quinta-feira, 6 de abril de 2023

CPMI DE 8 DE JANEIRO SERÁ INSTALADA NA SEMANA QUE VEM

 

Congresso Nacional

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


Invasão dos prédios dos três poderes em 8 de janeiro.| Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil/EFE

O presidente do Senado, que também é presidente do Congresso, prometeu para terça-feira, dia 18, ao meio-dia, uma reunião do Congresso. O que significa isso? Que, reunindo-se Câmara e Senado, conjuntamente, no plenário da Câmara, Pacheco tem de ler nessa sessão o requerimento que instala uma Comissão Parlamentar de Inquérito Mista de deputados e senadores, para saber o que aconteceu realmente no dia 8 de janeiro. Suas causas, consequências, seus agentes, seus participantes, responsáveis, os motivos.

Foram denunciadas 1.390 pessoas, e ainda mais foram presas. A maior parte, 1.150 pessoas, por incitação ao crime. O crime que eles estavam incitando foi o de golpe de Estado. Mas há um inciso no artigo 5.º da Constituição, que é cláusula pétrea, dizendo que é livre a manifestação do pensamento. Mais adiante, diz que há plena liberdade de reunião sem armas. Então, agora é uma questão de discussão, porque a Defensoria Pública da União está pedindo a libertação de todo mundo, porque muitos foram liberados com tornozeleira, ou seja, continuam “presos” pelo Estado, como se fossem pessoas perigosas. Outros estão presos pelo que seria crime de dano ao patrimônio, mas lá também se menciona tentativa de derrubada do poder pela força. O Ministério Público denunciou por isso, a Defensoria Pública da União está alegando que não houve isso, que não houve a participação do Ministério Público, que não houve flagrante e que não há razão para manter a prisão, uma vez que o crime a que os denunciados estariam sujeitos potencialmente tem no máximo três anos e meio de previsão de pena, então todo mundo deveria estar solto. Mas é uma questão que agora vai para um recurso, um agravo que foi impetrado no Supremo.

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Massacre em creche de Blumenau pede questionamento da sociedade
Tenho de registrar aqui o crime na creche em Blumenau, que o monstro planejou, porque pegou uma machadinha, pegou a moto da empresa em que ele trabalhava como motoboy, pulou o muro da creche e começou a agredir as crianças. Matou quatro e feriu cinco. Eram crianças de 4 a 7 anos, uma monstruosidade. Assim como a daquele estudante de São Paulo, que pegou uma faca e matou a professora; esse não tinha nada a ver com a creche. Diz a polícia que foi um surto psicótico, mas ele já teria esfaqueado o padrasto dele quando era adolescente. Veio medida socioeducativa, que não adiantou nada: ele, já adulto, praticou lesão corporal, uso de droga, já passou pela polícia por causa disso. Então, a pergunta que temos de fazer é: que cérebros são esses que armam as mãos? Não interessa a arma, se foi um pau ou um tijolo, uma pedra, uma faca, uma machadinha ou uma arma de fogo. É o cérebro que arma. E quais são as circunstâncias que estão armando esses cérebros? Qual é o remédio para isso? O que fazer com uma pessoa como esse monstro de Blumenau?


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LULA DEVE LISTAS DE PRIORIDADES E FAZ IMPROVISAÇÃO

 

Presidente tem demonstrado grande apego à capacidade de improvisação

Por William Waack

AME6004. SAO PAULO (BRASIL), 01/05/2022.- El expresidente brasileño Luiz Inácio Lula da Silva, del partido de los Trabajadores (PT), pronuncia hoy un discurso durante una manifestación de las principales centrales sindicales del país por el Día Internacional del Trabajo, en Sao Paulo (Brasil). EFE/Sebastião Moreira

Aos cem dias está faltando ainda um governo de frente ampla. O que Lula parece estar fazendo até aqui é contestar aspectos amplos do que encontrou ao assumir para o terceiro mandato.

O ponto de contestação mais recente é o do Marco Legal do Saneamento, que tem como pano de fundo o notório desconforto do presidente com qualquer tipo de privatização. Outros aspectos contestados (a lista não é exaustiva) têm a ver com educação, formação de preços no setor de energia, relações capital trabalho e uso de estatais como moeda de troca nas relações políticas.

Outro ponto que merece destaque é a inserção do Brasil nas relações internacionais a partir do que Lula percebe como equidistância a ser mantida pelo “global south” frente aos grandes focos de poder mundiais – na prática, significa alinhar o Brasil à China e à Rússia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião ministerial;
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião ministerial;  Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO – 3/4/2023

Aqui não cabe entrar no mérito de cada uma dessas questões, que têm extraordinária abrangência. Mas, sim, perguntar se o presidente tem as forças políticas adequadas para atacar em tantas frentes ao mesmo tempo.

Aparentemente, não. A escolha de temas tão relevantes e, ao mesmo tempo, distantes entre si sugere que o presidente não estabeleceu uma lista de prioridades. Dedica-se ao que vem surgindo pela frente preso à narrativa de que é necessário desfazer o que encontrou.

Curioso nesse processo de “seleção” de objetivos (na verdade, na falta de) é o desapego ao que se poderia chamar de “avaliação” das próprias forças. Isto fica mais evidente quanto mais se aproxima o momento de testar as próprias capacidades – como a votação de MPs de interesse imediato do governo. O principal risco no momento está associado à dificuldade de Lula de dizer com qual time vai entrar em campo para disputar qual tipo de votação.

Não é por outro motivo que se tem mencionado a reforma tributária como teste decisivo. Ela demanda uma capacidade sobre-humana de coordenação e articulação políticas, num ambiente no qual já de saída é difícil subordinar os vários interesses antagônicos a posturas político-ideológicas claras.

Lula tem demonstrado grande apego à capacidade de improvisação. Mas pouquíssima dedicação à enfadonha tarefa de sistematizar assuntos, dissecá-los em suas partes constituintes e abordá-los com algum tipo de método. É o que ficou bastante transparente no envolvimento dele com o arcabouço fiscal, no qual seu único ponto de vivo interesse parece ter sido em torno da questão “vou continuar podendo gastar?”

Improviso na política não é, por definição, uma característica negativa. O problema para o governante é quando não existe nada, além de improviso.

NOVO ENSINO MÉDIO EM DISCUSSÃO

 

Educação
Novo Ensino Médio: um fraque para a Monga

Por
Paulo Cruz


Monga era atração do antigo Playcenter, em São Paulo.| Foto: Divulgação/Playcenter

“A preparação para o trabalho não pode ser obtida à custa de uma especialização precoce, com sacrifício da cultura geral.” (Dom Lourenço de Almeida Prado)

Que a educação brasileira – sobretudo a educação estatal, chamada pública – é um eterno enxugar gelos, qualquer pessoa envolvida diretamente com ela na prática sabe disso; e que o problema vai muito além do modelo a ser seguido, da pedagogia adotada, também é fato notório no “chão de fábrica” das escolas. Não que seja proibido pensar saídas para a educação através da pedagogia ou mesmo do benchmarking. O problema é que a educação de um país reflete sua sociedade, e a sociedade reflete a sua educação. Agora pense por alguns segundos na frase segredo-de-tostines anterior, caro leitor. Pensou? OK, mas não concluamos ainda.

Já falei muito sobre educação nesta coluna. Há duas séries – Uma luz para a educação (seis artigos) e O flagelo da educação (quatro artigos) –, em que trato, respectivamente, do problema filosófico da educação e do problema prático. Há outro, sobre a celeuma da volta às aulas na pandemia; e também, a quem interessar possa, uma trilogia sobre o problema das cotas raciais. E é sempre um processo muito desgastante, pois falar sobre educação estatal no Brasil é sempre duelar contra a propaganda e contra as ideologias pedagógicas.

No entanto, à vista da discussão mais recente, sobre a possível revogação do Novo Ensino Médio (NEM), gostaria de, em pouquíssimas linhas, sumariar algumas opiniões.

A educação de um país reflete sua sociedade, e a sociedade reflete a sua educação

Como o Brasil é um país profundamente embrutecido e emburrecido, de alto a baixo, as discussões dos últimos anos têm caído, sempre, invariavelmente, no simplismo maniqueísta mais pueril. E com a questão do modelo educacional a ser adotado (ou não) na educação brasileira não poderia ser diferente; já foi reduzida a avanço modernizante vs. corporativismo – ou seja, ignorantemente: direita vs. esquerda. Palpiteiros ou mesmo especialistas de tendência mais liberal – que, no Brasil, são liderados por aquela elite da famigerada meritocracia e do liberalismo do bolso alheio – são, talvez, os maiores entusiastas do NEM, pois a ideia de termos maior liberdade de escolha do aluno e uma perspectiva profissionalizante é muito atraente. É moderno, tecnológico e se parece com o modelo vitorioso dos países de primeiro mundo, eles dizem. O problema é que esse pessoal jamais pisou numa escola pública brasileira. Igualmente para os burocratas da educação, como o ex-secretário da Educação do estado de São Paulo Rossieli Soares – de triste memória –, que recentemente deu uma entrevista para esta Gazeta do Povo, destilando todo o seu discurso quimérico.

Por exemplo, as socialites do movimento Escolas Abertas – que ficaram conhecidas como Mães Vogue –, no meio da pandemia, magicamente passaram a se dizer muito preocupadas com a educação do país e que, por isso, as escolas deveriam ser abertas. Antes da pandemia essas senhoras nunca haviam dado um pio sobre o tema. Se eu pagasse R$ 10 mil de mensalidade na escola de meu filho e ele fosse obrigado a ficar em casa, eu também começaria um movimento de volta às aulas. Deputados paulistanos do Partido Novo – que, não reeleitos, devem ter voltado a surfar em Juqueí – também foram arautos do volta-às-aulas-com-protocolos nas escolas públicas, mesmo sem, provavelmente, sequer saberem o endereço da escola pública mais próxima de sua casa.

Do outro lado estão os operários da educação – pelo menos a maioria: professores, coordenadores e alguns diretores (a burocracia do NEM favorece esses últimos). E, claro, os sindicatos e todo o discurso corporativista que os envolve e os partidos políticos que os alimentam e apoiam. Mas é forçoso admitir que quem está no dia a dia das escolas públicas, sobretudo nos grandes centros, sabe que o problema da educação tem camadas muito mais complexas. Eu mesmo, que nunca fui de esquerda, sendo professor de escola pública, sei que o discurso liberal por si só não se sustenta.

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E mais: por óbvio, num país de dimensões continentais e de educação centralizada, há muitos interesses envolvidos. Se no “chão de fábrica” o professor medíocre está preocupado com a manutenção e estabilidade do seu cargo, lá em cima, no altos escalões, quem fala mais alto são os bilhões envolvidos. E, no meio, há uma infinidade de questões que todos tentam empurrar para debaixo do tapete para não atrapalhar suas aventuras.

As fundações da gente fina e elegante que sempre mandou no Brasil também têm seus interesses. Exemplo: as metas do Todos pela Educação, risíveis por definição nesse imenso Brasil, não seriam problemáticas se não fossem irreais. Mas, por serem irreais e serem metas, eles usam a sua influência política para fazê-las valer à força. Aí, atento leitor, me diga: como alfabetizamos 100% das crianças, aos 8 anos, até 2022 (já estão atrasados, portanto), nas nossas escolas, com os recursos (humanos e técnicos) que temos? Só os especialistas do Todos pela Educação sabem – pois Deus sabe que é impossível. Ou como fazer “cada aluno aprender o que é apropriado à sua série” se eles agora são considerados como agentes da própria educação? Se cada um deve aprender no seu tempo, do seu jeito? Se eles nem sequer precisam aprender algo? Se a maioria dos professores está em estado de inércia absoluta? E se figuramos, ao mesmo tempo, nos menores índices educacionais e nos maiores de alcoolismo, essa relação não pode ser desprezada.

Como procuro evidenciar nas séries de artigos supracitados, o principal problema da educação brasileira é de ordem moral – e aqui me separo da maioria dos progressistas. A sociedade brasileira está moralmente à deriva, refém, por um lado, do discurso identitário pós-moderno, que demoniza tudo o que se pode chamar de tradição – daquilo que Burke chamou de guarda-roupas da imaginação moral –, e, por outro, de um conservadorismo incipiente que, nos últimos anos, descarrilhou em reacionarismo, que tampouco compreende que só é possível manter as tradições se formos capazes de fazer as mudanças necessárias para sua manutenção.

Como instaurar um novo modelo de ensino se, nas escolas, é quase impossível manter a disciplina? Se os jovens são cultural e sistematicamente desestimulados a pensar no seu futuro e no futuro do país?

E como se educa sem tradição, sem respeito às coisas permanentes? A permissividade de nossa legislação e as ideologias que igualaram escolas a ambientes opressores como prisões não permitem sequer que se estabeleça a ordem no ambiente escolar. Ao transformar a criança e o adolescente em vítimas sumárias dos adultos, eles tudo podem e nada devem.

