quarta-feira, 10 de maio de 2023

MORRE RITA LEE A RAINHA DO ROCK BRASILEIRO

Morre Rita Lee: relembre a trajetória da rainha do rock brasileiro

Rita Lee cantando no microfone
Legenda da foto,Rita Lee em foto de 2008, em show realizado em Lisboa

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  • Author,Amauri Arrais
  • Role,De São Paulo para a BBC News Brasil

Morreu nesta segunda-feira (8/5), aos 75 anos, Rita Lee, considerada a rainha do rock brasileiro por seu papel fundamental no gênero e uma das artistas mais versáteis da música brasileira.

A família divulgou a seguinte nota: “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem (segunda), cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”.

O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira (10/5), das 10h às 17h.

Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão em maio de 2021.

Em abril do ano passado, um dos filhos da cantora, o guitarrista e produtor Beto Lee, anunciou que Rita estava curada do câncer de pulmão.

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“A cura da minha mãe me emocionou pra c******. Melhor notícia de todos os tempos. Manteve a cabeça erguida, com vontade de lutar e encarou tudo com seu bom humor habitual, tanto que apelidou o tumor de “Jair”. That’s Rita”, disse ele em uma rede social.

Rita sentada em casa, segurando caneca e olhando para o lado
Legenda da foto,Uma imagem recente da artista, postada em sua conta do Instagram em 15 de fevereiro

Cantora, compositora, multi-instrumentista, além de escritora e apresentadora, Rita construiu uma carreira de sucesso que começou com o rock, mas que flertou com diversos gêneros: da psicodelia d’Os Mutantes ao pop, passando por disco, MPB, bossa nova e eletrônica ao longo de mais de cinco décadas.

Também se tornou uma das mulheres mais influentes do país, reconhecida por gerações de artistas por seu pioneirismo empunhando uma guitarra nos palcos, a irreverência que a levou à televisão, as opiniões fortes, a defesa da liberdade e dos animais.

Paulistana da gema

Rita Lee Jones de Carvalho nasceu no último dia do ano de 1947 em São Paulo (SP). Mais nova das três filhas do dentista Charles Fenley Jones, paulista descendente de imigrantes norte-americanos confederados estabelecidos em Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo , e de Romilda Padula, também paulista e filha de imigrantes italianos.

O “Lee” incluído no nome das filhas foi uma homenagem do pai ao general Robert E. Lee, do exército confederado americano.

Ela cresceu no bairro da Vila Mariana, onde teve aulas de piano e cedo foi influenciada pelo rock de Elvis Presley, Beatles e Rolling Stones, mas também pela música brasileira que os pais escutavam em casa, com clássicos da MPB como Cauby Peixoto, Angela Maria, Maysa e João Gilberto.

Começou a compor as primeiras canções na adolescência e a integrar bandas com amigos.

Em 1963, formou com mais duas garotas as Teenage Singers, que faziam pequenos shows em festas colegiais. Com Os Seis, outra banda que integrou, gravou o primeiro compacto, com duas músicas. A saída de três componentes do sexteto acabou deixando o trio formado por Rita, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, que rebatizam a banda como Os Bruxos. Por sugestão de Ronnie Von, o grupo passaria a se chamar Os Mutantes.

Em foto preto e branco, Rita aparece tocando piano, observada pelos pais
Legenda da foto,Os pais de Rita Lee, Charles Fenley Jones e Romilda Padula, eram filhos de imigrantes

Em 1968, chegou a entrar no curso de Comunicação da USP, a Universidade de São Paulo, mas desistiu no ano seguinte. “Passei um ano bundando na USP (na mesma classe da Regina Duarte, a futura namoradinha do Brasil), na base do ‘assina a presença pra mim’”, contou em Rita Lee: Uma Autobiografia, lançado em 2016. Depois disso, resolveu abandonar o curso e se dedicar à música.

Mutantes

Com os irmãos Arnaldo e Sérgio Dias Baptista, Rita gravou alguns dos álbuns fundamentais do rock brasileiro, compondo e estrelando performances memoráveis, como em 1967, quando o grupo acompanhou Gilberto Gil no III Festival de Música Popular Brasileira, na Record, com a apresentação de Domingo no Parque.

Entre 1966 e 1972, período em que fez parte do trio, Os Mutantes gravaram apenas seis álbuns, que marcaram para sempre a história da música brasileira. O disco homônimo de 1968 já trazia hits como A Minha Menina, Balada do Louco e Ando Meio Desligado. No mesmo ano, a banda participou da gravação do clássico Tropicália ou Panis et Circenses, marco do movimento tropicalista, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Nara Leão e Tom Zé.

Capa de disco com os três integrantes de Os Mutantes
Legenda da foto,Um dos seis álbuns gravados por Os Mutantes

Rita foi casada com o colega Arnaldo entre 1968 e 1972, parceria que também deu origem a dois discos solo acompanhada dos companheiros da banda: “Build Up” (1970) e “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida” (1972). O fim do casamento dos dois e divergências sobre os rumos da banda provocaram a saída da cantora.

Rita logo formaria outra banda, a Tutti Frutti, com a qual gravou diversos discos de sucesso. Fruto Proibido, de 1975, consagrou a cantora com o título de rainha do rock brasileiro, com faixas como Agora Só Falta Você, Esse Tal de Roque Enrow e Ovelha Negra.

Prisão e parceria com Roberto

Mas foi com a entrada do músico Roberto de Carvalho na banda que Rita iniciou a parceria musical e amorosa que duraria a vida inteira.

Em 1976, já morando com Roberto e grávida do primeiro filho, foi detida pela ditadura militar por porte e uso de maconha, num ato do regime para “servir de exemplo à juventude” da época. Rita foi condenada a um ano de prisão domiciliar, e precisava de autorização de um juiz para sair e fazer shows.

Rita e Roberto tiveram três filhos: Beto Lee, em 1977, João, em 1979 e Antônio, em 1981.

O fim da prisão domiciliar e da Tutti Frutti, pouco depois, fizeram o casal dar início à parceria que consagrou a cantora como artista popular, emendando um sucesso após o outro, ao borrar de vez as fronteiras entre o rock e o pop.

Rita, os filhos e o marido posando para foto em evento
Legenda da foto,A cantora com o marido, Roberto, e os três filhos, Beto, João e Antônio, em foto postada em 2008 na página do Facebook dela

São dessa época sucessos como Mania de Você, Chega Mais e Doce Vampiro. A dupla emplacou turnês de sucesso, temas de novelas e grandes shows, com o primeiro Rock in Rio, em 1985, e a abertura do primeiro show dos Rolling Stones no Brasil, dez anos depois.

Ao mesmo tempo, Rita nunca deixou de flertar com outros gêneros. No início dos anos 1990, a roqueira que se definia como não radical, lançou a turnê Bossa’n’roll, em que se apresentava com voz e violão.

Reabilitação

Com a carreira em ascensão, começaram a surgir episódios de internação por abuso de calmantes e álcool. Em 1986, a cantora sofreu uma queda da varanda do segundo andar de seu sítio, que a fez fraturar o maxilar e passar por uma cirurgia de reconstrução. Rita contou só ter conseguido se livrar das drogas e do álcool em 2006, após procurar ajuda numa clínica de reabilitação.

