quinta-feira, 11 de maio de 2023

ESQUEMA DE MANIPULAÇÃO DE RESULTADOS NO FUTEBOL PELA PF

 

FUTEBOL BRASILEIRO
Flávio Dino determina que Polícia Federal investigue esquema de manipulação de resultados
Por
UmDois Esportes – Gazeta do Povo

Ministro Flávio Dino| Foto: Pedro França/Agência Senado


O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal investigue as denúncias de manipulação de jogos no Campeonato Brasileiro.

Um esquema de apostas no futebol nacional foi descoberto pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que deflagrou nesta semana a segunda fase da operação Penalidade Máxima.

  • Confira a tabela do Brasileirão
    “Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando hoje que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública.

Segundo a CBF, o presidente Ednaldo Rodrigues pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Ministério da Justiça que a Polícia Federal entre no caso, “com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação”.

A entidade disse ser também vítima “destes possíveis atos criminosos” e informou não ter sido oficialmente informada pelo MP de Goiás sobre os fatos relacionados à investigação.

Manipulação de apostas: quem são os jogadores suspeitos de envolvimento?
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) investiga um esquema de manipulação de apostas esportivas em partidas do Campeonato Brasileiro das Séries A e B de 2022 e partidas do Paulistão e do Campeonato Gaúcho deste ano.

Jogadores cooptados por grupos criminosos recebiam até R$ 100 mil para provocar cartões amarelos e vermelhos ou realizar outras ações dentro de campo. Ao todo, sete jogadores estão na mira das autoridades.

Em abril, o MP, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), deflagrou a segunda fase da Operação Penalidade Máxima – a primeira etapa foi realizada em fevereiro e mirava apenas jogos da Série B.

Três mandados de prisão, 16 de preventiva e 20 de busca e apreensão, foram cumpridos em 16 municípios de 20 Estados brasileiros diferentes, incluindo São Paulo e Rio. Veja os investigados.

EDUARDO BAUERMANN (SANTOS)
Santos x Avaí (Brasileirão, 05/11/2022): “Pagamento em montante ainda não precisado, porém certo que pelo menos R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) foram efetivamente entregues a Eduardo Bauermann antes mesmo da realização do jogo, para que Eduardo, jogador do Santos, fosse punido com cartão amarelo na partida (o que não ocorreu)”.

Botafogo x Santos (Brasileirão, 10/11/2022): “Bauermann, apesar de ter aceitado valores na rodada anterior, não “cumpriu” sua parte no acordo ao não ser punido com cartão amarelo. Por isso, na rodada imediatamente seguinte e ainda com a posse da quantia recebida, novamente aceitou a promessa de valores indevidos para, agora, ser expulso na partida”. Bauermann e Romarinho, investigados pelo Ministério Público, conversam diretamente antes da partida contra o Botafogo, pelo Brasileirão de 2022.

KEVIN LOMONACO (RED BULL BRAGANTINO)
Red Bull Bragantino x América-MG (Brasileirão, 05/11/2022): “Promessa de pagamento de R$ 70.000,00 (setenta mil reais), dos quais R$ 30.000,00 (trinta mil reais) foram efetivamente entregues antes mesmo da realização do jogo, para que o atleta fosse punido com um cartão amarelo durante a partida.

Red Bull Bragantino x Portuguesa (Campeonato Paulista, 21/01/2023): “Promessa de pagamento de R$ 200.000,00 para que o atleta cometesse uma penalidade máxima no primeiro tempo da partida. A proposta foi recusada.

MORAES JR. (JUVENTUDE)
Palmeiras x Juventude (Brasileirão, 10/09/2022): “Promessa de pagamento de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), dos quais R$ 5.000,00 (cinco mil reais) foram efetivamente entregues antes mesmo da realização do jogo, para que o jogador fosse punido com um cartão amarelo durante a partida.”

Juventude x Fortaleza (Brasileirão, 17/09/2022): “A vantagem consistiu na promessa de pagamento de R$ 50.000,00 (trinta mil reais), dos quais R$ 20.000,00 (vinte mil reais) foram efetivamente entregues antes mesmo da realização do jogo, para que o jogador fosse punido com um cartão amarelo.”

Goiás x Juventude (Brasileirão, 05/11/2022): “Promessa de pagamento de R$ 50.000,00 (trinta mil reais), dos quais R$ 20.000,00 (vinte mil reais) foram efetivamente entreguesantes mesmo da realização do jogo, para que o jogador fosse punido com um cartão amarelo durante a partida.”

PAULO MIRANDA E GABRIEL TOTA (JUVENTUDE)
Juventude x Fortaleza (Brasileirão, 18/09/2022): “Promessa de pagamento de R$ 60.000,00(sessenta mil reais), dos quais R$ 5.000,00 (cinco mil reais) foram efetivamente entregues antes mesmo da realização do jogo, mediante pagamento na conta de GABRIEL (TOTA), jogador do JUVENTUDE, para posterior repasse ao atleta JONATHAN (PAULO MIRANDA), para que este, também jogador do JUVENTUDE,fosse punido com cartão amarelo na partida, o que foi efetivamente providenciado pelo jogador.”

Goiás x Juventude (Brasileirão, 05/11/2022): “Promessa de pagamento de R$ 50.000,00(cinquenta mil reais), dos quais R$ 10.000,00 (dez mil reais) foram efetivamente entregues antes mesmo da realização do jogo, mediante pagamento providenciado por ROMARIO HUGO DOS SANTOS para a conta de GABRIEL (TOTA), para posterior repasse a JONATHAN (PAULO MIRANDA), para que este,também jogador do JUVENTUDE, fosse punido com cartão amarelo na partida, oque foi efetivamente providenciado pelo jogador.”

IGOR CARIÚS (CUIABÁ)
Ceará x Cuiabá (Brasileirão, 16/10/2022): “Promessa de pagamento em montante total ainda não precisado, porém certo que R$ 5.000,00 (cinco mil reais) foram efetivamente entregues a Igor Aquino da Silva antes mesmo da realização do jogo, para que Igor, jogador do Cuiabá, fosse punido com cartão amarelo na partida, o que foi efetivamente providenciado pelo jogador”.

Palmeiras x Cuiabá (Brasileirão, 06/11/2022): “Pagamento de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) para que Igor Aquino da Silva (Igor Carius), jogador do Cuiabá, fosse punido com cartão amarelo na partida”.

