Bancada ruralista pede prisão de líder do MST João Pedro Stédile após ameaça de invasões
Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO
Por Isadora Duarte – Jornal Estadão
Parlamentares pedem que procurador-geral da República, Augusto Aras, investigue ‘incitação ao crime’
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pediu nesta quarta-feira, 12, a prisão temporária ou preventiva do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile,
integrante da direção nacional do MST. O pedido ocorre após publicação
de vídeo pelo movimento no qual Stédile afirma que em abril “haverá
mobilizações (do movimento) em todos os Estados, seja marchas,
vigílias, ocupações de terra, as mil e uma formas de pressionar que a
Constituição seja aplicada e que latifúndios improdutivos sejam
desapropriados e entregues às famílias acampadas”.
Em ofícios enviados ao procurador-geral da República, Augusto Aras, ao procurador-geral da Justiça de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, e ao secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Muraro Derrite, obtidos com exclusividade pelo Estadão/Broadcast Agro, a FPA pede a apuração de incitação ao crime, investigação das “graves ameaças” feitas por Stédile e sua prisão.
Presidente da frente, o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR)
afirma que a bancada requer também a retirada do vídeo de Stédile das
redes sociais, assim como o repúdio público às suas declarações.
“Ninguém pode chegar na rede social, anunciar que vai cometer crime,
incitar invasão de terra e esbulho possessório e não acontecer nada.
Stédile fugiu da razoabilidade e não podemos aceitar isso”, afirmou
Lupion.
Invasão
do MST nesta segunda-feira, 3, nas terras do Engenho Cumbe, no
município de Timbaúba em Pernambuco – 03/04/2023 Foto: Comunicação
MST/PE
Segundo o deputado, o pedido não é somente da bancada ruralista mas
dos produtores rurais. “Os produtores rurais exigem o mínimo de
segurança jurídica e de direito à propriedade. Se fosse um movimento da
direita, estariam todos sendo processados. Não podemos aceitar a
desculpa de que é um movimento social para cometer ilegalidades”,
acrescentou.
De acordo com o presidente da frente, apesar dos anúncios de invasões
de terra pelos movimentos sociais durante o chamado “abril vermelho”,
ainda não foram registradas invasões de propriedades produtivas ao longo
desse mês. “Não podemos aceitar isso porque gera insegurança para a
população rural e um completo assombro ao produtor que em pleno 2023
está sujeito a invasões, que não aconteciam há muito tempo. Nunca houve
anúncio público de esbulho possessório, de invasão de terra e incitação
ao crime”, afirmou Lupion.
A frente alega ser “urgente” a instauração de procedimento
administrativo ou de inquérito policial para analisar as condutas de
Stédile, além do requerimento de sua prisão temporária ou prisão
preventiva. “Não é admissível que se atente abertamente contra o direito
de propriedade, constitucionalmente protegido, e não haja qualquer
resposta das instituições nacionais”, alega a FPA.
A bancada ruralista, que congrega 347 parlamentares, aponta no
documento, assinado por Lupion, que desde fevereiro vêm ocorrendo
invasões de propriedades rurais públicas e privadas, lideradas por
movimentos sociais. “Tais ações se tratam, em verdade, de condutas
ilegais, violentas e contrárias à lei, à Constituição da República e que
trazem caos e terror social no campo. A atuação desses grupos, em
especial do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao longo
dos anos gerou danos inconcebíveis aos produtores rurais e à sociedade,
consubstanciando o cometimento dos mais atrozes crimes, tais como
homicídio, cárcere privado e outros”, argumenta a FPA nos ofícios.
Para a FPA, as declarações de Stédile “renovaram o cometimento desses
crimes”, o que configura, na visão da frente, crime de incitação ao
crime, de invasão de propriedade e de esbulho possessório. A frente se
refere ao movimento como “iminência de uma onda de crimes no País”.
“Essa anunciação do cometimento de crimes deve ser firmemente combatida
pelas autoridades do Estado brasileiro, sob pena de o terror e o caos
tomarem conta da sociedade brasileira”, argumenta a FPA no documento.
Além dos ofícios enviados à Secretaria de Segurança Pública de São
Paulo, à Procuradoria Geral de São Paulo, onde Stédile reside, e à
Procuradoria Geral da República, a frente enviou documentos semelhantes
solicitando “tomada de providências” para que nenhum ato ponha em risco o
direito de propriedade e que não utilize recurso público à Advocacia
Geral da União e ao Tribunal de Contas da União.
Questionado se a bancada ruralista procurou ou irá acionar o governo
para a mediação do assunto junto ao MST, como os Ministérios da
Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Lupion respondeu que não houve
conversa entre a bancada e o Executivo e que entende que não cabe ao
governo a interlocução junto ao movimento. “Não houve nenhum
posicionamento dos próprios movimentos retirando a fala dele. O governo
ignorou. O governo tem de acalmar seus aliados, mas não cabe ao governo
essa função. Gostaríamos que o governo condenasse a ação, mas não
acredito que irão fazê-lo”, afirmou o presidente da FPA.
Geopolítica centralizada Lançamento do Pix nos EUA traz preocupações mundo afora“PIX” norte-americano revela tendência global preocupante
Por Daniel Lopez – Gazeta do Povo
Imagem ilustrativa.| Foto: Pixabay
Com três anos de atraso
se comparado ao Brasil, os Estados Unidos lançaram mês passado o
FedNow, o “Pix americano”, o seus sistema de pagamentos instantâneos.
Você poderia ficar muito alegre com isso, celebrando nosso pioneirismo
na tecnologia de pagamentos instantâneos. Em tese, fomos mais rápidos
que o país mais poderoso do mundo. Mas eu não vejo grandes motivos para
comemoração, uma vez que, para o cidadão atento, algo estranho está em
jogo.
Em outubro de 2020, uma matéria do InfoMoney abriu meus olhos para
essa questão. O sobretítulo era bem sugestivo: “Sem papel”. O título
trazia um insight ainda mais importante: “Pix é o primeiro passo do BC
no caminho da substituição da moeda em espécie pelo real digital, dizem
especialistas”. Ou seja, ficava claro que o Pix não era um fim em si,
mas uma ponte, uma fase de transição, o início de um processo para uma
realidade completamente distinta, não apenas para as transações
financeiras, mas para a economia em geral e a sociedade como um todo.
O mundo inteiro caminha no sentido da substituição do dinheiro físico
pelo dinheiro digital. Um cenário distópico, porém, cada vez mais real.
Para aqueles que estavam pensando que o Brasil havia sido pioneiro e
singular nessa ideia “inovadora”, trata-se, na verdade, de uma tendência
global. Ou, melhor dizendo, uma agenda mundial. Cada vez mais temos
visto um fortalecimento dos bancos centrais ao redor do planeta,
conquistando presença crescente na sociedade. O mundo inteiro caminha
nesse sentido da substituição do dinheiro físico pelo dinheiro digital.
Essa mudança viabilizará o monitoramento da pegada de carbono, o
estabelecimento do crédito de carbono e, consequentemente, do crédito
social. Um cenário distópico, porém, cada vez mais real.
Parece inevitável o avanço do poder estatal sobre o poder social. Se
você ainda não percebeu isso, faço um convite para ler um artigo de
fevereiro de 2020, com o título: “Federal Reserve apresenta Fedcoin, sua
criptomoeda ameaçadora”. No texto, há uma frase do economista Robert
Wenzel que abriu meus olhos sobre toda essa agenda de mudança: “Uma
moeda digital criada pelo Fed poderia ser um dos passos mais perigosos
tomados por uma agência do governo. Colocaria, nas mãos do governo, a
possibilidade de criar uma moeda digital com a capacidade de rastrear
todas as transações em uma economia — e proibir transações por algum
motivo. Em termos de liberdade individual no futuro, isso seria um
pesadelo”. Fica a reflexão.
