Invasão dos prédios dos três poderes em 8 de janeiro.| Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil/EFE
O presidente do Senado, que também é presidente do Congresso,
prometeu para terça-feira, dia 18, ao meio-dia, uma reunião do
Congresso. O que significa isso? Que, reunindo-se Câmara e Senado,
conjuntamente, no plenário da Câmara, Pacheco tem de ler nessa sessão o
requerimento que instala uma Comissão Parlamentar de Inquérito Mista de
deputados e senadores, para saber o que aconteceu realmente no dia 8 de
janeiro. Suas causas, consequências, seus agentes, seus participantes,
responsáveis, os motivos.
Foram denunciadas 1.390 pessoas, e ainda mais foram presas. A maior
parte, 1.150 pessoas, por incitação ao crime. O crime que eles estavam
incitando foi o de golpe de Estado. Mas há um inciso no artigo 5.º da
Constituição, que é cláusula pétrea, dizendo que é livre a manifestação
do pensamento. Mais adiante, diz que há plena liberdade de reunião sem
armas. Então, agora é uma questão de discussão, porque a Defensoria
Pública da União está pedindo a libertação de todo mundo, porque muitos
foram liberados com tornozeleira, ou seja, continuam “presos” pelo
Estado, como se fossem pessoas perigosas. Outros estão presos pelo que
seria crime de dano ao patrimônio, mas lá também se menciona tentativa
de derrubada do poder pela força. O Ministério Público denunciou por
isso, a Defensoria Pública da União está alegando que não houve isso,
que não houve a participação do Ministério Público, que não houve
flagrante e que não há razão para manter a prisão, uma vez que o crime a
que os denunciados estariam sujeitos potencialmente tem no máximo três
anos e meio de previsão de pena, então todo mundo deveria estar solto.
Mas é uma questão que agora vai para um recurso, um agravo que foi
impetrado no Supremo.
VEJA TAMBÉM: Flávio Dino falou muito e não esclareceu nada Mais esperança para a CPI mista do 8 de janeiro Governo ainda trabalha duro para sabotar a CPI do 8 de janeiro
Massacre em creche de Blumenau pede questionamento da sociedade Tenho
de registrar aqui o crime na creche em Blumenau, que o monstro
planejou, porque pegou uma machadinha, pegou a moto da empresa em que
ele trabalhava como motoboy, pulou o muro da creche e começou a agredir
as crianças. Matou quatro e feriu cinco. Eram crianças de 4 a 7 anos,
uma monstruosidade. Assim como a daquele estudante de São Paulo, que
pegou uma faca e matou a professora; esse não tinha nada a ver com a
creche. Diz a polícia que foi um surto psicótico, mas ele já teria
esfaqueado o padrasto dele quando era adolescente. Veio medida
socioeducativa, que não adiantou nada: ele, já adulto, praticou lesão
corporal, uso de droga, já passou pela polícia por causa disso. Então, a
pergunta que temos de fazer é: que cérebros são esses que armam as
mãos? Não interessa a arma, se foi um pau ou um tijolo, uma pedra, uma
faca, uma machadinha ou uma arma de fogo. É o cérebro que arma. E quais
são as circunstâncias que estão armando esses cérebros? Qual é o remédio
para isso? O que fazer com uma pessoa como esse monstro de Blumenau?
Presidente tem demonstrado grande apego à capacidade de improvisação
Por William Waack
AME6004.
SAO PAULO (BRASIL), 01/05/2022.- El expresidente brasileño Luiz Inácio
Lula da Silva, del partido de los Trabajadores (PT), pronuncia hoy un
discurso durante una manifestación de las principales centrales
sindicales del país por el Día Internacional del Trabajo, en Sao Paulo
(Brasil). EFE/Sebastião Moreira
Aos cem dias está faltando ainda um governo de frente ampla. O que Lula parece estar fazendo até aqui é contestar aspectos amplos do que encontrou ao assumir para o terceiro mandato.
O ponto de contestação mais recente é o do Marco Legal do Saneamento,
que tem como pano de fundo o notório desconforto do presidente com
qualquer tipo de privatização. Outros aspectos contestados (a lista não é
exaustiva) têm a ver com educação, formação de preços no setor de
energia, relações capital trabalho e uso de estatais como moeda de troca
nas relações políticas.
Outro ponto que merece destaque é a inserção do Brasil nas relações
internacionais a partir do que Lula percebe como equidistância a ser
mantida pelo “global south” frente aos grandes focos de poder mundiais –
na prática, significa alinhar o Brasil à China e à Rússia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião ministerial; Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO – 3/4/2023
Aqui não cabe entrar no mérito de cada uma dessas questões, que têm
extraordinária abrangência. Mas, sim, perguntar se o presidente tem as
forças políticas adequadas para atacar em tantas frentes ao mesmo tempo.
Aparentemente, não. A escolha de temas tão relevantes e, ao mesmo
tempo, distantes entre si sugere que o presidente não estabeleceu uma
lista de prioridades. Dedica-se ao que vem surgindo pela frente preso à
narrativa de que é necessário desfazer o que encontrou.
Curioso nesse processo de “seleção” de objetivos (na verdade, na
falta de) é o desapego ao que se poderia chamar de “avaliação” das
próprias forças. Isto fica mais evidente quanto mais se aproxima o
momento de testar as próprias capacidades – como a votação de MPs de
interesse imediato do governo. O principal risco no momento está
associado à dificuldade de Lula de dizer com qual time vai entrar em
campo para disputar qual tipo de votação.
Não é por outro motivo que se tem mencionado a reforma tributária
como teste decisivo. Ela demanda uma capacidade sobre-humana de
coordenação e articulação políticas, num ambiente no qual já de saída é
difícil subordinar os vários interesses antagônicos a posturas
político-ideológicas claras.
Lula tem demonstrado grande apego à capacidade de improvisação. Mas
pouquíssima dedicação à enfadonha tarefa de sistematizar assuntos,
dissecá-los em suas partes constituintes e abordá-los com algum tipo de
método. É o que ficou bastante transparente no envolvimento dele com o
arcabouço fiscal, no qual seu único ponto de vivo interesse parece ter
sido em torno da questão “vou continuar podendo gastar?”
Improviso na política não é, por definição, uma característica
negativa. O problema para o governante é quando não existe nada, além de
improviso.
