Cilene Noman, especialista em Gestão de Negócios e Master Coach
Finanças empresariais: por que é importante controlar?
O autoconhecimento é a chave para conseguir encaixar as habilidades na área de atuação
Individualmente, cada ser humano possui talento especial, uma
habilidade natural e para cada função há um perfil com o qual as pessoas
tendem a ter maior sucesso. Mas o que acontece muitas vezes é que não
há sintonia entre o perfil da pessoa e a função que ela exerce. Um dos
grandes desafios das empresas é colocar a pessoa certa, no lugar certo.
Acontece que para uma organização obter sucesso não é suficiente apenas
que possua em seus departamentos os melhores profissionais, mas sim que
consiga colocar os melhores profissionais, nos lugares que eles venham
desenvolver todo o seu potencial.
Mas para que a pessoa certa esteja no lugar certo, é preciso
“navegar” pelo autoconhecimento, ele é um processo de descobertas dos
seus pontos fortes, bem como de suas fraquezas ou áreas de meçlhoria.
“Durante essa indagação de si próprio, o indivíduo percebe se está em um
lugar que não pode usar suas características mais marcantes, ou, se é
cobrado por um talento que não tem. Assim, ele começa a refletir se está
ocupando a posição correta”, destaca Cilene Noman, especialista em
Gestão de Negócios e Master Coach.
Alinhado a isso, existe a orientação profissional, que também ajuda a
identificar características pessoais que não foram percebidas.
“Conhecendo a fundo seus interesses, objetivos e habilidades, você fica
mais preparado para ter suas competências enquadradas na área de
atuação”, diz Cilene.
Como ser a pessoa certa no lugar certo
Conheça sua personalidade;
Controle seus filtros;
Aproveite seu perfil;
Satisfaça suas motivações;
Use seus talentos;
Intensifique suas atitudes positivas;
Reduza seus pontos fracos;
Invista no que vale a pena;
Faça prática deliberada;
Mostre-se.
A expressão a pessoa certa no lugar certo é usada quando há
sintonia entre o perfil e o cargo, ou seja, quando a pessoa possui as
características comportamentais adequadas à função, quando tem a
possibilidade de ter seus valores motivacionais atendidos e seus
melhores atributos sendo colocados em ação, assim ela estará agindo de
acordo com sua natureza e, em consequência, desempenhará suas tarefas
com competência e prazer.
ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON
1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?
O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do
Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes,
lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos
consumidores e usuários a sua audiência.
A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e
especialmente aos pequenos e microempresários da região que não
conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que
ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com
CNPJ ou não e coloca-las na internet.
2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?
A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora
disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e
Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem
concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades
locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer
outro meio de comunicação.
Viemos para suprir as demandas da região no que tange a
divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de
serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e
públicos.
O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao
resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus
clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que
permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa
expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao
utilizar a plataforma da ValeOn.
3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?
Estratégias para o crescimento da nossa empresa
Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro,
controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que
devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de
crescer.
Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se
estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao
destino final.
Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a
Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.
O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para
conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas
de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.
Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e
entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um
cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas
é um equívoco geralmente fatal.
Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao
estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as
melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos
identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim,
desenvolver a bossa empresa.
4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo
eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa?
Descreva suas marcas.
Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área,
sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas
competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que
desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.
Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é
formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de
TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no
mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.
5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?
A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e
concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo,
desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem
de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que
representem mudanças catastróficas.
“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle,
professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg
School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.
6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?
A escalabilidade é um conceito administrativo usado para
identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento,
sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou
seja: a arte de fazer mais, com menos!
Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é
aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem
aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida
por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem
acertadas.
Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também
passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o
funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e
eliminando a ociosidade.
Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável
até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se
trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.
Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:
objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
gerenciamento de recursos focado em otimização.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)
Lula quer isolar Dilma em banco sem relevância internacional na China Por Wesley Oliveira – Gazeta do Povo Brasília
Na última semana, o governo federal tornou institucional a
classificação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como
um “golpe”.| Foto: Nelson Almeida/AFP
Aliados do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) intensificaram nos últimos dias as negociações
para que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) seja indicada para
presidir o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como o “Banco
dos Brics”. A instituição foi criada em 2014, reúne Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul, mas nunca teve um papel de relevância no
cenário internacional, segundo economistas.
Aliados do governo que não pertencem aos quadros do PT, dizem
acreditar que a indicação de Dilma para o Brics seja uma forma de Lula
se “blindar” dos desgastes que a imagem da ex-presidente pode gerar para
o governo.
Havia um temor por parte de lideranças de siglas como MDB e PSD de
que uma participação ativa de Dilma na gestão Lula acabasse reduzindo a
aliança com partidos de fora do campo da esquerda, segundo quatro fontes
ligadas às lideranças desses partidos. Elas falaram com a reportagem
pedindo anonimato para evitar desgaste político.
“A Dilma é uma pessoa pela qual eu tenho o mais profundo respeito e
carinho. A Dilma tecnicamente é uma pessoa inatacável, tem uma
competência extraordinária. Onde ela erra, na minha opinião, é na
política. Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha
para conversar, para ouvir as pessoas”, disse Lula durante um ato de
campanha.
Em entrevista à CNN Brasil, na quinta-feira (16), Lula afirmou que,
se depender dele, Dilma será presidente do “Banco dos Brics”.
VEJA TAMBÉM:
Casos de ministros do STF envolvidos com grupos políticos se multiplicam
“Sinalização de virtude”: presidente do CFM ataca máscaras obrigatórias da Anvisa
AGU pede liminar ao STF para evitar contestações ao decreto que restringe armas Petistas esperam que experiência no PAC abra portas para ex-presidente Mas,
segundo três integrantes da cúpula do PT, o currículo da ex-presidente,
que coordenou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da gestão
Lula em 2006, será determinante na estratégia do Brics para liberar
recursos aos países emergentes. Os três pediram para não serem
identificados, pois a manobra para colocá-la no NBD não foi concluída.
Para tentar chancelar a indicação, o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, abriu diálogo com o atual presidente do banco dos Brics, Marcos
Troyjo, para que ele renuncie ao posto. Troyjo foi indicado em 2020,
pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) para um mandato que segue até
2025.
Desde a volta de Lula ao Palácio do Planalto, Dilma chegou a ser
cotada para ocupar o posto de embaixadora do Brasil na Argentina ou para
ser a representante brasileira na União de Nações Sul-Americanas
(Unasul), foro criado em 2008 e que pode ser retomado neste ano por
Lula.
Banco que visava desafiar instituições do Ocidente não decolou A
ideia inicial era de que o NBD fizesse frente a bancos hegemônicos do
Ocidente, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de
Desenvolvimento, por exemplo.
Os Brics são um agrupamento de países que começaram a ser designados
em conjunto em 2001 por serem economias em desenvolvimento. Ele é
integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e surgiu com
um caráter econômico. Mas, a China vem tentando transformá-lo em bloco
político para confrontar diplomaticamente os Estados Unidos e seus
aliados.
Ao ser criado, o “Banco dos Brics” teve um capital autorizado de US$
100 bilhões, mas o capital inicial ficou abaixo disso: 50 bilhões, com
contribuições igualmente distribuídas entre os cinco membros fundadores.
A instituição está sediada em Xangai, na China, onde Dilma deve passar a
morar se assumir sua presidência.
Para Luciano Nakabashi, professor da Faculdade de Economia e
Administração da Universidade de São Paulo (USP), o banco ainda não
conseguiu superar as demais instituições de desenvolvimento do mundo.
Além disso, segundo ele, a China acaba tendo uma influência maior na
instituição em relação aos demais países por conta de seus interesses
políticos.
China usa poder econômico para mandar de fato no “Banco dos Brics” “Ainda
não é um banco com relevância, quando se compara com outras
instituições de fomento mundial. Foi uma ideia dos países do Brics, mas a
China acaba tendo mais recursos e uma influência maior nos demais
países emergentes. Não é um banco que tem atuado de forma muito
importante para o desenvolvimento de outras nações ou das próprias
nações que fazem parte do Brics”, afirma Nakabashi.
O banco do Brics fica atrás, por exemplo, do Banco de Desenvolvimento
da China, que tem um patrimônio estimado em US$ 2,4 trilhões. A
instituição já desembolsou quase US$ 100 bilhões em empréstimos
soberanos aos países da América Latina nos últimos 15 anos e injetou
mais dezenas de bilhões em programas especiais de financiamento
regional.
“A [China] é o grande país que tem capacidade de realmente fazer
financiamento, mas isso passa muito por uma questão política da China.
Talvez neste momento a China esteja olhando para outros questões, como a
retomada do pós-pandemia, e não necessariamente para o fortalecimento
dos Brics”, diz o professor da USP.
Governistas são atraídos por possíveis financiamentos do “Banco dos Brics” Nos
cálculos dos petistas, Dilma vai poder atuar dentro dos Brics para
garantir recursos para obras no Brasil e em outros países emergentes. O
foco do banco é o financiamento de projetos de energia limpa e
eficiência energética, infraestrutura de transportes, saneamento básico,
proteção ambiental, infraestrutura social e digital. Tanto empresas
privadas quanto órgãos públicos podem ter empréstimos aprovados pelo
“Banco dos Brics”.
Lula tem apostado no financiamento de obras paralisadas em todo o
Brasil como uma forma de injetar a economia nos próximos anos. Além de
tentar atrair financiamentos do Brics, o petista já indicou que pretende
usar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) e até acordos de leniência da Lava Jato para retomar as obras de
infraestrutura.
Sobre a influência que a ex-presidente Dilma pode exercer na
liberação de recursos do banco do Brics para o financiamento de obras no
Brasil, o economista André Perfeito alerta que esse cálculo vai
precisar ser feito pelo governo brasileiro. “Não é porque o dinheiro do
Brics está disponível que o Brasil precisa pegar diretamente da
instituição. Tem que ser ver os custos da oportunidade e se o Brasil
precisa desse instrumento agora”, afirma.
Dilma pode aproximar governo Lula de Xi Jinping Apesar da pouca
relevância do “Banco dos Brics nos últimos anos, o economista avalia que
Lula tenta retomar o prestígio da ex-presidente após o processo de
impeachment. “Acho que o Lula escolheu a Dilma por ela ser ligada ao
mundo da infraestrutura, pois ela coordenou o PAC. Podemos questionar se
funcionou ou não. Mas acho que o objetivo do Lula foi o de legitimar
ela de novo e de dar poder para ela depois do impeachment”, diz
Perfeito.
O “Banco dos Brics” tem uma carteira que soma US$ 32,8 bilhões,
financiados em 96 projetos pelo mundo. A meta, segundo relatório
divulgado pelo banco, é investir mais cerca de US$ 30 bilhões até 2026.
No total, o Brasil já recebeu pouco mais de US$ 5 bilhões da instituição
desde a sua fundação.
Integrantes do Palácio do Planalto dizem que a possibilidade de
atuação de Dilma nos Brics e a proximidade da ex-presidente com o
presidente da China, Xi Jinping, pesaram na escolha dela para o cargo.
Lula pretende embarcar para Pequim na segunda quinzena de março e já
costura junto aos seus aliados para que a ex-presidente esteja no banco
durante sua visita ao país.
Além do cargo para Dilma, aliados de Lula acreditam que a petista
pode ser uma ponte do Palácio do Planalto junto ao governo chinês. Na
passagem por Pequim, Lula pretende transmitir a ideia de que o Brasil é
um país preocupado com a economia verde, a inclusão digital e a
reindustrialização.
PT busca “resgate histórico” de Dilma depois do impeachment de 2016 Com
a indicação para o “Banco dos Brics”, a ex-presidente deve se mudar
para Xangai para cumprir o mandato até 2025. Integrantes do PT dizem
acreditar que o cargo dará a ela trânsito entre diversas lideranças
mundiais. Assim, nos cálculos do partido, seria possível fazer um
“resgate histórico” da imagem da ex-presidente, que passou pelo
impeachment em 2016.
Desde a volta ao Palácio do Planalto, Lula e demais nomes do PT
intensificaram a narrativa de que o processo de impeachment teria sido
um golpe contra Dilma. O discurso já foi empregado por Lula diversas
vezes ao longo dos últimos meses, e mais recentemente foi usado em falas
do petista durante suas passagens pela Argentina e pelo Uruguai.
“Vocês sabem que depois de um momento auspicioso, quando governamos
de 2003 a 2016, houve um golpe de Estado que derrubou a companheira
Dilma Rousseff, a primeira mulher eleita presidente da República no
Brasil”, disse Lula na Argentina.
Integrantes do PT defendem que o processo contra a ex-presidente de
2016 foi uma ação “orquestrada” pelo então presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (MDB-RJ), e que culminou no afastamento da petista. Agora,
avaliam que a imagem da ex-presidente pode ser recuperada tendo em vista
o desmonte da Lava Jato e o retorno de Lula ao Palácio do Planalto.
De acordo com o processo, Dilma foi afastada de seu cargo depois de
ter sido acusada de cometer crimes de responsabilidade fiscal, com a
edição de decretos que criaram gastos sem autorização do Congresso
Nacional. Com o impeachment, o então vice-presidente Michel Temer
assumiu o governo até dezembro de 2018.
Propagar a própria religião e estimular os demais a aderir a ela é
direito básico garantido pela liberdade religiosa, mas para o governo
da Bahia é “discurso de ódio” e “crime”.| Foto: Monika Robak/Pixabay
Na
eleição presidencial de 2022, um dos tabus estabelecidos pela Justiça
Eleitoral foi a aliança entre o petista Lula e o ditador nicaraguense
Daniel Ortega, uma amizade tão notória que nenhum dos lados fazia
questão de esconder. Em seu país, Ortega praticamente destruiu as
liberdades de expressão, de imprensa e religiosa, sem que se ouvisse um
pio de seus amigos brasileiros. O temor de que Lula chegue no Brasil aos
extremos impostos por Ortega aos nicaraguenses – como a recente
condenação do bispo Rolando Álvarez a 26 anos de prisão – pode até ser
infundado, mas, como lembrou meses atrás o colunista da Gazeta do Povo
Flávio Gordon, nenhum regime adversário da liberdade religiosa sai
fechando igrejas de imediato; as restrições mais severas são apenas o
ponto culminante de todo um processo que se inicia com uma perseguição
“não violenta”, que passa por fases como a ridicularização da crença e o
assédio administrativo, burocrático e judicial.
Um exemplo desse tipo de ataque que, por trás da sutileza e de
supostas boas intenções, esconde uma violação escancarada da laicidade
estatal acaba de vir do governo da Bahia, estado governado pelo PT desde
2007. Em publicação no Instagram, o governo estadual e a Secretaria de
Estado da Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades
Tradicionais (Sepromi) listaram uma série de “frases e comentários
carregados de ódio” que “são crimes, de acordo com o Código Penal
Brasileiro”. Entre essas frases estão “Você precisa encontrar Jesus”,
“Isso lá é religião?”, “Macumba é coisa do satanás” e “É de gesso, não
vai te ouvir”. Cada exemplo é acompanhado de explicações didáticas como
“Não é só Jesus. O princípio básico de todas as religiões é o amor, o
que basta é encontrar aquela que te faz bem e que eleve a
espiritualidade e o afeto entre as pessoas”, ou “Não temos o direito de
criticar ou julgar”, ou ainda “Todas as doutrinas promovem bons
sentimentos e afeto”.
Ao tomar para si o papel de determinar comportamentos e “verdades” de
cunho religioso, o governo da Bahia vai muito além de simplesmente
jogar no lixo a laicidade: ele se porta como autêntico totalitarismo
Em outras palavras, sob o pretexto de combater a intolerância
religiosa, o governo da Bahia está simplesmente assumindo o papel de
catequista, teólogo ou líder religioso, dizendo o que cada um deve
buscar em uma religião, o que é ou não verdade em termos de fé, o que um
fiel pode ou não pode dizer ou discutir… já temos aí uma ofensa
explícita à laicidade estatal, pela qual o poder político não se
intromete, de forma alguma, na esfera religiosa. Mas, ao tomar para si o
papel de determinar comportamentos e “verdades” de cunho religioso, o
governo da Bahia vai muito além de simplesmente jogar no lixo a
laicidade: ele se porta como autêntico totalitarismo. Pois, se um regime
autoritário muitas vezes se limita a exercer com mão de ferro o poder
político, o regime totalitário se imiscui em todas as esferas da vida
humana, como a religião, determinando que crenças são aceitáveis e em
que termos alguém pode viver sua fé. Foi assim que a União Soviética,
por exemplo, perseguiu as igrejas e estabeleceu o ateísmo de Estado; a
China prefere estabelecer versões “estatais” de religiões como o
catolicismo, caçando e prendendo os que não aderem a essas entidades
controladas pelo Partido Comunista.
