quinta-feira, 20 de abril de 2023

VÍDEO ESCONDIDO PELO GOVERNO APARECE E ABALA O PRÓPRIO GOVERNO

Vandalismo
Depois das imagens do Planalto, não tem como seguir adiando a CPI do 8 de janeiro

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


Gravações do circuito de segurança do Palácio do Planalto mostram ministro Gonçalves Dias (de camiseta azul e jaqueta escura) e agentes do GSI em meio a invasores no 8 de janeiro.| Foto: CNN Brasil/reprodução

O presidente Lula vai participar de uma reunião virtual com 26 países sobre o clima. Depois de todo esse zigue-zague na política externa com China, Ucrânia, Rússia, Estados Unidos, ninguém sabe para que lado vai. Ele se encontraria com Biden, mas vai ser difícil, porque é um evento virtual. Eu lamento que entre esses 26 não esteja incluído o sol, porque o sol é decisivo nas definições do clima da Terra. O que o sol quiser vai ser, não tem jeito; ele esquenta mais ou menos os oceanos, e isso muda para cima ou para baixo a temperatura da Terra.

Mas Lula deve estar preocupado mesmo é com uma CPI que vem aí com força; não tem como evitar, depois do que a CNN mostrou com imagens do Palácio do Planalto. Eu não sei como os jornalistas obtiveram o material, porque Lula tinha decretado sigilo absoluto sobre as imagens do Planalto. E, fazendo a maior força junto, estamos vendo a atuação de Rodrigo Pacheco, que está fazendo de tudo para retardar o início dessa CPI para ver se o pessoal esquece, contando com o periculum in mora, quando a demora de algo faz com que desapareçam as razões, os fatos, as provas de que houve um fato consumado. Pacheco é advogado e sabe muito bem que o periculum in mora joga a seu favor. Eu não sei o que fazem os outros 80 senadores diante disso; eles são representantes dos estados brasileiros, e estamos todos de olho pelas redes sociais, acompanhando essas imagens da CNN em que aparece um ministro de Lula. Não qualquer ministro, algum recém-chegado, mas um antigo conhecido de Lula. O general Gonçalves Dias, quando era major e tenente-coronel, foi da segurança de Lula. Depois de destituído da 6.ª Região Militar por ter recebido um bolo de aniversário da PM amotinada, ele foi trabalhar com Dilma, e fez a segurança de Lula durante a campanha eleitoral de agora.

Ele, que tinha sido escolhido chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, aparece nessas imagens de 8 de janeiro, circulando para lá e para cá no Palácio do Planalto entre os manifestantes, chamados também de terroristas. Então, estava entre terroristas, ofereceu água para os terroristas, abriu a porta para terroristas, indicava a saída para terroristas… que estranho! Parece que houve uma pré-invasão com quebra-quebra. Parece que houve uma instrução de cima, dizendo que podiam deixar entrar que depois teriam um ótimo pretexto. O relógio, por exemplo, foi derrubado duas vezes, porque depois entraram manifestantes vestidos com camisa amarela e reergueram o relógio, puseram de volta em cima da mesinha. E aí veio outro e jogou de novo o relógio trazido pelo príncipe dom João. Então não tem como Pacheco adiar mais essa CPI, está caindo de madura. Agora sabemos por que o governo não quer CPI.

VEJA TAMBÉM:
Contagem regressiva para a CPMI do 8 de janeiro
Governo ainda trabalha duro para sabotar a CPI do 8 de janeiro
A justiça exige que saibamos tudo sobre o 8 de janeiro


Portugueses estão de olho na incompreensível política externa de Lula
Aqui em Lisboa, enquanto eu almoçava nesta quarta, via no restaurante a televisão portuguesa enlouquecida, mostrando Lula tomando posição ora de um lado, ora de outro, entre China, Ucrânia, Rússia, Estados Unidos, uma política externa incompreensível. Eles estão prestando atenção porque na próxima semana o presidente brasileiro estará por aqui.

Governo está de olho em mais R$ 90 bilhões em impostos

Fernando Haddad já está dizendo que vai arrecadar mais R$ 90 bilhões. Traduzindo para o bom português, vai cobrar mais R$ 90 bilhões de pagadores de Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre Lucro Líquido, além daquela tributação sobre apostas esportivas eletrônicas, em que o governo sempre vai ganhar: 30% sobre o prêmio.


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LULA VEJA-BEM QUER DESFAZER MAL ESTAR COM BIDEN

Governo Lula aposta em evento sobre clima para desfazer mal-estar com Biden

Foto: Divulgação

Por Felipe Frazão – Jornal Estadão

Presidente vai discursar no Major Economies Forum on Energy and Climate nesta quinta-feira, um aceno à Casa Branca após ter criticado o envolvimento dos EUA na guerra deflagrada pela Rússia contra a Ucrânia

BRASÍLIA – Assessores presidenciais e diplomatas apostam na participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta quinta-feira, dia 20, em um fórum voltado ao meio ambiente promovido pelo governo Joe Biden, como uma oportunidade para desfazer o mal-estar causado por declarações recentes do petista, hostis aos Estados Unidos e à Europa. Lula declarou durante viagem à China e aos Emirados Árabes Unidos que as potências ocidentais contribuíam com a continuidade da guerra da Rússia contra a Ucrânia, ao fornecer armas para a defesa militar de Kiev.

A ideia de que Washington e Bruxelas incentivavam o conflito e deveriam parar foi duramente rebatida, tanto pela Casa Branca quanto pela Europa. Em tom pouco usual, os norte-americanos disseram que Lula papagaiava a propaganda russa. Dias antes, o presidente brasileiro questionara a dominância do dólar e defendera transações internacionais em moedas locais, uma pauta que agrada a Pequim e Moscou.

Por videoconferência, Lula vai discursar no Major Economies Forum on Energy and Climate (Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima – MEF). O evento será aberto pelo presidente Biden, às 9h30.

Lula vai discursar no Major Economies Forum on Energy and Climate, um aceno a Joe Biden depois das críticas ao envolvimento dos EUA na guerra na Ucrânia. FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Lula vai discursar no Major Economies Forum on Energy and Climate, um aceno a Joe Biden depois das críticas ao envolvimento dos EUA na guerra na Ucrânia. FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO Foto: Wilton Junior/Estadão

A confirmação de que Lula participará do encontro, importante para Biden, é vista por integrantes do governo brasileiro como uma sinalização de boa vontade. A agenda climática é pauta comum de ambos e liga seus projetos políticos. Os Estados Unidos se comprometeram a ingressar no Fundo Amazônia e a doar ao menos U$ 50 milhões.

Não há garantias de que Lula vai usar o microfone para esclarecer a posição do Brasil a respeito da guerra. A orientação é que ele não fuja do tema, embora possa mencionar o conflito bélico e seus efeitos energéticos, por exemplo. A posição adotada pela diplomacia brasileira é que os assuntos devem ser tratados separadamente em cada fórum adequado, mas nem sempre isso é seguido por todos os atores diplomáticos. Alguns países tentam aproveitar reuniões multilaterais para emplacar assuntos paralelos.

Ao falar sobre meio ambiente, Lula deve reforçar laços e sinalizar compromisso com a agenda climática que está na agenda de democracias ocidentais. Tentará mostrar que o País mantém, sob o novo governo, alta prioridade à agenda verde, que voltou ao foco da política externa brasileira. O País recuperou o status de ator incontornável, embora os altos índices de desmatamento registrados nos primeiros meses de seu governo tenham sido considerados decepcionantes no exterior.

Em seguida, Lula dará mais demonstrações às democracias ocidentais, após as reclamações contundentes dos EUA e da União Europeia. Viajará a Portugal e Espanha, onde cumpre agenda ao longo da próxima semana com chefes de Estado e de governo, e em seguida participará da coroação do Rei Charles III, no Reino Unido. Em Londres, será um dos cinco chefes de Estado recebidos em reuniões bilaterais pelo premiê britânico, Rishi Sunak.

Lula sentiu a repercussão negativa de suas declarações sobre a guerra. Um dia depois de ser contestado em Washington e Bruxelas, “voltou ao eixo”, como definiu um embaixador, e reiterou o cerne da posição brasileira. Embora evite citar a Rússia e use termos mais brandos do que gostariam americanos e europeus, disse que o Brasil condena a violação territorial da Ucrânia, mas busca uma saída negociada e se propõe a mediar um grupo que auxilie a selar a paz.

