sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

O GOVERNO DESARMA AS ARMAS REGISTRADAS E NÃO DOS BANDIDOS

 


Não adianta nada tirar armas sem combater a cultura da violência

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

CUSTO DA MUNICAO – CURITIBA – 14/11/13 – VIDA E CIDADANIA – Armas e municao no estande de tiro SK . Policiais do Parana se quiserem fazer mais algum treinamento apos sair da academia da policia sao obrigados a pagar a municao do proprio bolso . Foto: Hugo Harada/ Agencia de Noticias Gazeta do Povo.


Governo Lula já revogou uma série de normas sobre posse e porte de armas do governo Bolsonaro.| Foto: Hugo Harada/Arquivo Gazeta do Povo/Arquivo.

A agropecuária brasileira está meio assustada. A avicultura está preocupada com a gripe aviária na Argentina, e agora apareceu um caso de vaca louca no Pará; a carcaça foi totalmente queimada. A China e o Canadá levaram um susto, porque recebem carne brasileira. Este é o primeiro desafio para o atual governo, para o novo ministro da Agricultura, que é do ramo. Não podemos deixar entrar a gripe aviária – o Rio Grande do Sul é o estado mais próximo – e precisa ficar bem claro que este caso de vaca louca é isolado.

O mundo inteiro está de olho no nosso agro. Nós somos o terceiro maior produtor do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Já ultrapassamos a Rússia, grande produtora de grãos, graças ao quê? Aos brasileiros, que trabalham muito, 24 horas por dia, que não ficaram esperando o governo trabalhar por eles.

Eventos climáticos extremos não são novidade, nós é que não investimos em prevenção

Na quinta-feira, alguns ministros foram ao Rio Grande do Sul ver as consequências da seca. Vale para a seca o que vale para as chuvas no Rio de Janeiro e São Paulo. Acontece todos os anos, não é novidade. É preciso haver uma estrutura que diminua os efeitos, as consequências ruins, tanto na Serra do Mar quanto no pampa gaúcho, onde a seca é mais severa: investir em irrigação artificial, reservas, reservatórios.


Supremo desarmamentista toma lugar do Congresso
Quem tem de perder a arma é bandido, não quem tem posse legalizada
Estive em Sinop nos anos 1970, era uma rua só; agora é uma cidade imensa, no coração da grande produção de algodão, de milho e de soja desse Brasilzão. E foi horrível essa execução de sete pessoas num salão de sinuca, obra de dois homens armados que perderam o jogo, saíram, foram buscar armas, voltaram e simplesmente se vingaram de todo mundo, inclusive dos espectadores que estavam por ali e não tinham nada a ver. O ministro da Justiça já aproveitou para continuar sua campanha para retirar armas de fogo não dos bandidos, mas das pessoas que têm as armas legalmente. Queria ver tirar todas aquelas armas de fogo dos bandidos no Rio de Janeiro.

Voltando à questão das armas, pesquisei as estatísticas do Distrito Federal sobre mulheres que foram mortas. Dos 65 casos de feminicídio, como passaram a chamar esse crime, a maior parte não foi por arma de fogo: apenas 13, ou seja, 20%, dois casos em cada dez. Nos outros 52 usaram faca, usaram as mãos, usaram paus, pedras, veneno. Isso confirma o óbvio: que não adianta tirar arma de fogo, tem de desarmar os cérebros, porque é o cérebro que dá a ordem para as mãos estrangularem, ou pegarem um pedaço de pau, uma pedra, uma faca ou uma arma de fogo.

Segundo uma ONG mexicana, das 50 cidades mais violentas do mundo, a primeira fica no México, e a mais violenta do Brasil seria Mossoró (RN). E ainda há outras nove cidades brasileiras na lista, nas regiões Norte e Nordeste. O que é isso? Deve ser alguma cultura, algo que está na cabeça das pessoas. Não são as armas, porque faca todo mundo encontra em qualquer cozinha e ninguém vai interditar cozinhas por causa disso.

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MINISTÉRIO DA VERDADE PODE CENSURAR A INTERNET

 

Lula e a esquerda não suportam a liberdade de expressão e por isso querem censurar a internet

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo


Lula e Felipe Neto: o youtuber foi convidado pelo governo a integrar um grupo de trabalho para “combater o discurso de ódio” na internet.| Foto: Reprodução/Redes Sociais

Entre todas as ideias fixas que comandam hoje suas palavras e suas ações na política brasileira, nenhuma parece deixar o presidente Lula tão agitado quando o “controle social dos meios de comunicação”. Virou, a essa altura, um tipo de obsessão. Sabe-se que quando Lula tem uma obsessão, o PT e a esquerda ficam automaticamente obcecados com a mesma coisa; eis porque se faz tanto barulho sobre algo que jamais fez parte, nem fará, das preocupações básicas do cidadão brasileiro.

O fato é que Lula, e a multidão de bajuladores ao seu redor, não para de falar no seu precioso “controle”. Ainda agora, mandou uma carta para uma reunião de caciques da ONU dizendo, entre outras barbaridades, que as redes sociais são uma ameaça à “democracia”.

Lula propõe um mundo onde o governo vai fazer com que todos digam a verdade. É a maior mentira de todas.

O surgimento da internet, pela primeira vez nos 10 mil anos de história da humanidade, permitiu a todos os seres humanos, sem exceção, manifestarem livremente suas opiniões e pensamentos; é uma conquista imensa para o homem e para os seus direitos. É um perigo, porém, para as ditaduras de todos os tipos – e por isso a comunicação através das redes sociais tornou-se um dos alvos principais da repressão das tiranias pelo mundo afora. Lula, desde a sua campanha eleitoral, se juntou a esse coro; quer, também ele, censura do governo sobre a internet.

Naturalmente, ele e a esquerda mais grosseira, com o apoio de praticamente todo o aparelho judiciário, dizem que não é isso. Ao contrário: aproveitando-se da fantasia, tão difundida e tão inútil, segundo a qual “as leis” deveriam proibir que as pessoas dissessem mentiras nas redes sociais, Lula propõe um mundo onde o governo vai fazer com que todos digam a verdade. É a maior mentira de todas.

O “controle social” da mídia vai apenas criar a censura no Brasil – um comitê de militantes do PT passará a decidir o que é mentira e verdade, e isso quer dizer, na prática, que vai ser proibido publicar o que o governo não quer seja publicado. Todo o resto é uma trapaça monumental.

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Lula gostaria de um Brasil como o da campanha eleitoral – em que o TSE proibia dizer que ele foi condenado pela Justiça como ladrão, ou que é admirador do ditador da Nicarágua e por aí afora. Quer que tudo o que se diga contra ele seja carimbado como “discurso do ódio – e cortado das redes. Seu “controle social” dos meios de comunicação é o que se faz em Cuba, Venezuela, Nicarágua, para não falar de China e Coreia.

Não existe nenhuma democracia no mundo que faça o que o Lula está querendo fazer no Brasil. Ele e o PT falam que o direito de expressão vai ser garantido, dizem que “há leis” de controle da internet em “outros países”, que estão defendendo a “democracia” dos seus inimigos etc. etc. etc. Não há um átomo de sinceridade, nem de seriedade, em nada disso. A única maneira efetiva de se defender a liberdade de opinião é não fazer lei nenhuma a respeito do assunto; é por isso que as ditaduras têm todo o tipo de regras para “ampliar a livre expressão” de ideias – e as pessoas não têm nenhum direito de abrir a boca. O problema de Lula e da esquerda não tem nada a ver com verdade ou mentira. O que eles não querem é a liberdade.


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CORTE AMERICANA PODE MUDAR A INTERNET

 

Suprema Corte dos EUA pode mudar a internet para sempre; entenda

Juízes americanos podem responsabilizar Big Techs pelo conteúdo impulsionado pelos algoritmos de suas plataformas

Por Pedro Doria

A Suprema Corte americana começou a analisar um caso que pode mudar a cara da internet. Os pais de Nohemi Gonzalez, uma universitária de 23 anos que morreu num ataque terrorista em Paris, estão processando o YouTube. Seus advogados alegam que os três responsáveis pelo ataque no Teatro Bataclan, em 2015, foram radicalizados após assistirem a uma série de vídeos recomendados pelo site e produzidos pelo Estado Islâmico.

A praxe da Corte americana é de escolher os casos que julgará. Ela não é obrigada a aceitar nenhum, mas, sempre que considera haver uma questão constitucional importante, entra no debate. Os advogados submetem aos nove juízes seus argumentos por escrito e, depois, são convidados a sessões de sustentação oral. É quando os ministros têm a oportunidade de compreender melhor como cada lado vê o tema em debate. A primeira sessão foi na última terça-feira, 21.

O que está sendo testado é a seção 230 do Ato das Telecomunicações, aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Bill Clinton, em 1996. Em essência, a lei definiu que uma empresa com presença na web não poderia ser responsabilizada pelo que dizem usuários que publicam em seus sites. Em 1996, poucos sites ofereciam espaços para comentários. Havia também espaços de discussão, fóruns, começando a se popularizar. Não existiam ainda blogs, muito menos redes e algoritmos.

Ao falar de algoritmos, a partir de que momento as gigantes da tecnologia passam a ser responsáveis pelo que recomendam?

E esse é o argumento da família Gonzalez. A lei pode proteger o YouTube de coisas que o EI tenha publicado. A partir do momento em que o YouTube pinça um vídeo para sugerir a quem assiste, aí o exercício de expressão não é mais dos terroristas. O YouTube, como qualquer outro serviço baseado em algoritmos, se exprime através das escolhas de conteúdo que faz. O responsável pela seleção não é quem produziu o conteúdo. É o YouTube. Ou o Twitter. Ou o Facebook.

Mas alguns dos ministros exprimiram dúvidas. Afinal, mecanismos de seleção de conteúdo baseados em algoritmos tornaram a internet viável. Tornar as empresas responsáveis pelo que seus algoritmos recomendam não poderia abrir uma imensa onda de processos que trariam impactos econômicos inimagináveis?

A pergunta, que os juízes parecem estar fazendo, é onde está a linha divisória. Por óbvio, outras indústrias são responsáveis pelos danos que suas decisões internas causam. Ao falar de algoritmos, a partir de que momento as gigantes da tecnologia passam a ser responsáveis? A Suprema Corte tomará uma decisão este ano – e a decisão pode, inclusive, ser não decidir nada. Por enquanto.

LIVROS RECOMENDADOS PARA A SUA BIBLIOTECA

Literatura

Livros de não-ficção indispensáveis para ter na sua estante

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Ciência, história e até autoajuda: diferentes gêneros de livros que são presença obrigatória na estante de casa

Seja no Kindle ou na prateleira de casa, alguns livros são absolutamente indispensáveis. Não só pela facilidade de revisitar algumas histórias, mas também pela importância de saber que aquele livro tão importante está ali, à disposição, sem precisar carregar nada.

E caso não queria saber de uma estante física, e nem tenha espaço para colocar livros em casa, sem problemas. Também indicamos os valores dessas mesmas obras disponíveis para comprar em formato digital. Nem sempre fica muito mais barato do que a edição física, mas pelo menos não deixa aquelas pessoas fãs do digital fora da nossa seleção.

Confira, a seguir, uma seleção de três livros de não-ficção para ter na sua estante.

Stephen Hawking

Uma Breve História do Tempo

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*Quando esta matéria foi publicada, o preço era de R$36,00

Lançado originalmente em 1988, Uma Breve História do Tempo é um dos maiores sucessos do cientista Stephen Hawking — não à toa, vendeu mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo e ficou incríveis 237 semanas na lista de mais vendidos do Sunday Times.

Aqui, Hawking guia o leitor na busca por respostas a algumas das maiores dúvidas da humanidade: qual a origem do universo? Ele é infinito? E o tempo? Sempre existiu, ou houve um começo e haverá um fim? Existem outras dimensões além das três espaciais?

A partir daí, com um texto que mistura uma base científica sólida com uma escrita mais descontraída, com aquele humor típico de Hawking, desenrola-se uma representação de conceitos complexos. Para o leigo, é o vislumbre dos segredos mais profundos da criação.

Yuval Noah Harari

Sapiens: Uma Breve História da Humanidade

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*Quando esta matéria foi publicada, o preço era de R$62,00

Qual a história por trás da ascensão e do sucesso do Homo sapiens? O que nos diferencia a ponto de sermos capazes de criar obras de artes, ciências e até mesmo guerra? É exatamente isso que investiga o ótimo livro Sapiens: Uma Breve História da Humanidade.

Yuval Noah Harari, doutor em história pela Universidade de Oxford, aborda em Sapiens a história da humanidade sob uma perspectiva inovadora. Não só busca compreender como subjugou outras espécies, mas também coloca essa herança em uma perspectiva moderna.

Explica, com uma visão aprofundada, como o capitalismo é a mais bem-sucedida religião, que o imperialismo é o sistema político mais lucrativo, que nós, humanos modernos, podemos ser mais poderosos que os nossos ancestrais, mas que não somos mais felizes.

Charles Duhigg

O Poder do Hábito

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*Quando esta matéria foi publicada, o preço era de R$49,00

Escrito por Charles Duhigg, repórter investigativo do The New York Times, O Poder do Hábito mostra que a chave para o sucesso é entender como os hábitos funcionam – e como podemos transformá-los. Um livro marcante e um dos mais vendidos de não-ficção.

Tudo isso a partir de histórias reais sobre mudanças de hábitos, ou, melhor, percepções de como os hábitos surgem e se modificam. É o jovem que para de fumar e muda os padrões cerebrais. A campanha publicitária que percebe uma mudança de hábito e fatura bilhões.

Ou, uma das melhores histórias contadas por Duhigg no livro, sobre um executivo que faz de tudo para que uma empresa mude os hábitos de segurança de seus funcionários. Aos poucos, isso faz com que ela ganhe uma força extraordinária e passe a valer bilhões.

Todas essas histórias têm, em comum, o fato de que conseguiram sucesso apenas focando em mudar padrões ou, melhor, perceber seus próprios hábitos. A partir daí, Charles Duhigg apresenta o novo entendimento da natureza humana e seu potencial para a transformação.



Crédito da primeira foto: Kimberly Farmer/Unsplash

Tudo que recomendamos

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GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS EMPRESAS FAZ REDUZIR DEFAZAGEM NA MÃO DE OBRA

 

Empresas de tecnologia apostam em gestão do conhecimento para reduzir defasagem de mão de obra no setor

Fábio Barros – CEO da Infox Tecnologia

Nos próximos anos, profissões ligadas à tecnologia devem sofrer defasagem de mais de meio milhão de pessoas

Não é de hoje que a área de tecnologia da informação vive um apagão de profissionais qualificados. Dados do Fórum Econômico Mundial apontam que 55% das empresas do setor encontram lacunas de competências para a contratação de trabalhadores nesse ramo. No Brasil, a situação não é diferente. Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais, o país deve ter um déficit de 532 mil pessoas para trabalhar na área. Diante da alta defasagem, algumas empresas têm apostado na criação de uma área para a construção do conhecimento e capacitação.

Na tentativa de driblar a alta defasagem profissional no mercado de tecnologia para desenvolvimento de projetos, o CEO da Infox Tecnologia, Fábio Barros, aposta na criação de uma área para a construção do conhecimento e capacitação de seus colaboradores.

“Estamos investindo na criação de uma área de gestão de conhecimento, pesquisa e inovação. Focaremos em trilhas de formação de hard skills que precisamos. Isso é um trabalho de médio e longo prazo, mas que precisa começar agora. Precisamos não só preparar nossos colaboradores para novas tecnologias, como também precisamos ir atrás de coisas que serão tendências daqui a 3 ou 4 anos. É isso que nos colocará na vanguarda dos serviços que prestamos para nossos clientes”, destacou o CEO.

De acordo com Barros, a relação entre o tempo de formação e as exigências têm, atualmente, grande incompatibilidade, mas que nos próximos anos a expectativa é de que isso possa ser corrigido. “Os movimentos das universidades corporativas e a adaptação do sistema de ensino formal, para as novas tecnologias, deve reduzir isso. Os próximos 3 ou 4 anos ainda serão de uma relação deficitária entre vagas e profissionais. Há muito espaço para ser preenchido. Parte desse espaço deve ser tomado pelo mecanismo de reciclagem de profissionais que estão se atualizando e isto terá um impacto no médio prazo, com certeza”, disse.

Alguns estudos apontam a baixa capacitação profissional neste setor como principal empecilho para a produção de novas tecnologias. O relatório “O impacto e o futuro da Inteligência Artificial no Brasil”, produzido pelo Google for Startups, destacou que 57% das empresas acreditam que o déficit de colaboradores qualificados é o que mais prejudica o desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) no Brasil, por exemplo. Para a Infox, o “hype” está fazendo muita gente querer este mecanismo em qualquer solução tecnológica, sem observar a esteira de formação profissional no país.

Para Fábio Barros, o desenvolvimento dessas novas tecnologias revisita alguns desafios que o setor e as empresas enfrentarão nos próximos anos. “A pesquisa e o desenvolvimento das empresas e das universidades precisam pensar não só no produto fim que a Inteligência Artificial pode gerar, mas em como se constrói um novo algoritmo, uma nova solução antes do produto-fim. Isso pode ser o grande diferencial do Brasil nesse setor”, pontuou.

Em 2023, a área de tecnologia deve continuar liderando as intenções e procura do mercado de trabalho. Entre os cargos que devem continuar em alta, estão os ligados à inovação, transformação digital, e-commerce e desenvolvimento. E a inovação é uma das áreas onde a empresa atuará neste ano, investindo em novas tecnologias para os produtos ofertados pela empresa. “Um exemplo disso é que queremos trazer mais inteligência de dados para dentro dos nossos produtos. Manipulamos um monte de informações, mas ainda entregamos pouco sobre o que essas informações representam para os nossos clientes”, concluiu.

 Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                  

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

MINISTÉRIO DA VERDADE QUER COMBATER O DISCURSO DE ÓDIO COM MAIS ÓDIO

 

Ministério dos Direitos Humanos
Governo Lula monta liga de inimigos da direita para combater “discurso de ódio”
Por
Leonardo Desideri – Gazeta do Povo
Brasília


Felipe Neto, Manuela d’Ávila e Débora Diniz integram o grupo de trabalho do governo Lula com objetivo alegado de combater o “discurso de ódio”. | Foto: Reprodução/STF/Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira (22) a criação de um grupo de trabalho com o objetivo alegado de combater “o discurso de ódio e o extremismo”. A equipe será comandada pela ex-deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) e terá a participação do youtuber Felipe Neto.

O grupo poderá realizar estudos e propor políticas públicas de direitos humanos “para combater o discurso de ódio e o extremismo”, de acordo com a portaria que o instituiu. Será composto por cinco representantes do MDHC e 24 pessoas representantes da sociedade civil. Além de Neto e Manuela, vários dos designados para a tarefa são figuras que se notabilizaram pelo discurso radical contra ideias associadas à direita nos últimos anos. Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, afirmou nesta quarta que o grupo é “composto por profissionais e estudiosos de várias áreas que se dedicam a pensar a formação de uma cultura de paz”.

A antropóloga Débora Diniz, que está entre os nomes, é uma das principais militantes pró-aborto do país e fundadora da ONG abortista Anis. Recentemente, ela fez ataques no Twitter contra o cardeal Odilo Scherer e o catolicismo, insinuando que os católicos deveriam se afastar do debate público na discussão sobre a vida de bebês em gestação. “Aborto é sobre cuidado e prevenção. Uma religião que prega o perdão deveria se distanciar de punição que mata e adoece mulheres. Igreja Católica pode ter suas crenças particulares. Só não pode ter a pretensão de transformá-las em regra de bem viver para todos”, afirmou em resposta a um tuíte do cardeal.

A ativista feminista Lola Aronovich, que também faz parte da lista, é feminista radical e, em 2020, fez uma postagem em seu blog com o título “Facada mal dada do Ca*”, em referência ao atentado do qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi vítima em 2018. Lola já questionou diversas vezes a veracidade do atentado. Convocada ao grupo de trabalho para combater o extremismo, ela classificou recentemente os senadores Rogério Marinho (PL) e Eduardo Girão (Novo) como representantes da extrema-direita.

O sociólogo Michel Gherman, outro integrante do novo grupo de trabalho, afirmou via Twitter, em 2021, que era necessário parar de tratar os apoiadores do governo Bolsonaro como “bolsonaristas” e passar a chamá-los só de “nazistas” ou “fascistas”. Em palestra recente na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ele afirmou que o Brasil enfrenta uma “epidemia de nazismo”.

Outro nome da lista é o da socióloga Esther Solano, que em artigo à revista Carta Capital fez uma defesa explícita da estratégia de aliciar evangélicos com um discurso dissimulado para conseguir virar votos nas eleições de 2022. “Faço aqui um apelo a toda a militância petista, a todos os simpatizantes, mas sobretudo às figuras que têm um perfil público. Por favor, vamos pensar antes de falar publicamente sobre os fiéis e as igrejas evangélicas. Vamos aprender as sutilezas comunicacionais do que dizer, como dizer, com quem dizer, o léxico inteligente a se usar, o léxico que não é. Depois das eleições, a partir do conforto de nosso lugar recuperado em Brasília, falamos como vocês quiserem, mas antes não, antes, por favor, temos de ganhar estas eleições e nossa vitória não está garantida”, disse ela.

Grupo sobre discurso de ódio pode se unir a “Ministério da Verdade” em tentativa de controlar as redes

O grupo de trabalho, que começará a atuar no dia 1º de março, deverá produzir um relatório 180 dias após o início de suas atividades a ser encaminhado ao ministro Silvio Almeida para avaliação. Em sua primeira reunião, o grupo estabelecerá o calendário de encontros, seu modo de funcionamento e um plano de trabalho.

No anúncio do lançamento do grupo, Almeida sinalizou a intenção de coibir certos tipos de discursos em redes sociais. Ele afirmou que discursos de ódio “estão sendo naturalizados no ambiente público, principalmente nas chamadas redes sociais, onde certos grupos se sentem absolutamente à vontade para destilar o ódio e reforçar preconceitos”. “Esses discursos que pregam ódio, discursos fascistas, inspirados em experiências históricas de destruição, como o nazismo, não estão dentro daquilo que a gente chama de democracia e de liberdade de expressão. Eles têm que ser fortemente combatidos, não podem chegar ao coração das pessoas”, observou.

O funcionamento do novo grupo de trabalho é semelhante ao de conselhos que combinam a participação de membros da sociedade civil com representantes de órgãos do Executivo, e que foram cruciais no aparelhamento do Estado promovido por gestões petistas no passado. Embora não seja um conselho, o grupo tem o mesmo tipo de funcionamento colegiado e de poder consultivo.

A criação de um órgão para combate ao “discurso de ódio” é mais uma iniciativa do governo Lula que apela à índole de censura e que tem ganhado força na esquerda nos últimos anos, especialmente em temas relacionados ao controle da liberdade de expressão nas redes. Dentro da Advocacia Geral da União (AGU), foi criada a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia; na Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, estabeleceu-se o Departamento de Promoção da Liberdade de Expressão. Esses órgãos têm sido apelidados de “Ministério da Verdade”.


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O FUTURO DA DÍVIDA PÚBLICA É O SEU AUMENTO CADA VEZ MAIS

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Notas de real. Imagem ilustrativa| Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Depois de uma redução inesperada, as perspectivas para a dívida pública como porcentagem do PIB sofreram uma reversão drástica e não são nada boas. A explosão de gastos públicos durante a fase inicial da pandemia de Covid-19 elevou o indicador para o recorde de 87,6%, mas no fim de 2021 a dívida já havia recuado para 80,4% e o mercado esperava que até 2030 ela se mantivesse ligeiramente abaixo de 80%. No entanto, a dívida caiu mais que o esperado, chegando a 73,5% no fim do ano passado, graças a um forte aumento na arrecadação e ao crescimento da economia – apesar disso, as projeções do mercado agora apontam para uma dívida que seguirá crescendo até chegar a 90,4% do PIB no fim da década. O que aconteceu em tão pouco tempo para uma mudança tão grande nas expectativas, e o que pode ser feito para impedir que o Brasil entre em uma perigosa espiral de endividamento?

