segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

COLOCAR A PESSOA CERTA NO LUGAR CERTO É UM GRANDE DESAFIO DAS EMPRESAS

 

Cilene Noman, especialista em Gestão de Negócios e Master Coach

Finanças empresariais: por que é importante controlar?

O autoconhecimento é a chave para conseguir encaixar as habilidades na área de atuação

Individualmente, cada ser humano possui talento especial, uma habilidade natural e para cada função há um perfil com o qual as pessoas tendem a ter maior sucesso. Mas o que acontece muitas vezes é que não há sintonia entre o perfil da pessoa e a função que ela exerce. Um dos grandes desafios das empresas é colocar a pessoa certa, no lugar certo. Acontece que para uma organização obter sucesso não é suficiente apenas que possua em seus departamentos os melhores profissionais, mas sim que consiga colocar os melhores profissionais, nos lugares que eles venham desenvolver todo o seu potencial.

Mas para que a pessoa certa esteja no lugar certo, é preciso “navegar” pelo autoconhecimento, ele é um processo de descobertas dos seus pontos fortes, bem como de suas fraquezas ou áreas de meçlhoria. “Durante essa indagação de si próprio, o indivíduo percebe se está em um lugar que não pode usar suas características mais marcantes, ou, se é cobrado por um talento que não tem. Assim, ele começa a refletir se está ocupando a posição correta”, destaca Cilene Noman, especialista em Gestão de Negócios e Master Coach.

Alinhado a isso, existe a orientação profissional, que também ajuda a identificar características pessoais que não foram percebidas. “Conhecendo a fundo seus interesses, objetivos e habilidades, você fica mais preparado para ter suas competências enquadradas na área de atuação”, diz Cilene.

Como ser a pessoa certa no lugar certo

Conheça sua personalidade;

Controle seus filtros;

Aproveite seu perfil;

Satisfaça suas motivações;

Use seus talentos;

Intensifique suas atitudes positivas;

Reduza seus pontos fracos;

Invista no que vale a pena;

Faça prática deliberada;

Mostre-se.

A   expressão a pessoa certa no lugar certo é usada quando há sintonia entre o perfil e o cargo, ou seja, quando a pessoa possui as características comportamentais adequadas à função, quando tem a possibilidade de ter seus valores motivacionais atendidos e seus melhores atributos sendo colocados em ação, assim ela estará agindo de acordo com sua natureza e, em consequência, desempenhará suas tarefas com competência e prazer.

ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON

1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com CNPJ ou não e coloca-las na internet.

2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da ValeOn.

3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?

Estratégias para o crescimento da nossa empresa

  1. Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
  2. Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
  3. Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
  4. Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
  5. Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.

O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.

Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas é um equívoco geralmente fatal.

Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim, desenvolver a bossa empresa.

4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa? Descreva suas marcas.

Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.

Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.

5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?

A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo, desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que representem mudanças catastróficas.

“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle, professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.

6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?

A escalabilidade é um conceito administrativo usado para identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento, sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou seja: a arte de fazer mais, com menos!

Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem acertadas.

Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e eliminando a ociosidade.

Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.

Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:

  • objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
  • etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
  • decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
  • gerenciamento de recursos focado em otimização.
  • Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)
  • E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com
  • Site: https://valedoacoonline.com.br/

domingo, 19 de fevereiro de 2023

LULA QUER ISOLAR DILMA NA CHINA

 


Lula quer isolar Dilma em banco sem relevância internacional na China
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

Formers Brazilian presidents Dilma Rousseff (L) and Luiz Inacio Lula Da Silva (R) take party in the Workers’ Party (PT) Congress in Sao Paulo, Brazil on November 22, 2019. (Photo by NELSON ALMEIDA / AFP)


Na última semana, o governo federal tornou institucional a classificação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como um “golpe”.| Foto: Nelson Almeida/AFP

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificaram nos últimos dias as negociações para que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) seja indicada para presidir o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como o “Banco dos Brics”. A instituição foi criada em 2014, reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mas nunca teve um papel de relevância no cenário internacional, segundo economistas.

Aliados do governo que não pertencem aos quadros do PT, dizem acreditar que a indicação de Dilma para o Brics seja uma forma de Lula se “blindar” dos desgastes que a imagem da ex-presidente pode gerar para o governo.

Havia um temor por parte de lideranças de siglas como MDB e PSD de que uma participação ativa de Dilma na gestão Lula acabasse reduzindo a aliança com partidos de fora do campo da esquerda, segundo quatro fontes ligadas às lideranças desses partidos. Elas falaram com a reportagem pedindo anonimato para evitar desgaste político.

“A Dilma é uma pessoa pela qual eu tenho o mais profundo respeito e carinho. A Dilma tecnicamente é uma pessoa inatacável, tem uma competência extraordinária. Onde ela erra, na minha opinião, é na política. Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar, para ouvir as pessoas”, disse Lula durante um ato de campanha.

Em entrevista à CNN Brasil, na quinta-feira (16), Lula afirmou que, se depender dele, Dilma será presidente do “Banco dos Brics”.

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Mas, segundo três integrantes da cúpula do PT, o currículo da ex-presidente, que coordenou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da gestão Lula em 2006, será determinante na estratégia do Brics para liberar recursos aos países emergentes. Os três pediram para não serem identificados, pois a manobra para colocá-la no NBD não foi concluída.

Para tentar chancelar a indicação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abriu diálogo com o atual presidente do banco dos Brics, Marcos Troyjo, para que ele renuncie ao posto. Troyjo foi indicado em 2020, pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) para um mandato que segue até 2025.

Desde a volta de Lula ao Palácio do Planalto, Dilma chegou a ser cotada para ocupar o posto de embaixadora do Brasil na Argentina ou para ser a representante brasileira na União de Nações Sul-Americanas (Unasul), foro criado em 2008 e que pode ser retomado neste ano por Lula.

Banco que visava desafiar instituições do Ocidente não decolou
A ideia inicial era de que o NBD fizesse frente a bancos hegemônicos do Ocidente, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, por exemplo.

Os Brics são um agrupamento de países que começaram a ser designados em conjunto em 2001 por serem economias em desenvolvimento. Ele é integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e surgiu com um caráter econômico. Mas, a China vem tentando transformá-lo em bloco político para confrontar diplomaticamente os Estados Unidos e seus aliados.

Ao ser criado, o “Banco dos Brics” teve um capital autorizado de US$ 100 bilhões, mas o capital inicial ficou abaixo disso: 50 bilhões, com contribuições igualmente distribuídas entre os cinco membros fundadores. A instituição está sediada em Xangai, na China, onde Dilma deve passar a morar se assumir sua presidência.

Para Luciano Nakabashi, professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP), o banco ainda não conseguiu superar as demais instituições de desenvolvimento do mundo. Além disso, segundo ele, a China acaba tendo uma influência maior na instituição em relação aos demais países por conta de seus interesses políticos.

China usa poder econômico para mandar de fato no “Banco dos Brics”
“Ainda não é um banco com relevância, quando se compara com outras instituições de fomento mundial. Foi uma ideia dos países do Brics, mas a China acaba tendo mais recursos e uma influência maior nos demais países emergentes. Não é um banco que tem atuado de forma muito importante para o desenvolvimento de outras nações ou das próprias nações que fazem parte do Brics”, afirma Nakabashi.

O banco do Brics fica atrás, por exemplo, do Banco de Desenvolvimento da China, que tem um patrimônio estimado em US$ 2,4 trilhões. A instituição já desembolsou quase US$ 100 bilhões em empréstimos soberanos aos países da América Latina nos últimos 15 anos e injetou mais dezenas de bilhões em programas especiais de financiamento regional.

“A [China] é o grande país que tem capacidade de realmente fazer financiamento, mas isso passa muito por uma questão política da China. Talvez neste momento a China esteja olhando para outros questões, como a retomada do pós-pandemia, e não necessariamente para o fortalecimento dos Brics”, diz o professor da USP.

Governistas são atraídos por possíveis financiamentos do “Banco dos Brics”
Nos cálculos dos petistas, Dilma vai poder atuar dentro dos Brics para garantir recursos para obras no Brasil e em outros países emergentes. O foco do banco é o financiamento de projetos de energia limpa e eficiência energética, infraestrutura de transportes, saneamento básico, proteção ambiental, infraestrutura social e digital. Tanto empresas privadas quanto órgãos públicos podem ter empréstimos aprovados pelo “Banco dos Brics”.