Na terça-feira, dia 19, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, conversou com o ex-chanceler Celso Amorim, assessor internacional de Lula. Os norte-americanos queriam mais detalhes sobre a posição brasileira em relação à guerra, depois de verem o chanceler russo, Sergei Lavrov, ser recebido com distinção por Lula e propagar, sem nenhum reparo, que Moscou e Brasília partilhavam de visão similar.

O telefonema era aguardado no Itamaraty e no Palácio do Planalto. Era também visto como o canal adequado para dirimir algum ponto. Eles falaram sobre a guerra, sobre mudança climática e defesa da democracia.

Diplomatas dizem que os EUA foram lembrados que o País retomou posições clássicas de sua política externa, o que inclui o não alinhamento automático e a preservação de pontes e relações com todos os atores, mesmo diante de uma geopolítica cada vez mais impregnada da lógica da “guerra fria”. Consideram o acesso a Putin, evidenciado na deferência com que o russo recebeu Celso Amorim, deve ser considerado um ativo valioso e escasso.

O Brasil não será tutelado, afirmam embaixadores, nem se considera devedor da defesa da democracia feita no ano passado pelo governo Biden, quando o processo eleitoral foi questionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e, em janeiro, quando houve uma tentativa de golpe de Estado.

O Itamaraty também rebate a ideia, propagada pelos americanos, de que o Brasil tenha comprometido sua capacidade de promover uma mesa de negociação da paz, por causa das declarações de Lula, porque nenhum processo avançará sem a participação de nações com posições muito mais claras e polarizadas, com China e EUA.

O Ministério das Relações Exteriores notou que as queixas de Washington, mais eloquentes, começaram a emergir depois que o Brasil deixou de assinar uma declaração conjunta contra a Rússia, na última edição da Cúpula da Democracia, promovida em março por Biden. O documento teve o apoio de 76 países. O texto cobrava a retirada “imediata, completa e incondicional” das tropas russas do território ucraniano. O argumento do governo é que o assunto estava no foro equivocado e já vem sendo tratado nas Nações Unidas, especialmente pelo Conselho de Segurança.

 

A DIREITA É QUE DEFENDE A DEMOCRACIA E LAVA A ROUPA SUJA

 

Por
Luiz Philippe Orleans e Bragança – Gazeta do Povo


| Foto: Divulgação

Venho insistindo há algum tempo para que a direita faça uma catarse.  Desde as eleições de 2022 e os eventos de 8 de Janeiro de 2023 pecamos por não juntar os pedaços, conversar e orientar. Muitos ainda estão com medo e acuados devido ao que aconteceu e tem acontecido nesses últimos meses.  Ou seja, não lavamos a roupa suja em grupo e por isso não decidimos nem norteamos nossos ativistas.  Essa tem sido uma crítica recorrente de vários deles e pode ter gerado alguns erros nos movimentos que dominam a opinião pública nas ruas e nas redes sociais há 10 anos. 

Para dar vazão a essa vontade de se expressar, dia 15 de abril de 2023, às 16h, no WTC de São Paulo,  realizamos o 1º Simpósio da Direita Unida – Fórum do Brasil, com a presença de líderes de movimentos de direita e independentes, parlamentares e personalidades públicas em geral.  Foi um evento público, mas restrito a lideranças que se mobilizam com frequência e por essa razão teve pouca divulgação.

Além de mim, que ocupei a tribuna como mediador, assumiram poltronas no palco a deputada federal Bia Kicis; o secretário do desenvolvimento social do Estado de São Paulo, Filipe Sabará; a vereadora de Porto Alegre, Fernanda Barth; o deputado federal Ricardo Salles e o deputado estadual Tomé Abduch.

Ou seja, não lavamos a roupa suja em grupo e por isso não decidimos nem norteamos nossos ativistas

Na plateia, estavam lideranças do Estado de São Paulo e de todo o Brasil, dentre elas representantes do Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Bahia e cidades do interior de São Paulo. Destacamos o jornalista Fernão Lara Mesquita, o cientista político Paulo Moura; o presidente da entidade Agentes Investimentos Livres, Alfredo Siqueira; o presidente do PTB de São Paulo, Otávio Fakhouri; o ator Felipe Folgosi; o ex-presidente do IPHAN do Rio de Janeiro, Olav Schrader; o presidente da Associação dos Proprietários de Imóveis Tombados (APITO), Marcelo Magnani; a Presidente do PTB Mulher e Afro, Luci Adão; o ex-secretário da cultura, Hélio Ferraz; o chanceler do Círculo Monárquico de São Paulo, dr. Rubens Vieira de Brito; o Dr. Alberto Danon, da ADCom Comunicação, os comunicadores Zoe Martinez, Paulo Kogos e Adrilles Jorge; o administrador Stephen Kanitz; o editor da Faro/Avis Rara, Pedro de Almeida e vários outros.

Entretanto, os verdadeiros protagonistas foram os mais de 40 ativistas que tiveram seu tempo de fala.  Os eleitos ficaram no palco só para responder perguntas, sem fazer palestras. Como deveria ser.  Quem ainda aguenta ir a um evento para escutar discurso de político e ter pouco ou nenhum tempo para perguntar e se manifestar? Quem já foi a algumas de minhas palestras sabe quanto tempo eu dedico ao debate.  Só que nesse evento inovamos.

Nenhum dos parlamentares fez discurso. Abrimos o microfone imediatamente após o Hino Nacional para todos da plateia se pronunciarem.  O tema: o momento que vivemos, o que o movimento da direita fez de certo, de errado e os próximos passos.  Em uma das primeiras manifestações, a ativista pedia para a plateia não confiar em nenhum político, militar ou qualquer agente do estado para fazer o que a sociedade tem de fazer por conta própria. E foi nesse espírito que o evento prosseguiu. 

Ao contrário de muitos eventos de movimentos e partidos que chegam a suas convenções com a pauta pronta e manipulam as assembleias para legitimar “democraticamente” seus planos, fizemos diferente.  Nesse evento não havia pauta definida.  Praticamente 100% do conteúdo discutido foi levantado pelos mais de 40 ativistas que se manifestaram na plateia e chamamos várias questões a voto por aclamação. Os mais de 400 presentes puderam levantar as mãos em apoio ou rejeição de vários pontos importantes, e até polêmicos, que a direita nunca antes havia tido a oportunidade de discutir e colocar a voto num grupo maior.

O objetivo inicial era somente “botar para fora” ou “lavar a roupa suja em público” mas fomos além e acabamos por definir uma pauta. Vários temas foram levantados e críticas foram feitas. Destacamos 12 assuntos submetidos a voto nesse encontro:

  1. Perspectiva: As vitórias da direita nos últimos 10 anos não foram fruto de organização, planejamento e ação, mas sim da rejeição à corrupção, do esgotamento das ideias e do esvaziamento de lideranças da esquerda;
  2. Prefeituras: Erramos em não ter partido que nos representasse, plano de ação e ativismo para as eleições municipais de 2020;
  3. Reformas: Erramos em não nos alinhar em torno de uma reforma do sistema eleitoral (voto distrital), do sistema de voto e do TSE para garantir representatividade, transparência e direito de contestação;
  4. Movimento Nacional: Criação de um movimento nacional com pauta unificada, para criar a coesão ideológica que ainda não existe e forjar novas lideranças;
  5. Próximas Eleições: União para cumprir a missão das eleições municipais de 2024;
  6. Educação e Juventude: Foco no trabalho com a juventude, no desenvolvimento de conteúdo e de currículo escolar alternativo ao da ideologia de esquerda. Reacender as pautas levantadas pelo movimento Escola Sem Partido;
  7. Liberalismo: engajar a opinião pública na agenda social sustentável da direita: emprego, empreendedorismo e oportunidades;
  8. Globalismo: acirrar a troca de informações e o combate ao globalismo, seus agentes e métodos;
  9. Privatização: privatizar para diminuir o poder de corrupção que o executivo detém sobre o legislativo;
  10. Cultura: remover o Estado do protagonismo cultural, pois a Cultura pertence à sociedade;
  11. Promover reformas de soberania popular: regulamentar referendo popular, projeto de lei de iniciativa popular, plebiscitos e recall de mandato;
  12. Ativismo: devemos voltar às ruas.