Entre o fim de 2021 e o fim de 2022 o Brasil presenciou a morte de sua âncora fiscal. O teto de gastos, se fosse devidamente cumprido, tinha entre suas consequências positivas o fato de que entradas adicionais de dinheiro – seja com arrecadação maior, seja com eventos extraordinários como privatizações e concessões – pudessem ser destinadas ao abatimento da dívida pública. Mas o governo de Jair Bolsonaro e o governo eleito de Lula patrocinaram três PECs que demoliram o teto. As PECs dos Precatórios e dos Benefícios desmoralizaram o instrumento, colocando cada vez mais despesas fora do alcance da regra; a da Transição ficou conhecida como “fura-teto”, mas ela não representava apenas mais um rombo no teto: ela formalmente decretava o seu fim e sua substituição por um novo arcabouço fiscal que ainda está por ser conhecido. A vitória, na eleição presidencial, de um partido adepto da gastança em nada ajudou nas perspectivas para o endividamento.

Endividar-se nos mesmos níveis de um país desenvolvido, mas sem o mesmo grau de confiabilidade dessas nações, é um destino que o Brasil precisa evitar, mas para o qual parece estar se encaminhando

O tamanho do problema que se avizinha pode ser melhor compreendido comparando a dívida brasileira com a de outros países. O critério mais usado no Brasil exclui os títulos da dívida que estão em posse do Banco Central, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) inclui esses títulos em sua conta. Na edição mais recente de seu Monitor Fiscal, de outubro de 2022, a dívida brasileira corresponde a 88,2% do PIB, enquanto a média da América Latina é de 68% e a das nações emergentes, de 65,1%. As nações ricas, é verdade, estão ainda mais endividadas: a média registrada pelo Monitor Fiscal é de 112,4% do PIB e a do G7 é ainda maior, de 128,3%. No entanto, esses países são capazes de rolar sua dívida a juros baixos, ao contrário do Brasil.

Este é um destino que o Brasil precisa evitar, mas para o qual parece estar se encaminhando: endividar-se nos mesmos níveis de um país desenvolvido, mas sem o mesmo grau de confiabilidade dessas nações. PIB estagnado – para este ano, as previsões mais recentes estão em 0,76% – e o gasto público em alta apontam para uma alta forte da dívida como porcentagem do PIB nos próximos anos. Não há outra forma de reverter essa trajetória a não ser pela construção de superávits primários sólidos (de 2,5% do PIB neste ano e 1,5% em média nos próximos anos), como aponta a Instituição Fiscal Independente (IFI), vinculada ao Senado.

VEJA TAMBÉM:
Pacote contra déficit está muito longe do ajuste necessário (editorial de 14 de janeiro de 2023)
A dívida pública e o autoengano (editorial de 13 de dezembro de 2022)
A difícil missão de controlar a dívida pública (editorial de 31 de julho de 2021)


O governo Lula até compreendeu a necessidade de melhorar o resultado primário, mas os primeiros movimentos apontam para uma correção equivocada, feita pelo lado da receita, e não da despesa: o aumento na carga tributária correspondia a dois terços do efeito do pacote anunciado pelo ministro Fernando Haddad na primeira quinzena de janeiro. Mas a fome de qualquer governo tem um limite, a partir do qual começa a prejudicar a atividade econômica e, consequentemente, a sua arrecadação. Não há outro caminho possível a não ser um ajuste fiscal sólido, com um novo arcabouço fiscal eficiente – técnicos do Tesouro elaboraram um modelo que usa a própria dívida como critério para permitir elevação de gastos acima da inflação – e medidas de enxugamento e otimização do Estado; no entanto, como o petismo tem verdadeira ojeriza a boa parte das medidas necessárias, como reforma administrativa e privatizações, apenas uma feliz confluência de eventos benéficos será capaz de manter a dívida pública sob controle pelos próximos anos.

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LULA BONZINHO COM GOVERNADORES PARA OBTER APOIO NO CONGRESSO

 

Troca de apoio
ICMS e obras entram na articulação de Lula com governadores por base no Congresso
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília


Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com governadores para negociar ICMS| Foto: Mauricio Tonetto / Palácio Piratini

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem investido na aproximação com governadores para tentar ampliar a base do governo no Congresso Nacional. A troca de apoio passa pelas negociações para recompor o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pela liberação de verbas para obras no estados.

Nos cálculos de lideranças do Palácio do Planalto, os governadores exercem certa influência sobre as bancadas de deputados e senadores em seus estados. Com isso, um alinhamento com o presidente Lula poderia atrair parlamentares para a base do governo em votações estratégicas, como a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal que será apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda nesse semestre.

Lula fez um encontro com todos os governadores no final de janeiro e indicou que não fará distinção entre aqueles que o apoiam ou fazem oposição ao governo federal. Na ocasião, os governantes apresentaram suas demandas e, desde então, técnicos do Planalto estão trabalhando nas pautas prioritárias.

Entre elas está a recomposição das alíquotas do ICMS, que passou a ser uma das prioridades do Palácio do Planalto junto aos governadores. Os chefes dos Executivos estaduais querem que o governo federal compense o rombo nos cofres dos estados, na ordem de R$ 38,6 bilhões. Na semana passada, Haddad esteve reunido com sete governadores de diferentes partidos e indicou que medida que fixou alíquota do ICMS e reduziu preço dos combustíveis foi ”lambança” do governo anterior.

Recomposição do ICMS visa apoio para pautas no Congresso 
No ano passado, o governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL) encaminhou e aprovou no Congresso duas leis que impuseram mudanças na base de cálculo do tributo estadual sobre combustíveis, energia e telecomunicações. Com a medida, a alíquota passou a ser unificada, variando entre 17% e 18%.