“Estou limpa há 11 anos, desde que minha neta nasceu. Canalizei minha energia e estou achando muito louco esse negócio de ser careta”, contou numa entrevista ao programa Conversa com Bial durante o lançamento da sua biografia, em 2017.

Foto aproximada do rosto de Rita, que sorri contidamente, em área verde

Atriz, apresentadora e escritora

O humor ácido e o visual futurista fizeram Rita cair nas graças da televisão. A cantora participou de novelas da Globo como Top Model, Vamp, Celebridade e Ti Ti Ti quase sempre interpretando a si mesma. Também comandou programas como o TVLeeZão, na MTV e, ao lado de Roberto, o talk show Madame Lee, no canal pago GNT.

Entre 2002 e 2004, integrou o time de apresentadoras do Saia Justa, programa de debates do GNT, ao lado de Mônica Waldvogel, Marisa Orth e Fernanda Young.

Rita também é autora de sete histórias infantis, três delas protagonizadas pelo rato cientista Dr. Alex, que publica desde os anos 1980.

O lançamento de Rita Lee: Uma Autobiografia em 2016 revelou aos fãs passagens pouco conhecidas da trajetória da cantora e entrou na lista de mais vendidos do país. Em 2018, lançou o livro FavoRita, em que reúne registros fotográficos raros, além de lembranças e reflexões ao completar 70 anos.

Despedida dos palcos

Rita gesticulando enquanto canta no palco
Legenda da foto,Rita Lee poucos anos de se aposentar dos palcos, o que ocorreu em 2012

A cantora anunciou sua aposentadoria dos palcos em 2012, devido à sua fragilidade física: “Me aposento dos shows, mas da música nunca”, explicou no Twitter.

Sua última apresentação, no Festival de Verão de Sergipe, terminou em polêmica, após Rita se revoltar com uma ação policial que considerou agressiva com o público. Acusada de desacato à autoridade, foi encaminhada a uma delegacia após o show para prestar depoimento, e liberada em seguida.

Rita passou os últimos anos reclusa em um sítio na Grande São Paulo com o marido, Roberto. Em meio à pandemia de covid-19, em 2020, contou sobre a vida isolada em um texto para a revista Veja.

“Não vou morrer desse vírus vodu e peço ao Universo que minha morte seja rápida e indolor, de preferência dormindo e sonhando que estou com minha família numa praia do Caribe”, escreveu.

 

USO DA IA NAS ORGANIZAÇÕES CONTRIBUI NO AUMENTO DA EFICIÊNCIA E PERFORMANCE

 

Breno Lessa – CEO da Appia

Essa tecnologia traz uma série de benefícios para as organizações

O que é a inteligência artificial?

A inteligência artificial (IA) é um campo da ciência da computação que se concentra no desenvolvimento de algoritmos e sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana, como reconhecimento de fala, visão computacional, tomada de decisões e aprendizado. A IA envolve o uso de algoritmos de machine learning (aprendizado de máquina), redes neurais, processamento de linguagem natural e outras técnicas para permitir que as máquinas possam aprender, raciocinar e tomar decisões com base em dados. A IA é uma das tecnologias mais empolgantes e de rápido desenvolvimento do mundo atual e tem o potencial de transformar a maneira como vivemos e trabalhamos.

A tecnologia está evoluindo e promovendo novos avanços tecnológicos. Por essa razão, a inteligência artificial tem se potencializado de forma progressiva. Em suma, é uma tecnologia que permite que as máquinas e sistemas digitais aprendam através da experiência, percebam mudanças, se ajustem a elas, e que possam realizar as tarefas de forma semelhante aos humanos, mas com maior potencial de repetição, eficiência e agilidade.  No ambiente corporativo a AI também já é bem presente. As empresas que investem ganham muito em melhorias de processos e produtividade.

O uso de sistemas de IA nas organizações contribui no aumento da eficiência e performance. Tarefas burocráticas e repetitivas podem ser automatizadas, deixando colaboradores livres para se concentrar em atividades mais criativas e focadas no core business (negócio principal). “A tendência é que estruturas corporativas sejam formadas por cadeias de processos fluidos e enxutos, com menos erros e inconsistências, e mais visibilidade e transparência. Como resultado, é possível direcionar energia e esforços da equipe e da empresa para assuntos estratégicos, planejamento e crescimento”, explica Breno Lessa, CEO da Appia.

Embora elimine a necessidade de funcionários para muitas tarefas rotineiras e administrativas, Breno destaca que a tecnologia criará novos empregos. “Na mesma proporção em que a demanda por desenvolvedores de software, cientistas de dados e outros especialistas digitais aumentará em todos os setores, ou seja, é necessário redistribuir, aumentar as habilidades ou requalificar as pessoas”, ressalta.

Benefícios da Inteligência Artificial nas empresas:

Aumento da automação empresarial;

Redução dos custos operacionais;

Atendimento mais eficiente;

Mais comodidade para os colaboradores;

Redução de falhas;

Respostas mais rápidas;

Conteúdo mais personalizado;

Melhora na experiência do cliente;

Otimização da comunicação.

Quais os outros benefícios da IA nas empresas?

ChatGPT (IA)

A inteligência artificial (IA) pode trazer uma ampla variedade de benefícios para as empresas, incluindo:

  1. Automação de tarefas repetitivas: a IA pode ser usada para automatizar tarefas repetitivas e tediosas, liberando os funcionários para se concentrarem em tarefas mais complexas e estratégicas.
  2. Análise de dados: a IA pode analisar grandes conjuntos de dados de forma rápida e eficiente, fornecendo insights valiosos para ajudar as empresas a tomar decisões melhores e mais informadas.
  3. Personalização: a IA pode ser usada para personalizar a experiência do cliente, oferecendo recomendações e sugestões com base nos dados do cliente.
  4. Previsão de tendências: a IA pode ser usada para analisar padrões e tendências no comportamento do cliente e do mercado, ajudando as empresas a se adaptarem às mudanças no ambiente de negócios.
  5. Redução de custos: a IA pode ser usada para reduzir os custos operacionais, como o tempo de inatividade da máquina, a manutenção preventiva e o gerenciamento de estoque.
  6. Melhoria da eficiência: a IA pode ser usada para otimizar os processos de negócios, aumentando a eficiência e a produtividade da empresa.
  7. Aumento da segurança: a IA pode ser usada para detectar ameaças e prevenir fraudes, ajudando a manter a segurança da empresa e de seus clientes.

Esses são apenas alguns exemplos de como a IA pode beneficiar as empresas. À medida que a tecnologia evolui, espera-se que surjam novos usos e benefícios da IA.

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 220.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por mais de 5.300.000 de pessoas, valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas três anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.

Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

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terça-feira, 9 de maio de 2023

MARCO DO SANEAMENTO DEPENDE DO SENADO

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Plenário da Câmara derrubou trechos de decretos que alteravam o Novo Marco do Saneamento, em derrota para o governo.| Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Na primeira chance de votar o PL das Fake News no plenário da Câmara, na semana passada, o governo Lula pressentiu o resultado adverso e tirou o time de campo, abrindo mão daquela urgência pela qual tanto havia brigado e esperando poder jogar a partida quando finalmente for o dono da bola. Mas, em uma outra disputa, ocorrida no dia seguinte, a derrota foi doída – e, como em muitos outros casos, quando Lula e o PT perdem, o Brasil ganha. Por 295 votos a 136, com uma abstenção, a Câmara aprovou um projeto de decreto legislativo (PDL) que suspende partes de decretos de Lula que desfiguravam o Novo Marco do Saneamento Básico. Agora, no “jogo de volta”, cabe aos senadores garantir o resultado.

