Governo conta com Centrão para obter maioria em CPMI dos atos antidemocráticos
Caso não consiga retirar assinaturas, Planalto quer aproveitar adiamento da leitura do colegiado para trabalhar em um ‘plano B’
Por Julia Lindner e Mariana Carneiro – Jornal Estadão
O governo saiu do estado de negação e passou a trabalhar com a possibilidade de que a CPMI dos Atos Antidemocráticos tem
chance de acontecer. Nesta terça (18), aliados de Lula começaram a
desenhar uma estratégia de defesa, para o caso de perderem a disputa
pela retirada de assinaturas de apoio. Desejam articular com partidos do
centrão a indicação de membros afinados com o governo para formar
maioria no colegiado — composto por 15 deputados e 15 senadores. De
acordo com a Secretaria-Geral do Congresso, a indicação deverá levar em
conta os grandes blocos da Câmara, o que significa que o grupo
majoritário liderado por Arthur Lira (PP-AL) terá vantagem na composição.
O presidente Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Foto: Adriano Machado/Reuters – 11/1/2023
Além do PP, o grupo é formado por União Brasil, PDT, PSB,
PSDB/Cidadania, Avante, Patriota e Solidariedade. O segundo maior bloco
da Casa é liderado pelo MDB e PSD. Pelas contas já feitas por deputados,
o bloco de Lira deverá ter direito a cinco vagas; o bloco do MDB,
quatro vagas; o PL três vagas; o PT, duas vagas; e o PSOL/Rede, uma
vaga.
Governistas ainda acreditam que há chance de a CPMI perder
assinaturas até a próxima semana. Viram com otimismo o adiamento da
sessão do Congresso que iniciaria a comissão ter recebido o apoio de PP e
Republicanos. Bolsonaristas ficaram isolados.
Inconformados com a demora na abertura da sessão do Congresso que
deliberaria sobre a CPMI, deputados bolsonaristas foram ao Senado cobrar
Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pessoalmente. Mas erraram a porta da
presidência da Casa e foram à secretaria-geral. Alertados, deram
meia-volta. Todos com celulares em punho.
Artigo Por Joshua Katz – Gazeta do Povo Public Discourse
Para John Agresto, o recente “desmantelamento das artes liberais vem de dentro” das universidades| Foto: Pixabay
A
capa do novo livro de John Agresto, The Death of Learning: How American
Education Has Failed Our Students and What to Do about It (A morte da
aprendizagem: como a educação americana falhou com os alunos e o que
fazer sobre isso, em tradução livre), traz uma imagem da biblioteca Gore
Hall, em Harvard, nos anos 1870. E talvez esta seja uma indicação sutil
do conteúdo do livro: Gore Hall, a primeira biblioteca da universidade,
foi demolida em 1913. Claro, ela foi substituída pela grande Biblioteca
Widener, que é um tesouro. Mas será que continuará sendo um tesouro? Em
setembro de 2020, a universidade anunciou em um comunicado à imprensa
que “a Biblioteca de Harvard começou a construir uma equipe
Antirracismo”, nomeando seu “primeiro Bibliotecário/Arquivista
Antirracismo Negro”, que “trabalhará com colegas de toda a Biblioteca de
Harvard em objetivos relacionados à centralização do antirracismo e da
diversidade no ciclo de vida das nossas coleções”. Imagine ser pago para
fazer isso em Harvard.
Mas você não precisa imaginar: isto é o que aconteceu com a educação
nos EUA, não apenas em Harvard, mas em praticamente todos os lugares. A
situação, resumida em uma frase de Agresto: “Não há outra maneira de ver
isto que não seja como uma tragédia”. Particularmente insidioso é que,
ao contrário da maioria dos exemplos de ataques políticos à educação no
passado, o recente “desmantelamento das artes liberais vem de dentro”.
“Vem de departamentos radicalizados de história, literatura,
clássicos, estudos americanos e toda a miríade de outros estudos ligados
a grupos de interesse etnopolíticos. Vem de praticamente todas as
escolas e faculdades de educação. É por isso que não hesito em dizer que
a educação liberal na América está morrendo e não é por assassinato,
mas por suicídio”, afirma o autor.
Descrevendo a autodestruição com graça, cuidado e doses regulares de
humor, Agresto faz o possível para imaginar um futuro melhor. Escritor
magnífico, que evita amplamente a retórica incendiária, ele é um
administrador raro e talentoso que parece não ter perdido nada de sua
humanidade ou capacidade de admiração quando entrou nos escalões
superiores da burocracia acadêmica: como presidente interino do Fundo
Nacional Para as Humanidades em meados dos anos 80, depois como
presidente do St. John’s College, em Santa Fé, de 1989 a 2000, e mais
recentemente como curador fundador da Universidade Americana do Iraque,
Suleimânia.
Mas o que são as artes liberais? Segue a explicação contundente de
Agresto: “uma forma de entender as questões mais importantes da
preocupação humana através da razão e da reflexão”. Ele escreve que “as
artes liberais têm a promessa de libertar cada um de nós do cativeiro do
preconceito, das banalidades e da superstição, ou de qualquer coisa que
‘todos’ acreditem”, e ainda, “visam de uma vez ser verdadeiramente
radicais e verdadeiramente conservadores”, exigindo que os indivíduos
adquiram um fundamento na sabedoria do passado para que possam realmente
pensar por si mesmos.
Educação em perigo Infelizmente, ele lamenta, “uma educação
artística liberal rica e completa me parece tão ameaçada [agora] quanto o
Orangotango de Sumatra”. Ele continua afirmando que, quando começou a
pensar no livro, há quase três décadas, escreveu frases como “É claro
que no reino da educação as palavras ‘artes liberais’ sempre foram
palavras de grande elogio” e comentou como era muito raro encontrar uma
“faculdade de artes liberais que não se considere a joia da coroa de
todo o empreendimento educacional”. Como as coisas mudam.
No entanto, mesmo nos anos 80, a fogueira das humanidades estava bem
encaminhada. Agresto sabe disso, é claro. De fato, ele gasta um bom
número de páginas no desmantelamento do currículo da Cultura Ocidental
de Stanford, que foi ensinado pela última vez em 1987-88. Cerca de
quinhentos manifestantes, incluindo Jesse Jackson, iniciaram esta luta
marchando no campus com palavras de ordem para que o currículo fosse
abolido. A marcha ocorreu em janeiro de 1987; em fevereiro, o professor
de Agresto, Allan Bloom, publicou The Closing of the American Mind (O
fechamento da mente americana, em tradução livre); e no final de março
de 1988, o jogo foi finalmente resolvido quando o Senado da Faculdade,
em uma votação de 39 a 4, aprovou a reformulação do curso para torná-lo
mais global e, supostamente, menos racista e sexista.