Um exemplo recentíssimo pode confirmar o que digo: o adolescente que assassinou uma professora na E.E. Thomázia Montoro já havia sido denunciado à polícia um mês antes do crime. No entanto, atualmente, uma escola não pode expulsar um aluno sem que encontre outra escola para ele; e também é obrigada a receber outro aluno em troca. Ainda que esse aluno seja potencialmente perigoso – pois não existe adolescente perigoso para nossas autoridades. Ou seja, só mudaram o problema de lugar e enviaram o aluno para cometer um assassinato em outra escola. Não acredita, pasmo leitor? Pois veja o que diz a Indicação n.º 175 do Conselho Estadual de Educação (SP):

“Quando esses atos de indisciplina puderem implicar riscos à integridade (física, ou psíquica e/ou moral) de um aluno, ou de outrem, ou do coletivo, inclusive abrangendo a preservação da imagem, identidade, e com base na responsabilidade da Escola com o CUIDAR, RESPEITAR E PROTEGER, será contemplada, nos Regimentos Escolares, a possibilidade de transferência como medida de cautela, indicada por Conselho de Escola ou Comissão equivalente…” (grifo meu, e a quantidade absurda de condicionais o leitor pode conferir no link)

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Resultado: miraram no punitivismo e acertaram no mínimo de discernimento moral que poderia manter as coisas em pé. E como instaurar um novo modelo de ensino se, nas escolas, é quase impossível manter a disciplina? Se os jovens são cultural e sistematicamente desestimulados a pensar no seu futuro e no futuro do país? Se tudo o que enxergam atualmente é niilismo (e, claro, as discussões sobre gênero)?

Portanto, discutir o Novo Ensino Médio é não só uma questão de corporativismo ou modernização, mas é, para mim, só uma tentativa frustrada de vestir uma roupa de gala num monstro – no caso aqui, aos velhos paulistanos, como eu, representado pela aterradora Monga – a mulher macaco –, do saudoso Playcenter.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/paulo-cruz/novo-ensino-medio-um-fraque-para-a-monga/
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PROGRAMADOR WEB TEM QUE CONHECER AS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO FRAMEWORK E BANCO DE DADOS

 

Hadalberto Júnior – Quora

Para se tornar um programador web, você precisa seguir algumas etapas básicas:

Aprenda as linguagens de programação para web: HTML, CSS e JavaScript são as linguagens básicas da web. É importante dominar essas linguagens para criar páginas web estáticas e dinâmicas.

Escolha um framework: existem vários frameworks disponíveis para programação web, como React, Vue.js e Angular. Eles podem ajudá-lo a criar aplicativos web complexos e interativos com mais facilidade e eficiência.

Aprenda banco de dados: banco de dados são fundamentais para armazenar informações em um site, por isso é importante entender o funcionamento dos bancos de dados relacionais e como utilizar linguagens como SQL.

Desenvolva suas habilidades de programação: é preciso aprimorar suas habilidades de lógica de programação, resolver problemas e depurar códigos.

Pratique: a melhor maneira de se tornar um programador web é praticando. Crie seus próprios projetos e trabalhe em projetos open source. Participe de hackathons e eventos de programação para ganhar experiência.

Esteja atualizado: a tecnologia web muda rapidamente, então é importante estar atualizado com as novas tendências e tecnologias. Leia artigos e tutoriais, participe de fóruns e redes sociais para se manter informado.

Desenvolva habilidades de colaboração: a colaboração é fundamental em projetos de programação web, portanto, é importante desenvolver habilidades de comunicação e colaboração para trabalhar em equipe.

Em resumo, para se tornar um programador web, é preciso dominar as linguagens de programação web, escolher um framework, aprender bancos de dados, desenvolver habilidades de programação, praticar, estar atualizado e desenvolver habilidades de colaboração.

PROPÓSITOS DA VALEON – “ValeOn É TOP”

ValeOn é uma Startup Marketplace que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa.

Encontre Produtos, Profissionais e Serviços em toda a região do Vale do Aço

Site: https://valedoacoonline.com.br/ ou App Android valeon

Moysés Peruhype Carlech

A ValeOn é uma startup daqui da região e foi acelerada pelo programa AGITA/SEBRAE/MG e pretendemos atuar no ramo de Publicidade e Propaganda online e pretendemos atender a todas as 27 cidades do Vale do Aço.

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da ValeOn.

A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com CNPJ ou não e coloca-las na internet.

A Plataforma Comercial da ValeOn é um site moderno, responsivo, profissional, projetado para atender às necessidades dos serviços da região onde existem várias formas de busca: por cidades, por empresas, por produtos, por atividades, por município e por procura.

Para acessar a plataforma da ValeOn poderá ser feita por:

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Aplicativo App: Digitar valeOn no Playstore do Google

Detalhe interessante dessa inovação da ValeOn é que os lojistas/prestadores de serviços/profissionais autônomos inscritos na Plataforma não precisarão fazer nenhuma publicidade ou propaganda, quem o fará é a equipe da ValeOn responsável pela plataforma.

Sobre a publicidade de divulgação dos nossos clientes será feita em todas as redes sociais: facebook, instagran, whatsApp, google, linkedin, rádios locais, jornais locais e onde for possível fazê-la.

Vamos tornar a nossa marca ValeOn conhecida em toda a região como um forma de ser desenvolvedora do comércio da região e também de alavancar as vendas do comércio local.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

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quarta-feira, 5 de abril de 2023

MST INICIA INVASÕES CHAMADAS DE ABRIL VERMELHO

 

MST inicia ‘Abril Vermelho’ com invasão de 800 hectares de terra em Pernambuco

Cerca de 250 pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) invadiram três áreas pertencentes a uma usina na cidade de Timbaúba, em Pernambuco, na madrugada desta segunda-feira (3). A ação deu início à jornada do chamado Abril Vermelho, organizado anualmente pelo movimento em memória aos 19 trabalhadores sem-terra assassinados pela Polícia Militar do Pará em abril de 1996, em Eldorado dos Carajás.

Segundo o comunicado divulgado pelo MST, as áreas invadidas são improdutivas e não cumprem a função social de produzir alimentos para a sociedade. O movimento alega que as terras ocupadas são pertencentes ao governo de Pernambuco e foram griladas pela usina, o que justificaria a ação de acordo com a Constituição Federal.

O artigo 184 da Constituição diz que a União deve desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária. Já o artigo 186 estabelece que para cumprir com a função social, o proprietário deve fazer um aproveitamento racional e adequado da área, além de promover a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente.

O MST afirma que a ocupação das áreas é uma forma de pressionar o poder público a realizar a reforma agrária e garantir que a terra seja utilizada de maneira adequada para produzir alimentos e preservar o meio ambiente.

A ação do MST em Timbaúba pode ser o início de uma série de ocupações e mobilizações em todo o país durante o Abril Vermelho. Na Bahia, após invasões, produtores donos de terras se uniram e conseguiram expulsar os integrantes do movimento.

Em apenas dois meses de 2023 as invasões de terra no Brasil já superam as do primeiro ano do governo Bolsonaro

MST invade terra em Pernambuco em ação do ‘Abril Vermelho’

 O movimento alega que as terras pertencem ao governo estadual e que foram griladas e não cumprem a função social

  • BRASÍLIA | Bruna Lima e Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília 
  • O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiu, nesta segunda-feira (3), 800 hectares de terras de três engenhos no município de Timbaúba (PE). A ação faz parte da chamada “jornada do Abril Vermelho”. 

