terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

EMPREENDEDORES SOLITÁRIOS DE HOME OFFICE

 

Que você pode montar sozinho de casa

StartSe

GESTÃO DO NEGÓCIO

E com a inovação necessária, você pode ganhar escala e chegar a patamares nunca antes sonhados se continuasse em seu trabalho tradicional

Photo series of Japanese digital artist at his home studio taking a coffee break.

Homem trabalhando em casa (Fonte: Getty Images)

Trabalhar de casa é o sonho de muita, muita gente. A oportunidade de ficar em um ambiente conhecido, acordar mais tarde por não ter que enfrentar o trânsito e comer em casa é um atrativo e tanto. O principal? Quem trabalha em casa geralmente é chefe de si mesmo.

São os empreendedores solitários. São milhões de brasileiros que optam por essa modalidade de trabalho – mas nem sempre com sucesso. Ter uma boa ideia de negócio e uma boa execução é primordial para que se chegue ao sucesso, portanto o site Entrepreneur listou 5 boas ideias que podem gerar negócios milionários com uma boa execução.

Confira:

1) Faça um produto para resolver um problema do seu cotidiano

Muitos negócios nasceram em casa por pessoas que estavam resolvendo um problema cotidiano – geralmente com produtos artesanais. Mantenha os olhos (e orelhas) abertos para qualquer tipo de inspiração que possa surgir no meio do dia. A maior parte dos negócios nasceu com problemas dos fundadores.

2) Entenda um nicho e abra sua própria loja online

Você tem algum conhecimento sobre um setor e entende um certo tipo de consumidor? Pode abrir uma loja de nicho de casa e ganhar dinheiro. Há diversas ferramentas online que podem te ajudar, como o WordPress, ou você pode contratar um freelancer para montar a loja para você.

3) Proveja escala para seu trabalho

Se você já tem um trabalho autônomo, a internet pode te ajudar a atingir uma audiência ainda maior – já que você está limitado pelo seu tempo e o número de pessoas que você pode alcançar. Se você usar a internet, poderá atingir milhares de pessoas, aumentar os preços e prover escala para seus negócios.

4) Crie um curso online

Você pode ensinar algo para outras pessoas? Você pode começar a vender seu conhecimento pela internet, usando plataformas baratas e vendendo seu conhecimento para as pessoas por um preço justo. Não é difícil.

5) Publique um eBook

Escrever um eBook pode ser a forma mais fácil de criar um conteúdo sem necessitar de um publisher. Com a Amazon, você pode publicar um livro com despesas mínimas e distribuir para milhares de pessoas.

A importância do bom site da Valeon para o seu negócio

Moysés Peruhype Carlech

Antigamente, quando um cliente precisava de um serviço, buscava contatos de empresas na Lista Telefônica, um catálogo que era entregue anualmente ou comprado em bancas de jornais que listava os negócios por áreas de atuação, ordem alfabética e região de atuação.

De certa forma, todos os concorrentes tinham as mesmas chances de serem encontrados pelos clientes, mas existiam algumas estratégias para que os nomes viessem listados primeiro, como criar nomes fantasia com as primeiras letras do alfabeto.

As listas telefônicas ficaram no passado, e, na atualidade, quando um cliente deseja procurar uma solução para sua demanda, dentre outros recursos, ele pesquisa por informações na internet.

O site da Valeon é essencial para que sua empresa seja encontrada pelos seus clientes e ter informações sobre a empresa e seus produtos 24 horas por dia.  Criamos uma marca forte, persuasiva e, principalmente, com identidade para ser reconhecida na internet. 

Investimos nas redes sociais procurando interagir com o nosso público através do Facebook, Google, Mozilla e Instagram. Dessa forma, os motivos pelos quais as redes sociais ajudam a sua empresa são inúmeros devido a possibilidade de interação constante e facilitado como o público-alvo e também a garantia de posicionamento no segmento de marketplaces do mercado, o que faz com que o nosso cliente sempre acha o produto ou a empresa procurada.

A Plataforma Comercial site Marketplace da Startup Valeon está apta a resolver os problemas e as dificuldades das empresas e dos consumidores que andavam de há muito tempo tentando resolver, sem sucesso, e o surgimento da Valeon possibilitou a solução desse problema de na região do Vale do Aço não ter um Marketplace que Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos e o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

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Moysés Peruhype Carlech

Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver, gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados satisfatórios para o seu negócio.

Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.

Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?

Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto resulta em mais vendas.

Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?

A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas considerações importantes:

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

    valeonbrasil@valeon

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

SENADORES TORRAM MEIO BILHÃO COM ASSESSORES

 

Pagam supersalários

Por
Lúcio Vaz – Gazeta do Povo


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, no dia da sua reeleição, recebe apoio no plenário.| Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal

Os salários dos assessores que trabalham nos gabinetes dos senadores custaram R$ 511 milhões aos cofres públicos em 2022. O gabinete mais caro foi o de Roberto Rocha (PTB-MA). Suas contratações custaram R$ 10 milhões. Ele ficou na segunda colocação na disputa pela reeleição. Na gastança, superou o antigo recordista Izalci Lucas (PSDB-DF), que torrou R$ 9,3 milhões. Nos registros do Senado, servidores efetivos em exercício nos gabinetes recebem até R$ 45 mil, mesmo após a aplicação do abate-teto

A grande maioria dos assessores ocupa cargos de livre nomeação (comissionados), mas há também centenas de servidores de carreira (efetivos) em exercício nos gabinetes pessoais dos senadores, nos cargos das Mesa Diretora e nos gabinetes das lideranças partidárias. Comissionados ou efetivos, todos são pagos, na verdade, pelo contribuinte.

Os assessores que trabalham nas lideranças dos partidos e blocos partidários custaram R$ 70 milhões no ano passado. A folha de pagamento dos comissionados chegou a R$ 42 milhões. Os cargos da Mesa Diretora, que incluem presidência, vice-presidência, secretarias e suplências, somaram R$ 34 milhões, sendo R$ 21 milhões destinados a assessores comissionados. Ao todo, a conta para o contribuinte alcançou os R$ 615 milhões. As indicações para cargos nas lideranças, blocos e Mesa Diretora são responsabilidade dos líderes e integrantes dirigentes da casa.

Na divisão por partidos, houve algum equilíbrio entre governo e oposição. A Liderança do Partido Liberal (PL) gastou apenas R$ 1,6 milhão com assessores, enquanto a Liderança do PT gastou R$ 6,7 milhões. Mas as Lideranças do Governo no Senado e no Congresso investiram mais R$ 6,7 milhões na contratação de assessores. O PP, maior partido do Centrão, gastou R$ 4 milhões. A Liderança do PSD torrou R$ 7 milhões.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) foi o terceiro colocado do ranking, com R$ 7,7 milhões. Senadores do PSD estiveram no alto da lista dos mais gastadores com assessores. Eles ocuparam do quarto ao sétimo lugar. Lucas Barreto (PSD-AP), Nelsinho Trad (PSD-MS), Angelo Coronel (PSD-BA) e Rodrigo Pacheco gastaram de R$ 7,1 milhão a R$ 7,7 milhão com a contratação de assessores comissionados ou integrantes do quadro efetivo do Senado. (Veja abaixo quadro com os 40 que mais gastaram)

O blog já havia revelado, na semana anterior, que os senadores haviam gasto R$ 29,4 milhões no ano passado com a cota para o exercício do mandato, o “Cotão”, mais viagens e correios. Quatro senadores do PT ficaram entre os mais gastadores. A maior despesa foi feita por Humberto Costa (PE) – R$ 658 mil. Os valores eram elevados, mas representavam pouco na comparação com os salários dos assessores dos senadores.

VEJA TAMBÉM:
Lula ou Bolsonaro: quem gastou mais com viagens no primeiro mês de governo
Os supersalários dos assessores

Entre os assessores diretos dos senadores, a maior parte estava lotada nos gabinetes do Senado Federal em Brasília. Essa despesa chegou a R$ 279 milhões. Os escritórios de apoio nos estados consumiram mais R$ 149 milhões. Os servidores efetivos em exercício nos gabinetes custaram R$ 83 milhões.

Um analista em exercício no gabinete pessoal de Pacheco recebeu um total de R$ 50 mil, incluindo vantagem pessoal, função comissionada e abono permanência. Com abate-teto de R$ 4,2 mil, sobrou R$ R$ 45,8 mil. No gabinete de Paulo Paim (PT-RS), um consultor legislativo teve renda bruta de R$ 55,6 mil. Com a aplicação do abate-teto, sua renda caiu para R$ 45,7 mil. O abono permanência de R$ 6,4 mil não sofre o abate-teto.

Um analista legislativo à disposição do senador Confúcio Moura (MDB-RO) teve renda bruta de R$ 52 mil, incluindo o abono permanência. Com a aplicação do redutor constitucional, recebeu R$ 45,7 mil. Outro analista legislativo em exercício no gabinete de Jarbas Vascondelos (MDB-PE) recebeu um total de R$ 53,6 mil. Com um abate teto de R$ 7,9 mil, ficou com renda de R$ 45,7 mil. No gabinete de Renan Calheiros (MDB-AL), uma analista teve renda de R$ 49 mil, incluindo o abono permanência. Com redutor de R$ 10,6 mil, sobrou R$ 45,7 mil.

A menor despesa na contratação de assessores foi do então senador Reguffe (União-DF). Ele manteve entre oito e nove assessores no seu gabinete ao longo do ano, com um gasto de R$ 1 milhão. Ele não usou a cota para o exercício do mandato durante oito anos. Não utilizou carro oficial, não viajou por conta do Senado, não utilizou o plano de saúde dos senadores e não de filiou ao plano de previdência do Senado. Pretendia disputar o governo do distrito Federal, mas não obteve o apoio do seu partido e não concorreu à reeleição.

VEJA TAMBÉM:
Quatro senadores do PT lideram ranking da gastança: show do meio milhão


senador total (R$ milhão)
Roberto Rocha (PTB-MA) 10,1
Izalci (PSDB-DF) 9,3
Rogério Carvalho (PT-SE) 7,7
Lucas Barreto (PSD-AP) 7,7
Nelsinho Trad (PSD-MS) 7,5
Ângelo Coronel (PSD-BA) 7,1
Rodrigo Pachecho (PSD-MG) 7,1
Wellington Fagundes (PL-MT) 7
Eliane Nogueira (PP-PI) 7
Plínio Valério (PSDB-AM) 6,9
Telmário Mota (PROS-RR) 6,8
Eliziane Gama (PSD-MA) 6,8
Omar Aziz (PSD-AM) 6,6
Jaques Wagner (PT-BA) 6,4
Venezino Vital do Rego (MDB-PB) 6,2
Marcos Rogério (PL-RO) 6,1
Mecias de Jesus (Republicanos-RR) 6,1
Romário (PL-RJ) 6
Mailza Gomes (PP-AC) 6
Renan Calheiros (MDB-AL) 6
Zenaide Maia (PSD-RN) 6
Otto Alencar (PSD-BA) 5,9
Acir Gurgacz (PDT-RO) 5,9
Leila Barros (PDT-DF) 5,8
Maria do Carmo Alves (PP-SE) 5,8
Luiz do Carmo (PSC-GO) 5,8
Zequinha Marinho (PL-PA) 5,8
Fernando Collor (PTB-AL) 5,8
Nilda Gondim (MDB-PB) 5,8
Eduardo Braga (MDB-AM) 5,7
Jean Paul Prates (PT-RN) 5,6
Eduardo Gomes (PL-TO) 5,6
Paulo Paim (PT-RS) 5,4
Marcelo Castro (MDB-PI) 5,3
Humberto Costa (PT-PE) 5,3
Daniela Ribeiro (PSD-PB) 5,2
Fernando Bezerra Coelho MDB-PE) 5,1
Flávio Arns (PSB-PR) 5,1
Dário Berger (PSB-SC) 5,1
Confúcio Moura (MDB-RO) 5
Fonte: Senado Federal

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/senadores-torram-meio-bilhao-com-salarios-de-assessores-tem-supersalarios/
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EMPENHO NO CONGRESSO PARA RESTABELECER A PRISÃO EM SEGUNDA INSTÂNCIA

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Sergio Moro, no Senado, e Deltan Dallagnol, na Câmara, querem desengavetar projetos de lei e PECs sobre a prisão em segunda instância.| Foto: Roque de Sá/Agência Senado e Albari Rosa/Arquivo Gazeta do Povo

É possível que um político cujas condenações judiciais por corrupção e outros crimes correlatos somam mais de 400 anos esteja, agora, apto a caminhar livremente pelas ruas? No Brasil, sim – e Sérgio Cabral está aí para comprová-lo. O ex-governador fluminense teve revogada sua última ordem de prisão domiciliar e está solto; terá de usar tornozeleira eletrônica, precisará se apresentar mensalmente a um tribunal e não poderá sair do país. Mas, para qualquer brasileiro com um senso mínimo de justiça, isso é muito pouco. Algumas das condenações de Cabral até foram confirmadas na segunda instância, mas a jabuticaba jurídica da “prisão em quarta instância” aprovada pelo STF em 2019 impede que Cabral pague por seus crimes da forma devida.

A nova legislatura, no entanto, reacende as esperanças de que possamos ver a prisão após condenação em segunda instância definitivamente inserida no ordenamento jurídico nacional, e dois parlamentares que estreiam no Legislativo já mostraram a que vieram nesse sentido. O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) pediu o desarquivamento do PLS 166/2018, de autoria do ex-senador gaúcho Lasier Martins e que chegou a ser aprovado em forma de substitutivo na Comissão de Constituição e Justiça da casa em 2019; e o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) protocolou requerimento para a criação de uma Comissão Especial que analise a PEC 199/2019.

A nova legislatura reacende as esperanças de que possamos ver a prisão após condenação em segunda instância definitivamente inserida no ordenamento jurídico nacional

O PLS 166 altera o Código de Processo Penal, que hoje diz, em seu artigo 283, que “ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”. O projeto substitui “sentença condenatória transitada em julgado” por “condenação criminal exarada por órgão colegiado” e muda outros trechos do CPP para não deixar nenhum fio solto quanto à possibilidade de se iniciar o cumprimento da pena após a condenação por um colegiado. Já a PEC 199 adapta uma sugestão do ex-ministro do STF Cezar Peluso e altera os artigos 102 e 105 da Constituição, que tratam das competências do Supremo e do STJ: pela proposta, a interposição de recursos especial (apresentado ao STJ) e extraordinário (apresentado ao Supremo) “não obsta o trânsito em julgado da decisão recorrida”, indicando que este trânsito em julgado ocorreria já na segunda instância. São caminhos diferentes, mas complementares e necessários, já que, para que não fique nenhuma dúvida, é preciso mudar tanto a Constituição quanto a legislação infraconstitucional – afinal, foi uma discussão sobre o artigo 283 do CPP que levou à revogação da prisão em segunda instância pelo Supremo em 2019.

A iniciativa não é novidade para nenhum deles. Quando era ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, Moro incluiu a prisão em segunda instância no pacote anticrime, exatamente pela alteração do artigo 283 do CPP, mas o Congresso, ao desfigurar o texto, deixou de fora essa mudança. E Dallagnol participou da formulação das Dez Medidas Contra a Corrupção, projeto do Ministério Público Federal que conquistou grande apoio popular por meio da coleta de assinaturas, antes de também naufragar no Congresso. E ambos foram eleitos com a plataforma do combate à corrupção, sinal de que o eleitor não se esqueceu da importância do assunto para a construção de uma sociedade mais justa.

Nunca é demais recordar: a prisão em segunda instância é a norma em praticamente todas as democracias sólidas do Ocidente (isso quando não se começa a cumprir a pena já após a condenação em primeira instância). E, no Brasil, foi a regra durante muitas décadas, inclusive após a promulgação da Constituição de 1988 – desde a redemocratização, os únicos períodos marcados pela “prisão em quarta instância” foram o de 2009 a 2016 e o atual, iniciado em 2019. Na estrutura do Judiciário brasileiro, é na segunda instância que termina a análise da culpa, ou seja, se o réu cometeu ou não o crime do qual é acusado; os tribunais superiores analisam apenas questões processuais, não declaram ninguém culpado ou inocente. Com a prisão em segunda instância, ficam preservados o direito à ampla defesa, a presunção de inocência, o duplo grau de jurisdição. As garantias constitucionais são respeitadas, mas fechando-se a porta para a impunidade característica de crimes de colarinho branco, em que réus e seus advogados navegam com maestria o labirinto processual brasileiro para protelar o desfecho dos processos.

VEJA TAMBÉM:
Sérgio Cabral fora da cadeia e a importância da prisão em segunda instância (editorial de 22 de dezembro de 2022)
Mais um ano sem a prisão em segunda instância (editorial de 21 de dezembro de 2021)
Os caminhos para a prisão em segunda instância (editorial de 9 de fevereiro de 2020)


A batalha legislativa, no entanto, não será nada simples. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-PE), já se manifestou dizendo que esta “é uma discussão que dá sempre muita polêmica, não pode ser feita por projeto de lei e precisa ser debatida, discutida em plenário”. Ora, se é preciso discutir algo no plenário de uma casa legislativa, quase sempre isso se dá justamente no contexto da apreciação de projetos de lei. E, ainda que Lira estivesse dizendo que tal mudança exige uma PEC em vez de um PL simples, ele também se equivoca, pois, como acabamos de explicar, há leis infraconstitucionais, como o CPP, que também precisam ser adaptadas para garantir a segurança jurídica que impeça novas contestações à prisão em segunda instância.

É possível que Lira estivesse apenas apontando o caminho que julga mais adequado para promover a mudança, sem dar sua opinião sobre o mérito do assunto? Sim, mas também não se pode descartar a hipótese de que o presidente da Câmara esteja torpedeando sutilmente a proposta – afinal, ele é o novo melhor amigo de Lula, e o petismo abomina qualquer tentativa de tornar a lei mais severa com a bandidagem, especialmente a de colarinho branco. Por isso, Moro e Dallagnol precisam de todo o apoio – dos colegas parlamentares, da opinião pública e dos eleitores, que precisam se mobilizar em torno do combate à corrupção e deixar claro que esperam de seus representantes um compromisso com a prisão em segunda instância.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/recomeca-a-batalha-pela-prisao-em-segunda-instancia/
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MINISTRO DO STF QUER CENSURAR A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

 


Moraes prepara comissão para emplacar regulamentação mais dura nas redes sociais

Por
Renan Ramalho – Gazeta do Povo
Brasília


Para Alexandre de Moraes, autoridades que promovem “ataques internos” à democracia devem ser rapidamente responsabilizadas| Foto: SECOM TSE

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, quer influenciar a elaboração de uma lei que endureça a regulamentação sobre as redes sociais, de modo a coibir a disseminação de conteúdos que representem ameaças às instituições democráticas. A pauta também é encampada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como reação ao atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro.

Moraes informou recentemente, em evento do grupo empresarial Lide, em Lisboa, que uma comissão do TSE vai enviar propostas ao Congresso com “mecanismos de regulamentação das redes sociais”.

O ministro não detalhou, mas indicou que as sugestões poderão ser inspiradas em medidas que ele adotou na Corte Eleitoral no ano passado para dar mais agilidade ao combate a “notícias fraudulentas” e ao “discurso de ódio” – tarefa que já havia se tornado a principal bandeira do ministro como relator dos inquéritos no STF para investigar ofensas e ameaças aos colegas.

Entre essas medidas, estão:

possibilidade de remoção das redes sociais, por iniciativa do próprio Judiciário, sem pedido das partes ou do Ministério Público, de conteúdos julgados “sabidamente inverídicos”;
suspensão, por tempo indeterminado, de contas e perfis com “produção sistemática de desinformação”;
multas pesadas (de até R$ 150 mil por hora) para as empresas que não cumprirem, em até 2 horas, essas mesmas ordens;
e até mesmo a suspensão dessas redes sociais ou aplicativos em caso de reiterada desobediência.
Medidas assim não estão previstas em lei, mas foram adotadas por Moraes, inclusive após as eleições, com base numa resolução proposta por ele e aprovada no TSE em outubro do ano passado, antes do segundo turno.

Questionado por meio de sua assessoria de imprensa, o tribunal não soube informar quem comporá a comissão que formulará a proposta a ser enviada ao Congresso, quando e como isso ocorrerá.

VEJA TAMBÉM:
Paulo Polzonoff: Guerra contra Banco Central mostra que Lula não está com essa bola toda, não
STF “quebra” decisão definitiva favorável a contribuinte e amplia insegurança dos negócios
Opinião da Gazeta: A omissão perpetua a exceção


Moraes defende rápida responsabilização de autoridades que promovam “ataques” à democracia
Em seu pronunciamento em Lisboa, Moraes expôs suas premissas. Disse que as redes sociais, que surgiram como “instrumento altamente democrático”, por permitir a livre expressão e a opinião de todos, teriam sido, ao longo dos últimos anos, “capturadas pelos populistas, principalmente pela extrema direita, e se transformado num mecanismo de lavagem cerebral”.

“Essa lavagem cerebral transformou pessoas em zumbis. Pessoas repetindo ideias absurdas, pessoas cantando hino nacional para pneus, pessoas esperando que ETs viessem para o Brasil resolver o suposto problema da urna eletrônica. O que poderia ser uma comédia é uma tragédia, que resultou na tentativa frustrada de golpe no 8 de janeiro”, disse.

