embriagada de poder e tomada pela sensação de pairar sobre nós, pobres mortais, se considera invencível e é incapaz de aprender com as lições de humildade que a vida insiste em nos ensinar.

Isso ficou claro logo nos primeiros meses do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando Joice Hasselmann, certa de sua superioridade intelectual, moral e eleitoral, brigou com o chefe do Executivo. Não satisfeita, e crente de que sua personagem era maior do que a imagem que os eleitores faziam dela, Joice virou oposição a Bolsonaro. No meio disso tudo teve ainda um “atentado” e, já no fim do mandato, fotos de biquini que eram um prenúncio da queda.

A loba
Reduzida à condição de vendedora de Coscarque 2.0, a história de Joice Hasselmann me lembra a de Jordan Belfort – retratada por Martin Scorsese no subvalorizado “O Lobo de Wall Street”. No filme, o gananciosíssimo Belford acumula dinheiro enganando pequenos investidores e vive uma vida de esbórnia, gozando de todos os prazeres mundanos possíveis. Mas, como na lenda de Ícaro, ele acaba chegando perto demais do Sol. Belfort é preso e perde tudo.

Ou melhor, quase tudo. O personagem, interpretado por Leonardo di Caprio, só não perde a ambição e o espantoso poder de convencimento. Graças a isso, ele se transforma num palestrante de vendas destinado a perpetuar certo ciclo de enganação muito próprio de um capitalismo desalmado. Assim como Hasselmann, Belford parece acreditar que o homem é o lobo do homem e que o mundo é dos espertos.

E posso até concordar que o mundo, esse mundo que o do poder, dos prazeres e da extravagância material e carnal, seja dos espertos. Mas aí vem a perguntinha: a que preço? Correndo o risco de glamurizar a desgraça que é o sucesso amoral do capitalismo sem alma, em “O Lobo de Wall Street” Scorsese deixa claro que o preço a se pagar por essa ambição de conquistar o mundo é a alma. Sem direito a devolução.

Aqui não sei se o paralelo com Joice Hasselmann faz sentido. Espero que não. Espero ainda que o fracasso político e o ridículo comercial do Protocolo JH sejam, para a ex-rainha do conservadorismo brasileiro, o início de um caminho sempre difícil, cheio de obstáculos e armadilhas, rumo a uma casinha humilde, desprovida de holofotes e do famigerado orgulho, a que damos o nome de redenção.

DEMISSÕES EM MASSA CAUSA SENTIMENTO DE INSTABILIDADE DE QUEM FICA NA EMPRESA

 

Ana Machado Machado – Gazeta do Povo

Para quem fica nas organizações, é importante saber como lidar com o sentimento de instabilidade

No primeiro trimestre de 2023, observamos um movimento de demissões em massa global, principalmente no setor de tecnologia e inovação. Um levantamento da Layoffs aponta:

     Já foram dispensados quase 110 mil colaboradores ao redor do mundo entre janeiro e março deste ano. Esse número já ultrapassou o montante de demissões ocorridas no ano de 2022 inteiro.

Porque as empresas de tecnologia estão demitindo em massa?

No cenário internacional, empresas de grande relevância como Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), Amazon e Alphabet (que controla o Google) encabeçaram o movimento de dispensa. E no Brasil, algumas das empresas que demitiram colaboradores nos últimos meses foram iFood, Loft, Neon, C6 e PagSeguro.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) publicou um relatório no qual cita os principais fatores que contribuíram para esse fenômeno: o contexto internacional incerto com a guerra entre Ucrânia e Rússia, a desaceleração do crescimento econômico e a alta da inflação pós-pandemia. Esses acontecimentos explicam o conservadorismo dos investidores, empreendedores e empresários no momento atual.

O que fazer após demissão em massa?

O investimento de risco em inovação e tecnologia, em um momento de retração, perde recursos, colocando um freio nos gastos das empresas desse setor, que buscam equilibrar as contas e diminuir os seus custos fixos, sendo a folha de pagamentos um dos principais deles.

Mas sabendo que essa é a tendência já vivenciada neste ano, como os profissionais e as empresas devem se posicionar para reduzir os impactos negativos desse movimento, mesmo para aqueles que não chegaram a perder os seus empregos?

Do ponto de vista das empresas, é fundamental manter uma comunicação clara e transparente com os colaboradores, evitando um clima de tensão ou desconfiança por parte da equipe.

    Rituais entre a alta liderança da organização e os demais membros do time ajudam a compartilhar a situação do negócio, próximos desafios e como cada um pode contribuir para superá-los.

    Pelo menos uma vez ao mês, é interessante realizar uma reunião para demonstrar os resultados e traçar objetivos organizacionais para os próximos 30 dias.

Após isso, é importante que cada líder de equipe faça o desdobramento das metas e principais projetos com os liderados, passando um direcionamento claro sobre o foco de cada mês. Também é necessário abrir um canal de relacionamento direto entre liderança e time, com momentos regulares de feedback e apoio nos desafios individuais que cada um enfrenta no ambiente de trabalho. Reuniões curtas semanais ou quinzenais ajudam a contornar problemas cotidianos antes que eles cresçam e comprometam a produtividade e engajamento dos colaboradores.

Do lado dos colaboradores, as atitudes mais adequadas ao momento são vigilância constante, proatividade e prudência. A vigilância constante envolve a observação atenta do noticiário econômico nacional e global, as análises de desempenho mensais do setor de atuação da sua empresa e o acompanhamento da situação específica da sua empresa (vendas, faturamento, gastos, principais desafios e projetos em andamento). Captando as informações certas, é mais fácil responder de maneira adequada ao tomar decisões dentro da empresa e de carreira pessoal.

A proatividade consiste em trabalhar para gerar os resultados que o negócio mais precisa no momento, investindo o seu tempo e energia nos projetos e iniciativas que trarão maior retorno dentro da sua função. Deste modo, a sua relevância e contribuição aos grandes objetivos da organização aumentam, tornando você menos vulnerável a ser dispensado em caso de crise ou riscos financeiros na empresa.

A prudência é o principal ponto de ponderação antes de tomar qualquer decisão de carreira ou se posicionar perante situações desafiadoras que envolvam desafios técnicos ou de relacionamento com pessoas. Em um ano de retração econômica, manter o equilíbrio e avaliar bem todos os fatores em questão é a melhor saída para evitar desgastes desnecessários e desfechos indesejáveis.

Para aqueles que souberem navegar no contexto atual, o futuro próximo reserva mais oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional, alicerçadas em uma construção de carreira sólida mesmo em momentos de crise no mercado de trabalho.

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Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver, gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados satisfatórios para o seu negócio.

Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.

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A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas considerações importantes:

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como: