Ex-ministro Bento Albuquerque está envolto no caso das joias
supostamente dadas de presente ao ex-presidente Jair Bolsonaro.| Foto:
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Nas últimas semanas a imprensa e
a sociedade brasileira têm noticiado, e comentado, o episódio sobre as
joias de luxo que teriam sido entregues pelo governo saudita ao
ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, e à primeira dama Michelle.
Conforme noticiado, os supostos presentes diziam respeito a dois
“lotes”: 1) um anel; uma caneta e um relógio, e 2) joias luxuosas
avaliadas em, aproximadamente, 16 milhões de reais.
Os itens do “primeiro lote” foram internalizados no território
nacional em 26 de outubro. Já as peças do segundo foram apreendidas pela
Receita Federal após inspeção da bagagem de mão do assessor do então
ministro de Minas e Energia. De acordo com a Receita Federal, as joias
luxuosas foram encontradas dentro da mochila desse assessor, e como não
havia a declaração oficial das mesmas, foram temporariamente apreendidas
para verificação da legalidade do processo de internalização no
território brasileiro.
Aguardemos o transcurso das apurações, e, ao final, podemos chegar a uma conclusão adequada.
Antes de adentrarmos na análise jurídica do caso, importante traçar
as diferenças entre dois delitos, quais sejam: o contrabando e o
descaminho. O crime de descaminho está previsto no artigo 334 do Código
Penal, e ele ocorre quando um indivíduo ingressa no território nacional
com uma mercadoria lícita, mas não a declara às autoridades
alfandegárias, e também é necessário que o valor da mercadoria seja
superior a US$ 1 mil, pois, bens abaixo dessa quantia são considerados
isentos no recolhimento de imposto de importação. Assim, caso uma pessoa
adentre no Brasil com um notebook adquirido por US$ 4 mil no exterior, e
sem que esse bem tenha sido declarado à Receita Federal, estará
configurado o crime de descaminho, que prevê penas de 1 a 4 anos de
reclusão.
Por outro lado, o crime de contrabando ocorrerá quando for importada
uma mercadoria ilícita, ou seja, um bem proibido de ser comercializado
no Brasil, tais como determinadas armas e munições; medicamentos
irregulares; cigarros; dentre outros. Usualmente, utiliza-se a palavra
contrabando para todas as mercadorias que ingressam no território
nacional sem a devida declaração, mas, tecnicamente falando, o crime de
contrabando somente ocorre quando o bem é ilícito, ou seja, proibido de
ser importado e comercializado no Brasil. O delito de contrabando está
previsto no artigo 334, A, do Código Penal, e apresenta penas de 2 a 5
anos de reclusão, penas essas superiores as do delito de descaminho.
Feitas essas considerações, passemos a analisar juridicamente a
questão das joias sauditas. Evidentemente que as joias ultrapassavam o
limite de US$ 1 mil, assim, essas joias deveriam ter sido declaradas no
momento do ingresso no território nacional; esse seria o primeiro ponto.
Além disso, deveria ter sido especificada qual seria a destinação
desses bens, se iriam integrar o acervo da Presidência da República
(público), ou o acervo pessoal (privado) do ex-presidente. Importante
salientar que o Tribunal de Contas da União (TCU) fixou entendimento em
2016 no sentido de que todos os presentes recebidos pelo presidente da
República por governantes de outros países devem ser incorporados ao
patrimônio público da União Federal, salvo os denominados bens de
natureza personalíssima, como, por exemplo, itens referentes a
condecorações ou exclusivamente de uso pessoal, como roupas, por
exemplo.
VEJA TAMBÉM: A lista tríplice e a escolha do procurador-geral da República A corrupção afeta a economia de um país? STF encaminha para a primeira instância investigações contra o ex-presidente Bolsonaro
Aplicando-se esse entendimento do TCU, o modo correto de se
desembaraçar as joias em análise seria através de uma declaração das
mesmas à Receita Federal, sendo indicado o devido destino, qual seja, o
acervo público, fato que isentaria o recolhimento do imposto de
importação, pois o presente faria parte do patrimônio público da União.
Como os mencionados bens não são ilícitos, e nem proibidos de serem
importados e comercializados em território nacional, afastando está o
eventual crime e contrabando.
Por outro lado, seria possível a ocorrência, em tese, do delito de
descaminho. Entretanto, para que um crime seja configurado, é necessário
a demonstração da intenção do agente em cometer o crime, ou seja, o
chamado dolo (cuja pronúncia é “dólo” e jamais “dôlo”). Desta forma,
somente ao final da investigação – que está em andamento – será possível
a resposta às seguintes questões: 1) o ex-presidente estava ciente do
recebimento dos presentes (pois ele não realizou essa viagem)? E, em
caso positivo, a destinação seria o acervo pessoal ou da Presidência da
República? Os servidores do Executivo envolvidos nesse ato tinham
intenção de internalizar as joias e dar outra destinação que não fosse a
pública? Esses e demais questionamentos serão evidenciados após a
finalização das investigações, pois nessa fase inicial não é possível
afirmar se houve alguma infração ou não.
Aguardemos, então, o transcurso das apurações, e, ao final, podemos chegar a uma conclusão adequada.
Grupo de trabalho com Felipe Neto e Manuela D’Ávila vai combater discurso de ódio ou só calar quem pensa diferente deles?
Por Paulo Uebel
Débora Diniz, Felipe Neto e Manuela d’Ávila integram o grupo de
trabalho do governo Lula com objetivo alegado de combater o “discurso de
ódio”.| Foto: Reprodução/STF/Marcelo Camargo/Agência Brasil
Quando
Ray Bradbury escreveu o clássico Fahrenheit 451 nos anos 1950, ele
falou sobre a censura que começou “voluntária” para evitar desagradar os
diferentes tipos de pessoas. “Quanto maior a população, mais minorias.
Não pise no pé dos amigos dos cães, dos amigos dos gatos, dos médicos,
advogados, comerciantes, patrões, mórmons […]. Os negros não gostam de
Little Black Sambo. Queime-o. Os brancos não se sentem bem em relação à
Cabana do pai Tomás. Queime-o. Alguém escreveu um livro sobre o fumo e o
câncer de pulmão? As pessoas que fumam lamentam? Queimemos o livro”,
reflete a obra.
Se na ficção americana havia, talvez, uma preocupação genuína em não
ferir ou desagradar as pessoas com os livros e suas diversas opiniões,
na sociedade brasileira atual parece que a preocupação real é apenas
censurar opositores. O grupo de trabalho do Ministério dos Direitos
Humanos e da Cidadania (MDHC) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) contra o “discurso de ódio” e o “extremismo”, que tem o youtuber
Felipe Neto como integrante e a ex-deputada federal e comunista Manuela
D’Ávila (PCdoB-RS) como líder, prova isso. O suposto objetivo seria
coibir o discurso de ódio nas redes sociais, mas, na verdade, parece
mais desenhado para calar quem pensa diferente deles.
O governo Lula parece desavergonhado e encorajado a fazer o que bem entender, sem respeitar os parâmetros da democracia.
Em primeiro lugar, é importante destacar que um governo
verdadeiramente preocupado com a democracia e com a moderação política
jamais escalaria pessoas conhecidas pelas opiniões radicais (quando só a
verdade delas pode ser aceita e quem discorda é taxado de fascista) ou
pelo extremismo político (defende um regime político incompatível com a
democracia liberal) para combater justamente o extremismo político e o
discurso de ódio.
“O grupo poderá realizar estudos e propor políticas públicas de
direitos humanos ‘para combater o discurso de ódio e o extremismo’, de
acordo com a portaria que o instituiu. Será composto por cinco
representantes do MDHC e 24 pessoas representantes da sociedade civil.
Além de Neto e Manuela, vários dos designados para a tarefa são figuras
que se notabilizaram pelo discurso radical contra ideias associadas à
direita nos últimos anos”, disse a Gazeta do Povo.
As pessoas do grupo de trabalho de Lula contra o discurso de ódio e o
extremismo não possuem moral alguma para combater o discurso de ódio e o
extremismo.
Um dos exemplos citados pela Gazeta do Povo é o de Débora Diniz, uma
antropóloga conhecida por ser uma das principais militantes pró-aborto
do país. Ela é fundadora de uma ONG abortista e recentemente atacou um
cardeal no Twitter insinuando que os católicos deveriam se afastar do
debate público sobre o direito à vida dos bebês que ainda não nasceram.
Outro exemplo é o da feminista radical Lola Aronovich, que em 2020
publicou nas redes sociais sobre a facada que o então presidente Jair
Bolsonaro sofreu: “Facada mal dada do Ca*”. Essa não é
sua única declaração polêmica, em outra fala pouco tolerante, Aronovich
classificou o recém-filiado ao Novo, o senador Eduardo Girão, como
alguém de extrema-direita, classificação usada hoje como sinônimo de
nazismo. Quem pratica suposto “discurso de ódio” pode definir quem pode
ou não falar nesse país?
VEJA TAMBÉM: O Brasil pode se tornar cada vez menos democrático (e as autoridades têm tudo a ver com isso) Primeiro calaram Daniel, mas isso não me afetou. Será que vai chegar a minha vez? Vale censurar em nome da democracia?
Manuela D’Ávila, por sua vez, é defensora da ideologia política
que mais matou pessoas no mundo. Em 2018, ela foi candidata a
vice-presidente de Fernando Haddad (PT), participou do Roda Viva e foi
incapaz de condenar os erros da União Soviética.
“Lembro que, quando entrevistei Manuela D’Ávila na bancada do Roda
Viva, surgiu a pergunta sobre Stalin e a URSS. Eu, em minha ingenuidade,
achei que ela tiraria isso de letra: basta dizer que não tem nada a ver
com Stalin, que a esquerda evoluiu, que hoje defende democracia e
direitos humanos, que a URSS cometeu crimes mas o ideal de igualdade
continua valendo etc. Uma resposta bem óbvia até. Para minha surpresa,
ela não fez isso: não foi capaz de criticar Stalin, tentou relativizar,
dizer que o Ocidente capitalista também cometia crimes”, escreveu sobre o
episódio o economista e filósofo Joel Pinheiro. Ora, todos sabem que
Stalin mandou matar a sangue frio todo e qualquer opositor ao seu
regime. Nada democrático e nada respeitoso aos direitos humanos.
Sem liberdade de expressão e de imprensa, não existe democracia. Quem não sabe disso, nunca estudou história.
Como se não bastasse, o comunismo e o socialismo, uma versão mais
branda do coletivismo, são absolutamente incompatíveis com uma
democracia liberal plena. Em todos os rankings que medem o nível de
democracia nos países, você nunca vai encontrar um país que possua uma
democracia plena e que seja comunista ou socialista. Todas as
democracias plenas no mundo são capitalistas, pela simples razão de que o
socialismo e o comunismo não podem ser implantados sem o uso da força.
Para você ter um regime comunista ou socialista você precisa expropriar,
impedir a livre associação, restringir a livre troca e cercear a
liberdade de expressão e de imprensa.
Sem dúvida, as pessoas do grupo de trabalho de Lula contra o discurso
de ódio e o extremismo não possuem moral alguma para combater o
discurso de ódio e o extremismo, já que elas mesmas praticaram muitas
vezes esse tipo de conduta. Se Lula quisesse combater essas coisas de
verdade, seu governo teria convocado um grupo de pessoas especializadas
no tema e que, ao mesmo tempo, se preocupam com a liberdade de
expressão, direito fundamental e que não pode ser restringido em uma
democracia.
Perdemos em tantos níveis de liberdade de expressão que a nossa queda ficou atrás apenas de Hong Kong.
Ele até mesmo poderia manter pessoas envolvidas na política e
representantes de seus próprios interesses, desde que elas fossem de
diferentes grupos políticos e não abraçassem ideias extremistas ou
radicais. Além disso, precisam ser pessoas 100% comprometidas com os
direitos humanos e não podem flertar com regimes autoritários como os de
Cuba, Venezuela, da antiga URSS e, mais recentemente, da Nicarágua.
E, por falar em liberdade de expressão, é importante lembrar que ela
já vinha sendo atacada no Brasil antes de Lula ser eleito, resultado
principalmente de ações do Poder Judiciário. Perdemos em tantos níveis
de liberdade de expressão que a nossa queda ficou atrás apenas de Hong
Kong, que sofre com as restrições chinesas, e do Afeganistão, que sofre
com o comando do Taleban.
“O Brasil registrou a terceira maior queda na última década em um
ranking que mede a liberdade de expressão em 161 países. O País perdeu
38 pontos de 2011 a 2021, em uma escala que vai de zero a 100, e passou a
ocupar a 89º posição no levantamento realizado anualmente, divulgado
nesta quinta-feira, 30, pela Artigo 19 – ONG com sede em Londres que
defende o acesso à informação”, noticiou o Estadão. Pelo visto, o
retrocesso deve continuar nos próximos anos se as iniciativas do atual
governo de “regular” (eufemismo criado para esconder os interesses
escusos dos governos que querem controlar a livre expressão e a
liberdade de imprensa) as redes sociais.
VEJA TAMBÉM: Nepotismo cruzado no governo Lula e o trem da alegria nos tribunais do “faz de conta” O primeiro vilão do governo Lula: a independência do Banco Central Brasil: país sem segurança jurídica (e econômica), onde até o passado pode mudar
Com o seu grupo de trabalho extremamente duvidoso, o governo Lula
dá mais um golpe no direito à liberdade de expressão dos brasileiros.
“O Brasil, sob o novo governo de Lula, está prestes a se tornar o
primeiro país democrático (a menos que você conte Cingapura e Malásia) a
restringir, governar e proibir o que ele e várias autoridades
consideram ‘notícias falsas’ e ‘desinformação’ online. A esquerda
brasileira e sua mídia amplamente unidas”, escreveu o jornalista e
advogado americano radicado no Brasil, Glenn Greenwald.
O governo Lula parece desavergonhado e encorajado a fazer o que bem
entender, sem respeitar os parâmetros da democracia, da transparência,
dos direitos humanos, da liberdade dos brasileiros e da impessoalidade
no poder público — afinal, é um grande absurdo colocar seus defensores
para restringir a liberdade de expressão de seus opositores. A censura
não é o caminho nem quando nasce bem intencionada, quanto mais quando
ela já vem de uma base duvidosa e ideologicamente comprometida. Os
brasileiros precisam pressionar o governo contra esse absurdo. Sem
liberdade de expressão e de imprensa, não existe democracia. Quem não
sabe disso, nunca estudou história.
CPMI quer investigar atos de 8 de janeiro.| Foto: Andre Borges/EFE
O presidente do Senado e do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, está
sendo cobrado pelos políticos – mas não pela mídia, que está omitindo,
fingindo que não existem assinaturas suficientes para abrir uma CPI
mista que investigue tudo sobre o 8 de janeiro. O governo não quer, o
governo está desesperado, procurando tirar assinaturas. Cobrado, Pacheco
respondeu que vai solucionar isso o mais breve possível. Espera-se que
ele convoque uma reunião conjunta de Câmara e Senado, leia o
requerimento e instale a CPI.
Como já tem gente retirando a assinatura, talvez Pacheco esteja dando
tempo para ver se mais parlamentares fazem o mesmo, mas ainda está
longe de ficar abaixo das 171 assinaturas necessárias na Câmara e 27 no
Senado. Até agora, foram 33 senadores e 189 deputados, parece que apenas
quatro deputados retiraram. Guardem bem aí o nome deles: eleitores de
Goiás, lembrem-se de José Nelto (PP) e Célio Silveira (MDB). Eleitores
do Rio de Janeiro, lembrem-se de Chiquinho Brazão (União Brasil); e
eleitores do Maranhão, não se esqueçam do Pastor Gil (PL). Gente que
retirou a assinatura, provavelmente por motivos, vamos usar um
eufemismo, fisiológicos. Liberação de emenda, algo assim.
Agora, é bom lembrar que, por ordem do Supremo, abriram a CPI da
Covid, que hoje vemos ter sido um fiasco. Que inclusive fazia a cabeça
das pessoas, dizendo que não havia tratamento, que todo mundo devia usar
máscara, coisas que hoje estão se mostrando totalmente opostas à
realidade. Negacionistas foram certos senadores da CPI, que saiu quando
outra comissão estava pronta para começar. Aliás, a CPI das ONGs da
Amazônia, onde está?
VEJA TAMBÉM: Os verdadeiros negacionistas da pandemia foram os que negaram tratamento A justiça exige que saibamos tudo sobre o 8 de janeiro Qual o interesse de tantas ONGs na Amazônia? Alguém vai pagar a diferença da passagem aérea a R$ 200
Nós temos aí uma promessa do ministro dos Portos e Aeroportos,
Márcio França (PSB). Ele está acima disso, mas aceitou e anunciou um
programa chamado Voa Brasil, de passagens a R$ 200 para servidores
públicos aposentados, pensionistas e estudantes do Fies. Não há como não
lembrar daquele tempo nojento, odioso, em que jornalistas pagavam meia
passagem aérea. Não dá para ter privilégio nenhum para ninguém! Mas isso
foi abolido porque, na verdade, não era o jornalista que estava
ganhando dinheiro com isso, economizando na passagem aérea; era a
empresa jornalística.
Agora vemos essa história outra vez. Dizem que não vai ter subsídio,
mas uma empresa aérea vai vender uma passagem a R$ 200 de Porto Alegre a
Manaus, por exemplo? De Brasília para Goiânia, tudo bem. E ainda dizem
que seria financiado em 12 parcelas pela Caixa Econômica Federal e Banco
do Brasil, e que seria justificável porque tem muito assento vazio, mas
então o sujeito só vai voar se tiver poltrona vazia a R$ 200? Milton
Friedman diz que não há almoço grátis. Então vamos saber o que vai
acontecer, se não vai ser uma “picanha aérea”.
Governo que fraqueja vira refém dos criminosos Esses ataques no
Rio Grande do Norte, por parte de quadrilhas criminosas, nos lembra que
que os governos que fraquejam serão dominados pelo crime. E os governos
que ficam dominados pelo crime não conseguem dar aos cidadãos a
segurança que eles têm obrigação de dar – não apenas porque os cidadãos
pagam impostos para isso, mas porque os governos existem para servir os
cidadãos e dar-lhes segurança.
A data que não pode ficar de fora da sua estratégia de vendas
O Dia do Consumidor já se consolidou como uma das datas mais
importantes do primeiro semestre. Confira dicas para vender mais em 15
de março!
– Por: Janine Costa – Zenvia
Em outros anos, segundo o Google,
o Dia do Consumidor 2023, que acontece em 15 de março, já se mostrava
uma data relevante para o varejo, considerando o aumento significativo
do interesse do público.
Por conta das ações promovidas pelas empresas, é um momento que se
tornou parte do calendário de compras, fazendo com que os consumidores
conheçam a data e estejam esperando para procurar por promoções.
Inclusive, um estudo feito com 2 mil empresários e empreendedores
digitais mostrou que o Dia do Consumidor foi a segunda data comercial
mais utilizada no e-commerce em 2022 – atrás apenas da Black Friday.
Outro ponto importante sobre o Dia do Consumidor em 2023 é que, muitas vezes, não se trata apenas de um único dia, mas sim de uma semana inteira dedicada a ofertas
e outras ações das lojas. O que acaba contribuindo também para a
movimentação gerada pela ocasião. É uma prática que acabamos vendo em
outras datas importantes para o varejo, como também aponta o Google, um
exemplo é a Black Friday, que deixou de ser apenas um dia para ocupar a semana inteira e até se estender um pouco mais.
Por isso, para começar a se preparar para o Dia do Consumidor, é
importante compreender como tem sido a repercussão da data para o varejo
e quais são as oportunidades que ela oferece. Ou seja, mais do que
promoções e preços especiais, é um excelente momento para implementar
ações de fidelização de clientes. Saiba mais na sequência!
Como surgiu o Dia do Consumidor
Entender a origem da data permite que nas campanhas promocionais e
ações desenvolvidas, seja possível trazer a essência da comemoração e
manter ao máximo o seu propósito. Nesse caso específico, o Dia Mundial
dos Direitos do Consumidor foi comemorado pela primeira vez em 15 de
março de 1962.
A data foi criada pelo então presidente dos Estados Unidos, John F.
Kennedy, para salientar os direitos de todos os consumidores: segurança,
informação e liberdade de expressão. Por ter provocado debates em
vários países e estudos sobre o assunto, o Dia do Consumidor veio a se
tornar um marco na defesa dos direitos dos consumidores.
Já, no Brasil, a comemoração e, por sua vez, as ações promocionais
com foco nos clientes, veio a se consolidar no ano de 2014, muito por
conta da iniciativa do comparador de preços Buscapé, que instituiu a
data em parceria com mais de 500 empresas de e-commerce que atuam
nacionalmente, como Walmart, Americanas, Netshoes, Centauro, Dell, além
de muitas outras varejistas digitais que também se engajaram na
divulgação e na inauguração da celebração no país.
Dia do Consumidor 2023: a Black Friday do primeiro semestre do ano
Além de ser voltado para celebrar os direitos dos clientes, o Dia do
Consumidor também pode servir para as empresas empregarem boas práticas
de relacionamento com clientes
e realizarem campanhas com o objetivo de melhorar o engajamento do
público, apostando na fidelização e impulsionando as vendas do primeiro
semestre do ano.
Prova disso é que, já em 2018, mais de cinco mil e-commerces
observaram a oportunidade de investir no Dia do Consumidor e aderiram
fortemente ao evento, colocando a celebração no mesmo patamar de outras
já consolidadas no calendário do varejo como sendo as mais relevantes do
primeiro semestre, como, por exemplo, o Dia das Mães.
Para se ter uma ideia maior do alcance do evento em tão pouco tempo,
neste ano em que houve a adesão massiva dos e-commerces nacionais, o
termo “Dia do Consumidor” obteve um crescimento significativo de 92% no
mês de março em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com
um levantamento realizado pelo Google Trends.
O termo “Dia do Consumidor” teve um crescimento de buscas de 92%
no mês de março de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior,
segundo levantamento realizado
pelo Google Trends. Na última semana antes do dia em si, o crescimento
acelerou e o aumento do número de buscas deu um salto para 143%.”
Com isso, de acordo com a pesquisa do Google,
o Dia do Consumidor se consolidou como a maior data do varejo no
primeiro trimestre. Outro dado relevante e que representa a importância
que o evento adquiriu ao longo do tempo é que no começo de 2018, apenas
30% dos brasileiros conheciam o Dia do Consumidor. Porém, assim que a
data é explicada para o público, a expressiva parcela de 81% indicava
que pretendia comprar algo. Entre os itens que estiveram no topo dos
mais desejados e procurados na ocasião, os que ficaram em destaque foram
os notebooks, TVs, smartphones, roupas e eletrodomésticos.
Em 2020, por conta do cenário ocasionado pela pandemia do coronavírus no Brasil e no mundo, a percepção que se teve, de acordo com a Ebit/Nielsen,
é que as ações e promoções realizadas no Dia do Consumidor foram
utilizadas para que os consumidores pudessem se preparar para as
situações mais restritivas impostas pela ocasião. Por isso, em
comparação ao ano de 2019, houve um aumento nas vendas no setor de
alimentos e bebidas, eletrônicos e eletrodomésticos.
O comportamento dos consumidores
E o Dia do Consumidor cresce a cada ano.
Em 2019, em relação a 2018, apesar de já ter ocorrido um grande aumento
anteriormente no interesse pela celebração, consolidando a data, ainda
assim houve um crescimento de 20% nas buscas do termo. Os principais
diferenciais apontados que estão ganhando relevância:
frete grátis;
condições de pagamento especiais;
pontos extras em programas de fidelidade;
cashback;
seguro gratuito ou garantia estendida gratuita.
Outro ponto importante para melhorar o relacionamento com o público é
entender quais são as percepções e o comportamento em relação ao
intuito inicial do Dia do Consumidor, ou seja, a proteção dos direitos
de quem compra, fortalecendo a compreensão e o respeito pelos mesmos. De
acordo com o mesmo levantamento realizado pelo Google, os entrevistados
elencaram como sendo o mais importante na hora da compra:
atendimento atencioso;
promoções e propagandas honestos;
produto entregue no prazo;
trocar produtos defeituosos;
estorno de compras canceladas;
estorno de cobranças indevidas.
Dia do consumidor: aproveite para conhecer e fidelizar contatos
Por conta da sua crescente popularidade entre o público, além de
alavancar os resultados das vendas, o Dia do Consumidor 2023 apresenta
uma grande oportunidade para os negócios, a de estreitar o
relacionamento entre os clientes com a marca. No final, as ações e
eventos planejados e executados na data, podem ser um excelente chamariz
para alcançar novos consumidores e, da mesma maneira, aprimorar o
relacionamento com a sua base já consolidada de clientes.
Como vimos, um bom atendimento ao cliente
está no topo das prioridades do público, fazendo com que o auxílio de
ferramentas tecnológicos e recursos sejam essenciais para satisfazer os
desejos dos clientes, seja quando pensamos nas vendas on-line ou, ainda
assim, para as campanhas de relacionamento e pós-venda
de todos os tipos de negócios. Assim, é possível estar presente para o
consumidor quando ele precisar e desejar, transformando a interação
entre a empresa e o público.
Para isso, algumas estratégias podem ajudar a melhorar a experiência de consumo do seu cliente:
Entender quem é e o comportamento do seu consumidor: com
um conhecimento de quem é o seu cliente, fica mais certeiro estruturar e
implementar estratégias de relacionamento. Para isso, o estudo da buyer
persona se mostra uma ferramenta estratégica para os negócios.
Oferecer múltiplos canais de comunicação: é preciso
integrar o físico com o digital, o on com o off-line. Por isso,
reconhecer os clientes nos canais de contato é tão importante, como
chatbots, SMS, e-mail, redes sociais, torpedos de voz
e o próprio telefone. Os canais de atendimento precisam estar onde o
público está, o que está bastante relacionado com o primeiro ponto,
obedecer ou estar de acordo com a urgência da ocasião e, principalmente,
devem estar integrados. Para se aprofundar nesse ponto, falamos aqui
sobre atendimento omnichannel.
Preparar a sua equipe: ações de venda e de
comunicação são muito importantes para o sucesso do relacionamento com o
cliente, mas a equipe deve estar pronta para implementá-las, fazendo
com que aquilo que estava programado funcione e faça sentido de ponta a
ponta.
Além disso, para aproveitar todo o potencial do Dia do Consumidor, as empresas podem realizar ações como:
Vale destacar que todos os canais de comunicação podem ser excelentes
ferramentas para alavancar as vendas e otimizar o relacionamento não
somente durante a data promocional, mas também em outras ações de
marketing.
Denúncias do 8/1 expõem problemas habituais do sistema de Justiça,
bem conhecidos da população pobre e negra. Sem investigação, é
impossível ter uma acusação fundamentada
Por Notas & Informações
As denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR)
ao Supremo Tribunal Federal (STF) em relação aos atos do 8 de Janeiro
ignoram as condutas individuais e foram redigidas em bloco, muitas vezes
com textos idênticos, mostrou reportagem do Estadão.
Com razão, muita gente tem criticado esse modo de proceder do Ministério
Público, que revela uma apuração frágil e traz problemas sérios. Para
que possa se defender adequadamente, toda pessoa tem o direito de saber
do que está sendo acusada efetivamente, isto é, qual ação (ou omissão)
suscitou a denúncia contra ela.
Eventos multitudinários, como os atos do 8 de Janeiro, trazem
dificuldades especiais para identificar o que cada pessoa fez. Em alguns
casos, talvez seja mesmo impossível fazer uma descrição detalhada do
comportamento de cada um dos envolvidos. No entanto, é inegável a
existência de muito material gravado pelas câmeras de seguranças dos
edifícios públicos, além de que os próprios invasores das sedes dos Três
Poderes compartilharam nas redes sociais sua atuação criminosa. É
possível, portanto, identificar as ações concretas de muitas pessoas – e
isso deveria constar das denúncias.
Reconhecer esse equívoco no modo de proceder da PGR não significa
defender a impunidade dos invasores. É justamente o contrário. Para que
os crimes praticados no 8 de Janeiro não fiquem impunes, é
imprescindível que o Ministério Público utilize todos os elementos de
prova disponíveis, sem deixar-se levar pela precipitação ou por eventual
pressão da opinião pública. Mais do que aparentar proatividade ante os
atos golpistas, é preciso ser efetivamente zeloso, atuando dentro da
lei, sem atrasos e sem afobações.
Cabe advertir, no entanto, que denúncias genéricas ou investigações
frágeis não são problemas exclusivos dos procedimentos relativos ao 8 de
Janeiro. Não é nenhuma discriminação ou perseguição do sistema de
Justiça contra os bolsonaristas. A questão é prévia e mais profunda.
Habitualmente o Estado tem imensas dificuldades em apurar crimes.
Essa deficiência investigativa é facilmente admitida quando se trata
de criticar a impunidade no País ou o baixíssimo grau de resolução dos
homicídios, por exemplo. Mas ela também gera outro efeito, muito
presente no dia a dia da Justiça: a apresentação de denúncias frágeis e
genéricas, baseadas em elementos probatórios falhos.
A rigor, isso não é nenhuma novidade. Se não investiga bem, o Estado
necessariamente não tem condições de oferecer uma denúncia adequada.
Como os últimos anos mostraram abundantemente, não há delação capaz de
suprir a falta de investigação. Sem apuração, o resultado é um só:
denúncias genéricas, frágeis e, muitas vezes, inconsistentes. Essa
realidade, que agora, com as denúncias da PGR sobre o 8 de Janeiro,
revolta a muitos, é sentida diariamente pela população mais pobre,
especialmente pelos negros.
O problema não é apenas da polícia ou do Ministério Público. A
Justiça tem sido conivente com denúncias malfeitas. Como disse ao Estadão o
subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, coordenador
do grupo que apresentou as acusações relativas ao 8 de Janeiro, “a
jurisprudência admite a narrativa genérica da participação de cada
agente”. Trata-se de uma questão séria. No curto prazo, a concordância
do Judiciário com esse tipo de prática esconde a deficiência
investigativa. O caso termina com uma condenação, dando a entender que o
crime foi solucionado adequadamente. No médio e longo prazos, ela
alimenta o círculo vicioso, uma vez que a polícia e o Ministério Público
ficam sem incentivos para atuarem de forma diferente.
Como era de esperar, os procedimentos criminais do 8 de Janeiro não
estão isentos das muitas deficiências que se observam diariamente no
Judiciário. Mais do que transigir com abusos ou defender que esses
processos tenham tratamento privilegiado, é tempo de exigir uma melhora
de todo o sistema de Justiça, a começar pela investigação, que é a base
de tudo e deve alcançar também os possíveis mandantes.
Estudo da Influencity aponta mudança no relacionamento entre criadores de conteúdo e seus patrocinadores
A publicidade digital na América Latina cresceu aproximadamente
quatro vezes entre 2020 e 2022, passando de 7,92 bilhões para 34,7
bilhões, segundo dados do estudo The Largest Influencer Study in Latin
America in 2023 – Influencity. O investimento total é pouco mais de um
terço do que foi investido na Europa (89,4 bilhões) e oito vezes menor
do que foi investido nos Estados Unidos (283 bilhões).
Esse crescimento está relacionado ao Marketing de Influência. À
medida que as lojas se movem online, os consumidores estão recorrendo a
outros meios para obter uma ideia da aparência de um produto que estão
prestes a comprar. Os influenciadores podem ajudar a colocar produtos e
serviços em contexto, e os usuários do Instagram com seguidores leais
podem ter visto uma oportunidade de entrar na economia do criador.
Em 2020, os nanoinfluenciadores compunham a grande maioria de todos
os perfis LATAM, com 95,6% enquadrados nessa categoria, segundo o
estudo. Em segundo lugar ficaram os microinfluenciadores, representando
3,7% do bolo. Isso não é surpreendente, considerando os muitos
benefícios de trabalhar com nano-influenciadores, especialmente em
mercados emergentes.
Em 2023, no entanto, começamos a ver uma ligeira mudança nessa
tendência, com os perfis nano caindo para 94,2% e os
microinfluenciadores ganhando força (5,4%). Tal como acontece com o
estudo europeu, isso pode ser devido não a uma queda na popularidade
desses perfis, mas sim ao seu sucesso. À medida que o mercado de
influenciadores LATAM cresce, os nanoinfluenciadores se tornam mais
procurados e são lentamente promovidos ao status de
microinfluenciadores.
Novos comportamentos
O Marketing de influenciadores na América Latina mostra claramente
uma tendência ascendente. Embora o crescimento em toda a região nem
sempre seja uniforme, o número de perfis do Instagram que atendem aos
critérios de influenciadores estabelecidos neste estudo aumentou em
todos os países pesquisados. Como tal, é expectável que os profissionais
de Marketing procurem potenciar o seu potencial, colaborando com
criadores de conteúdos que possam aproximar os seus produtos e serviços
dos seus públicos-alvo.
Em 2020, a América Latina foi a região com maior percentual de
nanoinfluenciadores (95,6%) das três regiões estudadas. No entanto, os
resultados de 2023 mostraram uma ligeira diminuição nesses nanoperfis e
um aumento no segundo nível, microinfluenciadores. Essa redistribuição é
um indicador de um mercado de influenciadores saudável e crescente, já
que muitos desses microperfis já foram nanoinfluenciadores cujos
seguidores leais logo cresceram no território do microperfil. Se
extrapolarmos essa tendência para um mercado maior, podemos prever que
os perfis de todas as categorias continuarão crescendo e buscando formas
de profissionalizar suas ofertas.
Essa mudança para colaborações profissionais provavelmente será vista
no modelo de preços, bem como no relacionamento entre criadores de
conteúdo e seus patrocinadores. Por exemplo, como as compras no
aplicativo rapidamente se tornam a norma, os influenciadores se tornam
responsáveis por todo o funil de marketing, garantindo uma redução em
suas vendas, bem como em suas taxas típicas de patrocínio.
Quanto ao relacionamento com os profissionais de marketing, espera-se
que os influenciadores tenham mais voz nas campanhas, pois as marcas
contam com eles para produzir não apenas publicações, mas toda uma
comunidade em torno de sua marca.
