quinta-feira, 13 de abril de 2023

DECLARAÇÕES E INVASÕES DO MST SÃO PASSÍVEIS DE PRISÃO DE JOÃO PEDRO STÉDILE

 

Bancada ruralista pede prisão de líder do MST João Pedro Stédile após ameaça de invasões

Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

Por Isadora Duarte – Jornal Estadão

Parlamentares pedem que procurador-geral da República, Augusto Aras, investigue ‘incitação ao crime’

Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pediu nesta quarta-feira, 12, a prisão temporária ou preventiva do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile, integrante da direção nacional do MST. O pedido ocorre após publicação de vídeo pelo movimento no qual Stédile afirma que em abril “haverá mobilizações (do movimento) em todos os Estados, seja marchas, vigílias, ocupações de terra, as mil e uma formas de pressionar que a Constituição seja aplicada e que latifúndios improdutivos sejam desapropriados e entregues às famílias acampadas”. 

Em ofícios enviados ao procurador-geral da República, Augusto Aras, ao procurador-geral da Justiça de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, e ao secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Muraro Derrite, obtidos com exclusividade pelo Estadão/Broadcast Agro, a FPA pede a apuração de incitação ao crime, investigação das “graves ameaças” feitas por Stédile e sua prisão.

Líder do MST contesta ministro e critica comparação entre invasão de terras e atos golpistas de 8/1

Presidente da frente, o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) afirma que a bancada requer também a retirada do vídeo de Stédile das redes sociais, assim como o repúdio público às suas declarações. “Ninguém pode chegar na rede social, anunciar que vai cometer crime, incitar invasão de terra e esbulho possessório e não acontecer nada. Stédile fugiu da razoabilidade e não podemos aceitar isso”, afirmou Lupion.

Invasão do MST nesta segunda-feira, 3, nas terras do Engenho Cumbe, no município de Timbaúba em Pernambuco - 03/04/2023
Invasão do MST nesta segunda-feira, 3, nas terras do Engenho Cumbe, no município de Timbaúba em Pernambuco – 03/04/2023 Foto: Comunicação MST/PE

Segundo o deputado, o pedido não é somente da bancada ruralista mas dos produtores rurais. “Os produtores rurais exigem o mínimo de segurança jurídica e de direito à propriedade. Se fosse um movimento da direita, estariam todos sendo processados. Não podemos aceitar a desculpa de que é um movimento social para cometer ilegalidades”, acrescentou.

De acordo com o presidente da frente, apesar dos anúncios de invasões de terra pelos movimentos sociais durante o chamado “abril vermelho”, ainda não foram registradas invasões de propriedades produtivas ao longo desse mês. “Não podemos aceitar isso porque gera insegurança para a população rural e um completo assombro ao produtor que em pleno 2023 está sujeito a invasões, que não aconteciam há muito tempo. Nunca houve anúncio público de esbulho possessório, de invasão de terra e incitação ao crime”, afirmou Lupion.

A frente alega ser “urgente” a instauração de procedimento administrativo ou de inquérito policial para analisar as condutas de Stédile, além do requerimento de sua prisão temporária ou prisão preventiva. “Não é admissível que se atente abertamente contra o direito de propriedade, constitucionalmente protegido, e não haja qualquer resposta das instituições nacionais”, alega a FPA.

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A bancada ruralista, que congrega 347 parlamentares, aponta no documento, assinado por Lupion, que desde fevereiro vêm ocorrendo invasões de propriedades rurais públicas e privadas, lideradas por movimentos sociais. “Tais ações se tratam, em verdade, de condutas ilegais, violentas e contrárias à lei, à Constituição da República e que trazem caos e terror social no campo. A atuação desses grupos, em especial do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao longo dos anos gerou danos inconcebíveis aos produtores rurais e à sociedade, consubstanciando o cometimento dos mais atrozes crimes, tais como homicídio, cárcere privado e outros”, argumenta a FPA nos ofícios.

Para a FPA, as declarações de Stédile “renovaram o cometimento desses crimes”, o que configura, na visão da frente, crime de incitação ao crime, de invasão de propriedade e de esbulho possessório. A frente se refere ao movimento como “iminência de uma onda de crimes no País”. “Essa anunciação do cometimento de crimes deve ser firmemente combatida pelas autoridades do Estado brasileiro, sob pena de o terror e o caos tomarem conta da sociedade brasileira”, argumenta a FPA no documento.

Além dos ofícios enviados à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, à Procuradoria Geral de São Paulo, onde Stédile reside, e à Procuradoria Geral da República, a frente enviou documentos semelhantes solicitando “tomada de providências” para que nenhum ato ponha em risco o direito de propriedade e que não utilize recurso público à Advocacia Geral da União e ao Tribunal de Contas da União.

Questionado se a bancada ruralista procurou ou irá acionar o governo para a mediação do assunto junto ao MST, como os Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Lupion respondeu que não houve conversa entre a bancada e o Executivo e que entende que não cabe ao governo a interlocução junto ao movimento. “Não houve nenhum posicionamento dos próprios movimentos retirando a fala dele. O governo ignorou. O governo tem de acalmar seus aliados, mas não cabe ao governo essa função. Gostaríamos que o governo condenasse a ação, mas não acredito que irão fazê-lo”, afirmou o presidente da FPA.

FedNow É O NOVO PIX DOS ESTADOS UNIDOS

 

Geopolítica centralizada
Lançamento do Pix nos EUA traz preocupações mundo afora“PIX” norte-americano revela tendência global preocupante

Por
Daniel Lopez – Gazeta do Povo


Imagem ilustrativa.| Foto: Pixabay

Com três anos de atraso se comparado ao Brasil, os Estados Unidos lançaram mês passado o FedNow, o “Pix americano”, o seus sistema de pagamentos instantâneos. Você poderia ficar muito alegre com isso, celebrando nosso pioneirismo na tecnologia de pagamentos instantâneos. Em tese, fomos mais rápidos que o país mais poderoso do mundo. Mas eu não vejo grandes motivos para comemoração, uma vez que, para o cidadão atento, algo estranho está em jogo.

Em outubro de 2020, uma matéria do InfoMoney abriu meus olhos para essa questão. O sobretítulo era bem sugestivo: “Sem papel”. O título trazia um insight ainda mais importante: “Pix é o primeiro passo do BC no caminho da substituição da moeda em espécie pelo real digital, dizem especialistas”. Ou seja, ficava claro que o Pix não era um fim em si, mas uma ponte, uma fase de transição, o início de um processo para uma realidade completamente distinta, não apenas para as transações financeiras, mas para a economia em geral e a sociedade como um todo.

O mundo inteiro caminha no sentido da substituição do dinheiro físico pelo dinheiro digital. Um cenário distópico, porém, cada vez mais real.

Para aqueles que estavam pensando que o Brasil havia sido pioneiro e singular nessa ideia “inovadora”, trata-se, na verdade, de uma tendência global. Ou, melhor dizendo, uma agenda mundial. Cada vez mais temos visto um fortalecimento dos bancos centrais ao redor do planeta, conquistando presença crescente na sociedade. O mundo inteiro caminha nesse sentido da substituição do dinheiro físico pelo dinheiro digital. Essa mudança viabilizará o monitoramento da pegada de carbono, o estabelecimento do crédito de carbono e, consequentemente, do crédito social. Um cenário distópico, porém, cada vez mais real.

Parece inevitável o avanço do poder estatal sobre o poder social. Se você ainda não percebeu isso, faço um convite para ler um artigo de fevereiro de 2020, com o título: “Federal Reserve apresenta Fedcoin, sua criptomoeda ameaçadora”. No texto, há uma frase do economista Robert Wenzel que abriu meus olhos sobre toda essa agenda de mudança: “Uma moeda digital criada pelo Fed poderia ser um dos passos mais perigosos tomados por uma agência do governo. Colocaria, nas mãos do governo, a possibilidade de criar uma moeda digital com a capacidade de rastrear todas as transações em uma economia — e proibir transações por algum motivo. Em termos de liberdade individual no futuro, isso seria um pesadelo”. Fica a reflexão.