VEJA TAMBÉM: O que eles querem esconder com a possível prisão de Trump Fim do Petrodólar: você está preparado para o fim do mundo? O império tremeu: ruína do Silicon Valley Bank é golpe na agenda verde
O fato de os Estados Unidos terem inaugurado o seu Pix mostra que
seu processo de substituição do dinheiro físico pelo dinheiro digital
(Fedcoin) está em processo acelerado. Por aqui, a crise sanitária e o
auxílio emergencial criaram um cenário muito propício para a inauguração
do Pix. No caso norte-americano, a justificativa surgiu posteriormente,
com a chamada “desdolarização” do mundo, junto ao fim do “petrodólar”.
A digitalização das moedas mundo afora pode parecer algo muito
empolgante para os chamados “early adopters”, ou seja, aqueles que
adotam novas tecnologias ou novos produtos antes dos demais. Porém, o
processo inspira preocupação naqueles que entendem o rumo que as coisas
têm seguido em todo o planeta. No Pix, fomos pioneiros. Mas, quanto ao
segundo passo – a inauguração da moeda digital controlada pelo Banco
Central – quem você acha que será o primeiro: Brasil ou EUA? Deixe sua
opinião nos comentários. Que Deus nos proteja.
Raiff
Ramalho, desenvolvedor da Higlobe, fintech americana
Oportunidade de entrar em uma das áreas que mais cresce no mercado e possibilidade de ganhar em dólar tem atraído profissionais
De acordo com uma projeção da Associação Brasileira de Empresas de
Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o Brasil terá, de
2021 a 2025, uma demanda de 797 mil talentos na área de tecnologia, uma
média de 159 profissionais por ano. Outro fator importante é a
possibilidade de crescimento salarial, visto que o setor oferece
remunerações entre R$13 mil e R$15 mil para desenvolvedores seniores,
segundo a consultoria de gestão Fox Human Capital.
Grande parte dessa alta se deve à globalização das empresas pelo
mundo todo, impulsionadas pela pandemia de Covid-19. A carreira abriga
profissionais de Ciência da Computação, Sistemas da Informação,
Engenharia de Infraestrutura e Rede ou Análise de Sistemas. Nem todas as
empresas exigem uma formação mais técnica, mas os interessados devem se
lembrar de que o setor está em constante mudança e requer muito estudo e
especialização.
“Trabalhar com TI abre portas para várias oportunidades, inclusive
fora do país, já que o setor está aquecido no mundo inteiro. É
importante destacar que as empresas buscam profissionais preparados,
isso será um diferencial em meio aos concorrentes”, conta Samyra Ramos,
Marketing Specialist da Higlobe, fintech americana para transferência de
pagamentos internacionais que ajuda freelancers e contratados de
empresas americanas a receberem seus pagamentos em dólar.
Para Raiff Ramalho, desenvolvedor da Higlobe, a profissão deu a ele
grandes oportunidades. “A área da programação me chamou atenção não só
pela dinamicidade, mas também pelas diversas oportunidades para a minha
carreira. Hoje trabalho para uma empresa americana, mas posso fazer isso
do conforto da minha casa”, afirma.
Para quem estiver disposto a investir na área e se tornar um
profissional de tecnologia da informação, Raiff destaca três dicas
importantes:
1- Invista em qualificação – Todos os dias surgem
novas tecnologias, e por isso é importante estar sempre atualizado com o
que está acontecendo no mundo. Caso esteja começando na profissão, é
importante praticar códigos e aprender tudo sobre a linguagem de
programação com a qual está trabalhando. Além disso, fique atento às
vagas disponíveis no mercado, muitas empresas buscam profissionais
temporários e isso pode ajudar a ganhar experiência para conseguir
melhores oportunidades no futuro.
2- Aprenda inglês – Embora o idioma não seja uma
barreira no dia a dia da programação, saber falar inglês é um
diferencial e pode ajudar muito na caminhada na tecnologia. A fluência
no idioma acaba sendo um ponto de destaque para candidatos em empresas
estrangeiras, além de haver muitos termos em inglês no cotidiano da
profissão. Nos estudos também é uma vantagem, já que a maioria dos
artigos acadêmicos e documentos técnicos está escrito em inglês. Sem
falar nos eventos importantes do setor que, em sua maioria, são
realizados exclusivamente em inglês.
3- Participe de comunidades online – como em todas
as profissões o networking é muito importante para conhecer pessoas que
pensam como você. Algumas plataformas como Stack Overflow, Coderwall e
Hashnode fornecem comunidades e fóruns para perguntas, discussões e
conselhos para desenvolvedores em todos os níveis.
UM MARKETPLACE DIGITAL IGUAL AO DA STARTUP VALEON PODE AJUDAR QUALQUER NEGÓCIO?
Moysés Peruhype Carlech e Fernanda – Jet.
Sim e podemos ajudar muito a alavancar as suas vendas e tornar a sua
empresa mais competitiva no mercado se forem utilizados os serviços da
Startup Valeon e temos a certeza que vamos melhorar o seu posicionamento
digital e utilizando uma boa estratégia comercial podemos trazer
retorno financeiro para a grande maioria dos negócios das empresas da
nossa região do Vale do Aço, afinal de contas, já atingimos a marca de
mais de 100.000 acessos.
O sucesso do modelo dos marketplaces está
expresso nos números registrados no último ano: o crescimento em 2020
chegou a 52%, acima dos 41% do segmento de e-commerce.
Essas informações foram apuradas pela E-bit/Nielsen, que também
indica que o total de pedidos do marketplace chegou a 148,6 milhões, um
crescimento de 38% em relação a 2019, o que resultou em um faturamento
de R$ 73, 2 bilhões para o segmento.
A atenção recebida pelos “shoppings virtuais” tem razão de ser. São
gerenciados por empresas que arcam com a parte operacional e, com isso,
as lojas cadastradas podem se dedicar ao cuidado de suas páginas e às
ofertas de produtos.
Para quem tem um e-commerce, os marketplaces devem ser vistos como uma oportunidade reforçar as estratégias de vendas.
Outro fator importante é a possibilidade de ampliar seus pontos de
interação com o cliente, o que atende ao comportamento omnichannel do
público.
Porém, para aproveitar melhor as possibilidades, é importante que
você saiba quais são as vantagens do marketplace e como ele pode
auxiliar o desenvolvimento do seu negócio.
1- Otimização dos recursos
A estruturação de um e-commerce não é simples. E, por mais que você
faça tudo certo, os resultados precisam de tempo para serem
consolidados.
Ao integrar a sua loja a um marketplace, esse processo é facilitado.
Ao mesmo tempo em que trabalha para fortalecer a sua marca, o lojista
tem como expor seus produtos num canal que já conta com uma audiência
significativa.
Basta que o lojista negocie e pague a mensalidade do marketplace para
que possa começar a negociar seus produtos ou serviços. Além disso,
essas operações oferecem expertise, tráfego, visitação e mídia para que
seus parceiros possam desenvolver seus negócios.
2- Alcance de clientes
Desenvolver uma loja virtual própria e recorrer às redes sociais para
divulgar produtos ou serviços requer um trabalho de divulgação para
alcançar um número maior de clientes.
Com o marketplace, esse trabalho ganha ainda mais abrangência e, com
isso, é possível gerar um fluxo maior de consumidores, uma vez que há
modelos próprios de divulgação, o que acaba favorecendo as empresas que o
integram.
Além disso, esses “shoppings virtuais” , como o da Startup Valeon,
não divide os custos de marketing com os seus parceiros custeando ele
próprio o processo de aquisição de clientes nas redes sociais.
3- Volume de dados
Os marketplaces têm o costume de oferecer aos seus parceiros diversos
dados sobre as suas vendas e seus desempenhos dentro da plataforma e
faz métricas diárias das consultas dos seus clientes.
Essas informações são bastante estratégicas para qualquer empresário que deseje desenvolver o seu comércio online e melhorar o seu desempenho na internet.
Isso porque conseguem planejar suas ações, promoções e precificar
produtos e serviços com mais eficiência, o que aumenta as chances de
converter os visitantes do marketplace em seus clientes.
4- Integração com outras ferramentas
Muitos empresários podem acreditar que ao entrar para um marketplace
não poderá usar suas ferramentas digitais favoritas: CRMs, software de
preços ou inventários.
Porém, não existe essa limitação e as empresas podem seguir usando seus mecanismos de otimização de resultados.
É possível explorar tantos as informações fornecidas pelos
marketplaces quanto os dados gerados pelos seus mecanismos de gestão e
controle, o que pode fortalecer ainda mais suas estratégias online.
5- Aumento de vendas
Com uma estrutura corretamente desenvolvida, processos de divulgação
bem construídos e apoio aos parceiros, os marketplaces conseguem atrair
um bom volume de visitantes para o seu site.
Quanto maior a exposição de produtos ou serviços, maior são as
chances de aumentar as suas vendas. É preciso apenas que as lojas online
saibam trabalhar seus produtos ou serviços na internet e convencer os
consumidores de que conta com as melhores mercadorias e preços.
6- Diversificação de público
Com um número maior de pessoas tendo contato com seus produtos ou
serviços, há possibilidade que alcance consumidores que, em um primeiro
momento, não conseguiria atingir.
Isso favorece não apenas as suas vendas, mas também estimula os
lojistas a buscarem novos produtos ou desenvolverem novos serviços para
atender a sua nova demanda.
Esse processo é essencial para que as empresas ganhem mercado e busquem constantemente o seu desenvolvimento.
Agora que você já sabe quais as vantagens do marketplace, que tal
descobrir como eles podem auxiliar no crescimento dos pequenos negócios?
Marketplace e o crescimento das empresas
Construir um modelo próprio de venda online é um desafio para as empresas, porém pode ser bastante recompensador.
Em 2020, o setor teve um crescimento de 41% se comparado com o ano
anterior e a expectativa é de que siga alcançando bons resultados em
2022, até em razão da aceleração do processo de transformação digital.
Dessa forma, com um trabalho bem-feito, as empresas podem conquistar
boa margem de lucro com o comércio eletrônico. Afinal, o perfil do
consumidor tem mudado e ficado aberto às compras online.
Mas, para isso, é necessário utilizar um site como a da Startup
Valeon que ofereça boa experiência para os consumidores e conte com
estrutura logística e capacidade de estoque para dar conta do trabalho.
O marketplace é uma opção que pode potencializar ainda mais um
comércio eletrônico, pois conta com um modelo de negócio estruturado e
testado.
Assim, empresas de qualquer setor conseguem melhorar o desempenho de
seus e-commerces ao estabelecer mais um canal de divulgação e venda.
Para aproveitar melhor as oportunidades, é importante contar com as ferramentas adequadas para fazer a gestão da operação.
Exemplo disso é a plataforma comercial
da Startup Valeon, que tem suas páginas desenvolvidas justamente para
conectar a sua loja aos principais consumidores do mercado.
Com isso, além de ter todo o suporte necessário para destacar seus
produtos na internet, o lojista tem como gerenciar todo o universo
envolvido com as suas vendas online, seja na loja própria ou no
marketplace.
Num único local, por exemplo, pode fazer a gestão de estoque, o que
evita a perda de clientes pela falta do produto. O e-commerce é uma
modalidade de negócio que deve seguir ganhando espaço e conquistando
novos clientes. O empresariado deve ficar atento a esse mercado e
aproveitar as vantagens do marketplace para aumentar a sua presença
online e ter acesso facilitado a uma base sólida de usuários.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (WApp)
Hegemonia da esquerda em associações e ONGs favorece domínio da máquina estatal Por Leonardo Desideri – Gazeta do Povo Brasília
Membros de associações e ONGs com viés de esquerda têm ganhado
força em ministérios durante o governo Lula.| Foto: Edilson
Rodrigues/Agência Senado
Na luta por representatividade nas
esferas do poder público, a direita tem esbarrado em uma realidade que
pouco mudou mesmo após os quatro anos do governo do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL): a esmagadora hegemonia da esquerda em associações, ONGs,
think tanks e institutos com influência dentro da máquina estatal.
Desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a Presidência, o PT
tem sido veloz em montar novas estruturas que ampliem o envolvimento de
grupos do tipo com o Estado. Um dos focos do governo tem sido aumentar o
que a esquerda chama de “participação da sociedade civil” – que se
traduz, na prática, em abrir as portas do Estado brasileiro a
representantes de entidades com viés de esquerda em órgãos colegiados,
secretarias de ministérios, audiências públicas e outros contextos, na
condição de especialistas em suas áreas.
Quer em quantidade ou em capacidade de influência, organizações desse
tipo com valores associados à direita têm muito menos força no Brasil. A
discrepância tem reflexo, entre outras coisas, na dificuldade de
composição de quadros no Executivo durante um governo direitista como o
de Bolsonaro; no governo Lula, egressos de associações, ONGs e outras
entidades da sociedade civil comandam diversas pastas e povoam os
ministérios.
Não é só no Executivo, contudo, que isso tem impacto. Na audiência
pública sobre o Marco Civil da Internet promovida em março pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), por exemplo, o predomínio de associações com
viés esquerdista era claro. As discussões, por conta disso, penderam
muito mais para a defesa de métodos de controle e censura nas redes do
que para o apoio à liberdade de expressão.
Em alguns julgamentos importantes da Corte, há forte predomínio de
amici curiae alinhados a visões de esquerda, o que não é necessariamente
o reflexo de uma seleção enviesada dos ministros. Na ADPF 442, em que
se tenta descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação, há claro
desequilíbrio no próprio número de inscritos, como mostrou reportagem
da Gazeta do Povo.
No Executivo, mesmo antes de Lula assumir a Presidência, associações e
ONGs se perpetuavam em órgãos colegiados que servem ao aparelhamento
estatal. Em pleno governo Bolsonaro, o Conselho Nacional dos Direitos da
Mulher (CNDM) era composto por entidades pró-aborto, feministas
extremistas e defensores da ideologia de gênero. Isso pode ser
explicado, em parte, pelo caráter fechado das votações que elegem novos
membros; mas, em alguma medida, o viés ideológico homogêneo também se
deve à falta de alternativas entre os candidatos.
VEJA TAMBÉM:
Homofobia do bem? Entidades LGBT ignoram fala preconceituosa de Janones, aliado de Lula
Relatório de ONG a favor do aborto contradiz argumento pró-legalização
Defensores públicos são perseguidos por atuar a favor do nascituro Direita sabe se associar como a esquerda, mas precisa se especializar, diz líder de instituto Na
opinião de Lucas Berlanza, presidente do Instituto Liberal, o que mais
atrapalha a direita não é a incapacidade de se associar, mas sim a
“falta de estrutura e especialização”. “O Brasil, de forma geral, tem
uma cultura associativa bastante deficitária, mas não creio que os
liberais e conservadores padeçam desse problema em particular”, afirma.
“Considero que haja mais uma combinação de falta de estrutura e
especialização para atuar em determinados ambientes e, naturalmente,
falta de pessoal, tanto no campo do financiamento quanto no campo da
articulação intelectual”, complementa.
O “amadorismo” da direita nesse âmbito contrasta com a perspicácia de
certas ações da esquerda, que infiltra organizações radicalmente
ideológicas na máquina estatal até mesmo em iniciativas
bem-intencionadas na aparência.
No fim de março, o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança
Pública, lançou edital com o objetivo expresso de destinar até R$ 6
milhões a organizações da sociedade civil que promovam ações voltadas a
mulheres usuárias de drogas ou que sofram o impacto do tráfico, em
especial negras e indígenas. Uma das organizações participantes do
evento de lançamento do edital era a Iniciativa Negra por uma Nova
Política sobre Drogas, que trabalha com o controverso conceito de
“redução de danos” (entenda nesta reportagem) e é uma das maiores
financiadas no Brasil pela Open Society Foundations, de George Soros.
Para Berlanza, a desorganização da direita pode ser um problema
importante, mas não é a única explicação para a hegemonia da esquerda em
organizações da sociedade civil. “Há razões de sobra para que as vozes
dissonantes se sintam intimidadas e desencorajadas nas esferas de
expressão da intelectualidade. As lideranças no ambiente universitário
estão associadas às ideias de esquerda e ao coletivismo, mobilizando
todo tipo de pressão e constrangimento contra os que não subscrevem suas
pregações”, comenta.
A solução para isso, na visão dele, é “marcar presença em cada
espaço” que for aberto com o objetivo de “garantir que nossas pautas
ganharão relevância e consolidarão uma corrente de opinião no país”.
“Muitas vezes, quando se faz uma participação em um programa
televisivo ou radiofônico que não seja especificamente voltado ao
público que não congrega das mesmas ideias que as nossas, por exemplo,
nota-se o retorno de espectadores satisfeitos com o esforço por
pluralizar a discussão. É claro que muitos já partilhavam de nossas
concepções, mas, de qualquer maneira, têm a satisfação de encontrá-las
representadas onde normalmente elas não teriam vez”, observa.
Marco Legal do Saneamento estabelecia meta de ter 99% da
população atendida com rede de água e 90% com esgoto até 2033.| Foto:
Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo
“O que é ruim a gente esconde” é uma frase que entrou para o folclore
político nacional, dita há quase 30 anos pelo então ministro da
Fazenda, Rubens Ricupero. Mas o presidente Lula resolveu ignorá-la ao
assinar, na quarta-feira, dia 5, dois decretos que têm o potencial de
prolongar o drama de milhões de brasileiros sem acesso a água potável e
esgoto tratado. O petista não escondeu nada, pelo contrário: realizou
cerimônia no Palácio do Planalto com a presença de ministros,
governadores e representantes de empresas de saneamento, públicas e
privadas, como se estivesse fazendo um grande bem ao país.
Por mais que o Novo Marco do Saneamento Básico, aprovado em 2020 pelo
Congresso Nacional, tenha previsto a necessidade de regulamentação de
alguns de seus itens, os decretos de Lula vão muito além disso: eles
desfiguram a legislação, caminhando na direção diametralmente oposta
àquela desejada pelos legisladores. Em outras palavras, sem força
política para mudar a lei no Congresso, Lula usou o argumento da
regulamentação para alterar ele mesmo partes essenciais do novo marco,
especialmente no que diz respeito à contratação de empresas. Por mais
que a opinião dos petistas sobre o tema represente um caminho (ainda que
equivocado) entre os vários possíveis, fato é que o assunto foi
longamente discutido pelos legisladores durante a tramitação do texto no
Congresso e, por meio de um processo legítimo, eles rejeitaram as
visões que Lula agora impõe com suas canetadas. Esse desvirtuamento do
poder presidencial de regulamentar, além de afrontar o Legislativo,
também era receita certa para a judicialização do tema, e o Partido Novo
já contestou os decretos no Supremo Tribunal Federal.
Os 35 milhões de brasileiros sem água tratada e os 100 milhões sem
esgoto coletado valem menos para o petismo que sindicalistas e estatais
medíocres e quebradas que precisam seguir existindo para servirem de
cabide de emprego a “companheiros”
E, se erra na forma, Lula erra ainda mais no conteúdo. Seus decretos
permitirão, por exemplo, a manutenção de contratos precários, em que as
empresas prestadoras de serviço não foram capazes de comprovar
capacidade econômico-financeira para realizar os investimentos
necessários para a melhoria e expansão das redes de água e esgoto. Cerca
de 20% dos municípios brasileiros, reunindo uma população de quase 30
milhões de pessoas, tiveram seus contratos considerados irregulares.
Agora, pouco menos de um terço desses municípios terão a chance de
refazer o processo com as regras mais frouxas, e mesmo os demais ainda
ganharão uma oportunidade, sob o pretexto de não terem os serviços
interrompidos. O Planalto alega que “as agências reguladoras vão
acompanhar o cumprimento das metas com transparência”, o que é de uma
enorme hipocrisia, vindo do mesmo governo que, no seu primeiro dia,
tirou da Agência Nacional de Águas (ANA) funções de regulamentação do
setor.
Igualmente preocupante é a permissão para que companhias estatais
continuem prestando serviços em regiões metropolitanas, aglomerações
urbanas ou microrregiões (os chamados “contratos de programa”) sem
passar pelo processo de licitação, o que, mais uma vez, extrapola
totalmente o poder presidencial de regulamentar, pois tal permissão
viola frontalmente os artigos 2.º, XV, e 49, XV, que mencionam
explicitamente a necessidade de concorrência na prestação dos serviços
de saneamento básico. O decreto de Lula é tudo o que estatais
ineficientes queriam, pois se livram do incômodo de terem de enfrentar
empresas do setor privado em um processo limpo, no qual vence quem
demonstrar mais capacidade de levar um serviço de qualidade ao maior
número possível de cidadãos.
VEJA TAMBÉM: A esquerda quer manter os pobres no esgoto a céu aberto (editorial de 26 de março de 2023) 100 dias perdidos (editorial de 9 de abril de 2023) Atraso institucional e a persistência da pobreza (editorial de 5 de fevereiro de 2023)
A escolha de Lula, com a importante participação de outros
arautos do atraso como o deputado Guilherme Boulos (PSol-SP) e o
ministro da Casa Civil, Rui Costa – que até há pouco governava a Bahia,
cuja estatal de saneamento é uma das beneficiadas com os decretos –, é
evidente: os 35 milhões de brasileiros sem água tratada e os 100 milhões
sem esgoto coletado valem menos que sindicalistas e estatais medíocres e
quebradas que precisam seguir existindo para servirem de cabide de
emprego a “companheiros”. Para isso, vale até criar insegurança jurídica
e afastar um setor privado que se mostrou interessado em investir assim
que o Novo Marco do Saneamento se tornou lei.
“Se der certo, todos vão ganhar, porque a população brasileira vai
ganhar”, prometeu, durante a assinatura dos decretos, um Lula que, como
se sabe, não pensará duas vezes antes de reivindicar a paternidade do
sucesso. Mas e se der errado? “Se isso aqui não der certo, é um fracasso
de todo mundo. Se isso aqui não der certo, não tem culpado”, disse o
mesmo Lula, que, como se sabe, não pensará duas vezes antes de
terceirizar a culpa pelo desastre que ele mesmo causou. No entanto, se
daqui a dez anos a universalização prevista no Novo Marco do Saneamento
não tiver ocorrido porque estatais seguiram prestando serviços
precários, não faltarão brasileiros com memória para apontar que, sim,
houve culpados, a começar por um presidente que fingiu preocupação com
os pobres, mas agiu para mantê-los sem água tratada e convivendo com o
esgoto a céu aberto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordena reunião de
balanço dos 100 dias de governo, com os ministros, em Brasília, dia
10/04/2023| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Nesta
segunda-feira (10) o governo Lula completou 100 dias. Em editorial, a
Gazeta do Povo afirmou que esse período foi perdido “em factoides,
discussões desnecessárias, a volta do tradicional ‘nós contra eles’, a
tolerância com ministros encrencados, o simples desmonte de uma série de
avanços do governo anterior, o fim da tal ‘frente ampla’ costurada para
levar Lula à vitória eleitoral e a ausência quase completa de projetos
estruturantes para o país.”
Perguntamos a vários de nossos colunistas qual a opinião sobre os 100
primeiros dias do governo Lula. Confira abaixo o que eles disseram.