FERNANDO NETO (OPERÁRIO)
Sport x Operário (Série B, 28/10/2022): “Promessa de pagamento de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), dos quais R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) foram efetivamente entregues a Fernando José da Cunha Neto antes mesmo da realização do jogo, para que Fernando, jogador do Operário, fosse punido com cartão vermelho”.

VICTOR RAMOS (CHAPECOENSE)
Guarani x Portuguesa (Paulistão, 08/02/2023): “Promessa de pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para que Victor Ramos Ferreira, jogador da Portuguesa, cometesse uma penalidade máxima. Posteriormente, em razão de Bruno, Ícaro e Zildo (três dos denunciados) aparentemente não terem encontrado outros jogadores para manipulação de resultado na mesma rodada, os denunciados não efetuaram pagamento antecipado ao atleta e posteriormente não fizeram a aposta na partida”.

Outros jogadores investigados são Nikolas Farias, zagueiro do Novo Hamburgo-RS e Fernando Jarro Pedroso, atacante do Inter de Santa Maria-RS. Os jogadores receberam a promessa de pagamento de R$ 80 mil e R$ 70 mil, respectivamente, para cometerem pênaltis em partidas do Gauchão.

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ONDE ESTÁ A OAB QUE NÃO VÊ O ARBÍTRIO DO STF

 

Por
Marcel van Hattem – Gazeta do Povo


Prerrogativas dos advogados de 8 e 9 de janeiro estão sendo violadas.| Foto: Andre Borges/EFE

Advogados de presos nos dias 8 e 9 de janeiro por ordem do ministro do Supremo Alexandre de Moraes estiveram nesta terça-feira (9) no Salão Verde da Câmara dos Deputados para denunciar os abusos e desrespeitos de suas prerrogativas que estão sofrendo. Desalentados, sem a quem recorrer uma vez que sequer a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lhes dá suporte – isso quando não demonstra estar aliada aos algozes dos profissionais que deveria representar e defender –, buscaram no Congresso Nacional espaço para dar voz a suas angústias. Felizmente, encontraram.

Em quase uma hora e meia de evento público, defensores regularmente constituídos revezavam-se com parlamentares para denunciar, diante da imprensa e dos demais presentes que se aglomeravam no salão, os abusos e desrespeitos às suas prerrogativas. Desde a negativa de acesso dos advogados às pessoas presas quando ainda estavam na Academia da Polícia Federal até o fato de que Alexandre de Moraes antecipou seu julgamento pelo Twitter qualificando todos os presos como terroristas e criminosos, indistintamente, e, mesmo assim, não ter se declarado suspeito para julgá-los, a lista de abusos elencados pelos representantes vai literalmente de A a Z, incluindo K, W e Y.

Alexandre de Moraes trata seus perseguidos políticos pior do que a animais de abate, aos quais no Brasil também são garantidos direitos em lei.

Pior do que pau que nasce torto, o inquérito 4879, dos ditos “atos antidemocráticos”, não só é impossível de endireitar: ele também enverga nossa Constituição aos ditames de um único senhor. Além da manifesta incompetência de um ministro da Suprema Corte de processar quem não tem foro privilegiado, é também humanamente impossível que Alexandre de Moraes, e apenas ele, cuide bem dos milhares de processos hoje em suas mãos. Ainda mais humanamente impossível é que uma decisão do magistrado de tornar réu um preso preventivo se dê apenas cinco minutos após o upload da sustentação oral de seu advogado, em uma decisão de 24 laudas. Cinco minutos, 24 laudas. A total ausência de critério e análise é patente, a perseguição política é inquestionável.

E é a esse lamentável ponto que chegamos: a preferência política dos presos, a maioria dos quais agora réus de baciada, é o que está claramente a determinar sua sina. Por terem se manifestado contrariamente à eleição e posse de um candidato à Presidência da República, algo que sempre foi garantido à oposição de qualquer partido ou candidato no Brasil, cidadãos seguem presos ou, os que soltos já foram, com restrições de liberdades como o uso de tornozeleira eletrônica e apresentação periódica às autoridades de suas circunscrições. Refiro-me obviamente a quem nada depredou e contra quem até o momento nem uma única prova de que teve participação nos eventos violentos do dia 8 foi produzida pelo Estado.

Tratar pessoas pacíficas, ordeiras, com profissão lícita e residência fixa, pior do que são tratados criminosos da pior espécie é negar-lhes o mais básico dos direitos humanos. Alexandre de Moraes trata seus perseguidos políticos pior do que a animais de abate, aos quais no Brasil também são garantidos direitos em lei. Infelizmente, não há sinal de recuo ou de reconhecimento do arbítrio e do abuso. Pelo contrário: pessoas com câncer e outras comorbidades, algumas das quais definhando no cárcere injusto após terem perdido mais de 15 quilos ; famílias destruídas, humilhadas por um Estado de exceção que as persegue até mesmo do lado de fora da prisão; e advogados que não contam nem com o apoio da OAB para enfrentar tamanho desrespeito com a própria profissão e ofício. Nada disso, até aqui, abalou a injusta e ilegal sanha persecutória de um ministro.

VEJA TAMBÉM:
Não aceitaremos viver sob uma ditadura
Até quando toleraremos tamanha injustiça?


CPMI de 8 de janeiro: direito da minoria a comissões de inquérito jamais pode ser violado
Esta é a íntegra da petição dos advogados presentes ontem à coletiva de imprensa. Infelizmente, apesar da grande presença de meios de imprensa nacionais no evento, até o momento a repercussão restringiu-se apenas aos veículos que já têm, felizmente, dado atenção ao assunto. Por outro lado, as redes sociais não param de replicar o clamor dos advogados por justiça e pelo respeito às suas prerrogativas. Por que será mesmo que Lula e o STF, com apoio vergonhoso de grande parcela da mídia, querem censurar as plataformas de mídias sociais?

É preciso seguir denunciando a ditadura do Judiciário que funciona a pleno vapor no Brasil. No caso do desrespeito das prerrogativas dos advogados, a Constituição é clara em seu artigo 133: “o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão nos limites da lei”. Diante de tantas violações às prerrogativas daqueles que são fundamentais para que se faça verdadeiramente justiça no Brasil, pergunta-se: OAB, cadê você?