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O fato de os Estados Unidos terem inaugurado o seu Pix mostra que seu processo de substituição do dinheiro físico pelo dinheiro digital (Fedcoin) está em processo acelerado. Por aqui, a crise sanitária e o auxílio emergencial criaram um cenário muito propício para a inauguração do Pix. No caso norte-americano, a justificativa surgiu posteriormente, com a chamada “desdolarização” do mundo, junto ao fim do “petrodólar”.

A digitalização das moedas mundo afora pode parecer algo muito empolgante para os chamados “early adopters”, ou seja, aqueles que adotam novas tecnologias ou novos produtos antes dos demais. Porém, o processo inspira preocupação naqueles que entendem o rumo que as coisas têm seguido em todo o planeta. No Pix, fomos pioneiros. Mas, quanto ao segundo passo – a inauguração da moeda digital controlada pelo Banco Central – quem você acha que será o primeiro: Brasil ou EUA? Deixe sua opinião nos comentários. Que Deus nos proteja.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/daniel-lopez/lancamento-do-pix-nos-eua-traz-preocupacoes-mundo-afora/
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DESENVOLVER TECNOLOGIA É UMA DAS ÁREAS QUE MAIS CRESCE NO MUNDO

 

                                                                                                                                                                          Raiff Ramalho, desenvolvedor da Higlobe, fintech americana

Oportunidade de entrar em uma das áreas que mais cresce no mercado e possibilidade de ganhar em dólar tem atraído profissionais

De acordo com uma projeção da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o Brasil terá, de 2021 a 2025, uma demanda de 797 mil talentos na área de tecnologia, uma média de 159 profissionais por ano. Outro fator importante é a possibilidade de crescimento salarial, visto que o setor oferece remunerações entre R$13 mil e R$15 mil para desenvolvedores seniores, segundo a consultoria de gestão Fox Human Capital.

Grande parte dessa alta se deve à globalização das empresas pelo mundo todo, impulsionadas pela pandemia de Covid-19. A carreira abriga profissionais de Ciência da Computação, Sistemas da Informação, Engenharia de Infraestrutura e Rede ou Análise de Sistemas. Nem todas as empresas exigem uma formação mais técnica, mas os interessados devem se lembrar de que o setor está em constante mudança e requer muito estudo e especialização.

“Trabalhar com TI abre portas para várias oportunidades, inclusive fora do país, já que o setor está aquecido no mundo inteiro. É importante destacar que as empresas buscam profissionais preparados, isso será um diferencial em meio aos concorrentes”, conta Samyra Ramos, Marketing Specialist da Higlobe, fintech americana para transferência de pagamentos internacionais que ajuda freelancers e contratados de empresas americanas a receberem seus pagamentos em dólar.

Para Raiff Ramalho, desenvolvedor da Higlobe, a profissão deu a ele grandes oportunidades. “A área da programação me chamou atenção não só pela dinamicidade, mas também pelas diversas oportunidades para a minha carreira. Hoje trabalho para uma empresa americana, mas posso fazer isso do conforto da minha casa”, afirma.

Para quem estiver disposto a investir na área e se tornar um profissional de tecnologia da informação, Raiff destaca três dicas importantes:

1- Invista em qualificação – Todos os dias surgem novas tecnologias, e por isso é importante estar sempre atualizado com o que está acontecendo no mundo. Caso esteja começando na profissão, é importante praticar códigos e aprender tudo sobre a linguagem de programação com a qual está trabalhando. Além disso, fique atento às vagas disponíveis no mercado, muitas empresas buscam profissionais temporários e isso pode ajudar a ganhar experiência para conseguir melhores oportunidades no futuro.

2- Aprenda inglês – Embora o idioma não seja uma barreira no dia a dia da programação, saber falar inglês é um diferencial e pode ajudar muito na caminhada na tecnologia. A fluência no idioma acaba sendo um ponto de destaque para candidatos em empresas estrangeiras, além de haver muitos termos em inglês no cotidiano da profissão. Nos estudos também é uma vantagem, já que a maioria dos artigos acadêmicos e documentos técnicos está escrito em inglês. Sem falar nos eventos importantes do setor que, em sua maioria, são realizados exclusivamente em inglês.

3- Participe de comunidades online – como em todas as profissões o networking é muito importante para conhecer pessoas que pensam como você. Algumas plataformas como Stack Overflow, Coderwall e Hashnode fornecem comunidades e fóruns para perguntas, discussões e conselhos para desenvolvedores em todos os níveis.

UM MARKETPLACE DIGITAL IGUAL AO DA STARTUP VALEON PODE AJUDAR QUALQUER NEGÓCIO?

Moysés Peruhype Carlech e Fernanda – Jet.

Sim e podemos ajudar muito a alavancar as suas vendas e tornar a sua empresa mais competitiva no mercado se forem utilizados os serviços da Startup Valeon e temos a certeza que vamos melhorar o seu posicionamento digital e utilizando uma boa estratégia comercial podemos trazer retorno financeiro para a grande maioria dos negócios das empresas da nossa região do Vale do Aço, afinal de contas, já atingimos a marca de mais de 100.000 acessos.

O sucesso do modelo dos marketplaces está expresso nos números registrados no último ano: o crescimento em 2020 chegou a 52%, acima dos 41% do segmento de e-commerce.

Essas informações foram apuradas pela E-bit/Nielsen, que também indica que o total de pedidos do marketplace chegou a 148,6 milhões, um crescimento de 38% em relação a 2019, o que resultou em um faturamento de R$ 73, 2 bilhões para o segmento.

A atenção recebida pelos “shoppings virtuais” tem razão de ser. São gerenciados por empresas que arcam com a parte operacional e, com isso, as lojas cadastradas podem se dedicar ao cuidado de suas páginas e às ofertas de produtos.

Para quem tem um e-commerce, os marketplaces devem ser vistos como uma oportunidade reforçar as estratégias de vendas.

Outro fator importante é a possibilidade de ampliar seus pontos de interação com o cliente, o que atende ao comportamento omnichannel do público.

Porém, para aproveitar melhor as possibilidades, é importante que você saiba quais são as vantagens do marketplace e como ele pode auxiliar o desenvolvimento do seu negócio.

1- Otimização dos recursos

A estruturação de um e-commerce não é simples. E, por mais que você faça tudo certo, os resultados precisam de tempo para serem consolidados.

Ao integrar a sua loja a um marketplace, esse processo é facilitado. Ao mesmo tempo em que trabalha para fortalecer a sua marca, o lojista tem como expor seus produtos num canal que já conta com uma audiência significativa.

Basta que o lojista negocie e pague a mensalidade do marketplace para que possa começar a negociar seus produtos ou serviços. Além disso, essas operações oferecem expertise, tráfego, visitação e mídia para que seus parceiros possam desenvolver seus negócios.

2- Alcance de clientes

Desenvolver uma loja virtual própria e recorrer às redes sociais para divulgar produtos ou serviços requer um trabalho de divulgação para alcançar um número maior de clientes.

Com o marketplace, esse trabalho ganha ainda mais abrangência e, com isso, é possível gerar um fluxo maior de consumidores, uma vez que há modelos próprios de divulgação, o que acaba favorecendo as empresas que o integram.

Além disso, esses “shoppings virtuais” , como o da Startup Valeon, não divide os custos de marketing  com os seus parceiros custeando ele próprio o processo de aquisição de clientes nas redes sociais.

3- Volume de dados

Os marketplaces têm o costume de oferecer aos seus parceiros diversos dados sobre as suas vendas e seus desempenhos dentro da plataforma e faz métricas diárias das consultas dos seus clientes.