Educação Novo Ensino Médio: um fraque para a Monga
Por Paulo Cruz
Monga era atração do antigo Playcenter, em São Paulo.| Foto: Divulgação/Playcenter
“A
preparação para o trabalho não pode ser obtida à custa de uma
especialização precoce, com sacrifício da cultura geral.” (Dom Lourenço
de Almeida Prado)
Que a educação brasileira – sobretudo a educação estatal, chamada
pública – é um eterno enxugar gelos, qualquer pessoa envolvida
diretamente com ela na prática sabe disso; e que o problema vai muito
além do modelo a ser seguido, da pedagogia adotada, também é fato
notório no “chão de fábrica” das escolas. Não que seja proibido pensar
saídas para a educação através da pedagogia ou mesmo do benchmarking. O
problema é que a educação de um país reflete sua sociedade, e a
sociedade reflete a sua educação. Agora pense por alguns segundos na
frase segredo-de-tostines anterior, caro leitor. Pensou? OK, mas não
concluamos ainda.
Já falei muito sobre educação nesta coluna. Há duas séries – Uma luz
para a educação (seis artigos) e O flagelo da educação (quatro artigos)
–, em que trato, respectivamente, do problema filosófico da educação e
do problema prático. Há outro, sobre a celeuma da volta às aulas na
pandemia; e também, a quem interessar possa, uma trilogia sobre o
problema das cotas raciais. E é sempre um processo muito desgastante,
pois falar sobre educação estatal no Brasil é sempre duelar contra a
propaganda e contra as ideologias pedagógicas.
No entanto, à vista da discussão mais recente, sobre a possível
revogação do Novo Ensino Médio (NEM), gostaria de, em pouquíssimas
linhas, sumariar algumas opiniões.
A educação de um país reflete sua sociedade, e a sociedade reflete a sua educação
Como o Brasil é um país profundamente embrutecido e emburrecido, de
alto a baixo, as discussões dos últimos anos têm caído, sempre,
invariavelmente, no simplismo maniqueísta mais pueril. E com a questão
do modelo educacional a ser adotado (ou não) na educação brasileira não
poderia ser diferente; já foi reduzida a avanço modernizante vs.
corporativismo – ou seja, ignorantemente: direita vs. esquerda.
Palpiteiros ou mesmo especialistas de tendência mais liberal – que, no
Brasil, são liderados por aquela elite da famigerada meritocracia e do
liberalismo do bolso alheio – são, talvez, os maiores entusiastas do
NEM, pois a ideia de termos maior liberdade de escolha do aluno e uma
perspectiva profissionalizante é muito atraente. É moderno, tecnológico e
se parece com o modelo vitorioso dos países de primeiro mundo, eles
dizem. O problema é que esse pessoal jamais pisou numa escola pública
brasileira. Igualmente para os burocratas da educação, como o
ex-secretário da Educação do estado de São Paulo Rossieli Soares – de
triste memória –, que recentemente deu uma entrevista para esta Gazeta
do Povo, destilando todo o seu discurso quimérico.
Por exemplo, as socialites do movimento Escolas Abertas – que ficaram
conhecidas como Mães Vogue –, no meio da pandemia, magicamente passaram
a se dizer muito preocupadas com a educação do país e que, por isso, as
escolas deveriam ser abertas. Antes da pandemia essas senhoras nunca
haviam dado um pio sobre o tema. Se eu pagasse R$ 10 mil de mensalidade
na escola de meu filho e ele fosse obrigado a ficar em casa, eu também
começaria um movimento de volta às aulas. Deputados paulistanos do
Partido Novo – que, não reeleitos, devem ter voltado a surfar em Juqueí –
também foram arautos do volta-às-aulas-com-protocolos nas escolas
públicas, mesmo sem, provavelmente, sequer saberem o endereço da escola
pública mais próxima de sua casa.
Do outro lado estão os operários da educação – pelo menos a maioria:
professores, coordenadores e alguns diretores (a burocracia do NEM
favorece esses últimos). E, claro, os sindicatos e todo o discurso
corporativista que os envolve e os partidos políticos que os alimentam e
apoiam. Mas é forçoso admitir que quem está no dia a dia das escolas
públicas, sobretudo nos grandes centros, sabe que o problema da educação
tem camadas muito mais complexas. Eu mesmo, que nunca fui de esquerda,
sendo professor de escola pública, sei que o discurso liberal por si só
não se sustenta.
VEJA TAMBÉM: Tudo será permitido? Ao mestre Poitier, com carinho Por um novo Patrono da Educação Brasileira: Ernesto Carneiro Ribeiro E
mais: por óbvio, num país de dimensões continentais e de educação
centralizada, há muitos interesses envolvidos. Se no “chão de fábrica” o
professor medíocre está preocupado com a manutenção e estabilidade do
seu cargo, lá em cima, no altos escalões, quem fala mais alto são os
bilhões envolvidos. E, no meio, há uma infinidade de questões que todos
tentam empurrar para debaixo do tapete para não atrapalhar suas
aventuras.
As fundações da gente fina e elegante que sempre mandou no Brasil
também têm seus interesses. Exemplo: as metas do Todos pela Educação,
risíveis por definição nesse imenso Brasil, não seriam problemáticas se
não fossem irreais. Mas, por serem irreais e serem metas, eles usam a
sua influência política para fazê-las valer à força. Aí, atento leitor,
me diga: como alfabetizamos 100% das crianças, aos 8 anos, até 2022 (já
estão atrasados, portanto), nas nossas escolas, com os recursos (humanos
e técnicos) que temos? Só os especialistas do Todos pela Educação sabem
– pois Deus sabe que é impossível. Ou como fazer “cada aluno aprender o
que é apropriado à sua série” se eles agora são considerados como
agentes da própria educação? Se cada um deve aprender no seu tempo, do
seu jeito? Se eles nem sequer precisam aprender algo? Se a maioria dos
professores está em estado de inércia absoluta? E se figuramos, ao mesmo
tempo, nos menores índices educacionais e nos maiores de alcoolismo,
essa relação não pode ser desprezada.
Como procuro evidenciar nas séries de artigos supracitados, o
principal problema da educação brasileira é de ordem moral – e aqui me
separo da maioria dos progressistas. A sociedade brasileira está
moralmente à deriva, refém, por um lado, do discurso identitário
pós-moderno, que demoniza tudo o que se pode chamar de tradição –
daquilo que Burke chamou de guarda-roupas da imaginação moral –, e, por
outro, de um conservadorismo incipiente que, nos últimos anos,
descarrilhou em reacionarismo, que tampouco compreende que só é possível
manter as tradições se formos capazes de fazer as mudanças necessárias
para sua manutenção.
Como instaurar um novo modelo de ensino se, nas escolas, é quase
impossível manter a disciplina? Se os jovens são cultural e
sistematicamente desestimulados a pensar no seu futuro e no futuro do
país?
E como se educa sem tradição, sem respeito às coisas permanentes? A
permissividade de nossa legislação e as ideologias que igualaram escolas
a ambientes opressores como prisões não permitem sequer que se
estabeleça a ordem no ambiente escolar. Ao transformar a criança e o
adolescente em vítimas sumárias dos adultos, eles tudo podem e nada
devem.
Um exemplo recentíssimo pode confirmar o que digo: o adolescente que
assassinou uma professora na E.E. Thomázia Montoro já havia sido
denunciado à polícia um mês antes do crime. No entanto, atualmente, uma
escola não pode expulsar um aluno sem que encontre outra escola para
ele; e também é obrigada a receber outro aluno em troca. Ainda que esse
aluno seja potencialmente perigoso – pois não existe adolescente
perigoso para nossas autoridades. Ou seja, só mudaram o problema de
lugar e enviaram o aluno para cometer um assassinato em outra escola.
Não acredita, pasmo leitor? Pois veja o que diz a Indicação n.º 175 do
Conselho Estadual de Educação (SP):
“Quando esses atos de indisciplina puderem implicar riscos à
integridade (física, ou psíquica e/ou moral) de um aluno, ou de outrem,
ou do coletivo, inclusive abrangendo a preservação da imagem,
identidade, e com base na responsabilidade da Escola com o CUIDAR,
RESPEITAR E PROTEGER, será contemplada, nos Regimentos Escolares, a
possibilidade de transferência como medida de cautela, indicada por
Conselho de Escola ou Comissão equivalente…” (grifo meu, e a quantidade
absurda de condicionais o leitor pode conferir no link)
VEJA TAMBÉM: Luiz Gama e a educação O fim da infância A mentira da doutora, o fetiche acadêmico e a missão da universidade Resultado:
miraram no punitivismo e acertaram no mínimo de discernimento moral que
poderia manter as coisas em pé. E como instaurar um novo modelo de
ensino se, nas escolas, é quase impossível manter a disciplina? Se os
jovens são cultural e sistematicamente desestimulados a pensar no seu
futuro e no futuro do país? Se tudo o que enxergam atualmente é niilismo
(e, claro, as discussões sobre gênero)?
Portanto, discutir o Novo Ensino Médio é não só uma questão de
corporativismo ou modernização, mas é, para mim, só uma tentativa
frustrada de vestir uma roupa de gala num monstro – no caso aqui, aos
velhos paulistanos, como eu, representado pela aterradora Monga – a
mulher macaco –, do saudoso Playcenter.
Para se tornar um programador web, você precisa seguir algumas etapas básicas:
Aprenda as linguagens de programação para web: HTML, CSS e JavaScript
são as linguagens básicas da web. É importante dominar essas linguagens
para criar páginas web estáticas e dinâmicas.
Escolha um framework: existem vários frameworks
disponíveis para programação web, como React, Vue.js e Angular. Eles
podem ajudá-lo a criar aplicativos web complexos e interativos com mais
facilidade e eficiência.
Aprenda banco de dados: banco de dados são fundamentais para
armazenar informações em um site, por isso é importante entender o
funcionamento dos bancos de dados relacionais e como utilizar linguagens
como SQL.
Desenvolva suas habilidades de programação: é preciso aprimorar suas habilidades de lógica de programação, resolver problemas e depurar códigos.
Pratique: a melhor maneira de se tornar um
programador web é praticando. Crie seus próprios projetos e trabalhe em
projetos open source. Participe de hackathons e eventos de programação
para ganhar experiência.
Esteja atualizado: a tecnologia web muda
rapidamente, então é importante estar atualizado com as novas tendências
e tecnologias. Leia artigos e tutoriais, participe de fóruns e redes
sociais para se manter informado.
Desenvolva habilidades de colaboração: a colaboração
é fundamental em projetos de programação web, portanto, é importante
desenvolver habilidades de comunicação e colaboração para trabalhar em
equipe.
Em resumo, para se tornar um programador web, é preciso dominar as
linguagens de programação web, escolher um framework, aprender bancos de
dados, desenvolver habilidades de programação, praticar, estar
atualizado e desenvolver habilidades de colaboração.
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MST inicia ‘Abril Vermelho’ com invasão de 800 hectares de terra em Pernambuco
Cerca de 250 pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem-Terra (MST) invadiram três áreas pertencentes a uma usina na cidade
de Timbaúba, em Pernambuco, na madrugada desta segunda-feira (3). A ação
deu início à jornada do chamado Abril Vermelho, organizado anualmente
pelo movimento em memória aos 19 trabalhadores sem-terra assassinados
pela Polícia Militar do Pará em abril de 1996, em Eldorado dos Carajás.
Segundo o comunicado divulgado pelo MST, as áreas invadidas são
improdutivas e não cumprem a função social de produzir alimentos para a
sociedade. O movimento alega que as terras ocupadas são pertencentes ao
governo de Pernambuco e foram griladas pela usina, o que justificaria a
ação de acordo com a Constituição Federal.
O artigo 184 da Constituição diz que a União deve desapropriar por
interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não
esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização
em títulos da dívida agrária. Já o artigo 186 estabelece que para
cumprir com a função social, o proprietário deve fazer um aproveitamento
racional e adequado da área, além de promover a utilização adequada dos
recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente.
O MST afirma que a ocupação das áreas é uma forma de pressionar o
poder público a realizar a reforma agrária e garantir que a terra seja
utilizada de maneira adequada para produzir alimentos e preservar o meio
ambiente.
A ação do MST em Timbaúba pode ser o início de uma série de ocupações
e mobilizações em todo o país durante o Abril Vermelho. Na Bahia, após
invasões, produtores donos de terras se uniram e conseguiram expulsar os
integrantes do movimento.
Em apenas dois meses de 2023 as invasões de terra no Brasil já superam as do primeiro ano do governo Bolsonaro
MST invade terra em Pernambuco em ação do ‘Abril Vermelho’
O movimento alega que as terras pertencem ao governo estadual e que foram griladas e não cumprem a função social
BRASÍLIA | Bruna Lima e Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiu, nesta
segunda-feira (3), 800 hectares de terras de três engenhos no município
de Timbaúba (PE). A ação faz parte da chamada “jornada do Abril
Vermelho”.
Segundo o MST, a região é composta de engenhos improdutivos “que não
cumprem a função social, que é produzir alimentos para a sociedade”. O
movimento alega ainda que as terras pertencem ao governo estadual e que
foram griladas. “Os engenhos ocupados pelos Sem Terra também são terras
devolutas (públicas), pertencentes ao governo de Pernambuco, que foram
griladas pela usina”, afirma o MST em nota.
Cerca de 250 invasores participaram da ação que, segundo o MST, é a
primeira em abril de uma série de invasões durante o mês. O movimento
alega que as invasões serão “em defesa da reforma agrária”. “Nós do MST
defendemos a democratização da terra como forma de combater a fome no
Brasil”, completa o movimento.
Invasões do MST avançam no Brasil
As invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em
terras produtivas avançam no país. Só na primeira semana de março, ao
menos cinco outras ações do movimento foram registradas na Bahia.
Houve registro de derrubada de árvores em uma das localidades. A
justificativa dada pelo MST é o descumprimento, por parte da empresa, de
um acordo firmado em 2011 para o assentamento de famílias.
No norte da Bahia, também houve registros de invasão. Em Jacobina,
mais de 150 pessoas ocuparam uma fazenda com a justificativa de que o
local tem 1.700 hectares abandonados e reivindicaram a “desapropriação
imediata” para a realização de uma reforma agrária. Os proprietários
desmentem que a área esteja abandonada e acionaram a Justiça para
responsabilizar os invasores.
No estado, o MST também ocupou a fazenda Santa Maria, na região da
Chapada Diamantina, durante a Jornada de Luta das Mulheres Sem Terra.
Parlamentares e entidades do agro pressionam por abertura de CPI do MST
As negociações para a abertura de uma comissão parlamentar de
inquérito (CPI) para apurar recentes invasões promovidas pelo MST ganhou
força após deputados conseguirem assinaturas suficientes para a
instalação. Entidades ligadas à agricultura já pressionam o presidente
da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para abrir os trabalhos do órgão.
Lira é membro da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) e tem
participado das reuniões do grupo. A base do governo Lula, no entanto,
aposta em uma não instalação, sustentando não haver fato determinado a
ser apurado.
Para a bancada ruralista, há, sim, motivo certo para as
investigações: a escalada de invasões nos últimos dois meses,
principalmente na Bahia e em São Paulo.
“Precisamos investigar com todo o rigor quem está financiando o
terror no campo”, destacou o deputado federal Tenente-Coronel Zucco
(Republicanos-RS), autor do requerimento. “Buscaremos o diálogo com o
presidente da Câmara para que possamos iniciar os trabalhos no menor
espaço de tempo possível”, completou.
O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), defendeu a
necessidade de apurar os casos. “Tivemos um volume nas últimas três
semanas que não víamos havia mais de 15 anos. Algo está fora do
controle, alguém está financiando isso. Há uma motivação política muito
clara por trás dessas ações criminosas”, destacou.
No requerimento, os parlamentares solicitam a formação de uma CPI com
27 titulares e suplentes, além de um prazo de 120 dias para apresentar o
relatório.
Eixo autoritário Lula e PT se aproximam de Putin em meio a ofensiva diplomática da Rússia contra o Ocidente Por Wesley Oliveira – Gazeta do Povo Brasília
Presidente Lula enviou o assessor especial, ex-chanceler Celso Amorim, à Rússia| Foto: Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes do PT intensificaram
sua aproximação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nos últimos
dias. Além de uma visita “secreta” do assessor especial da Presidência,
o ex-chanceler Celso Amorim, integrantes do PT estiveram em um evento
do partido de Putin destinado a fazer oposição política aos Estados
Unidos e seus aliados.
A aproximação ocorre em paralelo a um esforço da Rússia nas áreas de
diplomacia, propaganda e operações de guerra cibernética visando
aumentar a influência do Kremlin sobre países da África e da América
Latina. Os objetivos são achar novos parceiros comerciais para escapar
das sanções econômicas ocidentais a Moscou e reforçar a narrativa falsa
de que a Rússia teria invadido a Ucrânia para defender seu próprio
território contra o Ocidente.
Na semana passada uma comitiva integrada por membros de alto escalão
do PT atendeu a um convite do partido de Putin, o Rússia Unida, para
visitar Moscou. A pauta do encontro foi o combate ao “neocolonialismo”
praticado por nações europeias e pelos Estados Unidos contra nações em
desenvolvimento, na visão russa.
VEJA TAMBÉM: Ministro da Defesa “costura” PEC alternativa à da bancada do PT para limitar militares na política Lula depende de rearranjo no Congresso para iniciar governo após a Páscoa MST emplaca nomes no governo Lula em meio ao aumento de invasões de terra
Esse discurso baseia ações de propaganda russa, que ocorre nas
redes sociais e em visitas diplomáticas, que se intensificaram na África
em 2022. Isso foi uma resposta a rejeição sofrida por Moscou na Europa e
em parte da Ásia por causa da invasão da Ucrânia. Países como Mali,
Burkina Faso e Mauritânia têm sido alvos do Kremlin. Hackers e
diplomatas russos exploram o rancor dessas nações em relação ao seu
passado colonial, com o objetivo de aumentar a rejeição a países
europeus modernos que há séculos foram colonizadores.
A ideia do Kremlin é expandir a campanha de informação também para a
América Latina. “Se a União Soviética contribuiu para acabar com o
sistema colonial, agora colocaremos o último prego no caixão das
aspirações neocoloniais do Ocidente junto com outros países”, escreveu o
presidente do partido Rússia Unida, Dmitry Medvedev, no site do partido
no mês passado.
Na comitiva petista que foi à Rússia estavam o ex-deputado Henrique
Fontana, secretário-geral do partido, e um dos fundadores do PT, Romênio
Pereira. Atual secretário de Relações Internacionais do partido,
Pereira é autor de artigos que elogiaram as ditaduras da Venezuela e da
Nicarágua. Ele também tem articulado a integração do PT com partidos de
esquerda da América Latina. No mês passado visitou o Departamento
Internacional do Partido Comunista da China em companhia de
representante da organização esquerdista Foro de São Paulo, segundo o
site do PT.
Fontana afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que a visita foi uma
agenda de “diplomacia partidária”. “Estávamos representando o partido,
não o governo. Naquilo que nos cabe, colocamos a disposição do
presidente Lula de contribuir com a criação de um clube de países que
facilitem um ambiente de diálogo para um acordo de paz [com a Ucrânia].
Todos se mostraram bastante abertos a isso”, afirmou o petista.
A Gazeta do Povo tentou entrar em contato com Fontana e Pereira, mas
eles não retornaram os telefonemas até o fechamento desta edição.
Também estiveram em reunião com o partido Rússia Unida, na semana
passada, membros do partido CNA, da África do Sul. Junto com o Brasil, o
país faz parte do bloco dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul). Os sul-africanos vêm sendo um dos maiores alvos da
diplomacia de Moscou e devem sediar um encontro dos BRICS em agosto.
O Kremlin estaria tentando negociar com a África do Sul que Putin
participe do encontro sem ser preso. Isso porque o líder russo é alvo de
um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional por crimes de
guerra cometidos na Ucrânia.
Ex-chanceler petista tem feito visitas secretas a países autoritários Assim
como ocorreu com em uma viagem à Venezuela no mês passado, o
ex-chanceler e hoje assessor especial de Lula, Celso Amorim, foi à
Rússia em uma agenda mantida sob sigilo por parte do Palácio do
Planalto.
Amorim esteve em Moscou entre os dias 29 e 30 de março, onde se reuniu com o próprio Putin e assessores do governo russo.
Integrantes do governo dizem, sob anonimato, que a visita foi um
aceno ao presidente russo e faz parte da estratégia de Lula para ampliar
a influência do Brasil no cenário internacional. Durante a visita de
Amorim, Putin formalizou um convite para que Lula visite a Rússia.
A agenda ocorreu dias antes do embarque de Lula para a China, nação
que é atualmente uma das maiores parceiras da Rússia. As informações
coletadas por Amorim devem servir de base para um discurso do presidente
petista na estratégia de criar um clube para negociar um acordo de paz
para a guerra na Ucrânia.
A avaliação dos aliados de Lula é de que essa aproximação é
estratégica, pois contempla o posicionamento do petista de não fechar as
portas para o governo russo, mesmo diante da pressão contrária por
parte dos Estados Unidos e da União Europeia.
Os aliados de Lula dizem acreditar que o petista pode atuar como um
“facilitador” em uma eventual negociação internacional ao manter o
diálogo com Putin. O presidente russo está praticamente isolado da
comunidade internacional desde que determinou a invasão da Ucrânia em
fevereiro de 2022.
Após a visita ao governo Putin, o assessor especial de Lula embarcou
para a França, onde se reuniu com integrantes do governo Emmanuel
Macron, aliado da Ucrânia na guerra contra a Rússia. O encontro, segundo
assessores do Planalto, serviu para que Amorim fizesse um balanço sobre
o que foi discutido em Moscou na estratégia de um acordo de paz. Macron
é um dos poucos chefes de Estado que apoiaram Lula espontaneamente em
sua tentativa de criar um Clube da Paz.
Governo Lula avalia positivamente plano de paz pró-Rússia da China A
invasão russa à Ucrânia em 2022 teve como consequência geopolítica a
formação de um eixo de países integrado até agora por Rússia, China, Irã
e Coreia do Norte. A parceria dessas nações é embasada em pelo menos
uma ideia em comum: o sentimento antiamericano. A guerra na Ucrânia é
vista por esses países e por muitos analistas ocidentais como uma
“guerra por procuração”, onde os verdadeiros beligerantes seriam
Washington e Moscou.
Como parte dessa parceria antiamericana, a China anunciou no mês
passado um plano de paz para tentar acabar com a guerra na Ucrânia. Mas,
o projeto é totalmente favorável à Rússia, pois não prevê um
cessar-fogo sem que Moscou devolva os territórios ucranianos
conquistados a partir de fevereiro de 2022.
O governo petista vê com bons olhos a proposta apresentada pela China
para construção de um acordo de paz, segundo fontes do governo ouvidas
pela reportagem. Mas, esse acordo já foi descartado pela Ucrânia e pelas
nações da Otan, a aliança militar ocidental liderada pelos Estados
Unidos.
Em fevereiro, Lula visitou os Estados Unidos e apresentou ao
presidente americano Joe Biden o projeto de seu Clube da Paz, mas sem
dar detalhes de como ele poderia ser concretizado. Assim como fez em
Washington, o petista pretende apresentar a proposta ao líder da China,
Xi Jipping, na semana que vem.
Brasil não deveria se alinhar a países autoritários, diz analista A
avaliação dentro do Itamaraty é de que o Brasil pode atuar como um
“facilitador” do diálogo para o conflito. Nos cálculos do governo, essa
atuação precisa ocorrer junto a países que não estejam envolvidos
militarmente e emotivamente com a Guerra.
Tradicionalmente, a diplomacia brasileira não se alinha
automaticamente com potências, mas sim oferece apoio para a nação que
oferecer mais benefícios.
“Não existe nessa guerra países que estão equidistantes de Rússia e
Ucrânia. A maioria das democracias do mundo está apoiando a Ucrânia. O
Brasil precisa entender que lado ele quer estar, se ao lado dos países
democráticos e livres, ou ao lado de países autocráticos e autoritários,
como a China e como a Rússia”, afirmou o professor de Relações
Internacionais da Faculdade Mackenzie, Marcio Coimbra.
Ele lembra que os EUA designou oficialmente o Brasil como aliado
militar preferencial do país fora da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (Otan) durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“O Brasil, por exemplo, é um aliado extra-Otan. Esse status foi
conquistado durante a gestão do ex-ministro Ernesto Araújo no Itamaraty,
então o Brasil deveria fazer uso desses instrumentos para se nortear. O
governo Lula deveria estar muito mais ligado à questão de ficar ao lado
das democracias e ao lado de seus interesses comerciais”, argumenta.
Ainda de acordo com o professor, o alinhamento do Brasil ao governo
Putin está indo na contramão dos países do Ocidente, que condenam a
invasão ao território da Ucrânia. Além disso, argumenta que o Brasil
deveria se posicionar através dos seus preceitos internacionais, que
defendem a autodeterminação dos povos. Ou seja, a Ucrânia deve ter o
direito de se alinhar com quem quiser, seja com o Ocidente ou com a
Rússia.
“Temos todo o Ocidente contra a Rússia diante da invasão da Ucrânia. O
Brasil, que pelos seus preceitos constitucionais nas relações
internacionais se rege pela autodeterminação dos povos e pela soberania
das Nações, deveria usar os princípios constitucionais que norteiam as
nossas relações internacionais para decidir que rumo tomar nessa
guerra”, disse.
A Rússia já deu diversos argumentos para tentar justificar a invasão
da Ucrânia. O principal deles é o de reação a uma expansão da Otan sobre
países que Moscou considera sua área de influência legítima. O Kremlin
considera anda que o território da Ucrânia é estratégico, pois ele
poderia ser usado para lançar uma invasão terrestre do Ocidente contra a
Rússia.
Brasil tem poucas chances de ser intermediário, diz professor Carlos
Honorato, professor da FIA Business School, defende que o Brasil tente
ter um protagonismo internacional. Mas, ele acredita que atualmente o
governo Lula não teria espaço para ser um negociador para o fim da
guerra.
“Eu acho que essa conversa [do Brasil com a Rússia] é bem-vinda.
Aproximação não significa apoio. A influência internacional do Brasil é
pequena, então toda possibilidade de acordo e conversação é válida. Mas
ter a pretensão que o Brasil vai intermediar alguma coisa, eu acho muito
pouco provável”, avalia.
Na mesma linha, Márcio Coimbra defende que Putin não tem dado
sinalizações de que pretende negociar um acordo de paz. “Ele tem
demonstrado que quer prolongar a guerra e continuar com a devastação que
está fazendo na Ucrânia. Então vejo que ele só está procurando ganhar
tempo com esses acenos. O Brasil não vai conseguir mediar esse
conflito”, diz.
Brasil não assinou declaração contra Rússia em cúpula promovida pelos EUA Na
mesma semana da visita de Amorim ao presidente Putin, o governo Lula se
negou a assinar a declaração final da Cúpula da Democracia, evento
promovido pelo governo dos Estados Unidos, em conjunto com Costa Rica,
Coreia do Sul, Holanda e Zâmbia. Entre outros pontos, o texto apresentou
uma série de críticas à invasão da Rússia à Ucrânia.
Para a diplomacia brasileira, no entanto, o tema deveria ser tratado
na Assembleia Geral das Nações Unidas, ou no próprio Conselho de
Segurança da ONU. Antes disso, senadores norte-americanos já haviam
manobrado para que o governo dos EUA aumentasse a pressão sobre o Brasil
para condenar a Rússia na guerra da Ucrânia.
“A verdade é que o Brasil não tem apoiado muito as sanções contra a
Rússia”, disse o senador o democrata Ben Cardin. O republicano Ricketts
lembrou do pleito do Brasil de se tornar um membro permanente no
Conselho de Segurança da ONU e questionou a “falta de apoio à
integridade territorial da Ucrânia”, bem como a recusa em enviar ao país
munições de defesa antiaérea.
Apesar disso, o professor Carlos Honorato acredita que, neste
momento, não há espaço para uma retaliação ao Brasil por parte dos EUA.
“Estamos vivendo um momento geopolítico bastante complexo e que temos
visto uma tendência de mudança, especialmente econômica com a liderança
da China. Eu não acredito que possa acontecer [uma retaliação], pois o
Brasil não está dando apoio à Rússia, mas mostrando que está disposto a
participar das conversações”, completa.
Por outro lado, Estados Unidos e União Europeia têm oferecido poucas
oportunidades de negócios e parcerias com o Brasil. O acordo de comércio
do Mercosul com a União Europeia, por exemplo, continua travado por
supostas questões ambientais. Os EUA, por sua vez, têm colocado
barreiras para a compra de tecnologia militar americana pelo Brasil e
não tem apoiado efetivamente o governo em seu atual pleito por mais
relevância internacional.
Chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, vem ao Brasil para encontro com Lula Ainda
neste mês de abril está prevista a visita chanceler russo, Sergey
Lavrov, ao Brasil. A agenda já vinha sendo costurada pelo ministro das
Relações Exteriores, Mauro Vieira, e foi confirmada durante a passagem
de Amorim pela Rússia da última semana.
Além dos desdobramentos sobre a estratégia de Lula para tentar atuar
como conciliador de um acordo com a Ucrânia, Lavrov vem ao Brasil para
tratar do fornecimento de fertilizantes russos. O Brasil importa mais de
80% dos fertilizantes que utiliza, um percentual que, no caso do
potássio, supera 96%, segundo dados do Ministério da Agricultura. Mais
de 20% dos fertilizantes que o Brasil importa vêm da Rússia.
Um acordo costurado no ano passado, ainda pelo então presidente Jair
Bolsonaro, garantiu o fornecimento dos fertilizantes por parte da Rússia
mesmo durante a guerra. Agora, integrantes do governo Lula admitem que o
acordo previa uma revisão para este ano e por isso será renegociado
durante a passagem de Lavrov ao Brasil.
O Brasil é apenas um dos destinos de Lavrov, que desde o ano passado
vem tentando cooptar novos aliados para a Rússia entre os países em
desenvolvimento. Só neste ano já esteve na África do Sul, Angola,
Eritrea, Mali, Mauritânia e Sudão.
Brasília (DF), 10/03/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião
ministerial, no Palácio do Planalto.| Foto: Marcelo Camargo/Agência
Brasil
Lula acha que seus ministros andam muito acabrunhados e pediu-lhes
“otimismo” no início de uma reunião ministerial realizada nesta
segunda-feira. O presidente da República, recuperado de uma pneumonia
que o fez adiar a viagem à China, afirmou que sua equipe não pode “ficar
só lamentando” e disse estar “convencido de que o país vai dar um salto
de qualidade”. Os comentários foram a reação a uma pesquisa do
instituto Datafolha divulgada no fim de semana, e que trouxe números
nada confortáveis para Lula.
De acordo com o instituto, a aprovação de Lula ao fim destes
primeiros três meses de governo é a menor de todos os mandatos do
petista. Do total de entrevistados, 38% consideravam o desempenho de
Lula “ótimo” ou “bom” – este índice era de 43% em 2003 e de 48% em 2007.
Já a parcela dos que classificaram o governo como “ruim” ou “péssimo” é
de 29%, contra meros 10% em 2003 e 14% em 2007. Além disso, o Datafolha
mostrou que os entrevistados estão ficando mais céticos quanto aos
rumos da economia. É verdade que a parcela dos que acreditam em uma
melhora ainda é de 46%, três pontos a menos que em pesquisa idêntica
realizada em dezembro, antes da posse de Lula; mas o pessimismo em
relação ao futuro subiu seis pontos, de 20% para 26%.
Em vez de “apostar”, o papel do governo é trabalhar: dar condições
para que a economia possa galopar, com liberdade econômica,
responsabilidade fiscal, Estado eficiente, tributação racional, sem
intervencionismos nem populismos imediatistas
Também, pudera. Depois de uma longa sequência de queda, o desemprego
voltou a subir por dois meses consecutivos, embora não se possa
descartar de imediato a possibilidade de o mercado de trabalho ter sido
influenciado por fatores sazonais típicos do início de ano. A inflação
muito provavelmente extrapolará o limite máximo de tolerância da meta
traçada para 2023 – será o terceiro ano seguido em que isso ocorre –, e
Lula tem voltado todas as suas baterias contra o Banco Central, a única
instituição que está batalhando contra a inflação com as armas que tem à
disposição. Os aposentados tiveram seu acesso ao crédito severamente
reduzido após uma canetada reduzir juros do empréstimo consignado. O
presidente já demonstrou sua hostilidade ao empresariado, e o
agronegócio se vê às voltas com o recrudescimento do MST e atitudes como
a do presidente da Apex, Jorge Viana, que em Pequim associou o setor ao
desmatamento na Amazônia. E, a cada dia que passa, fica mais evidente
que a regra fiscal proposta pelo governo para substituir o teto de
gastos tem problemas sérios, a começar pela garantia de aumento real de
despesa governamental independentemente do que acontecer à economia, sem
falar na convicção crescente de que as metas propostas pelo governo só
poderão ser atingidas à custa de aumento na carga tributária.
VEJA TAMBÉM: Os recordes de fevereiro e o novo arcabouço fiscal (editorial de 3 de abril de 2023) A ameaça do desemprego (editorial de 1.º de abril de 2023) Canetada voluntarista corta o crédito dos aposentados (editorial de 22 de março de 2023)
“Não concordo com as avaliações negativas da economia”, afirmou
Lula a seus ministros, como se a mera opinião presidencial tivesse o
condão de inverter indicadores ruins ou de melhorar a economia por
mágica, como nas tentativas de forçar uma queda nos juros “porque sim”.