O colunista da Gazeta Guilherme de Carvalho, ao analisar a campanha
do governo baiano, ressaltou alguns dos aspectos mais sórdidos da
iniciativa, como a criminalização da atividade evangelizadora, que está
na essência de praticamente todas as religiões. Afinal, é natural que
quem creia em algo e esteja convencido de ter encontrado a verdade
queira propagá-la aos demais. Para os cristãos, evangelizar é justamente
dizer a outros que eles “precisam encontrar Jesus” e, como afirma
Carvalho, desejar que os outros também tomem conhecimento da verdade é
uma atitude que demonstra grande consideração para com o próximo, desde
que não se recorra à coerção – este era um dos temas do tão famoso
quanto distorcido discurso de Bento XVI na Universidade de Ratisbona, em
2006. Mas o direito de difundir a própria fé, parte indispensável da
liberdade religiosa, é transformado pelo governo da Bahia em “discurso
de ódio” e crime (obviamente, a campanha não se presta a informar em
qual artigo do Código Penal alguém que está divulgando sua fé seria
enquadrado, até porque não existe tal situação na lei penal), quando na
verdade a intolerância está em impedir uma pessoa de levar aos demais
aquilo que ela considera ser a verdade sobre algumas das questões mais
fundamentais da existência humana.
VEJA TAMBÉM: Guilherme de Carvalho: O governo da Bahia acha que não, mas é intolerância religiosa sim! Convicções da Gazeta: O Estado laico Crônicas de um Estado laico: O que é liberdade religiosa? Realmente sabemos? E
quanto às demais frases? Elas refletem apenas o outro lado do mesmo
direito: o de submeter suas convicções religiosas ao “mercado de
ideias”. Como lembrou Guilherme de Carvalho ao comentar a campanha
baiana, há uma via de mão dupla: todos têm o direito tanto de propagar
sua fé quanto de criticar a crença alheia – e precisam estar dispostos a
ouvir críticas à própria religião. “Os instrumentos internacionais
deixam claro que as crenças religiosas podem ser escrutinizadas e
contestadas no debate religioso e filosófico público, desde que as
pessoas não sejam estereotipadas e que a violência não seja estimulada”,
afirma, mostrando qual é o limite que não deve ser ultrapassado quando
se trata de discutir religião. Por mais que muitos dos que creem em Deus
possam se incomodar ao ver sua crença ou sua divindade chamada de
“delírio”, a ninguém ocorreria, por exemplo, pedir a censura do famoso
livro de Richard Dawkins com esse título – mas é justamente o que faz o
governo da Bahia ao afirmar que determinadas expressões de desaprovação a
crenças e rituais são “crime de ódio”. A vedação estatal à crítica às
crenças e práticas religiosas alheias, portanto, é tão violadora da
liberdade religiosa quanto a vedação à defesa pública das próprias
crenças e práticas religiosas.
Qualquer pessoa imbuída de bom senso e, ao mesmo tempo, de um
profundo respeito pelos adeptos de todas as religiões (ou de religião
nenhuma) terá enorme dificuldade para compreender onde estão o “ódio” e o
“crime” nas afirmações que o governo baiano qualifica como tais, mas
saberá identificar de imediato a estratégia de classificar como
“discurso de ódio” qualquer afirmação que se pretenda banir da esfera
pública, como é o caso de alguns ditos “progressistas” em relação ao
discurso religioso. Assim como a cartilha de “expressões racistas” do
TSE que recorria a uma etimologia de botequim, a lista de “frases e
comentários carregados de ódio” do governo baiano é uma tentativa
canhestra de controlar a população por meio da linguagem – neste caso,
ainda por cima, anulando uma liberdade relacionada a um aspecto
fundamental da experiência humana. Como afirmou Carvalho, sob o pretexto
do combate à intolerância religiosa, é o governo da Bahia que comete
intolerância religiosa ao se portar como validador do discurso religioso
e pretender determinar como alguém deve exercer sua fé. Como dissemos,
um totalitarismo que por ora se manifesta de modo sutil, mas que, se não
é contido, mais cedo ou mais tarde trocará a saudável laicidade
estabelecida na Constituição de 1988 pelo laicismo antirreligioso que se
transforma em perseguição ostensiva.
Financiamento externo bilionário Com Lula no poder
Por Gabriel de Arruda Castro, especial para a Gazeta do Povo 18/02/2023 14:11
Em 2019, meses depois que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da
República, o governo da Noruega anunciou que deixaria de repassar
recursos para o Fundo Amazônia, criado durante o governo Lula em 2008
para ajudar a bancar a preservação da floresta tropical. O impacto não
seria pequeno: os noruegueses haviam sido responsáveis por mais de 90%
do valor do fundo, que recebeu cerca de R$ 3 bilhões desde 2008. Com a
vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial em
outubro do ano passado, o governo da Noruega prometeu retomar as doações
para o fundo, cujos recursos são redistribuídos, em parte, a
organizações que atuam na região amazônica..
A mudança de postura da Noruega é reveladora da visão internacional
sobre o novo governo brasileiro: a gestão petista, historicamente mais
próxima de ONGs ambientalistas e indigenistas do que os grupos à
direita, deve incentivar, direta ou indiretamente, um protagonismo maior
das organizações não-governamentais. E isso pode trazer mais problemas
do que benefícios.
Crescimento acelerado O Brasil tem 815.676 ONGs registradas de
acordo com o levantamento mais recente do Mapa das OSCIPs organizado
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) – OSCIP é a sigla
para Organizações da Sociedade Civil, o nome formal para o que se
convencionou chamar de ONG. Desse total, 55.871 atuam na região Norte. O
Mato Grosso, que também integra a Amazônia legal, tem 63.154. No
cômputo geral, o aumento foi de 54% em uma década: em 2010, o Brasil
tinha cerca de 530 mil OSCIPs.
Os dados não são totalmente precisos porque incluem um grande número
de igrejas, o que foge à definição clássica de ONG. Por outro lado,
existem milhares de organizações não-governamentais que não se
registraram como OSCIP e, portanto, não entram na classificação do IPEA.
De qualquer forma, os números ajudam a dimensionar o tamanho do desafio
que é fiscalizar o funcionamento dessas entidades, muitas das quais são
financiadas por governos estrangeiros.
O dinheiro vem de fora Um exemplo do poder das ONGs na
Amazônia é o papel exercido pelo Instituto Socioambiental (ISA). Fundada
em 1994, a entidade se tornou uma das principais influências no debate
público sobre o tema.
Uma análise das contas do instituto mostra que a maior parte do
dinheiro vem de fora do país. Em 2020, o ISA teve uma receita de R$ 67, 9
milhões de reais. Desses recursos, R$ 59, 5 milhões (87,6%) vieram de
fontes estrangeiras, segundo o balanço da entidade.
Entre os principais financiadores do ISA estão o governo da Noruega, a
União Europeia e a CAFOD, um braço da Igreja Católica no Reino Unido. O
Greenpeace, a OAK Foundation, a Procter & Gamble e a Penguin Random
House também estão entre os doadores.
Mas o ISA não é uma exceção – várias outras organizações
não-governamentais se sustentam com dinheiro estrangeiro. Por exemplo:
em 2021, o Instituto Clima e Sociedade tinha um saldo de R$ 166,8
milhões obtidos em doações. Destes, mais de 99% vieram de fora do
Brasil. A lista inclui os governos da Alemanha e do Reino Unido, além de
fundações de empresas como o grupo americano Walmart e a sueca IKEA.
Não é exagero afirmar que, sem a injeção de recursos estrangeiros, a ONG
teria muitas dificuldades em sobreviver.
Uma terceira ONG que atua na Amazônia, o Imazon, teve em 2020
receitas de R$ 13,6 milhões. O segundo maior doador da entidade é o
próprio Instituto Clima e Sociedade. O número 1 da lista é o governo da
Noruega.
Caixa bilionário Oficialmente, o Fundo Amazônia lida apenas
com questões de meio ambiente e desenvolvimento econômico sustentável e
iniciativas de “zoneamento ecológico-econômico, ordenamento territorial e
regularização fundiária.”
Desde que foi criado, o fundo já financiou 102 projetos e aplicou um
total de R$ 1,7 bilhão (ainda há R$ 1,5 bilhão em caixa). Enquanto 93,8%
do total de doações recebidas desde 2008 veio do governo da Noruega, o
governo alemão aportou 5,7%.
Apenas por meio de um de seus braços, a Norad, o governo norueguês
financiou entre 2001 e 2021 574 projetos no Brasil, com repasses que
somam aproximadamente R$ 5,7 bilhões. Os dados foram obtidos nos
balanços anuais das próprias organizações citadas. Neles, as
organizações divulgam o total de receitas e despesas do ano anterior. A
maioria traz apenas uma descrição genérica dos projetos — ou nem isso.
Falta de transparência de ONGs da Amazônia Como os números deixam
claro, uma parcela significativa das ONGs mais influentes que atuam na
Amazônia sobrevive de recursos públicos, enquanto outras se alimentam de
doações estrangeiras.
No primeiro caso, o maior risco é o da corrupção. Quinze anos atrás, a
CPI das ONGs, no Senado, investigou o desvio de recursos públicos por
meio de repasses a essas organizações. Inicialmente, o foco eram atos de
corrupção cometidos durante o governo Lula. Mas o período investigado
foi expandido e passou a abarcar de 1999 a 2009. Com um volume extenso
de denúncias a apurar, a CPI durou mais de três anos, mas acabou se
encerrando sem que um relatório final fosse aprovado.
No segundo caso, o maior problema é a possibilidade de governos e
entidades estrangeiras tentarem interferir na soberania brasileira. O
próprio relatório final da CPI das ONGs inclui uma manifestação do
Ministério da Defesa segundo a qual as ONGs que atuam na Amazônia
“recebem apoio da mídia internacional, com o intuito de restringir a
presença e a legitimidade do Estado Brasileiro na região amazônica.”
E a Amazônia parece ser mesmo o foco dos recursos estrangeiros que
abastecem essas organizações com sede no Brasil. Lá, longe dos
holofotes, muitas delas alegam que promovem ações com os objetivos de
prestar assistência aos indígenas, assegurar a preservação das culturas
tradicionais e proteger a floresta.
VEJA TAMBÉM: Amazônia: verdades e narrativas sobre garimpo, desmatamento e os índios yanomami Lei de deputado petista sancionada por Dilma fez crescer garimpo ilegal Portaria do governo que proíbe contato de religiosos com yanomamis é inconstitucional Joio e trigo
Para o antropólogo Edward Luz, que atua na causa indígena, as
organizações não-governamentais não devem ser colocadas em um só balaio.
Ele diz que muitas ONGs presentes na Amazônia fazem um trabalho sério e
que permite um monitoramento adequado de suas ações. Ele menciona como
exemplo o Projeto Tamar, que busca proteger as tartarugas marinhas.
“Essas são ONGs com baixíssimo potencial de articulação geopolítica. O
máximo que elas vão poder fazer é articular para uma nova unidade de
conservação, pedir recursos lá fora”, ele diz, antes de complementar:
“Nesse caso, o Estado brasileiro consegue monitorar com alto grau de
transparência e monitoramento quantas tartarugas foram salvas.”
O problema, diz ele, são as ONGs que usam as minorias, como os
indígenas, para promover interesses ocultos. “Não se consegue saber se o
dinheiro que veio de Bruxelas ou Paris vai ser usado para resgatar a
identidade dos
indígenas, comprar votos deles ou criar uma nova terra indígena no
Brasil”, explica Edward. E, como antropólogo que já atuou para a
Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em processos de demarcação
de terras indígenas, ele tem experiência no assunto.
Para ilustrar seu argumento, Edward menciona a paralisação da
construção da Ferrogrão, ferrovia que permitirá um escoamento mais
rápido da soja produzida no Mato Grosso. Se sair do papel, a ferrovia
correrá junto à BR-163, praticamente sem desmatamento. Ainda assim, o
ISA articulou protestos e ações de lobby contra a iniciativa. “O ISA
recebeu milhões de dólares para impedir a construção dessa rodovia
usando seus instrumentos socioambientais”, diz ele.
Ex-funcionária da Funai e doutora em desenvolvimento sustentável,
Josiana Santos diz que a atuação das ONGs na Amazônia por vezes torna os
indígenas cronicamente dependentes. Por isso, uma redução da influência
dessas organizações junto aos indígenas — embora desejável — precisa
ser gradual. “Tirar as ONGs de indígenas que dependem delas em tudo
seria um processo de desmame. Fazer com que eles entendam que precisam
ter autonomia, protagonismo e desenvolver um meio de sobrevivência sem
essas entidades é algo que se faz necessário”, diz ela.
Na opinião de Josiana, não é por acidente que ONGs acabam tornando os
indígenas dependentes. “Quanto mais dependente as comunidades indígenas
são, melhor é para elas [as organizações não-governamentais], até
porque assim elas conseguem mostrar a vulnerabilidade e atrair
financiadores”, explica.
Proposta relegada O relatório final da CPI das ONGs, que tinha
quase 1.500 páginas e foi elaborado pelo então senador Inácio Arruda
(PCdoB-CE), afirmava que a legislação sobre as organizações
não-governamentais precisava ser aprimorada para que houvesse mais
transparência. “É preciso avançar na estruturação e na criação de
mecanismos para que o Estado possa conseguir fiscalizar e verificar a
efetividade dos convênios celebrados, o que também depende de um marco
regulatório novo e abrangente”, dizia o texto.
Edward Luz acredita que, mais de uma década depois, quase nada mudou:
o Brasil continua despreparado para lidar de forma adequada com os
abusos cometidos por (ou por meio de) ONGs. “Nenhuma nova legislação ou
norma técnica do governo federal foi lançada neste sentido”, afirma.
Para ele, o Executivo precisa ampliar sua capacidade de inteligência
para identificar quais ONGs estão sendo usadas para praticar a corrupção
e defender interesses estrangeiros. Ele também defende a criação de uma
nova CPI das ONGs, sem prazo para acabar. Sem isso, ele afirma, a
soberania do país na região amazônica continuará ameaçada.
Vida e Cidadania Financiamento externo bilionário Com Lula no poder, ONGs devem voltar a ganhar relevância na Amazônia Por Gabriel de Arruda Castro, especial para a Gazeta do Povo 18/02/2023 14:11 64 Presidente
Lula (PT) ao anunciar a formalização da candidatura de Belém, capital
do Pará, para sediar a COP-30| Foto: Ricardo Stuckert/Palácio do
Planalto Ouça este conteúdo Em 2019, meses depois que Jair
Bolsonaro assumiu a Presidência da República, o governo da Noruega
anunciou que deixaria de repassar recursos para o Fundo Amazônia, criado
durante o governo Lula em 2008 para ajudar a bancar a preservação da
floresta tropical. O impacto não seria pequeno: os noruegueses haviam
sido responsáveis por mais de 90% do valor do fundo, que recebeu cerca
de R$ 3 bilhões desde 2008. Com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) na disputa presidencial em outubro do ano passado, o governo da
Noruega prometeu retomar as doações para o fundo, cujos recursos são
redistribuídos, em parte, a organizações que atuam na região amazônica.
A mudança de postura da Noruega é reveladora da visão internacional
sobre o novo governo brasileiro: a gestão petista, historicamente mais
próxima de ONGs ambientalistas e indigenistas do que os grupos à
direita, deve incentivar, direta ou indiretamente, um protagonismo maior
das organizações não-governamentais. E isso pode trazer mais problemas
do que benefícios.
Crescimento acelerado O Brasil tem 815.676 ONGs registradas de
acordo com o levantamento mais recente do Mapa das OSCIPs organizado
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) – OSCIP é a sigla
para Organizações da Sociedade Civil, o nome formal para o que se
convencionou chamar de ONG. Desse total, 55.871 atuam na região Norte. O
Mato Grosso, que também integra a Amazônia legal, tem 63.154. No
cômputo geral, o aumento foi de 54% em uma década: em 2010, o Brasil
tinha cerca de 530 mil OSCIPs.
Os dados não são totalmente precisos porque incluem um grande número
de igrejas, o que foge à definição clássica de ONG. Por outro lado,
existem milhares de organizações não-governamentais que não se
registraram como OSCIP e, portanto, não entram na classificação do IPEA.
De qualquer forma, os números ajudam a dimensionar o tamanho do desafio
que é fiscalizar o funcionamento dessas entidades, muitas das quais são
financiadas por governos estrangeiros.
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Ponto de partida para entender o conservadorismo O curso
apresentará um ponto de partida para a compreensão do conservadorismo
moderno, do seu surgimento ao atual contexto brasileiro.
INSCREVA-SE! O dinheiro vem de fora Um exemplo do poder das
ONGs na Amazônia é o papel exercido pelo Instituto Socioambiental (ISA).
Fundada em 1994, a entidade se tornou uma das principais influências no
debate público sobre o tema.
Uma análise das contas do instituto mostra que a maior parte do
dinheiro vem de fora do país. Em 2020, o ISA teve uma receita de R$ 67, 9
milhões de reais. Desses recursos, R$ 59, 5 milhões (87,6%) vieram de
fontes estrangeiras, segundo o balanço da entidade.
Entre os principais financiadores do ISA estão o governo da Noruega, a
União Europeia e a CAFOD, um braço da Igreja Católica no Reino Unido. O
Greenpeace, a OAK Foundation, a Procter & Gamble e a Penguin Random
House também estão entre os doadores.
Mas o ISA não é uma exceção – várias outras organizações
não-governamentais se sustentam com dinheiro estrangeiro. Por exemplo:
em 2021, o Instituto Clima e Sociedade tinha um saldo de R$ 166,8
milhões obtidos em doações. Destes, mais de 99% vieram de fora do
Brasil. A lista inclui os governos da Alemanha e do Reino Unido, além de
fundações de empresas como o grupo americano Walmart e a sueca IKEA.
Não é exagero afirmar que, sem a injeção de recursos estrangeiros, a ONG
teria muitas dificuldades em sobreviver.
Uma terceira ONG que atua na Amazônia, o Imazon, teve em 2020
receitas de R$ 13,6 milhões. O segundo maior doador da entidade é o
próprio Instituto Clima e Sociedade. O número 1 da lista é o governo da
Noruega.
VEJA TAMBÉM: Esquerda tenta capitalizar politicamente tragédia yanomami, mas dados desmentem narrativa Indígenas que desejam produzir em suas terras temem retrocessos no governo Lula Caixa bilionário Oficialmente,
o Fundo Amazônia lida apenas com questões de meio ambiente e
desenvolvimento econômico sustentável e iniciativas de “zoneamento
ecológico-econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária.”
Desde que foi criado, o fundo já financiou 102 projetos e aplicou um
total de R$ 1,7 bilhão (ainda há R$ 1,5 bilhão em caixa). Enquanto 93,8%
do total de doações recebidas desde 2008 veio do governo da Noruega, o
governo alemão aportou 5,7%.
Apenas por meio de um de seus braços, a Norad, o governo norueguês
financiou entre 2001 e 2021 574 projetos no Brasil, com repasses que
somam aproximadamente R$ 5,7 bilhões. Os dados foram obtidos nos
balanços anuais das próprias organizações citadas. Neles, as
organizações divulgam o total de receitas e despesas do ano anterior. A
maioria traz apenas uma descrição genérica dos projetos — ou nem isso.
Falta de transparência de ONGs da Amazônia Como os números deixam
claro, uma parcela significativa das ONGs mais influentes que atuam na
Amazônia sobrevive de recursos públicos, enquanto outras se alimentam de
doações estrangeiras.
No primeiro caso, o maior risco é o da corrupção. Quinze anos atrás, a
CPI das ONGs, no Senado, investigou o desvio de recursos públicos por
meio de repasses a essas organizações. Inicialmente, o foco eram atos de
corrupção cometidos durante o governo Lula. Mas o período investigado
foi expandido e passou a abarcar de 1999 a 2009. Com um volume extenso
de denúncias a apurar, a CPI durou mais de três anos, mas acabou se
encerrando sem que um relatório final fosse aprovado.
No segundo caso, o maior problema é a possibilidade de governos e
entidades estrangeiras tentarem interferir na soberania brasileira. O
próprio relatório final da CPI das ONGs inclui uma manifestação do
Ministério da Defesa segundo a qual as ONGs que atuam na Amazônia
“recebem apoio da mídia internacional, com o intuito de restringir a
presença e a legitimidade do Estado Brasileiro na região amazônica.”
E a Amazônia parece ser mesmo o foco dos recursos estrangeiros que
abastecem essas organizações com sede no Brasil. Lá, longe dos
holofotes, muitas delas alegam que promovem ações com os objetivos de
prestar assistência aos indígenas, assegurar a preservação das culturas
tradicionais e proteger a floresta.
VEJA TAMBÉM: Amazônia: verdades e narrativas sobre garimpo, desmatamento e os índios yanomami Lei de deputado petista sancionada por Dilma fez crescer garimpo ilegal Portaria do governo que proíbe contato de religiosos com yanomamis é inconstitucional Joio e trigo
Para o antropólogo Edward Luz, que atua na causa indígena, as
organizações não-governamentais não devem ser colocadas em um só balaio.
Ele diz que muitas ONGs presentes na Amazônia fazem um trabalho sério e
que permite um monitoramento adequado de suas ações. Ele menciona como
exemplo o Projeto Tamar, que busca proteger as tartarugas marinhas.
“Essas são ONGs com baixíssimo potencial de articulação geopolítica. O
máximo que elas vão poder fazer é articular para uma nova unidade de
conservação, pedir recursos lá fora”, ele diz, antes de complementar:
“Nesse caso, o Estado brasileiro consegue monitorar com alto grau de
transparência e monitoramento quantas tartarugas foram salvas.”
O problema, diz ele, são as ONGs que usam as minorias, como os
indígenas, para promover interesses ocultos. “Não se consegue saber se o
dinheiro que veio de Bruxelas ou Paris vai ser usado para resgatar a
identidade dos
indígenas, comprar votos deles ou criar uma nova terra indígena no
Brasil”, explica Edward. E, como antropólogo que já atuou para a
Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em processos de demarcação
de terras indígenas, ele tem experiência no assunto.
Para ilustrar seu argumento, Edward menciona a paralisação da
construção da Ferrogrão, ferrovia que permitirá um escoamento mais
rápido da soja produzida no Mato Grosso. Se sair do papel, a ferrovia
correrá junto à BR-163, praticamente sem desmatamento. Ainda assim, o
ISA articulou protestos e ações de lobby contra a iniciativa. “O ISA
recebeu milhões de dólares para impedir a construção dessa rodovia
usando seus instrumentos socioambientais”, diz ele.
Ex-funcionária da Funai e doutora em desenvolvimento sustentável,
Josiana Santos diz que a atuação das ONGs na Amazônia por vezes torna os
indígenas cronicamente dependentes. Por isso, uma redução da influência
dessas organizações junto aos indígenas — embora desejável — precisa
ser gradual. “Tirar as ONGs de indígenas que dependem delas em tudo
seria um processo de desmame. Fazer com que eles entendam que precisam
ter autonomia, protagonismo e desenvolver um meio de sobrevivência sem
essas entidades é algo que se faz necessário”, diz ela.
Na opinião de Josiana, não é por acidente que ONGs acabam tornando os
indígenas dependentes. “Quanto mais dependente as comunidades indígenas
são, melhor é para elas [as organizações não-governamentais], até
porque assim elas conseguem mostrar a vulnerabilidade e atrair
financiadores”, explica.
Proposta relegada O relatório final da CPI das ONGs, que tinha
quase 1.500 páginas e foi elaborado pelo então senador Inácio Arruda
(PCdoB-CE), afirmava que a legislação sobre as organizações
não-governamentais precisava ser aprimorada para que houvesse mais
transparência. “É preciso avançar na estruturação e na criação de
mecanismos para que o Estado possa conseguir fiscalizar e verificar a
efetividade dos convênios celebrados, o que também depende de um marco
regulatório novo e abrangente”, dizia o texto.
Edward Luz acredita que, mais de uma década depois, quase nada mudou:
o Brasil continua despreparado para lidar de forma adequada com os
abusos cometidos por (ou por meio de) ONGs. “Nenhuma nova legislação ou
norma técnica do governo federal foi lançada neste sentido”, afirma.
Para ele, o Executivo precisa ampliar sua capacidade de inteligência
para identificar quais ONGs estão sendo usadas para praticar a corrupção
e defender interesses estrangeiros. Ele também defende a criação de uma
nova CPI das ONGs, sem prazo para acabar. Sem isso, ele afirma, a
soberania do país na região amazônica continuará ameaçada.
Decisão STF suspende processo da Lava Jato que apura supostas doações ao Instituto Lula
Por Guilherme Grandi – Gazeta do Povo
Um dos investigados na ação é Paulo Okamoto, diretor do Instituto Lula.| Foto: Fundação Perseu Abramo/divulgação
O
ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF),
suspendeu a ação penal que apura supostas doações irregulares de R$ 4
milhões ao Instituto Lula, no âmbito das investigações da Operação Lava
Jato.
O processo estava em tramitação na Justiça Federal de Brasília e
envolvia o diretor do instituto, Paulo Okamoto, e o ex-ministro Antonio
Palocci, entre outros. (veja na íntegra)
A ação apurava supostas doações da empreiteira ao instituto entre
dezembro de 2013 e março de 2014 através do chamado “Setor de Operações
Estruturadas” da antiga empreiteira Odebrecht.
Na decisão proferida no dia 10 de fevereiro e divulgada nesta terça
(14), o magistrado afirma que as provas contra Okamoto foram “declaradas
imprestáveis” pela Segunda Turma do STF após um pedido da defesa do
diretor, que alegou que o material foi colhido em uma negociação
irregular do acordo de leniência da empreiteira sem seguir critérios
legais.
A defesa de Okamoto alegou que quando o STF declarou a incompetência
do ex-juiz Sérgio Moro para o julgamento de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), “reconheceu também, implicitamente, a incompetência dos
integrantes da forçatarefa Lava Jato responsáveis pelas investigações e,
ao final, pela apresentação da denúncia”.
Lewandowski reforçou a decisão da Segunda Turma proferida em
abril do ano passado, declarando a “imprestabilidade do acordo de
leniência como meio de prova contra o reclamante, diante dos vícios
insanáveis que contaminam elementos de convicção dele resultantes”.
“Com efeito, conforme se viu anteriormente, a imprestabilidade da
prova questionada pelo requerente foi atestada em decisão da Segunda
Turma do STF – transitada em julgado, repita-se -, em face da comprovada
contaminação do material probatório arrecadado pela 13ª Vara Federal de
Curitiba, onde os feitos ajuizados contra o reclamante original
tramitavam, seja por sua manipulação inadequada, seja, ainda, por
incompetência e por suspeição do magistrado oficiante”, justifica o
ministro na decisão.
STF Lewandowski determina encerramento de três investigações contra Lula Por Gazeta do Povo
Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
determinou o fim de três investigações contra Lula| Foto: Divulgação/STF
O
ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF),
determinou o encerramento de três investigações contra o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT). Das ações, duas envolviam apurações da Lava
Jato sobre supostas doações irregulares ao Instituto Lula e outra
investigava a compra de 36 caças suecos pelo governo da então presidente
Dilma Rousseff (PT).
As três ações já haviam sido suspensas por Lewandowski em 2021 e 2022
e foram encerradas na sexta-feira (17). Das duas investigações da Lava
Jato, uma apurava doações da Odebrecht ao Instituto Lula e outra a
compra de um terreno do instituto. Ambas tiveram início na Justiça
Federal do Paraná e foram transferidas para a Justiça Federal de
Brasília após o STF decidir que a Vara de Curitiba não tinha competência
para analisar processos do petista.
A investigação sobre os caças tramitava na Justiça Federal de
Brasília e foi suspensa em março de 2022. Lewandowski tomou a decisão
por entender que houve atuação indevida entre integrantes da Lava Jato
em Curitiba e os procuradores do caso dos caças. Na sentença, citou
conversas trocadas entre eles obtidas na operação Spoofing, que mirou os
hackers que invadiram as contas dos procuradores.
Em 10 de fevereiro deste ano, Lewandowski também suspendeu uma ação
penal que apura supostas doações irregulares de R$ 4 milhões ao
Instituto Lula, também no âmbito das investigações da Lava Jato. O
processo estava em tramitação na Justiça Federal de Brasília e envolvia o
diretor do instituto, Paulo Okamoto, e o ex-ministro Antonio Palocci,
entre outros.
Por que você, assim como Zema, deveria conhecer Adélia Prado (mas se não quiser não tem problema)
Por Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo 0
Adélia Prado: “porque o zelo do espírito é sem meiguices”.| Foto: Reprodução/ Twitter
Para
minha surpresa, na terça-feira (14) muitos leitores reagiram ao texto
“Zema não é melhor nem pior por não conhecer Adélia Prado” exaltando a
própria ignorância. “Quem é essa sujeita?”, perguntou um, com inegável
desprezo. “Não conheço e não me faz falta”, disse outro. Ou outros,
porque os clichês disfarçados de argumento ou refutação se reproduzem
por cissiparidade.
Reprovável, mas compreensível – e eu não quero briga! Sobretudo
quando se pensa na corrupção que assola também o mundinho da cultura. E
aqui uso a palavra corrupção num sentido mais amplo. A corrupção da
vaidade representada pelos poetas-de-auditório, por exemplo. A corrupção
intelectual de transformar todo espetáculo ou livro em peça de
propaganda política. A corrupção espiritual de se promover tatuando
partes recôndidas do corpo. E por aí vai.
De fato não vivemos uma época boa para falar de cultura; a menos que
seja para apontar o dedo e, escandalizados, eterna e constantemente
escandalizados, gritarmos que é! um! absurdo! essa! atriz! receber!
milhões! para! montar! uma! peça! que! ninguém! vai! ver! Daí porque
muita gente, no afã de posicionar do lado certo dessa contenda, recorre à
saída fácil do “não li e não gostei”.
Mas quero crer que o que parece anti-intelectualismo é, na verdade,
apenas mágoa. O brasileiro está machucado. O brasileiro se sente traído
por gerações de poetas, escritores, pintores, arquitetos, músicos,
compositores, atores, dramaturgos, cineastas e críticos (provavelmente
me esqueci de alguma categoria) comprometidos em viver da arte à custa
da sociedade. Como se fôssemos obrigados a pagar pelo reconhecimento de
vários medíocres famosos justamente por sua mediocridade.
Epifanias Em se tratando de Adélia Prado, a notável desconhecida
que a esquerda usou para menosprezar a inteligência de um inimigo
político, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, é uma grandessíssima
pena que ela seja reduzida a um papel que certamente não lhe compete: o
de sarrafo cultural a separar homens cultos de incultos.
Adélia Prado é mais do que isso. E também é menos. É uma poetisa que
não usa sua vocação para alcançar o sucesso como o entendemos. E, em sua
discrição admirável, ela é necessária. Principalmente aos que desejam
trocar a indignação permanente (e impotente) pela contemplação e
transcendência.
Por isso vou aproveitar que é carnaval e você está com tempo para
lhes apresentar dois poemas de Adélia Prado. Minha esperança é de que
esses poemas possam revelar um pouco da poetisa das epifanias – que é
aquela descoberta súbita de que somos filhos de Deus. Aliás, a obra de
Adélia Prado está cheia de referências religiosas caras aos cristãos.
Por isso ousaria dizer que é um crime de lesa-inteligência ignorar
Adélia Prado, ainda mais num ar literário majoritariamente materialista e
ateu como o que somos obrigados a respirar hoje em dia.
O primeiro poema é “Órfã na Janela”. E aqui sugiro que você leia o
poema tendo em mente que a poesia exige do leitor algo mais do que o
consumo rápido a que estamos acostumados. É um poema, não um tuíte; é um
poema, não uma crônica. Às vezes é preciso ler uma, duas, três, dez
vezes. (Mas se você preferir desistir e simplesmente entrar no Twitter
para se deparar com a mais recente análise política de um influencer
qualquer… Sinta-se à vontade também).
Órfã na janela Estou com saudades de Deus, uma saudade tão funda que me seca. Estou como palha e nada me conforta. O amor hoje está tão pobre, tem gripe, meu hálito não está para salões. Fico em casa esperando Deus, cavacando a unha, fungando meu nariz choroso, querendo um pôster dele, no meu quarto, gostando igual antigamente da palavra crepúsculo. Que o mundo é desterro eu toda vida soube. Quando o sol vai-se embora é pra casa de Deus que vai, pra casa onde está meu pai.
Antes de prosseguir, quero falar com você que chegou até aqui e disse
ou pensou: “Tá, e daí?”. Daí nada, eu responderia, talvez com um “ué”
de falsa indignação no final da resposta. A poesia é feita para a
contemplação e ninguém contempla uma paisagem e diz “tá, e daí?”. Se
você leu, e leu com um cuidado, é bem possível que cada uma das palavras
e versos tenham evocados sentidos e memórias diferentes. É na
compreensão íntima disso que reside a Beleza.
De volta ao poema, nos primeiros dois versos me vejo perdido em busca
da aceitação que o mundo me nega. E é melhor que me negue mesmo. Como
também “meu hálito não está para salões”, me vejo em casa, esperando
Deus, curtindo minha melancoliazinha, chafurdando na minha miséria, em
vez de tomar vergonha na cara e buscá-Lo.
Já para o fim, há esse momento triste e comum de autocomiseração,
quando a gente se dá conta de que “o mundo é desterro”. E os versos
finais podem ser lidos como um chamado para que acompanhemos o ritmo do
sol e do dia e da própria vida, voltando sempre para a casa de Deus.
Agora eu o convido a ler o segundo poema, intitulado “Poema Esquisito”.
Poema Esquisito Dói-me a cabeça aos trinta e nove anos. Não é hábito. É rarissimamente que ela dói. Ninguém tem culpa. Meu pai, minha mãe descansaram seus fardos, não existe mais o modo de eles terem seus olhos sobre mim. Mãe, ô mãe, ô pai, meu pai. Onde estão escondidos? É dentro de mim que eles estão. Não fiz mausoléu pra eles, pus os dois no chão. Nasceu lá, porque quis, um pé de saudade roxa, que abunda nos cemitérios. Quem plantou foi o vento, a água da chuva. Quem vai matar é o sol. Passou finados não fui lá, aniversário também não. Pra quê, se pra chorar qualquer lugar me cabe? É de tanto lembrá-los que eu não vou. Ôôôô pai Ôôôô mãe Dentro de mim eles respondem tenazes e duros, porque o zelo do espírito é sem meiguices: Ôôôôi fia.
Esse é um dos meus preferidos. Mas dói ler. Ah, se dói. No poema,
Adélia Prado começa anunciando a excepcionalidade da dor de cabeça, que
nada tem a ver com uma enxaqueca e na verdade é uma forma de dizer que
ela raramente pensa na morte. Daí ela entra no assunto propriamente
dito: como a orfandade se relaciona com a eternidade. Gosto
principalmente do trecho em que ela diz que nasceu no lugar onde estão
enterrados os pais “um pé de saudade roxa” e que “quem plantou foi o
vento, a água da chuva”, para logo em seguida desconcertar o leitor com
um verso simples: “quem vai matar é o sol”.
Na parte final do poema, vem um quê de culpa, imediatamente aplacada
pela triste realidade da morte. “Pra quê, se pra chorar qualquer lugar
me cabe?”, pergunta Adélia Prado, recorrendo depois ao que meu amigo
João Filho descreveu muito bem: um gemido longo e sofrido que mal cabe
em todos aqueles ôôôôs. O gemido é aplacado pela voz tenaz e dura dos
pais porque, atenção!, “o zelo do espírito é sem meiguices” – algo que o
verso final, cheio de… meiguice, contradiz.
Se você chegou até aqui, obrigado. Essa foi minha tentativa de
despertar seu interesse pela obra de Adélia Prado. Agora voltemos ao
carnaval.
Agronegócio no Brasil dá salto em 20 anos e hoje equivale ao PIB da Argentina
Foto: Tiago Queiroz
Por José Maria Tomazela – Jornal Estadão
Entre 2002 e 2022, o PIB agrícola do País foi de US$ 122 bilhões
para US$ 500 bilhões na esteira de investimentos maciços em pesquisa e
de políticas públicas para o setor
SOROCABA – A safra recorde de mais de 300 milhões de toneladas esperada para o Brasil neste ano evidencia a proporção que o agronegócio tomou
dentro da economia brasileira. Entre 2002 e 2022, o PIB agrícola do
País saltou (em números deflacionados) de US$ 122 bilhões para US$ 500
bilhões – o equivalente a uma Argentina.
De acordo com o economista José Roberto Mendonça de Barros,
o agronegócio brasileiro apresentou um crescimento extraordinário nos
últimos 40 anos, com destaque para os últimos 20 anos. “Diferentemente
do que aconteceu no setor urbano, seja na indústria ou em serviços, o
crescimento do agronegócio é persistente e essa é a primeira lição que o
agro dá. Crescer sempre é mais importante do que crescer muito em
alguns anos e cair nos anos seguintes. É um crescimento sustentável, o
que torna o agronegócio bastante competitivo.”
Esse crescimento, segundo especialistas, está calcado no investimento
em pesquisa e nas políticas públicas para o campo, que têm propiciado
sucessivos recordes na produção agrícola. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab),
o Brasil deve romper este ano a barreira das 300 milhões de toneladas
de grãos, firmando-se como o terceiro maior produtor mundial de cereais,
atrás da China e dos Estados Unidos.
Em 20 anos, a safra de grãos subiu de 120,2 milhões
de toneladas para 310,6 milhões, uma alta de 258%. Já a área plantada
passou de 43,7 milhões para 76,7 milhões de hectares, um aumento de
76,5%. Os números mostram que a produção cresceu três vezes mais do que a
área ocupada pelas lavouras, o que se deve ao ganho de produtividade,
graças a investimentos em pesquisa e tecnologia.
O destaque nos campos brasileiros é a soja,
oleaginosa que se adaptou aos diversos microclimas do País, sendo
cultivada tanto em regiões mais frias do extremo Sul quanto no clima
tropical do Norte e do Nordeste. O Brasil ultrapassou os EUA e se tornou
o maior produtor do grão, sendo também hoje o principal exportador.
Enquanto a safra 2002/03 rendeu 47,4 milhões de toneladas de soja, a
atual terá produção de 152,9 milhões, um aumento de 322%, segundo a
Conab. O milho, usado na rotação de culturas com a soja, cresceu 260%, de 47,4 milhões para 123 milhões de toneladas.
O PIB do agronegócio, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da
Universidade de São Paulo, só será divulgado no próximo mês, mas deve
ficar próximo de US$ 500 bilhões, segundo a pesquisadora Nicole Rennó,
da área de macroeconomia do Cepea. A queda no valor ocasionada pelos
elevados custos do setor foi, em parte, compensada pelas boas safras.
Dobrando a média
A engenheira agrônoma Tamires Tangerino, de 33 anos, consultora
técnica da Stoller, empresa especializada em fisiologia vegetal e
nutrição, tem aplicado seus conhecimentos para ajudar produtores do
sudoeste paulista a atingir altos níveis de produtividade.
No último dia 14, em um plantio comercial de soja da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito,
ela obteve produtividade de 6.672 kg por hectare, o dobro da média
nacional e acima da excelente média regional, de 4.800 kg/ha – uma
mostra do impacto da pesquisa como motor do crescimento.
Soja e milho na mesma área
Na área da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito, é possível ter uma
ideia da expansão da soja no sudoeste paulista. Em 2005, a cooperativa
tinha 55 agricultores associados e nenhum tinha a soja como cultura
principal – o feijão era o carro-chefe, e o milho só era plantado no
verão.
Hoje, com 102 associados, a cooperativa planta 24 mil hectares com
soja, com produção média de 80 sacas por hectare e, no caso do milho,
mais de 70% do total é cultivado na safrinha.
Um dos cooperados, o produtor Walter Kashima, de 48 anos, que cultiva
cerca de 2,5 mil hectares de soja próximo à área urbana de Capão
Bonito, colhia na última quinta-feira, 16, uma média 80 sacas (4.800
quilos) de soja por hectare.
Na mesma área, ele estava semeando o milho que será colhido entre
junho e julho. “Estamos aproveitando a trégua dada pelas chuvas que têm
sido insistentes. Esse solzinho está sendo uma bênção”, disse Kashima.
Tropicalização
A virada na agricultura brasileira começou com o advento da soja no
Sul do País, segundo o coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura.
“Foi o grande pontapé inicial, pois a soja, de ciclo mais curto,
permitiu fazer uma cultura de inverno depois dela, como o trigo, aveia
ou sorgo. A soja possibilitou a segunda safra. Com o tempo, esse
processo evoluiu para outras regiões do País, com outras
características”, explicou.
Nos Estados onde não chove no inverno, como boa parte do Sudeste, do
Centro-Oeste e do Nordeste, não era possível plantar uma segunda
cultura, mas isso não deteve os produtores, segundo Rodrigues.
“Quando era ministro da Agricultura (de 2003 a 2006, no primeiro governo Lula), eu lancei com a Embrapa a
integração lavoura-pecuária, mais tarde lavoura-pecuária-floresta,
permitindo fazer duas culturas também em regiões onde não chove no
inverno, basicamente por causa do pasto. Você planta milho, soja ou
algodão, que são culturas de verão, e depois da colheita você tem o
pasto formado para o gado.”
Nosso setor agropecuário é aberto ao mundo, não tendo problemas
de limitações de mercado, por isso pode aumentar significativamente a
produção”
José Roberto Mendonça de Barros, Economista
A evolução prosseguiu com a irrigação, que possibilitou ao produtor
fazer três culturas efetivamente agrícolas, como soja, milho e feijão,
irrigando quando é preciso. “É uma soma de processos de evolução ao
longo do tempo que começou com a soja, uma cultura praticamente nova no
País”, afirma Rodrigues.
Ele afirma se lembrar que, em 1965, quando se formou em Economia,
havia no Brasil só 400 mil hectares de soja, produzindo 1.200 quilos
(por hectare). Hoje tem 44 milhões de hectares, produzindo 3.600 quilos.
“A evolução tecnológica, a tropicalização da soja e de outras culturas
permitiram esse progresso espetacular na produtividade. Vamos evoluir
muito mais, pois temos o principal, o empreendedorismo do agricultor
brasileiro. O céu é o limite”.