Essas informações são bastante estratégicas para qualquer empresário que deseje desenvolver o seu comércio online e melhorar o seu desempenho na internet.

Isso porque conseguem planejar suas ações, promoções e precificar produtos e serviços com mais eficiência, o que aumenta as chances de converter os visitantes do marketplace em seus clientes.

4- Integração com outras ferramentas

Muitos empresários podem acreditar que ao entrar para um marketplace não poderá usar suas ferramentas digitais favoritas: CRMs, software de preços ou inventários.

Porém, não existe essa limitação e as empresas podem seguir usando seus mecanismos de otimização de resultados.

É possível explorar tantos as informações fornecidas pelos marketplaces quanto os dados gerados pelos seus mecanismos de gestão e controle, o que pode fortalecer ainda mais suas estratégias online.

5- Aumento de vendas

Com uma estrutura corretamente desenvolvida, processos de divulgação bem construídos e apoio aos parceiros, os marketplaces conseguem atrair um bom volume de visitantes para o seu site.

Quanto maior a exposição de produtos ou serviços, maior são as chances de aumentar as suas vendas. É preciso apenas que as lojas online saibam trabalhar seus produtos ou serviços na internet e convencer os consumidores de que conta com as melhores mercadorias e preços.

6- Diversificação de público

Com um número maior de pessoas tendo contato com seus produtos ou serviços, há possibilidade que alcance consumidores que, em um primeiro momento, não conseguiria atingir.

Isso contribui para a diversificação do seu público-alvo e faça com que a sua base de clientes possa crescer.

Isso favorece não apenas as suas vendas, mas também estimula os lojistas a buscarem novos produtos ou desenvolverem novos serviços para atender a sua nova demanda.

Esse processo é essencial para que as empresas ganhem mercado e busquem constantemente o seu desenvolvimento.

Agora que você já sabe quais as vantagens do marketplace, que tal descobrir como eles podem auxiliar no crescimento dos pequenos negócios?

Marketplace e o crescimento das empresas

Construir um modelo próprio de venda online é um desafio para as empresas, porém pode ser bastante recompensador.

Em 2020, o setor teve um crescimento de 41% se comparado com o ano anterior e a expectativa é de que siga alcançando bons resultados em 2022, até em razão da aceleração do processo de transformação digital.

Dessa forma, com um trabalho bem-feito, as empresas podem conquistar boa margem de lucro com o comércio eletrônico. Afinal, o perfil do consumidor tem mudado e ficado aberto às compras online.

Mas, para isso, é necessário utilizar um site como a da Startup Valeon que ofereça boa experiência para os consumidores e conte com estrutura logística e capacidade de estoque para dar conta do trabalho.

O marketplace é uma opção que pode potencializar ainda mais um comércio eletrônico, pois conta com um modelo de negócio estruturado e testado.

Assim, empresas de qualquer setor conseguem melhorar o desempenho de seus e-commerces ao estabelecer mais um canal de divulgação e venda.

Para aproveitar melhor as oportunidades, é importante contar com as ferramentas adequadas para fazer a gestão da operação.

Exemplo disso é a plataforma comercial da Startup Valeon, que tem suas páginas desenvolvidas justamente para conectar a sua loja aos principais consumidores do mercado.

Com isso, além de ter todo o suporte necessário para destacar seus produtos na internet, o lojista tem como gerenciar todo o universo envolvido com as suas vendas online, seja na loja própria ou no marketplace.

Num único local, por exemplo, pode fazer a gestão de estoque, o que evita a perda de clientes pela falta do produto. O e-commerce é uma modalidade de negócio que deve seguir ganhando espaço e conquistando novos clientes. O empresariado deve ficar atento a esse mercado e aproveitar as vantagens do marketplace para aumentar a sua presença online e ter acesso facilitado a uma base sólida de usuários.

quarta-feira, 12 de abril de 2023

LUTA DA DIREITA E DA ESQUERDA PELO PODER

 


Hegemonia da esquerda em associações e ONGs favorece domínio da máquina estatal
Por
Leonardo Desideri – Gazeta do Povo
Brasília


Membros de associações e ONGs com viés de esquerda têm ganhado força em ministérios durante o governo Lula.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Na luta por representatividade nas esferas do poder público, a direita tem esbarrado em uma realidade que pouco mudou mesmo após os quatro anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): a esmagadora hegemonia da esquerda em associações, ONGs, think tanks e institutos com influência dentro da máquina estatal.

Desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a Presidência, o PT tem sido veloz em montar novas estruturas que ampliem o envolvimento de grupos do tipo com o Estado. Um dos focos do governo tem sido aumentar o que a esquerda chama de “participação da sociedade civil” – que se traduz, na prática, em abrir as portas do Estado brasileiro a representantes de entidades com viés de esquerda em órgãos colegiados, secretarias de ministérios, audiências públicas e outros contextos, na condição de especialistas em suas áreas.

Quer em quantidade ou em capacidade de influência, organizações desse tipo com valores associados à direita têm muito menos força no Brasil. A discrepância tem reflexo, entre outras coisas, na dificuldade de composição de quadros no Executivo durante um governo direitista como o de Bolsonaro; no governo Lula, egressos de associações, ONGs e outras entidades da sociedade civil comandam diversas pastas e povoam os ministérios.

Não é só no Executivo, contudo, que isso tem impacto. Na audiência pública sobre o Marco Civil da Internet promovida em março pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, o predomínio de associações com viés esquerdista era claro. As discussões, por conta disso, penderam muito mais para a defesa de métodos de controle e censura nas redes do que para o apoio à liberdade de expressão.

Em alguns julgamentos importantes da Corte, há forte predomínio de amici curiae alinhados a visões de esquerda, o que não é necessariamente o reflexo de uma seleção enviesada dos ministros. Na ADPF 442, em que se tenta descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação, há claro desequilíbrio no próprio número de inscritos, como mostrou reportagem da Gazeta do Povo.

No Executivo, mesmo antes de Lula assumir a Presidência, associações e ONGs se perpetuavam em órgãos colegiados que servem ao aparelhamento estatal. Em pleno governo Bolsonaro, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) era composto por entidades pró-aborto, feministas extremistas e defensores da ideologia de gênero. Isso pode ser explicado, em parte, pelo caráter fechado das votações que elegem novos membros; mas, em alguma medida, o viés ideológico homogêneo também se deve à falta de alternativas entre os candidatos.

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Na opinião de Lucas Berlanza, presidente do Instituto Liberal, o que mais atrapalha a direita não é a incapacidade de se associar, mas sim a “falta de estrutura e especialização”. “O Brasil, de forma geral, tem uma cultura associativa bastante deficitária, mas não creio que os liberais e conservadores padeçam desse problema em particular”, afirma. “Considero que haja mais uma combinação de falta de estrutura e especialização para atuar em determinados ambientes e, naturalmente, falta de pessoal, tanto no campo do financiamento quanto no campo da articulação intelectual”, complementa.

O “amadorismo” da direita nesse âmbito contrasta com a perspicácia de certas ações da esquerda, que infiltra organizações radicalmente ideológicas na máquina estatal até mesmo em iniciativas bem-intencionadas na aparência.

No fim de março, o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, lançou edital com o objetivo expresso de destinar até R$ 6 milhões a organizações da sociedade civil que promovam ações voltadas a mulheres usuárias de drogas ou que sofram o impacto do tráfico, em especial negras e indígenas. Uma das organizações participantes do evento de lançamento do edital era a Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas, que trabalha com o controverso conceito de “redução de danos” (entenda nesta reportagem) e é uma das maiores financiadas no Brasil pela Open Society Foundations, de George Soros.

Para Berlanza, a desorganização da direita pode ser um problema importante, mas não é a única explicação para a hegemonia da esquerda em organizações da sociedade civil. “Há razões de sobra para que as vozes dissonantes se sintam intimidadas e desencorajadas nas esferas de expressão da intelectualidade. As lideranças no ambiente universitário estão associadas às ideias de esquerda e ao coletivismo, mobilizando todo tipo de pressão e constrangimento contra os que não subscrevem suas pregações”, comenta.