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O PLANALTO JÁ SOFREU VÁRIAS INVASÕES E PROTEÇÕES FORAM FEITAS PARA EVITAR


A grade cai, a censura sobe

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o ministro do STF Alexandre de Moraes.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na quarta-feira o presidente Lula mandou tirar as grades que protegem o Palácio do Planalto desde o governo Dilma, quando o povo se mobilizou pedindo o impeachment da presidente. Foi pessoalmente à calçada para ver o trabalho e disse que agora vão poder fotografar melhor o palácio sem aparecer as grades. Eu lembro de como o Planalto era aberto em 1979, era o governo militar. Eu era subsecretário de Imprensa no governo Figueiredo e veio um grupo fazendo protesto. Atravessou a rua, praticamente chegou até a porta do palácio, e ali conversamos. Era liderado por um deputado de esquerda, ninguém quebrou nada, não aconteceu nada, não veio nem a guarda, era um tempo de conversa. Não havia ainda o espelho d’água.

Anos depois, um motorista furioso com alguma coisa do governo Sarney invadiu o Palácio do Planalto com um ônibus, que chegou a ficar entalado, porque a parte de cima entalou no teto do térreo do palácio. Não esqueço da frase do saudoso Renan Soares, um frasista de mão cheia, que disse “eis aí o inconsciente coletivo”. Com um monte de significados. Depois disso fizeram o espelho d’água, e alguns carros já caíram nele. Então veio a grade da Dilma, que agora Lula mandou tirar. Tomara que isso signifique que o povo possa chegar, porque o Palácio do Planalto, o Supremo e o Congresso estão na Praça dos Três Poderes, feita exatamente para que a origem do poder lá se reunisse e pudesse fazer a crítica, a exigência, os aplausos.

Censuraram as críticas ao projeto de lei da censura

O Telegram apagou – porque seria multado em R$ 500 mil por hora – a seguinte observação sobre o projeto de lei da censura: “O Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão”. O ministro da Justiça se queixou para a Secretaria de Defesa do Consumidor, e até achei que já estivesse vigente a censura. Porque o artigo 220 da Constituição diz que é livre a expressão e vedada a censura. O artigo 5.º diz a mesma coisa, protegendo a liberdade de opinião, vedado o anonimato. Mas agora, por ordem de um ministro do Supremo, o Telegram retirou sua mensagem e escreveu o seguinte: “Por determinação do STF, a empresa Telegram comunica que a mensagem anterior do Telegram caracterizou flagrante e ilícita desinformação atentatória ao Congresso Nacional, ao Poder Judiciário, ao Estado de Direito e à democracia brasileira, pois fraudulentamente distorceu a discussão e os debates sobre a regulação dos provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada, na tentativa de induzir e instigar os usuários a coagir parlamentares”.

VEJA TAMBÉM:
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Não sei mais nada


Autopromoção do governo causa caos na terra yanomami
Quando há um projeto, ele está aberto a discussão, crítica, aplausos, mudança, para a retirada de alguns trechos ou para inclusão de outros. Isso é a democracia. “Flagrante e ilícita desinformação”? Não consigo lembrar de nada previsto no Código Penal que identifique isso como desinformação, mas, enfim, ordem da Justiça se cumpre.

Ministra espalha fake news sobre indígenas e garimpo

É interessante que a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, também criticou um projeto de lei nesta quarta, numa comissão no Senado. Mas foi o projeto de lei que trata de garimpo em terras indígenas. Não alegam que o Telegram disse coisas que não batem com a realidade? Pois a ministra fez uma afirmação que também parece não conferir com os fatos: ela disse que o garimpo não é uma atividade dos indígenas. Quem mora na Amazônia sabe que é. Não de todos os indígenas, obviamente; alguns plantam soja, milho, café, criam gado… mas outros se dedicam ao garimpo, sim; uns brigam com os garimpeiros por causa de garimpo, outros fazem parceria com os garimpeiros. Todo mundo conhece os Cinta Larga e as jazidas na região do Rio Roosevelt, inclusive de diamantes, que as pessoas dizem sair pela fronteira oeste brasileira. Este é um caso a ser tratado como tantos outros na Amazônia.

E ainda bem que está entrando essa CPI das ONGs, porque é preciso saber o que está sob as árvores da Amazônia além dos amazônidas, que têm sido vítimas de tudo isso. A droga, por exemplo, se expande por lá, e tanta coisa mais, porque tem tanta ONG, porque se fala tanto, por causa da cobiça que vem de muito tempo, desde o tempo de Dom Pedro II.

A Amazônia não é do Brasil. A Amazônia é o Brasil.


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STF NÃO RECONHECE OS DIRETOS DE CIDADÃOS DA DIREITA

 

Ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres está preso para ‘averiguações’ há quatro meses por ser ‘bolsonarista’

Por J.R. Guzzo – Jornal Estadão

Uma noção perigosa se espalhou ao longo dos últimos anos na sociedade e na vida pública brasileiras – a de que os cidadãos descritos como sendo de “direita”, de “ultradireita” ou simplesmente bolsonaristas não são de fato cidadãos como os demais e, nessa condição, não devem ter os mesmos direitos. Os defensores mais agitados dessa maneira de pensar acham, até mesmo, que não deveriam ter direitos. A ideia geral é bem conhecida. Essas pessoas são “contra a democracia” e se são contra a democracia não podem se beneficiar das leis democráticas – se tiverem sua proteção, vão “usar” essas mesmas leis para dar um “golpe” e criar uma “ditadura” no Brasil. A partir daí, fica valendo qualquer violação da lei e da Constituição – é para evitar um “mal maior” e “salvar” o Brasil. Está integralmente errado. O resultado objetivo disso é que, para salvar o País de uma suposta ditadura no futuro, cria-se uma ditadura real no presente.

‘Por que Anderson Torres não poderia ter aguardado em liberdade a conclusão das investigações, como qualquer acusado de crime?’
‘Por que Anderson Torres não poderia ter aguardado em liberdade a conclusão das investigações, como qualquer acusado de crime?’ Foto: Tom Costa / MJSP

Os exemplos estão por toda a parte. O pior deles, sem dúvida, é a prisão do ex-secretário de Segurança de Brasília Anderson Torres, por omissão ou incentivo aos ataques contra as sedes dos três Podres no dia 8 de janeiro – e outros crimes, talvez piores, que a polícia do STF nem sabe ainda quais são, mas tem esperança de descobrir algum dia se ele ficar na cadeia por mais um dez ou 20 anos. O ex-secretário está preso há quatro meses inteiros. Durante esse tempo todo, nem a Polícia Federal nem o ministro Alexandre Moraes conseguiram descobrir nenhuma prova de que ele tenha feito algo de errado. Teriam, obviamente, de soltar o cidadão, já que não conseguem acusá-lo oficialmente de nada; pela lei aliás, ele nunca poderia ter sido preso, pois nunca a polícia e o STF foram capazes de demonstrar, com algum fato, as acusações que lhe fizeram.