Segundo o MST, a região é composta de engenhos improdutivos “que não cumprem a função social, que é produzir alimentos para a sociedade”. O movimento alega ainda que as terras pertencem ao governo estadual e que foram griladas. “Os engenhos ocupados pelos Sem Terra também são terras devolutas (públicas), pertencentes ao governo de Pernambuco, que foram griladas pela usina”, afirma o MST em nota.

Cerca de 250 invasores participaram da ação que, segundo o MST, é a primeira em abril de uma série de invasões durante o mês. O movimento alega que as invasões serão “em defesa da reforma agrária”. “Nós do MST defendemos a democratização da terra como forma de combater a fome no Brasil”, completa o movimento. 

Invasões do MST avançam no Brasil

As invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em terras produtivas avançam no país. Só na primeira semana de março, ao menos cinco outras ações do movimento foram registradas na Bahia. 

Houve registro de derrubada de árvores em uma das localidades. A justificativa dada pelo MST é o descumprimento, por parte da empresa, de um acordo firmado em 2011 para o assentamento de famílias.

No norte da Bahia, também houve registros de invasão. Em Jacobina, mais de 150 pessoas ocuparam uma fazenda com a justificativa de que o local tem 1.700 hectares abandonados e reivindicaram a “desapropriação imediata” para a realização de uma reforma agrária. Os proprietários desmentem que a área esteja abandonada e acionaram a Justiça para responsabilizar os invasores.

No estado, o MST também ocupou a fazenda Santa Maria, na região da Chapada Diamantina, durante a Jornada de Luta das Mulheres Sem Terra.

Parlamentares e entidades do agro pressionam por abertura de CPI do MST

As negociações para a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar recentes invasões promovidas pelo MST ganhou força após deputados conseguirem assinaturas suficientes para a instalação. Entidades ligadas à agricultura já pressionam o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para abrir os trabalhos do órgão.

Lira é membro da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) e tem participado das reuniões do grupo. A base do governo Lula, no entanto, aposta em uma não instalação, sustentando não haver fato determinado a ser apurado.

Para a bancada ruralista, há, sim, motivo certo para as investigações: a escalada de invasões nos últimos dois meses, principalmente na Bahia e em São Paulo.

“Precisamos investigar com todo o rigor quem está financiando o terror no campo”, destacou o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), autor do requerimento. “Buscaremos o diálogo com o presidente da Câmara para que possamos iniciar os trabalhos no menor espaço de tempo possível”, completou.

O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), defendeu a necessidade de apurar os casos. “Tivemos um volume nas últimas três semanas que não víamos havia mais de 15 anos. Algo está fora do controle, alguém está financiando isso. Há uma motivação política muito clara por trás dessas ações criminosas”, destacou.

No requerimento, os parlamentares solicitam a formação de uma CPI com 27 titulares e suplentes, além de um prazo de 120 dias para apresentar o relatório.

PT E LULA INTENSIFICAM A APROXIMAÇÃO COM A RÚSSIA DE PUTIN

 

Eixo autoritário
Lula e PT se aproximam de Putin em meio a ofensiva diplomática da Rússia contra o Ocidente
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília


Presidente Lula enviou o assessor especial, ex-chanceler Celso Amorim, à Rússia| Foto: Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes do PT intensificaram sua aproximação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nos últimos dias. Além de uma visita “secreta” do assessor especial da Presidência, o ex-chanceler Celso Amorim, integrantes do PT estiveram em um evento do partido de Putin destinado a fazer oposição política aos Estados Unidos e seus aliados.

A aproximação ocorre em paralelo a um esforço da Rússia nas áreas de diplomacia, propaganda e operações de guerra cibernética visando aumentar a influência do Kremlin sobre países da África e da América Latina. Os objetivos são achar novos parceiros comerciais para escapar das sanções econômicas ocidentais a Moscou e reforçar a narrativa falsa de que a Rússia teria invadido a Ucrânia para defender seu próprio território contra o Ocidente.

Na semana passada uma comitiva integrada por membros de alto escalão do PT atendeu a um convite do partido de Putin, o Rússia Unida, para visitar Moscou. A pauta do encontro foi o combate ao “neocolonialismo” praticado por nações europeias e pelos Estados Unidos contra nações em desenvolvimento, na visão russa.

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Esse discurso baseia ações de propaganda russa, que ocorre nas redes sociais e em visitas diplomáticas, que se intensificaram na África em 2022. Isso foi uma resposta a rejeição sofrida por Moscou na Europa e em parte da Ásia por causa da invasão da Ucrânia. Países como Mali, Burkina Faso e Mauritânia têm sido alvos do Kremlin. Hackers e diplomatas russos exploram o rancor dessas nações em relação ao seu passado colonial, com o objetivo de aumentar a rejeição a países europeus modernos que há séculos foram colonizadores.

A ideia do Kremlin é expandir a campanha de informação também para a América Latina. “Se a União Soviética contribuiu para acabar com o sistema colonial, agora colocaremos o último prego no caixão das aspirações neocoloniais do Ocidente junto com outros países”, escreveu o presidente do partido Rússia Unida, Dmitry Medvedev, no site do partido no mês passado.

Na comitiva petista que foi à Rússia estavam o ex-deputado Henrique Fontana, secretário-geral do partido, e um dos fundadores do PT, Romênio Pereira. Atual secretário de Relações Internacionais do partido, Pereira é autor de artigos que elogiaram as ditaduras da Venezuela e da Nicarágua. Ele também tem articulado a integração do PT com partidos de esquerda da América Latina. No mês passado visitou o Departamento Internacional do Partido Comunista da China em companhia de representante da organização esquerdista Foro de São Paulo, segundo o site do PT.

Fontana afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que a visita foi uma agenda de “diplomacia partidária”. “Estávamos representando o partido, não o governo. Naquilo que nos cabe, colocamos a disposição do presidente Lula de contribuir com a criação de um clube de países que facilitem um ambiente de diálogo para um acordo de paz [com a Ucrânia]. Todos se mostraram bastante abertos a isso”, afirmou o petista.

A Gazeta do Povo tentou entrar em contato com Fontana e Pereira, mas eles não retornaram os telefonemas até o fechamento desta edição.

Também estiveram em reunião com o partido Rússia Unida, na semana passada, membros do partido CNA, da África do Sul. Junto com o Brasil, o país faz parte do bloco dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Os sul-africanos vêm sendo um dos maiores alvos da diplomacia de Moscou e devem sediar um encontro dos BRICS em agosto.

O Kremlin estaria tentando negociar com a África do Sul que Putin participe do encontro sem ser preso. Isso porque o líder russo é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra cometidos na Ucrânia.