O fato é que as humanidades – historicamente uma subseção das artes
liberais: literatura, música, história, etc. – estão há muito tempo em
grandes dificuldades. É difícil encontrar um curso básico sobre
Shakespeare na maioria das faculdades e universidades mais conhecidas; a
ascensão da STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), por
todas as suas maravilhas, levou nos últimos meses à caixa de Pandora
conhecida como ChatGPT; e, o pior de tudo, os aspirantes a defensores
das humanidades de hoje geralmente não parecem ter nenhuma ideia do que
estão defendendo ou como fazê-lo.
Parte do desafio é que a defesa das artes liberais envolve grupos de
perguntas e debates em vez de um conjunto de princípios claramente
articulados. As maiores questões da vida quase nunca são resolvidas para
satisfação de todos, e se não estudarmos as diferenças entre os
Epicuristas e os Estóicos, entre Locke e Rousseau, e entre os
originalistas legais e os não originalistas, estamos perdendo nosso
próprio ritmo.
A natureza diversificada das artes liberais significa que ser educado
é conhecer não apenas o proverbial “melhor que se pensou e disse no
mundo”, mas também os outros pensamentos. “Compreendemos melhor a
Constituição dos Fundadores dos EUA”, escreve Agresto, “lendo os
escritos de vários anti-federalistas ao lado de O Federalista”. E além
disto: uma educação liberal também deveria ensinar “como lidar com o
pior que já foi dito e feito e compreender o porquê”.
Agresto rejeita firmemente a ideia de que as pessoas que estudam as
humanidades são mais humanas do que aquelas que não o fazem. Obviamente,
ele está correto a esse respeito. “Somos na verdade humanistas e
artistas liberais mais morais do que… donos de delicatessens?” pergunta
Agresto. Eu sou neto de donos de uma delicatessen que não frequentaram a
faculdade, e não hesito em dizer que eles eram mais morais do que eu e a
maioria das pessoas que conheci em décadas na academia.
Uma coisa é exaltar o extraordinário, como todos nós devemos fazer.
Mas é profundamente errado desdenhar ou condenar o ordinário. No
entanto, é assim que a elite americana está agindo agora. “A vida
familiar, a heterossexualidade, o simples amor ao país, as virtudes
tradicionais, os hábitos religiosos tradicionais” – todos estão sob
ataque regular nas instituições de ensino superior que apresentam aos
estudantes perguntas como “Você já esteve em algum bar, clube social ou
marcha gay ou lésbica? Se não, por que não”? (cortesia do Estado de
Dakota do Norte). É bom lembrar o Cardeal Newman, como faz Agresto: “um
treinamento universitário é o grande meio comum para um fim grande mas
comum”.
Para os Guerreiros da Justiça Social, porém, há um novo “comum”. Um
comum horripilante. Eis como Agresto o coloca, depois de nos lembrar que
Justiça Social era o nome da revista virulentamente anti-semita do
Padre Coughlin: “Nos últimos trinta anos, houve a vandalização de tanta
coisa do ensino superior. Os supostos reformadores entraram no armazém
de séculos de conhecimento acumulado, derrubaram suas paredes, jogaram
fora seus livros e derrubaram seus monumentos. Por toda sua corajosa
conversa sobre justiça, eles realizaram o que tem que ser visto como um
dos atos mais intelectualmente criminosos dos tempos, o equivalente
moderno de queimar as bibliotecas da antiguidade. Hoje, atos que eram
impensáveis, inimagináveis, há apenas alguns anos atrás, parecem agora
muito comuns”.
O livro de Agresto é liberal, amplamente moderado, e explicitamente
americano: liberal não como “conservador”, mas no sentido de ser sobre a
liberdade (libertas do latim, a fonte de nossa “liberdade”); moderado
porque a moderação é “a virtude que uma educação liberal cultiva melhor,
assim como a virtude pela qual é frequentemente mais criticada”; e
americano porque “somos diversos, para cada um de nós, ‘nosso’ significa
não apenas o que temos em comum, mas também o que temos separadamente”.
Esta defesa da educação liberal ressoará especialmente em leitores como
eu, que pelo menos se consideravam liberais, que tentam quando possível
ocupar o meio termo, e que se encontram cada vez mais agressivos na
promoção dos ideais e instituições americanas.
Subestimando o ultraje
Embora às vezes seja repetitivo, você pode pegar A Morte da
Aprendizagem e ler quase qualquer capítulo por conta própria e ser
edificado. Mas a maior falha, em minha opinião, é que Agresto faz um
trabalho melhor de explicar “como a educação americana falhou com nossos
alunos” do que “o que fazer com ela”. Não que ele não diga as coisas
certas: sobre a conveniência de investir grandes somas em pequenas
faculdades de artes liberais; sobre a importância de conquistar os
jovens e aqueles que os ensinam (razão pela qual ele termina o livro com
duas exortações sinceras: “Uma Mensagem aos Professores e Diretores do
Ensino Médio” e “Uma Mensagem aos Alunos do Ensino Médio”); e as
possibilidades que as novas universidades oferecem – de Austin, Texas
(por questões de transparência: faço parte do conselho consultivo da
Universidade de Austin) até a Região do Curdistão no Iraque. Mas, como
já sugeri, encontrei na segunda metade do livro mais desejos do que
sugestões de políticas originais.
Há também alguns pontos em que Agresto se engana. O mais flagrante é
sua valorização do imunologista Anthony Fauci, que se formou em estudos
clássicos na Holy Cross. Agresto o compara com Martin Luther King Jr.,
afirmando que ambos são “homens perspicazes de presença pública,
persuasão e julgamento – e assim capazes de fazer grandes coisas”, mas
eu não o usaria como um exemplo de por que uma “educação em artes
liberais [é] algo particularmente importante e estimável”.
Em outras ocasiões, porém, Agresto sobrestima a boa vontade e
negligencia a extensão do ultraje acadêmico sobre certos temas. Ele tem
bons momentos quando explica como uma educação liberal pode ser não
apenas de valor para nós como indivíduos, mas de uso genuíno – Agresto
gosta desta palavra – para nosso bem-estar coletivo como país. Ele
destaca a educação e o senso de responsabilidade cívica de três dos pais
fundadores dos Estados Unidos e seu “refundador” do século XIX, mas não
observa que nos últimos três anos estátuas proeminentes de Thomas
Jefferson e Abraham Lincoln foram derrubadas ou que a cidade de James
Madison, Montpelier, no estado de Vermont, EUA, se tornou agressivamente
woke.
Justo, talvez. Mas será que ele teria previsto que uma estátua de
John Witherspoon, erguida por uma universidade de elite no recente ano
de 2001, estaria agora seriamente ameaçada? Enquanto escrevo, a
administração de Princeton está debatendo o que fazer em relação a uma
representação de destaque do único clérigo e único presidente
universitário a assinar a Declaração de Independência: um cidadão do
mundo que serve como referência do nome da instituição que publica o
Public Discourse (por questões de transparência: Princeton me demitiu no
ano passado, mas permaneço como bolsista sênior no Instituto
Witherspoon). A controvérsia fez notícia nacional, inclusive nestas
páginas. Àqueles que querem derrubar a estátua, eu ofereço a advertência
de Witherspoon à comunidade de Princeton há muito tempo: “Não vivam
inúteis e morram desprezíveis”.
Mas vamos tentar terminar de forma positiva. Em suas reflexões
salutares sobre uma “aliança” entre as artes liberais e a educação
profissional, Agresto cita Booker T. Washington, que certamente não era
nem inútil nem desprezível. Washington escreveu sobre um estudante que
fez uso da gramática, química e outros temas livrescos na criação de um
acre de repolhos esplêndidos: “Aqui está tanto o que é interessante,
estranho, misterioso e maravilhoso; tanto o que se aprende que é
edificante, que se alarga, que se refina numa couve como numa página de
latim”. Ele estava certo, e vou acrescentar à discussão a declaração de
Plínio, o Velho, em I d.C.: “Brassicae laudes longum est exsequi”
(“seria um longo negócio enumerar as glórias do repolho”).
O aprendizado em todas as suas formas pode e deve ser salvo. Não
vivemos no melhor de todos os mundos possíveis, e está na hora de todos
pararem com as tolices destrutivas e voltarem a cultivar nossos
preciosos jardins, tanto agrícolas quanto acadêmicos.
A Inteligência Artificial e o ChatGPT tem dominado as discussões
sobre o futuro da automação e da tecnologia em interface com o ser
humano.
A tecnologia muda o mundo todos os dias, mas, nas últimas semanas deu
um salto alcançando milhares de usuários em todo mundo que passaram a
contar com o uso de Inteligência Artificial na produção de textos e
imagens.
Mais famoso entre os recursos hoje disponíveis, o ChatGPT da empresa
Open AI é, sem dúvida, uma novidade para os amantes de automatizações.
Na prática, o site possibilita a criação e qualquer texto depois de
uma orientação inicial usando como base informações já disponíveis na
rede e – algo novo –, com uma linguagem simples e natural aproximando a
comunicação ainda mais dos usuários, no caso, os humanos.
Apesar de não ser relativamente nova, o uso de Inteligência
Artificial para a criação de textos e imagens deu um salto significativo
em 2023 e está cada vez mais popularizada entre crianças, jovens e
adultos que agora contam com a máquina para produzir todo tipo de texto.
ChatGPT – risco ou oportunidade?
Enquanto profissionais de Comunicação usam o recurso para otimizar
suas entregas e acelerar processos criativos a novidade, também chega
para quem ainda está com o cérebro em formação, e, é aí, segundo a
especialista do SUPERA, que mora o problema.
“Veja bem: estamos falando de crianças em idade escolar que ao
criarem um texto, ao pensarem em uma imagem, ao inventarem uma
realidade, estão criando conexões cerebrais porque é justamente disso
que se trata: estar na escola é aproveitar o melhor momento do cérebro
para absorver todo tipo de conteúdo e correlacionar esses conteúdos para
que eles façam sentido em breve, na vida adulta. Quando as crianças
começam a optar pelo caminho preguiçoso muito cedo, terceirizando a um
algoritmo o trabalho de esforço mental que elas mesmas deveriam ter,
temos sim um cenário de atenção para a sociedade”, alertou Livia Ciacci,
neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro.
A especialista do SUPERA lembra ainda que, assim como outras
tecnologias, o ChatGPT e o uso de Inteligência Artificial são um caminho
sem volta.
“Nosso papel enquanto formador de opinião não é ir contra a corrente
pois o ChatGPT é a nova calculadora, mas, sim, alertar sobre os
prejuízos deste tipo de tecnologia para quem ainda não tem discernimento
para fazer o bom uso do recurso”, justificou.
Inteligência Artificial X inteligência Humana
Embora recursos como o ChatGPT só funcionem bem com riqueza de
detalhes e autoridade de quem usa a ferramenta, o recurso está
completamente condicionado a informações que já estão disponíveis na
rede. Além disso, a Inteligência Artificial ainda não consegue
correlacionar fatos de forma clara, sobretudo as informações que
envolvem a capacidade analítica do ser humano em tirar as suas próprias
conclusões.
O ChatGPT pode resolver alguns problemas e acelerar a escrita, mas
ele não ensina a pensar ou a como usar as informações. A especialista do
SUPERA acredita que na área da educação por exemplo, ele deveria ser
incorporado o mais rápido possível, já que é uma oportunidade de criar
atividades mais complexas para os alunos. Ao invés de pedir para uma
turma escrever um texto sobre algo, pode-se pedir para que usem a
automatização para escrever e depois fazer uma análise crítica, como por
exemplo: Qual item importante o ChatGPT não incluiu? A informação que
ele trouxe está atualizada? “Ou seja, no fim das contas, o que interessa
é como aprendemos a usar nosso córtex pré-frontal e as funções
executivas, que continuarão sendo o diferencial humano. Análise,
planejamento, motivação, foco e propósito, só nós temos e precisamos
constantemente aprender e aperfeiçoar tais habilidades. Em um mundo cada
vez mais automatizado, quem pensa é rei!”, avaliou.
O ChatGPT vai mudar o nosso cérebro?
A resposta é: depende.
Segundo a especialista, temos que considerar outros fatores que estão
atrelados ao uso desta tecnologia, como a maior pressão por
produtividade, a banalização da originalidade e o não incentivo a
produções autorais e criativas.
Ainda segundo a especialista do SUPERA – Ginástica para o Cérebro,
podemos pensar ainda que muitas das coisas que estão surgindo agora
ainda não foram analisadas usando os devidos parâmetros científicos, que
asseguram a resposta que a ciência vem dando a sociedade nas últimas
décadas, e, com a Inteligência Artificial não será diferente.
“O que podemos afirmar é que o cérebro se adapta ao que faz e ao que
não faz. Se os algoritmos são utilizados para ganhar tempo em tarefas
mecânicas e a pessoa usa esse tempo para se ocupar com coisas mais
complexas, temos o cenário perfeito!
Por outro lado, se a preguiça tomar conta e a pessoa evitar o esforço cada vez mais, temos um problema.”, concluiu.
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Governabilidade em risco Se Lula não fizer ajustes Sílvio Ribas – Gazeta do Povo Brasília
Decretos de Lula para mudar o Marco Legal do saneamento coloca em
dúvida projetos de novas redes de água e esgoto| Foto: Arison Jardim /
Secom Acre
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deu um
recado direto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para que ele
reveja os termos dos dois decretos, de 5 de abril, dedicados a mudar o
Novo Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/20) e privilegiar estatais do
setor. Se Lula não ceder a esse apelo, o deputado promete levar ao
plenário a votação de um projeto de decreto legislativo (PDL) com força
para derrubar as iniciativas do petista.
“O clima na Câmara não é de satisfação e a possibilidade de se votar
um PDL existe. Mas, sempre antes de levar um PDL adiante, tenho por
hábito exaurir a discussão ao máximo, para que o governo possa rever os
exageros”, declarou Lira em entrevista ao programa Canal Livre, da TV
Bandeirantes, no domingo (16). Para ele, o governo terá que negociar
logo mudanças nos decretos para impedir a anulação deles.
O imbróglio representa a primeira queda de braço de Lira com o
governo e ocorreu logo após a formação do superbloco partidário –
formado por 173 deputados de PP, União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade,
Avante, Patriota e Cidadania-PSDB – que recolocou o presidente da Câmara
como protagonista das negociações na Câmara.
Para André Rosa, professor de Ciência Política do Centro
Universitário do Distrito Federal (UDF), o cenário que se desenha obriga
o governo a ampliar a gama de benefícios reservada ao grupo de Lira,
dentro da lógica do presidencialismo de coalizão. “Por outro lado, há
grave risco de o Executivo ter sérios problemas de governabilidade com
eventuais disputas por poder dentro do próprio Congresso”, observou.
VEJA TAMBÉM:
Universalização do saneamento provoca corrida nos estados por investimentos privados
Editorial: Para Lula, estatais valem mais que pobres sem água e esgoto
Lira classifica como “retrocesso” o decreto de Lula que altera o marco do saneamento
Meta de universalização dos serviços pode ser adiada Aprovado
em 2020 pelo Congresso, o novo marco visa aumentar a concorrência nos
serviços de água e esgoto no país, permitindo que o setor privado
invista mais e que existam metas para construção de redes e de melhora
da qualidade do atendimento à população. Os decretos de Lula vão na
direção contrária e, por isso, geraram resistências no setor e em grupos
políticos, além de incentivar questionamentos na Justiça.
Um dos pontos mais polêmicos dos decretos foi o que permite a
estatais a prestação de serviços em regiões metropolitanas, aglomerações
urbanas e microrregiões sem licitação. Antes dos decretos de Lula,
1.113 municípios, com 30 milhões de habitantes, tiveram contratos com
companhias de água e esgoto considerados irregulares após a análise da
capacidade delas em cumprir os objetivos do marco, bloqueando o acesso
aos recursos federais.
A nova regulamentação visa universalizar serviços de água e esgoto
até 2033, levando água potável para 99% da população e coletando e
tratando esgoto para 90%. Hoje, 100 milhões de brasileiros não têm rede
de esgoto e falta água potável para 35 milhões, segundo o Instituto
Trata Brasil. Especialistas temem que as flexibilizações praticadas por
Lula possam prejudicar as metas de universalização estabelecidas no
âmbito do marco legal.
A Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços
Públicos de Água e Esgoto (Abcon) informou em nota que os decretos de
Lula “muito provavelmente” podem retardar o alcance da universalização
dos serviços. A entidade defende a concorrência por meio de processos
licitatórios como essencial ao cumprimento das metas de investimento e
qualidade.
O Novo ingressou no dia 6 de abril com Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental (ADPF) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF)
pedindo a suspensão dos decretos. O presidente do partido, Eduardo
Ribeiro, afirmou que essa alteração das regras foi “o maior retrocesso
proposto pelo governo Lula até agora”.
Segundo Ribeiro, o novo marco destravou os investimentos no setor e
estava caminhando bem para a solução de um problema histórico e grave no
Brasil. “É inacreditável que tenham coragem de fazer uma coisa dessas”,
declarou. Na ação, o Novo argumenta que o governo federal violou
preceitos da separação dos Poderes, da dignidade humana, da redução das
desigualdades regionais, do meio ambiente, do pacto federativo e do
processo licitatório.
Foram apresentados até agora três PDLs que poderão tramitar de forma
agregada. O primeiro foi do deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP),
sob o argumento de invasão do Planalto sobre seara do Legislativo.
Os partidos de esquerda votaram contra o novo marco e agora tentam
reverter a legislação aprovada por Câmara e Senado após amplo debate e
projetos em curso que somam R$ 90 bilhões nos próximos 10 anos.
A mudança no marco regulatório é vista como retrocesso no programa de
privatizações das companhias estaduais de saneamento, como as do Rio de
Janeiro (Cedae), que já produziu efeitos positivos. Em São Paulo, a
privatização da Sabesp é promessa de campanha do governador Tarcísio de
Freitas (Republicanos).
Ícones / Aplicativos – 05-06-2017 – Alguns ícones de aplicativos mais baixados. Na foto, Aplicativo do WhatsApp.
Lei sobre fake news e responsabilização por conteúdos publicados
em mídias sociais e aplicativos de mensagens pode ter tramitação
apressada na Câmara.| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou
que deseja ver aprovado na Câmara ainda este mês o projeto de lei das
fake news, oficialmente conhecido como Lei Brasileira de Liberdade,
Responsabilidade e Transparência na Internet. O texto já foi aprovado no
Senado ainda em 2020 e prevê regras para remoção de conteúdos,
responsabilização de plataformas de mídia social e envio de mensagens, e
combate à difusão de mensagens falsas e à utilização de ferramentas
como robôs no impulsionamento de conteúdos – tudo isso com um arsenal
renovado de punições para os eventuais infratores. Lira quer pressa –
mas os motivos que ele alega para promover um novo “tratoraço”, a
exemplo do que fizera com a Lei das Estatais, ano passado, são
exatamente os que justificariam toda a cautela possível na tramitação do
projeto.
Lira pretende repetir o que ocorreu no Senado, onde o PL 2.630/2020
não passou por nenhuma comissão, indo diretamente ao plenário. “A
intenção da presidência [da Câmara] é trazer para a pauta entre os dias
26 e 27. Daqui para lá o deputado Orlando [Silva, relator do PL] está à
disposição – como coloquei para todos os líderes – das lideranças, dos
deputados”, afirmou Lira. Em outras palavras, o texto final que os
deputados votarão é uma incógnita completa, pois ainda está sendo
construído e pode mudar de acordo com as negociações feitas entre o
relator e as lideranças partidárias. As versões oficiais do PL 2.630
publicadas até o momento pela Câmara, portanto, podem não valer
absolutamente nada, com a possibilidade de troca de última hora por um
novo substitutivo.
Uma tramitação acelerada, em vez de evitar que estejamos “sempre na
mão ou de um abuso ou de uma injustiça”, eleva incomensuravelmente o
risco de ter o efeito oposto: estabelecer previsão legal para mais
abusos e injustiças
Ora, esse procedimento já seria condenável ainda que estivéssemos
diante de matéria simples, de repercussão limitada no dia a dia do
cidadão. Mas o PL 2.630 nada tem de simples nem de irrelevante, pelo
contrário: está em jogo o futuro da liberdade de expressão no Brasil, e
isso em nada combina com regimes de urgência ou votações diretamente em
plenário de textos que os parlamentares terão poucas horas para
analisar. Não faz o menor sentido apressar a tramitação justamente
daquilo que exige mais atenção e reflexão; isso seria inverter a lógica
legislativa. O caminho correto para o PL 2.630 seria o do trâmite pelas
comissões da Câmara, especialmente a de Constituição e Justiça, mas
também a de Comunicação ou a de Ciência, Tecnologia e Inovação. Assim, a
sociedade poderia acompanhar com atenção os debates e votações, a
apresentação de emendas e substitutivos, e participar da construção de
um texto que realmente cumprisse o objetivo de fazer da internet um
ambiente mais saudável com respeito pleno à liberdade de expressão.
Frear o PL 2.630 é especialmente importante porque a liberdade de
expressão tem sido repetidamente violada no Brasil, em um “apagão” que
começou nos tribunais superiores e se espalhou por outras instâncias de
poder, pela opinião pública e pela sociedade civil organizada. “Se não
legislarmos, se não coibirmos os excessos, não impusermos os limites
legislativos mínimos que sejam, nós vamos estar sempre na mão ou de um
abuso ou de uma injustiça”, argumenta Lira. Mas todos os que têm
consciência da importância de promover responsabilidade na internet e
defender a democracia e a liberdade de expressão haverão de concordar
que uma tramitação acelerada, com pouco tempo para reflexão a respeito
do texto que efetivamente será levado a votação, em vez de evitar que
estejamos “sempre na mão ou de um abuso ou de uma injustiça”, eleva
incomensuravelmente o risco de ter o efeito oposto: estabelecer previsão
legal para mais abusos e injustiças.
VEJA TAMBÉM: O apagão da liberdade de expressão no Brasil (editorial de 30 de agosto de 2021) PL das fake news precisa de correções indispensáveis (editorial de 18 de março de 2022) Audiência sobre mídias sociais virou palco para censores (editorial de 2 de abril de 2023)
Se a Câmara errar a mão, causará um enorme dano ao país,
cristalizando na lei o apagão conceitual que chama de fake news qualquer
afirmação que poderosos ou grupos de pressão considerem desagradável.
Expressões legítimas como críticas e análises serão criminalizadas e a
censura se tornará tão frequente que logo descambará para a autocensura,
afastando ainda mais o Brasil de um Estado Democrático de Direito e
aproximando-o ainda mais das autocracias censoras. Nenhum autêntico
defensor da democracia pretende algo assim, mas a chance de errar a mão é
diretamente proporcional à rapidez com que o projeto tramita.
Em mais uma dessas ironias da política brasileira, a dita Lei
Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet
avança de forma opaca, irresponsável e potencialmente liberticida. Se o
projeto quiser fazer jus ao nome, é preciso que todos os brasileiros
saibam exatamente os termos do que está para ser votado na Câmara; que a
tramitação ocorra como se faz com qualquer projeto de lei dessas
dimensões, com tempo hábil para discussão criteriosa; e que esse cuidado
torne possível a eliminação de qualquer dispositivo que contribua para a
contínua erosão da liberdade de expressão no Brasil. Esta é a missão
das lideranças partidárias nos próximos dias: para que tenhamos a melhor
lei possível sobre fake news, é preciso desacelerar para refletir.
Ucrânia Casa Branca diz que Lula repete propaganda russa e que fala sobre EUA incentivar guerra foi “problemática” Por Gazeta do Povo
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, John
Kirby, também criticou sugestão de Lula de que a Ucrânia poderia ceder a
Crimeia| Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS
A Casa Branca criticou
nesta segunda-feira (17) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a
respeito da sua declaração de que os Estados Unidos incentivam a
continuidade da guerra na Ucrânia e que esta, assim como a Rússia, não
toma a iniciativa da paz.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, John Kirby,
disse em entrevista coletiva que a fala de Lula foi “profundamente
problemática” e que o Brasil “está repetindo a propaganda russa e
chinesa sem olhar para os fatos”.
“Obviamente queremos que a guerra acabe. Isso poderia acontecer
agora, hoje, se o senhor [presidente russo Vladimir] Putin parasse de
atacar a Ucrânia e retirasse suas tropas”, disse Kirby.
“Os comentários mais recentes do Brasil de que a Ucrânia deveria
considerar ceder formalmente a Crimeia [península ucraniana ocupada
pelos russos desde 2014] como uma concessão de paz são simplesmente
equivocados, especialmente para um país como o Brasil, que votou [na
ONU] para defender os princípios de soberania e integridade territorial
[da Ucrânia]”, acrescentou o porta-voz.
Em uma entrevista coletiva no fim da viagem aos Emirados Árabes, Lula
afirmou que Putin “não toma iniciativa de paz”, assim como o presidente
da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e que “Europa e os Estados Unidos
terminam dando a contribuição para a continuidade desta guerra”.
Política Externa Rússia acena para Lula com vaga improvável no Conselho de Segurança da ONU Por Gazeta do Povo
O chanceler russo Sergei Lavrov (à esq.) e o ministro de relações
exteriores do Brasil, Mauro Vieira, discutiram a possibilidade do
Brasil ter uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU| Foto: EFE
O
chanceler russo Sergei Lavrov ofereceu ao Brasil nesta segunda-feira
(17) a possibilidade de ganhar um prêmio há muito tempo desejado pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva: uma vaga permanente no Conselho de
Segurança da ONU. Lula vem perseguindo esse objetivo ao menos desde
2004, quando se dispôs a enviar tropas brasileiras para o Haiti. Porém,
analistas ouvidos pela Gazeta do Povo afirmaram que é altamente
improvável que o Brasil obtenha esse status, mesmo que Lavrov esteja
falando sério sobre articular o apoio russo.
“Estamos fazendo reformas no programa global. Vamos trabalhar no
conselho da ONU, onde o Brasil ainda não é membro permanente. Estamos
manifestando nosso apoio à participação do Brasil como membro
permanente”, disse Lavrov em entrevista coletiva no Palácio do
Itamaraty.
“As visões do Brasil e da Rússia são similares em relação aos
acontecimentos que ocorrem no mundo, e estamos atingindo uma ordem
mundial mais justa, correta, baseando-se no direito”, disse Lavrov.
VEJA TAMBÉM: Chanceleres de Brasil e Rússia criticam sanções unilaterais do Ocidente e tratam sobre fertilizantes Lula e PT se aproximam de Putin em meio a ofensiva diplomática da Rússia contra o Ocidente Lula admite que não tem plano de paz e acusa Ocidente de enviar armas para Ucrânia atacar Rússia
A afirmação sobre atingir uma ordem mundial “mais justa” e “baseada
no direito” difere muito da atitude tomada na prática pela Rússia ao
invadir a Ucrânia para expandir seu território por meio da invasão da
Ucrânia
Quando Lavrov disse em março, durante um encontro do G-20 na Índia,
que a guerra foi provocada pela Ucrânia, arrancou uma gargalhada geral
da platéia.
Mas, a audiência desta segunda-feira (17) era formada apenas por
jornalistas brasileiros. Eles foram proibidos pelo governo brasileiro de
dirigir perguntas ao russo, sob pena de perderem a credencial para
cobrir outros eventos do Itamaraty.
De forma semelhante a Lavrov, Lula já havia relativizado a guerra,
dizendo que a decisão de começar a guerra foi tanto da Rússia (invasora)
como da Ucrânia (invadida).
Agenda política russa não inclui reforma da ONU nem vaga para o Brasil De
acordo com o major da reserva e analista de riscos Nelson Ricardo
Fernandes Silva, da consultoria ARP, a Rússia dificilmente gastará
energia e recursos para promover uma alteração no Conselho de Segurança
da ONU no atual momento político mundial.
Hoje, os membros permanentes são apenas China, França, Rússia, Grã-Bretanha e Estados Unidos.
“A Rússia, assim como a China, não estão interessadas em mexer no
Conselho de Segurança. Elas vão se focar em seu projeto de tentar
enfraquecer a hegemonia americana, em particular a hegemonia do dólar”,
afirmou.
Ou seja, segundo ele, a agenda política de Moscou e Pequim não está
voltada para reformar a ONU, como disse Lavrov. O objetivo é convencer
países em desenvolvimento a abandonar o dólar como moeda global de
comércio e valorizar trocas diretas ou fomentar a moeda chinesa yuan.
Fernandes Silva afirmou ainda que para se tornar membro permanente do
órgão, um país deve ter forças armadas capazes de influenciar a
geopolítica. Embora não seja um requisito oficial, também conta muito
nesse ponto possuir armamento nuclear, que o Brasil não tem.
“Outros países têm muito mais chances de entrar que o Brasil, como a
Índia, por causa da sua importância estratégica e rede de alianças e a
Turquia, que vem exercendo influência em conflitos na Europa e no
Oriente Médio.
Membros permanentes da ONU não vão aceitar dividir poder com Brasil O
analista Renato Ribeiro de Almeida, doutor em direito do Estado pela
Universidade de São Paulo (USP), afirmou à reportagem que os atuais
membros não vão aceitar “dividir” o poder.
“Os membros permanentes têm poder de veto. Para ampliação desses
membros seria necessário que houvesse um consenso. O que eu acho que é
difícil, porque no âmbito das relações internacionais, embora a
diplomacia seja sempre muito cordial, as relações de poder impõem a
máxima de que poder não se divide”, afirmou.
Também na segunda-feira (17), o porta-voz do Conselho de Segurança
Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, classificou as falas de Lula
como equivocadas e disse que o presidente está reproduzindo propaganda
russa. Ou seja, não adianta ter apoio da Rússia para uma vaga permanente
no Conselho de Segurança da ONU se a nação tiver o voto de oposição
americano.
“Não se abre mão de poder tão facilmente, a menos que acham situações
mais complexas. Então naturalmente que os países que fazem parte desse
seleto grupo de membros do Conselho de Segurança não vão querer a
inclusão de outros países, porque é uma diminuição do seu próprio
poder”, disse.
Porém, Almeida afirmou que embora o pleito do Brasil seja difícil de ser atingido, o país deve continuar insistindo.
Segundo Fernandes Silva, a ONU tinha uma grande importância quando
foi criada, mas com o fim da União Soviética na década de 1990, os
Estados Unidos ficaram tão poderosos que passaram a agir mesmo sem o
aval da instituição, promovendo até guerras não autorizadas.
Com a emergência atual de novos países em desenvolvimento, que
possuem economias muito influentes, é natural que eles busquem mais
representação no cenário global, segundo o analista. Mas isso não
significa que o Brasil esteja no primeiro lugar da fila para ser
beneficiado por esse processo.
Militantes do MST invadem a sede do Incra em Maceió (AL), em abril de 2023.| Foto: Divulgação/Mykesio Max/MST
Como se sabe, o MST não apenas invade propriedades rurais,
propriedade alheia, pratica crime contra o direito de propriedade, que
está previsto na Constituição como cláusula pétrea, no mesmo nível do
direito à vida, mas também invade prédios públicos. Agora, pergunto o
seguinte: tem tratamento diferente entre MST e os manifestantes lá da
frente do QG? Esses últimos invadiram as sedes dos três poderes e foram
todos presos. Já o MST é só enxotado quando chega a polícia, e ninguém
está pagando pelos crimes de invasão de propriedade alheia e destruição
do patrimônio público, como está acontecendo com 1,4 mil pessoas, talvez
mais, enquadrados no crime de incitação ao crime, que está no artigo
286 do Código Penal. E o líder do MST, que faz incitação ao crime? Que
diz “vamos invadir agora em abril pra forçar a reforma agrária”? Ele
integra uma comitiva presidencial e, lá na China, repete a ameaça. E não
acontece nada.
São dois pesos e duas medidas. É o crime político, crime de opinião,
que não existe na Constituição, enquanto para os crimes de invasão de
terra e incitação à violência não acontece nada. André do Rap recebe
tudo de volta, helicóptero, lancha, tranca-se todas as provas que
pegaram dele porque não tinham autorização para pegar a prova do
bandido, é incrível. Ou seja, no Brasil, neste momento, o crime de
opinião e o crime político, que não existem e não estão nos códigos
legais, são considerados pelo Judiciário mais graves que o narcotráfico,
por exemplo. É complicado acreditarmos numa coisa dessa.
VEJA TAMBÉM: Insegurança agrária Os verdadeiros negacionistas da pandemia foram os que negaram tratamento Invasão de terra tem de ser tratada como o que é: crime
Cada vez mais histórias esquisitas em torno das vacinas Li um
alerta de março de 2021 da Organização Mundial de Saúde sobre a vacina
AstraZeneca e o risco de trombose – não apenas de trombose, mas também
de síndrome de Guillain-Barre; para ambas as doenças, são casos raros,
podem acontecer de 1 em mil até 1 em 1 milhão. A saúde britânica fez
recomendação parecida em maio de 2021, mas só agora, no fim do ano
passado, é que o Ministério da Saúde se manifestou. Que estranho isso;
será que não se importam com a saúde das pessoas? A recomendação aqui é
de que, para pessoas abaixo de 40 anos, só se deve usar essa vacina em
casos extremos.
Estou lembrando disso porque a Cecília Moraes, que era uma narradora
de jogos eletrônicos de 24 anos, morreu em Balneário Camboriú, tem
imagens dela tomando vacina. Morreu com miocardite; as notícias falam em
infecção ou inflamação no coração. Eu não sei que vacina ela tomou, e a
miocardite não está na lista de efeitos da AstraZeneca. Em muitos
países da Europa e em Israel os documentos, os contratos da Pfizer
sumiram. A Fiocruz está impondo sigilo de 15 anos para o contrato com a
AstraZeneca, vai ficar tudo guardadinho e não podem mostrar. O que está
acontecendo? No site da OMS, há uma pergunta sobre se a AstraZeneca
“previne infecção ou transmissão do vírus”. A resposta da OMS é “Não há
dados substantivos para avaliar”. Aqui em Portugal, a Direção Geral de
Saúde recomenda aos profissionais de saúde muita atenção para os sinais
de miocardite e pericardite após a vacina Pfizer em crianças. Vejam o
resultado quando saúde pública, ética e moralidade são misturados com
política e biologia.
Líder da China, Xi Jinping, recebe o presidente do Brasil, Luiz
Inácio Lula da Silva, em Pequim, em 14 de abril de 2023| Foto:
EFE/EPA/KEN ISHII
A viagem do presidente Lula à China,
apresentada como mais uma obra monumental da diplomacia lulista pelo
governo, pelos “especialistas em política externa” e pelo serviço de
propaganda oficial que opera a maior parte da imprensa brasileira de
hoje, foi uma trapaça. A comitiva de Lula, paga com dinheiro de impostos
cujo montante será mantido como segredo de Estado para sempre, não
representava o Brasil, nem os seus interesses – a viagem toda foi um
empreendimento que serviu unicamente aos propósitos políticos e pessoais
de Lula, dos seus aliados e da esquerda nacional que quer substituir o
capitalismo no Brasil por um “outro modelo”.
Um dos sócios-proprietários da viagem, o dono perpétuo do MST e
figura de grande destaque na caravana, falou tudo. Disse,
orgulhosamente, que a maioria dos viajantes oficiais era “progressista”.
Que tal, como “representatividade? Mais: a ideia de que Lula foi à
China para incentivar as relações comerciais com o maior parceiro
comercial do Brasil, espalhada pelo governo e adotada automaticamente
pelos “formadores de opinião”, é baseada numa mentira.
O Brasil precisa de dólar como precisa de oxigênio; sem dólar não se
compra nenhum dos produtos que a economia brasileira exige para
sobreviver, a começar pelo petróleo.
O presidente defendeu publicamente, em seus discursos, a submissão do
Brasil aos interesses econômicos e políticos da China – a principal
comprovação disso é a sua proposta de que os chineses deixem de pagar as
exportações brasileiras em dólares, como sempre foi e como todo mundo
faz, e passem a pagar em yuans. O Brasil, por sua vez, passaria a pagar
em reais o que compra da China. Não é lindo? Lula acha que sim; os
livros de economia, segundo diz, estão superados e a ciência econômica
passou a ser o que ele acha que é. No mundo das realidades é um desastre
– e um desastre que só interessa à China.
O Brasil precisa de dólar como precisa de oxigênio; sem dólar não se
compra nenhum dos produtos que a economia brasileira exige para
sobreviver, a começar pelo petróleo. A China é hoje uma das principais
fontes de moeda forte para o Brasil; só em 2022, o saldo em favor dos
brasileiros em suas compras e vendas com os chineses foi de 30 bilhões
de dólares. Na proposta de Lula, esses 30 bi somem. Passam a ser yuan – e
com yuan não se compra nada, nem um palito de fósforo, em lugar nenhum
do mundo. Se Lula não quer mais os dólares que vêm da China, como
pretende pagar as importações de produtos que o Brasil tem de comprar em
outros países? E o que ele vai fazer com os seus yuans? Só servem para
pagar o que for comprado na própria China.
VEJA TAMBÉM: Como um presidente da República pode ajudar os pobres comprando um sofá de 65 mil reais? O balanço dos primeiros 100 dias do governo Lula: nenhum resultado, só mentiras e apego ao passado A política externa do governo Lula é digna de um grêmio estudantil: só apoia ditaduras
O argumento de Lula e dos seus economistas é que o Brasil
“precisa” tratar a China com esses favores porque os chineses são os
maiores importadores de produtos brasileiros. É um raciocínio
falsificado. A China foi o maior parceiro comercial do Brasil durante
todo o governo de Jair Bolsonaro sem que fosse necessário fazer
absolutamente nada do que Lula e o PT estão querendo agora; só no ano
passado, importou 90 bilhões de dólares de produtos brasileiros,
sobretudo alimentos, e deixou aquele saldo de 30 bilhões no balanço das
compras e vendas. O que Lula e o PT têm a ver com esse sucesso?
No final de todas as contas, o Brasil está presenteando a China com
algo que nenhum país sério entrega – a licença de não pagar em divisas,
ou em dinheiro de verdade, o que compra dos brasileiros. A isso se
chamava, até outro dia, de entreguismo.
“Contexto De Brincadeira” Moro rebate PGR e diz que fala sobre Gilmar Mendes foi editada por pessoas “mal-intencionadas” PorGazeta do Povo
O senador Sergio Moro disse que a fala sobre Gilmar Mendes “não
representa o que eu penso” e foi editada em um “contexto de
brincadeira”.| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado.
O senador
Sergio Moro (União Brasil-PR) disse na noite desta segunda-feira (17)
estar indignado com a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da
República (PGR) contra ele por suposto crime de calúnia contra o
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Na última
sexta (14), foi divulgado nas redes sociais um vídeo em que o ex-juiz da
Lava Jato fala em “comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”.
O parlamentar fez um pronunciamento sobre a ação e citou o
procurador-geral da República, Augusto Aras, entretanto, quem assina o
documento é a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo.
“Quero registrar a minha indignação com a denúncia oferecida pelo
procurador-geral da República nesta data. Na sexta-feira, pessoas que eu
desconheço, mas mal-intencionadas, editaram fragmentos de uma fala,
tiraram essas falas de contexto e publicaram na internet. Com um único
objetivo, vamos deixar muito claro, de me indispor com o Supremo
Tribunal Federal”, disse Moro.
Ele afirmou que a fala “não representa o que eu penso” e foi editada
em um “contexto de brincadeira”. “Uma fala infeliz, num contexto de uma
brincadeira, mas que foi claramente manipulada e editada por aquelas
mesmas pessoas – evidentemente que não refiro ao procurador-geral da
República – que buscam atualmente me incriminar falsamente em outros
processos, com o objetivo de me indispor com o STF”, ressaltou.
“Fui surpreendido por uma denúncia do procurador-geral da República
pedindo a minha prisão, a prisão de um senador da República. Sem sequer
esclarecer como esses fatos ocorreram, sem sequer ter realizado a minha
oitiva, para que eu pudesse esclarecer e ignorando completamente as
explicações que eu dei sobre aquela fala, que não representa o que eu
penso”, afirmou Moro.
Durante o governo Bolsonaro, o Brasil se alinhou ao Ocidente,
defendeu Israel, aproximou-se dos Estados Unidos e criticou moralmente a
ditadura chinesa sem deixar isso prejudicar nosso comércio. Não
obstante, o país era chamado de pária pela mídia, pois Macron criticava a
política ambiental de olho em nossa Amazônia.
Era tudo narrativa ideológica e mascarando interesses obscuros,
claro. O Brasil bolsonarista jamais foi um pária internacional de
verdade. Já o Brasil lulista… em poucos meses de governo, ficamos de
fora de um documento da ONU condenando os abusos da ditadura de Daniel
Ortega na Nicarágua, em que mais de 50 países foram signatários. Era só o
começo…
O presidente Lula culpa a Ucrânia pela guerra que quer solucionar
numa mesa de bar. Vai à China e defende sair do dólar como moeda de
lastro do comércio mundial, além de dar claros sinais de simpatia para
com o regime comunista em meio a essa Guerra Fria renovada. O Washington
Post, jornal de esquerda, chega a questionar se Lula é mesmo aliado
ocidental, alegando que parece ter uma “agenda própria”. A ficha está
caindo no mundo todo.
Os globalistas ocidentais não são flor que se cheire, mas certamente
são menos nefastos do que os regimes tirânicos euro-asiáticos e do
Oriente Médio. Lula sempre foi próximo do Irã dos aiatolás, e durante o
primeiro governo foi companheiro de Ahmadinejad, aquele que pretendia
“varrer Israel do mapa”. Agora aceitou receber dois navios de guerra
iranianos, numa clara afronta ao povo judeu.
Nessa disputa geopolítica pelo poder global, Lula deixa cada vez mais
claro que pretende colocar o Brasil ao lado dos piores regimes. Se
temos inúmeras críticas aos Estados Unidos e ao Canadá, em especial sob
tais governos medíocres de esquerda, tais países ainda representam o
mundo livre, contra Rússia, Irã e China. O Brasil lulista flerta
abertamente com a turma detrás da Cortina de Ferro.
Lula recebeu Serguei Lavrov, chanceler russo que faz sua primeira
viagem internacional desde o começo da guerra contra a Ucrânia. Para a
velha imprensa, Brasil está “sob olhar desconfiado dos principais
parceiros do Ocidente”. Eufemismo brabo para não dizer que nos tornamos
um pária mundial.
Até o esquerdista global Caio Blinder, que fez o L, ficou incomodado:
“Lavrov, o chanceler da ditadura Putin, iniciou no Brasil (pseudoneutro
na guerra da Ucrânia) viagem pela América Latina. Para dar a medida da
vergonha (para a Rússia e o Brasil), as outras escalas são a santíssima
trindade das ditaduras na AL: Venezuela, Nicarágua e Cuba”. Ora bolas,
mas não são os regimes apoiados desde sempre por Lula e seu PT?! Qual a
surpresa do esquerdista, então?
O mesmo jornalista militante resumiu: “Lula não merece diminutivos
por seu papel em política externa. Lula tem um papelão”. Mas tal papelão
era totalmente previsível, e só tucanos cegos ou dissimulados não
perceberam isso. A ameaça bolsonarista, por outro lado, era totalmente
imaginária e exagerada, mas nunca um típico tucano desses vai dar o
braço a torcer. Contra Trump e Bolsonaro eles querem qualquer coisa,
mesmo quem cospe no legado ocidental e bajula regimes comunistas
nefastos.
O mundo vive tempos estranhos e perigosos, pois as lideranças
ocidentais são fracas e frouxas, priorizando agendas absurdas como
ideologia de gênero ou “ameaças climáticas”. Os líderes tirânicos
inimigos da liberdade aproveitam a avançam. Lula colocou o Brasil ao
lado dessa gente podre. É uma vergonha, claro. Mas quando o pessoal
tucano fez o L, isso era mais do que esperado. Não dá para se fazer de
sonso agora…