A solução para isso, na visão dele, é “marcar presença em cada espaço” que for aberto com o objetivo de “garantir que nossas pautas ganharão relevância e consolidarão uma corrente de opinião no país”.

“Muitas vezes, quando se faz uma participação em um programa televisivo ou radiofônico que não seja especificamente voltado ao público que não congrega das mesmas ideias que as nossas, por exemplo, nota-se o retorno de espectadores satisfeitos com o esforço por pluralizar a discussão. É claro que muitos já partilhavam de nossas concepções, mas, de qualquer maneira, têm a satisfação de encontrá-las representadas onde normalmente elas não teriam vez”, observa.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/hegemonia-da-esquerda-em-associacoes-e-ongs-favorece-dominio-da-maquina-estatal/
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LULA MODIFICA O MARCO DO SANEAMENTO EM BENEFÍCIO DAS ESTATAIS E PREJUDICA OS POBRES

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

CAXIMBA – LUCIANO HUCK


Marco Legal do Saneamento estabelecia meta de ter 99% da população atendida com rede de água e 90% com esgoto até 2033.| Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

“O que é ruim a gente esconde” é uma frase que entrou para o folclore político nacional, dita há quase 30 anos pelo então ministro da Fazenda, Rubens Ricupero. Mas o presidente Lula resolveu ignorá-la ao assinar, na quarta-feira, dia 5, dois decretos que têm o potencial de prolongar o drama de milhões de brasileiros sem acesso a água potável e esgoto tratado. O petista não escondeu nada, pelo contrário: realizou cerimônia no Palácio do Planalto com a presença de ministros, governadores e representantes de empresas de saneamento, públicas e privadas, como se estivesse fazendo um grande bem ao país.

Por mais que o Novo Marco do Saneamento Básico, aprovado em 2020 pelo Congresso Nacional, tenha previsto a necessidade de regulamentação de alguns de seus itens, os decretos de Lula vão muito além disso: eles desfiguram a legislação, caminhando na direção diametralmente oposta àquela desejada pelos legisladores. Em outras palavras, sem força política para mudar a lei no Congresso, Lula usou o argumento da regulamentação para alterar ele mesmo partes essenciais do novo marco, especialmente no que diz respeito à contratação de empresas. Por mais que a opinião dos petistas sobre o tema represente um caminho (ainda que equivocado) entre os vários possíveis, fato é que o assunto foi longamente discutido pelos legisladores durante a tramitação do texto no Congresso e, por meio de um processo legítimo, eles rejeitaram as visões que Lula agora impõe com suas canetadas. Esse desvirtuamento do poder presidencial de regulamentar, além de afrontar o Legislativo, também era receita certa para a judicialização do tema, e o Partido Novo já contestou os decretos no Supremo Tribunal Federal.

Os 35 milhões de brasileiros sem água tratada e os 100 milhões sem esgoto coletado valem menos para o petismo que sindicalistas e estatais medíocres e quebradas que precisam seguir existindo para servirem de cabide de emprego a “companheiros”

E, se erra na forma, Lula erra ainda mais no conteúdo. Seus decretos permitirão, por exemplo, a manutenção de contratos precários, em que as empresas prestadoras de serviço não foram capazes de comprovar capacidade econômico-financeira para realizar os investimentos necessários para a melhoria e expansão das redes de água e esgoto. Cerca de 20% dos municípios brasileiros, reunindo uma população de quase 30 milhões de pessoas, tiveram seus contratos considerados irregulares. Agora, pouco menos de um terço desses municípios terão a chance de refazer o processo com as regras mais frouxas, e mesmo os demais ainda ganharão uma oportunidade, sob o pretexto de não terem os serviços interrompidos. O Planalto alega que “as agências reguladoras vão acompanhar o cumprimento das metas com transparência”, o que é de uma enorme hipocrisia, vindo do mesmo governo que, no seu primeiro dia, tirou da Agência Nacional de Águas (ANA) funções de regulamentação do setor.

Igualmente preocupante é a permissão para que companhias estatais continuem prestando serviços em regiões metropolitanas, aglomerações urbanas ou microrregiões (os chamados “contratos de programa”) sem passar pelo processo de licitação, o que, mais uma vez, extrapola totalmente o poder presidencial de regulamentar, pois tal permissão viola frontalmente os artigos 2.º, XV, e 49, XV, que mencionam explicitamente a necessidade de concorrência na prestação dos serviços de saneamento básico. O decreto de Lula é tudo o que estatais ineficientes queriam, pois se livram do incômodo de terem de enfrentar empresas do setor privado em um processo limpo, no qual vence quem demonstrar mais capacidade de levar um serviço de qualidade ao maior número possível de cidadãos.

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A esquerda quer manter os pobres no esgoto a céu aberto (editorial de 26 de março de 2023)
100 dias perdidos (editorial de 9 de abril de 2023)
Atraso institucional e a persistência da pobreza (editorial de 5 de fevereiro de 2023)


A escolha de Lula, com a importante participação de outros arautos do atraso como o deputado Guilherme Boulos (PSol-SP) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa – que até há pouco governava a Bahia, cuja estatal de saneamento é uma das beneficiadas com os decretos –, é evidente: os 35 milhões de brasileiros sem água tratada e os 100 milhões sem esgoto coletado valem menos que sindicalistas e estatais medíocres e quebradas que precisam seguir existindo para servirem de cabide de emprego a “companheiros”. Para isso, vale até criar insegurança jurídica e afastar um setor privado que se mostrou interessado em investir assim que o Novo Marco do Saneamento se tornou lei.

“Se der certo, todos vão ganhar, porque a população brasileira vai ganhar”, prometeu, durante a assinatura dos decretos, um Lula que, como se sabe, não pensará duas vezes antes de reivindicar a paternidade do sucesso. Mas e se der errado? “Se isso aqui não der certo, é um fracasso de todo mundo. Se isso aqui não der certo, não tem culpado”, disse o mesmo Lula, que, como se sabe, não pensará duas vezes antes de terceirizar a culpa pelo desastre que ele mesmo causou. No entanto, se daqui a dez anos a universalização prevista no Novo Marco do Saneamento não tiver ocorrido porque estatais seguiram prestando serviços precários, não faltarão brasileiros com memória para apontar que, sim, houve culpados, a começar por um presidente que fingiu preocupação com os pobres, mas agiu para mantê-los sem água tratada e convivendo com o esgoto a céu aberto.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/lula-decretos-marco-saneamento/
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ERROS E RETROCESSOS DOS 100 DIAS DO GOVERNO LULA

 

Opinião
Erros e retrocessos
Por
Gazeta do Povo


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordena reunião de balanço dos 100 dias de governo, com os ministros, em Brasília, dia 10/04/2023| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Nesta segunda-feira (10) o governo Lula completou 100 dias. Em editorial, a Gazeta do Povo afirmou que esse período foi perdido “em factoides, discussões desnecessárias, a volta do tradicional ‘nós contra eles’, a tolerância com ministros encrencados, o simples desmonte de uma série de avanços do governo anterior, o fim da tal ‘frente ampla’ costurada para levar Lula à vitória eleitoral e a ausência quase completa de projetos estruturantes para o país.”

Perguntamos a vários de nossos colunistas qual a opinião sobre os 100 primeiros dias do governo Lula. Confira abaixo o que eles disseram.

Rodrigo Constantino
O desgoverno Lula completa cem dias, e muita gente se mostra assustada, mesmo entre aqueles que fizeram o L. Não deveriam. Não há surpresa para quem tem mais de dez anos de idade e não sofre de amnésia. Não tem como acusar o “descondenado” de estelionato eleitoral desta vez. Falam que Lula “dilmou”, mas esquecem que a desgraça do governo Dilma foi plantada ainda no governo Lula, cujo ministro da Economia era inclusive o mesmo.