Todo evento presencial é limitado aos que nele estão e dificilmente representa o todo, porém há eventos mais legítimos que outros. O Simpósio Direita Unida chegou com atraso, mas tem forma e conteúdo adequados para ter ampla adesão e capacidade de estimular o recomeço do ativismo no Brasil. Apesar de ser um político com mandato, como alguns presentes no evento, nunca deixamos de ser ativistas pelo Brasil e esperamos ver novas lideranças assumindo protagonismo na sociedade.

O jornalista Fernão Lara Mesquita, ao observar a forma e os temas tratados no evento, mencionou no evento: “a direita no Brasil não é direita, ela é democrata: faz e representa tudo que todo verdadeiro democrata representa, mas não se posiciona como tal ou sequer usa a palavra ‘democracia’ em seus discursos. Se assim o fizesse, teria muito mais sucesso”.

Só há uma maneira de “ser democrata”: da maneira certa, debaixo para cima e a ouvidoria é o primeiro passo. Outros fóruns como esse já estão sendo programados para acontecer em outras cidades. Na verdade, não é de hoje que a tocha olímpica da vontade popular está nas mãos daqueles que mobilizam o país, mas desde 2014, quando iniciou o processo de impeachment de Dilma. Só cabe a alguns de nós lembrar de como era feito.  O recomeço começou.

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O PENSAMENTO CRÍTICO É UMA HABILIDADE VALIOSA NA VIDA

 

Ana Julia Guimarães – StarSe

Aprenda a desenvolver autoconfiança para tomar decisões

Homem pensativo (Fonte: Getty Images)

Nós já estamos sabendo que as habilidades comportamentais são imprescindíveis na Nova Economia. Mas, ainda sobre o assunto, eis uma pergunta: será que você tem pensamento crítico?

Quando um colega de trabalho surge com uma ideia supostamente “inovadora”, você aceita na hora ou analisa os prós e contras? O pensamento crítico é justamente a capacidade de analisar fatos com o objetivo de formar uma opinião própria. Ele é importantíssimo para quem quer ser protagonista; seja no âmbito pessoal ou profissional.

O pensamento crítico é um processo mental que envolve a análise cuidadosa e reflexão sobre uma ideia, argumento ou problema, com o objetivo de avaliar sua validade e consistência. Ele envolve a habilidade de identificar e questionar suposições, reconhecer e avaliar evidências, considerar diferentes perspectivas e chegar a uma conclusão informada e bem fundamentada.

O pensamento crítico é uma habilidade valiosa em muitos aspectos da vida, incluindo o trabalho, a educação, a tomada de decisões e o envolvimento cívico. Ele pode ajudar a evitar a aceitação acrítica de informações, a tomada de decisões precipitadas ou emocionais e a adoção de posições baseadas em preconceitos ou crenças não fundamentadas.

Desenvolver o pensamento crítico requer prática e esforço consciente. Isso pode envolver a busca de informações e evidências de fontes confiáveis e diversas, avaliação cuidadosa de argumentos e evidências, consideração de diferentes perspectivas e opiniões, e a disposição de mudar de opinião com base em novas informações ou evidências.

Mas… Para conquistá-lo, é preciso muito repertório, afinal, você precisa ter argumentos para embasar sua crítica – e nós vamos te ajudar com isso!

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O PODER DA DECISÃO, DE STEVE MCCLATCHY

O Poder da Decisão, Steve McClatchy (Fonte: Divulgação Amazon)

Nada melhor que um roteiro para te guiar com um planejamento, certo? É isso que o livro oferece. Um guia prático, simples, para te mostrar quais são as habilidades e estratégias necessárias para conseguir desenvolver uma mentalidade forte, e que tenha a capacidade de tomar grandes decisões no dia a dia.

Ah, e vale ressaltar que o autor, Steve McClatchy, é um dos maiores coachs de liderança da atualidade.

 “Tudo ou nada”. É isso que, inevitavelmente, pensamos quando vamos tomar alguma decisão. Por exemplo, se temos dúvidas sobre nosso relacionamento, geralmente começamos a considerar se devemos ou não terminar com nosso parceiro.

O problema é que processo de pensamento não nos deixa pensar em alternativas e acabamos ficando presos à apenas duas possíveis conclusões (o tudo ou o nada). De acordo com o livro, não precisa ser assim e que existem outros caminhos.

No caso do relacionamento que citamos acima, vocês dois poderiam fazer uma lista das coisas que precisam mudar para que ambos sejam felizes no relacionamento. Que tal?

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Descubra seus pontos fortes, Marcus Buckingham & Donald O. Clifton (Fonte: Divulgação Amazon)

A importância do bom site da Valeon para o seu negócio

Moysés Peruhype Carlech

Antigamente, quando um cliente precisava de um serviço, buscava contatos de empresas na Lista Telefônica, um catálogo que era entregue anualmente ou comprado em bancas de jornais que listava os negócios por áreas de atuação, ordem alfabética e região de atuação.

De certa forma, todos os concorrentes tinham as mesmas chances de serem encontrados pelos clientes, mas existiam algumas estratégias para que os nomes viessem listados primeiro, como criar nomes fantasia com as primeiras letras do alfabeto.

As listas telefônicas ficaram no passado, e, na atualidade, quando um cliente deseja procurar uma solução para sua demanda, dentre outros recursos, ele pesquisa por informações na internet.

O site da Valeon é essencial para que sua empresa seja encontrada pelos seus clientes e ter informações sobre a empresa e seus produtos 24 horas por dia.  Criamos uma marca forte, persuasiva e, principalmente, com identidade para ser reconhecida na internet. 

Investimos nas redes sociais procurando interagir com o nosso público através do Facebook, Google, Mozilla e Instagram. Dessa forma, os motivos pelos quais as redes sociais ajudam a sua empresa são inúmeros devido a possibilidade de interação constante e facilitado como o público-alvo e também a garantia de posicionamento no segmento de marketplaces do mercado, o que faz com que o nosso cliente sempre acha o produto ou a empresa procurada.

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Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

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Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.

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A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas considerações importantes:

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

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quarta-feira, 19 de abril de 2023

APRESENTAÇÃO DO ARCABOUÇO FISCAL DE LULA E HADDAD


Governo apresenta texto da nova regra fiscal; 13 despesas poderão crescer além do limite
Por
Gazeta do Povo


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad.| Foto: Diogo Zacarias/MF.

O governo federal divulgou nesta terça-feira (18) a proposta do novo arcabouço fiscal com 13 itens que poderão ficar de fora do limite de gastos a partir do ano que vem. Com isso, as despesas excluídas da nova regra poderão crescer acima do limite de aumento real que vai de 0,6% a 2,5% por ano. Segundo o projeto, este “intervalo de crescimento real da despesa” está previsto os exercícios de 2024 a 2027.

Entre os gastos que ficaram de fora do arcabouço fiscal, estão os créditos extraordinários, como já ocorria no teto de gastos; algumas transferências para municípios; transferências para custear o piso de enfermagem; entre outros.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregaram o texto ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e ao vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), em um evento fechado no Palácio do Planalto, informou a Agência Brasil.

As seguintes despesas não serão incluídas na base de cálculo e, portanto, não serão limitadas pela nova regra fiscal:
Transferências constitucionais a estados e municípios;
Complementações para a educação básica de estados e municípios;
Créditos extraordinários;
Transferências a fundos de saúde de estados e municípios para o cumprimento do piso da enfermagem;
Despesas com projetos socioambientais ou relativos às mudanças climáticas custeadas com recursos de doações, e despesas custeadas por acordos firmados em decorrência de desastres ambientais;
Despesas – que forem custeadas com receitas próprias, de doações ou de convênios – de universidades e instituições federais, de empresas públicas prestadoras de serviços para hospitais universitários federais, e demais instituições científicas, tecnológicas e de inovação;
Despesas custeadas com recursos oriundos de transferências dos demais entes da Federação para a União destinados à execução direta de obras e serviços de engenharia;
Despesas em acordos para o pagamento de precatórios com desconto;
Despesas com precatórios do Fundef devidos a estados e municípios;
Despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a realização de eleições;
Despesas com aumento de capital de empresas estatais não financeiras e não dependentes;
Transferências legais, a estados e municípios, de recursos obtidos com concessão florestal e venda de imóveis da União;
Despesas relativas à cobrança pela gestão de recursos hídricos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Investimentos
Em relação aos investimentos, como obras públicas e compra de equipamentos, o governo incluiu uma trava. De 2025 a 2028, caso o governo economize mais que a banda superior da meta de superávit primário estabelecida pelo arcabouço, até R$ 25 bilhões poderão ser remanejados para os investimentos. A proposta original apresentada no fim de março previa que toda a sobra poderia ser destinada a investimentos.