Rodrigo Constantino O desgoverno Lula completa cem dias, e muita
gente se mostra assustada, mesmo entre aqueles que fizeram o L. Não
deveriam. Não há surpresa para quem tem mais de dez anos de idade e não
sofre de amnésia. Não tem como acusar o “descondenado” de estelionato
eleitoral desta vez. Falam que Lula “dilmou”, mas esquecem que a
desgraça do governo Dilma foi plantada ainda no governo Lula, cujo
ministro da Economia era inclusive o mesmo.
Lula sequer apresentou um plano de governo, mas nem precisou: o ódio a
Bolsonaro era tanto na elite tucana que isso foi o suficiente para se
unir ao PT com o intuito de “salvar a democracia”. Nas poucas falas
durante a campanha, Lula deu claros indícios de que faria exatamente
isso: bagunçar a casa em ordem herdada de Bolsonaro, furar o teto de
gastos, paralisar privatizações, reverter conquistas importantes da
equipe de Paulo Guedes, aproximar-se de ditaduras socialistas
companheiras etc.
Qual a novidade, então? No mais, era evidente que o terceiro mandato
de Lula seria mais radical, pois o líder petista, após sua condenação e
prisão, estava com sede de vingança, raivoso. A tal “frente ampla” nunca
passou de uma piada de mau gosto. Lula quer ver todos aqueles que
lutaram contra a corrupção pagando penitência, o que alimenta sua
narrativa fajuta de perseguido político. Os tucanos que não foram
capazes de enxergar isso são muito bobinhos mesmo.
Em suma, os cem primeiros dias da volta do lulismo ao poder são já
uma catástrofe, mas não podemos aliviar a barra de quem colaborou com
essa tragédia, pois ela era anunciada. Todos aqueles que demonizaram
Bolsonaro são cúmplices dessa situação lamentável.
Agora é torcer para que o sistema podre e carcomido, dominado por
tucanos e fisiológicos, consiga impedir o pior e ao menos preservar a
galinha dos ovos de ouro. Pois o risco que corremos, claramente, é
virarmos rápido demais a próxima Argentina.
Flávio Gordon Em seus primeiros cem dias, o governo – ou como
prefiro chamar, o regime – de Luís Inácio Lula da Silva III tem sido o
que qualquer pessoa sensata já podia prever: um governo de destruição
nacional. Na economia, temos retrocesso em todos os setores, com aumento
de tributação, desprezo completo pela responsabilidade fiscal, ataques à
independência do Banco Central, crescimento da inflação e do
desemprego, queda da bolsa de valores, desestímulo ao investimento,
sabotagem ao agronegócio etc.
Na política externa, o país volta a se aliar às piores ditaduras e
autocracias do mundo, incluindo a de Daniel Ortega – condenada até mesmo
pela leniente ONU, mas apoiada por Lula e o PT – e a do Irã, cujos
navios de guerra puderam atracar livremente no país. Ademais, o regime
coloca o Brasil em posição totalmente acadelada em relação à China, que
avança com sua política externa agressiva e expansionista.
Sem nada de positivo a oferecer, o descondenado-em-chefe faz do
Estado brasileiro instrumento de uma vingança pessoal contra aqueles que
o condenaram, chegando a tratar com deboche o plano de uma facção
criminosa de assassinar autoridades, notadamente o senador e ex-juiz
Sérgio Moro.
Enquanto isso, os sinais de leniência com o crime organizado por
parte de governo geram um estado de terror e anomia, com grupos
terroristas tomando de assalto um estado como o Rio Grande do Norte, por
exemplo, e agora os recorrentes ataques em escolas. Antes que
preocupação com as vítimas, o regime busca extrair dividendos políticos
da barbárie, lançando a culpa sobre opositores e, de maneira cínica e
oportunista, criando instrumentos para a sua criminalização.
Leonardo Coutinho O governo Lula 3 completou cem dias, mas a sua
política externa é muito mais longeva. As ações do presidente no atual
mandato são a continuação do que ele sempre fez, mesmo estando fora do
Planalto e, até mesmo, na prisão. Luiz Inácio Lula da Silva se
especializou na diplomacia paralela (quase paraestatal). Quando era
presidente, participou, por exemplo, das maquinações que levaram o
ex-guerrilheiro Mauricio Funes a ser eleito em El Salvador, em 2009, com
recursos desviados pela Odebrecht.
Fora do governo, fez o mesmo por Hugo Chávez, em 2012; e por Nicolás
Maduro, em 2013. Depois do Impeachment de Dilma Rousseff ele encampou
uma campanha de difamação do Brasil para salvar a própria biografia e de
seus companheiros. Muita gente acreditou que a democracia havia morrido
com a queda de Dilma. O Papa Francisco, por exemplo, virou as costas
para o Brasil em protesto pela “situação difícil” que o país vivia
depois do impeachment.
Da prisão, Lula e sua turma seguiram remando. Pintando o país com as
cores do fascismo e ditadura. O mundo, pouco a pouco, foi acreditando.
Com Jair Bolsonaro no poder foi uma avenida. Temas como a destruição da
Amazônia, extermínio indígena, racismo e o genocídio durante a pandemia
ajudaram a pintar um Brasil horrendo.
Lula voltou e achou que seu carisma bastava para colocar o Brasil de
volta no mapa. O tal “O Brasil voltou”. Os europeus e americanos, por
exemplo, acreditaram na tragédia amazônica de tal forma que não há
Marina Silva que dê conta de convencê-los do contrário. O agronegócio
foi fatalmente demonizado e o país vai pagar caro pela propaganda
negativa.
Lula e o PT ganharam a simpatia da administração Biden durante a
campanha, mais por antibolsonarismo que por qualquer outra coisa. Até os
mais sonsos dos assessores da Casa Branca sabem do antiamericanismo.
Lula e seu partido têm um lado. Estão fechados China, Rússia e as
ditaduras bolivarianas de Ortega e Maduro. Sem falar de Cuba, o paraíso
da turma. Os primeiros cem dias mostraram o previsto. Lula não mudou.
Seu compromisso com a democracia é periférico. Ele se molda conforme a
ideologia, amigo ou ocasião. Sempre foi assim e parece que assim será.
Francisco Escorsim
Nesses 100 primeiros dias nada me chamou mais a atenção do que o
posicionamento retórico do presidente, diferente de seus outros
governos. Uma postura, por incrível que pareça, sincera. Nunca antes na
história deste país Lula precisou mentir tão pouco. Quase tudo o que tem
falado é o que realmente acredita. Na prática, não houve tempo
suficiente para se avaliar pelos frutos, bons ou ruins, as medidas
implementadas (bem poucas, na verdade), mas o posicionamento simbólico é
muito claro, indicando o abismo para onde o governo deseja conduzir o
país.
Há que se destacar também o trabalho da assessoria de imprensa de
Lula, quase toda a antiga “mídia tradicional”, que nos quatro anos
anteriores não deu uma notícia sem adjetivar os fatos e, agora, parece
ter guardado todos os adjetivos na carteira.
Luciano Trigo Acredito que o problema maior do governo é estar
preso à mentalidade e ao discurso de 2003. É como colocar um processador
Pentium em um computador de 2023: não vai rodar direito, toda hora vai
travar. Muita coisa mudou em 20 anos, a sociedade amadureceu e o
contexto internacional é bem menos favorável, mas a narrativa permanece a
mesma, inclusive na aposta do “nós contra eles” que tanto mal faz ao
Brasil. Como o tempo não anda para trás, esse descompasso entre discurso
e realidade já começa a gerar uma percepção de inércia e um sentimento
de frustração na parcela moderada dos eleitores do PT e no próprio
sistema que se uniu para derrotar o ex-presidente. As incertezas na
economia e a frequente relativização da liberdade de expressão são
altamente preocupantes.
Bruna Frascolla Estes cem dias de governo foram marcados por três
ismos: o antibolsonarismo histriônico, o antiamericanismo de fachada e o
globalismo adotado em subserviência às megacorporações ocidentais.