Lula sequer apresentou um plano de governo, mas nem precisou: o ódio a Bolsonaro era tanto na elite tucana que isso foi o suficiente para se unir ao PT com o intuito de “salvar a democracia”. Nas poucas falas durante a campanha, Lula deu claros indícios de que faria exatamente isso: bagunçar a casa em ordem herdada de Bolsonaro, furar o teto de gastos, paralisar privatizações, reverter conquistas importantes da equipe de Paulo Guedes, aproximar-se de ditaduras socialistas companheiras etc.

Qual a novidade, então? No mais, era evidente que o terceiro mandato de Lula seria mais radical, pois o líder petista, após sua condenação e prisão, estava com sede de vingança, raivoso. A tal “frente ampla” nunca passou de uma piada de mau gosto. Lula quer ver todos aqueles que lutaram contra a corrupção pagando penitência, o que alimenta sua narrativa fajuta de perseguido político. Os tucanos que não foram capazes de enxergar isso são muito bobinhos mesmo.

Em suma, os cem primeiros dias da volta do lulismo ao poder são já uma catástrofe, mas não podemos aliviar a barra de quem colaborou com essa tragédia, pois ela era anunciada. Todos aqueles que demonizaram Bolsonaro são cúmplices dessa situação lamentável.

Agora é torcer para que o sistema podre e carcomido, dominado por tucanos e fisiológicos, consiga impedir o pior e ao menos preservar a galinha dos ovos de ouro. Pois o risco que corremos, claramente, é virarmos rápido demais a próxima Argentina.

Flávio Gordon
Em seus primeiros cem dias, o governo – ou como prefiro chamar, o regime – de Luís Inácio Lula da Silva III tem sido o que qualquer pessoa sensata já podia prever: um governo de destruição nacional. Na economia, temos retrocesso em todos os setores, com aumento de tributação, desprezo completo pela responsabilidade fiscal, ataques à independência do Banco Central, crescimento da inflação e do desemprego, queda da bolsa de valores, desestímulo ao investimento, sabotagem ao agronegócio etc.

Na política externa, o país volta a se aliar às piores ditaduras e autocracias do mundo, incluindo a de Daniel Ortega – condenada até mesmo pela leniente ONU, mas apoiada por Lula e o PT – e a do Irã, cujos navios de guerra puderam atracar livremente no país. Ademais, o regime coloca o Brasil em posição totalmente acadelada em relação à China, que avança com sua política externa agressiva e expansionista.

Sem nada de positivo a oferecer, o descondenado-em-chefe faz do Estado brasileiro instrumento de uma vingança pessoal contra aqueles que o condenaram, chegando a tratar com deboche o plano de uma facção criminosa de assassinar autoridades, notadamente o senador e ex-juiz Sérgio Moro.

Enquanto isso, os sinais de leniência com o crime organizado por parte de governo geram um estado de terror e anomia, com grupos terroristas tomando de assalto um estado como o Rio Grande do Norte, por exemplo, e agora os recorrentes ataques em escolas. Antes que preocupação com as vítimas, o regime busca extrair dividendos políticos da barbárie, lançando a culpa sobre opositores e, de maneira cínica e oportunista, criando instrumentos para a sua criminalização.

Leonardo Coutinho
O governo Lula 3 completou cem dias, mas a sua política externa é muito mais longeva. As ações do presidente no atual mandato são a continuação do que ele sempre fez, mesmo estando fora do Planalto e, até mesmo, na prisão. Luiz Inácio Lula da Silva se especializou na diplomacia paralela (quase paraestatal). Quando era presidente, participou, por exemplo, das maquinações que levaram o ex-guerrilheiro Mauricio Funes a ser eleito em El Salvador, em 2009, com recursos desviados pela Odebrecht.

Fora do governo, fez o mesmo por Hugo Chávez, em 2012; e por Nicolás Maduro, em 2013. Depois do Impeachment de Dilma Rousseff ele encampou uma campanha de difamação do Brasil para salvar a própria biografia e de seus companheiros. Muita gente acreditou que a democracia havia morrido com a queda de Dilma. O Papa Francisco, por exemplo, virou as costas para o Brasil em protesto pela “situação difícil” que o país vivia depois do impeachment.

Da prisão, Lula e sua turma seguiram remando. Pintando o país com as cores do fascismo e ditadura. O mundo, pouco a pouco, foi acreditando. Com Jair Bolsonaro no poder foi uma avenida. Temas como a destruição da Amazônia, extermínio indígena, racismo e o genocídio durante a pandemia ajudaram a pintar um Brasil horrendo.

Lula voltou e achou que seu carisma bastava para colocar o Brasil de volta no mapa. O tal “O Brasil voltou”. Os europeus e americanos, por exemplo, acreditaram na tragédia amazônica de tal forma que não há Marina Silva que dê conta de convencê-los do contrário. O agronegócio foi fatalmente demonizado e o país vai pagar caro pela propaganda negativa.

Lula e o PT ganharam a simpatia da administração Biden durante a campanha, mais por antibolsonarismo que por qualquer outra coisa. Até os mais sonsos dos assessores da Casa Branca sabem do antiamericanismo. Lula e seu partido têm um lado. Estão fechados China, Rússia e as ditaduras bolivarianas de Ortega e Maduro. Sem falar de Cuba, o paraíso da turma. Os primeiros cem dias mostraram o previsto. Lula não mudou. Seu compromisso com a democracia é periférico. Ele se molda conforme a ideologia, amigo ou ocasião. Sempre foi assim e parece que assim será.

Francisco Escorsim

Nesses 100 primeiros dias nada me chamou mais a atenção do que o posicionamento retórico do presidente, diferente de seus outros governos. Uma postura, por incrível que pareça, sincera. Nunca antes na história deste país Lula precisou mentir tão pouco. Quase tudo o que tem falado é o que realmente acredita. Na prática, não houve tempo suficiente para se avaliar pelos frutos, bons ou ruins, as medidas implementadas (bem poucas, na verdade), mas o posicionamento simbólico é muito claro, indicando o abismo para onde o governo deseja conduzir o país.

Há que se destacar também o trabalho da assessoria de imprensa de Lula, quase toda a antiga “mídia tradicional”, que nos quatro anos anteriores não deu uma notícia sem adjetivar os fatos e, agora, parece ter guardado todos os adjetivos na carteira.

Luciano Trigo
Acredito que o problema maior do governo é estar preso à mentalidade e ao discurso de 2003. É como colocar um processador Pentium em um computador de 2023: não vai rodar direito, toda hora vai travar. Muita coisa mudou em 20 anos, a sociedade amadureceu e o contexto internacional é bem menos favorável, mas a narrativa permanece a mesma, inclusive na aposta do “nós contra eles” que tanto mal faz ao Brasil. Como o tempo não anda para trás, esse descompasso entre discurso e realidade já começa a gerar uma percepção de inércia e um sentimento de frustração na parcela moderada dos eleitores do PT e no próprio sistema que se uniu para derrotar o ex-presidente. As incertezas na economia e a frequente relativização da liberdade de expressão são altamente preocupantes.

Bruna Frascolla
Estes cem dias de governo foram marcados por três ismos: o antibolsonarismo histriônico, o antiamericanismo de fachada e o globalismo adotado em subserviência às megacorporações ocidentais.

O primeiro consistiu naquela canetada que revogou todos os decretos de Bolsonaro. Não interessa que o brasileiro tenha respondido “não” ao desarmamento em 2005, quando foi chamado a votar no referendo: os bem-pensantes pagos por Soros decidiram que isso é bolsonarismo e pronto.

O antiamericanismo de fachada existe para satisfazer as alas mais velhas da esquerda, que, após décadas de brados contra o imperialismo, de repente têm que engolir que Biden e o capital internacional são bondosos, enquanto que os reais vilões do Brasil são os porteiros evangélicos e os pescadores amazônidas. Para esse satisfazer segmento, Lula fica dando declarações lacradoras em defesa de um ditador irrelevante como Ortega.