A mudança tem como objetivo, segundo o Ministério da Fazenda, acelerar a redução da dívida pública em momentos de elevado crescimento da economia. Esse valor de R$ 25 bilhões será corrigido ano a ano pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O piso de R$ 75 bilhões para investimentos, também corrigido anualmente pelo IPCA, está mantido.

Manutenção do IPCA para correção do crescimento de despesas
Em relação à proposta original, também houve mudança no período do índice de inflação que corrigirá o crescimento das despesas. Foi mantido o sistema vigente no atual teto de gastos, que considera o IPCA apurado de janeiro a junho e uma estimativa de julho a dezembro. Isso dará ao governo atual uma pequena vantagem em 2024, caso o IPCA caia até meados de 2023 e volte a subir antes do fim do ano.

Em relação ao crescimento das receitas, no entanto, o novo arcabouço considerará a inflação entre julho de dois anos antes e junho do ano anterior. Essa é a mesma regra que vigorou até 2021 no teto de gastos, que limitava o crescimento do gasto federal à inflação. O intervalo foi alterado com a Emenda Constitucional dos Precatórios.

O novo arcabouço fiscal limitará o crescimento real (acima da inflação) das despesas a 70% do crescimento real das receitas líquidas (descontadas as transferências para estados e municípios) no acumulado em 12 meses.

Além disso, o novo arcabouço fiscal prevê que, caso a meta de resultado primário não seja cumprida, o presidente da República deverá encaminhar uma mensagem ao Congresso Nacional, até 31 de maio do exercício seguinte, explicando as razões do descumprimento e as medidas de correção.

Subvenção de custeio
Governo espera arrecadar até R$ 90 bilhões com mudança em tributação de empresas

Por
Célio Yano – Gazeta do Povo


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera arrecadar R$ 90 bilhões com mudança na tributação de empresas.| Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Entre as ações que o governo pretende tomar para reforçar as receitas da União ainda este ano está a edição de uma medida provisória (MP) para passar a incluir as chamadas subvenções de custeio na base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A mudança, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode incrementar a arrecadação em R$ 80 bilhões a R$ 90 bilhões.

Subvenções são auxílios econômicos concedidos por estados por meio de benefícios fiscais, via ICMS, com a finalidade de custear parcialmente atividade de interesse público exercida por empresa privada.

Conforme a Lei 12.973/2014, essas desonerações não entram no cálculo do lucro real e, portanto, não estão sujeitas à incidência de IRPJ e CSLL. Como contrapartida, o incentivo deveria ser revertido em investimentos, ou seja, na expansão do negócio, abertura de postos de trabalho ou criação de nova atividade econômica, por exemplo.

Uma alteração introduzida pela Lei Complementar 160/2017, no entanto, permitiu que incentivos utilizados pela empresa beneficiada para fins de custeio – ou seja, a manutenção de suas operações – também fossem abatidos do cálculo da tributação federal.

A partir da nova lei, tanto o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) quanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) passaram a dar ganho de causa, em recursos da Fazenda, a contribuintes que tiveram subvenções sem a contrapartida de investimentos.

Para Haddad, o dispositivo introduzido pelo Congresso é uma “distorção” no sistema tributário brasileiro que precisa ser corrigida. “Como uma decisão de um governador no que diz respeito ao ICMS pode afetar a base tributária federal? Já é certa anomalia”, disse o ministro no Brazil Investment Forum, evento promovido pelo Bradesco BBI no último dia 4.

“Mas vamos dizer que queiramos continuar subvencionando, em parceria com decisões estaduais, investimentos. A expansão disso para custeio é uma coisa completamente inaceitável”, prosseguiu. Segundo ele, as subvenções para o custeio de empresas, que ele classificou como “uma vergonha”, representam hoje quase o dobro do incentivo utilizado para investimentos.

A medida provisória que está sendo preparada pelo governo não acaba com as subvenções de custeio, que são definidas pelos governos estaduais. Apenas passa a incluir os valores descontados da tributação estadual na base de cálculo do IRPJ e da CSLL, de competência federal.

Além dessa, outras duas medidas integravam pacote do governo para elevar as receitas da União e, com isso, reduzir o déficit primário projetado para este ano: a taxação de apostas esportivas eletrônicas, que a Fazenda estima gerar até R$ 15 bilhões, e o fim da isenção do imposto de importação para remessas de até US$ 50 entre pessoas físicas (R$ 8 bilhões).

A ideia de tributar as apostas segue em pé. Porém, o ministro anunciou nesta terça-feira (18) que desistiu da taxação das importações, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ideia, agora, é que o combate a sonegação de impostos em compras internacionais seja feita somente pela via da fiscalização, segundo Haddad.

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Medida visa taxar mais quem paga pouco imposto, segundo Haddad
Em geral, as subvenções são concedidas por parte de governos estaduais como forma de estimular a instalação de operações de grandes empresas em seus territórios. Nesse sentido, a retirada da isenção de tributos federais sobre esses benefícios fiscais estaria em linha com a promessa de Haddad de taxar quem paga pouco imposto.

“As empresas que têm essa redução de ICMS geralmente têm regimes especiais de tributação, pertencem a alguns setores específicos, e muitas vezes isso acaba sendo injusto com empresas menores, porque isso impacta no concorrencial”, diz Dylliard Alessi, advogado tributarista da Peccinin Advocacia. “Uma empresa que tem essa subvenção vai ter uma alavancagem concorrencial que pode ser injusta em relação a seus concorrentes”.

Por outro lado, avalia o advogado, existe a possibilidade de que a alteração proposta pelo ministro da Fazenda gere possíveis efeitos negativos à economia, como aumento de preços por parte das companhias afetadas, especialmente no caso de grandes varejistas, que atendem diretamente o consumidor final.

A opinião é compartilhada por Carlos Pinto, diretor do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). “De fato, o correto é que todas as empresas do país paguem tributo, até para ter o mesmo nível de competitividade. Então as medidas dele [Haddad] tendem a trazer um equilíbrio no resultado primário”, diz o executivo.

“Mas mexer com tributo tem uma série de consequências. No momento em que se passa a tributar o que não se tributava, isso vai para o bolso do contribuinte e pode desestimular a economia, a empregabilidade e uma série de outros fatores”, afirma.

No último dia 6, em entrevista à rádio BandNews FM, Haddad disse que a medida deve atingir entre 400 a 500 empresas. “Não estamos falando da pequena empresa, da média empresa, não estamos falando sequer da grande empresa. Estamos falando de enormes empresas”, afirmou.

“De 400 a 500 empresas com superlucros, que, por expedientes, na minha opinião, ilegítimos, fizeram constar no sistema tributário, que é indefensável, como subvencionar o custeio de uma empresa que está tendo lucro. Se uma empresa está tendo lucro, por que o governo vai entrar com dinheiro subvencionando essa empresa?”, questionou.

Na opinião de Alessi, a questão depende de uma análise mais minuciosa de cada caso. “Se existe concorrência muito forte com o mercado internacional, como a carga tributária brasileira é muito pesada, faz sentido para algumas empresas que até mesmo o custeio seja subvencionado”, opina.

“De outro lado, para empresas que não tem essa concorrência, minha opinião é que realmente não faz sentido dar benefícios específicos para custeio, porque não se está atuando em favor do interesse público e isso ainda pode afetar a concorrência com empresas menores”, diz.


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A PAZ DE LULA SUBJUGA A UCRÂNIA À RUSSIA

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Lula dá entrevista para TV chinesa e admite que não tem plano de paz para a Ucrânia| Foto: CCTV

Em sua megalomania característica, Lula continua se achando capaz de conseguir colocar um fim no conflito entre Rússia e Ucrânia e, quem sabe, aumentar a relevância brasileira no cenário internacional – se na esteira disso vier um Nobel da Paz, obviamente o petista não reclamaria nem um pouco. No entanto, suas declarações mais recentes, algumas delas feitas durante a viagem à China e ao Oriente Médio, se revelaram um desastre completo. Se queria parecer neutro, pairando acima dos beligerantes para se colocar em posição de mediador, o que Lula fez foi rebaixar a diplomacia brasileira ao deixar muito evidente que ele tem um lado – e não é o lado da vítima, da liberdade, da soberania e autodeterminação das nações.