O texto aprovado pelo Congresso Nacional em 2020, com ferrenha oposição do PT e de outras legendas de esquerda, facilitava a participação da iniciativa privada na oferta de serviços de saneamento básico, impunha novas regras para os contratos entre o poder público e as empresas – estatais ou particulares – e permitia finalmente sonhar com a universalização, meta estipulada para 2033, quando 99% dos brasileiros deveriam ter água tratada em casa e 90% deveriam ter o esgoto coletado. Seria um avanço notável em comparação com a situação atual: hoje, um em cada seis brasileiros ainda não tem água encanada, e quase metade não tem rede de esgoto, uma vergonha nacional que leva pessoas a adoecer e morrer de doenças facilmente evitáveis, além de cobrar um alto custo ambiental.

Os decretos de Lula não eram uma regulamentação de pontos que o Poder Legislativo havia achado melhor deixar a cargo do Poder Executivo; eles agrediam frontalmente o espírito da lei aprovada em 2020

Lula e o PT têm todo o direito de achar que o modelo escolhido pelo Novo Marco do Saneamento é equivocado. Mas não têm o direito de pretender alterar, por uma canetada presidencial, o que o Congresso havia aprovado. Os decretos de Lula, entre outros retrocessos, permitiam que empresas ineficientes mantivessem seus contratos precários e dispensava licitações para os chamados “contratos de programa” assinados por estatais para atender regiões metropolitanas, aglomerações urbanas ou microrregiões. Isso não era uma regulamentação de pontos que o Poder Legislativo havia achado melhor deixar a cargo do Poder Executivo: os decretos agrediam frontalmente o espírito da lei aprovada em 2020.

O acinte foi tamanho que mesmo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que vem se empenhando em facilitar a vida de Lula na casa legislativa, demonstrou seu descontentamento. Chamou as mudanças de “retrocesso”, defendeu que uma eventual revisão da lei teria de ser feita pelo Congresso e afirmou que o PDL seria colocado em votação caso o presidente da República não se dispusesse a rever os trechos mais problemáticos. Como o governo federal, movido pela sua costumeira arrogância, não se moveu um milímetro, Lira cumpriu a promessa – por estar convicto dos méritos do Novo Marco ou para demonstrar poder diante de Lula, pouco importa – e o PDL, depois de ter sua urgência aprovada na noite do dia 3, foi votado e aprovado logo na sequência.

VEJA TAMBÉM:
Para Lula, estatais valem mais que pobres sem água e esgoto (editorial de 11 de abril de 2023)
A esquerda quer manter os pobres no esgoto a céu aberto (editorial de 26 de março de 2023)
Lacombe: É urgente, urgentíssimo


Em nome de todos os brasileiros que sofrem todos os dias pela falta de acesso a este direito básico, o de receber água potável em casa e ter seu esgoto devidamente coletado e tratado, é preciso que o Senado complete o trabalho da Câmara e derrube de vez a canetada lulista que desfigurou o Novo Marco do Saneamento. Lula já demonstrou, ao assinar os decretos e, ainda por cima, fazê-lo com enorme fanfarra, que para ele as estatais ineficientes são mais importantes que os pobres e miseráveis a quem essas mesmas estatais jamais foram capazes de fazer chegar um serviço tão essencial. Agora, é a vez de os senadores deixarem clara qual é a sua escala de prioridades.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/senado-marco-do-saneamento-decretos-lula/
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GOVERNO LULA VAI LANÇAR NOVO PAC

 

Infraestrutura
Por
Paula Beatriz, especial para a Gazeta do Povo
Brasília


A hidrelétrica de Belo Monte, no Pará: um dos maiores empreendimentos do PAC, usina ficou marcada por atrasos na construção e controvérsias por impacto no meio ambiente e em comunidades indígenas.| Foto: Divulgação/Norte Energia

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer lançar a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) até o fim de maio. A informação foi confirmada à Gazeta do Povo pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A ideia inicial era fazer o lançamento por ocasião dos 100 dias de governo ou então no fim de abril, mas o pacote não ficou pronto a tempo. Até poucos dias atrás havia ministério coletando empreendimentos para juntar ao plano.

O programa de investimentos em infraestrutura foi citado genericamente no programa de governo entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2022 e também constava das propostas elencadas na “Carta para o Brasil do Amanhã”, espécie de carta de intenções apresentada por Lula a apenas três dias do segundo turno de votação.

Trata-se de mais um antigo programa do PT relançado neste mandato, a exemplo de Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Em discurso no feriado de 1.º de Maio, o presidente disse que o plano vai ajudar a “trazer de volta a geração do emprego”. “Nós estamos convidando empresários estrangeiros para fazerem investimentos no Brasil e estamos mostrando para eles os grandes projetos que nós vamos apresentar no terceiro PAC. Vai ser o maior projeto de obras de infraestrutura deste país”, afirmou Lula.

A primeira edição foi lançada por ele em 2007 e a segunda em 2011, no governo de Dilma Rousseff (PT). Além de prever investimentos públicos em centenas de projetos, o PAC também continha medidas de desoneração fiscal e estímulo ao crédito para atrair capital privado. Responsável direta pela primeira edição do programa, quando chefiava a Casa Civil, Dilma era chamada por Lula de “mãe do PAC”, e cultivou uma fama de “gerentona” de projetos que depois seria usada para alçá-la candidata a presidente.

A ideia do governo é viabilizar parte das obras do novo PAC por meio de parcerias público-privadas (PPPs). No mês passado, o Ministério da Fazenda apresentou duas medidas para estimular esse tipo de arranjo. Uma delas é a concessão de garantias do Tesouro Nacional para viabilizar parcerias de estados e municípios.

Outra iniciativa é a permissão para emissão de debêntures (títulos de dívida) com isenção de Imposto de Renda para investimentos em PPPs nas áreas de educação, saúde, segurança pública e sistema prisional, parques urbanos e unidades de conservação, equipamentos culturais e esportivos, habitação social e requalificação urbana.

O governo deve criar um conselho gestor para o novo PAC, formado pela Casa Civil e os ministérios da Fazenda, Planejamento e Gestão. A função desse conselho será aprovar ou reprovar a carteira de obras do programas e definir os recursos que serão enviados para cada área do programa, que a princípio serão seis:

transportes;
energia;
infraestrutura urbana;
comunicações;
equipamentos sociais; e
água para todos.
Ministros de Lula ainda estão coletando projetos para compor a carteira do PAC. Na última semana de abril, por exemplo, a Petrobras informou que o Ministério de Minas e Energia solicitou informações sobre projetos da companhia para subsidiar a elaboração do programa.