Aos governadores, Haddad indicou que o Palácio do Planalto está empenhado em achar uma alternativa que atenda os estados. Uma das possibilidades seria a compensação pela perda de arrecadação dos valores retroativos ao segundo semestre de 2022 em até quatro anos.

Outro ponto defendido foi a imediata execução de uma portaria editada pelo próprio Ministério da Economia, em setembro do ano passado, que prevê a compensação caso a queda de receita seja acima de 5%. Com essa estimativa, a União desembolsaria cerca de 18 bilhões de reais na transferência de recursos.

O encontro reuniu os chefes do Executivo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); do Amazonas, Wilson Lima (União); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); do Maranhão, Carlos Brandão (PSB); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); e o do Piauí, Rafael Fonteles (PT).

“A gente sabe que a União tem seus próprios desafios fiscais e sabemos da situação difícil dos estados. Temos disposição de negociar uma solução que não sobreonere a União, mas que também não deixe os estados numa situação difícil”, disse Eduardo Leite após o encontro.

Paralelamente, Haddad pediu apoio aos governadores para que o Congresso Nacional aprove as medidas de recuperação econômica. Além da proposta de reforma tributária e da proposta que vai substituir o teto de gastos, o Planalto tenta manter o texto da medida provisória editada por Lula que muda as regras de julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Como a Gazeta do Povo mostrou, a MP enfrenta resistência por parte dos congressistas.

Estratégia de aproximação de Lula mira governadores aliados de Bolsonaro 
Além do encontro de Haddad com Tarcísio para tratar da recomposição do ICMS, Lula esteve ao lado do governador paulista durante o feriado de carnaval para tratar das ações de recuperação do litoral norte de São Paulo após as fortes chuvas que atingiram a região. Durante seu discurso, Lula celebrou a união com Tarcísio durante o momento de crise.

“Essa parceria que estamos fazendo é uma fotografia boa para o nosso país. Eu sei em que partido Tarcísio disputou as eleições, vocês sabem em que partido eu disputei as eleições e veja que coisa bonita e simples: nós estamos juntos. Acabou a eleição”, disse Lula puxando para seu lado Tarcísio e Felipe Augusto (PSDB), prefeito da cidade de São Sebastião (SP).

Além de Tarcísio, os articuladores de Lula também estão buscando se aproximar de outros governadores ligados ao governo anterior. Entre eles, os governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Mauro Mendes (Mato Grosso) e Ronaldo Caiado (Goiás).

“Lula reforça a importância da democracia e diz que questões políticas não podem estar acima do interesse da população”, defendeu o senador Humberto Costa (PT-PE).

Recentemente, durante uma visita ao Rio de Janeiro, Lula indicou que pretende trabalhar ao lado de Castro para levar mais investimentos para o estado, que é reduto eleitoral da família Bolsonaro. Castro integra o mesmo partido de Bolsonaro, o PL, mas vem negociando uma filiação a outros partidos, entre eles o PSD, que conta com três ministérios no governo Lula.

“O que importa é que temos maturidade, presidente Lula, pois juntos temos a missão de trabalhar para esse povo”, disse Castro na ocasião.

O Palácio do Planalto criou o Conselho da Federação, uma entidade que terá Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ministros, governadores e prefeitos e que vai organizar uma agenda prioritária de obras e parcerias.

Tarcísio apresentou como demanda, por exemplo, a concessão do Porto de Santos, obras como o Túnel Santos-Guarujá, investimentos em trens e metrôs, renegociação de dívidas de hospitais com bancos federais e mais verbas para a saúde. Já Mauro Mendes cobrou o destravamento da implantação do Ferrogrão em Mato Grosso.

Lula ampliou pressão para ampliar base do governo no Congresso Nacional
A avaliação dos articuladores de Lula é de que esse movimento será determinante para que os governadores articulem pelo governo federal junto aos deputados e senadores no Congresso Nacional. Até o momento, integrantes do governo não indicam qual seria o tamanho da base de apoio de Lula no Congresso Nacional.

Recentemente, durante uma reunião do conselho político, Lula disse que a falta de uma base fora dos partidos de esquerda pode deixar “mais caro” aprovar as medidas no Legislativo.

“Nós precisamos ser mais precisos, porque quanto mais a gente demora para encontrar uma solução, seja num acordo simples de votação de uma medida provisória, de um projeto de lei, de uma emenda constitucional, quanto mais tempo passa, mais fica caro você aprovar aquelas coisas. Ou seja, fica muito mais crivada entre nós a desarmonia e nós não queremos desarmonia”, afirmou Lula.

Estima-se que o apoio atual seja de 228 deputados e de cerca de 40 senadores. Assim, o governo teria dificuldades para aprovar, por exemplo, uma proposta de emenda constitucional, que depende dos votos de 308 deputados e 49 senadores.

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INJUSTIÇA COM OS PRESOS DA INVASÃO DE BRASÍLIA

Por
Marcel van Hattem – Gazeta do Povo


Manifestantes detidos na Academia Nacional de Polícia em Brasília. Imagem do local na terça-feira (10)| Foto: Reprodução / Redes sociais

Visitei na semana passada os presídios do Distrito Federal, tanto o feminino da Colmeia como o masculino da Papuda. Voltei de lá com muitos relatos do ocorrido no dia 8 de janeiro, pedidos de ajuda, dezenas de bilhetes a serem encaminhados a familiares e uma inelutável convicção: não há dúvida nenhuma de que os terríveis atos de vandalismo realizados aos Três Poderes em Brasília precisam ser investigados e os responsáveis punidos, mas as prisões efetuadas supostamente em decorrência das depredações são, senão todas, quase todas ilegais, inconstitucionais e abusivas. São quase mil presos hoje, praticamente nenhum com passagem anterior na polícia. São quase mil pessoas que provavelmente nunca pisaram em uma delegacia (a não ser, talvez, como vítimas da violência endêmica no Brasil) com suas vidas paradas, seus familiares e amigos aos prantos, seus empregos e negócios perdidos.