Era uma referência direta às manifestações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que, em frente ao Exército, contestavam a eleição de Lula, apontando atuação parcial do TSE na condução do processo eleitoral, além da suspeita de fraude nas urnas eletrônicas. Em 8 de janeiro, parte dos manifestantes, em revolta, invadiu e depredou os edifícios do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF.

Para combater movimentos assim, segundo Moraes, seria preciso alterações normativas em âmbito nacional e internacional. Ele defendeu, por exemplo, uma responsabilização mais rápida de autoridades que promovem ataques internos ao regime democrático.

O ministro, porém, não pormenorizou que tipo de procedimento poderia ser proposto para isso. Disse apenas que, nas Constituições modernas, há mecanismos para repelir ameaças externas à democracia de um país – como o estado de defesa e de sítio – mas não para debelar as internas.

“Como tratar da corrosão da democracia, quando isso vem de políticos populistas que atacam internamente as instituições? Se todos os mecanismos previstos para ataques externos preveem um fortalecimento exatamente desse político populista?”, indagou.

Sugeriu com isso que, em caso de “ataque interno” à democracia, o Executivo não poderia sair fortalecido. O mesmo não poderia ocorrer com o Legislativo, caso a ameaça parta de parlamentares.

“Como estabelecer novos mecanismos para o controle do abuso do próprio Legislativo e de alguns membros que deturpam as suas próprias garantias institucionais, as suas garantias parlamentares, em defesa da democracia, do estado de direito, quando passam a utilizar isso para atacar a própria democracia?”, indagou, deixando no ar a qual Poder, autoridade ou instituição caberia, afinal, o papel de coibir as ameaças internas à democracia.

No ano passado, Moraes esteve à frente do julgamento que condenou o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) a quase 9 anos de prisão por ameaças a ele e a outros ministros do STF. Na ocasião, seguindo entendimento do ministro, o plenário considerou que a imunidade parlamentar não protege manifestações que atentem contra as instituições democráticas.

“O que vale para a mídia tradicional deve valer para as redes sociais”, defende o ministro
No evento do Lide, Moraes também disse que as redes sociais devem ser responsabilizadas como as mídias tradicionais quando publicam conteúdos antidemocráticos.

“Elas não podem ser nem mais, nem menos controladas que as empresas de mídia. A responsabilização por abusos, na divulgação, na veiculação de notícias fraudulentas, na divulgação de discursos de ódio, essa responsabilização não pode ser maior, mas também não pode ser menor do que no restante das mídias tradicionais”, disse o ministro.

Questionado depois se tais medidas não poderiam resvalar para a censura, ele negou. Disse que era preciso estabelecer melhor “balizas de responsabilização”.

“Não se trata de analisar conteúdo previamente, não se trata – isso a Constituição jamais permitiria – de necessidade de autorização ou não para publicar algo. Agora, quem tem a coragem de publicar, virtualmente ou não, discurso de ódio, discurso antidemocrático, ofensa às pessoas. Se tem a coragem de publicar, deve ter a coragem de se responsabilizar. É o binômio liberdade com responsabilidade. Que vale para mídia escrita, que vale para mídia televisiva, que vale para mídia tradicional, deve também valer para as mídias sociais”. Isso, segundo ele, não impediria qualquer crítica ao STF, por exemplo, mas apenas ameaças e agressões à Corte.

A Constituição brasileira veda qualquer tipo de censura e a jurisprudência consolidada no Brasil preceitua que eventuais ofensas – sobretudo calúnia, difamação e injúria, que também são condutas criminalizadas no país – veiculadas por um jornal ou emissora, por exemplo, mesmo na internet, sejam punidas com indenizações para suas vítimas. A responsabilização, civil ou penal, se dá sempre posteriormente à publicação do conteúdo, nunca antes, conforme esse entendimento.

Marco Civil da Internet em risco

A principal ideia para endurecer a regulamentação sobre as redes, responsabilizando-as por conteúdos criminosos publicados, consiste em rever uma das principais regras do Marco Civil da Internet, lei aprovada em 2014 que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da rede no Brasil.

O artigo 19 diz que plataformas e sites só podem ser punidos por conteúdos postados por usuários ou visitantes caso a empresa dona dessa aplicação descumpra uma ordem judicial de remoção.

Significa que, em princípio, a ideia é punir o autor original daquele conteúdo, caso a Justiça o considere ilícito. Só quando a detentora daquele domínio descumpre a ordem de retirada, ela passa a ser punida, com multa ou indenização.

Dentro do novo governo, do Congresso e no próprio STF há debates para rever essa regra. A justificativa é que, diante de ataques massivos a instituições que possam colocar em risco a democracia, seria preciso obrigar as redes sociais a ter uma postura mais proativa, e não apenas reativa, no controle do que é publicado pelos usuários. A mesma leitura poderia ser feita em caso de ataques a políticas públicas que protegem direitos essenciais, tais como a vacinação em prol da saúde coletiva.

Os defensores de uma lei mais rígida para as redes sociais acreditam que não bastaria que as empresas implementassem políticas internas de moderação de conteúdo para banir postagens de incitação à violência, de estímulo à prostituição infantil ou ao tráfico de drogas, por exemplo.

Caso não haja restrições a conteúdos antidemocráticos ou antivacina, a plataforma já poderia ser punida pelo poder público. Seria imposta a todas o chamado “dever de cuidado”, princípio que pode fazer parte da proposta que o governo vai apresentar ao Congresso, dentro do chamado “pacote da democracia”.

Relator do projeto de lei das fake news no Congresso, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), também admite uma revisão do Marco Civil da Internet. “Não conheço o texto a ser proposto, mas na minha opinião o artigo 19 do Marco Civil não está escrito na pedra”, afirmou à Gazeta do Povo.

Ele diz que as sugestões do novo governo e “qualquer proposta” que venha do STF, devem ser consideradas. “Caberá a decisão final aos deputados e senadores.”

A maior resistência do deputado está na forma escolhida pelo governo para propor as mudanças, por meio de medida provisória. “Tem eficácia de lei enquanto estiver em vigência. É prerrogativa do Presidente da República, mas não acredito que seja enviada medida provisória sobre um tema que já teve MP devolvida pelo Congresso Nacional. Além disso, esse tema está em debate no Congresso Nacional, não faria sentido uma MP”, afirma.

Ele fazia referência à medida provisória enviada em 2021 por Bolsonaro ao Congresso que tinha o objetivo oposto: de limitar a remoção de conteúdo pelas redes sociais. Ela foi devolvida pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao Executivo, sob o argumento de que ela regulava questões que só poderiam ser objeto de deliberação do Legislativo.

Tema também é tratado em ação no STF
O STF, por sua vez, também discute a eventual revisão do artigo 19 do Marco Civil da Internet, mas no âmbito de uma ação que questiona sua constitucionalidade. O julgamento chegou a ser marcado para junho do ano passado, mas foi retirado de pauta pela presidente do STF, Rosa Weber.