A estatal disse ter repassado dados de sua carteira de projetos em fase de implantação e também outros que estão em etapa “exploratória” – como a busca por petróleo na Margem Equatorial, tida como um “novo pré-sal” e alvo de controvérsia com o Ministério do Meio Ambiente – ou então em fase de planejamento, como biorrefino. Embora possam compor o novo PAC, todos os projetos listados pela petroleira já estavam previstos em seu plano estratégico para o período 2023-2027, divulgado no fim de novembro, ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL).

O Planalto também consultou governadores sobre projetos prioritários e no mês passado lançou uma plataforma de monitoramento de obras paradas chamada “Mãos À Obra”, onde gestores estaduais e municipais podem atualizar a situação de empreendimentos realizados em parceria com o governo federal.

TCU constatou que 21% das obras do PAC foram paralisadas
Lula tem ressaltado em seu discurso a necessidade de retomar obras paradas que diz ter herdado de antecessores. O próprio PAC, porém, deixou para trás um longo rastro de projetos interrompidos.

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) realizada em 2019 constatou que 2.914 obras do PAC estavam paradas, o equivalente a 21% de todos os contratos fechados desde 2007. Segundo o levantamento, de R$ 663 bilhões inicialmente previstos para serem investidos no PAC, R$ 127 bilhões estavam atrelados a obras paralisadas.

Conforme uma publicação da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), 47% das obras interrompidas pararam por questões técnicas, ou seja, “falhas, erros e omissões dos projetos básicos”. Em outros 23%, a interrupção foi causada por abandono da empresa contratada.

A economista Carla Beni, professora de MBA da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que as primeiras edições do PAC ficaram marcadas por projetos mal formulados, falhas de gestão, custos elevados e prazos de entrega equivocados. “Tudo gerou um descasamento entre aquilo que foi prometido no início desses programas e a quantidade realizada até o encerramento desses programas”, aponta.

Segundo ela, o PAC 1 foi uma etapa de “início de grandes construções” e a segunda edição falhou ao apostar mais em novos projetos do que na conclusão de empreendimentos em andamento. “Aí entra uma crítica a respeito desse modelo, onde o excesso de gasto público pode ter aprofundado o nosso problema fiscal e produzido um processo inflacionário”, avalia.

Boa parte dos projetos foi entregue com grande atraso em relação ao prazo inicial. Foi o caso de três grandes hidrelétricas na Amazônia, as usinas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte. Esta última, além de começar a entregar energia muito depois do prometido, alcançando a plena operação apenas no fim de 2019, também foi envolvida em grande controvérsia por causa dos impactos sobre o meio ambiente e comunidades indígenas.

Além de contar com recursos de fundos de pensão de estatais, convocados pelo governo para ajudar a financiar projetos, o PAC também grande teve participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Cálculo relativo a 2011 mostra que, do total de R$ 327 bilhões em investimentos estimados em uma carteira de 503 projetos até então, o banco estatal tinha financiado cerca de R$ 179 bilhões, ou 55% do total.

Outra marca do PAC foi a tentativa frustrada de viabilizar obras de grande porte. Um exemplo foi o projeto do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro, que teoricamente ficaria pronto para os Jogos Olímpicos de 2016, mas acabou abandonado após revisões de custos e leilões vazios.

Também ficaram pelo caminho projetos da Petrobras como a refinaria Premium 1, no Maranhão, que custaria R$ 41 bilhões e tinha a ambição de ser a maior do mundo. Após gastos de R$ 2,1 bilhões, acabou cancelada pela estatal, que a considerou inviável.

VEJA TAMBÉM:
O trem-bala “voltou”: empresa quer construir ferrovia sonhada por Lula e Dilma
De Hugo Chávez à Lava Jato: o que aconteceu com as refinarias bilionárias da era PT


O estímulo às PPPs nesta nova edição do PAC pode ajudar a atrair um bom volume de dinheiro privado e poupar despesas federais, diz o advogado e operador de mercado Felipe Sant’Anna, que ministra cursos de finanças. Mas ele tem dúvidas sobre a viabilidade dessa iniciativa em um governo do PT.

“A grande dúvida está justamente no debate interno do governo e da coligação que elegeu Lula, pois o discurso sempre foi de fortalecer o setor estatal, colocando a máquina pública como motor principal do desenvolvimento, sem entregar essa missão ao capital privado”, diz.


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NOTÍCIAS DIVERSAS

 

Trabalho
Governo quer apresentar revisão da legislação trabalhista ainda no 1º semestre
PorGazeta do Povo

Brasília (DF), 27/04/2023 – O Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participa do lançamento da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Canpat 2023). Foto: José Cruz/Agência Brasil


Entre os pontos discutidos por grupo chefiado pelo ministro Luiz Marinho está a regulamentação das plataformas de intermediação de serviços.| Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta segunda (8), que o governo pretende apresentar novas propostas para revisão da atual legislação trabalhista até o final deste semestre, para que o Congresso Nacional encaminhe a votação após a volta do recesso parlamentar.

Segundo Marinho, as revisões estão sendo discutidas em grupos de trabalho com participação de governo, trabalhadores e empregadores, e deve contemplar, entre outros pontos, uma possível regulação das plataformas de intermediação de serviços, como Uber, iFood e 99. A mudança vem sendo citada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde a campanha eleitoral do ano passado.

“O que as famosas plataformas estão fazendo no Brasil e no mundo é ir transformando os trabalhadores quase que em escravos dos algoritmos. Precisamos reagir para criar condições de que trabalhadores de plataformas sejam respeitados”, disse o ministro durante um evento promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O ministro afirma que esse tema vem sendo discutido com representantes das empresas e trabalhadores, e a ideia é que uma proposta seja construída pelas partes. “Acho mais difícil cumprir esse prazo [de apresentação da proposta] no primeiro semestre. Mas seria desejável. Isso vai depender também da maturidade das partes. Espero é que os empregadores venham para a mesa no propósito de construção”, disse Marinho à Agência Brasil.


Julgamento
8 a 2: STF finaliza 3º bloco e torna réus mais 250 denunciados por 8 de janeiro
PorGazeta do Povo

Julgamento do quarto bloco de denunciados começa nesta terça-feira (9) no plenário virtual do STF. | Foto: Nelson Jr./STF.

Por 8 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (8) tornar réus mais 250 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposto envolvimento nos atos de 8 de janeiro. Todos os ministros já se manifestaram no plenário virtual da Corte durante o julgamento do terceiro bloco de acusados.

O julgamento será encerrado às 23h59 desta segunda, a maioria já tinha sido formada neste domingo (7). Até o momento, o STF tornou réus 550 denunciados. Estão sendo analisadas os inquéritos que julgam os autores intelectuais (4921) e os executores (4922) dos atos de vandalismo que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.


Depoimento
Defesa diz que Torres respondeu a todas as perguntas da PF
PorGazeta do Povo

O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres. | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.

A defesa de Anderson Torres afirmou que o ex-ministro da Justiça “respondeu a todos os questionamentos formulados” pela Polícia Federal nesta segunda-feira (8). Torres prestou depoimento, por cerca de duas horas e meia, sobre a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do segundo turno das eleições de 2022.

Em nota, os advogados afirmaram que Torres “abriu mão de seu direito constitucional ao silêncio”. Segundo a defesa, ele “mantém a postura de cooperar com as investigações, uma vez que é o principal interessado no rápido esclarecimento dos fatos e acredita que a verdade prevalecerá”.