A verdade é que o ex-secretário, absurdamente, está preso para “averiguações” – não há quatro horas, mas há quatro meses, coisa que não acontece neste país com nenhum traficante de drogas, ou assassino múltiplo, ou qualquer criminoso que tenha um advogado minimamente qualificado. Se está preso para “averiguações”, é da evidência mais elementar que o trabalho de averiguação pode concluir que ele não cometeu crime algum – e, nesse caso, como explicar que o homem tenha ficado preso por quatro meses, ou sabe lá quanto tempo mais? Por que não poderia ter aguardado em liberdade a conclusão das investigações, como qualquer acusado de crime?

É incompreensível e chocante que isso aconteça no mesmo país em que até há pouquíssimo tempo, quando se tratava dos crimes de corrupção pelos quais o presidente Lula e outros gatos gordos foram condenados na Justiça, os “garantistas” exigiam o cumprimento fanático do que consideram “direitos” dos réus. Lula estaria sendo vítima de “linchamento” e a democracia estaria sendo destruída “em Curitiba”. Hoje estão todos em silêncio. Quem está preso é um “bolsonarista”, não é mesmo? Vamos olhar então para o outro lado – e dizer que o STF está salvando a “democracia”. O problema é que o preso, amanhã, pode não ser mais apenas gente da “direita”. Pode ser apenas o brasileiro que não concorda com o governo e seus guardiães no STF.

LULA NÃO TEM NOÇÃO DAS RESISTÊNCIAS QUE ENFRENTA

Presidente superestima próprias virtudes, sabedoria política e poderes; resultado até aqui é enorme dificuldade para governar

Por William Waack

Lula não se deu conta ou não quer admitir a falta que faz um Estado-Maior com gente capaz de peitá-lo. É notável a diferença de inteligência política entre quem ele consultava havia 20 anos e o pequeno grupo atual ao qual empresta seus ouvidos – se é que empresta.

Lula com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); presidente enfrenta dificuldades na articulação política
Lula com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); presidente enfrenta dificuldades na articulação política Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

No primeiro mandato seus principais auxiliares tinham noção muito melhor do grau de resistência social e do grau de resistência no Legislativo ao presidente e ao PT. Os dois tipos de resistências aumentaram exponencialmente no período, na evolução de processos e fenômenos político-sociais já fartamente discutidos.

Mas Lula só parece enxergar – se é que enxerga – a resistência parlamentar. Lula nunca parece ter abandonado a noção de que 300 ou mais picaretas pululam na Câmara, e com os quais sempre soube lidar. Julga que é só operar melhor a concessão de emendas, cargos e ministérios.

Não parece estar funcionando, a julgar pelos maus resultados recentes no Congresso. Mas a reação de Lula às derrotas é insistir no lado “operacional” (aplacar as demandas dos parlamentares), ignorando que o Congresso é hoje, em larga medida, uma expressão da resistência social ao governo do PT.

Exemplo de onde vem essa resistência estava na Agrishow. Não, não se trata do confronto pela vitrine política, mas de valores. Fora do palanque, dezenas de milhares de pessoas participaram de “MBA a céu aberto” (Marcos Fava Neves) de tecnologia, com enorme quantidade de participantes de faculdades de ciências agrárias, colégios agrícolas, cooperativas, associações, sindicatos rurais, numa busca febril por aumento de produtividade e competitividade.

Os fracassos do governo no Congresso ao atacar a privatização da Eletrobras e o Marco do Saneamento têm muito mais a ver com essa “resistência social” do que com a “picaretagem” de parlamentares. Fora a ofensa aos poderosos chefes das Casas Legislativas ao tentar rever matérias aprovadas no Congresso.

O mesmo fenômeno está embutido no PL das Fake News. Sem dúvida é demanda da sociedade por alguma regulação do inferno das redes sociais. Mas, por extraordinária inépcia política do governo, matéria de enorme abrangência acabou vista como “bandeira de luta”, sobretudo do PT, e ferramenta para encurralar o adversário (que leva a dianteira na guerra digital).

Nesses primeiros meses de governo, Lula subestimou o tamanho e a natureza das resistências que enfrenta. E superestimou as próprias virtudes, sabedoria política e poderes. Até aqui o resultado é enorme dificuldade para governar, correr riscos desnecessários e embicar o País em mais uma oportunidade perdida.

 

PERDEU O EMPREGO TOME AS PROVIDÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA CONSEGUIR OUTRO

 

Karina Pelanda – Gerente de Recrutamento e Seleção de Recursos Humanos na RH NOSSA

A verdade é só uma: ninguém gosta de ser demitido. Após a demissão, começa um período de incertezas que vai afetar a vida da pessoa imediatamente. Quebra da rotina que o colaborador vivenciava em seu ambiente de trabalho, o drama financeiro e a própria continuidade da carreira.

Para Karina Pelanda, Gerente de Recrutamento e Seleção de Recursos Humanos na RH NOSSA, esta nova realidade, que pode aparecer terrível em um primeiro momento, também pode representar uma guinada para melhor

“Evidentemente a pessoa precisa saber lidar com a situação e o pior cenário é deixar que a situação tome conta negativamente. Claro que é um choque perder um emprego, mas a volta ao mercado de trabalho, em grande parte, depende da própria pessoa”

Como conseguir voltar ao mercado de trabalho após ser demitido

A primeira ação é terminar o relacionamento com a antiga empresa numa boa, com tudo esclarecido e de maneira profissional. Karina explica que um desligamento, no geral, pode ter acontecido por questões estratégicas e não por problemas pessoais:

“Sabemos que existem demissões por comportamento, que é outra história. Quando a demissão acontece por uma demanda de mercado, o melhor é que este colaborador que foi desligado saiba terminar tudo com bons termos. Evitar falar mal, principalmente em redes sociais, e ser educado, é uma maneira de manter as portas abertas. Lembre-se que outras empresas estão observando tudo.

Outro ponto de atenção para o colaborador é ser honesto com ele mesmo. Passado o tempo de assimilação da demissão, Karina lembra da importância de analisar objetivamente a situação:

“Não se defenda injustificadamente e reflita nos pontos positivos realizados e no que faria de diferente em uma situação futura. É uma maneira de recalcular ações e atitudes para outros trabalhos, que chegarão em breve.”