A importância do bom site da Valeon para o seu negócio
Moysés Peruhype Carlech
Antigamente, quando um cliente precisava de um serviço, buscava
contatos de empresas na Lista Telefônica, um catálogo que era entregue
anualmente ou comprado em bancas de jornais que listava os negócios por
áreas de atuação, ordem alfabética e região de atuação.
De certa forma, todos os concorrentes tinham as mesmas chances de
serem encontrados pelos clientes, mas existiam algumas estratégias para
que os nomes viessem listados primeiro, como criar nomes fantasia com as
primeiras letras do alfabeto.
As listas telefônicas ficaram no passado, e, na atualidade, quando um
cliente deseja procurar uma solução para sua demanda, dentre outros
recursos, ele pesquisa por informações na internet.
O site da Valeon é essencial para que sua empresa seja encontrada
pelos seus clientes e ter informações sobre a empresa e seus produtos 24
horas por dia. Criamos uma marca forte, persuasiva e, principalmente,
com identidade para ser reconhecida na internet.
Investimos nas redes sociais procurando interagir com o nosso público
através do Facebook, Google, Mozilla e Instagram. Dessa forma, os
motivos pelos quais as redes sociais ajudam a sua empresa são inúmeros
devido a possibilidade de interação constante e facilitado como o
público-alvo e também a garantia de posicionamento no segmento de
marketplaces do mercado, o que faz com que o nosso cliente sempre acha o
produto ou a empresa procurada.
A Plataforma Comercial site Marketplace da Startup Valeon está apta a
resolver os problemas e as dificuldades das empresas e dos consumidores
que andavam de há muito tempo tentando resolver, sem sucesso, e o
surgimento da Valeon possibilitou a solução desse problema de na região
do Vale do Aço não ter um Marketplace que Justamente por reunir uma
vasta gama de produtos de diferentes segmentos e o marketplace Valeon
atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao
lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não
conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa
vitrine virtual. Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de
diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e
volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de
visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e
acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual.
Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das
plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping
center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais
diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também
possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a
uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com
diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do
faturamento no e-commerce brasileiro em 2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que
são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e
escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é
possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua
marca.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que
tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
CONTRATE A STARTUP VALEON PARA FAZER A DIVULGAÇÃO DA SUA EMPRESA NA INTERNET
Moysés Peruhype Carlech
Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver,
gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma
consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do
mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados
satisfatórios para o seu negócio.
Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.
Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?
Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada
para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui
profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem
potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto
resulta em mais vendas.
Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?
A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu
projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas
considerações importantes:
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis
nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas
por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em
mídia digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo
real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a
campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de
visualizações e de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma
permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão
interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não
estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar
potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos:
computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com
publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as
marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes
segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de
público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos
consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro
contato por meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das
plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping
center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais
diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também
possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a
uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com
diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do
faturamento no e-commerce brasileiro em 2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que
são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e
escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é
possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua
marca.
VOCÊ CONHECE A ValeOn?
A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO
TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em
torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace
que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço,
agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta
diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa
e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores
como:
nterior de São Paulo Como funcionava o suposto esquema de extorsão e ameaças de Zé Rainha contra fazendeiros Por Raquel Hoshino, especial para a Gazeta do Povo
Segundo investigação da Polícia Civil, José Rainha exigia
pagamento a produtores rurais depois de invadir as terras| Foto:
(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
José Rainha Júnior, famoso pela
alcunha de Zé Rainha, que ganhou notoriedade quando foi um figura
proeminente do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e,
hoje, é uma das lideranças da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade
(FNL), foi preso no dia 4 de março junto com um outro líder do
movimento, Luciano de Lima, na região do Pontal do Paranapanema, no
Estado de São Paulo. Na última quinta-feira (09), um terceiro homem,
Cláudio Ribeiro Passos, o Cal, também foi preso, desta vez na cidade de
Assis, também em São Paulo. As acusações são graves: associação
criminosa e extorsão.
A Gazeta do Povo teve acesso ao processo e falou com o delegado
responsável pelas apurações. Segundo esta complexa investigação,
executada em sigilo, José Rainha Júnior, Luciano de Lima e Cláudio
Ribeiro Passos fazem parte de um esquema de extorsão, que utiliza as
ocupações de propriedades rurais realizadas por integrantes da Frente
Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), um dos movimentos pela reforma
agrária, para coagir arrendatários e donos dos sítios e fazendas
ocupados.
As extorsões Tudo teria começado em outubro de 2021 quando,
durante a investigação de uma ocupação de uma fazenda feita por
integrantes da FNL na região de Pontal do Paranapanema, a polícia também
recebeu informações da prática de extorsão. Desde então, foram
identificados seis casos, que vão de outubro de 2021 até meados de 2022 e
envolvem diversas propriedades.
Segundo as investigações, primeiro, ocorria a ocupação das
propriedades rurais por integrantes da FNL. Algumas vítimas chegam a
relatar 300 pessoas presentes; muitas vezes, causando danos às
benfeitorias das propriedades, quebrando porteiras e derrubando árvores e
até parte da plantação para a construção de acampamentos. Algum tempo
depois da ocupação, o acesso de arrendatários e proprietários aos sítios
e fazendas era impedido. E era nesse momento que havia o contato do
grupo, a negociação de valores e de parte da propriedade para que
houvesse o fim da ocupação das terras. Segundo os autos do processo, uma
das vítimas foi extorquida no sentido de transferir de dez a quinze
alqueires de terra para José Rainha, assim eles desocupariam a
propriedade.
Segundo o depoimento de uma outra vítima à polícia: “os invasores
cortaram, danificaram os cadeados e colocaram outros no lugar, bem como
montaram uma guarita com sentinelas no local, onde permanecem por 24
horas/dia, dificultando a entrada de qualquer pessoa naquela
propriedade”. E completa: havia “ameaças no sentido de que se entrarem
no local, os invasores irão iniciar a pratica de vandalismo e ainda
impedir o manejo e trato do gado”.
De acordo com o delegado Ramon Euclides Guarnieri Pedrão, responsável
pelo caso, os motivos da extorsão variavam de acordo com o espaço
ocupado. “Se fosse uma propriedade com uma plantação de soja, que é a
cultura que se explora ali naquela região, na iminência de ser colhida,
eles mantinham contato com o arrendatário e cobravam dele um valor para
que ele pudesse entrar e colher aquela plantação”. Uma vítima teria
pagado R$ 25 mil em dinheiro para conseguir realizar a colheita da soja,
segundo seu depoimento. O valor inicial solicitado foi de R$ 100 mil.
No caso de ser uma propriedade em que houvesse gado, “para que a
pessoa pudesse retirar o gado de lá ou manter por alguns dias a
alimentação, o fornecimento de água e até o remanejamento desse gado,
tinha que ser acertado um valor mensal com esse grupo da cúpula”, afirma
o delegado. Uma vítima teria sido extorquida inicialmente em R$ 10 mil
reais para ter acesso à propriedade, também foi coagida, segundo os
autos do processo, a retirar todos os seus animais dali, sob ameaça dos
integrantes do grupo de que desmanchariam as cercas do local. Outra
vítima relata em depoimento que pagou R$ 15 mil em dinheiro para
conseguir o acesso a seus animais. Os pagamentos mensais continuaram por
cerca de quatro meses até conseguir retirar o gado da propriedade. O
primeiro foi realizado em espécie e os demais por meio de transferência
bancária. No total, foram pagos R$ 75 mil.
A hierarquia do esquema de extorsão Os resultados das
investigações apontam José Rainha Júnior como o líder do esquema de
extorsões. Luciano de Lima seria o segundo na hierarquia, responsável
por contatar e, inclusive, de receber em sua conta bancária, pagamentos
das vítimas. Já Cláudio Ribeiro Passos, o Cal, teria o papel mais
inferior entre os três. Ele teria, inclusive, recolhido dinheiro em
espécie, fruto das extorsões. “Muitas vezes, o primeiro contato inicial
era feito com o Luciano e, às vezes, junto com o José Rainha. E depois,
todas as tratativas do desenrolar disso acabavam sendo assumidas pelo
Cal, que é quem estava in loco, na propriedade ocupada por determinada
vítima. Era quem estava em contato direto”, diz o delegado.
“Há uma escala hierárquica entre eles. Os atos de extorsão
normalmente eram encetados diretamente por Luciano com a participação,
ciência e comando do senhor José Rainha, pelo menos é isso que os
elementos de informação e as provas correlacionadas nos autos nos
apontaram. E, muitas vezes, o Cláudio também, com a participação direta
ali, na recolha desses valores extorquidos e pagos pelos proprietários
ou pelos arrendatários, porque se viam, na verdade, sem opção. Daí a
caracterização, de fato, no nosso entender, do crime de extorsão”, diz o
delegado.