Lula tem apostado no financiamento de obras paralisadas em todo o Brasil como uma forma de injetar a economia nos próximos anos. Além de tentar atrair financiamentos do Brics, o petista já indicou que pretende usar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e até acordos de leniência da Lava Jato para retomar as obras de infraestrutura.

Sobre a influência que a ex-presidente Dilma pode exercer na liberação de recursos do banco do Brics para o financiamento de obras no Brasil, o economista André Perfeito alerta que esse cálculo vai precisar ser feito pelo governo brasileiro. “Não é porque o dinheiro do Brics está disponível que o Brasil precisa pegar diretamente da instituição. Tem que ser ver os custos da oportunidade e se o Brasil precisa desse instrumento agora”, afirma.

Dilma pode aproximar governo Lula de Xi Jinping
Apesar da pouca relevância do “Banco dos Brics nos últimos anos, o economista avalia que Lula tenta retomar o prestígio da ex-presidente após o processo de impeachment. “Acho que o Lula escolheu a Dilma por ela ser ligada ao mundo da infraestrutura, pois ela coordenou o PAC. Podemos questionar se funcionou ou não. Mas acho que o objetivo do Lula foi o de legitimar ela de novo e de dar poder para ela depois do impeachment”, diz Perfeito.

O “Banco dos Brics” tem uma carteira que soma US$ 32,8 bilhões, financiados em 96 projetos pelo mundo. A meta, segundo relatório divulgado pelo banco, é investir mais cerca de US$ 30 bilhões até 2026. No total, o Brasil já recebeu pouco mais de US$ 5 bilhões da instituição desde a sua fundação.

Integrantes do Palácio do Planalto dizem que a possibilidade de atuação de Dilma nos Brics e a proximidade da ex-presidente com o presidente da China, Xi Jinping, pesaram na escolha dela para o cargo. Lula pretende embarcar para Pequim na segunda quinzena de março e já costura junto aos seus aliados para que a ex-presidente esteja no banco durante sua visita ao país.

Além do cargo para Dilma, aliados de Lula acreditam que a petista pode ser uma ponte do Palácio do Planalto junto ao governo chinês. Na passagem por Pequim, Lula pretende transmitir a ideia de que o Brasil é um país preocupado com a economia verde, a inclusão digital e a reindustrialização.

PT busca “resgate histórico” de Dilma depois do impeachment de 2016
Com a indicação para o “Banco dos Brics”, a ex-presidente deve se mudar para Xangai para cumprir o mandato até 2025. Integrantes do PT dizem acreditar que o cargo dará a ela trânsito entre diversas lideranças mundiais. Assim, nos cálculos do partido, seria possível fazer um “resgate histórico” da imagem da ex-presidente, que passou pelo impeachment em 2016.

Desde a volta ao Palácio do Planalto, Lula e demais nomes do PT intensificaram a narrativa de que o processo de impeachment teria sido um golpe contra Dilma. O discurso já foi empregado por Lula diversas vezes ao longo dos últimos meses, e mais recentemente foi usado em falas do petista durante suas passagens pela Argentina e pelo Uruguai.

“Vocês sabem que depois de um momento auspicioso, quando governamos de 2003 a 2016, houve um golpe de Estado que derrubou a companheira Dilma Rousseff, a primeira mulher eleita presidente da República no Brasil”, disse Lula na Argentina.

Integrantes do PT defendem que o processo contra a ex-presidente de 2016 foi uma ação “orquestrada” pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ), e que culminou no afastamento da petista. Agora, avaliam que a imagem da ex-presidente pode ser recuperada tendo em vista o desmonte da Lava Jato e o retorno de Lula ao Palácio do Planalto.

De acordo com o processo, Dilma foi afastada de seu cargo depois de ter sido acusada de cometer crimes de responsabilidade fiscal, com a edição de decretos que criaram gastos sem autorização do Congresso Nacional. Com o impeachment, o então vice-presidente Michel Temer assumiu o governo até dezembro de 2018.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/lula-quer-isolar-dilma-em-banco-sem-relevancia-internacional-na-china/
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A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA CRESCE NO BRASIL

 

Editorial

Por
Gazeta do Povo


Propagar a própria religião e estimular os demais a aderir a ela é direito básico garantido pela liberdade religiosa, mas para o governo da Bahia é “discurso de ódio” e “crime”.| Foto: Monika Robak/Pixabay

Na eleição presidencial de 2022, um dos tabus estabelecidos pela Justiça Eleitoral foi a aliança entre o petista Lula e o ditador nicaraguense Daniel Ortega, uma amizade tão notória que nenhum dos lados fazia questão de esconder. Em seu país, Ortega praticamente destruiu as liberdades de expressão, de imprensa e religiosa, sem que se ouvisse um pio de seus amigos brasileiros. O temor de que Lula chegue no Brasil aos extremos impostos por Ortega aos nicaraguenses – como a recente condenação do bispo Rolando Álvarez a 26 anos de prisão – pode até ser infundado, mas, como lembrou meses atrás o colunista da Gazeta do Povo Flávio Gordon, nenhum regime adversário da liberdade religiosa sai fechando igrejas de imediato; as restrições mais severas são apenas o ponto culminante de todo um processo que se inicia com uma perseguição “não violenta”, que passa por fases como a ridicularização da crença e o assédio administrativo, burocrático e judicial.

Um exemplo desse tipo de ataque que, por trás da sutileza e de supostas boas intenções, esconde uma violação escancarada da laicidade estatal acaba de vir do governo da Bahia, estado governado pelo PT desde 2007. Em publicação no Instagram, o governo estadual e a Secretaria de Estado da Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi) listaram uma série de “frases e comentários carregados de ódio” que “são crimes, de acordo com o Código Penal Brasileiro”. Entre essas frases estão “Você precisa encontrar Jesus”, “Isso lá é religião?”, “Macumba é coisa do satanás” e “É de gesso, não vai te ouvir”. Cada exemplo é acompanhado de explicações didáticas como “Não é só Jesus. O princípio básico de todas as religiões é o amor, o que basta é encontrar aquela que te faz bem e que eleve a espiritualidade e o afeto entre as pessoas”, ou “Não temos o direito de criticar ou julgar”, ou ainda “Todas as doutrinas promovem bons sentimentos e afeto”.

Ao tomar para si o papel de determinar comportamentos e “verdades” de cunho religioso, o governo da Bahia vai muito além de simplesmente jogar no lixo a laicidade: ele se porta como autêntico totalitarismo

Em outras palavras, sob o pretexto de combater a intolerância religiosa, o governo da Bahia está simplesmente assumindo o papel de catequista, teólogo ou líder religioso, dizendo o que cada um deve buscar em uma religião, o que é ou não verdade em termos de fé, o que um fiel pode ou não pode dizer ou discutir… já temos aí uma ofensa explícita à laicidade estatal, pela qual o poder político não se intromete, de forma alguma, na esfera religiosa. Mas, ao tomar para si o papel de determinar comportamentos e “verdades” de cunho religioso, o governo da Bahia vai muito além de simplesmente jogar no lixo a laicidade: ele se porta como autêntico totalitarismo. Pois, se um regime autoritário muitas vezes se limita a exercer com mão de ferro o poder político, o regime totalitário se imiscui em todas as esferas da vida humana, como a religião, determinando que crenças são aceitáveis e em que termos alguém pode viver sua fé. Foi assim que a União Soviética, por exemplo, perseguiu as igrejas e estabeleceu o ateísmo de Estado; a China prefere estabelecer versões “estatais” de religiões como o catolicismo, caçando e prendendo os que não aderem a essas entidades controladas pelo Partido Comunista.