Arcabouço
Lira diz que Câmara vai tornar nova regra fiscal mais rígida para o governo
PorGazeta do Povo

Segundo o presidente da Câmara, vão ser incluídas punições a agentes públicos que não cumprirem metas fiscais, entre outros. | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que os parlamentares vão alterar o texto do novo arcabouço fiscal recebido do governo para torná-lo mais rígido. A afirmação confirma as declarações dadas pelo relator da proposta, deputado Claudio Cajado (PP-BA), no final de semana.

“A proposta do governo veio com uma espinha dorsal equilibrada, mas cabe ao Congresso dar a palavra final. Não posso adiantar o texto do relator, mas acredito que na Câmara haverá mudanças para tornar a proposta mais rígida, e não tenho dúvidas de que o Senado dará a sua colaboração”, disse em entrevista à CNN Brasil no domingo (7).


Programa Social
Comissão do Congresso vota relatório da MP do Bolsa Família com 257 emendas
PorGazeta do Povo

Parlamentares adicionaram 257 emendas ao projeto do Bolsa Família propondo modificações ou adicionando grupos de beneficiários. | Foto: José Cruz/Agência Brasil

Os deputados e senadores da comissão mista do Congresso que analisa a medida provisória do Bolsa Família votam nesta terça (9) o relatório final do projeto que reinstituiu o programa social. O texto recebeu 257 emendas para modificar pontos ou acrescentar beneficiários.

O programa, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, atende a 21 milhões de pessoas, mas deixa de fora alguns grupos que parlamentares consideram como necessários. Entre eles as nutrizes, de acordo com a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), que só recebem o benefício enquanto estão na condição de gestantes.


Covid-19
Em pronunciamento, ministra critica gestão da pandemia e diz que país teve “muitos obstáculos”
PorGazeta do Povo

Nísia Trindade criticou gestão da pandemia da Covid-19 no Brasil, mas não mencionou compra de 500 milhões de doses de vacina em janeiro de 2021. | Foto: divulgação/Ministério da Saúde

A ministra Nísia Trindade, da Saúde, criticou o governo anterior na condução da pandemia da Covid-19 no Brasil, mas não mencionou a compra de mais de 500 milhões de doses de vacinas.

As afirmações foram dadas em um pronunciamento na noite deste domingo (7), em que disse que “muitos foram os obstáculos ao longo desta pandemia” e que “o pior impacto foi a perda de tantas vidas”.


Programa Social
Comissão do Congresso vota relatório da MP do Bolsa Família com 257 emendas
PorGazeta do Povo

Parlamentares adicionaram 257 emendas ao projeto do Bolsa Família propondo modificações ou adicionando grupos de beneficiários. | Foto: José Cruz/Agência Brasil


Os deputados e senadores da comissão mista do Congresso que analisa a medida provisória do Bolsa Família votam nesta terça (9) o relatório final do projeto que reinstituiu o programa social. O texto recebeu 257 emendas para modificar pontos ou acrescentar beneficiários.

O programa, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, atende a 21 milhões de pessoas, mas deixa de fora alguns grupos que parlamentares consideram como necessários. Entre eles as nutrizes, de acordo com a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), que só recebem o benefício enquanto estão na condição de gestantes.


Invasões
Salles ameniza discurso e diz que CPI do MST não será disputa entre governo e oposição
PorGazeta do Povo

As comissões de Meio Ambiente (CMA) e de Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) realizam audiência conjunta com o ministro do Meio Ambiente para prestar esclarecimentos sobre gestão do Fundo Amazônia.\r\rEm pronunciamento, ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.\r\rFoto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, Ricardo Salles afirma que CPI do MST “não será feita para contrapor o governo”. | Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), cotado para ser o relator da CPI que vai investigar as invasões de terra pelo MST durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diz que a comissão não será uma disputa entre a oposição e a base governista. O colegiado deve ser instalado na próxima semana, e Salles afirma já ter o apoio de líderes do partido e de legendas aliadas, além da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA).

Ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro (PL), Salles amenizou o discurso contra Lula e diz que “não é justo generalizar” que o PT como um todo tenha ligação com o MST – embora o grupo seja um apoiador histórico do presidente.


STF
Ministro Nunes Marques faz consulta por complicações de bariátrica

Por Eli Vieira

Ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal. | Foto: Reprodução/STF.


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques esteve em consulta em um hospital na Asa Sul, Brasília, para acompanhamento de complicações de uma cirurgia bariátrica revisional. O ministro foi avaliado no Hospital DF Star neste domingo, segundo a assessoria da instituição. Ele já está em casa.

Nunes Marques realizou a cirurgia bariátrica revisional em um hospital de São Paulo, em 16 de fevereiro. A cirurgia é uma revisão ou um ajuste do procedimento bariátrico anterior, que o ministro fez em 2012. Ele tem um dreno que deve ser removido em breve.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/breves/ministro-nunes-marques-faz-consulta-por-complicacoes-de-bariatrica/
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GOVERNO GASTADOR EXIGE MAIS IMPOSTOS

Impostos

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


Os ministros do Planejamento, Simone Tebet, e da Fazenda, Fernando Haddad: em quatro meses, governo Lula anunciou 12 medidas para arrecadar mais impostos.| Foto: Edu Andrade/Ascom/MF

O Ministério da Fazenda disse que vai nos cobrar mais R$ 263 bilhões em impostos. Ontem falei do custo dos hotéis do presidente do Brasil em Londres e em Lisboa, e disse que ele está nos cobrando mais imposto. O governo insiste em dizer que não está cobrando de nós, que cobra das empresas… claro que está cobrando do cidadão; já estamos pagando mais caro no combustível, porque o imposto está embutido. Tudo que a empresa paga vai para os seus custos, e os custos constroem o preço final; então, nós pagamos, sim. Se a empresa tem de pagar mais PIS/Cofins, nós é que vamos pagar o PIS/Cofins da empresa, e não é pouco.

E não são apenas R$ 263 bilhões. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda disse que ainda vão cobrar mais, vai ter mais pedidos. A última foi taxar rendimentos de aplicação fora do país. Então, não é só a aposta eletrônica, o combustível, o que é cobrado das empresas e vai acabar no preço de tudo, fora os impostos que pagamos diretamente. Tudo porque o governo só quer saber de gastar mais; imaginem se Lula economizasse o hotel de Londres e ficasse hospedado na embaixada brasileira. Não conheço a nossa embaixada na Inglaterra, mas sei que em geral elas são bastante confortáveis, temos até um palácio papal como embaixada na Itália.

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Arcabouço

Também prometem ir atrás daquelas renúncias fiscais para incentivar certas atividades que acabam gerando mais economia, provocando mais arrecadação, gerando mais empregos… a roda da economia é uma coisa incrível: quanto mais rápido roda, mais riqueza gera e mais riqueza distribui. Mas o governo não entende a Curva de Laffer: quanto mais imposto cobram, mais cresce a tentação de sonegar ou de não produzir. Até o momento em que vai cair a arrecadação, mesmo cobrando mais, porque vai cair a produção.