Fiel à ilusão de que a guerra poderia acabar em torno de uma mesa de bar, Lula afirmou à televisão estatal chinesa CCTV, no último dia 14, que não tem plano nenhum para seu alardeado “clube da paz”. Questionado sobre qual seria sua proposta, o petista disse que “Eu não tenho plano específico. Eu não tenho uma coisa produzida. A proposta vai sair de muitas conversas entre muitas pessoas”, afirmou, antes de criticar as democracias ocidentais por enviar armas para que a Ucrânia se defenda. Mas o pior ainda estava por vir. Na passagem pelos Emirados Árabes Unidos, em entrevista coletiva, Lula disse que “a decisão da guerra foi tomada por dois países”, que “o presidente Putin não toma iniciativa de parar, o Zelensky não toma iniciativa de parar. A Europa e os Estados Unidos terminam dando a contribuição para a continuidade desta guerra”, e que “nós precisamos convencer as pessoas de que a paz é a melhor forma para se estabelecer qualquer processo de conversação”.

Ao criticar Zelensky e os ucranianos, que estão lutando pela própria sobrevivência, por “não tomar a iniciativa de parar”, Lula deixa claro que seu conceito de paz é a paz dos valentões, o mero apaziguamento

Ao culpar a Ucrânia pela guerra e colocá-la no mesmo nível moral que a Rússia, Lula compra sem pestanejar todo o pacote de propaganda que Vladimir Putin usa para justificar sua agressão. O petista certamente não seria capaz de mencionar uma única atitude de Kyiv que tivesse representado ameaça a Moscou e fosse razão suficiente para um ataque militar de grande escala como o iniciado em fevereiro de 2022. A não ser, claro, que Lula considere “provocação” o fato de os ucranianos quererem decidir seu próprio destino – incluindo uma aproximação com o ocidente – e que, para o presidente brasileiro, a Ucrânia realmente não passe de um “apêndice” sobre o qual a Rússia tem pleno direito e que não pode fazer nada sem pedir a autorização do vizinho maior. Pois o fato é que a decisão da guerra foi tomada por um único país, que unilateralmente atacou uma nação vizinha que exercia sua soberania. Não há equiparação moral possível entre Rússia e Ucrânia: há agressor e vítima claramente definidos.

Que a paz é o objetivo a atingir, disso não há dúvida. Mas que paz? Quando Lula critica o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por “não tomar a iniciativa de parar”, e ataca europeus e norte-americanos por “dar a contribuição para a continuidade dessa guerra”, o petista deixa subentendido que paz ele imagina. Afinal, não é difícil prever o que aconteceria se Zelensky “tomasse a iniciativa de parar” e se as democracias ocidentais parassem de ajudar os ucranianos a se defender. O conceito de paz lulista, portanto, é a paz dos valentões, o mero apaziguamento, a “paz para os nossos tempos” de que se gabou o britânico Neville Chamberlain em 1938 após a assinatura dos Acordos de Munique, que entregaram à Alemanha nazista partes da Tchecoslováquia na ilusão de que Hitler pararia por ali (menos de um ano depois, começaria a Segunda Guerra Mundial).

VEJA TAMBÉM:
Diogo Schelp: Por que o Lula pacificador da guerra na Ucrânia é um tiro no pé
Sergio Moro: Os filhos de Putin
A volta do anão diplomático (editorial de 4 de maio de 2022)


Quando Lula, ainda antes de sua viagem, chegou a afirmar que Zelensky “não pode querer tudo”, em uma referência à Crimeia, ilegalmente anexada pela Rússia em 2014, já legitimou a agressão imperialista. Pois o “tudo” que Zelensky e os ucranianos querem é simplesmente o respeito à integridade de seu território, violada pelos russos. Zelensky não pode “tomar a iniciativa de parar” porque isso seria abrir mão de sua sobrevivência. Europeus e norte-americanos não podem abandonar a Ucrânia porque alimentariam uma ameaça à manutenção da ordem internacional e exporiam a Europa a novas aventuras expansionistas. Por isso a condição primordial para qualquer negociação de paz (a paz verdadeira, não a paz lulista) inclui o respeito às fronteiras originais ucranianas. Zelensky, os ucranianos e as nações que os apoiam têm toda a legitimidade para seguir lutando em busca desse objetivo – que, no entanto, parece demais para Lula.

Na menos desastrosa das hipóteses, Lula quis colocar Ucrânia e Rússia no mesmo patamar para se qualificar como mediador – e já teria errado grotescamente, pois não faltam elementos para rejeitar qualquer tipo de equiparação moral entre o invasor e a vítima. Mas há uma possibilidade ainda mais abjeta, que descarta a mera ignorância geopolítica: Lula estaria deliberadamente deslocando o Brasil para longe das democracias ocidentais e aproximando-o das autocracias e ditaduras por um misto de ultrapragmatismo econômico e antiamericanismo pueril. Em qualquer dos casos, as escolhas do presidente lembram aquelas razões que levaram a chancelaria israelense, em 2014, a chamar o Brasil de “anão diplomático” – não por sua suposta irrelevância, mas pelas péssimas escolhas que o petismo faz.


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PANORAMA DO DIREITISMO BRASILEIRO

Artigo
Por
Alexandre Marques – Gazeta do Povo


Brasília (DF) 30-03-2023 O ex-presidente Jair Bolsonaro chega à sede do PL em Brasília e acena para apoiadores.| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A derrota de Bolsonaro nas eleições de outubro somada à prisão ilegal e indiscriminada de manifestantes bolsonaristas em janeiro, serão no futuro, profetizo, vistas como um evento só. A derrota eleitoral, sozinha, é só uma derrota eleitoral. Mas os eventos de janeiro arrematam-na de tal maneira que é difícil não enxergar em ambos um único episódio de humilhação. Primeiro, o presidente perde por um triz o pleito. Em seguida, nos primeiros dias do novo governo, centenas de apoiadores são presos em uma operação policial à revelia de qualquer direito, por conta de um evento insólito que ninguém consegue explicar, nem julgar definitivamente, com uma apuração a qual o governo eleito luta para combater. O sentido para o drama obriga a ver no episódio um ponto de virada na história que começou em junho de 2013.

  1. Dez anos de direitismo
    A unidade dramática torna-se ainda mais obrigatória se levarmos em conta que junho de 2013 e janeiro de 2023 encerram quase exatamente uma década, que é o prazo que os antigos cronistas romanos usavam para dividir suas narrativas. Alguma razão eles tinham: uma década parece ser quase que o prazo natural para um processo político adquirir inteligibilidade própria: antes disto ele não assume uma forma, depois ele se deforma.

É mais ou menos o prazo que, na França, vai da Queda da Bastilha (1789) ao 18 Brumário (1799); da fundação do Império (1804) até a abdicação de Napoleão (1814). No Brasil, tenentismo (1920 a 1935) e o governo Vargas (1930 a 1945) duraram mais, 15 anos, o arraial de Canudos, menos, uns sete anos. O lulismo (2002 – 2013) quase um década exata. É perda de tempo tentar estabelecer uma lei, mas isso não é motivo para não atendermos ao significado heurístico do prazo, que é, ao menos, superior às opções cronográficas disponíveis, como o calendário eleitoral. Nada que dure muito menos de dez anos pode reverberar historicamente; o que durar muito mais deve ser capaz de mudar para não fenecer ou deformar-se.

Significarão os eventos que coroam os dez anos de bolsonarismo o seu fim? O fim do bolsonarismo significaria o fim do direitismo politicamente viável, ou seja, o fim da direita? Não é possível responder ao certo essas perguntas, é preciso acompanhar a história para saber o final. Mas alguma coisa já podemos e devemos saber da atmosfera geral da nova fase que se inicia, inclusive para poder enxergar o seu fio sem se perder. De saber acompanhar esse fio, depende a própria existência do direitismo, pois, embora um movimento político não possa ser totalmente consciente de si mesmo sem desencantar-se, também não pode não ter nenhuma consciência do sentido do processo.

  1. O esquerdismo e a razão.
    Do contorno geral da nova fase é possível afirmar, já, o seguinte: o direitismo terá de aprender a pensar. Ou ele o faz agora ou continuará sendo o que já é, e se diluirá como realidade política.

E antes ele não pensava? Não. O direitismo até agora falou, escrachou, esculachou mas não pensou, e isso foi seu grande trunfo.

Como assim?