Num parecer sobre o tema, anexado ao processo, o ex-ministro da Corte Nelson Jobim e o diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) Ronaldo Lemos, defenderam a tese de que os provedores não devem ter a obrigação de fiscalizar previamente o conteúdo publicado em suas plataformas.

“Muitos dos provedores de aplicação têm como principal função o fornecimento de ‘espaço virtual’ para que os usuários compartilhem e obtenham informações online. Nesses modelos de negócio, chamados por alguns de many-to-many, são os usuários os responsáveis pela criação do conteúdo, sem editoração prévia por parte das plataformas. O alto volume de usuários e de conteúdo por eles produzido tornaria, se houvesse a obrigatoriedade de fiscalização prévia, a restrição demasiadamente severa para a diminuição da possibilidade do provedor ser responsabilizado judicialmente. Esses embaraços à liberdade de expressão poderiam resultar numa censura massiva de conteúdos veiculados na internet”, diz o parecer.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/moraes-prepara-comissao-para-emplacar-regulamentacao-mais-dura-nas-redes-sociais/
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O MUNDO CIENTÍTICO ISOLOU A RÚSSIA


Sem equipamentos novos, materiais e colaboração internacional, ciência russa definha com a guerra

Por
Fábio Galão – Gazeta do Povo

Moscow (Russian Federation), 07/02/2023.- Russian President Vladimir Putin listens to Russian Defence Ministry’s 12th Central Research Institute researcher during a ceremony to present the 2022 Presidential Prizes in Science and Innovation for Young Scientists at the Kremlin in Moscow, Russia, 08 February 2023. Russia needs to focus on creating its own scientific technologies in the field of healthcare, energy and security, the risk of critical dependence on foreign institutions in these industries is unacceptable, said Russian President Vladimir Putin. (Rusia, Moscú) EFE/EPA/VLADIMIR SMIRNOV / SPUTNIK / KREMLIN POOL MANDATORY CREDIT


O presidente russo, Vladimir Putin, participa da cerimônia de entrega dos Prêmios Presidenciais de Ciência e Inovação de 2022 para Jovens Cientistas no Kremlin, em Moscou, na última quarta-feira (8)| Foto: EFE/EPA/VLADIMIR SMIRNOV/SPUTNIK/KREMLIN

A guerra da Ucrânia, que completará um ano no final da próxima semana, gerou impactos diretos nos aspectos humano (com milhares de mortes e deslocamento de milhões de ucranianos, dentro do país ou para outras nações) e econômico, já que comprometeu a infraestrutura e a produção do país invadido, enquanto o invasor sofre com as sanções do Ocidente e de seus aliados e a perda de mão de obra – a população masculina em idade produtiva que foi deslocada para o conflito ou fugiu para escapar do recrutamento promovido pelo presidente Vladimir Putin.

O conflito também causou danos indiretos, como na produção científica russa. Três casos são emblemáticos. Em julho do ano passado, a Rússia anunciou que vai se retirar da Estação Espacial Internacional até o fim da década, assim que terminar de construir uma unidade espacial própria para colocar em órbita. A saída colocará fim a uma parceria em pesquisas espaciais que foi um dos símbolos do pós-Guerra Fria.

Outro rompimento extremamente simbólico foi o anúncio da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear de que não renovará os acordos de cooperação internacional com a Rússia e Belarus (aliado de Moscou) após o fim dos contratos, em 2024.

O Escritório de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca também informou que os Estados Unidos, que já haviam proibido exportações de tecnologia para a Rússia, estão cortando colaborações com Moscou na área, o que abrange laboratórios, projetos, universidades e centros de pesquisa ligados ao país eurasiático, alvo de boicote de centros de pesquisa do Ocidente.

Em artigo publicado na semana passada no The Moscow Times, a doutora em físico-química Alexandra Borissova Saleh mencionou que, nos anos seguintes ao fim da Guerra Fria, a produção científica russa atravessou anos de incerteza gerada pela dissolução da União Soviética, antes de experimentar um boom proporcionado pelos bilhões de rublos injetados na economia com as exportações de gás e petróleo.

Parcerias internacionais foram estabelecidas desde então, mas a transformação da Rússia num pária como punição pela sua agressão à Ucrânia vem comprometendo a produção científica local.

“Quando perguntei a meus amigos recentemente quais mudanças eles observaram na ciência russa desde o início da guerra, todos mencionaram que a cooperação internacional havia ficado muito comprometida, participar de conferências tornou-se impossível devido a problemas de visto e às proibições institucionais à participação russa e contatos com pesquisadores no Ocidente continuaram apenas em nível individual”, escreveu Saleh.

“Alguns destacaram o chamado ‘direcionamento para a Ásia’ por parte da Rússia [China, Índia e Irã estão entre os parceiros russos], mas reclamaram que isso limita severamente o escopo das colaborações.”

Especialistas relataram outros problemas, como a reação hostil de revistas científicas a pesquisas e artigos russos, saída de pesquisadores estrangeiros do país e falta de acesso a equipamentos e materiais importantes – barreira provocada pelas sanções.

Um especialista que preferiu não se identificar disse à revista Nature no ano passado que o laboratório em São Petersburgo onde trabalhava desde 2016 sofria com a falta de suprimentos cruciais, como reagentes e equipamentos, e a maioria dos pesquisadores jovens pretendia sair do país. “É desastroso. Todo mundo está chocado”, desabafou.

Os pesquisadores locais e estrangeiros que ficaram na Rússia sofrem pressão do governo, vítimas de acusações de espionagem, e a produção científica remanescente é alvo de tentativas de cooptação por parte do Estado com fins de propaganda.

“Vários processos recentes de espionagem e traição abertos contra pesquisadores russos destruíram de uma vez por todas qualquer imagem que a Rússia ainda poderia ter de um país onde a colaboração internacional é bem-vinda”, relatou Saleh.

Embora pesquisadores russos tenham assinado manifestos contra a invasão da Ucrânia, muitos dos institutos científicos do país, por convicção ou receio de represálias de Putin, se declararam favoráveis à guerra.

Monitoramento do Ártico está comprometido
Como a produção científica tem por natureza um caráter transnacional, o Ocidente e seus aliados também sofrem com o isolamento dos pesquisadores russos. Uma reportagem da Science News destacou que o norte da Rússia abriga cerca de dois terços do solo congelado da Terra, o chamado permafrost, cujo descongelamento pelo aquecimento global poderá gerar a emissão de centenas de bilhões de toneladas de dióxido de carbono e metano até o fim deste século.

A deterioração nas relações entre pesquisadores russos e do Ocidente tem comprometido o monitoramento da região, segundo especialistas.

“Embora destinados a ‘punir’ a Rússia, [o isolamento e as sanções] estão afetando realisticamente a comunidade global do Ártico, limitando o acesso dos pesquisadores a informações científicas e minando a resiliência das comunidades locais, incluindo povos indígenas”, afirmou Nikolay Korchunov, embaixador da Rússia para assuntos do Ártico, à Science News.

Ted Schuur, ecologista da Universidade do Norte do Arizona e principal investigador da Permafrost Carbon Network, confirmou essa impressão: “[O isolamento russo provocado pela guerra] atrapalha a compilação dos dados para que possamos obter uma imagem mais clara do Ártico como um todo”, alertou.