Câmara não vai deixar arcabouço passar como o governo quer
De qualquer forma, tudo isso tem de passar pelo Congresso. E o presidente da Câmara avisou que vai respeitar a vontade do povo, da maioria do povo que escolheu o Congresso. E a maioria é de centro-direita, quase 70% na Câmara e no Senado, ou seja, maioria para decidir qualquer coisa. Segundo Arthur Lira, vão tornar as regras mais rígidas. O governo achou que arrombaria o teto de gastos, substituindo a lei do tempo do Temer, mas encontrou um defensor do dinheiro do público, o presidente da Câmara, que está fazendo muito bem. Claro, ele tem só um voto, mas tem a agenda e conversa com as lideranças.

O relator Cláudio Cajado (PP-BA) já disse que, no relatório, sugerirá punição para o presidente da República que não respeitar o limite de gastos. Aliás, foi isso que tornou Dilma impedida, embora não tivesse sido punida. Ela só foi impedida, mas a punição prevista na Constituição não foi aplicada naquele julgamento presidido por Ricardo Lewandowski, então presidente do Supremo, quando se passou como um trator por cima do parágrafo único do artigo 52 da Constituição.


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STF CONCEDE A SI PRÓPRIO PODERES ABSOLUTOS

 

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo

Fachada Supremo Tribunal Federal


Fachada Supremo Tribunal Federal.| Foto: Divulgação/STF

O Supremo Tribuna Federal, e em consequência direta o Poder Judiciário brasileiro como um todo, vive o pior momento de sua história. Se esse momento de treva não é agora, quando poderia ter sido? Alguém é capaz de citar outro? Fala-se, talvez, da época passada sob o regime militar. Então, por força do AI-5, a Justiça brasileira não podia apreciar atos do Poder Executivo – o que é a negação das ideias de Justiça independente, igual para todos e fiel à lei, fundamentais para as democracias. Mas agora a situação é flagrantemente pior.

Naquela ocasião, o Judiciário não cumpria a lei porque era forçado a não cumprir pelo poder armado dos militares, o único existente. Hoje, num caso sem precedentes na história do país, é o próprio STF quem tomou a iniciativa de romper com as leis e a Constituição, ao criar em Brasília um comitê de salvação pública que deu poderes absolutos a si próprio, tanto jurídicos como políticos, e passou a governar ilegalmente o Brasil.

Não pode restar nenhuma dúvida sobre o escândalo a céu aberto que está sendo a conduta do STF.  

O STF viola de maneira frontal e pública as leis em vigor. Reprime o que considera “errado”, e não o que está nos textos legais, conduzindo pelo menos dois inquéritos perpétuos para punir, segundo diz, “notícias falsas”, “milícias digitais” e “atos antidemocráticos” – atividades que não existem como crime e dependem exclusivamente da interpretação pessoal dos ministros para serem reprimidas. Suprime direitos civis dos cidadãos, a começar pelo direito de defesa. Transformou-se numa delegacia nacional de polícia, que vai à casa dos brasileiros às 6 horas da manhã para “batidas”, apreende celulares, passaportes e objetos pessoais. Prende pessoas. Bloqueia contas bancárias. Quebra o sigilo de suas comunicações privadas. Proíbe que se manifestem nas redes sociais. Anula leis aprovadas legitimamente pelo Congresso Nacional. Trata-se, quando procede assim, de uma Justiça de ditadura; um instrumento do Estado para perseguir inimigos políticos, e não um sistema que aplica as leis do país para garantir os direitos e impor os deveres dos cidadãos.

Nada representa essa aberração tão bem, no momento, quanto os “processos de Brasília” – a conduta ilegal dos ministros do STF na investigação e no julgamento dos atos de vandalismo e outras violências cometidos no dia 8 de janeiro contra os edifícios dos Três Poderes. A violação das leis por parte da “Suprema Corte”, neste episódio, já vem sendo demonstrada há quatro meses – não, é claro, pela maior parte da mídia, que sonega informações e apoia a conduta dos ministros. Mas os protestos contra a ilegalidade acabam de ganhar uma nova dimensão.

O STF viola de maneira frontal e pública as leis em vigor. Reprime o que considera “errado”, e não o que está nos textos legais.

O advogado Antônio Mariz, e outros colegas, assinaram um artigo no jornal O Estado de S.Paulo no qual expõem com serenidade, e sem qualquer sombra de repreensão política ao STF, as profundas falhas jurídicas que estão ocorrendo nos processos do dia 8 de janeiro. Mariz aponta, entre as mais indiscutíveis violações à lei, a falta da descrição detalhada e individual das condutas dos acusados – um mandamento elementar do processo penal, exigido por qualquer regime democrático do mundo civilizado.

Critica os julgamentos por “lotes”, e não pessoa por pessoa, como manda a lei. Lamenta os julgamentos no mundo dos “bytes”, em “sessões virtuais” que nada têm a ver com a operação normal de um sistema de justiça. Mariz lamenta, especialmente, o brutal cerceamento ao direito de defesa dos réus que o STF impôs nos seus inquéritos. Cita, a respeito, um óbvio despropósito: os advogados só têm cinco minutos para fazer a defesa oral de seus clientes na manifestação do agravo. “Quem consegue promover a demonstração de tese, ainda que simples, em cinco minutos?”, pergunta ele. “Ninguém!”

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A censura está a ponto de ser institucionalizada – para a alegria de Lula, a esquerda e o STF
O problema, para o STF, a esquerda que clama por “cadeia” e uma imprensa que aplaude o pisoteio das leis para “salvar a democracia”, é a condição dos autores do artigo. Mariz é um dos mais destacados participantes do grupo de advogados Prerrogativas, que se colocou publicamente a favor de Lula na última campanha eleitoral; também é conselheiro do Instituto de Defesa do Direito de Defesa, e um crítico intransigente da Operação Lava Jato.

Vai ser impossível, para o STF e seu sistema de apoio, dizer que o advogado é um mero descontente “bolsonarista” ressentido, ou uma voz da “extrema direita”, ou culpado pelo pecado mortal do antipetismo. Nem ele e nem os seus colegas são nada disso. Se estão, até mesmo eles, reclamando da ilegalidade maciça dos “processos de Brasília”, não pode restar nenhuma dúvida sobre o escândalo a céu aberto que está sendo a conduta do STF.


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MINISTRO DO STF NOMEADO POR BOLSONARO É PRUDENTE OU COVARDE?

Terrivelmente evangélico

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo


“Esperança conservadora” nomeada por Bolsonaro, o ministro André Mendonça tem optado por ser um observador dos desmandos de seus colegas de STF.| Foto: Nelson Jr./ SCO/ STF

Faz tempo que estou para escrever sobre o ministro André Mendonça – teoricamente a ovelha negra democrata num STF cada vez mais autoritário. O personagem me intriga. Afinal, ele foi colocado lá por ser “terrivelmente evangélico” – o que quer que isso signifique. Em meus delírios semi-infantis, eu o imaginava como um Lutero provocando o necessário cisma naquele antro.

E, no entanto, até aqui André Mendonça tem sido apenas um observador desse espetáculo deprimente em que se transformou a protoditadura alexandrina. Entre expulsar os vendilhões do Templo e oferecer a outra face, André Mendoça tem optado por ser (quase) sempre o voto honrado, mas vencido. Não há nenhum sinal de que ele um dia vai optar pelo confronto, principalmente contra o dono do Brasil e a segunda calva mais bela do país: Alexandre de Moraes.