O colunista da Gazeta Guilherme de Carvalho, ao analisar a campanha do governo baiano, ressaltou alguns dos aspectos mais sórdidos da iniciativa, como a criminalização da atividade evangelizadora, que está na essência de praticamente todas as religiões. Afinal, é natural que quem creia em algo e esteja convencido de ter encontrado a verdade queira propagá-la aos demais. Para os cristãos, evangelizar é justamente dizer a outros que eles “precisam encontrar Jesus” e, como afirma Carvalho, desejar que os outros também tomem conhecimento da verdade é uma atitude que demonstra grande consideração para com o próximo, desde que não se recorra à coerção – este era um dos temas do tão famoso quanto distorcido discurso de Bento XVI na Universidade de Ratisbona, em 2006. Mas o direito de difundir a própria fé, parte indispensável da liberdade religiosa, é transformado pelo governo da Bahia em “discurso de ódio” e crime (obviamente, a campanha não se presta a informar em qual artigo do Código Penal alguém que está divulgando sua fé seria enquadrado, até porque não existe tal situação na lei penal), quando na verdade a intolerância está em impedir uma pessoa de levar aos demais aquilo que ela considera ser a verdade sobre algumas das questões mais fundamentais da existência humana.

VEJA TAMBÉM:
Guilherme de Carvalho: O governo da Bahia acha que não, mas é intolerância religiosa sim!
Convicções da Gazeta: O Estado laico
Crônicas de um Estado laico: O que é liberdade religiosa? Realmente sabemos?
E quanto às demais frases? Elas refletem apenas o outro lado do mesmo direito: o de submeter suas convicções religiosas ao “mercado de ideias”. Como lembrou Guilherme de Carvalho ao comentar a campanha baiana, há uma via de mão dupla: todos têm o direito tanto de propagar sua fé quanto de criticar a crença alheia – e precisam estar dispostos a ouvir críticas à própria religião. “Os instrumentos internacionais deixam claro que as crenças religiosas podem ser escrutinizadas e contestadas no debate religioso e filosófico público, desde que as pessoas não sejam estereotipadas e que a violência não seja estimulada”, afirma, mostrando qual é o limite que não deve ser ultrapassado quando se trata de discutir religião. Por mais que muitos dos que creem em Deus possam se incomodar ao ver sua crença ou sua divindade chamada de “delírio”, a ninguém ocorreria, por exemplo, pedir a censura do famoso livro de Richard Dawkins com esse título – mas é justamente o que faz o governo da Bahia ao afirmar que determinadas expressões de desaprovação a crenças e rituais são “crime de ódio”. A vedação estatal à crítica às crenças e práticas religiosas alheias, portanto, é tão violadora da liberdade religiosa quanto a vedação à defesa pública das próprias crenças e práticas religiosas.

Qualquer pessoa imbuída de bom senso e, ao mesmo tempo, de um profundo respeito pelos adeptos de todas as religiões (ou de religião nenhuma) terá enorme dificuldade para compreender onde estão o “ódio” e o “crime” nas afirmações que o governo baiano qualifica como tais, mas saberá identificar de imediato a estratégia de classificar como “discurso de ódio” qualquer afirmação que se pretenda banir da esfera pública, como é o caso de alguns ditos “progressistas” em relação ao discurso religioso. Assim como a cartilha de “expressões racistas” do TSE que recorria a uma etimologia de botequim, a lista de “frases e comentários carregados de ódio” do governo baiano é uma tentativa canhestra de controlar a população por meio da linguagem – neste caso, ainda por cima, anulando uma liberdade relacionada a um aspecto fundamental da experiência humana. Como afirmou Carvalho, sob o pretexto do combate à intolerância religiosa, é o governo da Bahia que comete intolerância religiosa ao se portar como validador do discurso religioso e pretender determinar como alguém deve exercer sua fé. Como dissemos, um totalitarismo que por ora se manifesta de modo sutil, mas que, se não é contido, mais cedo ou mais tarde trocará a saudável laicidade estabelecida na Constituição de 1988 pelo laicismo antirreligioso que se transforma em perseguição ostensiva.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/campanha-governo-bahia-intolerancia-religiosa-2/
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VOCÊ SABE QUE O BRASIL TEM 815.676 ONGS REGISTRADAS?

Financiamento externo bilionário
Com Lula no poder

Por
Gabriel de Arruda Castro, especial para a Gazeta do Povo
18/02/2023 14:11

Em 2019, meses depois que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República, o governo da Noruega anunciou que deixaria de repassar recursos para o Fundo Amazônia, criado durante o governo Lula em 2008 para ajudar a bancar a preservação da floresta tropical. O impacto não seria pequeno: os noruegueses haviam sido responsáveis por mais de 90% do valor do fundo, que recebeu cerca de R$ 3 bilhões desde 2008. Com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial em outubro do ano passado, o governo da Noruega prometeu retomar as doações para o fundo, cujos recursos são redistribuídos, em parte, a organizações que atuam na região amazônica..

A mudança de postura da Noruega é reveladora da visão internacional sobre o novo governo brasileiro: a gestão petista, historicamente mais próxima de ONGs ambientalistas e indigenistas do que os grupos à direita, deve incentivar, direta ou indiretamente, um protagonismo maior das organizações não-governamentais. E isso pode trazer mais problemas do que benefícios.

Crescimento acelerado
O Brasil tem 815.676 ONGs registradas de acordo com o levantamento mais recente do Mapa das OSCIPs organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) – OSCIP é a sigla para Organizações da Sociedade Civil, o nome formal para o que se convencionou chamar de ONG. Desse total, 55.871 atuam na região Norte. O Mato Grosso, que também integra a Amazônia legal, tem 63.154. No cômputo geral, o aumento foi de 54% em uma década: em 2010, o Brasil tinha cerca de 530 mil OSCIPs.

Os dados não são totalmente precisos porque incluem um grande número de igrejas, o que foge à definição clássica de ONG. Por outro lado, existem milhares de organizações não-governamentais que não se registraram como OSCIP e, portanto, não entram na classificação do IPEA. De qualquer forma, os números ajudam a dimensionar o tamanho do desafio que é fiscalizar o funcionamento dessas entidades, muitas das quais são financiadas por governos estrangeiros.


O dinheiro vem de fora
Um exemplo do poder das ONGs na Amazônia é o papel exercido pelo Instituto Socioambiental (ISA). Fundada em 1994, a entidade se tornou uma das principais influências no debate público sobre o tema.

Uma análise das contas do instituto mostra que a maior parte do dinheiro vem de fora do país. Em 2020, o ISA teve uma receita de R$ 67, 9 milhões de reais. Desses recursos, R$ 59, 5 milhões (87,6%) vieram de fontes estrangeiras, segundo o balanço da entidade.

Entre os principais financiadores do ISA estão o governo da Noruega, a União Europeia e a CAFOD, um braço da Igreja Católica no Reino Unido. O Greenpeace, a OAK Foundation, a Procter & Gamble e a Penguin Random House também estão entre os doadores.

Mas o ISA não é uma exceção – várias outras organizações não-governamentais se sustentam com dinheiro estrangeiro. Por exemplo: em 2021, o Instituto Clima e Sociedade tinha um saldo de R$ 166,8 milhões obtidos em doações. Destes, mais de 99% vieram de fora do Brasil. A lista inclui os governos da Alemanha e do Reino Unido, além de fundações de empresas como o grupo americano Walmart e a sueca IKEA. Não é exagero afirmar que, sem a injeção de recursos estrangeiros, a ONG teria muitas dificuldades em sobreviver.

Uma terceira ONG que atua na Amazônia, o Imazon, teve em 2020 receitas de R$ 13,6 milhões. O segundo maior doador da entidade é o próprio Instituto Clima e Sociedade. O número 1 da lista é o governo da Noruega.


Caixa bilionário
Oficialmente, o Fundo Amazônia lida apenas com questões de meio ambiente e desenvolvimento econômico sustentável e iniciativas de “zoneamento ecológico-econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária.”

Desde que foi criado, o fundo já financiou 102 projetos e aplicou um total de R$ 1,7 bilhão (ainda há R$ 1,5 bilhão em caixa). Enquanto 93,8% do total de doações recebidas desde 2008 veio do governo da Noruega, o governo alemão aportou 5,7%.

Apenas por meio de um de seus braços, a Norad, o governo norueguês financiou entre 2001 e 2021 574 projetos no Brasil, com repasses que somam aproximadamente R$ 5,7 bilhões. Os dados foram obtidos nos balanços anuais das próprias organizações citadas. Neles, as organizações divulgam o total de receitas e despesas do ano anterior. A maioria traz apenas uma descrição genérica dos projetos — ou nem isso.

Falta de transparência de ONGs da Amazônia
Como os números deixam claro, uma parcela significativa das ONGs mais influentes que atuam na Amazônia sobrevive de recursos públicos, enquanto outras se alimentam de doações estrangeiras.