“O que a gente percebeu e ficou muito claro é que o líder do
movimento é o José Rainha, que tem, através do Luciano, seu braço
direito. Então essas abordagens eram feitas pelo Luciano, só que nenhuma
posição de fechamento ou de concordância era dada pelo Luciano. Ele
sempre tinha que voltar no José Rainha. Rainha também participou de
algumas reuniões com as pessoas extorquidas. Nós conseguimos demonstrar
isso nos autos e com outros elementos de informação, e que daí vai se
formando um conjunto probatório — porque uma investigação é assim, é uma
peça que se encaixa na outra e forma um todo. Inclusive, nós ficamos
com bastante segurança que nenhuma decisão era tomada sem a anuência
dele. Ele tinha tanto o poder de iniciar, como o de fazer cessar aquela
conduta”, complementa.
O maior valor foi em relação a uma fazenda localizada no município de
Rosana (cerca de 730 km de São Paulo). A vítima relatou que os réus
pediram R$ 2 milhões e 20 alqueires de terra para que os invasores
fossem embora.
Segundo o delegado, este caso é diferente dos outros pois esta
propriedade é a única que não tinha uma plantação em tempo de colheita
ou gado. Conforme descrito nos autos do processo, a fazenda acabara de
ter sua venda negociada, faltando apenas — de acordo com o depoimento da
vítima — “assinar os papéis”. O dinheiro, então, seria para que os
integrantes do movimento desocupassem a propriedade e ela pudesse ser
vendida.
Para a defesa de José Rainha Junior, Luciano de Lima e Cláudio
Ribeiro Passos, “a ideia da associação criminosa é usada
corriqueiramente, não é novidade, para caracterizar uma ofensiva na
tentativa de criminalizar movimentos sociais”, conforme afirma Rodrigo
Chizolini, advogado dos réus. “Todos sabem que o José Rainha é uma
liderança histórica da luta por reforma agrária no Brasil, então há
muitas perseguições”, complementa. Ainda segundo o advogado: “não
existem elementos que provam que existe uma organização criminosa; o que
existe é um movimento social, que luta por uma causa grave”.
De acordo com as investigações, as extorsões não eram de conhecimento
dos demais integrantes da FNL. Apenas parte da liderança do movimento
estaria envolvida. Segundo o delegado responsável pelas apurações: “uma
parcela da cúpula desse movimento mantinha contato, ora com os
arrendatários das propriedades invadidas, ora com os proprietários
realmente, os possuidores anteriores daquelas propriedades, com o
intuito de extorqui-los, ou seja, exigir vantagens pecuniárias, para
benefício deles, e não para o benefício do movimento”.
Medo Algo comum às vítimas é o sentimento de medo. Em um dos
depoimentos, um proprietário “teme pela segurança de seus funcionários,
uma vez que os invasores sempre agem de forma intimidadora”. Já uma
outra vítima, que esteve junto com outra pessoa em um encontro com
Luciano e Cláudio Ribeiro Passos, “Cal fez um gesto com a mão, simulando
uma arma, fato que os deixaram extremamente amedrontados”.
O Pontal do Paranapanema é uma região explosiva. As ocupações de
propriedades rurais têm sido frequentes nos últimos anos. Em 2014, por
exemplo, durante o chamado “Carnaval Vermelho”, foram 17 propriedades
ocupadas na região. Em setembro do mesmo ano, quatro usinas de
cana-de-açúcar. No carnaval de 2017, dez fazendas foram ocupadas por
cerca de 700 integrantes da FNL, noticiou a imprensa. Segundo o
delegado, de 2020 a 2021, a região sofreu uma série de ocupações pela
FNL. E nos dois últimos carnavais, isso voltou a acontecer. Só neste
ano, segundo a polícia, entre o dia 18 e 20 de fevereiro, houve ao menos
nove invasões a fazendas na região.
“Já estamos no Pontal, num momento tenso entre os possuidores dessas
terras e esse movimento de ocupação. E a ocupação em si, ela já gera uma
tensão. Agora, a partir do momento que o proprietário, ou possuidor da
terra, tem a ciência e o conhecimento de que, além da sua terra ser
ocupada, ele vai passar a ser extorquido, a animosidade dele em repelir
aquele ato e combater aquilo começa a ser agravado. Então é um contexto
que vai muito além da mera extorsão em si, os reflexos que isso traz. E é
isso que é a nossa preocupação aqui, que nós entendemos pela
necessidade das prisões dos indiciados”, afirma o delegado. No dia 3 de
março, por exemplo, uma ação da polícia, não relacionada ao processo de
extorsão, levou à apreensão das armas, incluindo dois fuzis, de um
fazendeiro que efetuou disparos na tentativa de impedir a ocupação de
suas terras durante o feriado.
As prisões De acordo com o relatório da Promotoria de Justiça de
Rosana no processo, assinado por Guilherme Rodrigues Batalini, promotor
de Justiça substituto: “fica evidente que a segregação cautelar dos três
denunciados é absolutamente imprescindível para a garantia da ordem
pública, conveniência da instrução criminal e garantia da aplicação da
lei penal. Ademais, os proprietários e arrendatários de terras, em sua
maioria, efetivamente cederam às extorsões praticadas, de modo que fica
evidenciado o temor do poderio que os denunciados detêm, e não apenas de
causar prejuízos financeiros, mas de efetivamente causar danos e
colocar em risco a segurança das pessoas. O fato que mais evidencia
perigo é o risco real, atual e concreto de sérios conflitos armados na
região”.
Segundo o advogado Rodrigo Chizolini, que defende os três réus, as
prisões são ilegais: “Nós questionamos essas razões que as determinaram
porque a prisão preventiva deve ocorrer só em alguns casos estabelecidos
no Código de Processo Penal: caso exista ameaça à ordem pública; caso
exista ameaça à instrução processual; ao bom andamento do processo;
ameaça a testemunhas, por exemplo, algum risco de fuga, para que se
esquive, no futuro, do seu cumprimento, da aplicação da lei penal. Ou
seja, esses requisitos não estão presentes na realidade concreta”.
De acordo com a defesa, José Rainha Júnior, Luciano e Lima e Cláudio
Ribeiro Passos têm emprego e residência fixos no interior de São Paulo.
Os três vivem em assentamentos: José Rainha Júnior em Mirante do
Paranapanema, onde planta abóbora, alface e mandioca, e tem um criadouro
de peixes. Já Luciano de Lima, que realiza o plantio de mudas, e
Cláudio Ribeiro Passos, que limpa piscinas, residem em Iepê. “Não há
nenhuma situação que leve à segregação cautelar neste momento”, afirma o
advogado, cujo próximo passo é entrar com pedidos de habeas corpus no
início desta semana no Tribunal de Justiça para que os três possam
responder ao processo em liberdade.
Fila
de trabalhadores no teatro municipal de Fazenda Rio Grande, região
metropolitana de Curitiba, para se candidatar a uma vaga de emprego na
rede Mufato – carteira de trabalho – desemprego – trabalho – candidato a
vaga de emprego – contratação de mão de obra – funcionario registrado
em carteira profissional –
Geração de empregos em janeiro de 2023 cai pela metade na
comparação com o mesmo mês de 2022 de acordo com dados do Caged.| Foto:
Albari Rosa/aquivo Gazeta do Povo
Na melhor linha “para quem só tem um martelo, todo problema é prego”,
o governo federal já tem um culpado pelo desempenho mais fraco do
mercado de trabalho em janeiro de 2023: o Banco Central e a atual taxa
de juros. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados apontou a
abertura de 83,3 mil vagas com carteira assinada – aproximadamente
metade dos 167,3 mil postos de trabalho criados no primeiro mês do ano
passado. Ao anunciar os resultados, o ministro do Trabalho, Luiz
Marinho, até citou o caso das Lojas Americanas e o endividamento das
famílias, que reduz o consumo, mas guardou a crítica mais contundente
para o Banco Central: “janeiro é tradicionalmente um mês forte. Em
janeiro de 2023, temos uma política monetária ainda restritiva. O BC tem
uma tarefa importante de monitorar o processo econômico para a retomada
da economia. Os juros altos sacrificam demasiadamente a população de
baixa renda do país”, afirmou Marinho.
No ritmo atual, surpreende que o governo ainda não tenha culpado a
Selic por todos os demais indicadores fracos ou negativos do país, como o
desmatamento recorde na Amazônia e no Cerrado para um mês de fevereiro.