Continuando sua tradição de metáforas esportivas, mas abandonando
temporariamente o futebol, o presidente ainda justificou a cobrança por
otimismo dizendo que “ninguém vai investir em cavalo que não corre”. No
entanto, se o cavalo estiver fraco, desnutrido ou com pesos amarrados
aos cascos, o jóquei pode gastar toda a sua voz com gritos de incentivo
que não conseguirá fazer o animal sair do lugar.
“O nosso papel é apostar que esse país vai dar certo”, completou o
presidente, mais uma vez demonstrando sua fé no poder mágico da
propaganda. Em vez de apostar, o papel do governo é trabalhar: dar
condições para que a economia possa galopar, com liberdade econômica,
responsabilidade fiscal, Estado eficiente, tributação racional, sem
intervencionismos nem populismos imediatistas. Se este roteiro for
seguido, não será preciso pedir otimismo a ninguém, pois ele virá
automaticamente. Do contrário, teremos o mais do mesmo petista: a
insistência em políticas econômicas comprovadamente desastrosas na
esperança vã de que os resultados serão diferentes daqueles do passado,
fazendo especialmente os brasileiros mais pobres pagarem as
consequências desse pensamento mágico.
Ministro da Educação durante reunião com o presidente Lula em 4 de abril| Foto: Agência Brasil/Ricardo Stuckert/PR
O
ministro da Educação, Camilo Santana, confirmou a suspensão temporária
da implementação do novo ensino médio e também das mudanças no Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem). As informações foram dadas por Santana
nesta terça-feira (4). O ministro apresentou a minuta da nova portaria
ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas o documento ainda não
foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).
A portaria vai suspender por 60 dias os prazos de outro documento de
2021, da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo
informações da Agência Brasil. À época, o Ministério da Educação (MEC)
estabeleceu prazos para a implantação das mudanças aprovadas em 2017. O
documento determinava que em 2022 o novo modelo deveria ser implementado
no 1º ano do ensino médio. Em 2023, no 2º ano e em 2024, no 3° ano, com
o Enem já adaptado ao cenário modificado de matérias e itinerários
formativos.
A reforma do ensino médio, aprovada em 2017, prevê a adoção
progressiva de ensino integral nessa etapa da educação básica e mudanças
curriculares. Ao invés das 13 disciplinas antes previstas, os alunos
passariam a poder escolher entre cinco itinerários formativos:
matemática, linguagens, ciências da natureza, ciências humanas e
formação profissional.
Matéria da Gazeta do Povo mostrou que Lula já havia sinalizado que
pretendia fazer alterações no novo modelo. Sindicatos de educação e
movimentos de estudantes têm pressionado o governo para as mudanças.
Como a reforma do ensino médio foi aprovada no Congresso, após
apresentação de uma Medida Provisória durante o governo do ex-presidente
Michel Temer (MDB), sua revogação completa dependeria de nova avaliação
feita por deputados e senadores.
Santana resiste à proposta de paralisação total da reforma por temer
desgastes políticos com os secretários estaduais de educação, pois
muitos defendem o novo modelo. Mas ele defende a revisão da proposta.
“Nós reconhecemos que não houve um diálogo mais aprofundado da sua
implementação [do novo ensino médio], não houve uma coordenação por
parte do Ministério da Educação. O ministério foi omisso, principalmente
no período difícil que foi a pandemia nesse país, e há a necessidade de
a gente poder rever toda essa discussão”, afirmou Santana, nesta terça,
à Agência Brasil.
No começo de março, o governo anunciou que iria fazer consulta
pública para avaliação e reestruturação do novo ensino médio, por meio
de audiências públicas, oficias de trabalho, seminários e pesquisas com
estudantes, professores e gestores escolares. A consulta tem 90 dias de
duração, com a possibilidade de prorrogação de 30 dias.
Comentário:
O Presidentre atual entende de tudo, mesmo sem ter ido à escola,
interferiu na Política Econômica e agora interfere no Ensino Médio, tudo
isso para ser contrário ao governo anterior.
Dinheiro
/ Real – 25-05-2017 – O Real é a moeda corrente oficial da República
Federativa do Brasil. A cédula de um real deixou de ser produzida,
entretanto continua em circulação alguns exemplares. As demais cédulas
de real continuaram sendo produzidas normalmente pela Casa da Moeda.
Entre elas, as notas de: 2,5,10,20,50 e 100. Na foto, detalhes de uma
nota de 100 reais.
Projeto do arcabouço fiscal prevê aumento real do gasto público
mesmo que arrecadação e PIB tenham queda.| Foto: Marcelo Andrade /
Arquivo Gazeta do Povo
O grande assunto de hoje é o arcabouço fiscal que o governo inventou
para não ser acusado de estar furando teto. A lei do teto de gastos foi
feita depois do impeachment da presidente Dilma, por causa das contas
públicas. Para evitar excesso de gastos, contabilidade esquisita,
fizeram uma lei moralizadora e muito boa, que dá equilíbrio fiscal para
evitar que o governo gaste demais o nosso dinheiro, do nosso suor, dos
nossos impostos. Muita gente que está me ouvindo pode achar que nunca
pagou imposto diretamente. Diretamente não, mas em tudo que você compra
você está pagando imposto embutido. Se não fosse pelo imposto, o produto
ou serviço seria mais barato. Então você e todo mundo paga imposto, o
pobre e o rico. Mas o pobre paga mais porque, como ele ganha menos, o
imposto cobrado significa mais para ele.
Esse arcabouço fiscal é um truque para derrubar ou derrogar – é a
palavra mais bonitinha, mais apropriada – uma lei que controla os gastos
do governo. Como disse o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso
Pastore, é licença para gastar: se o Congresso aprovar a lei, o governo
poderá gastar sem sofrer impeachment. E Pastore ainda disse que o
arcabouço vai resultar em alta brutal da carga tributária. Pois no dia
seguinte o próprio ministro da Fazenda confirmou que precisará de mais
de R$ 150 bilhões.
Mas tem o Congresso pela frente: o governo ainda não mandou o texto
para o Legislativo e, agora, Haddad reconhece que não está pronto, que
ainda tem de simplificar, tornar mais claro o texto que só foi anunciado
na quinta-feira porque era o dia da chegada de Bolsonaro e tinham de
ocupar o noticiário. Anunciaram também para fazer um balão de ensaio,
mas todo mundo está fazendo as contas e vendo que não fecha. A aprovação
depende do Congresso, e o Congresso que saiu da eleição tem 70% de
centro-direita, enquanto o governo é de esquerda. Essa centro-direita do
Congresso sabe muito bem que, se votar com o governo, vai ganhar rótulo
de “vendido” nas mídias sociais.