Repensar o currículo e seus objetivos

Atualizar currículo deve ser uma tarefa constante, mas neste caso, pode ser o momento para repensar alguns aspectos: “As habilidades desenvolvidas e objetivos alcançados, que estão fora do currículo, precisam estar descritos”.

Reciclar conhecimentos

Aproveite o tempo livre para fazer cursos ou aprender um novo ofício também deve estar no radar de quem acabou de sair do trabalho:

“Os tradicionais conselhos sobre voltar a estudar e ter aulas de idiomas seguem, mas estar atento com as novidades de mercado pode ser aquele diferencial que vai chamar a atenção dos recrutadores. A tecnologia está mudando muitos empregos e este pode ser o momento para saber o que está acontecendo e como as novidades do mundo estão impactando o mercado de trabalho” finaliza Karina.

O que fazer depois de ser demitido de uma empresa?

CharGPT

Ser demitido de uma empresa pode ser uma experiência desafiadora e difícil de lidar. No entanto, existem algumas coisas que você pode fazer para lidar com essa situação e se preparar para o futuro. Aqui estão algumas dicas:

  1. Tire um tempo para si mesmo: É normal sentir-se triste, frustrado ou até mesmo envergonhado após ser demitido. Por isso, é importante permitir-se um tempo para processar as emoções antes de começar a procurar outro emprego.
  2. Analise suas finanças: É importante avaliar sua situação financeira e entender quanto tempo você pode passar sem um emprego. É possível que você precise reduzir seus gastos até encontrar outra fonte de renda.
  3. Atualize seu currículo e perfil profissional: Utilize esse tempo para revisar e atualizar seu currículo, perfil no LinkedIn e outras redes sociais profissionais. Certifique-se de destacar suas habilidades e realizações profissionais.
  4. Comece a procurar um novo emprego: Use sites de emprego, redes de contatos e outros recursos para encontrar novas oportunidades de trabalho. Considere também trabalhos temporários ou freelancers enquanto procura um emprego em tempo integral.
  5. Considere opções de treinamento ou educação: Se você sentir que precisa desenvolver novas habilidades ou atualizar sua formação, considere a possibilidade de fazer cursos, treinamentos ou até mesmo uma nova graduação.

Lembre-se que ser demitido não significa que você é um fracasso. Muitas pessoas passam por essa experiência em algum momento da carreira. Use isso como uma oportunidade para aprender e crescer, e trabalhe em direção ao seu próximo passo profissional.

COMO DEVEM SER OS PARCEIROS NOS NEGÓCIOS

“Parceiros chegam de várias formas. Se juntam por diferentes motivos”.

Eu sei, é clichê, rss. E se a frase fosse minha eu acrescentaria: “O que eles tem em comum é o fato de acreditarem no que nós acreditamos”.

Parceria é a arte de administrar conflitos de interesses e conexões de interesses, visando resultados benéficos para ambas as empresas”.

É por isso que eu costumo comparar parceria com casamento. Quem é casado sabe que administrar conflitos é fundamental para ambos terem resultados nessa aliança.

Assim como no casamento, o parceiro não precisa ser igual a nós, mas tem que ter o nosso ‘jeitão’! Nas parcerias eu defendo que o parceiro precisa ter o DNA de inovação, a inquietude pra sair da zona de conforto e uma preocupação muito grande com o cliente, não apenas no discurso, mas na prática. É claro que no processo de análise do possível parceiro, nós avaliamos o potencial financeiro e de escala da aliança, a estrutura e o tamanho da empresa. Mas, tem um fator humano que não pode ser desconsiderado, já que empresas são, na sua essência, pessoas. É por isso, que normalmente, os parceiros   são empresas formadas por pessoas do bem, pessoas com propósito, que tem tanto o caráter quanto a lealdade de continuar de mãos dadas, mesmo nos momentos mais difíceis. É como um casamento mesmo!

É importante também que os parceiros tenham know how e competências complementares, que potencializem nossas fragilidades e deem mais peso aos nossos pontos fortes. E como eu acredito que o primeiro approach de uma boa parceria acontece no plano humano (onde existe emoção), e não no corporativo, eu gosto muito da histórica da parceria entre Steve Jobs Steve Wozniak. Os dois Steves tornaram-se amigos durante um emprego de verão em 1970. Woz estava ocupado construindo um computador e Jobs viu o potencial para vendê-lo. Em uma entrevista de 2006 ao Seattle Times, Woz, explicou:

“Eu só estava fazendo algo em que era muito bom, e a única coisa que eu era bom acabou por ser a coisa que ia mudar o mundo… Steve (Jobs) pensava muito além. Quando eu projetava coisas boas, às vezes ele dizia: ‘Nós podemos vender isso’. E nós vendíamos mesmo. Ele estava pensando em como criar uma empresa, mas talvez ele estivesse mesmo pensando: ‘Como eu posso mudar o mundo?’”.

Por que essa parceria deu certo? Habilidades e competências complementares.

As habilidades técnicas de Woz juntamente com a visão de Jobs fizeram dos dois a parceria perfeita nos negócios.

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quarta-feira, 10 de maio de 2023

PT E MST QUEREM A DISTRIBUIÇÃO DE TERRAS FEITA POR ORGÃO FEDERAL E NÃO PELOS ORGÃOS ESTADUAIS

Negócios
Por
Luisa Purchio -Gazeta do Povo
09/05/2023 18:01


Lula durante visita ao acampamento do MST no Paraná.| Foto: Ricardo Stuckert/PT

O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a constitucionalidade da lei 17.557/2022 do estado de São Paulo, o que indiretamente favorece movimentos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e prejudica fazendeiros em São Paulo. A legislação questionada visa encurtar o caminho da reforma agrária ao regularizar terras devolutas no estado que estão há pelo menos dez anos ocupadas.

O argumento do partido na ação é que a distribuição é de competência da União, e não do estado de São Paulo, e que a legislação privilegia “grandes latifundiários” ao autorizar “a transferência em massa de bens públicos para pessoas de média e alta renda”.

Na prática, o PT não quer que o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), vinculado ao governo do Estado de São Paulo e a Tarcísio de Freitas (Republicanos), faça a distribuição de terras por meio dessa legislação, e sim direcionar ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), vinculado ao governo federal e ao presidente Lula (PT), por meio da reforma agrária. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelo partido protege os interesses de movimentos como o MST, que têm interesse em receber terras na região.