Mas escolher o Banco Central, sua autonomia e seu presidente, Roberto
Campos Neto, como o vilão é uma loucura que tem método. Isso porque
juros altos efetivamente colocam um freio nos investimentos que gerariam
emprego e renda; como essa relação causa-efeito é relativamente fácil
de estabelecer, realça-la é o recurso propagandístico mais simples à
disposição do governo, bastando com isso omitir todas as outras relações
de causa e efeito que regem a economia – a começar pela própria
inflação, que insiste em não retroceder e leva o Copom a uma política
monetária contracionista, já que a missão primária do Banco Central é
justamente manter a inflação em níveis aceitáveis.
Se o governo quer juros baixos para estimular as empresas a aumentar
seus quadros, precisa parar de deixar o Copom sozinho e assumir sua
parte, criando as condições para que a Selic caia sem que a inflação
fique descontrolada
A inflação, no entanto, não é a única causa do recente ciclo de
elevação dos juros. O BC age porque tem sido deixado praticamente
sozinho. As PECs dos Precatórios, dos Benefícios e fura-teto mostraram o
descaso de Executivo e Legislativo com a saúde fiscal do Brasil,
puxando a corda na direção diametralmente oposta àquela que o Copom, em
seus comunicados, insistentemente apontava como necessária para que
pudéssemos voltar a um ciclo de queda dos juros. Sem reformas
estruturantes e sem ajuste fiscal, a única forma de segurar a
desvalorização do real e frear a inflação é a política monetária.
E um exercício interessante é colocar a série recente de elevação de
juros ao lado de outros números, como o Indicador Antecedente de Emprego
(IAEmp), da Fundação Getulio Vargas. Esse índice, diz a instituição,
“tem por objetivo antecipar os principais movimentos do mercado de
trabalho no Brasil, com base em dados extraídos das Sondagens
Empresariais e do Consumidor produzidas pelo FGV IBRE”. O indicador, que
funciona com base 100 (valor correspondente a junho de 2008, quando ele
surgiu), vinha em elevação, passando de 75,0 em março de 2022 para 83,8
em setembro – no mesmo intervalo de tempo, o Copom elevara a Selic em
dois pontos porcentuais, de 11,75% para os atuais 13,75%, ou seja, o
aperto monetário não estava afetando as expectativas para o mercado de
trabalho da forma como Luiz Marinho quer fazer crer. Mas bastaram dois
meses para o IAEmp recuar dez pontos, caindo para 73,1 em novembro de
2022 (no dado mais recente, de fevereiro de 2023, o indicador está em
74,7). Mera coincidência, ou preocupação com a perspectiva de um governo
que prometia reverter o máximo possível de medidas de seus
antecessores, inclusive a reforma trabalhista?
VEJA TAMBÉM: O desemprego recua em 2022 – e as perspectivas para 2023 (editorial de 1.º de março de 2023) O PIB, a verdade dos números e a mentira de Lula (editorial de 6 de março de 2023) Incertezas, riscos e imobilismo (editorial de 19 de fevereiro de 2023)
Pois grande parte do que se sabe até agora a respeito do governo
Lula é isso: o desejo de destruir o legado dos antecessores. Do novo
arcabouço fiscal não se sabe nada além de promessas de que agradará a
todos; a reforma tributária aparece mais em discursos que em um esforço
concreto do governo no Congresso; e o ministro do Trabalho, quando não
está criticando o Banco Central ou a reforma trabalhista, só pensa na
regulamentação de aplicativos e em dificultar o acesso do brasileiro ao
FGTS, e não em políticas públicas para fomentar a geração de emprego –
pior ainda: ele acredita que basta reaquecer a economia e o problema do
desemprego se resolverá por conta própria, como se o Estado brasileiro
não colocasse uma série de obstáculos às contratações. Se o governo quer
juros baixos para estimular as empresas a aumentar seus quadros,
precisa parar de deixar o Copom sozinho e assumir sua parte, criando as
condições para que a Selic caia sem que a inflação fique descontrolada.
Difícil, no entanto, é acreditar que este governo será capaz de fazer a
coisa certa.
Armas e munições STF blinda decreto de Lula sobre armas e impede que juízes avaliem possíveis ilegalidades Por Gabriel Sestrem – Gazeta do Povo
O relator da ação, ministro Gilmar Mendes, foi acompanhado por nove ministros| Foto: Carlos Moura/STF
O
Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na sexta-feira (10), que o
decreto do presidente Lula (PT) do dia 1º de janeiro, que trouxe
diversas restrições relacionadas ao acesso a armas e munições no país,
deve continuar vigorando. A decisão, que ocorreu em julgamento virtual,
impede que juízes de todo o país avaliem denúncias de ilegalidades no
decreto, suspende todos os processos em curso que contestavam as novas
regras impostas por Lula e anula a eficácia de decisões judiciais que já
haviam sido tomadas em relação ao decreto.
Ao todo, nove ministros acompanharam na íntegra o voto do relator,
Gilmar Mendes, no sentido de blindar o decreto de Lula. Kassio Nunes
Marques acompanhou o relator com ressalvas, enquanto André Mendonça foi o
único a divergir do entendimento de Gilmar Mendes.
Há diversos questionamentos na Justiça quanto à constitucionalidade
do decreto que, dentre outras medidas, suspende a concessão de novos
certificados de registro para a categoria dos Caçadores, Atiradores e
Colecionadores (CACs); restringe a quantidade de armas e munições que
podem ser registradas por pessoa; e suspende o registro de novos clubes e
escolas de tiro. Além disso, a norma proíbe o Exército de autorizar
novas aquisições de armas e ordena que sejam interrompidos os processos
de aquisição que estavam em andamento. Como mostrado pela Gazeta do
Povo, a determinação do governo tem ocasionado consequências diversas,
que vão da inviabilização da prática do tiro esportivo no país até danos
econômicos, como demissões e fechamento de empresas do setor.
No dia 15 de fevereiro, um dia antes de Gilmar Mendes conceder
liminar suspendendo processos que questionassem o decreto de Lula, um
juiz de Umuarama (PR) havia autorizado que um CAC paranaense, autor da
ação, fosse dispensado do recadastramento de suas armas de fogo no
sistema da Polícia Federal (PF). A determinação de que armas já
cadastradas adequadamente no sistema do Exército devem ser
recadastradas, desta vez na PF – em alguns casos sendo preciso levar as
armas até as delegacias – veio de uma portaria do governo federal
editada em 1º de fevereiro baseada no decreto de Lula publicado em
janeiro.
Em paralelo, nas instâncias superiores do Judiciário, já foram
protocolados diversos pedidos de suspensão do decreto. Ao todo, no
Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no STF há seis mandados de
segurança, além de uma ação direta de inconstitucionalidade contra a
norma – todas, a partir de agora, serão suspensas.
“Ideologia suplantou a técnica jurídica”, diz especialista em segurança pública Parte
dos ministros da Suprema Corte tem se manifestado pessoalmente,
sobretudo a partir do ano passado, contra a flexibilização do acesso a
armas de fogo, que foi uma marca do governo do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL). O próprio relator, Gilmar Mendes, disse pelo Twitter em
novembro do ano passado que a “crescente cultura de ódio no país” é
“fomentada por políticas infundadas de armamento”. Em junho de 2020, o
ministro já havia sugerido, sem apresentar dados, uma relação entre o
maior número de armas legais nas mãos da população ao aumento da
violência e a uma suposta elevação no número de homicídios.
Pelo contrário: de 2018 para cá, período em que houve aumento
significativo no acesso a armas legais no Brasil, os homicídios tiveram
queda expressiva. O número de homicídios verificado em 2021 (47,5 mil),
por exemplo, foi o menor em dez anos. Em 2017, ápice da violência no
país, haviam sido contabilizadas 64 mil mortes violentas. Apesar de não
haver estudos que façam correlação direta entre a política pró-armas e a
diminuição de mortes violentas, os números denotam que a flexibilização
do acesso a armamento não contribuiu para o aumento de homicídios.
Fabrício Rebelo, pesquisador em segurança pública e fundador do
Centro de Pesquisa em Direito e Segurança (Cepedes), avalia que
ministros do STF têm tratado a questão das armas de fogo sob um prisma
prioritariamente ideológico, “fortemente contaminado pela narrativa
falaciosa de entidades desarmamentistas, e não com um enfoque
estritamente técnico e, sobretudo, constitucional”.
“O decreto tem ilegalidades e inconstitucionalidades manifestas,
flagrantes até, violando claramente a obrigação constitucional do Estado
de fomentar o esporte e subvertendo o que diz o próprio Estatuto do
Desarmamento, especialmente quanto aos requisitos para se comprar uma
arma e os órgãos de controle, com a absurda transferência de uma
competência legal do Exército para a Polícia Federal”, aponta Rebelo.