No primeiro caso, o maior risco é o da corrupção. Quinze anos atrás, a CPI das ONGs, no Senado, investigou o desvio de recursos públicos por meio de repasses a essas organizações. Inicialmente, o foco eram atos de corrupção cometidos durante o governo Lula. Mas o período investigado foi expandido e passou a abarcar de 1999 a 2009. Com um volume extenso de denúncias a apurar, a CPI durou mais de três anos, mas acabou se encerrando sem que um relatório final fosse aprovado.

No segundo caso, o maior problema é a possibilidade de governos e entidades estrangeiras tentarem interferir na soberania brasileira. O próprio relatório final da CPI das ONGs inclui uma manifestação do Ministério da Defesa segundo a qual as ONGs que atuam na Amazônia “recebem apoio da mídia internacional, com o intuito de restringir a presença e a legitimidade do Estado Brasileiro na região amazônica.”

E a Amazônia parece ser mesmo o foco dos recursos estrangeiros que abastecem essas organizações com sede no Brasil. Lá, longe dos holofotes, muitas delas alegam que promovem ações com os objetivos de prestar assistência aos indígenas, assegurar a preservação das culturas tradicionais e proteger a floresta.

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Joio e trigo

Para o antropólogo Edward Luz, que atua na causa indígena, as organizações não-governamentais não devem ser colocadas em um só balaio. Ele diz que muitas ONGs presentes na Amazônia fazem um trabalho sério e que permite um monitoramento adequado de suas ações. Ele menciona como exemplo o Projeto Tamar, que busca proteger as tartarugas marinhas. “Essas são ONGs com baixíssimo potencial de articulação geopolítica. O máximo que elas vão poder fazer é articular para uma nova unidade de conservação, pedir recursos lá fora”, ele diz, antes de complementar: “Nesse caso, o Estado brasileiro consegue monitorar com alto grau de transparência e monitoramento quantas tartarugas foram salvas.”

O problema, diz ele, são as ONGs que usam as minorias, como os indígenas, para promover interesses ocultos. “Não se consegue saber se o dinheiro que veio de Bruxelas ou Paris vai ser usado para resgatar a identidade dos

indígenas, comprar votos deles ou criar uma nova terra indígena no Brasil”, explica Edward. E, como antropólogo que já atuou para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em processos de demarcação de terras indígenas, ele tem experiência no assunto.

Para ilustrar seu argumento, Edward menciona a paralisação da construção da Ferrogrão, ferrovia que permitirá um escoamento mais rápido da soja produzida no Mato Grosso. Se sair do papel, a ferrovia correrá junto à BR-163, praticamente sem desmatamento. Ainda assim, o ISA articulou protestos e ações de lobby contra a iniciativa. “O ISA recebeu milhões de dólares para impedir a construção dessa rodovia usando seus instrumentos socioambientais”, diz ele.

Ex-funcionária da Funai e doutora em desenvolvimento sustentável, Josiana Santos diz que a atuação das ONGs na Amazônia por vezes torna os indígenas cronicamente dependentes. Por isso, uma redução da influência dessas organizações junto aos indígenas — embora desejável — precisa ser gradual. “Tirar as ONGs de indígenas que dependem delas em tudo seria um processo de desmame. Fazer com que eles entendam que precisam ter autonomia, protagonismo e desenvolver um meio de sobrevivência sem essas entidades é algo que se faz necessário”, diz ela.

Na opinião de Josiana, não é por acidente que ONGs acabam tornando os indígenas dependentes. “Quanto mais dependente as comunidades indígenas são, melhor é para elas [as organizações não-governamentais], até porque assim elas conseguem mostrar a vulnerabilidade e atrair financiadores”, explica.

Proposta relegada
O relatório final da CPI das ONGs, que tinha quase 1.500 páginas e foi elaborado pelo então senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), afirmava que a legislação sobre as organizações não-governamentais precisava ser aprimorada para que houvesse mais transparência. “É preciso avançar na estruturação e na criação de mecanismos para que o Estado possa conseguir fiscalizar e verificar a efetividade dos convênios celebrados, o que também depende de um marco regulatório novo e abrangente”, dizia o texto.

Edward Luz acredita que, mais de uma década depois, quase nada mudou: o Brasil continua despreparado para lidar de forma adequada com os abusos cometidos por (ou por meio de) ONGs. “Nenhuma nova legislação ou norma técnica do governo federal foi lançada neste sentido”, afirma. Para ele, o Executivo precisa ampliar sua capacidade de inteligência para identificar quais ONGs estão sendo usadas para praticar a corrupção e defender interesses estrangeiros. Ele também defende a criação de uma nova CPI das ONGs, sem prazo para acabar. Sem isso, ele afirma, a soberania do país na região amazônica continuará ameaçada.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/com-lula-no-poder-ongs-devem-voltar-a-ganhar-relevancia-na-amazonia/
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Vida e Cidadania
Financiamento externo bilionário
Com Lula no poder, ONGs devem voltar a ganhar relevância na Amazônia
Por
Gabriel de Arruda Castro, especial para a Gazeta do Povo
18/02/2023 14:11
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Presidente Lula (PT) ao anunciar a formalização da candidatura de Belém, capital do Pará, para sediar a COP-30| Foto: Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto
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Em 2019, meses depois que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República, o governo da Noruega anunciou que deixaria de repassar recursos para o Fundo Amazônia, criado durante o governo Lula em 2008 para ajudar a bancar a preservação da floresta tropical. O impacto não seria pequeno: os noruegueses haviam sido responsáveis por mais de 90% do valor do fundo, que recebeu cerca de R$ 3 bilhões desde 2008. Com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial em outubro do ano passado, o governo da Noruega prometeu retomar as doações para o fundo, cujos recursos são redistribuídos, em parte, a organizações que atuam na região amazônica.

A mudança de postura da Noruega é reveladora da visão internacional sobre o novo governo brasileiro: a gestão petista, historicamente mais próxima de ONGs ambientalistas e indigenistas do que os grupos à direita, deve incentivar, direta ou indiretamente, um protagonismo maior das organizações não-governamentais. E isso pode trazer mais problemas do que benefícios.

Crescimento acelerado
O Brasil tem 815.676 ONGs registradas de acordo com o levantamento mais recente do Mapa das OSCIPs organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) – OSCIP é a sigla para Organizações da Sociedade Civil, o nome formal para o que se convencionou chamar de ONG. Desse total, 55.871 atuam na região Norte. O Mato Grosso, que também integra a Amazônia legal, tem 63.154. No cômputo geral, o aumento foi de 54% em uma década: em 2010, o Brasil tinha cerca de 530 mil OSCIPs.

Os dados não são totalmente precisos porque incluem um grande número de igrejas, o que foge à definição clássica de ONG. Por outro lado, existem milhares de organizações não-governamentais que não se registraram como OSCIP e, portanto, não entram na classificação do IPEA. De qualquer forma, os números ajudam a dimensionar o tamanho do desafio que é fiscalizar o funcionamento dessas entidades, muitas das quais são financiadas por governos estrangeiros.

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O dinheiro vem de fora
Um exemplo do poder das ONGs na Amazônia é o papel exercido pelo Instituto Socioambiental (ISA). Fundada em 1994, a entidade se tornou uma das principais influências no debate público sobre o tema.

Uma análise das contas do instituto mostra que a maior parte do dinheiro vem de fora do país. Em 2020, o ISA teve uma receita de R$ 67, 9 milhões de reais. Desses recursos, R$ 59, 5 milhões (87,6%) vieram de fontes estrangeiras, segundo o balanço da entidade.

Entre os principais financiadores do ISA estão o governo da Noruega, a União Europeia e a CAFOD, um braço da Igreja Católica no Reino Unido. O Greenpeace, a OAK Foundation, a Procter & Gamble e a Penguin Random House também estão entre os doadores.

Mas o ISA não é uma exceção – várias outras organizações não-governamentais se sustentam com dinheiro estrangeiro. Por exemplo: em 2021, o Instituto Clima e Sociedade tinha um saldo de R$ 166,8 milhões obtidos em doações. Destes, mais de 99% vieram de fora do Brasil. A lista inclui os governos da Alemanha e do Reino Unido, além de fundações de empresas como o grupo americano Walmart e a sueca IKEA. Não é exagero afirmar que, sem a injeção de recursos estrangeiros, a ONG teria muitas dificuldades em sobreviver.

Uma terceira ONG que atua na Amazônia, o Imazon, teve em 2020 receitas de R$ 13,6 milhões. O segundo maior doador da entidade é o próprio Instituto Clima e Sociedade. O número 1 da lista é o governo da Noruega.

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Oficialmente, o Fundo Amazônia lida apenas com questões de meio ambiente e desenvolvimento econômico sustentável e iniciativas de “zoneamento ecológico-econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária.”

Desde que foi criado, o fundo já financiou 102 projetos e aplicou um total de R$ 1,7 bilhão (ainda há R$ 1,5 bilhão em caixa). Enquanto 93,8% do total de doações recebidas desde 2008 veio do governo da Noruega, o governo alemão aportou 5,7%.

Apenas por meio de um de seus braços, a Norad, o governo norueguês financiou entre 2001 e 2021 574 projetos no Brasil, com repasses que somam aproximadamente R$ 5,7 bilhões. Os dados foram obtidos nos balanços anuais das próprias organizações citadas. Neles, as organizações divulgam o total de receitas e despesas do ano anterior. A maioria traz apenas uma descrição genérica dos projetos — ou nem isso.

Falta de transparência de ONGs da Amazônia
Como os números deixam claro, uma parcela significativa das ONGs mais influentes que atuam na Amazônia sobrevive de recursos públicos, enquanto outras se alimentam de doações estrangeiras.

No primeiro caso, o maior risco é o da corrupção. Quinze anos atrás, a CPI das ONGs, no Senado, investigou o desvio de recursos públicos por meio de repasses a essas organizações. Inicialmente, o foco eram atos de corrupção cometidos durante o governo Lula. Mas o período investigado foi expandido e passou a abarcar de 1999 a 2009. Com um volume extenso de denúncias a apurar, a CPI durou mais de três anos, mas acabou se encerrando sem que um relatório final fosse aprovado.

No segundo caso, o maior problema é a possibilidade de governos e entidades estrangeiras tentarem interferir na soberania brasileira. O próprio relatório final da CPI das ONGs inclui uma manifestação do Ministério da Defesa segundo a qual as ONGs que atuam na Amazônia “recebem apoio da mídia internacional, com o intuito de restringir a presença e a legitimidade do Estado Brasileiro na região amazônica.”

E a Amazônia parece ser mesmo o foco dos recursos estrangeiros que abastecem essas organizações com sede no Brasil. Lá, longe dos holofotes, muitas delas alegam que promovem ações com os objetivos de prestar assistência aos indígenas, assegurar a preservação das culturas tradicionais e proteger a floresta.

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Joio e trigo

Para o antropólogo Edward Luz, que atua na causa indígena, as organizações não-governamentais não devem ser colocadas em um só balaio. Ele diz que muitas ONGs presentes na Amazônia fazem um trabalho sério e que permite um monitoramento adequado de suas ações. Ele menciona como exemplo o Projeto Tamar, que busca proteger as tartarugas marinhas. “Essas são ONGs com baixíssimo potencial de articulação geopolítica. O máximo que elas vão poder fazer é articular para uma nova unidade de conservação, pedir recursos lá fora”, ele diz, antes de complementar: “Nesse caso, o Estado brasileiro consegue monitorar com alto grau de transparência e monitoramento quantas tartarugas foram salvas.”

O problema, diz ele, são as ONGs que usam as minorias, como os indígenas, para promover interesses ocultos. “Não se consegue saber se o dinheiro que veio de Bruxelas ou Paris vai ser usado para resgatar a identidade dos

indígenas, comprar votos deles ou criar uma nova terra indígena no Brasil”, explica Edward. E, como antropólogo que já atuou para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em processos de demarcação de terras indígenas, ele tem experiência no assunto.

Para ilustrar seu argumento, Edward menciona a paralisação da construção da Ferrogrão, ferrovia que permitirá um escoamento mais rápido da soja produzida no Mato Grosso. Se sair do papel, a ferrovia correrá junto à BR-163, praticamente sem desmatamento. Ainda assim, o ISA articulou protestos e ações de lobby contra a iniciativa. “O ISA recebeu milhões de dólares para impedir a construção dessa rodovia usando seus instrumentos socioambientais”, diz ele.

Ex-funcionária da Funai e doutora em desenvolvimento sustentável, Josiana Santos diz que a atuação das ONGs na Amazônia por vezes torna os indígenas cronicamente dependentes. Por isso, uma redução da influência dessas organizações junto aos indígenas — embora desejável — precisa ser gradual. “Tirar as ONGs de indígenas que dependem delas em tudo seria um processo de desmame. Fazer com que eles entendam que precisam ter autonomia, protagonismo e desenvolver um meio de sobrevivência sem essas entidades é algo que se faz necessário”, diz ela.

Na opinião de Josiana, não é por acidente que ONGs acabam tornando os indígenas dependentes. “Quanto mais dependente as comunidades indígenas são, melhor é para elas [as organizações não-governamentais], até porque assim elas conseguem mostrar a vulnerabilidade e atrair financiadores”, explica.

Proposta relegada
O relatório final da CPI das ONGs, que tinha quase 1.500 páginas e foi elaborado pelo então senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), afirmava que a legislação sobre as organizações não-governamentais precisava ser aprimorada para que houvesse mais transparência. “É preciso avançar na estruturação e na criação de mecanismos para que o Estado possa conseguir fiscalizar e verificar a efetividade dos convênios celebrados, o que também depende de um marco regulatório novo e abrangente”, dizia o texto.

Edward Luz acredita que, mais de uma década depois, quase nada mudou: o Brasil continua despreparado para lidar de forma adequada com os abusos cometidos por (ou por meio de) ONGs. “Nenhuma nova legislação ou norma técnica do governo federal foi lançada neste sentido”, afirma. Para ele, o Executivo precisa ampliar sua capacidade de inteligência para identificar quais ONGs estão sendo usadas para praticar a corrupção e defender interesses estrangeiros. Ele também defende a criação de uma nova CPI das ONGs, sem prazo para acabar. Sem isso, ele afirma, a soberania do país na região amazônica continuará ameaçada.


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MINISTRO DO STF NOMEADO POR LULA SUSPENDE (ENGAVETA) OS SEUS PROCESSOS

Decisão
STF suspende processo da Lava Jato que apura supostas doações ao Instituto Lula

Por
Guilherme Grandi – Gazeta do Povo


Um dos investigados na ação é Paulo Okamoto, diretor do Instituto Lula.| Foto: Fundação Perseu Abramo/divulgação

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a ação penal que apura supostas doações irregulares de R$ 4 milhões ao Instituto Lula, no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.

O processo estava em tramitação na Justiça Federal de Brasília e envolvia o diretor do instituto, Paulo Okamoto, e o ex-ministro Antonio Palocci, entre outros. (veja na íntegra)

A ação apurava supostas doações da empreiteira ao instituto entre dezembro de 2013 e março de 2014 através do chamado “Setor de Operações Estruturadas” da antiga empreiteira Odebrecht.

Na decisão proferida no dia 10 de fevereiro e divulgada nesta terça (14), o magistrado afirma que as provas contra Okamoto foram “declaradas imprestáveis” pela Segunda Turma do STF após um pedido da defesa do diretor, que alegou que o material foi colhido em uma negociação irregular do acordo de leniência da empreiteira sem seguir critérios legais.

A defesa de Okamoto alegou que quando o STF declarou a incompetência do ex-juiz Sérgio Moro para o julgamento de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “reconheceu também, implicitamente, a incompetência dos integrantes da forçatarefa Lava Jato responsáveis pelas investigações e, ao final, pela apresentação da denúncia”.


Lewandowski reforçou a decisão da Segunda Turma proferida em abril do ano passado, declarando a “imprestabilidade do acordo de leniência como meio de prova contra o reclamante, diante dos vícios insanáveis que contaminam elementos de convicção dele resultantes”.

“Com efeito, conforme se viu anteriormente, a imprestabilidade da prova questionada pelo requerente foi atestada em decisão da Segunda Turma do STF – transitada em julgado, repita-se -, em face da comprovada contaminação do material probatório arrecadado pela 13ª Vara Federal de Curitiba, onde os feitos ajuizados contra o reclamante original tramitavam, seja por sua manipulação inadequada, seja, ainda, por incompetência e por suspeição do magistrado oficiante”, justifica o ministro na decisão.

STF
Lewandowski determina encerramento de três investigações contra Lula
Por Gazeta do Povo


Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o fim de três investigações contra Lula| Foto: Divulgação/STF

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o encerramento de três investigações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Das ações, duas envolviam apurações da Lava Jato sobre supostas doações irregulares ao Instituto Lula e outra investigava a compra de 36 caças suecos pelo governo da então presidente Dilma Rousseff (PT).

As três ações já haviam sido suspensas por Lewandowski em 2021 e 2022 e foram encerradas na sexta-feira (17). Das duas investigações da Lava Jato, uma apurava doações da Odebrecht ao Instituto Lula e outra a compra de um terreno do instituto. Ambas tiveram início na Justiça Federal do Paraná e foram transferidas para a Justiça Federal de Brasília após o STF decidir que a Vara de Curitiba não tinha competência para analisar processos do petista.

A investigação sobre os caças tramitava na Justiça Federal de Brasília e foi suspensa em março de 2022. Lewandowski tomou a decisão por entender que houve atuação indevida entre integrantes da Lava Jato em Curitiba e os procuradores do caso dos caças. Na sentença, citou conversas trocadas entre eles obtidas na operação Spoofing, que mirou os hackers que invadiram as contas dos procuradores.

Em 10 de fevereiro deste ano, Lewandowski também suspendeu uma ação penal que apura supostas doações irregulares de R$ 4 milhões ao Instituto Lula, também no âmbito das investigações da Lava Jato. O processo estava em tramitação na Justiça Federal de Brasília e envolvia o diretor do instituto, Paulo Okamoto, e o ex-ministro Antonio Palocci, entre outros.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/breves/brasil-nao-enviara-municao-para-tanques-a-ucrania-diz-chanceler/
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VOCÊ COMO O GOVERNADOR DE MINAS NÃO CONHECE ADÉLIA PRADO?

 


Por que você, assim como Zema, deveria conhecer Adélia Prado (mas se não quiser não tem problema)

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo 0


Adélia Prado: “porque o zelo do espírito é sem meiguices”.| Foto: Reprodução/ Twitter

Para minha surpresa, na terça-feira (14) muitos leitores reagiram ao texto “Zema não é melhor nem pior por não conhecer Adélia Prado” exaltando a própria ignorância. “Quem é essa sujeita?”, perguntou um, com inegável desprezo. “Não conheço e não me faz falta”, disse outro. Ou outros, porque os clichês disfarçados de argumento ou refutação se reproduzem por cissiparidade.

Reprovável, mas compreensível – e eu não quero briga! Sobretudo quando se pensa na corrupção que assola também o mundinho da cultura. E aqui uso a palavra corrupção num sentido mais amplo. A corrupção da vaidade representada pelos poetas-de-auditório, por exemplo. A corrupção intelectual de transformar todo espetáculo ou livro em peça de propaganda política. A corrupção espiritual de se promover tatuando partes recôndidas do corpo. E por aí vai.

De fato não vivemos uma época boa para falar de cultura; a menos que seja para apontar o dedo e, escandalizados, eterna e constantemente escandalizados, gritarmos que é! um! absurdo! essa! atriz! receber! milhões! para! montar! uma! peça! que! ninguém! vai! ver! Daí porque muita gente, no afã de posicionar do lado certo dessa contenda, recorre à saída fácil do “não li e não gostei”.

Mas quero crer que o que parece anti-intelectualismo é, na verdade, apenas mágoa. O brasileiro está machucado. O brasileiro se sente traído por gerações de poetas, escritores, pintores, arquitetos, músicos, compositores, atores, dramaturgos, cineastas e críticos (provavelmente me esqueci de alguma categoria) comprometidos em viver da arte à custa da sociedade. Como se fôssemos obrigados a pagar pelo reconhecimento de vários medíocres famosos justamente por sua mediocridade.

Epifanias
Em se tratando de Adélia Prado, a notável desconhecida que a esquerda usou para menosprezar a inteligência de um inimigo político, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, é uma grandessíssima pena que ela seja reduzida a um papel que certamente não lhe compete: o de sarrafo cultural a separar homens cultos de incultos.

Adélia Prado é mais do que isso. E também é menos. É uma poetisa que não usa sua vocação para alcançar o sucesso como o entendemos. E, em sua discrição admirável, ela é necessária. Principalmente aos que desejam trocar a indignação permanente (e impotente) pela contemplação e transcendência.

Por isso vou aproveitar que é carnaval e você está com tempo para lhes apresentar dois poemas de Adélia Prado. Minha esperança é de que esses poemas possam revelar um pouco da poetisa das epifanias – que é aquela descoberta súbita de que somos filhos de Deus. Aliás, a obra de Adélia Prado está cheia de referências religiosas caras aos cristãos. Por isso ousaria dizer que é um crime de lesa-inteligência ignorar Adélia Prado, ainda mais num ar literário majoritariamente materialista e ateu como o que somos obrigados a respirar hoje em dia.

O primeiro poema é “Órfã na Janela”. E aqui sugiro que você leia o poema tendo em mente que a poesia exige do leitor algo mais do que o consumo rápido a que estamos acostumados. É um poema, não um tuíte; é um poema, não uma crônica. Às vezes é preciso ler uma, duas, três, dez vezes. (Mas se você preferir desistir e simplesmente entrar no Twitter para se deparar com a mais recente análise política de um influencer qualquer… Sinta-se à vontade também).

Órfã na janela
Estou com saudades de Deus,
uma saudade tão funda que me seca.
Estou como palha e nada me conforta.
O amor hoje está tão pobre, tem gripe,
meu hálito não está para salões.
Fico em casa esperando Deus,
cavacando a unha, fungando meu nariz choroso,
querendo um pôster dele, no meu quarto,
gostando igual antigamente
da palavra crepúsculo.
Que o mundo é desterro eu toda vida soube.
Quando o sol vai-se embora é pra casa de Deus que vai,
pra casa onde está meu pai.

Antes de prosseguir, quero falar com você que chegou até aqui e disse ou pensou: “Tá, e daí?”. Daí nada, eu responderia, talvez com um “ué” de falsa indignação no final da resposta. A poesia é feita para a contemplação e ninguém contempla uma paisagem e diz “tá, e daí?”. Se você leu, e leu com um cuidado, é bem possível que cada uma das palavras e versos tenham evocados sentidos e memórias diferentes. É na compreensão íntima disso que reside a Beleza.

De volta ao poema, nos primeiros dois versos me vejo perdido em busca da aceitação que o mundo me nega. E é melhor que me negue mesmo. Como também “meu hálito não está para salões”, me vejo em casa, esperando Deus, curtindo minha melancoliazinha, chafurdando na minha miséria, em vez de tomar vergonha na cara e buscá-Lo.

Já para o fim, há esse momento triste e comum de autocomiseração, quando a gente se dá conta de que “o mundo é desterro”. E os versos finais podem ser lidos como um chamado para que acompanhemos o ritmo do sol e do dia e da própria vida, voltando sempre para a casa de Deus. Agora eu o convido a ler o segundo poema, intitulado “Poema Esquisito”.

Poema Esquisito
Dói-me a cabeça aos trinta e nove anos.
Não é hábito. É rarissimamente que ela dói.
Ninguém tem culpa.
Meu pai, minha mãe descansaram seus fardos,
não existe mais o modo
de eles terem seus olhos sobre mim.
Mãe, ô mãe, ô pai, meu pai. Onde estão escondidos?
É dentro de mim que eles estão.
Não fiz mausoléu pra eles, pus os dois no chão.
Nasceu lá, porque quis, um pé de saudade roxa,
que abunda nos cemitérios.
Quem plantou foi o vento, a água da chuva.
Quem vai matar é o sol.
Passou finados não fui lá, aniversário também não.
Pra quê, se pra chorar qualquer lugar me cabe?
É de tanto lembrá-los que eu não vou.
Ôôôô pai
Ôôôô mãe
Dentro de mim eles respondem
tenazes e duros,
porque o zelo do espírito é sem meiguices:
Ôôôôi fia.