O primeiro consistiu naquela canetada que revogou todos os decretos
de Bolsonaro. Não interessa que o brasileiro tenha respondido “não” ao
desarmamento em 2005, quando foi chamado a votar no referendo: os
bem-pensantes pagos por Soros decidiram que isso é bolsonarismo e
pronto.
O antiamericanismo de fachada existe para satisfazer as alas mais
velhas da esquerda, que, após décadas de brados contra o imperialismo,
de repente têm que engolir que Biden e o capital internacional são
bondosos, enquanto que os reais vilões do Brasil são os porteiros
evangélicos e os pescadores amazônidas. Para esse satisfazer segmento,
Lula fica dando declarações lacradoras em defesa de um ditador
irrelevante como Ortega.
Quanto ao globalismo, esse nos legou os piores momentos do governo
até então: a expulsão maciça dos brasileiros de uma área do território
nacional fronteiriça e cheia de riquezas minerais (a área da Raposa
Serra do Sol) e a ida do Ministro da Justiça e Segurança Pública, sem
segurança, à sede de uma ONG bancada por Soros numa favela dominada pelo
narcotráfico internacional, em meio a uma crise de segurança pública.
Guilherme Macalossi Na prática, Lula está governando há mais tempo
do que apenas os 100 dias oficiais. Quando Bolsonaro se recolheu aos
porões do Palácio da Alvorada depois de sua derrota no 2° turno, abriu
espaço para o protagonismo de seu adversário, já eleito mas ainda não
empossado. Ainda que sem a caneta na mão, o capital político estava com
Lula, e este o colocou em prática para a aprovação da PEC da transição.
Era necessária, ainda mais considerado a impraticabilidade do orçamento
deixado pelo antecessor, que se evadiu do país como forma de não se
submeter ao rito institucional da alternância de poder.
Lula quase não sentou na cadeira. Havia quem, dentro do governo
anterior, e também acampados na frente dos quarteis, desejasse uma
intervenção militar. A súcia que atacou os três poderes em Brasília
queria revogar a soberania da voto. O fatídico 8 de janeiro também faz
parte dos 100 dias de governo, uma vez que ali se tentou abreviá-lo a
força. Derrotado o golpismo, é preciso governar, sem esquecer da
necessária punição aos partícipes da tentativa de ruptura.
Nesses três primeiros meses, o lulopetismo usou o novo governo para
reerguer o que entende ser seu legado. Uma ponte para o passado.
Lula fez uma série de anúncios, reciclando programas sociais de seu
mandato anterior. Só faltou o PAC, cuja mãe ele despachou para a China,
sem PT e muito menos saudações. Mas os anúncios são isso: discursos e
intenções. Há uma fila da Medidas Provisórias a serem votadas no
Congresso Nacional, onde ainda não há base de apoio estruturada. Lula
não teve o teste de fogo das votações. Arthur Lira já alertou que o
governo não tem votos, mesmo turbinado o Ministério das Relações
Institucionais com um orçamento secreto para chamar de seu.
Na falta de ações concretas, para além da referida PEC da Transição,
sobram declarações destrambelhadas de rematados terraplanistas
econômicos. Lula também lidera um insano ataque o Banco Central, que lhe
serve adequadamente como inimigo a ser combatido. Ilustra teorias
conspiratórias variadas fazendo de Roberto Campos Neto um obstáculo ao
seu plano de fazer o Brasil crescer, como se os juros não fossem
consequência estrutural das condições do país, muitas delas herdadas,
outras produzidas por ele e seus apoiadores.
Lula tenta voltar para 2010, quando a realidade era outra e quem lhe
fazia oposição era o insosso PSDB. A nomenclatura brasileira mudou. Ele
não tem, nem nunca mais terá, os índices de aprovação daquela época.
Assumiu sob uma polarização que, no passado, ele mesmo tratou de parir, e
que vai consumi-lo na medida em que ignorar os extratos políticos de
centro e prestar tributo apenas aos seus próprios minions. Se esse for o
caminho, terminará seus quatro anos fazendo demagogia sobre escombros.
Ilona Becskehazy Em 100 dias de Governo do Lula Verdadeiro, o que
precisa da militância da extrema esquerda (o lado do espectro que não
respeita propriedade privada, liberdades individuais e a legislação
vigente) para ser eleito e se manter no poder, nenhuma surpresa… Seus
apoiadores trabalhando firme para derrubar normativas que podem melhorar
o desempenho e/ou resultados dos imensos investimentos que se faz na
educação no País.
Seja de forma histérica para derrubar a reforma do ensino médio, seja
ainda de forma subterrânea, para derrubar a Resolução que deixa os
cursos de Pedagogia mais exigentes e restritos à atuação nas primeiras
etapas escolares, ou escancarada com o apoio majoritário da grande
imprensa para derrubar a política nacional de Alfabetização, o petista e
suas hordas de gafanhotos institucionais querem destruir tudo de bom
que foi feito antes deles, mas, principalmente, o que lhes limita a sede
por poder.
Na educação, a esquerda tem muito mais poder que em outros setores.
Provavelmente, vão estragar ainda mais que na economia ou no
agronegócio. Sim, ainda há o que possa ser piorado no setor educacional,
por pior que ele já seja, com a ajuda dos sempre companheiros dos
sindicatos.
Comércio exterior Por Raquel Hoshino, especial para a Gazeta do Povo
Cédulas de yuan, a moeda chinesa: Lula tentará implementar acordo que não conseguiu no seu segundo mandato| Foto: Pixabay
Mesmo
sem a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se
recuperava de uma pneumonia e apenas nesta terça-feira (11) viajou ao
país asiático, a comitiva brasileira na China teceu no final de março um
acordo que permitirá que as transações bilaterais entre os dois países
ocorram diretamente em reais e na moeda chinesa, o yuan, sem precisar
passar pelo dólar.
Anunciado em 29 de março, durante o Seminário Econômico Brasil-China,
em Pequim, o acordo ainda carece de detalhes (que devem ser
oficializados na viagem de Lula ao país asiático), mas promete facilitar
os negócios entre os dois países.
Segundo Leonardo Paz, pesquisador do Núcleo de Prospecção e
Inteligência Internacional da Fundação Getúlio Vargas (FGV), “esse tipo
de mecanismo só é minimamente eficiente quando você tem um fluxo de
comércio bilateral, indo e vindo, robusto”, na casa dos bilhões de
dólares, e ao longo de muitos anos.
Já o professor de relações internacionais do Instituto Brasileiro de
Mercado de Capitais (Ibmec) Carlo Cauti lembrou que um acordo como este
“já foi tentado no passado e não deu certo”. Ele recordou que, em 2009, o
próprio Lula, em seu segundo mandato, tentou um acordo parecido.
“Estamos em 2023 e as transações continuam sendo em dólar”, destacou o
especialista. Para ele, o que ocorreu no passado pode ser uma prévia do
que vai acontecer com este novo acordo. Como o Brasil é o único “grande
país que tem superávit comercial” em relação à China, teria de
convencer os exportadores a aceitar a moeda chinesa como pagamento.
Como ela “não é uma moeda conversível” e não haveria a certeza da
manutenção da estabilidade do câmbio do yuan, “já que ele é manipulado
há décadas, desde sempre, pelo governo chinês”, “é muito difícil
convencer essas empresas a aceitarem o pagamento em yuan”.
Para o professor, as empresas exportadoras brasileiras “vão querer
dólares, até porque elas vão ter que comprar os insumos internacionais,
que são fundamentais para suas produções, do fertilizante até a vacina
para o boi, até os instrumentos da Petrobras para produzir petróleo, e
eles são cotados em dólares”. Como isso também possui um custo de
câmbio, o professor acredita que “é muito difícil que esse acordo seja
implementado”.
Vantagens do acordo
Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil e uma das
principais origens de investimento no país. Segundo números da Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em
2022, o volume de transações foi recorde, atingindo US$ 150 bilhões,
sendo US$ 89,7 bilhões em exportações brasileiras e US$ 60,7 bilhões em
importações.