A velha esquerda, o marxismo, pretendia ser uma ciência e guiava-se pela razão. Se propor a guiar a massa de trabalhadores sem estar fundada em sólidos princípios científicos é pura fraude, disse Marx uma vez, socando a mesa, para um proselitista alemão, em 1845. Para a tradição socialista que foi vitoriosa até a segunda metade do século XX, o socialismo era acima de tudo verdadeiro, inclusive moralmente. O defeito da ciência burguesa e da moral burguesa era serem burguesas, não serem científicas e morais.

Não é assim com a dita “nova esquerda”, a tendência socialista que passou a ser dominante a partir dos anos sessenta, acompanhando a ascensão dos EUA no cenário econômico e geopolítico. As fontes filosóficas, e a propriedade do rótulo de Nova Esquerda é um problema que pode ficar para depois. Mesmo que ela não seja inspirada em Marx, e mesmo que a nova esquerda não seja revolucionária, é inegável que ela é parte da história do movimento socialista internacional, que deixou de ser um movimento de trabalhadores, operários e sindicalistas para ser um movimento de professores, artistas, jornalistas mas não deixou, por isso, de ser o mesmo movimento político.

O item fundamental da doutrina da Nova Esquerda é a negação da própria capacidade humana de pensar, da lógica, da ciência, até da matemática. Todo o resto é consequência desse princípio. O leitor comum não se dá conta, mas a teoria de gênero, que afirma, contra o bom senso de todas as tradições éticas e religiosas da humanidade, que ser homem ou mulher é uma questão convencional sem qualquer fundamento na realidade (e como tal pode ser mudada a bel prazer), não é uma loucura. Ao menos não loucura em sentido próprio. É o fruto da elaboração intelectual de um século, o que a torna loucura em um sentido especial. E não é possível entendê-la sem entender a diferença. A afirmação de que não somos inteligentes, não somos capazes de distinguir o verdadeiro do falso só parece um contrassenso – uma loucura simples – por que pensamos, sem perceber, de acordo com a lógica aristotélica que ensina que existem “substâncias” e “acidentes”. Mesmo que não o formulemos dessa maneira sabemos que ser homem ou mulher não é, como as roupas e os nomes, um traço acidental da personalidade de cada um mas sua própria substância, e que, as convenções morais atribuídas a cada um, embora sejam convencionais, são convenções naturais, distintas das convenções puramente arbitrárias, como as cores dos sinais de trânsito ou os nomes das coisas, que são notas acidentais delas. Quando alguém não pensa assim ficamos chocados, e nos perguntamos como alguém é tão louco de pensar assim. Só que essa não é pergunta correta. A pergunta correta não é “como alguém pode pensar assim?”, mas “como alguém louco o suficiente para pensar assim veio a adquirir autoridade?”. A loucura em sentido especial não é um problema médico, mas um problema político.

Antes de vir alguém negar que a atribuição de diferentes obrigações morais aos machos e fêmeas da espécie humana é não apenas uma convenção sem fundamento, mas uma opressão política, o que faz de todo casamento e toda família um mini estado fascista, havia alguém muito erudito para explicar, uns 80 anos antes, em uma sala amadeirada de alguma universidade alemã, que esse negócio de substância e acidente é só uma coisa da cabeça de Aristóteles, e que ninguém era obrigado a acreditar nisso. Gerentes de RH, organizadores de competições desportivas professores e administradores escolares, todos que encontram-se atualmente engolfados em uma confusão infinita nessa matéria antes relativamente simples, confusão que acarreta prejuízos incontáveis para milhares de adultos e crianças, não percebem mas a origem de seus problemas está no fato de que dão crédito a filósofos que desconhecem, e de cujas ideias tomaram conhecimento por meio de jornalistas que por sua vez ouviam falar deles nas faculdades de comunicação social, e que tem os escritos acompanhados pelas pessoas capazes de fazê-lo nas respectivas organizações. O resto simplesmente aceita.

Não se combate uma doutrina assim com pensamento. Nem contra ele serve o que tradicionalmente se concebe como o veículo preferencial do pensamento nas sociedades modernas, a imprensa. Quem argumenta em público contra o fato de que ser homem, mulher, criança, animal, não é uma questão de simples convenção arbitrária, já perdeu. Contra teoria de gênero, o que o filósofo John Rawls chama de Razão Pública, principal fetiche do liberalismo, nada pode. É o que explica que o liberalismo tenha tido um papel não mais que coadjuvante – até parasitário – no caldo do recente direitismo brasileiro. E por que a hegemonia cultural esquerdista dos anos noventa e dos anos dez ter sido quebrantada por um filósofo cuja obra gira em torno da noção de “conhecimento por presença[1]”, que é o conhecimento que precede o próprio processo de pensamento.

  1. A educação pelo escracho
    A esquerda reclamava da falta de “ideias” de Olavo de Carvalho por que ela esperava ser combatida por ideias. Mas o educador campinense foi efetivo precisamente por que não se ocupou de, como ele mesmo dizia, combater ideias, mas pessoas. Combater pessoas não significa, evidentemente, atacar grupos sociais, ou simplesmente ofender nominalmente este ou aquele. Significa denunciar o império universal da pose. Um pose não é uma tese, é uma atitude. E só se corta o efeito retórico de uma atitude com a expressão contundente da atitude contrária, que é para o que serviam os ataques às pessoas, consumados com  verve inigualável.

Verve que nunca teria a eficácia que teve se não viesse conjugada com atitude aparentemente contrária, mas na verdade complementar, do filósofo em sentido clássico. Somente por que entendia que a primeira atitude, mais visível e barulhenta, era uma iniciação à primeira, o seu público foi fiel e crescente e influente como o de nenhum comediante pode ser. Para entender o efeito da arte do esculacho, que Olavo de Carvalho desenvolveu até o limite, é preciso entender que e como ela se coaduna com sua arte de ensinar filosofia socraticamente, pois são dois lados da mesma moeda. Seus inimigos não gostam de ver, sob o palhaço, e se veem forçados a defender a tese asinina de que um astrólogo maluco saiu pela rede esculachando todo mundo, desmoralizou a esquerda no país e ainda criou um movimento político cultural que conta com milhões de simpatizantes e eleitores.

Mas o fato é que em política, a esculhambação pode muito, mas não pode tudo. Como esculhambador, a obra de Olavo foi comparável, talvez, à de Beppe Grillo, o comediante italiano que, de tanto esculachar a elite política, terminou por fundar o movimento 5 estrelas, um dos principais movimentos políticos de direita do mundo[2]. A diferença é que em vão o leitor procurará nas livrarias italianas obras de Grillo, ou de filósofos, romancistas e poetas publicados por inspiração sua. A arte esculhambatória de Grillo foi um instrumento de um movimento exclusivamente político — uma direita — mas não tinha substância para alimentar um direitismo consistente, como a de Olavo tinha. Para o primeiro, a crueza cínica era quase um fim em si; para o segundo, servia a uma finalidade pedagógica. Como o esculacho pode ter uma finalidade pedagógica não é difícil de compreender. Se seu público está convictamente persuadido de que sua motivação para argumentar é o amor pela verdade, você está livre para, além de argumentar, esculhambar. O próprio fato de que você o faça servirá para enfatizar o amor. Agora, se ninguém acredita que você queira de fato entender, conhecer a verdade, é melhor que você use um terno e use palavras difíceis. Não dá para parecer o que todos suspeitam que você seja.

Assim como o escracho, também o socratismo de Olavo de Carvalho possui paralelos históricos a que devemos prestar atenção por que não dá pra entender sem comparar. O direitismo brasileiro não foi o único movimento político a ser inspirado pela atitude socrática de um pensador antes que por sua doutrina propriamente dita[3]. Cito, como caso análogo, a influência de Jan Patocka (1907-1977) na Revolução de Veludo de 1989 na antiga Checoslováquia, que terminou levando seu discípulo, Václav Havel, ao poder.

Como no caso da influência exercida pelo professor brasileiro, a de Patocka se deu menos por suas ideias, que não eram ideias políticas propriamente ditas, que pela imagem socrática do filósofo que Patocka representava para seus discípulos, atitude que, depois, Havel chamou “vida na verdade”, e que ele reconheceu ser o único recurso efetivo contra aquele regime específico[4]. Também digna de menção é a influência do filósofo judeu Leo Strauss (1899-1973) na formação de um certo veio do republicanismo americano. Como Carvalho e Patocka, Strauss foi um professor carismático, admirador da filosofia clássica, sem programa ideológico definido, cuja atividade pedagógica – mais que as obras filosóficas propriamente ditas – esteve na raiz de um movimento político de considerável proporção sem caráter definido[5].