Quanto ao globalismo, esse nos legou os piores momentos do governo até então: a expulsão maciça dos brasileiros de uma área do território nacional fronteiriça e cheia de riquezas minerais (a área da Raposa Serra do Sol) e a ida do Ministro da Justiça e Segurança Pública, sem segurança, à sede de uma ONG bancada por Soros numa favela dominada pelo narcotráfico internacional, em meio a uma crise de segurança pública.

Guilherme Macalossi
Na prática, Lula está governando há mais tempo do que apenas os 100 dias oficiais. Quando Bolsonaro se recolheu aos porões do Palácio da Alvorada depois de sua derrota no 2° turno, abriu espaço para o protagonismo de seu adversário, já eleito mas ainda não empossado. Ainda que sem a caneta na mão, o capital político estava com Lula, e este o colocou em prática para a aprovação da PEC da transição. Era necessária, ainda mais considerado a impraticabilidade do orçamento deixado pelo antecessor, que se evadiu do país como forma de não se submeter ao rito institucional da alternância de poder.

Lula quase não sentou na cadeira. Havia quem, dentro do governo anterior, e também acampados na frente dos quarteis, desejasse uma intervenção militar. A súcia que atacou os três poderes em Brasília queria revogar a soberania da voto. O fatídico 8 de janeiro também faz parte dos 100 dias de governo, uma vez que ali se tentou abreviá-lo a força. Derrotado o golpismo, é preciso governar, sem esquecer da necessária punição aos partícipes da tentativa de ruptura.

Nesses três primeiros meses, o lulopetismo usou o novo governo para reerguer o que entende ser seu legado. Uma ponte para o passado.

Lula fez uma série de anúncios, reciclando programas sociais de seu mandato anterior. Só faltou o PAC, cuja mãe ele despachou para a China, sem PT e muito menos saudações. Mas os anúncios são isso: discursos e intenções. Há uma fila da Medidas Provisórias a serem votadas no Congresso Nacional, onde ainda não há base de apoio estruturada. Lula não teve o teste de fogo das votações. Arthur Lira já alertou que o governo não tem votos, mesmo turbinado o Ministério das Relações Institucionais com um orçamento secreto para chamar de seu.

Na falta de ações concretas, para além da referida PEC da Transição, sobram declarações destrambelhadas de rematados terraplanistas econômicos. Lula também lidera um insano ataque o Banco Central, que lhe serve adequadamente como inimigo a ser combatido. Ilustra teorias conspiratórias variadas fazendo de Roberto Campos Neto um obstáculo ao seu plano de fazer o Brasil crescer, como se os juros não fossem consequência estrutural das condições do país, muitas delas herdadas, outras produzidas por ele e seus apoiadores.

Lula tenta voltar para 2010, quando a realidade era outra e quem lhe fazia oposição era o insosso PSDB. A nomenclatura brasileira mudou. Ele não tem, nem nunca mais terá, os índices de aprovação daquela época. Assumiu sob uma polarização que, no passado, ele mesmo tratou de parir, e que vai consumi-lo na medida em que ignorar os extratos políticos de centro e prestar tributo apenas aos seus próprios minions. Se esse for o caminho, terminará seus quatro anos fazendo demagogia sobre escombros.

Ilona Becskehazy
Em 100 dias de Governo do Lula Verdadeiro, o que precisa da militância da extrema esquerda (o lado do espectro que não respeita propriedade privada, liberdades individuais e a legislação vigente) para ser eleito e se manter no poder, nenhuma surpresa… Seus apoiadores trabalhando firme para derrubar normativas que podem melhorar o desempenho e/ou resultados dos imensos investimentos que se faz na educação no País.

Seja de forma histérica para derrubar a reforma do ensino médio, seja ainda de forma subterrânea, para derrubar a Resolução que deixa os cursos de Pedagogia mais exigentes e restritos à atuação nas primeiras etapas escolares, ou escancarada com o apoio majoritário da grande imprensa para derrubar a política nacional de Alfabetização, o petista e suas hordas de gafanhotos institucionais querem destruir tudo de bom que foi feito antes deles, mas, principalmente, o que lhes limita a sede por poder.

Na educação, a esquerda tem muito mais poder que em outros setores. Provavelmente, vão estragar ainda mais que na economia ou no agronegócio. Sim, ainda há o que possa ser piorado no setor educacional, por pior que ele já seja, com a ajuda dos sempre companheiros dos sindicatos.

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ACORDO BRASIL E CHINA PARA DESCARTAR O DÓLAR

 

Comércio exterior
Por
Raquel Hoshino, especial para a Gazeta do Povo


Cédulas de yuan, a moeda chinesa: Lula tentará implementar acordo que não conseguiu no seu segundo mandato| Foto: Pixabay

Mesmo sem a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se recuperava de uma pneumonia e apenas nesta terça-feira (11) viajou ao país asiático, a comitiva brasileira na China teceu no final de março um acordo que permitirá que as transações bilaterais entre os dois países ocorram diretamente em reais e na moeda chinesa, o yuan, sem precisar passar pelo dólar.

Anunciado em 29 de março, durante o Seminário Econômico Brasil-China, em Pequim, o acordo ainda carece de detalhes (que devem ser oficializados na viagem de Lula ao país asiático), mas promete facilitar os negócios entre os dois países.

Segundo Leonardo Paz, pesquisador do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getúlio Vargas (FGV), “esse tipo de mecanismo só é minimamente eficiente quando você tem um fluxo de comércio bilateral, indo e vindo, robusto”, na casa dos bilhões de dólares, e ao longo de muitos anos.

Já o professor de relações internacionais do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) Carlo Cauti lembrou que um acordo como este “já foi tentado no passado e não deu certo”. Ele recordou que, em 2009, o próprio Lula, em seu segundo mandato, tentou um acordo parecido.

“Estamos em 2023 e as transações continuam sendo em dólar”, destacou o especialista. Para ele, o que ocorreu no passado pode ser uma prévia do que vai acontecer com este novo acordo. Como o Brasil é o único “grande país que tem superávit comercial” em relação à China, teria de convencer os exportadores a aceitar a moeda chinesa como pagamento.

Como ela “não é uma moeda conversível” e não haveria a certeza da manutenção da estabilidade do câmbio do yuan, “já que ele é manipulado há décadas, desde sempre, pelo governo chinês”, “é muito difícil convencer essas empresas a aceitarem o pagamento em yuan”.

Para o professor, as empresas exportadoras brasileiras “vão querer dólares, até porque elas vão ter que comprar os insumos internacionais, que são fundamentais para suas produções, do fertilizante até a vacina para o boi, até os instrumentos da Petrobras para produzir petróleo, e eles são cotados em dólares”. Como isso também possui um custo de câmbio, o professor acredita que “é muito difícil que esse acordo seja implementado”.

Vantagens do acordo

Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimento no país. Segundo números da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em 2022, o volume de transações foi recorde, atingindo US$ 150 bilhões, sendo US$ 89,7 bilhões em exportações brasileiras e US$ 60,7 bilhões em importações.

Nos negócios com a China, o Brasil tem, portanto, superávit de US$ 29 bilhões, vendendo especialmente commodities para o país asiático. Em 2021, a China foi o oitavo maior investidor mundial no Brasil e o primeiro da Ásia, à frente do Japão, da Coreia do Sul e da Índia.

A vantagem mais clara para o Brasil, no momento, se refere ao câmbio. Quanto mais trocas de moeda há numa transação, maiores são o pagamento de taxas e as perdas no câmbio.