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É PRECISO LER A CONSTITUIÇÃO PARA ENTENDER DE POLÍTICA

 

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Brasília – DF, 11/07/2016. Presidente em Exercício Michel Temer durante reunião para tratar sobre ação pela educação com o Ministro da Educação, Mendonça Filho; Senador Cristovam Buarque; Assessora Parlamentar do Senador Cristovam, Denise Paiva; Presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi; Presidente dos Correios, Guilherme Campos e o Presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Cafarelli. Foto: Foto: Beto Barata/PR


| Foto: Beto Barata/Arquivo PR

O Supremo decidiu que todas as denúncias feitas pela oposição contra o ex-presidente Jair Bolsonaro vão agora para a 1.ª instância da Justiça Federal. Como o Bolsonaro não é mais presidente da República, não tem mais o foro o privilegiado.

Os processos têm que começar lá na 1.ª instância e percorrer todo o caminho. Isso significa talvez alguns anos. Vai para 1.ª instância, o juiz examina, ouve. O recurso é na 2.ª instância, no tribunal regional, depois vai para o Superior Tribunal de Justiça e só então para o Supremo. Essas coisas demoram. Eu já vi casos demorando 25 anos.

Bom, enquanto isso, numa igreja evangélica lá em Boca Raton, na Flórida, o ex-presidente Bolsonaro anunciou que ainda tem uma missão a cumprir e que vai voltar ao Brasil. Ele falou em próximas semanas. Foi uma igreja cheia, ovacionado. Um entusiasmo na Flórida e aonde quer que ele vá, aliás.

Oposição contra Damares
A oposição, mais exatamente o PSol, está pedindo a cassação da senadora Damares, eleita agora, por causa dos yanomamis. Ela foi ministra dos Direitos Humanos. Os yanomamis são cuidados pela Funai e a Funai estava vinculada ao Ministério da Justiça. Ou seja, ela não tem nada a ver com isso.

Ela, aliás, é conhecida por adotar crianças indígenas que de outra forma seriam mortas. Quando nascem com defeitos congênito, e coisas assim, pela cultura de algumas etnias essas crianças não vão continuar vivendo. E ela tem salvado crianças. Meninas, principalmente, e não são poucas. Ela tem inclusive na casa dela uma das filhas é indígena.

Aí tem que avisar o PSol que precisa ler a lei, porque nenhum senador pode ser julgado na comissão de ética por uma coisa que não foi feita no curso do mandato. Tem que ler Constituição, que é a lei básica. E ler as outras leis.

Conhecer a Constituição
Se alguém vai entrar no Senado, tem que ler o regulamento do Senado, tem que saber sob que leis eu estou vivendo. Isso é pra todo mundo.  Nós brasileiros temos que ler a Constituição do nosso País, que é a nossa lei maior. Por que senão, de repente, estão nos esmagando, nos triturando, e a gente acha que é direito de alguma autoridade.

Vejam só, por exemplo, eu acho que hoje nós temos mais presos políticos que a Nicarágua, Cuba, a Coreia do Norte, Venezuela. A gente talvez só perca para a China. São pessoas que foram arrebanhadas assim, postas numa frota de ônibus, e foram presas. Algumas nem estavam sequer na Esplanada dos Ministérios.

OAB não faz nada. E, como me disse um general quatro estrelas, que está na reserva: “ué, não vi nenhum povo na rua protestando contra isso, parece estão concordando”. Lá em Porto Alegre, na Praça Júlio de Castilhos, na frente da Assembleia Legislativa e do Palácio do Governo e da Catedral, fizeram uma manifestaçãozinha deste tamanho, contra essas prisões políticas.

Linguagem neutra
Bom, tem mais uma aqui: o Supremo acaba de passar por cima de mais um artigo da Constituição: o XIII. É o artigo que diz que a língua portuguesa é o idioma oficial do Brasil. E a  língua portuguesa não tem forma neutra. E derrubaram uma lei estadual, de Roraima e de  Rondônia, que proíbe que documentos públicos e escolas públicas usem forma neutra, porque isso não está na língua portuguesa (que é estabelecida pelo artigo XIII da Constituição).  Mas eu vejo que Supremo derrubou. Deve ter sido algum engano – ou não leram o artigo XIII, ou não conhecem a língua portuguesa.

Amazônia
Por fim, que vergonha, essa história: lá em Washington oferecer administração global para controlar o clima e o meio ambiente da Amazônia. Gente, desde 1849 os americanos estão de olho na Amazônia. A Marinha americana entrou lá no Amazonas, disse que faz parte da bacia do Mississipi e que  seria muito bom para o povo dos Estados Unidos aproveitar as riquezas da Amazônia, já que os brasileiros não aproveitam. Só para meter na nossa cabecinha, a Amazônia não é do Brasil. A Amazônia é o Brasil.

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O GOVERNO ATUAL É UMA GRANDE MENTIRA

 


O BRASIL DA COLIGAÇÃO PT/STF/TSE.
O BRASIL DO MENTIROSO CHEFÃO.
J R Guzzo – Revista Oeste

O Brasil tem desde o dia 1º de janeiro de 2023, uma religião oficial do Estado: a mentira, o tempo todo e em todas as questões, com método, cálculo e um sistema de operação.

Não é nenhuma novidade. Mentir como política pública é um dos fundamentos básicos de regimes de esquerda que querem mandar no governo para sempre.

Foi assim na Rússia comunista de Stalin, onde a verdade era unicamente aquilo que o governo certificava como sendo verdade; é assim em Cuba, de 1959 até hoje.

Se um jornalista, ou quem quer que fosse, perguntava sobre os presos políticos que lotavam os campos de concentração da ditadura estalinista, a resposta era: “Não há presos políticos na Rússia. Não há campos de concentração na Rússia”.

É a mesma coisa em Cuba, quando se pergunta sobre a ditadura de Fidel Castro: “Há eleições livres em Cuba. Há liberdade de opinião em Cuba”.

É negacionismo no último grau.

O regime elimina a realidade dos fatos, dos números e das evidências visíveis, em todos os discursos, documentos e atos oficiais.

Em seu lugar, entra uma nova realidade, fabricada pelo governo e repetida pelos políticos de partido único e pela imprensa de um jornal só.

A principal característica dessa nova realidade é não existir.

O quadro que Lula atribuiu a Bolsonaro, na verdade, é uma fotografia perfeita do que ele próprio e a sucessora que inventou, fizeram com o Brasil entre 2003 e 2016

A posse de Lula na presidência da República, é provavelmente a tentativa mais flagrante de uso da mentira como política de Estado que o Brasil já viu em sua história.

Nada do que foi dito ou apresentado ao público no dia 1º de janeiro em Brasília, tem algum contato com qualquer coisa que se possa chamar de verdade — e talvez nenhum fato comprove isso com tanta clareza quanto a frase mais indignada do primeiro discurso de Lula como presidente.

“Desorganizaram a governança da economia”, disse ele, referindo-se ao governo de seu antecessor.

“Dilapidaram as estatais e os bancos públicos. Entregaram o patrimônio nacional. Os recursos do país foram rapinados para saciar a cupidez de rentistas e acionistas privados das empresas públicas.”

O Brasil que ele recebe, segundo o discurso, é um amontoado de “ruínas terríveis”.