Ex-chanceler petista tem feito visitas secretas a países autoritários 
Assim como ocorreu com em uma viagem à Venezuela no mês passado, o ex-chanceler e hoje assessor especial de Lula, Celso Amorim, foi à Rússia em uma agenda mantida sob sigilo por parte do Palácio do Planalto.

Amorim esteve em Moscou entre os dias 29 e 30 de março, onde se reuniu com o próprio Putin e assessores do governo russo.

Integrantes do governo dizem, sob anonimato, que a visita foi um aceno ao presidente russo e faz parte da estratégia de Lula para ampliar a influência do Brasil no cenário internacional. Durante a visita de Amorim, Putin formalizou um convite para que Lula visite a Rússia.

A agenda ocorreu dias antes do embarque de Lula para a China, nação que é atualmente uma das maiores parceiras da Rússia. As informações coletadas por Amorim devem servir de base para um discurso do presidente petista na estratégia de criar um clube para negociar um acordo de paz para a guerra na Ucrânia.

A avaliação dos aliados de Lula é de que essa aproximação é estratégica, pois contempla o posicionamento do petista de não fechar as portas para o governo russo, mesmo diante da pressão contrária por parte dos Estados Unidos e da União Europeia.

Os aliados de Lula dizem acreditar que o petista pode atuar como um “facilitador” em uma eventual negociação internacional ao manter o diálogo com Putin. O presidente russo está praticamente isolado da comunidade internacional desde que determinou a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Após a visita ao governo Putin, o assessor especial de Lula embarcou para a França, onde se reuniu com integrantes do governo Emmanuel Macron, aliado da Ucrânia na guerra contra a Rússia. O encontro, segundo assessores do Planalto, serviu para que Amorim fizesse um balanço sobre o que foi discutido em Moscou na estratégia de um acordo de paz. Macron é um dos poucos chefes de Estado que apoiaram Lula espontaneamente em sua tentativa de criar um Clube da Paz.

Governo Lula avalia positivamente plano de paz pró-Rússia da China 
A invasão russa à Ucrânia em 2022 teve como consequência geopolítica a formação de um eixo de países integrado até agora por Rússia, China, Irã e Coreia do Norte. A parceria dessas nações é embasada em pelo menos uma ideia em comum: o sentimento antiamericano. A guerra na Ucrânia é vista por esses países e por muitos analistas ocidentais como uma “guerra por procuração”, onde os verdadeiros beligerantes seriam Washington e Moscou.

Como parte dessa parceria antiamericana, a China anunciou no mês passado um plano de paz para tentar acabar com a guerra na Ucrânia. Mas, o projeto é totalmente favorável à Rússia, pois não prevê um cessar-fogo sem que Moscou devolva os territórios ucranianos conquistados a partir de fevereiro de 2022.

O governo petista vê com bons olhos a proposta apresentada pela China para construção de um acordo de paz, segundo fontes do governo ouvidas pela reportagem. Mas, esse acordo já foi descartado pela Ucrânia e pelas nações da Otan, a aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos.

Em fevereiro, Lula visitou os Estados Unidos e apresentou ao presidente americano Joe Biden o projeto de seu Clube da Paz, mas sem dar detalhes de como ele poderia ser concretizado. Assim como fez em Washington, o petista pretende apresentar a proposta ao líder da China, Xi Jipping, na semana que vem.

Brasil não deveria se alinhar a países autoritários, diz analista
A avaliação dentro do Itamaraty é de que o Brasil pode atuar como um “facilitador” do diálogo para o conflito. Nos cálculos do governo, essa atuação precisa ocorrer junto a países que não estejam envolvidos militarmente e emotivamente com a Guerra.

Tradicionalmente, a diplomacia brasileira não se alinha automaticamente com potências, mas sim oferece apoio para a nação que oferecer mais benefícios.

“Não existe nessa guerra países que estão equidistantes de Rússia e Ucrânia. A maioria das democracias do mundo está apoiando a Ucrânia. O Brasil precisa entender que lado ele quer estar, se ao lado dos países democráticos e livres, ou ao lado de países autocráticos e autoritários, como a China e como a Rússia”, afirmou o professor de Relações Internacionais da Faculdade Mackenzie, Marcio Coimbra.

Ele lembra que os EUA designou oficialmente o Brasil como aliado militar preferencial do país fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“O Brasil, por exemplo, é um aliado extra-Otan. Esse status foi conquistado durante a gestão do ex-ministro Ernesto Araújo no Itamaraty, então o Brasil deveria fazer uso desses instrumentos para se nortear. O governo Lula deveria estar muito mais ligado à questão de ficar ao lado das democracias e ao lado de seus interesses comerciais”, argumenta.

Ainda de acordo com o professor, o alinhamento do Brasil ao governo Putin está indo na contramão dos países do Ocidente, que condenam a invasão ao território da Ucrânia. Além disso, argumenta que o Brasil deveria se posicionar através dos seus preceitos internacionais, que defendem a autodeterminação dos povos.  Ou seja, a Ucrânia deve ter o direito de se alinhar com quem quiser, seja com o Ocidente ou com a Rússia.

“Temos todo o Ocidente contra a Rússia diante da invasão da Ucrânia. O Brasil, que pelos seus preceitos constitucionais nas relações internacionais se rege pela autodeterminação dos povos e pela soberania das Nações, deveria usar os princípios constitucionais que norteiam as nossas relações internacionais para decidir que rumo tomar nessa guerra”, disse.

A Rússia já deu diversos argumentos para tentar justificar a invasão da Ucrânia. O principal deles é o de reação a uma expansão da Otan sobre países que Moscou considera sua área de influência legítima. O Kremlin considera anda que o território da Ucrânia é estratégico, pois ele poderia ser usado para lançar uma invasão terrestre do Ocidente contra a Rússia.

Brasil tem poucas chances de ser intermediário, diz professor
Carlos Honorato, professor da FIA Business School, defende que o Brasil tente ter um protagonismo internacional. Mas, ele acredita que atualmente o governo Lula não teria espaço para ser um negociador para o fim da guerra.

“Eu acho que essa conversa [do Brasil com a Rússia] é bem-vinda. Aproximação não significa apoio. A influência internacional do Brasil é pequena, então toda possibilidade de acordo e conversação é válida. Mas ter a pretensão que o Brasil vai intermediar alguma coisa, eu acho muito pouco provável”, avalia.

Na mesma linha, Márcio Coimbra defende que Putin não tem dado sinalizações de que pretende negociar um acordo de paz. “Ele tem demonstrado que quer prolongar a guerra e continuar com a devastação que está fazendo na Ucrânia. Então vejo que ele só está procurando ganhar tempo com esses acenos. O Brasil não vai conseguir mediar esse conflito”, diz.

Brasil não assinou declaração contra Rússia em cúpula promovida pelos EUA 
Na mesma semana da visita de Amorim ao presidente Putin, o governo Lula se negou a assinar a declaração final da Cúpula da Democracia, evento promovido pelo governo dos Estados Unidos, em conjunto com Costa Rica, Coreia do Sul, Holanda e Zâmbia. Entre outros pontos, o texto apresentou uma série de críticas à invasão da Rússia à Ucrânia.