“Se você consegue vincular os seus pagamentos a uma outra moeda, você evita ficar fazendo essas conversões. Você perde menos dinheiro nesses vários atritos”, afirmou o pesquisador Leonardo Paz. “No caso do Brasil se aproximar paulatinamente da China, ao fazer esse tipo de acordo, ele cria uma boa vontade institucional para que você possa ir aprofundando em outras áreas, eventualmente, esse processo.”

A seu ver, ainda haveria uma possibilidade de “criar uma série de políticas de apoio à exportação e à importação” porque “uma das políticas públicas de apoio à exportação é você criar bandas, ou você criar mecanismos de taxas de câmbio diferenciadas”, dando a possibilidade, por exemplo, do governo brasileiro favorecer um setor que ele queira alavancar, oferecendo a ele câmbio mais barato para importar peças mais em conta.

Para Cauti, a China ganha em influência no mundo com este tipo de acordo. “Se o Brasil começar a ter reservas internacionais não mais em dólares, mais em yuan, é óbvio que tudo o que acontecer na China e com a China vai ter uma influência direta no Brasil”, alertou, citando a possibilidade de uma “dependência direta da China”, “muito mais do que hoje”.

Motivos do acordo
Para ambos os especialistas, dois fatores teriam motivado a China a fazer acordos como o que está realizando com o Brasil também com outros países: a possibilidade de uma invasão a Taiwan (segundo previsões, num horizonte de cinco a 15 anos) e diminuir sua dependência de dólares.

No caso de um conflito com Taiwan, depender menos de moeda americana significaria para a China não ficar tão vulnerável a sanções internacionais, como as que a Rússia está vivenciando desde que invadiu a Ucrânia. “Ela vai se blindando tanto economicamente quanto politicamente, uma dependência de uma moeda que hoje, supostamente, é a moeda do país que é o principal rival estratégico dela”, afirmou Leonardo Paz.

Outro fator que pode ter motivado a China a buscar esses acordos foi que a nação teve seu comércio muito impactado pela crise internacional de 2008, tendo dificuldade de acesso ao dólar no mercado internacional, via suas empresas, para poder fazer transações. Ao não precisar tanto da moeda americana (o que tem sido uma tendência global, segundo Paz), o país asiático “vai ganhando blindagem da escassez internacional em determinados setores que considera estratégicos para o país”.

Já os Estados Unidos seriam prejudicados, segundo Carlo Cauti. “Os americanos perderiam um pouco mais de poder, em termos de influência, porque não são eles que decidem aonde o dólar vai, aonde não vai. Eles simplesmente imprimem o dólar. Mas, com certeza, isso reduziria a influência dos Estados Unidos. Além disso, por exemplo, isso poderia evitar sanções internacionais contra empresas que negociam com países que estão sob sanções americanas”. Haveria também a redução da “influência americana e a capacidade dos americanos de ter o chamado ‘soft power’”, completou.

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LEIS E O JUDICIÁRIO PROTEGEM OS BANDIDOS

 

Criminalidade

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Fachada Supremo Tribunal Federal


Fachada Supremo Tribunal Federal.| Foto: Divulgação/STF


Acho que não vão resolver a questão do crime no Brasil e nem a violência nas escolas porque até agora ninguém percebeu o óbvio: a lei brasileira e o Judiciário – que estão juntos e dependem um do outro – são lenientes, são favoráveis ao crime e não dão a mínima para a vítima. O criminoso é objeto de todas as atenções: o criminoso é vítima da sociedade, tem o direito de reagir em legítima defesa à polícia, “autodefesa intuitiva”, como disseram três desembargadores de São Paulo.

E agora o ministro da Justiça está arrochando as redes socais dizendo que é para proteger as escolas. O presidente Lula acha que para proteger as escolas basta a polícia. Tem gente que acha que é a arma de fogo. Mas o sujeito atacou a escola em São Paulo com faca, em Blumenau com machadinha, e se não tiver nem faca nem machadinha vai atacar com tijolo, com pau, com pedra, pedaço de ferro. Não perceberam ainda que é a mente que arma as mãos. E jogos eletrônicos também não é o problema. Gerações inteiras gostavam de história de mocinhos e bandidos, de atirar, de brincar de polícia, de revolver e não aconteceu nada.

Justiça leniente

O problema é a lei leniente: o sujeito assalta, passa pela audiência de custódia e vai embora arrumar outra arma para assaltar. Não entenderam isso. Tem juiz dizendo que não tem prova quando o próprio sujeito confessou o crime; dizem que não tem prova e que a confissão foi por medo da polícia. Tem de se mexer nas leis.

Outros países, que têm leis mais duras, como Portugal, têm mais segurança, seja nas ruas, nas escolas, de noite ou de dia. Pode haver furto por “descuidismo”, mas sem violência. Nós temos de pressionar os nossos representantes na Câmara dos Deputados e no Senado para abrirem os olhos e perceberem isso.

Ressaca
Outro assunto: depois da festa dos cem dias, a ressaca da festa. O FMI chega e estraga tudo dizendo “olha, o país não vai crescer o esperado”. No ano passado cresceu quase 3%, mas neste ano não vai crescer nem 1%, só 0,9%. Qual foi a reação do presidente da República? Disse que vai fazer exatamente o contrário do que diz o FMI. Parece uma criança birrenta, teimosa.

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Mas o ex-ministro Almir Pazzianotto me disse que quando era advogado do Sindicato dos Metalúrgicos e Lula era o presidente, ele já era assim. Lula não gostava de quem tinha diploma, que tinha anel de doutor no dedo. Desprezava porque achava que era gente que só estudava teoria e depois queria implantar coisas que ele – Lula – sabia “na prática”. É mais ou menos isso que ele está dizendo agora. Vai fazer o contrário do que os técnicos, economistas, pessoas que estudam estatística, que examinam os dados sobre o Brasil – e que são pagos para isso, para pensar nisso o dia inteiro. Enfim, vai fazer o contrário e vai piorar a situação.

Consolo
Quando cai o PIB ou aumenta a inflação, o nome é estagflação”, mas, felizmente, pelo jeito não vai ter isso porque  a inflação de março foi bem, a de fevereiro estava assustando – já estava em 5,6% nos últimos 12 meses e agora baixou para 4,6% – a meta é 3,25%. Pelo menos esse consolo, porque estamos todos no mesmo barco, esse barco afundando, afundamos todos juntos. Teve gente que torcia muito para esse barco afundar. Não se importava em morrer afogado, mas queria que todo mundo morresse junto. No tempo da pandemia foi assim: a gente viu uma torcida grande pela morte. Terrível. Diziam que não tinha tratamento a doença; quantos milhares morreram por causa disso. Isso é inesquecível.

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VIAGEM À CHINA DE LULA OFERECE OPORTUNIDADES ECONÔMICAS E RISCOS POLÍTICOS

 

OPINIÃO DO ESTADÃO

Comitiva tem possibilidades formidáveis de ganhos econômicos e cooperação em desafios comuns, sobretudo ambientais. Por isso mesmo, é preciso evitar ruídos geopolíticos

Por Notas & Informações

Gostem ou não, todos os países são afetados pela tensão entre EUA e China. Essa guerra fria não era inevitável nem é inexorável: pode escalar para uma terceira guerra mundial; pode ser superada por uma nova ordem harmônica e próspera; ou pode se prolongar indefinidamente. O futuro dirá. No presente, ela é incontornável. Porém, é diferente da velha guerra fria. Lá as relações comerciais entre os dois blocos eram obliteradas pela cortina de ferro num jogo de “soma zero”. A economia da URSS era inexpressiva comparada à da China. Na geopolítica multipolar e na economia globalizada do século 21, se a rivalidade entre Washington e Pequim tem pontos de alto risco militar, notavelmente Taiwan, ela se dá, sobretudo, no plano comercial e no tecnológico. Nesses aspectos, contudo, ambos são não só competidores, mas também parceiros.