VEJA TAMBÉM: Lula percebeu que as coisas vão mal e pediu otimismo aos ministros Arcabouço Lula não perde uma chance de mostrar que não entende nada de economia
O governo sabe disso também; está sentindo o pessimismo em alta, o
otimismo em queda, está vendo que os ministros estão meio assustados.
Todo ministro está olhando para o seu próprio futuro, ano que vem tem a
eleição municipal, então tudo isso está preocupando o presidente da
República. Ele está vendo que as coisas não vão andar assim tão
facilmente. Normalmente, aqui no Brasil, tudo começa a acontecer depois
do carnaval, mas vai passar a Páscoa e não aconteceu nada ainda, a não
ser algumas coisinhas como isso de revogar a Medalha Princesa Isabel,
porque Lula acha que ela não merece. Era uma medalha que leva o nome da
princesa para premiar quem se destaca na área dos direitos humanos. É
uma injustiça histórica que o atual presidente está fazendo.
São esses os problemas que temos pela frente, que afetam o Brasil
inteiro. O governo quer cobrar mais imposto porque quer gastar mais. Mas
quem vai pagar mais imposto somos nós. E a Curva de Laffer mostra que,
quando se cobra imposto demais, os que produzem, os que comerciam, os
que empregam, os que prestam serviços ficam desanimados e produzem
menos, e com isso cai a arrecadação – ou seja, não vai adiantar nada. O
governo tem é de gastar menos consigo mesmo e gastar mais na prestação
de bons serviços públicos, porque é para isso que existe governo.
Confira receitas de pratos que renegaram suas origens e ganharam fama em outras terras
Alguns pratos são tão famosos em determinados países que se tornam
basicamente embaixadores daquela nação, como acontece com a pizza e o
macarrão na Itália ou o sushi no Japão. Mas, apesar de esconderem bem
suas origens, muitos desses ícones gastronômicos são, na verdade,
ilustres estrangeiros. Para conhecer a verdadeira identidade de iguarias
como macarrão, alfajor, croissant, sushi e pudim de leite, conversamos
com o professor da Anhembi Morumbi, Beto Almeida. Aproveite também para
ver receitas de cada um dos pratos que, sejam de onde forem, são todos
maravilhosos.
Macarrão não é da Itália?
Espaguete ao molho noccioli Foto: Divulgação: Komunic
Já que falamos dele ali no início, vamos começar pelo macarrão. A
origem do alimento é um tema bastante discutido, segundo Almeida, e
ainda não foi totalmente esclarecida. “Existem registros históricos que
sugerem que o macarrão já era conhecido na China há mais de 4.000 anos e
que ele foi trazido para a Itália por Marco Polo durante suas viagens
no século XIII”, explica.
Com o tempo, a Itália foi aprimorando tanto o macarrão que chegou à
versão moderna da massa seca, como é conhecida hoje. Apesar disso, ele
ressalta que os historiadores ainda discutem se o macarrão já não estava
sendo criado em outras partes do mundo.
Alfajor não é da Argentina?
Alfajor Foto: Gabriel Pita
O alfajor é conhecido como um doce tipicamente argentino, mas sua
origem exata também é incerta. Muitos acreditam que a iguaria tenha sido
introduzida pelos mouros na Península Ibérica no século VIII, já que
eles faziam a sobremesa chamada Al Hasu, que tinha ingredientes
semelhantes ao alfajor.
De acordo com Almeida, a estrela das sobremesas argentinas pode na
verdade ser espanhola, já que se assemelha muito a um doce que existe
até hoje, feito com massa de amêndoas, açúcar e mel. “Já o alfajor
argentino geralmente leva biscoitos de amido de milho e recheado com
doce de leite”, diferencia.
Croissant não é francês?
Croissant da padeira Claudia Rezende Foto: Michele Minerbo
Segura o coração com essa notícia. Os relatos históricos indicam que a
versão moderna do croissant foi desenvolvida na França no final do
século XIX, mas a receita teria nascido na Áustria com um doce que
existe até hoje, o Kipferl. “O que fez a massa de pão doce e amêndoas
chegar à França foram os fortes laços culturais e comerciais entre esses
países. Na França, ela foi transformada em uma massa mais leve e
folhada”, conta o professor da Anhembi Morumbi.
Sushi não é japonês?
Receita de sushi de patinho ensinado por Roberto Smeraldi. Foto: Roberto Seba|Estadão
Para alguns historiadores o sushi nasceu na China. “O sushi como
conhecemos hoje teria nascido do uso de uma técnica chinesa de
conservação de peixes em arroz fermentado chamada narezushi. Esse método
se baseia em envolver o peixe em arroz cozido e deixá-lo fermentar por
vários dias. Quando o peixe é retirado do arroz, fica com um sabor ácido
e salgado, e o arroz é descartado”, acrescenta.
Doces de compota não são mineiros?
A
compota de pêssego verde é uma boa sugestão de presente por dois
motivos: dezembro é a época da fruta e o doce, além de fácil de fazer,
tem sabor de tradição familiar, como um daqueles quitutes sempre
disponíveis na casa dos avós.Veja a receita aqui. Foto: Neide Rigo/
Estadão
Os famosos doces de compota mineiros, por mais famosos que sejam aqui
no Brasil, têm origem no Oriente Médio. Com o tempo, povos como os
europeus aprenderam a técnica e passaram a criar variedades de doces de
compota que acabaram evoluindo e viajando por outros países até chegarem
ao Brasil. Aqui viraram o nosso doce de compota mineiro, conta Beto
Almeida.
Pudim de leite não é brasileiro?
Foto: Tiago Queiroz|Estadão
Tem muito doce bom que nasceu aqui no Brasil, mas o pudim de leite
não foi um deles. Esse doce tão querido em nossas terras foi criado em
Portugal e mesmo assim, inspirado em uma sobremesa romana: “Uma das
possíveis origens do pudim de leite remonta ao Império Romano, onde o
leite era misturado com ovos e mel para fazer uma sobremesa conhecida
como ‘Melca’, que era cozida em banho-maria. Na Idade Média, surgiram
variações dessa sobremesa em toda a Europa, muitas vezes usando
ingredientes locais, como amêndoas ou frutas”.
Pavê não nasceu no Brasil?
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Pavê de chocolate e bolacha maizena, do chef Fellipe Zanuto. Foto: Alex Silva/Estadão
Apesar de a sobremesa ser o clássico das piadas de tio no Natal, o
pavê não é essencialmente brasileiro, mas francês, e o docente explica
por que: “O nome pavê tem origem da palavra francesa ‘pavage’, que
significa ‘calçamento de pedras’, uma referência à aparência das camadas
da sobremesa, que geralmente é feita com camadas de biscoitos, creme,
frutas, chantilly etc. E foi só no século XX que ela chegou ao Brasil
através dos imigrantes franceses”, detalha.