Sob o ponto de vista jurídico, é simplesmente inadmissível o que está acontecendo nesse momento no Brasil: no dia em que visitei a Colmeia, também esteve presente no presídio o oficial de Justiça para citar as detentas. Todas as citações que vi, sigilosas e de difícil acesso até mesmo para advogados, eram praticamente idênticas, um copia e cola de argumentos e narrativas sem provas da participação individual da pessoa citada. A individualização da conduta, característica básica do processo penal, inexiste por completo. As audiências de custódia, feitas anteriormente e que levaram um total de nove dias em lugar das 24h previstas em lei, foram apenas para dar verniz de processualidade. Os juízes escalados para realizá-las não tinham sequer o poder de decidir sobre a manutenção das prisões, pois o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, é o único com poderes para, com sua caneta, definir o futuro de cada um dos detentos.

O Congresso Nacional precisa agir, esclarecer tudo, fazer justiça a quem deve e corrigir as injustiças feitas a quem não deve.

Também assusta que o flagrante, tão necessário para que se efetue uma prisão naquelas circunstâncias, é duvidoso, quando não incerto, distorcido apenas para justificar as detenções ilegais. Não se pode atestar, com base nas prisões realizadas na área dos Três Poderes, se as pessoas detidas ali e agora aprisionadas de fato concorreram para a depredação ou se, pelo contrário, tentavam impedir quem ali estivesse para quebrar tudo ou, até mesmo como alguns alegam, buscavam refúgio em lugar seguro, no interior dos recintos, no momento mais crítico da necessária ação das forças de segurança para conter a depredação.

Já as prisões realizadas no Quartel General do Exército, na manhã do dia 9 de janeiro, nas palavras do meu colega deputado federal Sanderson (PL-RS), foram todas ilegais. Todas. Não havia flagrante e, pior ainda, muitos dos que até hoje estão presos chegaram ao acampamento apenas na noite do dia 8, horas depois de terminados os atos de vandalismo. Conforme relato que escutei, até um motorista de aplicativo, que teria deixado um passageiro naquela noite de domingo no QG, ao descer do carro para observar como o acampamento teria ficado, foi impedido de sair como todos os demais que lá estavam. No dia seguinte, foi encaminhado, preso juntamente com os demais, incluindo crianças e idosos, em ônibus à Academia da Polícia Federal.

No entanto, a falta de devido processo e a injustiça cometidas contra quem apenas protestava por um país melhor, ainda que discordemos das pautas defendidas, são inaceitáveis.

“Disseram-nos que nos levariam a um lugar seguro, ninguém anunciou prisão. Fomos enganados”, relatou-me um detento. Depois da triagem na Polícia Federal, que chegou a durar 72 horas em condições improvisadas e degradantes, em um ginásio sem as condições de receber presos, muito menos centenas deles, as mulheres que não foram liberadas foram levadas gradativamente à Colmeia; os homens, à Papuda. Registre-se: as prisões em massa determinadas pelo STF geraram um enorme excedente nos presídios. Na Papuda, passaram de 1,2 mil para mais de 2 mil presos. Na Colmeia liberaram presas por crimes comuns para cumprir pena domiciliar para dar lugar às detentas dos dias 8 e 9.

Na Papuda encontrei um “vendedor itinerante”, como ele próprio se intitula. Perguntei-lhe se viajou a Brasília de graça: “Não, paguei R$ 580 na passagem”. Ao lhe questionar se teria, financeiramente, valido a pena, retirou do bolso do uniforme branco fornecido pelo presídio maços de dinheiro. “Está aqui, R$ 4 mil”. O vendedor de bandeiras alega que veio a Brasília trabalhar e vender seus produtos a quem estava no QG. Agora, está preso. Várias foram às vezes em que externei minha opinião de que protestar diante de quartéis não era adequado. Contudo, jamais poderia imaginar que, no Brasil, simplesmente estar diante do principal prédio do Exército Brasileiro, protestando ou mesmo trabalhando, um dia poderia dar cadeia.

Durante minhas diligências, em que pese a boa vontade das administrações e funcionários de ambas as penitenciárias em atender com a dignidade possível quem lá está, vi e colhi depoimentos de aberrações inexplicáveis. Na Colmeia, uma esposa de policial militar, visivelmente atordoada pelo uso de remédios, havia tentado poucos dias antes o suicídio; outra senhora, de 70 anos, pedia com os olhos cheios de lágrimas que intercedêssemos para desfazer o suposto mal entendido que a teria levado àquele lugar; uma professora, mãe de um filho de 7 e outro de 10 anos, pedia também ajuda para que saísse logo, pois, ainda por cima, era responsável pelo pai doente com quem, obviamente, agora não tem mais contato.

O Supremo Tribunal Federal age como se a defesa da democracia no Brasil dependesse de ações coletivas de perseguição política e amedrontamento.

Um homem circulava na Papuda com bolsa de colostomia, vitimado por um câncer; outro, com quem conversei, é aposentado por invalidez, disse-me onde poderia encontrar seu laudo médico atestando a deficiência mental e me questionava se o seu auxílio-doença continuaria a ser pago. Na própria conversa foi fácil perceber que falava a verdade. Difícil mesmo era compreender como segue preso provisoriamente um senhor perto dos seus 60 anos que cuida na fronteira gaúcha do seu pai, de 84, portador de marcapasso, e que foi a Brasília numa “excursão” acompanhado de um amigo. “Por Deus, quero perder minhas duas vistas, não mereço estar aqui”, dizia com olhos marejados, em meio a soluços esparsos que dava enquanto ouvia outro preso, ao seu lado, relatando seu caso. A equipe de saúde local, resumida a um único médico acompanhado de uma equipe mínima em cada um dos presídios, claramente não dá conta das novas demandas surgidas com tantos presos a mais nas unidades, ainda mais considerando a idade média mais avançada das detentas e dos detentos dos dias 8 e 9 de janeiro em comparação com os criminosos que já estavam encarcerados antes de chegarem os novos hóspedes.