Para a diplomacia brasileira, no entanto, o tema deveria ser tratado na Assembleia Geral das Nações Unidas, ou no próprio Conselho de Segurança da ONU. Antes disso, senadores norte-americanos já haviam manobrado para que o governo dos EUA aumentasse a pressão sobre o Brasil para condenar a Rússia na guerra da Ucrânia.

“A verdade é que o Brasil não tem apoiado muito as sanções contra a Rússia”, disse o senador o democrata Ben Cardin. O republicano Ricketts lembrou do pleito do Brasil de se tornar um membro permanente no Conselho de Segurança da ONU e questionou a “falta de apoio à integridade territorial da Ucrânia”, bem como a recusa em enviar ao país munições de defesa antiaérea.

Apesar disso, o professor Carlos Honorato acredita que, neste momento, não há espaço para uma retaliação ao Brasil por parte dos EUA. “Estamos vivendo um momento geopolítico bastante complexo e que temos visto uma tendência de mudança, especialmente econômica com a liderança da China. Eu não acredito que possa acontecer [uma retaliação], pois o Brasil não está dando apoio à Rússia, mas mostrando que está disposto a participar das conversações”, completa.

Por outro lado, Estados Unidos e União Europeia têm oferecido poucas oportunidades de negócios e parcerias com o Brasil. O acordo de comércio do Mercosul com a União Europeia, por exemplo, continua travado por supostas questões ambientais. Os EUA, por sua vez, têm colocado barreiras para a compra de tecnologia militar americana pelo Brasil e não tem apoiado efetivamente o governo em seu atual pleito por mais relevância internacional.

Chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, vem ao Brasil para encontro com Lula
Ainda neste mês de abril está prevista a visita chanceler russo, Sergey Lavrov, ao Brasil. A agenda já vinha sendo costurada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e foi confirmada durante a passagem de Amorim pela Rússia da última semana.

Além dos desdobramentos sobre a estratégia de Lula para tentar atuar como conciliador de um acordo com a Ucrânia, Lavrov vem ao Brasil para tratar do fornecimento de fertilizantes russos. O Brasil importa mais de 80% dos fertilizantes que utiliza, um percentual que, no caso do potássio, supera 96%, segundo dados do Ministério da Agricultura. Mais de 20% dos fertilizantes que o Brasil importa vêm da Rússia.

Um acordo costurado no ano passado, ainda pelo então presidente Jair Bolsonaro, garantiu o fornecimento dos fertilizantes por parte da Rússia mesmo durante a guerra. Agora, integrantes do governo Lula admitem que o acordo previa uma revisão para este ano e por isso será renegociado durante a passagem de Lavrov ao Brasil.

O Brasil é apenas um dos destinos de Lavrov, que desde o ano passado vem tentando cooptar novos aliados para a Rússia entre os países em desenvolvimento. Só neste ano já esteve na África do Sul, Angola, Eritrea, Mali, Mauritânia e Sudão.


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GOVERNO QUER UM OTIMISMO ARTIFICIL POR NÃO TER NADA REAL PARA APRESENTAR

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Brasília (DF), 10/03/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Lula acha que seus ministros andam muito acabrunhados e pediu-lhes “otimismo” no início de uma reunião ministerial realizada nesta segunda-feira. O presidente da República, recuperado de uma pneumonia que o fez adiar a viagem à China, afirmou que sua equipe não pode “ficar só lamentando” e disse estar “convencido de que o país vai dar um salto de qualidade”. Os comentários foram a reação a uma pesquisa do instituto Datafolha divulgada no fim de semana, e que trouxe números nada confortáveis para Lula.

De acordo com o instituto, a aprovação de Lula ao fim destes primeiros três meses de governo é a menor de todos os mandatos do petista. Do total de entrevistados, 38% consideravam o desempenho de Lula “ótimo” ou “bom” – este índice era de 43% em 2003 e de 48% em 2007. Já a parcela dos que classificaram o governo como “ruim” ou “péssimo” é de 29%, contra meros 10% em 2003 e 14% em 2007. Além disso, o Datafolha mostrou que os entrevistados estão ficando mais céticos quanto aos rumos da economia. É verdade que a parcela dos que acreditam em uma melhora ainda é de 46%, três pontos a menos que em pesquisa idêntica realizada em dezembro, antes da posse de Lula; mas o pessimismo em relação ao futuro subiu seis pontos, de 20% para 26%.

Em vez de “apostar”, o papel do governo é trabalhar: dar condições para que a economia possa galopar, com liberdade econômica, responsabilidade fiscal, Estado eficiente, tributação racional, sem intervencionismos nem populismos imediatistas

Também, pudera. Depois de uma longa sequência de queda, o desemprego voltou a subir por dois meses consecutivos, embora não se possa descartar de imediato a possibilidade de o mercado de trabalho ter sido influenciado por fatores sazonais típicos do início de ano. A inflação muito provavelmente extrapolará o limite máximo de tolerância da meta traçada para 2023 – será o terceiro ano seguido em que isso ocorre –, e Lula tem voltado todas as suas baterias contra o Banco Central, a única instituição que está batalhando contra a inflação com as armas que tem à disposição. Os aposentados tiveram seu acesso ao crédito severamente reduzido após uma canetada reduzir juros do empréstimo consignado. O presidente já demonstrou sua hostilidade ao empresariado, e o agronegócio se vê às voltas com o recrudescimento do MST e atitudes como a do presidente da Apex, Jorge Viana, que em Pequim associou o setor ao desmatamento na Amazônia. E, a cada dia que passa, fica mais evidente que a regra fiscal proposta pelo governo para substituir o teto de gastos tem problemas sérios, a começar pela garantia de aumento real de despesa governamental independentemente do que acontecer à economia, sem falar na convicção crescente de que as metas propostas pelo governo só poderão ser atingidas à custa de aumento na carga tributária.

VEJA TAMBÉM:
Os recordes de fevereiro e o novo arcabouço fiscal (editorial de 3 de abril de 2023)
A ameaça do desemprego (editorial de 1.º de abril de 2023)
Canetada voluntarista corta o crédito dos aposentados (editorial de 22 de março de 2023)


“Não concordo com as avaliações negativas da economia”, afirmou Lula a seus ministros, como se a mera opinião presidencial tivesse o condão de inverter indicadores ruins ou de melhorar a economia por mágica, como nas tentativas de forçar uma queda nos juros “porque sim”. Continuando sua tradição de metáforas esportivas, mas abandonando temporariamente o futebol, o presidente ainda justificou a cobrança por otimismo dizendo que “ninguém vai investir em cavalo que não corre”. No entanto, se o cavalo estiver fraco, desnutrido ou com pesos amarrados aos cascos, o jóquei pode gastar toda a sua voz com gritos de incentivo que não conseguirá fazer o animal sair do lugar.