Nos negócios com a China, o Brasil tem, portanto, superávit de US$ 29
bilhões, vendendo especialmente commodities para o país asiático. Em
2021, a China foi o oitavo maior investidor mundial no Brasil e o
primeiro da Ásia, à frente do Japão, da Coreia do Sul e da Índia.
A vantagem mais clara para o Brasil, no momento, se refere ao câmbio.
Quanto mais trocas de moeda há numa transação, maiores são o pagamento
de taxas e as perdas no câmbio.
“Se você consegue vincular os seus pagamentos a uma outra moeda, você
evita ficar fazendo essas conversões. Você perde menos dinheiro nesses
vários atritos”, afirmou o pesquisador Leonardo Paz. “No caso do Brasil
se aproximar paulatinamente da China, ao fazer esse tipo de acordo, ele
cria uma boa vontade institucional para que você possa ir aprofundando
em outras áreas, eventualmente, esse processo.”
A seu ver, ainda haveria uma possibilidade de “criar uma série de
políticas de apoio à exportação e à importação” porque “uma das
políticas públicas de apoio à exportação é você criar bandas, ou você
criar mecanismos de taxas de câmbio diferenciadas”, dando a
possibilidade, por exemplo, do governo brasileiro favorecer um setor que
ele queira alavancar, oferecendo a ele câmbio mais barato para importar
peças mais em conta.
Para Cauti, a China ganha em influência no mundo com este tipo de
acordo. “Se o Brasil começar a ter reservas internacionais não mais em
dólares, mais em yuan, é óbvio que tudo o que acontecer na China e com a
China vai ter uma influência direta no Brasil”, alertou, citando a
possibilidade de uma “dependência direta da China”, “muito mais do que
hoje”.
Motivos do acordo Para ambos os especialistas, dois fatores teriam
motivado a China a fazer acordos como o que está realizando com o
Brasil também com outros países: a possibilidade de uma invasão a Taiwan
(segundo previsões, num horizonte de cinco a 15 anos) e diminuir sua
dependência de dólares.
No caso de um conflito com Taiwan, depender menos de moeda americana
significaria para a China não ficar tão vulnerável a sanções
internacionais, como as que a Rússia está vivenciando desde que invadiu a
Ucrânia. “Ela vai se blindando tanto economicamente quanto
politicamente, uma dependência de uma moeda que hoje, supostamente, é a
moeda do país que é o principal rival estratégico dela”, afirmou
Leonardo Paz.
Outro fator que pode ter motivado a China a buscar esses acordos foi
que a nação teve seu comércio muito impactado pela crise internacional
de 2008, tendo dificuldade de acesso ao dólar no mercado internacional,
via suas empresas, para poder fazer transações. Ao não precisar tanto da
moeda americana (o que tem sido uma tendência global, segundo Paz), o
país asiático “vai ganhando blindagem da escassez internacional em
determinados setores que considera estratégicos para o país”.
Já os Estados Unidos seriam prejudicados, segundo Carlo Cauti. “Os
americanos perderiam um pouco mais de poder, em termos de influência,
porque não são eles que decidem aonde o dólar vai, aonde não vai. Eles
simplesmente imprimem o dólar. Mas, com certeza, isso reduziria a
influência dos Estados Unidos. Além disso, por exemplo, isso poderia
evitar sanções internacionais contra empresas que negociam com países
que estão sob sanções americanas”. Haveria também a redução da
“influência americana e a capacidade dos americanos de ter o chamado
‘soft power’”, completou.
Acho que não vão resolver a questão do crime no Brasil e nem a
violência nas escolas porque até agora ninguém percebeu o óbvio: a lei
brasileira e o Judiciário – que estão juntos e dependem um do outro –
são lenientes, são favoráveis ao crime e não dão a mínima para a vítima.
O criminoso é objeto de todas as atenções: o criminoso é vítima da
sociedade, tem o direito de reagir em legítima defesa à polícia,
“autodefesa intuitiva”, como disseram três desembargadores de São Paulo.
E agora o ministro da Justiça está arrochando as redes socais dizendo
que é para proteger as escolas. O presidente Lula acha que para
proteger as escolas basta a polícia. Tem gente que acha que é a arma de
fogo. Mas o sujeito atacou a escola em São Paulo com faca, em Blumenau
com machadinha, e se não tiver nem faca nem machadinha vai atacar com
tijolo, com pau, com pedra, pedaço de ferro. Não perceberam ainda que é a
mente que arma as mãos. E jogos eletrônicos também não é o problema.
Gerações inteiras gostavam de história de mocinhos e bandidos, de
atirar, de brincar de polícia, de revolver e não aconteceu nada.
Justiça leniente
O problema é a lei leniente: o sujeito assalta, passa pela audiência
de custódia e vai embora arrumar outra arma para assaltar. Não
entenderam isso. Tem juiz dizendo que não tem prova quando o próprio
sujeito confessou o crime; dizem que não tem prova e que a confissão foi
por medo da polícia. Tem de se mexer nas leis.
Outros países, que têm leis mais duras, como Portugal, têm mais
segurança, seja nas ruas, nas escolas, de noite ou de dia. Pode haver
furto por “descuidismo”, mas sem violência. Nós temos de pressionar os
nossos representantes na Câmara dos Deputados e no Senado para abrirem
os olhos e perceberem isso.
Ressaca Outro assunto: depois da festa dos cem dias, a ressaca da
festa. O FMI chega e estraga tudo dizendo “olha, o país não vai crescer o
esperado”. No ano passado cresceu quase 3%, mas neste ano não vai
crescer nem 1%, só 0,9%. Qual foi a reação do presidente da República?
Disse que vai fazer exatamente o contrário do que diz o FMI. Parece uma
criança birrenta, teimosa.
VEJA TAMBÉM: Justiça frouxa deixa bandidos nas ruas A busca pelos motivos do massacre na creche de Blumenau Nossas leis e tribunais também são responsáveis pela tragédia em Blumenau
Mas o ex-ministro Almir Pazzianotto me disse que quando era
advogado do Sindicato dos Metalúrgicos e Lula era o presidente, ele já
era assim. Lula não gostava de quem tinha diploma, que tinha anel de
doutor no dedo. Desprezava porque achava que era gente que só estudava
teoria e depois queria implantar coisas que ele – Lula – sabia “na
prática”. É mais ou menos isso que ele está dizendo agora. Vai fazer o
contrário do que os técnicos, economistas, pessoas que estudam
estatística, que examinam os dados sobre o Brasil – e que são pagos para
isso, para pensar nisso o dia inteiro. Enfim, vai fazer o contrário e
vai piorar a situação.
Consolo Quando cai o PIB ou aumenta a inflação, o nome é
estagflação”, mas, felizmente, pelo jeito não vai ter isso porque a
inflação de março foi bem, a de fevereiro estava assustando – já estava
em 5,6% nos últimos 12 meses e agora baixou para 4,6% – a meta é 3,25%.
Pelo menos esse consolo, porque estamos todos no mesmo barco, esse barco
afundando, afundamos todos juntos. Teve gente que torcia muito para
esse barco afundar. Não se importava em morrer afogado, mas queria que
todo mundo morresse junto. No tempo da pandemia foi assim: a gente viu
uma torcida grande pela morte. Terrível. Diziam que não tinha tratamento
a doença; quantos milhares morreram por causa disso. Isso é
inesquecível.
Comitiva tem possibilidades formidáveis de
ganhos econômicos e cooperação em desafios comuns, sobretudo ambientais.