Repito: àqueles que depredaram, vandalizaram, profanaram com violência os palácios da nossa democracia, os rigores da lei e as premissas da nossa Constituição. No entanto, a falta de devido processo e a injustiça cometidas contra quem apenas protestava por um país melhor, ainda que discordemos das pautas defendidas, são inaceitáveis. O mesmo Supremo Tribunal Federal que por vezes tem sido brando, para dizer o mínimo, com a corrupção e a criminalidade, que solta bandidos condenados e concede habeas corpus a traficantes perigosos, agora age como se a defesa da democracia no Brasil dependesse de ações coletivas de perseguição política e amedrontamento. Age fora da lei, fora da Constituição. Com a complacência da maior parte da mídia brasileira e o silêncio obsequioso de instituições como a OAB, os abusos de autoridade se multiplicam. Até quando toleraremos tamanha injustiça?

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Diante de tantas irregularidades, um grupo de parlamentares incluindo o deputado Sanderson (PL-RS), Adriana Ventura (NOVO-SP) – que também visitou os presídios – e eu, está atuando para que a lei seja respeitada. Ainda nesta semana apresentaremos ofícios à Ordem dos Advogados do Brasil e a Defensoria Pública para que todos os presos possam ter seu direito à defesa garantido. Já para a Procuradoria-Geral da República solicitaremos a individualização das condutas, conforme determina a legislação penal. Também estamos em contato com o Conselho Federal de Medicina e com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal para avaliar a possibilidade de atendimento dos presos com comorbidades por médicos voluntários já dispostos a auxiliar.

O Congresso Nacional precisa se posicionar em defesa do seu povo, da Justiça e da nossa Constituição. A instalação da CPI do Abuso de Autoridade do STF e do TSE, bem como a CPMI dos atos de 8 de janeiro, demonstram-se a cada dia mais importantes. A decisão do governo Lula de impor sigilo sobre as imagens das câmeras de segurança no Palácio do Planalto é, no mínimo, suspeita. Um dos pedidos mais vocais que me foi feito por muitos detentos presos ainda no dia 8 era de que todas as imagens de todas as câmeras nos Três Poderes fossem liberadas o quanto antes, pois, quem não deve, também quer ver esse pesadelo ter fim o quanto antes. O Congresso Nacional precisa agir e as Comissões Parlamentares de Inquérito, na falta de outro poder, esclarecer tudo, fazer justiça a quem deve e corrigir as injustiças feitas a quem não deve.


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AGRONEGÓCIO E OUTROS ASSUNTOS

 

Seca no RS
Governo tem de começar a reconhecer a importância do agronegócio

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


Cidades em situação de emergência por estiagem no RS podem solicitar recursos para assistência aos moradores.| Foto: Paola Stumpf/SEMA

Na manhã desta quinta está chegando a São Sebastião, no litoral de São Paulo, a nau capitânia da Marinha brasileira, o Atlântico. É um navio-aeródromo com e múltiplas tarefas: leva seis helicópteros e tem um hospital de campanha com 200 leitos. Os 150 fuzileiros navais a bordo vão chegar à praia com barcaças de desembarque para ajudar as pessoas.

Também na manhã de quinta está saindo de Brasília uma comitiva, enviada pelo presidente da República, para o interior do Rio Grande do Sul, que tem 371 municípios em emergência por causa da seca. São 371 de 497 municípios no estado. É muita seca: 90 dias sem chuva, principalmente na região sul do estado, exatamente para onde vai a comitiva, que pousa em Porto Alegre e segue via rodoviária até Bagé, onde vai anunciar medidas. Acho até que tem dois ministros nesse grupo que nunca foram ao Rio Grande do Sul: Wellington Dias, que foi governador do Piauí, e Waldez Góes, que foi governador do Amapá. Também vai o futuro presidente da Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab).

O governo mostra disposição de reconhecer a importância do agronegócio. Um governo que foi eleito por muita gente que tem preconceito contra o agro, que detesta o agro, que apoia o MST, por exemplo. Mas é um sinal que o governo envia depois de ter cortado linhas de crédito do BNDES para o agronegócio. E quem pulou carnaval sabe que tudo dependeu do agro, não? Se tomou cerveja, tem cevada, lúpulo, malte. Se tomou refrigerante, tem açúcar, guaraná, laranja, limão. Se viu o carro alegórico passando, ele estava movido a biodiesel ou álcool. No combustível do carro tem álcool de qualquer maneira. Na fantasia tem o algodão. Comeu sanduíche? Estão lá o trigo, a linguiça, o ovo. Tudo veio do agro. Não tem como ignorar. É preciso parar com esse negativismo, é ridículo tentar negar a existência do agro brasileiro e sua importância nas nossas contas. O agro está precisando empregar muita gente também, está cheio de vaga, está precisando de gente. O agro brasileiro é um caso de sucesso.

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Reforma tributária para bancar governo inchado
O governo está anunciando reforma tributária em seis meses. Que pressa é essa? Por quê? Porque é preciso arrecadar mais. Porque subiu o gasto do governo com o próprio governo. Eram 22 ministérios e agora são 37, então a despesa aumenta, não é? Vejo gabinetes lotados de gente, como na Lei de Parkinson, que diz que o trabalho aumenta na medida em que houver gente disponível para fazê-lo. Então, inventam coisas para a pessoa fazer, coisas que não têm nenhuma produtividade, nada, zero. Para que serve o Estado, se não for para prestar serviço público? Não produz nada, não cria riqueza, só tira a riqueza de uns para aplicar, mas se aplicar no próprio Estado não adianta nada. Tem de aplicar em serviço público. Em outras palavras, duvido muito que uma reforma tributária seja para baixar os impostos. Só se eu fosse muito ingênuo para acreditar numa coisa dessas.

Senador Girão quer detalhes sobre prisões pós-8 de janeiro

O senador Eduardo Girão está oficiando para o ministro de Direitos Humanos, atrás de esclarecimentos sobre as cerca de 900 pessoas que estão presas, com dificuldades de saúde, de alimentação, de higiene, sem saber exatamente o porquê. Essa é uma questão básica, que tem de ser considerada pelos deputados, senadores, nossos representantes. O Congresso vai se encolher ou vai investigar o fato político que teve repercussão mundial? Vai deixar que esse fato político, com essas dimensões, seja tratado apenas como uma ocorrência policial?


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GOVER NO LULA NÃO CONCORDA COM AS REDES SOCIAIS LIVRES DE CENSURA

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