Esse é um dos meus preferidos. Mas dói ler. Ah, se dói. No poema, Adélia Prado começa anunciando a excepcionalidade da dor de cabeça, que nada tem a ver com uma enxaqueca e na verdade é uma forma de dizer que ela raramente pensa na morte. Daí ela entra no assunto propriamente dito: como a orfandade se relaciona com a eternidade. Gosto principalmente do trecho em que ela diz que nasceu no lugar onde estão enterrados os pais “um pé de saudade roxa” e que “quem plantou foi o vento, a água da chuva”, para logo em seguida desconcertar o leitor com um verso simples: “quem vai matar é o sol”.

Na parte final do poema, vem um quê de culpa, imediatamente aplacada pela triste realidade da morte. “Pra quê, se pra chorar qualquer lugar me cabe?”, pergunta Adélia Prado, recorrendo depois ao que meu amigo João Filho descreveu muito bem: um gemido longo e sofrido que mal cabe em todos aqueles ôôôôs. O gemido é aplacado pela voz tenaz e dura dos pais porque, atenção!, “o zelo do espírito é sem meiguices” – algo que o verso final, cheio de… meiguice, contradiz.

Se você chegou até aqui, obrigado. Essa foi minha tentativa de despertar seu interesse pela obra de Adélia Prado. Agora voltemos ao carnaval.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/por-que-voce-assim-como-zema-deveria-conhecer-adelia-prado/
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O AGRONEGÓCIO APRESENTOU UM CRESCIMENTO EXTRAORDINÁRIO NOS ÚLTIMOS 40 ANOS

 

Agronegócio no Brasil dá salto em 20 anos e hoje equivale ao PIB da Argentina

Foto: Tiago Queiroz

Por José Maria Tomazela – Jornal Estadão

Entre 2002 e 2022, o PIB agrícola do País foi de US$ 122 bilhões para US$ 500 bilhões na esteira de investimentos maciços em pesquisa e de políticas públicas para o setor

SOROCABA – A safra recorde de mais de 300 milhões de toneladas esperada para o Brasil neste ano evidencia a proporção que o agronegócio tomou dentro da economia brasileira. Entre 2002 e 2022, o PIB agrícola do País saltou (em números deflacionados) de US$ 122 bilhões para US$ 500 bilhões – o equivalente a uma Argentina.

De acordo com o economista José Roberto Mendonça de Barros, o agronegócio brasileiro apresentou um crescimento extraordinário nos últimos 40 anos, com destaque para os últimos 20 anos. “Diferentemente do que aconteceu no setor urbano, seja na indústria ou em serviços, o crescimento do agronegócio é persistente e essa é a primeira lição que o agro dá. Crescer sempre é mais importante do que crescer muito em alguns anos e cair nos anos seguintes. É um crescimento sustentável, o que torna o agronegócio bastante competitivo.”

Esse crescimento, segundo especialistas, está calcado no investimento em pesquisa e nas políticas públicas para o campo, que têm propiciado sucessivos recordes na produção agrícola. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve romper este ano a barreira das 300 milhões de toneladas de grãos, firmando-se como o terceiro maior produtor mundial de cereais, atrás da China e dos Estados Unidos.

Walter Kashima colhe a soja e, na mesma área, planta milho para a safra do meio do ano
Walter Kashima colhe a soja e, na mesma área, planta milho para a safra do meio do ano  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Em 20 anos, a safra de grãos subiu de 120,2 milhões de toneladas para 310,6 milhões, uma alta de 258%. Já a área plantada passou de 43,7 milhões para 76,7 milhões de hectares, um aumento de 76,5%. Os números mostram que a produção cresceu três vezes mais do que a área ocupada pelas lavouras, o que se deve ao ganho de produtividade, graças a investimentos em pesquisa e tecnologia.

O destaque nos campos brasileiros é a soja, oleaginosa que se adaptou aos diversos microclimas do País, sendo cultivada tanto em regiões mais frias do extremo Sul quanto no clima tropical do Norte e do Nordeste. O Brasil ultrapassou os EUA e se tornou o maior produtor do grão, sendo também hoje o principal exportador.

Enquanto a safra 2002/03 rendeu 47,4 milhões de toneladas de soja, a atual terá produção de 152,9 milhões, um aumento de 322%, segundo a Conab. O milho, usado na rotação de culturas com a soja, cresceu 260%, de 47,4 milhões para 123 milhões de toneladas.

PIB do agronegócio, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo, só será divulgado no próximo mês, mas deve ficar próximo de US$ 500 bilhões, segundo a pesquisadora Nicole Rennó, da área de macroeconomia do Cepea. A queda no valor ocasionada pelos elevados custos do setor foi, em parte, compensada pelas boas safras.

Dobrando a média

A engenheira agrônoma Tamires Tangerino, de 33 anos, consultora técnica da Stoller, empresa especializada em fisiologia vegetal e nutrição, tem aplicado seus conhecimentos para ajudar produtores do sudoeste paulista a atingir altos níveis de produtividade.

No último dia 14, em um plantio comercial de soja da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito, ela obteve produtividade de 6.672 kg por hectare, o dobro da média nacional e acima da excelente média regional, de 4.800 kg/ha – uma mostra do impacto da pesquisa como motor do crescimento.

Soja e milho na mesma área

Na área da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito, é possível ter uma ideia da expansão da soja no sudoeste paulista. Em 2005, a cooperativa tinha 55 agricultores associados e nenhum tinha a soja como cultura principal – o feijão era o carro-chefe, e o milho só era plantado no verão.

Hoje, com 102 associados, a cooperativa planta 24 mil hectares com soja, com produção média de 80 sacas por hectare e, no caso do milho, mais de 70% do total é cultivado na safrinha.

Fazenda de Capão Bonito tem safra acima dos níveis nacionais
Fazenda de Capão Bonito tem safra acima dos níveis nacionais Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Um dos cooperados, o produtor Walter Kashima, de 48 anos, que cultiva cerca de 2,5 mil hectares de soja próximo à área urbana de Capão Bonito, colhia na última quinta-feira, 16, uma média 80 sacas (4.800 quilos) de soja por hectare.

Na mesma área, ele estava semeando o milho que será colhido entre junho e julho. “Estamos aproveitando a trégua dada pelas chuvas que têm sido insistentes. Esse solzinho está sendo uma bênção”, disse Kashima.

Tropicalização

A virada na agricultura brasileira começou com o advento da soja no Sul do País, segundo o coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura.

“Foi o grande pontapé inicial, pois a soja, de ciclo mais curto, permitiu fazer uma cultura de inverno depois dela, como o trigo, aveia ou sorgo. A soja possibilitou a segunda safra. Com o tempo, esse processo evoluiu para outras regiões do País, com outras características”, explicou.

Nos Estados onde não chove no inverno, como boa parte do Sudeste, do Centro-Oeste e do Nordeste, não era possível plantar uma segunda cultura, mas isso não deteve os produtores, segundo Rodrigues.

“Quando era ministro da Agricultura (de 2003 a 2006, no primeiro governo Lula), eu lancei com a Embrapa a integração lavoura-pecuária, mais tarde lavoura-pecuária-floresta, permitindo fazer duas culturas também em regiões onde não chove no inverno, basicamente por causa do pasto. Você planta milho, soja ou algodão, que são culturas de verão, e depois da colheita você tem o pasto formado para o gado.”

Nosso setor agropecuário é aberto ao mundo, não tendo problemas de limitações de mercado, por isso pode aumentar significativamente a produção”

José Roberto Mendonça de Barros, Economista

A evolução prosseguiu com a irrigação, que possibilitou ao produtor fazer três culturas efetivamente agrícolas, como soja, milho e feijão, irrigando quando é preciso. “É uma soma de processos de evolução ao longo do tempo que começou com a soja, uma cultura praticamente nova no País”, afirma Rodrigues.

Ele afirma se lembrar que, em 1965, quando se formou em Economia, havia no Brasil só 400 mil hectares de soja, produzindo 1.200 quilos (por hectare). Hoje tem 44 milhões de hectares, produzindo 3.600 quilos. “A evolução tecnológica, a tropicalização da soja e de outras culturas permitiram esse progresso espetacular na produtividade. Vamos evoluir muito mais, pois temos o principal, o empreendedorismo do agricultor brasileiro. O céu é o limite”.