“O nosso papel é apostar que esse país vai dar certo”, completou o presidente, mais uma vez demonstrando sua fé no poder mágico da propaganda. Em vez de apostar, o papel do governo é trabalhar: dar condições para que a economia possa galopar, com liberdade econômica, responsabilidade fiscal, Estado eficiente, tributação racional, sem intervencionismos nem populismos imediatistas. Se este roteiro for seguido, não será preciso pedir otimismo a ninguém, pois ele virá automaticamente. Do contrário, teremos o mais do mesmo petista: a insistência em políticas econômicas comprovadamente desastrosas na esperança vã de que os resultados serão diferentes daqueles do passado, fazendo especialmente os brasileiros mais pobres pagarem as consequências desse pensamento mágico.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/otimismo-artificial/
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MUDANÇAS NO ENSINO MÉDIO E NO ENEM

 

Suspensão temporária
Por
Gazeta do Povo


Ministro da Educação durante reunião com o presidente Lula em 4 de abril| Foto: Agência Brasil/Ricardo Stuckert/PR

O ministro da Educação, Camilo Santana, confirmou a suspensão temporária da implementação do novo ensino médio e também das mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As informações foram dadas por Santana nesta terça-feira (4). O ministro apresentou a minuta da nova portaria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas o documento ainda não foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

A portaria vai suspender por 60 dias os prazos de outro documento de 2021, da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo informações da Agência Brasil. À época, o Ministério da Educação (MEC) estabeleceu prazos para a implantação das mudanças aprovadas em 2017. O documento determinava que em 2022 o novo modelo deveria ser implementado no 1º ano do ensino médio. Em 2023, no 2º ano e em 2024, no 3° ano, com o Enem já adaptado ao cenário modificado de matérias e itinerários formativos.

A reforma do ensino médio, aprovada em 2017, prevê a adoção progressiva de ensino integral nessa etapa da educação básica e mudanças curriculares. Ao invés das 13 disciplinas antes previstas, os alunos passariam a poder escolher entre cinco itinerários formativos: matemática, linguagens, ciências da natureza, ciências humanas e formação profissional.

Matéria da Gazeta do Povo mostrou que Lula já havia sinalizado que pretendia fazer alterações no novo modelo. Sindicatos de educação e movimentos de estudantes têm pressionado o governo para as mudanças. Como a reforma do ensino médio foi aprovada no Congresso, após apresentação de uma Medida Provisória durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), sua revogação completa dependeria de nova avaliação feita por deputados e senadores.

Santana resiste à proposta de paralisação total da reforma por temer desgastes políticos com os secretários estaduais de educação, pois muitos defendem o novo modelo. Mas ele defende a revisão da proposta.

“Nós reconhecemos que não houve um diálogo mais aprofundado da sua implementação [do novo ensino médio], não houve uma coordenação por parte do Ministério da Educação. O ministério foi omisso, principalmente no período difícil que foi a pandemia nesse país, e há a necessidade de a gente poder rever toda essa discussão”, afirmou Santana, nesta terça, à Agência Brasil.

No começo de março, o governo anunciou que iria fazer consulta pública para avaliação e reestruturação do novo ensino médio, por meio de audiências públicas, oficias de trabalho, seminários e pesquisas com estudantes, professores e gestores escolares. A consulta tem 90 dias de duração, com a possibilidade de prorrogação de 30 dias.

Comentário:

O Presidentre atual entende de tudo, mesmo sem ter ido à escola, interferiu na Política Econômica e agora interfere no Ensino Médio, tudo isso para ser contrário ao governo anterior.


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GOVERNO LULA QUER LICENÇA PARA GASTAR

 

Arcabouço fiscal

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


Dinheiro / Real – 25-05-2017 – O Real é a moeda corrente oficial da República Federativa do Brasil. A cédula de um real deixou de ser produzida, entretanto continua em circulação alguns exemplares. As demais cédulas de real continuaram sendo produzidas normalmente pela Casa da Moeda. Entre elas, as notas de: 2,5,10,20,50 e 100. Na foto, detalhes de uma nota de 100 reais.


Projeto do arcabouço fiscal prevê aumento real do gasto público mesmo que arrecadação e PIB tenham queda.| Foto: Marcelo Andrade / Arquivo Gazeta do Povo

O grande assunto de hoje é o arcabouço fiscal que o governo inventou para não ser acusado de estar furando teto. A lei do teto de gastos foi feita depois do impeachment da presidente Dilma, por causa das contas públicas. Para evitar excesso de gastos, contabilidade esquisita, fizeram uma lei moralizadora e muito boa, que dá equilíbrio fiscal para evitar que o governo gaste demais o nosso dinheiro, do nosso suor, dos nossos impostos. Muita gente que está me ouvindo pode achar que nunca pagou imposto diretamente. Diretamente não, mas em tudo que você compra você está pagando imposto embutido. Se não fosse pelo imposto, o produto ou serviço seria mais barato. Então você e todo mundo paga imposto, o pobre e o rico. Mas o pobre paga mais porque, como ele ganha menos, o imposto cobrado significa mais para ele.

Esse arcabouço fiscal é um truque para derrubar ou derrogar – é a palavra mais bonitinha, mais apropriada – uma lei que controla os gastos do governo. Como disse o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, é licença para gastar: se o Congresso aprovar a lei, o governo poderá gastar sem sofrer impeachment. E Pastore ainda disse que o arcabouço vai resultar em alta brutal da carga tributária. Pois no dia seguinte o próprio ministro da Fazenda confirmou que precisará de mais de R$ 150 bilhões.

Mas tem o Congresso pela frente: o governo ainda não mandou o texto para o Legislativo e, agora, Haddad reconhece que não está pronto, que ainda tem de simplificar, tornar mais claro o texto que só foi anunciado na quinta-feira porque era o dia da chegada de Bolsonaro e tinham de ocupar o noticiário. Anunciaram também para fazer um balão de ensaio, mas todo mundo está fazendo as contas e vendo que não fecha. A aprovação depende do Congresso, e o Congresso que saiu da eleição tem 70% de centro-direita, enquanto o governo é de esquerda. Essa centro-direita do Congresso sabe muito bem que, se votar com o governo, vai ganhar rótulo de “vendido” nas mídias sociais.

VEJA TAMBÉM:
Lula percebeu que as coisas vão mal e pediu otimismo aos ministros
Arcabouço
Lula não perde uma chance de mostrar que não entende nada de economia


O governo sabe disso também; está sentindo o pessimismo em alta, o otimismo em queda, está vendo que os ministros estão meio assustados. Todo ministro está olhando para o seu próprio futuro, ano que vem tem a eleição municipal, então tudo isso está preocupando o presidente da República. Ele está vendo que as coisas não vão andar assim tão facilmente. Normalmente, aqui no Brasil, tudo começa a acontecer depois do carnaval, mas vai passar a Páscoa e não aconteceu nada ainda, a não ser algumas coisinhas como isso de revogar a Medalha Princesa Isabel, porque Lula acha que ela não merece. Era uma medalha que leva o nome da princesa para premiar quem se destaca na área dos direitos humanos. É uma injustiça histórica que o atual presidente está fazendo.