“Isso, como esperado, gerou uma série de contestações judiciais, e o
que o Supremo agora fez foi dizer que só ele poderá decidir acerca dessa
questão, e que todos os questionamentos devem ser suspensos. Na
prática, é a convalidação das ilegalidades e inconstitucionalidades
contidas no decreto”, enfatiza.
Outro ponto questionado pelo pesquisador é que o Tribunal ainda não
entrou no mérito dos questionamentos contra o decreto, e mesmo assim
Gilmar Mendes antecipou seu entendimento de que a norma é regular. “No
fundo, é mais um exemplo de como, nesse campo, a ideologia vem
suplantando a técnica jurídica”, lamenta.
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Gilmar Mendes evoca ataques de 8 de janeiro e critica decretos de Bolsonaro sobre armas O
ministro-relator iniciou seu voto mencionando os ataques aos prédios
dos Três Poderes e citando que os atos foram “abertamente patrocinados
por grupos armamentistas”. Na análise do decreto, o ministro diz que não
considera qualquer inconstitucionalidade e que a norma “encontra-se em
consonância com os últimos pronunciamentos deste Supremo Tribunal
Federal acerca da matéria de fundo”.
Na sequência, o magistrado faz críticas à política de Bolsonaro, de
maior flexibilização no acesso a armas e munições. “Em suma, observou-se
clara atuação inconstitucional no sentido da facilitação do acesso a
armas e munições no País, beneficiando especialmente a categoria dos
CACs”.
No voto, Mendes também destaca que o decreto é temporário, uma vez
que seus efeitos se dariam até que o grupo de trabalho que atualmente
está em funcionamento para criar nova regulamentação para o Estatuto do
Desarmamento encerre suas atividades. Por fim, o ministro reforça
manifestação favorável ao conteúdo do decreto de Lula e argumenta que
eventual desconsideração a essa norma “agravaria ainda mais o quadro
inconstitucional de efetivo descontrole da circulação de armas de fogo
no Brasil”.
Nunes Marques acompanha relator, mas contraria visão de Gilmar Mendes sobre armamento Apesar
de acompanhar o relator no sentido de que o decreto do governo seria
constitucional, o ministro Kassio Nunes Marques fez uma série de
ressalvas à visão expressada por Gilmar Mendes em seu voto quanto à
políticas de flexibilização do acesso a armas legais.
Nunes Marques enfatizou várias vezes ao longo do voto que é
precipitado relacionar o aumento de armas legais nas mãos da população
ao aumento da violência, citando levantamentos do próprio Executivo que
mostram que, ao passo que decretos de flexibilização ao armamento foram
sendo implementados no país, os homicídios entraram em tendência de
queda.
“Se não é possível afirmar, com certeza, que a maior disponibilização
de armas tenha reduzido as ocorrências de homicídios, é possível dizer
que esse aumento exponencial do total de armas por habitante não gerou
aumento da violência ou de assassinatos. Ora, se os dados alusivos à
aquisição de armas cresceram 349,2%, houve, por outro lado, redução de
mais de 30% no número de homicídios. Isso, a meu ver, afasta o alegado
risco iminente”, afirma o ministro.
Nunes Marques destaca, ainda, a importância de o Judiciário respeitar
o referendo realizado em 2005, durante o primeiro mandato de Lula como
presidente da República, que consultou a população sobre eventual
proibição do comércio de armas e munição no Brasil. Na ocasião, a
maioria dos votos (64% dos eleitores, ou seja, 59 milhões de
brasileiros) se manifestaram contra tal proibição.
“Essa foi uma das votações mais expressivas de toda a democracia
brasileira (…). Portanto, creio que, se, em 2005, quase 65% dos cidadãos
brasileiros votaram por manter a possibilidade de adquirir armas de
fogo, tal vontade deve ser observada”.
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Menos conflitos entre facções, pandemia, armas: o que explica a redução de homicídios no Brasil? Para André Mendonça, que divergiu dos demais ministros, decisão afronta competências do STF André
Mendonça foi o único ministro a votar contra a declaração de
constitucionalidade do decreto do governo Lula sob a justificativa de
que há jurisprudência no Supremo para que ações desse tipo sejam
precedidas da existência de uma “controvérsia judicial relevante”.
Segundo o ministro, a análise deveria ocorrer apenas se houvesse
“divergência interpretativa entre os órgãos do Poder Judiciário quanto à
constitucionalidade de determinado ato normativo federal”.
Como há poucas ações em andamento, e nenhuma decisão apontou
inconstitucionalidade do decreto em questão, não caberia a análise do
pedido pelo STF. “Vale dizer: a meu sentir, admitir a ADC (…)
transformaria, aí sim, inegavelmente, a referida ação em um instrumento
de controle prévio e consultivo de constitucionalidade das leis, em
afronta às competências constitucionalmente atribuídas ao Supremo
Tribunal Federal”, declarou Mendonça.
Covid-19 Os verdadeiros negacionistas da pandemia foram os que negaram tratamento
Por Alexandre Garcia – Gazeta do Povo
Familiares de vítimas alegavam que MP teria sido inerte ao apurar
conduta de Bolsonaro no combate à pandemia da Covid-19.| Foto: José
Jácome/EFE
O Supremo já tem mais do que maioria para negar um pedido da
Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 para processar
o ex-presidente Jair Bolsonaro, por retardar, frustrar e sabotar o
enfrentamento da pandemia. O ministro Luís Roberto Barroso é o relator;
ele mesmo negou, e já foi acompanhado por mais oito ministros. Então
esse é um assunto terminado, só que não. Recomendo à associação que
reveja os seus conceitos, porque o tempo passou e a verdade prevaleceu.
Eu acho que talvez Bolsonaro tenha errado na compra da vacina.
Agora apareceram dados sobre máscaras, tratamento, isolamento, os
parentes das vítimas têm de cobrar de quem impediu que os seus entes
queridos fossem tratados, de quem fez uma coisa errada. Até entendemos
que nos primeiros meses tenha havido um certo desespero, mas depois a
verdade chegou, embora os negacionistas ficassem negando, inclusive
negando o tratamento eficaz. Hoje vocês já sabem de quem cobrar.
Os venezuelanos e os yanomamis Um amigo, o general Rocha Paiva, de
um instituto de pesquisa das coisas brasileiras, esteve em Boa Vista,
São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Benjamin Constant, andou por toda a
região, constatou que mais venezuelanos estão chegando, fugindo daquele
regime, e a Operação Acolhida os está recebendo. Mas vejam também o que
ele escreve: “entretanto, fiquei surpreso com a atitude dos yanomamis.
Sabia que estão jogando fora os alimentos recebidos com tanto esforço? A
mídia não mostra, mas é lamentável”.
VEJA TAMBÉM: Ovos de ouro Um outro lado sobre a questão dos yanomamis Vale tudo para incriminar Bolsonaro
Isso me lembra meus tempos de correspondente de guerra em Angola,
quando o governo de Luanda mandava coisas que eram recusadas pelas
populações. Se enviavam peixe enlatado, eles achavam “meu Deus do céu,
estão dizendo que eu sou incompetente pra pescar?” Se mandavam papel
higiênico, eles tomavam isso como uma ofensa pessoal, “estão achando que
eu não tenho higiene”. Da mesma forma, o general diz que os yanomamis
não usam panela para cozinhar arroz e feijão. Mandaram esses alimentos,
mas não é disso que eles vivem; eles comem principalmente mandioca, acho
que banana, além da caça e pesca. A mídia não mostra, mas é lamentável,
diz o general Rocha Paiva.
Agro tem novos indicadores positivos, mas governo insiste em desprezar o campo
Temos novos dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários
referentes a janeiro deste ano: queda de 2,7% no movimento nos portos
brasileiros. A navegação internacional de longo curso caiu 3,5% e a de
cabotagem, 2,4%. Eles explicam que foi porque a exportação de minério de
ferro caiu 11%, mas essa queda foi compensada, vejam só, pelo agro:
milho, 128% a mais de movimento; açúcar, mais 32%; trigo, mais 20%.
Tudo isso é um aviso para o governo neste momento em que despencou o
preço do petróleo, com bolsas caindo em toda parte depois da quebra do
Silicon Valley Bank e do fechamento do Signature Bank, num domingo! As
ações dos principais bancos do mundo inteiro estão desabando e isso é
algo que afeta, segundo estão dizendo, startups brasileiras que teriam
lá US$ 10 milhões, ou R$ 50 milhões. Precisamos estar atentos aqui aos
fatos econômicos, e o governo tem de parar com essa história de brigar
com o agro, que é nossa locomotiva; tem de apoiar a indústria, apoiar os
empresários. Se não promover segurança jurídica, o governo estará sendo
masoquista.