O governo federal já se mostrou um aliado do MST e trocou superintendências do Incra em sete estados após pressões e invasões feitas pelo movimento após a posse Lula na Presidência.

Legislação paulista prejudica MST
O principal objetivo da lei 17.557/2022, que vale para todo o estado de São Paulo, é regularizar terras com mais de 450 hectares localizadas principalmente no Pontal do Paranapanema, região localizada no extremo oeste paulista e com muitas disputas de terras. Com efeito, a lei permite que proprietários de terras devolutas a adquiram por um valor que varia de 10% a 40% do valor de mercado, a depender da fase processual da propriedade e do tempo de ocupação.

“Existe uma disputa muito grande por essas terras entre o Estado e os proprietários, e muitas vezes o Estado está perdendo essas ações discriminatórias, tendo de pagar sucumbências e custos altíssimos com honorários”, diz Guilherme Piai, diretor executivo do Itesp, órgão que é responsável pelo planejamento e execução das políticas agrária e fundiária do estado de São Paulo.

“O estado não tem competência para fazer essa reforma agrária, porque tem que indenizar os proprietários em benfeitorias que chegam a quase 60% do valor da terra. O PT fala que essas terras teriam de ser destinadas à reforma agrária, mas vários outros estados fizeram leis de regularização fundiária com seu próprio patrimônio e só em São Paulo o partido está levantando essa questão”, complementa Piai.

Entidades que representam o agronegócio em São Paulo, como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), defendem a legislação paulista e entraram no processo do STF como amicus curiae (amigos da corte). “Nós analisamos e demos apoio à regularização da área, demonstrando a legalidade e a importância da lei para resolver definitivamente o problema do Pontal do Paranapanema e atrair investimentos para aquela região”, diz Tirso Meirelles, vice-presidente da Faesp.

“A importância dessa lei, mais que nunca, é resolvermos o passivo fundiário de mais de 50 anos e levar desenvolvimento para essa região que tem um futuro muito promissor. Prova disso é que, após a promulgação dessa lei, muitas empresas se movimentaram efetivamente interessadas em ir para a região”, acrescenta Tirso. Procurado, o PT não atendeu ao pedido de entrevista da Gazeta do Povo até a publicação desta reportagem.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/sao-paulo/pt-entra-justica-acao-favorece-mst-contra-fazendeiros-sao-paulo/
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GOVERNO PREVÊ DERROTA NA MUDANÇA DO MARCO DO SANEAMENTO

 

Batalha final no Senado
Com perspectiva de nova derrota, governo tenta retardar projeto que restaura Marco do Saneamento
Por
Sílvio Ribas – Gazeta do Povo
Brasília


Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), defende edição de medida provisória caso decretos de Lula para alterar marco do saneamento sejam derrubados| Foto: Pedro França/Agência Senado

Embora haja possibilidade de o governo sofrer mais uma derrota, seus líderes estão determinados a utilizar todas as opções disponíveis para tentar manter no Senado os dois decretos editados em abril pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para esvaziar o Marco do Saneamento. Com o objetivo de ao menos retardar a aprovação pelos senadores do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 98/2023 – já aprovado na Câmara e que suspende os efeitos dessas medidas -, os governistas apostam em audiências públicas com ministros, protestos ao plenário e até edição de uma medida provisória.

A insistência do governo Lula desafia até mesmo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), seu aliado constante, que já prevê a votação em plenário do PDL (recurso do Congresso capaz de sustar imediatamente atos do Executivo) e até mesmo a aprovação até o fim do mês. “Decretos não podem se sobrepor a uma lei”, defendeu Pacheco, na segunda-feira (8), durante evento com empresários na capital paulista. As mexidas de Lula no Marco do Saneamento favorecem companhias estaduais e municipais do setor.

O texto do decreto legislativo, de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), foi rapidamente aprovado pela Câmara na última quarta-feira (3) e começará a ser avaliado pelos senadores inicialmente na Comissão de Infraestrutura (CI), presidida por Confúcio Moura (MDB-RO). Após ser aprovado pelo colegiado, seguirá para o plenário do Senado e, se aprovado, entrará em vigor a seguir.

Confúcio Moura não se posicionou sobre o PDL, mas deseja indicar o relator da matéria ainda nesta semana para acelerar o andamento da medida. Em contrapartida, a primeira estratégia dos senadores da base será buscar retardar ao máximo o projeto e uma das formas tradicionalmente mais usadas para ganhar tempo em comissões é solicitar a realização de audiências públicas.

VEJA TAMBÉM:

Editorial: Senado precisa terminar a recuperação do Marco do Saneamento

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Planalto convoca ministros para pressionar a favor dos decretos
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), declarou que o Planalto quer dialogar com a oposição por intermédio de seus parlamentares e ministros. Para isso, é esperada a vinda ao Senado nos próximos dias dos ministros das Cidades, Jader Barbalho Filho (MDB), e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT), para fazer pressão contra o PDL. Ainda sem data definida, eles serão ouvidos em audiência pública da Comissão de Meio Ambiente (CMA), presidida por Leila Barros (PDT-DF), para discutir o Marco Legal do Saneamento.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), acena com uma saída legislativa para contornar a provável confirmação do revés dos decretos de Lula na Câmara. Ele afirmou que o presidente da República poderá editar medida provisória para resgatar os trechos que enfrentam resistência, caso considere importante a sua manutenção. “O fato de o decreto legislativo ter sido aprovado pelos deputados não significa mudança real, pois a maior reclamação está no formato de decreto”, observa.

A oposição, por sua vez, já espera repetir no Senado o mesmo resultado expressivo da votação na Câmara, onde o PDL foi aprovado com larga margem, com quase todos os líderes orientando por sua aprovação. Apenas os líderes do governo e das duas federações partidárias de esquerda, encabeçadas por PT e Psol, orientaram contra. Diante disso, os deputados governistas acabaram isolados. O resultado foi 295 votos favoráveis ao projeto contra os decretos de Lula e 136 contrários.

“A anulação das medidas editadas pelo presidente será uma derrota para o governo que deseja legislar por decretos, desrespeitando o Parlamento. O projeto será votado rapidamente e, assim, derrubaremos as medidas que prejudicam o saneamento básico no país”, disse o senador Jorge Seif (PL-SC). O senador observa que investimentos privados ficam ameaçados pelos decretos de Lula. Eles chegam aos R$ 45 bilhões, montante bem superior aos R$ 10 bilhões indicados pelo governo no Orçamento da União.