Para Mendonça de Barros, além dos recursos naturais, o Brasil evoluiu em tecnologia no campo. “Temos pesquisa, difusão de informação e competência das pessoas. Nosso setor agropecuário é aberto ao mundo, não tendo problema de limitações de mercado, por isso pode aumentar significativamente a produção. Organismos internacionais projetam que, diante do crescimento da demanda global de alimentos nos próximos 10 ou 15 anos, o Brasil será provedor de pelo menos 30% a 35%.”

ANITA EMPREENDEDORA TEM UMA IMENSA FORTUNA

 

COMPORTAMENTO

Além da carreira de cantora, a artista também lucra com parcerias e propagandas para diferentes marcas

BEATRIZ ROCHA – Jornal Estadão

Quanto Anitta pode faturar mesmo se pausar a carreira?
Anitta tem uma fortuna estimada em R$ 533 milhões. (Foto: Gary Hershorn/Pool via REUTERS/File Photo)
  • Anitta surpreendeu os fãs ao anunciar que pretende realizar uma pausa na carreira após o carnaval
  • Mesmo com a pausa, a artista, que tem uma fortuna estimada em R$ 533 milhões pela Revista Forbes, deve seguir lucrando, já que acumula atividades em diferentes negócios

A cantora Anitta surpreendeu os fãs ao anunciar que pretende realizar uma pausa na carreira após o carnaval. Em entrevista ao programa Hora da Venenosa, da RicTV, afiliada da Record TV no Paraná, a cantora disse que pretende ficar um bom tempo longe dos palcos, mas ainda não decidiu ao certo onde irá passar as férias.

A artista tem uma fortuna estimada em R$ 533 milhões, segundo a Revista Forbes, e deve seguir lucrando muito mesmo com a pausa nos trabalhos. Anitta acumula diversos negócios: recebe pela reprodução de suas canções em plataformas de streaming, como Spotify e YouTube, e ainda é garota-propaganda das marcas Rexona e Cheetos.

Em maio de 2022, ela também se tornou sócia da Fazenda Futuro, foodtech presente em 30 países, voltada para a produção de alimentos veganos que imitam carne animal. A cantora ajuda a empresa, avaliada em R$ 2,2 bilhões, com projetos de marketing e inovação. Em junho do mesmo ano, a marca lançou a linha de produtos “Futuro Party”, elaborada com a ajuda da artista e com seu rosto estampado nas embalagens.

Antes de desempenhar um papel na área de marketing da foodtech, Anitta já havia iniciado a sua parceria com a Skol Beats. Em 2019, a cantora passou a ser head de criatividade e inovação da marca e já lançou diferentes bebidas nos últimos anos, como a Beats GT, inspirada no clássico gin tônica, e a Beats Zodiac, com referência aos signos do zodíaco. O reality show “Ilhados com Beats”, com 5 episódios, também foi fruto da parceria, sendo exibido no Instagram da marca.

Em junho de 2022, Anitta desenvolveu junto com a indústria farmacêutica Cimed a marca “Puzzy By Anitta”, que oferece 5 fragrâncias de perfume íntimo sem gênero, com preço na faixa de R$ 70.

Na época do lançamento, o CEO do grupo, João Adibe Marques, comunicou à Bloomberg que o produto já tinha registro em países como México, Colômbia e Estados Unidos, sendo que a projeção de vendas era de R$ 40 milhões até o final do ano passado.

Além de parcerias, a artista também oferece um curso de empreendedorismo na Estácio, o “Anitta Prepara”, com duração de 30 horas e 8 módulos. Por um valor de R$ 649,00 à vista ou parcelado em dez vezes sem juros, o aluno consegue ter acesso a vídeos, exercícios dinâmicos e outros materiais elaborados por professores da instituição e pela própria cantora, com direito a certificado assinado por Anitta.

A estrela pop atua ainda como Embaixadora Global de Marca do Nubank, auxiliando o banco digital em projetos para expansão nacional e internacional.

Em 2021, a artista se tornou membro do Conselho de Administração da empresa, onde contribuiu para a definição da estratégia ESG(meio ambiente, responsabilidade social e governança, na sigla em inglês) da fintech. Ela encerrou o mandato no cargo durante a Assembleia Geral Ordinária de 2022, quando solicitou que sua participação não fosse renovada, por conta do crescimento de sua agenda internacional.

Vale lembrar que os artistas também estão protegidos pelo artigo 41 da Lei de número 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Desta forma, Anitta seguirá recebendo os direitos autorais por suas composições e interpretações, que se estende por setenta anos contados a partir do dia 1º de janeiro do ano seguinte ao de seu falecimento. Ou seja, uma parte importante da herança que um dia será deixada pela cantora.

DEPOIS DO HDD E DO SSD FALAM EM DISCO DE VIDRO

 

Matheus Martins – Quora

Qual será a próxima revolução no campo do armazenamento digital?

Um bom candidato seria 5D Optical Data Storage.

É um disco de quartzo fundido que pode ser composto por um número variável de camadas (atualmente o número máximo suportado é 18).

O método inovador com o qual o disco é estruturado é definido como 5D ou pentadimensional. Apesar do nome cativante, no entanto, o disco tem apenas 3 dimensões físicas e não introduz outras através de métodos específicos.

A razão pela qual é chamado de 5D é que as várias camadas são gravadas de forma a ter padrões diferentes com base no ângulo em que você olha para o registro.

Os aspectos mais interessantes desse tipo de tecnologia são dois:

•             Eles têm uma densidade de bits muito alta. Apesar de ser muito pequeno, um disco pode conter até 360 TB de informações.

•             O disco é extremamente durável. Tanto em termos de mudanças de temperatura (sendo feito de vidro, ele pode suportar temperaturas de até 1000 ° C sem perder dados), quanto em termos de duração (à temperatura ambiente, estima-se que um disco sobreviva pelo menos 13,8 bilhões de anos)

Isso os coloca em vantagem sobre as tecnologias atuais, pois HDDs, SSDs e memórias flash não são comparáveis em termos de resultados ao que é obtido com o armazenamento 5D.

Apesar disso, provavelmente nunca teremos uma mídia doméstica baseada nessa tecnologia, pois é um produto (atualmente desenvolvido pela Microsoft) projetado para a nuvem e, portanto, sistemas de armazenamento de nível industrial.

Um bom candidato seria 5D Optical Data Storage.

É um disco de quartzo fundido que pode ser composto por um número variável de camadas (atualmente o número máximo suportado é 18).

O método inovador com o qual o disco é estruturado é definido como 5D ou pentadimensional. Apesar do nome cativante, no entanto, o disco tem apenas 3 dimensões físicas e não introduz outras através de métodos específicos.

A razão pela qual é chamado de 5D é que as várias camadas são gravadas de forma a ter padrões diferentes com base no ângulo em que você olha para o registro.

Os aspectos mais interessantes desse tipo de tecnologia são dois:

Eles têm uma densidade de bits muito alta. Apesar de ser muito pequeno, um disco pode conter até 360 TB de informações.

O disco é extremamente durável. Tanto em termos de mudanças de temperatura (sendo feito de vidro, ele pode suportar temperaturas de até 1000 ° C sem perder dados), quanto em termos de duração (à temperatura ambiente, estima-se que um disco sobreviva pelo menos 13,8 bilhões de anos)

Isso os coloca em vantagem sobre as tecnologias atuais, pois HDDs, SSDs e memórias flash não são comparáveis em termos de resultados ao que é obtido com o armazenamento 5D.

Apesar disso, provavelmente nunca teremos uma mídia doméstica baseada nessa tecnologia, pois é um produto (atualmente desenvolvido pela Microsoft) projetado para a nuvem e, portanto, sistemas de armazenamento de nível industrial.

Vendas pela internet com o site Valeon

Você empresário que já escolheu e ou vai escolher anunciar os seus produtos e promoções na Startup ValeOn através do nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace aqui da região do Vale do Aço em Minas Gerais, estará reconhecendo e constatando que se trata do melhor veículo de propaganda e divulgação desenvolvido com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e conseguimos desenvolver soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.

Insistimos que os internautas acessem ao nosso site (https://valedoacoonline.com.br/) para que as mensagens nele vinculadas alcancem um maior número de visitantes para compartilharem algum conteúdo que achar conveniente e interessante para os seus familiares e amigos.

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nas lojas passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nas lojas a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para as empresas.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 204.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por mais de 4.800.000 de pessoas, valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas dois anos.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

  Brasil e Mundo ...