É uma das declarações mais alucinadas jamais feitas por qualquer presidente deste país, em qualquer época.
Lula não citou um único fato, um único número, absolutamente nada, para sustentar qualquer das palavras que disse.
É pura Rússia, ou Cuba, com as lendas oficiais que os seus governos impõem à população.

Como acontece lá, a realidade objetiva é exatamente o contrário do que afirmou — o quadro que Lula atribuiu a Jair Bolsonaro, na verdade, é uma fotografia perfeita do que ele próprio e a sucessora que inventou, Dilma Rousseff, fizeram com o Brasil entre 2003 e 2016.

Lula recebe a economia com inflação inferior a 6% ao ano, menor que a dos Estados Unidos, a menor taxa de desemprego desde a recessão de Dilma, e as estatais com um lucro de 250 bilhões em 2022.

O Banco do Brasil, especificamente, lucrou 30 bilhões no ano passado — o melhor resultado da sua história. Como o presidente da República pode dizer, em discurso oficial, que o banco foi “dilapidado”?

O saldo na balança comercial em 2022 foi recorde, com mais de US$ 60 bilhões.

As reservas internacionais estão acima de 320 bilhões, também em dólares — e por aí se vai, um fato em cima do outro, tudo flagrantemente oposto ao que Lula afirmou.

Nem uma das figuras principais da coreografia da posse, a catadora de lixo que lhe passou a faixa presidencial, é de verdade.

A figura foi inventada para simbolizar os “33 milhões” que “passam fome” — por sinal, um número simplesmente absurdo, fruto direto de propaganda lulista explícita, e que já foi comprovado como falso.

Mas a “catadora de lixo” é estudante de Direito, presidente de uma “Central de Materiais de Recicláveis do Distrito Federal e Entorno” e “Secretária Nacional” da “Mulher e Juventude” da Unicatadores; circulam na internet imagens de uma viagem que fez a Roma. É tão catadora de lixo como Lula é “operário”.

A imagem que tentaram vender, de qualquer forma, é puro fake.

Se ela é mesmo quem o roteiro da posse quis mostrar que é, fica sem resposta a seguinte questão: como continua catando lixo se começou a fazer isso, pelo que diz a propaganda da posse, 20 anos atrás?

Quer dizer, então, que o símbolo da luta “contra a pobreza” exibido ao público, atravessou os dois governos de Lula, mais os dois de Dilma, e até hoje não conseguiu sair da miséria?

É essa a lógica da realidade oficial do regime que começa; é o mundo falso de Lula, do PT e do Jornal Nacional, como na Rússia comunista era o mundo do Pravda.

Na nova religião oficial do Brasil, Lula não é um político que foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em três instâncias e por nove juízes diferentes; também não passou 20 meses trancado numa cela de cadeia.

É como se tudo o que aconteceu não tivesse acontecido.
Não houve as confissões de corrupção por parte de diretores da Petrobras durante o seu governo.
Não houve devolução voluntária de dinheiro roubado.

Não houve empreiteiros de obras públicas que confessaram ter comprado os favores de Lula, que foram para cadeia e se delataram uns aos outros.

O presidente diz, como se estivesse fazendo um imenso favor ao povo brasileiro, que vai “salvar” a Petrobras e fazer dela de novo o que era.

Mas a realidade fabricada por Lula e o seu sistema, para substituir a realidade comprovada, não diz que a Petrobras do seu tempo era a Petrobras que comprou a montanha de ferro-velho da refinaria americana de Pasadena, uma das negociatas mais grosseiras jamais cometidas contra o Estado brasileiro — ou que foi roubada durante anos pela construção da Refinaria Abreu e Lima, que deveria custar US$ 2 bilhões, já custou mais de 20 bilhões e ainda não está pronta, por falhas primitivas no projeto.

É essa a Petrobras, que quase foi à falência nos governos do PT, e se viu condenada por tribunais internacionais a pagar bilhões de dólares por roubar os acionistas, que ele quer de novo.

Na verdade, no mundo de ficção que está criado no Brasil, desde o dia 1º de janeiro, não existe a palavra “corrupção”.

Não se falou uma sílaba sobre o tema, nem no discurso de posse e nem em qualquer manifestação oficial; a era Lula-Dilma foi a mais corrupta da história brasileira, ou mundial, mas nada disso aconteceu.

Não há o reconhecimento de nenhum erro, mesmo involuntário.
Não se lamenta nada, nem se pede desculpas por nada.

A mentira como política de Estado sustenta que o Brasil viveu entre 2003 e 2016, sob Lula e a sua sucessora, uma época de ouro, para a qual a população estava morrendo de vontade de voltar.

Não existiram a recessão econômica deixada por Dilma, a maior da história nacional, nem as centenas de processos penais contra ladrões do erário (quase todos eles já de volta ao novo governo), nem o fato objetivo de que em 13 anos e meio no poder, o Sistema Lula não resolveu um único problema real do Brasil, um só que fosse — da pobreza ao crime, da calamidade da educação à calamidade da saúde pública, da falta de estradas à falta de esgotos.

Olha-se em volta, à procura de alguma coisa boa do governo Lula, ou melhor do que exista hoje; não se encontra nada.

Mas a farsa imposta ao país, diz que nunca houve um Brasil tão justo, feliz e bem-resolvido quanto o Brasil da confederação Lula-PT-empreiteiros corruptos-ladroagem etc, etc, etc.

Em menos de uma semana de governo, as ações cotadas na Bolsa perderam R$ 500 bilhões em seu valor.
A mentira oficial não reconhece que 58 milhões de brasileiros adultos — ou praticamente 50% dos que votaram nas últimas eleições, segundo os números do próprio TSE — são contra Lula.

Diz que a democracia no Brasil estava sendo destruída no governo anterior, exatamente governo, que não mandou prender ninguém, nem desobedeceu a qualquer lei, nem censurou uma única palavra dita contra ele e Bolsonaro, na imprensa ou nas redes sociais.

O Brasil da coligação Lula-STF já tem pelo menos sete presos políticos.

Tem pencas de mandados de prisão a cumprir.
Tem repressão redobrada nas redes.
Tem quebras em massa de sigilos.

Tem uma nova “Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia”, para combater “atentados” contra as “políticas públicas”.

Tem o terrorismo sistemático do Ministério da Justiça contra cidadãos acusados de “atos antidemocráticos”.

Tem até um índio preso nos cárceres do ministro Alexandre de Moraes — isso num país que desde 1º de janeiro, tem um “Ministério dos Povos Indígenas”, ou coisa parecida, sustentado com o dinheiro do pagador de impostos.

O Brasil imaculado de Lula e da impostura implantada com o início do seu governo, tem dezenas, ou mais, de autoridades públicas com passado ou presente penal nas costas;
quando se vai para o segundo escalão, a coisa fica pior.

Só nas penitenciárias, que o ministro da Justiça quer esvaziar, se pode achar uma concentração tão grande de gente envolvida com o Código Penal, como no ministério e na equipe principal de Lula.

Em menos de uma semana de governo, as ações cotadas na Bolsa perderam R$ 500 bilhões em seu valor — mas no teatro montado em Brasília, as perdas não existem, a Bolsa não existe, como não existe nada além de um raio de 3 quilômetros do Palácio do Planalto.