Governo diz contrariar decisão do Congresso para defender pequenos municípios
Analistas e políticos acreditam que os senadores irão seguir a decisão da Câmara integralmente e devem sustar dispositivos dos decretos de Lula que regulamentam o marco do saneamento, os quais revogam outras regulamentações editadas em 2020 e 2021.

Os defensores do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) argumentam que ele protege contratos ameaçados de extinção e restabelece a autonomia do Congresso.

Por outro lado, os apoiadores dos atos de Lula afirmam que eles beneficiam cidades pequenas que não são de interesse das concessionárias privadas. Os atos assinados pelo presidente ampliam o poder de estatais no plano nacional para garantir a universalização do saneamento básico até a próxima década.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/governo-tenta-retardar-projeto-senado-restaura-marco-do-saneamento/
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LULA ODEIA TUDO EM QUE NÃO PODE MANDAR DE FORMA ABSOLUTA

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Segundo Lula, o “BC tem autonomia, mas não é intocável”, e o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, não teria “compromisso com o Brasil”.| Foto: Reprodução

Os insistentes ataques de Lula à atual taxa básica de juros, a Selic, revelam muito mais uma obsessão contra a autonomia do Banco Central (BC), regulada por lei aprovada pelo Congresso Nacional, que qualquer tipo de contestação de natureza técnica ou de política econômica estudada e pensada para melhorar o Brasil. No fundo, a julgar pelas críticas ásperas dirigidas ao presidente do BC, Lula odeia tudo em que não pode mandar de forma absoluta. O presidente atribuiu a si próprio o direito de ter opinião sobre tudo, inclusive sobre assuntos complexos, sem que para isso tenha estudado, examinado e submetido suas ideias ao contraditório, o que é no mínimo um comportamento intelectualmente reprovável.

Em primeiro lugar, a autonomia do BC está consignada em lei aprovada pela instituição que é a legítima representante da população: o Congresso Nacional. Em segundo lugar, os insultos de Lula a Roberto Campos Neto, presidente do BC, são feitos como se Campos Neto fosse o único dirigente do BC e decidisse tudo sozinho, quando o órgão encarregado de analisar, debater e votar a taxa Selic é o Comitê de Política Monetária (Copom), composto por nove membros, todos com sólida formação teórica, prática de mercado e conhecimento sobre o que é a moeda, quais suas funções na economia e como ela é emitida e controlada, com vistas a cumprir seu papel de fazer a economia funcionar bem, combater a inflação e promover o crescimento econômico.

Mais uma vez, após a decisão do Copom de manter a taxa de juros em 13,75% ao ano, na reunião realizada neste início de maio, Lula repetiu a velha cantilena de críticas ríspidas ao presidente do BC. Um aspecto curioso digno de menção é o fato de, em seus dois primeiros mandatos como presidente, de 2003 a 2010, Lula ter visto seu vice-presidente, o empresário José Alencar, passar grande parte de seu tempo fazendo declarações enfáticas contra a taxa de juros elevada. Naquela época, não havia autonomia do BC, e Lula poderia ter forçado uma redução nos juros (como, depois, faria Dilma Rousseff, com Alexandre Tombini à frente do BC), como ele quer agora, mas não o fez.

O Brasil já tem falhas estruturais demais, a começar pelas leis confusas, instáveis e de baixa qualidade, para aguentar piora na economia causada por declarações do governo sobre suas intenções de fazer o que já deu errado no mundo inteiro

A taxa Selic é a taxa de juros incidentes sobre os títulos da dívida pública emitidos e vendidos a partir da aprovação da taxa. Dívidas antigas, com taxas pré-fixadas, custam ao Tesouro Nacional aquela taxa Selic vigente na data em que o título foi vendido pelo governo. É frequente ver comentaristas afirmando equivocadamente que, a cada vez que o BC aumenta a taxa de juros, por exemplo em um ponto porcentual, a despesa do governo com pagamento de juros sobe na mesma proporção. Por óbvio, não é assim. Somente seria assim todos os títulos públicos – antigos, atuais e futuros – passassem a pagar a nova Selic aprovada para vigorar de agora em diante, e isso não ocorre.

Embora seja assunto um tanto batido nas matérias especializadas, convém repetir que a taxa Selic é um indicador de aspectos importantes na economia – como inflação, déficit do governo, excesso de demanda etc. – e é a partir da Selic que as demais taxas de juros são determinadas. De um lado, existem as taxas de juros recebidas dos bancos pelos poupadores em suas aplicações financeiras; de outro lado, existem as taxas de juros pagas por pessoas, empresas e governo nos empréstimos tomados dos bancos. Nesse jogo, o dinheiro emprestado pelos bancos é o dinheiro que eles captam em forma de depósitos e aplicações de pessoas e empresas.

VEJA TAMBÉM:
Copom mantém os juros, mas suaviza o tom (editorial de 3 de maio de 2023)
O técnico e os políticos (editorial de 28 de abril de 2023)
A inflação e a retórica imediatista contra os juros (editorial de 13 de abril de 2023)
O petismo e o controle estatal da economia (editorial de 6 de fevereiro de 2023)

Outra confusão comum é acreditar que todos os juros pagos pelo governo sobre sua dívida são apropriados pelos bancos. Os bancos são instituições que fazem intermediação de capitais e trabalham com dinheiro de seus depositantes, e é sobretudo por isso que os bancos são altamente regulados e fiscalizados pelo BC. A autonomia do BC foi aprovada por lei para que o órgão pudesse, em respeito à lei e a seu regulamento, tomar as decisões em seus colegiados – e não apenas por vontade unilateral do presidente do órgão – após analisar o comportamento da economia, especialmente as finanças do setor estatal nos três níveis – União, estados e municípios –, e os indicadores de crescimento, desemprego e inflação, seguindo o que é feito nos países adiantados.

Nesse confuso cenário, as repetidas declarações públicas de Lula contra regras fiscais – a exemplo do teto de gastos, aprovado no governo Michel Temer e recentemente revogado pelo Congresso Nacional sob o patrocínio do governo atual – e sua defesa dos déficits públicos para enfrentar os problemas sociais são elementos a fazer a sociedade acreditar que o governo não vai controlar gastos e, por consequência, vai aumentar a dívida pública.