Daí surgiu a dúvida expressa no título deste texto. Estaria sendo o ministro do STF indicado por Jair Bolsonaro e tratado como “esperança conservadora” prudente? (E aqui vale lembrar que, apesar de nossos impulsos justiceiros, a prudência é a mãe de todas as virtudes). Ou teria ele se rendido às benesses do cargo, preferindo a omissão covarde à luta heroica contra os nove Cavaleiros do Apocalipse Jurídico?

Mas antes que em massa os leitores venham exercer seu direito à perversidade e cravar no ministro André Mendonça a alcunha de covarde-mor da República Democrática do Brasil, convém se perguntar: agindo de acordo com a Constituição que jurou respeitar, como o ministro supostamente antialexandriano poderia estar agindo diferente? Na rabeira dessa pergunta, há outra: em meio à corrupção moral que tomou conta do STF, a Constituição é uma arma eficiente contra o mal que dela se apoderou e a perverteu?

Muitas perguntas, eu sei. Todas sem resposta. Mas alguém precisa fazer essas perguntas. Nem que os pontos de interrogação fiquem apenas pairando no ar como nuvens pesadas irrigando um terreno semeado de paranoias e conspirações de todos os tipos.

Pesquisa
Em minha pesquisa no Twitter sobre a postura do ministro André Mendonça a covardia deu uma sova na prudência: 85,2% contra 14,8% (adoro a ilusão de exatidão das casas decimais). Não poderia ser diferente. Redes sociais são praças dadas a julgamentos sumários, instintivos e raivosos. Me parece que ninguém que responde a uma pesquisa no Twitter se detém mais de dez segundos sobre o assunto. E é aí que está – dizem! – a diversão.

Os que consideram o “ministro de Bolsonaro” um covarde respiram o ar inegavelmente maquiavélico que contamina o debate público. São as mesmas pessoas que queriam que a direita (sempre é complicado usar esses termos reducionistas, mas… ah, vocês entenderam!) tivesse um pinscher-que-se-acha-doberman como o senador Randolfe Rodrigues para chamar de seu. Você é desses? Putz. Eu não.

É, de fato, tentador ver o único ministro que teoricamente não faz parte do grupelho como um covarde. Afinal, muitos de nós nos acostumamos a reduzir as pessoas a opostos extremos. Logo, aquele que não é herói é vilão; aquele que não é corajoso, ousado, esperto, ativista e violento é covarde e omisso. Mas será que a coragem não está justamente em se apegar à prudência quando todo mundo lhe cobra uma atitude intempestiva?

E olhe que não vou muito com a cara do ministro desde que, acompanhando a sabatina dele no Senado, percebi uma reverência demasiada ao cargo ao qual o então ministro da Justiça tinha sido nomeado. A tal ponto que, em alguns momentos, acreditei que André Mendonça fosse pedir desculpas por ser cristão. Na verdade em alguns momentos achei que ele até renegaria a fé que supostamente o qualificou para o STF. É que sou exagerado mesmo.

De qualquer modo, e por mais que a prudência do único ministro ainda digno de algum respeito naquela corte dos lobos mal-travestidos de ovelhas soe estranha à impaciência própria do nosso tempo, me parece que o que há aí e aqui, lá e acolá, é uma confusão típica da modernidade. Queremos para ontem uma justiça que tem seu próprio tempo. E insistimos em confundir o que é eficiente (as sucessivas decisões da caterva) com o que é simplesmente certo.


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IMPOSTOS SÃO METADE DO PREÇO DE UM CARRO E RETIRANDO TEREMOS CARRO POPULAR

Governo discute como retomar o carro popular e baixar preço para até R$ 50 mil

Proposta de debate envolvendo montadoras, revendas e governo, mas mesmo entre os fabricantes há resistência à ideia

Por Cleide Silva – Gazeta do Povo

O retorno ao mercado brasileiro do chamado carro popular entrou na agenda do governo e, nas últimas semanas, tem sido citado pelo presidente Lula. Para algumas montadoras e para os concessionários, o tema é visto com certa urgência em um momento de queda de vendas, fábricas suspendendo a produção e sindicatos de trabalhadores temendo demissões.

Na semana passada, em discurso em Brasília, Lula criticou o preço dos automóveis no País. “Qual pobre pode comprar carro popular por R$ 90 mil?”, questionou, ressaltando tratar-se de modelos voltados apenas à classe média. Citou ainda que seu governo vai “fazer carros a preços mais compatíveis e aumentar as prestações”.

No seu segundo mandado, de 2007 a 2010, Lula reduziu impostos para carros e, com inflação e juros favoráveis, muitos brasileiros tiveram acesso ao primeiro carro zero pagando prestações ao longo de seis anos.

A volta do tema ganhou corpo no início de abril, quando a Fenabrave, a associação de concessionários de veículos, e algumas montadoras passaram a defender a necessidade de oferta de carros mais baratos para tentar recuperar o mercado.

O debate ocorre em um período em que as vendas estão pouco acima daquelas registradas nos primeiros quatro meses de 2022, quando o setor passava por uma das suas piores crises por falta de semicondutores. Pátios de fábricas e revendas têm estoques para quase 40 dias de vendas e, só no em abril, nove fábricas pararam a produção e dispensaram trabalhadores, algumas por até um mês.

Fontes do mercado falam que o governo trabalha com preços na casa dos R$ 45 mil a R$ 50 mil para um carro pequeno, simples e sem alguns itens tecnológicos. Hoje, os dois modelos mais baratos à venda no País são o Fiat Mobi e o Renault Kwid, ambos por R$ 69 mil.

Os dois modelos mais baratos à venda hoje, FiatMobi e Renault Kwid, custam R$ 69 mil
Os dois modelos mais baratos à venda hoje, FiatMobi e Renault Kwid, custam R$ 69 mil Foto: Daniel Teixeira/Estadão/08/08/2017

consultor da S&P Global Brasil, Fernando Trujillo, avalia que o valor até R$ 50 mil “só seria viável se o governo cortasse imposto”, o que, na atual situação fiscal do País, dificilmente deve ocorrer. Entre propostas em discussão está a retirada de alguns itens de segurança ou tecnológicos, medida que ele também acredita ser de difícil aceitação por causa das normas de segurança e emissão em vigor.

Na avaliação de Cássio Pagliarini, da Bright Consulting, nenhuma mudança de conteúdo fará o preço “despencar R$ 20 mil”. Ele cita, por exemplo, ser possível simplificar acabamentos, frisos, pintura de para-choque, calotas e usar pneus mais finos, “mesmo assim não chegaria lá”.

Carro verde

Juntou-se à demanda a possibilidade de ser um “carro verde”, movido apenas a etanol, que também ajudaria a diminuir emissões de gases no meio ambiente. Nesse caso, poderia ser avaliado um incentivo tributário como fomento ao etanol, “para que o consumidor se sentisse mais motivado a adquirir um veículo desse tipo”, afirma Flávia Spadafora, líder do Setor Automotivo da KPMG Brasil.