O cenário impõe um trilema: o desafio de construir, a um tempo, pontes para intensificar trocas econômicas; espaços de cooperação ante desafios comuns (como o clima ou pandemias); e anteparos que garantam a convivência entre sistemas político-ideológicos antagônicos: as democracias e as autocracias. Nos dois primeiros aspectos, a comitiva encabeçada pelo presidente Lula da Silva na China – que acabou segmentada em duas fases em razão de seu mal-estar – tem oportunidades formidáveis. Mas convém redobrar a prudência em relação ao aspecto geopolítico.

Até aqui, o roteiro diplomático de Lula percorreu grandes zonas de interesse nacional. Eleito, foi à Conferência Climática da ONU (COP-27), sinalizando a reversão do antiambientalismo de Jair Bolsonaro. Empossado, visitou parceiros do Cone Sul, EUA e agora a China, nosso principal parceiro comercial. A composição da comitiva e da agenda responde a essa situação. Pauta-chave é a intensificação da exportação de commodities. Mas a visita pode diversificá-la e agregar valor. A indústria pode abrir nichos de exportação, de importação (sobretudo de tecnologia) e de investimentos (sobretudo na infraestrutura). Há oportunidades na área da sustentabilidade: o apoio à candidatura do Brasil para sediar a COP-30, o mercado de carbono ou investimentos em tecnologias verdes e na Amazônia. Tais possibilidades foram desperdiçadas pelas taras ideológicas de Jair Bolsonaro, a começar por seu alinhamento a Donald Trump e a retórica anti-China. Espera-se que Lula não incorra no mesmo erro com o sinal trocado.

Nada obsta, por exemplo, que aproveite os holofotes para advogar a paz. Mas se ele está certo em constatar que a China tem as alavancas para mudar os rumos da guerra da Ucrânia, estará equivocado se supor que pretende empregá-las. A viagem de Xi Jinping a Moscou cimentou sua solidariedade à Rússia. Não por hostilidade à Ucrânia, mas porque isso convém à sua geoestratégia: ampliar a dependência da Rússia e aproveitá-la em seu confronto com o Ocidente. Seu “plano de paz” é inexequível e injusto: prevê o fim das sanções ocidentais, mas não a desocupação de territórios pelos russos. Qualquer sinal de alinhamento a ele seria um quixotismo diplomático que em nada favoreceria a paz. Para concretizar seus acordos de comércio e cooperação, o Brasil não precisa apoiar um plano que o próprio Xi sabe natimorto. Isso só despertaria dissabor na Europa e EUA.

Várias vezes Lula sugeriu que a culpada pela guerra é a Otan. Há poucos dias, insinuou que a Lava Jato seria resultado de um complô armado pelos EUA. A mídia oficial chinesa vem explorando declarações suas contrastando a China como pacificadora e os EUA como belicosos. Ao mesmo tempo, China e Rússia ambicionam transformar o Brics, originalmente um grupo de economias emergentes, em um clube geopolítico de viés antiocidental, manobrando, por exemplo, para incluir regimes de cunho autocrático, como Irã, Turquia e Arábia Saudita.

Na guerra da Ucrânia, a posição da China é de “neutralidade pró-Rússia”. Isso serve a seus interesses. Mas o Brasil não ganhará nada se Lula der margem para que sugiram, e muito menos se sugerir, que, na nova guerra fria, a posição do País é de uma “neutralidade pró-China”.

FRITADEIRAS ELÉTRICAS DISPONÍVEIS NO MERCADO

 

Eletrodomésticos

Campeãs do custo-benefício: as melhores fritadeiras sem óleo do mercado

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Com proposta de preparo dos alimentos de forma saudável, várias marcas disputam a preferência dos consumidores numa faixa média de preços

Ela virou uma verdadeira paixão nacional: a airfryer deixou há muito de ser artigo de luxo e hoje está cada vez mais presente nas cozinhas brasileiras.

Muito mais do que apenas “fritar” alimentos com ar quente, sem óleo, como batata, carnes, etc, o que elas fazem com maestria, essas máquinas são capazes de preparar pães, pão de queijo, bolo, pudim e uma infinidade de outras receitas.

Existem, claro, modelos com maior capacidade no cesto e mais sofisticados, contando até mesmo com controle digital de temperatura, botões touch e até mesmo conexão com aplicativo para download de receitas e monitoramento do aquecimento, além de comando de voz.

Abaixo, apresentamos opções mais em conta de marcas reconhecidas com excelente custo-benefício e ótimas capacidade e potência, que certamente se tornarão uma peça-chave na sua cozinha e indispensáveis no seu dia a dia.

Fritadeira elétrica Grand Airfryer

EAF30, da Electrolux

Esse modelo apresenta um belo design em cinza-chumbo e botões prateados, trazendo um cesto interno removível e antiaderente com grande capacidade – são 4L – enquanto a cuba comporta ao todo 4,5L. Esse modelo também está disponível aqui na cor vermelha.

*Quando esta matéria foi publicada, o preço era entre R$ 399,00 e R$ 509,00

Combinando o uso do timer e do controle de temperatura, você pode preparar com facilidade receitas pré-definidas que vêm estampadas na parte superior. Isto também é uma mão na roda se você estiver com dúvidas, por exemplo, de como fazer a programação ideal de um determinado alimento, garantindo que obterá um resultado perfeito.

Um indicador luminoso de funcionamento avisa quando a fritadeira está em funcionamento, com segurança e praticidade.

Sua potência é de ótimos 1400W e, pelas avaliações, é bastante prática de limpar, devendo-se apenas tomar cuidado com as borrachinhas de sustentação na base do cesto, que costumam se soltar.

O modelo da Electrolux sai por R$ 399,99 nas Casas Bahia, custa R$ 482,13 na Fast Shop e é vendido por R$ 509,90 na Amazon.

Fritadeira sem óleo

AF-30, da Mondial

Mais compacto, este modelo da Mondial tem capacidade de 3,5L no cesto, mais do que suficiente para preparações em boa quantidade para a família.Compre na AmericanasCompre na Magazine LuizaCompre na Amazon

*Quando esta matéria foi publicada, o preço era entre R$ 340,00 e R$ 380,00

Apresenta uma potência muito boa de 1500W e combina um controle de temperatura, capaz de atingir até 200°C a um timer de até uma hora, com cinco sugestões de receitas gravadas na parte superior, que servem como guia para preparar diversos alimentos.

Como diferencial, esse produto tem o cesto revestido por Duraflon, material antiaderente exclusivo da Mondial, e ainda duas lâmpadas indicativas de funcionamento, para você monitorar as fases de aquecimento e funcionamento. Seu painel frontal é bastante resistente, feito de aço inox.

Alguns links e valores para você adquirir: no Magazine Luiza por R$ 341,05; nas Americanas por R$ 350,50; ou na Amazon custando R$ 378,99.

Leia também o teste prático de Paladar com oito modelos de airfryer.

Fritadeira Airfryer sem óleo

Branco 127V Midea

Trata-se da única 4L do mercado com cesto neste formato – e ele pode inclusive ser posto diretamente na lava-louças, sem risco de estragar.Compre na AmazonCompre na Shop TimeCompre na Americanas

*Quando esta matéria foi publicada, o preço era entre R$ 320,00 e R$ 500,00

Com design bastante diferente, mais bojudo na parte inferior, para abrigar um cesto de formato quadrado – permitindo acomodar mais alimentos no mesmo espaço, com uma distribuição mais eficiente – este modelo da Midea é um sério candidato a estrela da sua cozinha.

Tem uma trava de segurança para evitar a liberação inadvertida do cesto e sistema que desliga automaticamente a circulação de ar assim que ele é retirado.

Com potência de 1500W, é revestida totalmente de aço inox internamente e está disponível nas versões preta e branca, esta última com custo mais elevado.

Esta air fryer custa R$ 327,75 nas Americanas, R$ 351,73 no Shoptime (preta) e R$ 491,92 na Amazon (branca)



Crédito da primeira foto: Louis Hansel / Unsplash

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