Por isso mesmo, é preciso evitar ruídos geopolíticos
Por Notas & Informações
Gostem ou não, todos os países são afetados pela tensão entre EUA e
China. Essa guerra fria não era inevitável nem é inexorável: pode
escalar para uma terceira guerra mundial; pode ser superada por uma nova
ordem harmônica e próspera; ou pode se prolongar indefinidamente. O
futuro dirá. No presente, ela é incontornável. Porém, é diferente da
velha guerra fria. Lá as relações comerciais entre os dois blocos eram
obliteradas pela cortina de ferro num jogo de “soma zero”. A economia da
URSS era inexpressiva comparada à da China. Na geopolítica multipolar e
na economia globalizada do século 21, se a rivalidade entre Washington e
Pequim tem pontos de alto risco militar, notavelmente Taiwan, ela se
dá, sobretudo, no plano comercial e no tecnológico. Nesses aspectos,
contudo, ambos são não só competidores, mas também parceiros.
O cenário impõe um trilema: o desafio de construir, a um tempo,
pontes para intensificar trocas econômicas; espaços de cooperação ante
desafios comuns (como o clima ou pandemias); e anteparos que garantam a
convivência entre sistemas político-ideológicos antagônicos: as
democracias e as autocracias. Nos dois primeiros aspectos, a comitiva
encabeçada pelo presidente Lula da Silva na China – que acabou
segmentada em duas fases em razão de seu mal-estar – tem oportunidades
formidáveis. Mas convém redobrar a prudência em relação ao aspecto
geopolítico.
Até aqui, o roteiro diplomático de Lula percorreu grandes zonas de
interesse nacional. Eleito, foi à Conferência Climática da ONU (COP-27),
sinalizando a reversão do antiambientalismo de Jair Bolsonaro.
Empossado, visitou parceiros do Cone Sul, EUA e agora a China, nosso
principal parceiro comercial. A composição da comitiva e da agenda
responde a essa situação. Pauta-chave é a intensificação da exportação
de commodities. Mas a visita pode diversificá-la e agregar valor. A
indústria pode abrir nichos de exportação, de importação (sobretudo de
tecnologia) e de investimentos (sobretudo na infraestrutura). Há
oportunidades na área da sustentabilidade: o apoio à candidatura do
Brasil para sediar a COP-30, o mercado de carbono ou investimentos em
tecnologias verdes e na Amazônia. Tais possibilidades foram
desperdiçadas pelas taras ideológicas de Jair Bolsonaro, a começar por
seu alinhamento a Donald Trump e a retórica anti-China. Espera-se que
Lula não incorra no mesmo erro com o sinal trocado.
Nada obsta, por exemplo, que aproveite os holofotes para advogar a
paz. Mas se ele está certo em constatar que a China tem as alavancas
para mudar os rumos da guerra da Ucrânia, estará equivocado se supor que
pretende empregá-las. A viagem de Xi Jinping a Moscou cimentou sua
solidariedade à Rússia. Não por hostilidade à Ucrânia, mas porque isso
convém à sua geoestratégia: ampliar a dependência da Rússia e
aproveitá-la em seu confronto com o Ocidente. Seu “plano de paz” é
inexequível e injusto: prevê o fim das sanções ocidentais, mas não a
desocupação de territórios pelos russos. Qualquer sinal de alinhamento a
ele seria um quixotismo diplomático que em nada favoreceria a paz. Para
concretizar seus acordos de comércio e cooperação, o Brasil não precisa
apoiar um plano que o próprio Xi sabe natimorto. Isso só despertaria
dissabor na Europa e EUA.
Várias vezes Lula sugeriu que a culpada pela guerra é a Otan. Há
poucos dias, insinuou que a Lava Jato seria resultado de um complô
armado pelos EUA. A mídia oficial chinesa vem explorando declarações
suas contrastando a China como pacificadora e os EUA como belicosos. Ao
mesmo tempo, China e Rússia ambicionam transformar o Brics,
originalmente um grupo de economias emergentes, em um clube geopolítico
de viés antiocidental, manobrando, por exemplo, para incluir regimes de
cunho autocrático, como Irã, Turquia e Arábia Saudita.
Na guerra da Ucrânia, a posição da China é de “neutralidade
pró-Rússia”. Isso serve a seus interesses. Mas o Brasil não ganhará nada
se Lula der margem para que sugiram, e muito menos se sugerir, que, na
nova guerra fria, a posição do País é de uma “neutralidade pró-China”.
Com proposta de preparo dos alimentos de forma saudável, várias
marcas disputam a preferência dos consumidores numa faixa média de
preços
Ela virou uma verdadeira paixão nacional: a airfryer deixou há muito
de ser artigo de luxo e hoje está cada vez mais presente nas cozinhas
brasileiras.
Muito mais do que apenas “fritar” alimentos com ar
quente, sem óleo, como batata, carnes, etc, o que elas fazem com
maestria, essas máquinas são capazes de preparar pães, pão de queijo,
bolo, pudim e uma infinidade de outras receitas.
Existem, claro,
modelos com maior capacidade no cesto e mais sofisticados, contando até
mesmo com controle digital de temperatura, botões touch e até mesmo
conexão com aplicativo para download de receitas e monitoramento do
aquecimento, além de comando de voz.
Abaixo, apresentamos opções mais em conta de marcas reconhecidas com
excelente custo-benefício e ótimas capacidade e potência, que certamente
se tornarão uma peça-chave na sua cozinha e indispensáveis no seu dia a
dia.
Fritadeira elétrica Grand Airfryer
EAF30, da Electrolux
Esse modelo apresenta um belo design em cinza-chumbo e botões
prateados, trazendo um cesto interno removível e antiaderente com grande
capacidade – são 4L – enquanto a cuba comporta ao todo 4,5L. Esse
modelo também está disponível aqui na cor vermelha.
*Quando esta matéria foi publicada, o preço era entre R$ 399,00 e R$ 509,00
Combinando o uso do timer e do controle de temperatura, você pode
preparar com facilidade receitas pré-definidas que vêm estampadas na
parte superior. Isto também é uma mão na roda se você estiver com
dúvidas, por exemplo, de como fazer a programação ideal de um
determinado alimento, garantindo que obterá um resultado perfeito.
Um indicador luminoso de funcionamento avisa quando a fritadeira está em funcionamento, com segurança e praticidade.
Sua
potência é de ótimos 1400W e, pelas avaliações, é bastante prática de
limpar, devendo-se apenas tomar cuidado com as borrachinhas de
sustentação na base do cesto, que costumam se soltar.
O modelo da Electrolux sai por R$ 399,99 nas Casas Bahia, custa R$ 482,13 na Fast Shop e é vendido por R$ 509,90 na Amazon.
*Quando esta matéria foi publicada, o preço era entre R$ 340,00 e R$ 380,00
Apresenta uma potência muito boa de 1500W e combina um controle de
temperatura, capaz de atingir até 200°C a um timer de até uma hora, com
cinco sugestões de receitas gravadas na parte superior, que servem como
guia para preparar diversos alimentos.
Como diferencial, esse
produto tem o cesto revestido por Duraflon, material antiaderente
exclusivo da Mondial, e ainda duas lâmpadas indicativas de
funcionamento, para você monitorar as fases de aquecimento e
funcionamento. Seu painel frontal é bastante resistente, feito de aço
inox.
Alguns links e valores para você adquirir: no Magazine
Luiza por R$ 341,05; nas Americanas por R$ 350,50; ou na Amazon custando
R$ 378,99.
*Quando esta matéria foi publicada, o preço era entre R$ 320,00 e R$ 500,00
Com design bastante diferente, mais bojudo na parte inferior, para
abrigar um cesto de formato quadrado – permitindo acomodar mais
alimentos no mesmo espaço, com uma distribuição mais eficiente – este
modelo da Midea é um sério candidato a estrela da sua cozinha.
Tem
uma trava de segurança para evitar a liberação inadvertida do cesto e
sistema que desliga automaticamente a circulação de ar assim que ele é
retirado.
Com potência de 1500W, é revestida totalmente de aço
inox internamente e está disponível nas versões preta e branca, esta
última com custo mais elevado.
Esta air fryer custa R$ 327,75 nas Americanas, R$ 351,73 no Shoptime (preta) e R$ 491,92 na Amazon (branca)