Nesse contexto de reforma tributária, qualquer discussão que leve em conta favorecimento da indústria não é mais bem vinda; o carro popular tem de se sustentar por si próprio e não com bengala de questão tributária

Flávia Spadafora, líder do Setor Automotivo da KPMG Brasil

Trujillo tem visão diferente. “Não sei se faz sentido um carro só a etanol porque (as empresas) já têm a tecnologia flex e voltar ao etanol puro geraria um custo talvez desnecessário.”

O tema de um novo carro popular foi levado ao Ministério do Desenvolvimento (Mdic) no mês passado pela Fenabrave, a associação dos revendedores de veículos. Nesse momento, a pasta não quer comentar o assunto.

A proposta tem apoio de algumas montadoras, como a Stellantis, dona das marca Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën – grupo que detém 32,5% das vendas totais de automóveis e comerciais leves no País. O presidente da companhia, Antonio Filosa, ressaltou recentemente ser necessário, primeiro, definir o conceito de carro popular pois, com as atuais exigências de segurança e emissões não é possível ter um produto na faixa de preço em análise.

Para ele, seria um carro pequeno, mais simples, com menos equipamentos, mas sem prejudicar os níveis de segurança. É possível, disse ele, definir quais seriam os itens essenciais, além de baratear o crédito e impostos. Ele cita, por exemplo, que todos os carros 1.0 pagam Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) reduzido, inclusive modelos com motor turbo.

Uso do FGTS

Mário de Lima Leite, presidente da Anfavea, a associação das montadoras, disse ontem que o tema não está sendo conduzido pela entidade, pois a discussão está muito voltada ao preço desse carro – tema que cabe a cada uma das associadas e à Fenabrave. Afirmou, porém, “que tudo que for para aquecer o mercado e que tenha como foco a questão ambiental e de segurança é bem vindo”.

Segundo ele, a discussão está em fase de coleta de dados e o governo solicitou à Anfavea no fim de semana, mais dados que foram entregues. Leite disse também que há outras medidas em debate que poderiam afetar o mercado como um todo, e não apenas o de veículos de entrada, como o uso de parte do FGTS para a compra do carro novo. Ponderou ainda que “o crescimento do mercado não vai acontecer se não houver uma redução da taxa de juros”.

Sem consenso entre montadoras

O retorno do popular não é consenso entre as associadas da Anfavea. Em entrevista no mês passado, o presidente da General Motors, Santiago Chamorro, afirmou que seria melhor criar condições mais favoráveis de crédito para o consumidor ter condições de comprar carros de entrada já disponíveis. “Se perguntarmos para o brasileiro se ele quer um carro menor, menos tecnológico, certamente a resposta será não”.

Já o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC defende, em documento entregue ao presidente Lula na semana passada, estímulo ao lançamento imediato de modelos populares, com patamares reduzidos de preços e linhas de crédito de 60 a 72 meses desenhadas com esse foco.

O presidente da Fenabrave, José Andreta Júnior, afirmou recentemente que a oferta de carros mais baratos ajudaria o setor a ter escala para produzir mais, sem reduzir a rentabilidade, o que evitaria demissões. A entidade também está abastecendo o governo com informações de seu banco de dados.

 

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL É UMA DAS TECNOLOGIAS MAIS EMPOLGANTES E DE RÁPIDO DESENVOLVIMENTO

 

Breno Lessa – CEO da Appia

Essa tecnologia traz uma série de benefícios para as organizações

O que é a inteligência artificial?

A inteligência artificial (IA) é um campo da ciência da computação que se concentra no desenvolvimento de algoritmos e sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana, como reconhecimento de fala, visão computacional, tomada de decisões e aprendizado. A IA envolve o uso de algoritmos de machine learning (aprendizado de máquina), redes neurais, processamento de linguagem natural e outras técnicas para permitir que as máquinas possam aprender, raciocinar e tomar decisões com base em dados. A IA é uma das tecnologias mais empolgantes e de rápido desenvolvimento do mundo atual e tem o potencial de transformar a maneira como vivemos e trabalhamos.

A tecnologia está evoluindo e promovendo novos avanços tecnológicos. Por essa razão, a inteligência artificial tem se potencializado de forma progressiva. Em suma, é uma tecnologia que permite que as máquinas e sistemas digitais aprendam através da experiência, percebam mudanças, se ajustem a elas, e que possam realizar as tarefas de forma semelhante aos humanos, mas com maior potencial de repetição, eficiência e agilidade.  No ambiente corporativo a AI também já é bem presente. As empresas que investem ganham muito em melhorias de processos e produtividade.

O uso de sistemas de IA nas organizações contribui no aumento da eficiência e performance. Tarefas burocráticas e repetitivas podem ser automatizadas, deixando colaboradores livres para se concentrar em atividades mais criativas e focadas no core business (negócio principal). “A tendência é que estruturas corporativas sejam formadas por cadeias de processos fluidos e enxutos, com menos erros e inconsistências, e mais visibilidade e transparência. Como resultado, é possível direcionar energia e esforços da equipe e da empresa para assuntos estratégicos, planejamento e crescimento”, explica Breno Lessa, CEO da Appia.

Embora elimine a necessidade de funcionários para muitas tarefas rotineiras e administrativas, Breno destaca que a tecnologia criará novos empregos. “Na mesma proporção em que a demanda por desenvolvedores de software, cientistas de dados e outros especialistas digitais aumentará em todos os setores, ou seja, é necessário redistribuir, aumentar as habilidades ou requalificar as pessoas”, ressalta.

Benefícios da Inteligência Artificial nas empresas:

Aumento da automação empresarial;

Redução dos custos operacionais;

Atendimento mais eficiente;

Mais comodidade para os colaboradores;

Redução de falhas;

Respostas mais rápidas;

Conteúdo mais personalizado;

Melhora na experiência do cliente;

Otimização da comunicação.

Quais os outros benefícios da IA nas empresas?

ChatGPT (IA)

A inteligência artificial (IA) pode trazer uma ampla variedade de benefícios para as empresas, incluindo:

  1. Automação de tarefas repetitivas: a IA pode ser usada para automatizar tarefas repetitivas e tediosas, liberando os funcionários para se concentrarem em tarefas mais complexas e estratégicas.
  2. Análise de dados: a IA pode analisar grandes conjuntos de dados de forma rápida e eficiente, fornecendo insights valiosos para ajudar as empresas a tomar decisões melhores e mais informadas.
  3. Personalização: a IA pode ser usada para personalizar a experiência do cliente, oferecendo recomendações e sugestões com base nos dados do cliente.
  4. Previsão de tendências: a IA pode ser usada para analisar padrões e tendências no comportamento do cliente e do mercado, ajudando as empresas a se adaptarem às mudanças no ambiente de negócios.
  5. Redução de custos: a IA pode ser usada para reduzir os custos operacionais, como o tempo de inatividade da máquina, a manutenção preventiva e o gerenciamento de estoque.
  6. Melhoria da eficiência: a IA pode ser usada para otimizar os processos de negócios, aumentando a eficiência e a produtividade da empresa.
  7. Aumento da segurança: a IA pode ser usada para detectar ameaças e prevenir fraudes, ajudando a manter a segurança da empresa e de seus clientes.

Esses são apenas alguns exemplos de como a IA pode beneficiar as empresas. À medida que a tecnologia evolui, espera-se que surjam novos usos e benefícios da IA.

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 220.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por mais de 5.300.000 de pessoas, valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas três anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.

Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.

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ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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