Para Mendonça de Barros, além dos recursos naturais, o Brasil evoluiu
em tecnologia no campo. “Temos pesquisa, difusão de informação e
competência das pessoas. Nosso setor agropecuário é aberto ao mundo, não
tendo problema de limitações de mercado, por isso pode aumentar
significativamente a produção. Organismos internacionais projetam que,
diante do crescimento da demanda global de alimentos nos próximos 10 ou
15 anos, o Brasil será provedor de pelo menos 30% a 35%.”
Anitta surpreendeu os fãs ao anunciar que pretende realizar uma pausa na carreira após o carnaval
Mesmo com a pausa, a artista, que tem uma fortuna estimada em R$ 533
milhões pela Revista Forbes, deve seguir lucrando, já que acumula
atividades em diferentes negócios
A cantora Anitta surpreendeu os fãs ao anunciar que pretende realizar uma pausa na carreira após o carnaval. Em entrevista ao programa Hora da Venenosa,
da RicTV, afiliada da Record TV no Paraná, a cantora disse que pretende
ficar um bom tempo longe dos palcos, mas ainda não decidiu ao certo
onde irá passar as férias.
A artista tem uma fortuna estimada em R$ 533 milhões, segundo a Revista Forbes,
e deve seguir lucrando muito mesmo com a pausa nos trabalhos. Anitta
acumula diversos negócios: recebe pela reprodução de suas canções em
plataformas de streaming, como Spotify e YouTube, e ainda é garota-propaganda das marcas Rexona e Cheetos.
Em maio de 2022, ela também se tornou sócia da Fazenda Futuro,
foodtech presente em 30 países, voltada para a produção de alimentos
veganos que imitam carne animal. A cantora ajuda a empresa, avaliada em
R$ 2,2 bilhões, com projetos de marketing e inovação. Em junho do mesmo
ano, a marca lançou a linha de produtos “Futuro Party”, elaborada com a
ajuda da artista e com seu rosto estampado nas embalagens.
Antes de desempenhar um papel na área de marketing da foodtech,
Anitta já havia iniciado a sua parceria com a Skol Beats. Em 2019, a
cantora passou a ser head de criatividade e inovação da marca e já
lançou diferentes bebidas nos últimos anos, como a Beats GT, inspirada
no clássico gin tônica, e a Beats Zodiac, com referência aos signos do
zodíaco. O reality show “Ilhados com Beats”, com 5 episódios, também foi
fruto da parceria, sendo exibido no Instagram da marca.
Em junho de 2022, Anitta desenvolveu junto com a indústria
farmacêutica Cimed a marca “Puzzy By Anitta”, que oferece 5 fragrâncias
de perfume íntimo sem gênero, com preço na faixa de R$ 70.
Na época do lançamento, o CEO do grupo, João Adibe Marques, comunicou
à Bloomberg que o produto já tinha registro em países como México,
Colômbia e Estados Unidos, sendo que a projeção de vendas era de R$ 40
milhões até o final do ano passado.
Além de parcerias, a artista também oferece um curso de
empreendedorismo na Estácio, o “Anitta Prepara”, com duração de 30 horas
e 8 módulos. Por um valor de R$ 649,00 à vista ou parcelado em dez
vezes sem juros, o aluno consegue ter acesso a vídeos, exercícios
dinâmicos e outros materiais elaborados por professores da instituição e
pela própria cantora, com direito a certificado assinado por Anitta.
A estrela pop atua ainda como Embaixadora Global de Marca do Nubank, auxiliando o banco digital em projetos para expansão nacional e internacional.
Em 2021, a artista se tornou membro do Conselho de Administração da empresa, onde contribuiu para a definição da estratégia ESG(meio
ambiente, responsabilidade social e governança, na sigla em inglês) da
fintech. Ela encerrou o mandato no cargo durante a Assembleia Geral
Ordinária de 2022, quando solicitou que sua participação não fosse
renovada, por conta do crescimento de sua agenda internacional.
Vale lembrar que os artistas também estão protegidos pelo artigo 41
da Lei de número 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Desta forma, Anitta
seguirá recebendo os direitos autorais por suas composições e
interpretações, que se estende por setenta anos contados a partir do dia
1º de janeiro do ano seguinte ao de seu falecimento. Ou seja, uma parte
importante da herança que um dia será deixada pela cantora.
Qual será a próxima revolução no campo do armazenamento digital?
Um bom candidato seria 5D Optical Data Storage.
É um disco de quartzo fundido que pode ser composto por um número
variável de camadas (atualmente o número máximo suportado é 18).
O método inovador com o qual o disco é estruturado é definido como 5D
ou pentadimensional. Apesar do nome cativante, no entanto, o disco tem
apenas 3 dimensões físicas e não introduz outras através de métodos
específicos.
A razão pela qual é chamado de 5D é que as várias camadas são
gravadas de forma a ter padrões diferentes com base no ângulo em que
você olha para o registro.
Os aspectos mais interessantes desse tipo de tecnologia são dois:
• Eles têm uma densidade de bits muito alta. Apesar de
ser muito pequeno, um disco pode conter até 360 TB de informações.
• O disco é extremamente durável. Tanto em termos de
mudanças de temperatura (sendo feito de vidro, ele pode suportar
temperaturas de até 1000 ° C sem perder dados), quanto em termos de
duração (à temperatura ambiente, estima-se que um disco sobreviva pelo
menos 13,8 bilhões de anos)
Isso os coloca em vantagem sobre as tecnologias atuais, pois HDDs,
SSDs e memórias flash não são comparáveis em termos de resultados ao que
é obtido com o armazenamento 5D.
Apesar disso, provavelmente nunca teremos uma mídia doméstica baseada
nessa tecnologia, pois é um produto (atualmente desenvolvido pela
Microsoft) projetado para a nuvem e, portanto, sistemas de armazenamento
de nível industrial.
Um bom candidato seria 5D Optical Data Storage.
É um disco de quartzo fundido que pode ser composto por um número
variável de camadas (atualmente o número máximo suportado é 18).
O método inovador com o qual o disco é estruturado é definido como 5D
ou pentadimensional. Apesar do nome cativante, no entanto, o disco tem
apenas 3 dimensões físicas e não introduz outras através de métodos
específicos.
A razão pela qual é chamado de 5D é que as várias camadas são
gravadas de forma a ter padrões diferentes com base no ângulo em que
você olha para o registro.
Os aspectos mais interessantes desse tipo de tecnologia são dois:
Eles têm uma densidade de bits muito alta. Apesar de ser muito pequeno, um disco pode conter até 360 TB de informações.
O disco é extremamente durável. Tanto em termos de mudanças de
temperatura (sendo feito de vidro, ele pode suportar temperaturas de até
1000 ° C sem perder dados), quanto em termos de duração (à temperatura
ambiente, estima-se que um disco sobreviva pelo menos 13,8 bilhões de
anos)
Isso os coloca em vantagem sobre as tecnologias atuais, pois HDDs,
SSDs e memórias flash não são comparáveis em termos de resultados ao que
é obtido com o armazenamento 5D.
Apesar disso, provavelmente nunca teremos uma mídia doméstica baseada
nessa tecnologia, pois é um produto (atualmente desenvolvido pela
Microsoft) projetado para a nuvem e, portanto, sistemas de armazenamento
de nível industrial.
Vendas pela internet com o site Valeon
Você empresário que já escolheu e ou vai escolher anunciar os seus
produtos e promoções na Startup ValeOn através do nosso site que é uma
Plataforma Comercial Marketplace aqui da região do Vale do Aço em Minas
Gerais, estará reconhecendo e constatando que se trata do melhor veículo
de propaganda e divulgação desenvolvido com o propósito de solucionar e
otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de
maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos
constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos
serviços e conseguimos desenvolver soluções estratégicas conectadas à
constante evolução do mercado.
Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a
oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site
diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá
compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também:
notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do
turismo da região.
Insistimos que os internautas acessem ao nosso site
(https://valedoacoonline.com.br/) para que as mensagens nele vinculadas
alcancem um maior número de visitantes para compartilharem algum
conteúdo que achar conveniente e interessante para os seus familiares e
amigos.
Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e
gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios
para mitigar o impacto econômico da pandemia.
São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os
negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.
Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das
pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo
e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se
adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram
aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se
relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade,
personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e
serviços.
Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio
pela internet, a solução para retomar as vendas nas lojas passa pelo
digital.
Para ajudar as vendas nas lojas a migrar a operação mais rapidamente
para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma
plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar
diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo
para as empresas.
Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas
on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá
adicionar quantas ofertas e produtos quiser.
Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página
principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações
importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e
veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem
completo para a nossa região do Vale do Aço.
Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/
já foi visto até o momento por mais de 204.000 pessoas e o outro site
Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto
por mais de 4.800.000 de pessoas, valores significativos de audiência
para uma iniciativa de apenas dois anos.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)