São esses os problemas que temos pela frente, que afetam o Brasil inteiro. O governo quer cobrar mais imposto porque quer gastar mais. Mas quem vai pagar mais imposto somos nós. E a Curva de Laffer mostra que, quando se cobra imposto demais, os que produzem, os que comerciam, os que empregam, os que prestam serviços ficam desanimados e produzem menos, e com isso cai a arrecadação – ou seja, não vai adiantar nada. O governo tem é de gastar menos consigo mesmo e gastar mais na prestação de bons serviços públicos, porque é para isso que existe governo.


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ORIGEM DE VÁRIOS PRATOS E COMIDAS

 

Foto: Michele Minerbo

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Por Helena Gomes – Jornal Estadão

Confira receitas de pratos que renegaram suas origens e ganharam fama em outras terras

Alguns pratos são tão famosos em determinados países que se tornam basicamente embaixadores daquela nação, como acontece com a pizza e o macarrão na Itália ou o sushi no Japão. Mas, apesar de esconderem bem suas origens, muitos desses ícones gastronômicos são, na verdade, ilustres estrangeiros. Para conhecer a verdadeira identidade de iguarias como macarrão, alfajor, croissant, sushi e pudim de leite, conversamos com o professor da Anhembi Morumbi, Beto Almeida. Aproveite também para ver receitas de cada um dos pratos que, sejam de onde forem, são todos maravilhosos.

Macarrão não é da Itália?

Espaguete ao molho noccioli
Espaguete ao molho noccioli Foto: Divulgação: Komunic

Já que falamos dele ali no início, vamos começar pelo macarrão. A origem do alimento é um tema bastante discutido, segundo Almeida, e ainda não foi totalmente esclarecida. “Existem registros históricos que sugerem que o macarrão já era conhecido na China há mais de 4.000 anos e que ele foi trazido para a Itália por Marco Polo durante suas viagens no século XIII”, explica.

Com o tempo, a Itália foi aprimorando tanto o macarrão que chegou à versão moderna da massa seca, como é conhecida hoje. Apesar disso, ele ressalta que os historiadores ainda discutem se o macarrão já não estava sendo criado em outras partes do mundo.

Alfajor não é da Argentina?

Alfajor
Alfajor Foto: Gabriel Pita

O alfajor é conhecido como um doce tipicamente argentino, mas sua origem exata também é incerta. Muitos acreditam que a iguaria tenha sido introduzida pelos mouros na Península Ibérica no século VIII, já que eles faziam a sobremesa chamada Al Hasu, que tinha ingredientes semelhantes ao alfajor.

De acordo com Almeida, a estrela das sobremesas argentinas pode na verdade ser espanhola, já que se assemelha muito a um doce que existe até hoje, feito com massa de amêndoas, açúcar e mel. “Já o alfajor argentino geralmente leva biscoitos de amido de milho e recheado com doce de leite”, diferencia.

Croissant não é francês?

Croissant da padeira Claudia Rezende
Croissant da padeira Claudia Rezende Foto: Michele Minerbo

Segura o coração com essa notícia. Os relatos históricos indicam que a versão moderna do croissant foi desenvolvida na França no final do século XIX, mas a receita teria nascido na Áustria com um doce que existe até hoje, o Kipferl. “O que fez a massa de pão doce e amêndoas chegar à França foram os fortes laços culturais e comerciais entre esses países. Na França, ela foi transformada em uma massa mais leve e folhada”, conta o professor da Anhembi Morumbi.

Sushi não é japonês?

Receita de sushi de patinho ensinado por Roberto Smeraldi.
Receita de sushi de patinho ensinado por Roberto Smeraldi. Foto: Roberto Seba|Estadão

Para alguns historiadores o sushi nasceu na China. “O sushi como conhecemos hoje teria nascido do uso de uma técnica chinesa de conservação de peixes em arroz fermentado chamada narezushi. Esse método se baseia em envolver o peixe em arroz cozido e deixá-lo fermentar por vários dias. Quando o peixe é retirado do arroz, fica com um sabor ácido e salgado, e o arroz é descartado”, acrescenta.

Doces de compota não são mineiros?

A compota de pêssego verde é uma boa sugestão de presente por dois motivos: dezembro é a época da fruta e o doce, além de fácil de fazer, tem sabor de tradição familiar, como um daqueles quitutes sempre disponíveis na casa dos avós.Veja a receita aqui.
A compota de pêssego verde é uma boa sugestão de presente por dois motivos: dezembro é a época da fruta e o doce, além de fácil de fazer, tem sabor de tradição familiar, como um daqueles quitutes sempre disponíveis na casa dos avós.Veja a receita aqui. Foto: Neide Rigo/ Estadão

Os famosos doces de compota mineiros, por mais famosos que sejam aqui no Brasil, têm origem no Oriente Médio. Com o tempo, povos como os europeus aprenderam a técnica e passaram a criar variedades de doces de compota que acabaram evoluindo e viajando por outros países até chegarem ao Brasil. Aqui viraram o nosso doce de compota mineiro, conta Beto Almeida.

Pudim de leite não é brasileiro?

 
  Foto: Tiago Queiroz|Estadão

Tem muito doce bom que nasceu aqui no Brasil, mas o pudim de leite não foi um deles. Esse doce tão querido em nossas terras foi criado em Portugal e mesmo assim, inspirado em uma sobremesa romana: “Uma das possíveis origens do pudim de leite remonta ao Império Romano, onde o leite era misturado com ovos e mel para fazer uma sobremesa conhecida como ‘Melca’, que era cozida em banho-maria. Na Idade Média, surgiram variações dessa sobremesa em toda a Europa, muitas vezes usando ingredientes locais, como amêndoas ou frutas”.

Pavê não nasceu no Brasil?

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Pavê de chocolate e bolacha maizena, do chef Fellipe Zanuto.
Pavê de chocolate e bolacha maizena, do chef Fellipe Zanuto. Foto: Alex Silva/Estadão

Apesar de a sobremesa ser o clássico das piadas de tio no Natal, o pavê não é essencialmente brasileiro, mas francês, e o docente explica por que: “O nome pavê tem origem da palavra francesa ‘pavage’, que significa ‘calçamento de pedras’, uma referência à aparência das camadas da sobremesa, que geralmente é feita com camadas de biscoitos, creme, frutas, chantilly etc. E foi só no século XX que ela chegou ao Brasil através dos imigrantes franceses”, detalha.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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