Patocka e Strauss compartilhavam com Olavo de Carvalho um grande número de preferências filosóficas, entre as quais ressaltam a filosofia alemã do começo do século em sua vertente fenomenológica e existencialista, de modo que a semelhança que os une está longe de ser  uma mera questão de atitude. Compartilhavam, além disso, os três, da convicção de que a filosofia clássica era superior a moderna, e que ser um verdadeiro filósofo era, em última instância ser um imitador de Sócrates. E que, portanto, segundo o exemplo desse, a filosofia não era um sistema de conhecimento teórico mas uma arte de viver.

Por último, compartilhavam a ideia de que essa vida verdadeiramente vivida era o único ensino realmente eficaz contra o socialismo pós-marxista. Este já não era uma doutrina propriamente dita mas uma negação da realidade e da inteligência em favor de uma emancipação social concebida não mais em termos socioeconômicos como no velho marxismo, mas antropológicos.

A libertação, tal como a nova esquerda a concebe, já não é a libertação das correntes da opressão econômica e política mas da própria natureza humana. A tentativa de realizá-la não resulta apenas em um sistema politicamente opressivo e economicamente falido, como resultou o experimento do socialismo marxista mas em sociedade fundada na mentira, na confusão artificialmente provocada usada como meio de poder. Frente a um regime como esse, a tarefa do intelectual não pode ser mais a de contrapor um sistema de ideias verdadeiras a um sistema falso mas, simplesmente, de ensinar a vida verdadeira. Não dizer a verdade, mas  vida de alguém que naturalmente o faz.

A admiração pela filosofia política antiga não foi, claro, exclusiva apenas desses pensadores. Muito pelo contrário. A recuperação do “saber dos antigos” é um dos fatos mais característicos da filosofia política do século passado. Quase todos os grandes pensadores políticos do século XX, reportaram-se, de um modo ou outro à herança grega, em agudo contraste com século que os precedeu. Muito menos são estes os únicos filósofos que pregaram a filosofia como arte de viver no século XX.

O próprio Michel Foucault, talvez a maior celebridade francesa da Nova esquerda, cultivou, no fim da vida, inspirado pelo trabalho de Pierre Hadot, uma versão peculiar do socratismo. A obra de filosofia alemã mais badalada dos anos oitenta, A critica da Razão cínica, de   1983,  de Peter Sloterdijk, é uma defesa, à sua maneira, uma visão socrática da filosofia.

O que torna o movimento da Carta 77 que deu origem à revolução de veludo, o straussianismo na cultura americana dos anos oitenta e o direitismo brasileiro análogos não é somente o fato de que foram inspirados por uma certa concepção da filosofia grega antiga — isso, por si só, já é um pouco insólito, se se tem em mente o resultado político — mas o fato de que, além disso, foram movimentos ideologicamente ecumênicos que tinham como único princípio o antiesquerdismo. E vistas as coisas em retrospectiva, considerando o pouco de onde partiram, quem dirá que não souberam mostrar-se rivais à altura? No futuro, uma história intelectual global do século XX deverá, para ser justa, incluir um tópico sobre as “reações socráticas” que ocorreram na Checoslováquia, dos Estados Unidos e do Brasil contra a forma decadente do socialismo. E quem sabe que outros casos poderiam ser aduzidos.

  1. Direitismo sem olavismo
    As reações socráticas sofrem, porém, de um defeito fundamental, que é só a outra face de sua qualidade fundamental: não possuem um programa ideológico definido, o que significa que não são feitas para durar como movimento político organizado. Sua eficácia como discurso deriva da expressão de uma atitude fundamental, não da persuasividade de um programa. Mas a expressão de uma atitude, se serve para inspirar uma maioria silenciosa submetida aos ditados do politicamente correto, não pode orientar um movimento político partidário organizado, para isso é preciso um programa positivo amparado em uma tradição de pensamento político discernível.

Nem a reação socrática patockiana nem a straussiana puderam subsistir como forças políticas autênticas depois de consumada sua reação. A primeira se diluiu num vago esquerdismo democrático, inteligente, crítico dos regimes totalitários, mas não muito mais do que isso. O straussianismo se converteu em uma vertente minoritária da política externa norte americana que, não obstante a mitologia que se tem construído em torno do tema, tem poucas conexões com as ideias do mestre. Converteu-se, também, é verdade, em um movimento pedagógico imensamente benéfico, centrado na leitura quase religiosa pelos chamados grandes livros da cultura ocidental.  Mas o fato que, em termos de discurso político, o straussianismo não vai muito além de um civismo indefinido.

Olavo de Carvalho morreu em janeiro de 2022, quase dez anos depois de publicar o livro que selou sua influência política efetiva, a coletânea de artigos intitulada ‘O mínimo que você precisa para não ser um idiota’, de 2013. Não é sensato esperar que sua atividade pedagógica tenha um destino diferente da de seus antecessores, que é a de findar naturalmente uma vez cumprida a sua tarefa. O caso brasileiro possui, porém, como sempre, uma especificidade, quiça uma distorção. Abaixo do Equador, as coisas são mais complicadas.

Tanto o ensino de Patocka como o de Strauss se desenvolveram por meios tradicionais perante um público letrado tradicional. Isso significa que, encerrada a sua atuação negativa, havia um conteúdo ideológico positivo latente na cultura do país a que os discípulos poderiam recorrer caso quisessem continuar a disputa política, que foi exatamente o que aconteceu. Seu trabalho inspirou uma direita, mas não criou um direitismo.

Tal seria impossível no caso da Checoslováquia dos anos setenta, que ainda era um regime comunista (o próprio Patocka morreu depois de um interrogatório na delegacia) e desnecessário na América dos anos oitenta e noventa, que até uns anos antes tinha o socialismo como inimigo público. De modo que, se sua obra não foi principalmente conceitual, o ambiente em que ela se desenvolveu era dona de uma herança conceitual poderosa, apropriada para mediar uma interpretação realidade política ao mesmo tempo verdadeira e útil a seu ponto de vista — que é o que se espera de um programa ideológico, sem o qual não existe luta política consistente.

Já a influência de Olavo de Carvalho não se exerceu pelos meios tradicionais da universidade mas pelo novo médium da internet introduzido exatamente naquela geração o qual ele foi o pioneiro intelectual público brasileiro a usar com eficácia. Graças à rede, ele pôde alcançar um público novo, desencantado com um sistema universitário intelectualmente esclerosado ao entusiasmo pioneiro do qual se deveu toda a sua presença popular. A outra da face do mesmo fenômeno é que o mesmo desencanto que tornou um número expressivo de jovens estudantes apto a apreciar um pensador original, os tornou marginais ao mesmo sistema em comparação com o qual o novo professor se fazia tão interessante.

Por sua própria natureza, olavismo jamais poderia ou poderá tornar-se uma ideologia política mas o direitismo, subproduto seu, poderia, e deverá fazê-lo, caso queira subsistir como recurso de poder. O problema é que, sem os benefícios de lazer e influência proporcionados pelo aparato universitário, ele queda desprovido dos meios que tornam a interpretação conceitual da realidade social ela própria uma realidade social.

A inspiração negativa, puramente antiesquerdista do filósofo, foi multiplicada quando se coadunou com o novo médium. Nem Patocka nem Strauss deixaram de ser discretos professores ao passo que Olavo de Carvalho, a cujo carisma pessoal somou-se o carisma da novidade do médium, teve a foto exibida em cartazes de “Olavo tem Razão”, sobre ele se fizeram filmes, entrevistas, vídeos.

A questão está em que, quando o carisma pessoal dos discretos professores desapareceu, sua inspiração socrática pôde ser transformada por um aparato educacional em uma tradição pedagógica institucionalizada, fonte permanente de renovação para uma tradição positiva de interpretação da realidade política.

Nada disso está disponível para direitismo brasileiro, que entretanto precisa dela para que haja uma ponte entre o direitismo e a direita. Pois são as ideias, os programas, e a interpretação da realidade política de que esse dependem que mediam o direitismo — a agitação da propaganda, apoiada na insatisfação difusa — e a direita, a ação política partidária. Sem a mediação do pensamento, não há movimento político capaz de contar como um fator na luta pelo poder. O que quer que venha a ser o direitismo brasileiro pelos próximos dez anos dependerá da resposta que se dê a esse desafio.