Se há fato capaz de ampliar a incerteza e induzir empresários e investidores a botarem o pé no freio em suas decisões de investimentos é a falta de clareza sobre o pensamento do governo, suas políticas e seus programas. Os agentes econômicos são muito sensíveis, em especial porque a atividade empreendedora é difícil e cheia de armadilhas, fazendo o fracasso ser um fantasma a rondar o tempo todo a vida de quem investe e produz. Tanto é assim que a corrente de pensamento econômico chamada “escola das expectativas racionais” mostra a elevada sensibilidade do mercado a qualquer medida, declaração ou ato gerador de incertezas e riscos. O Brasil já tem falhas estruturais demais, a começar pelas leis confusas, instáveis e de baixa qualidade, para aguentar piora na economia causada por declarações do governo sobre suas intenções de fazer o que já deu errado no mundo inteiro.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/lula-obsessao-juros-selic-autonomia-banco-central/
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GOVERNO PODE MATAR A INTERNET SE O PROJETO DAS FAKE NEWS FOR APROVADO

Telegram

Por
Francisco Razzo – Gazeta do Povo


Na tarde desta terça-feira (9), o Telegram divulgou comunicado com diversas críticas ao PL 2630, que vem sendo chamado “PL das Fake News”| Foto: Pixabay

Na semana passada, comentei importante posição do Google para o debate democrático acerca do Projeto de Lei 2.630/2020. Em democracias, não há lei sem amplo debate. Aliás, democracia é, por excelência, o poder da ampla discussão. Não há democracia sem debate, não há debate sem democracia.

Entretanto, o atual governo, além de mobilizar a sua rede de apoiadores, fez ameaças públicas à gigante da tecnologia, que retirou o link de sua tradicional página de pesquisa. De qualquer maneira, os artigos escritos pelo diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil continuam disponíveis.

Hoje, gostaria de elogiar a louvável iniciativa do Telegram em disparar uma mensagem para todos os seus usuários a respeito do PL em questão:

A democracia está sob ataque no Brasil. A Câmara dos Deputados deverá votar em breve o PL 2.630/2020, que foi alterado recentemente para incluir mais de 20 artigos completamente novos que nunca foram amplamente debatidos. Veja como esse projeto de lei matará a internet moderna se for aprovado com a redação atual. Caso seja aprovado, empresas como o Telegram podem ter que deixar de prestar serviços no Brasil.

Em democracias, não há lei sem amplo debate. Aliás, democracia é, por excelência, o poder da ampla discussão. Não há democracia sem debate, não há debate sem democracia

Em tópicos, o texto divulgado explica o que pode acontecer com a aprovação do PL: A transferência de poderes judiciais para as plataformas digitais, tornando-as responsáveis por decidir qual conteúdo é ilegal em vez dos tribunais, o que implicaria em remoção de opiniões relacionadas a tópicos controversos que não estejam alinhados com a ideologia do atual governo petista. Além do mais, o projeto cria um sistema de vigilância permanente semelhante ao de regimes antidemocráticos, já que a lei exigiria das plataformas monitoramento constante e informações relatadas às autoridades policiais em caso de suspeita de que um crime tenha ocorrido ou possa ocorrer no futuro. O texto do Telegram ainda argumenta que esse projeto de lei é desnecessário, visto que o Brasil tem leis para lidar com atividades criminosas, incluindo ataques à democracia, e que essas medidas burlariam a estrutura institucional existente. Noutras palavras, a lei mataria o que conhecemos como internet.

No fim da mensagem, o Telegram exorta os usuários a procurarem seus deputados para alertá-los de todos esses riscos. Nada mais democrático!

Pessoalmente, tendo a concordar com a mensagem. No entanto, o que mais me chamou a atenção foram as reações em tom de ameaça dos políticos governistas ao Telegram. Se está assim sem o projeto, imagine quando for aprovado.

VEJA TAMBÉM:
Como piorar ainda mais a internet
A tirania do amor e da verdade
Um fascista para os inimigos


O ministro da Justiça, Flávio Dino, escreveu em sua conta do Twitter: “‘A democracia está sob ataque no Brasil’. Assim começa um amontoado absurdo postado pela empresa Telegram contra as instituições brasileiras. O que pretendem? Provocar um outro 8 de janeiro? Providências legais estão sendo tomadas contra esse império de mentiras e agressões”. Notem que não se trata de uma mera insinuação; Dino é explícito: o Telegram pretende provocar “outro 8 de janeiro”.

Paulo Pimenta, que é o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, não deixou por menos: “Inacreditável! Telegram desrespeita as leis brasileiras e utiliza sua plataforma para fazer publicidade mentirosa contra o PL 2630. As medidas legais serão tomadas. Empresa estrangeira nenhuma é maior que a soberania do nosso país”. Eu gostaria de saber quais leis proíbem uma empresa que atua no país de manifestar opiniões no país. A opinião pode estar equivocada e precisamos, justamente, de debate democrático para as devidas correções, não de um político ameaçando punir a empresa por – segundo o que ele supõe ser – “publicidade mentirosa”.

Todas essas postagens de petistas e aliados em tom de ameaça dão razão à mensagem do Telegram

Já o senador amapaense Randolfe Rodrigues, líder do governo Lula no Congresso Nacional, foi mais criativo e publicou uma charge de Amarildo em que compara duas imagens: a primeira, de aviões usados pelos nazistas em 1945; a segunda, o ícone de avião do Telegram. Ainda escreveu: “A charge de Amarildo se mostra mais do que acertada. Essa é a batalha dos nossos tempos. Lembrando que ontem foi o Dia da Vitória”. – Aqui temos aquela velha armadilha retórica: todos os meus inimigos são nazistas. Ou, simplesmente, a famosa falácia informal batizada de ad Hitlerum.

O deputado federal Orlando Silva vociferou: “Acabo de denunciar o abuso de poder econômico do Telegram, que usa sua estrutura para espalhar mentiras sobre o PL 2630. Querem colocar o Congresso de joelhos, mas NÃO CONSEGUIRÃO! Acionaremos a Justiça contra esse absurdo. O TELEGRAM MENTE E ACOBERTA CRIMES! PL 2630 SIM!” – É muita imaginação que eu prefiro deixar para vocês, caros leitores, comentarem.

Para ser sincero, todas essas postagens em tom de ameaça dão razão à mensagem do Telegram. No entanto, precisamos considerar que são ameaças com excesso de amor pela democracia.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/francisco-razzo/telegram-pl-fake-news-liberdade-de-expressao/
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VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

  Big Techs ...