Alexandre Marques é professor de Teoria Política na Universidade Federal do Piauí e autor de ‘A religião de Carl Schmitt: verdade cristã, autoridade letrada e o poder do Estado no século XX’

[1]Ver Robson, Ronald. Conhecimento por presença: em torno da filosofia de Olavo de Carvalho, Vide, 2020.

[2]Sobre Grillo e o novo direitismo internacional, ver Da Empoli, Giulianno. ‘Os engenheiros do caos’, Vestígio, 2019.

[3]Ensino socrático é uma arte de ensinar filosofia praticada por professores e filósofos durante toda a história da filosofia. Sua principal característica é que compreende a filosofia como uma “arte de viver” e, até, certo ponto, de expressar-se falando ou escrevendo, não como uma doutrina abstrata, e que tem como fonte última os diálogos socráticos de Platão. Boa introdução ao tema em Nehamas, Alexander. ‘The art of living: socratic reflections from Plato to Foucault’, University of California Press, 1998.

[4]Havel, Václav. Le Pouvoir du sans Pouvoir, In: Essais politiques,  Seuil, 1991. Para a conexão entre o seu pensamento e o de Patocka, Findlay, Edward. ‘Classical Ethics and postmodern critique: political philosophy in Václav Havel and Jan Patocka, Review of Politics, Vol. 61, No 3, Verão de 1999.

[5]O straussianismo foi objeto de uma longa polêmica entre filósofos americanos ´nas últimas décadas. Ver um histórico dela, e uma defesa de Strauss, em Minowits, Peter. Straussophobia, Lexington books, 2009.

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MORAIS QUER PENALISAR POLÍTICOS DE DIREITA PELOS ATOS DE 8 DE JANEIRO

  e Mundo Invasão Brasília STF

Moraes indica que políticos de direita podem ser responsabilizados pelo 8 de janeiro

Byvaleon

Abr 19, 2023

STF

Por
Renan Ramalho
Brasília


Alexandre de Moraes diz ser “evidente” ligação de deputados com invasões e acampamento do 8 de janeiro| Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

No voto que proferiu para tornar réus 100 pessoas envolvidas nos protestos e atos de vandalismo contra os três Poderes no 8 de janeiro, o ministro Alexandre de Moraes indicou que políticos de direita também poderão ser responsabilizados criminalmente pelos atos. Em seu voto, ele citou nominalmente um senador e 14 deputados já investigados no Supremo Tribunal Federal (STF), apontando conexão de suas condutas com a dos manifestantes denunciados.

A conexão foi apontada como justificativa do ministro para manter os casos no STF, já que os 100 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) não têm foro privilegiado. Ele escreveu que “a extensão e as consequências” da associação criminosa e de outros delitos supostamente cometidos pelos participantes do ato são objeto de outros procedimentos em andamento na Corte “direcionados a descobrir a autoria dos financiadores e dos incitadores, inclusive autoridades públicas, entre eles àqueles detentores de prerrogativa de foro”.

Em suma, nessas outras investigações, o ministro quer descobrir se parlamentares, que têm foro no STF, instigaram os manifestantes ou bancaram o acampamento, a viagem ou a alimentação deles em Brasília.  Há dois grupos de congressistas citados por Moraes.

O primeiro é formado pelos deputados federais Clarissa Tércio (PP-PE), André Fernandes (PL-CE), Silvia Waiãpi (PL-AP), Coronel Fernanda (PL-MT) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB), todos eles apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e eleitos no ano passado pela primeira vez para a Câmara dos Deputados.

Bolsonaro também é investigado no caso, mas em outro inquérito, dedicado a apurar supostos “autores intelectuais” dos atos. A pedido da PGR, o ministro determinou que a Polícia Federal tome o depoimento dele em até 10 dias. O ex-presidente é investigado por ter postado e depois apagado um vídeo questionando o resultado das eleições dias após as invasões.

Cada um dos cinco deputados citados no primeiro grupo responde a inquéritos específicos pelo fato de terem, no dia 8 de janeiro, publicado postagens ou vídeos nas redes sociais comentando ou repercutindo as invasões às sedes do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF. Para a PGR, que pediu a investigação deles, todos podem ter cometido o crime de incitar a tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais.

Waiãpi é investigada por ter postado a seguinte frase no Instagram: “Povo toma a Esplanada dos Ministérios nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho”, em meio a vídeos da manifestação. André Fernandes, por ter anunciado a manifestação antes de sua ocorrência: “Neste final de semana acontecerá, na Praça dos Três Poderes, o primeiro ato contra o governo Lula. Estaremos lá”, escreveu o deputado no Twitter.

A base para pedir a investigação de Clarissa Tércio foi a postagem de um vídeo em que uma mulher dizia: “Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. Todo povo está aqui em cima. Isso vai ficar para a história, a história dos meus netos, dos meus bisnetos”.

Gilberto Silva é investigado por postar que “o povo não aguenta mais ser estrangulado por quem deveria ser o guardião da Constituição” – para a PGR, ele não cometeu crime, mas Moraes ainda não mandou arquivar a investigação contra ele, pedida pelo PSOL. O inquérito contra Coronel Fernanda está em sigilo, e o motivo de sua investigação é desconhecido.

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PERSEGUIÇÃO AO SENADOR SERGIO MORO

 

Destruição da Lava Jato

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


O senador Sergio Moro (União Brasil-PR).| Foto: Pedro França/Agência Senado.

O primeiro assunto de hoje é a denúncia oferecida pela vice-procuradora-geral da República Lindôra Araujo contra Sergio Moro. A relatora já está escolhida: é a ministra Cármen Lúcia. Imediatamente, assim que se soube que Sergio Moro teria dito que Gilmar Mendes vende habeas corpus, o advogado do ministro encaminhou esse pedido à PGR, imediatamente o caso seguiu para o Supremo e já tem relator. É tudo muito rápido quando se trata de ministro da própria casa, mas o serviço público é gerido pela moralidade, diz o artigo 37 da Constituição, ou tratamento igual para todos, e há muita gente esperando há anos o desfecho de seus casos no Supremo.

Também acho isso estranho porque o artigo 53 da Constituição diz que senadores e deputados são invioláveis por quaisquer palavras. E aí surge uma outra questão: o também senador Jorge Kajuru, outro dia, disse que Gilmar Mendes vende sentenças e isso estava para ser arquivado. Só que agora daria muito na vista esse contraste, e então a vice-procuradora Lindôra Araújo desistiu de arquivar o caso e encaminhou também ao STF a denúncia de calúnia por parte desse outro senador. E a Gazeta do Povo lembrou que André Janones, na época da discussão sobre Brumadinho, aquele desastre que matou tanta gente, chamou Gilmar Mendes de “canalha” quando o ministro concedeu habeas corpus para o presidente da Vale, e não aconteceu nada. São essas coisas estranhas que a gente vê no Brasil de hoje.

Lula e ministros no modo “metamorfose ambulante”

As idas e vindas não acontecem apenas no Judiciário, mas no governo também. O presidente Lula um dia defende a Rússia, agora condena a invasão do território ucraniano. O seu ministro da Fazenda volta atrás e não vai mais taxar as compras de varejistas chinesas abaixo de US$ 50. O próprio governo deve estar confuso sobre o que fazer e sofre um grande desgaste com isso.

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Nova pesquisa lança mais dúvidas sobre segurança de vacinas
Mais um aviso sobre vacinas. Eu estava lendo aqui uma reportagem escrita por um físico e um médico da Austrália sobre uma pesquisa com 44 ratas e macacas. Essas fêmeas receberam a vacina; a perda gestacional dobrou, e também aumentaram a anormalidade fetal e a concentração de nanolipídios nos ovários, o que interfere no seu funcionamento. Aí eles perguntam: se está acontecendo isso com fêmeas dessas espécies, que têm uma genética parecida com a nossa – não somos muito diferentes dos ratos, eu acho que temos mais de 90% de semelhança genética, e mais ainda com os macacos, primatas como nós – podemos dizer que a vacina é segura para humanas? São questões que só agora estamos discutindo, parece que agora, sim, estão se preocupando.

Portugueses preparam manifestações contra Lula
Para encerrar, já que estou em Lisboa, há um partido político aqui – o Chega, que é liderado pelo deputado André Ventura, chamado de “Bolsonaro de Portugal” – que vai fazer oposição ao presidente Lula, que virá aqui no dia 25 de abril. Interessante: o partido de um país europeu vai fazer oposição a um presidente sul-americano, fazendo reuniões e preparando manifestações contra Lula no parlamento e nas ruas de Lisboa.


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AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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