Em cima de tudo isso, para completar, Lula dá sinais de estar vivendo um processo mental de ilusões maciças. Acha que ganhou a eleição por seus próprios méritos;
esquece que está lá, pelas decisões encadeadas de Alexandre de Moraes, do resto do STF e do TSE.

(Até agradeceu ao TSE no seu discurso de posse, passando um notável “recibo” público por serviços prestados, mas tem certeza que o seu herói é ele mesmo.)

Acha que os brasileiros vão obedecer a ele como os cubanos obedeciam a Fidel Castro, ou aos ditadores que estão lá hoje, com a sua polícia e o seu aparelho todo de repressão.

Acha que pode anular o Congresso com uns trocados como Ministério da Pesca, ou cofres-fortes, como o novo Ministério dos Portos — um dos sinais mais óbvios a respeito de como seu governo vai proceder, realmente, no mundo das coisas materiais.

Acha que a realidade do Brasil é o que aparece nos blogs “progressistas”, no noticiário da mídia militante e na programação da Rede Globo.

Acha, acima de tudo, que o Brasil começa e acaba nele e no PT — e sobretudo NELE.

É o enquadramento perfeito para a Era da Grande Mentira.

NO BRASIL VOCÊ SÓ CONSEGUE GOVERNAR OBTENDO APOIO POLÍTICO A TROCA DE VANTAGENS PECUNIÁRIAS

Não falta agora quem acene ao PT com a defesa do ‘controle social do Banco Central’

Por Felipe Moura Brasil – Jornal Estadão

Os especialistas em dar legitimidade pretensamente técnica ou intelectual a interesses políticos geralmente conquistam, pela adequação a eles, os afagos, cargos e microfones que jamais conquistariam pela capacidade técnica ou intelectual, cujo exercício requer não só compromisso com a verdade, mas fibra moral para lidar com as reações hostis dos poderosos a ela.

Mesmo ideias oriundas de reflexões genuínas e debates autênticos podem ser adaptadas ou desvirtuadas para atender a demandas de outra natureza, escondidas sob o manto da teoria acadêmica.

O presidente Lula na cerimônia de posse da diretoria do BNDES realizada na segunda-feira, 6.
O presidente Lula na cerimônia de posse da diretoria do BNDES realizada na segunda-feira, 6. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O “garantismo”, com frequência, atende e encobre o desejo de impunidade de autores de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e peculato; o “desenvolvimentismo” faz o mesmo com a avidez de governantes e parlamentares por torrar dinheiro do povo sem cortar privilégios; o “multilateralismo” e a “multipolaridade” servem de muleta à aliança com potências autocráticas; e “a autodeterminação dos povos” virou desculpa para jamais criticar ditaduras amigas.

Assim como o discurso de “criminalização da política” rende cargos de PGR e PGJ, nos quais se agrada à classe com a extinção de força-tarefa ou grupo anticorrupção, não falta agora, em meio aos ataques de Lula a Roberto Campos Neto, quem acene ao PT com a defesa do “controle social do Banco Central” e de uma política monetária que incorpore a “democracia”, sem ficar “refém do mercado especulativo” com alta de juros.

É a variação econômica da velha defesa petista de “controle social” e “democratização” da mídia, usada para pressionar empresários da comunicação por coberturas favoráveis e legitimar repasses de verbas federais à “mídia independente” (dos fatos) e “alternativa” (à realidade) – batizada por José Serra, em 2010, como rede de “blogs sujos” que faz “patrulhamentos e perseguições sistemáticas” a jornalistas.

Lula sempre pescou no mercado dos gurus de esquerda as ideias mais convenientes à sua ambição de controlar (ou intimidar) instituições e demais meios de ação e influência, dissimuladamente, bem como de culpar os outros por eventuais crises. É mais fácil, por exemplo, que segurar a inflação com responsabilidade fiscal, ajuste e reformas.

Embora os salários ainda sejam menos atraentes que os R$ 290 mil que Dilma Rousseff poderá ganhar no banco dos BRICS ou o mínimo de R$ 80 mil que Aloizio Mercadante fatura no BNDES, a disputa por diretorias do BC no governo Lula está tão acirrada quanto por vagas no STF. Há sempre uma ideologia velha para um populista cansado.

 

VOLTA DA YAHOO NO MERCADO DE BUSCAS

 

Sabrina Bezerra – StartSe – Jornalista

Empresa tem apostado em algumas iniciativas que sugerem o apetite em voltar à competição no mercado de busca. Entenda!

Sunnyvale, California, USA – March 29, 2018: Yahoo ‘s headquarters in Sunnyvale, California. Yahoo! is a web services provider that is wholly owned by Verizon Communications through Oath

Sede do Yahoo nos anos 2000 (foto: divulgação)

Depois de muitas decisões ruins e quase ir à falência por duas vezes, o Yahoo! quer voltar a competir de igual para igual no mercado de ferramentas de buscas na internet. Pois é. O Google que se cuide nessa história, porque o que não falta nos últimos tempos é empresas querendo bater de frente com a big tech.

YAHOO! DÁ SINAIS DE REPAGINAR O YAHOO SEARCH: A VOLTA DO GIGANTE DAS BUSCAS DOS ANOS 2000?

No caso do Yahoo!, a companhia — que nos anos 2000 era um dos principais players no mercado de buscas — tem dado alguns sinais de repaginar o Yahoo Search:

Está contratando especialistas em engine de buscas

“Estamos procurando pessoas interessadas em ir além do status quo para mudar a maneira como as pessoas interagem e usam a pesquisa”, consta na descrição da vaga.

Além disso, o detalhamento deixa claro a ambição da empresa em marcar território em inovações e experiências disruptivas. “Adoraríamos saber sua opinião se você tem paixão pela pesquisa e pela criação de experiências de produtos”, completa.

Executivos do Yahoo! tem feito postagens no LinkedIn sobre o objetivo da empresa em focar em “buscador”

“Haverá muita inovação em ‘buscas’ nos próximos anos e não há muitos lugares onde você possa ter um impacto tão grande imediatamente”, diz Brian Provost, vice-presidente sênior e gerente geral do Yahoo!, postou no LinkedIn, reforçando o novo foco da empresa.

MAS AFINAL, O QUE É O YAHOO SEARCH?

É um mecanismo de busca da web desenvolvido pela Yahoo!. Ele permite que os usuários pesquisem na web, imagens, notícias, vídeos e outros conteúdos. O Yahoo Search também oferece recursos como sugestões de pesquisa, resultados personalizados e filtros de conteúdo.       

POR QUE O YAHOO SEARCH PODERÁ SER REPAGINADO?

Apesar de não citar oficialmente sobre Inteligência Artificial, esse movimento acontece em meio ao avanço da IA no mercado. Como está cada vez mais acessível, promete mudar a forma como as pessoas fazem buscas na internet (cada vez mais rápida e personalizada) — e o ChatGPT, por exemplo, mostra isso. Assim, faz sentido o Yahoo! querer marcar território nesse mercado.

QUEM ESTÁ POR TRÁS DA REPAGINADA DO YAHOO SEARCH?

Jim Lanzone, CEO do Yahoo!. O executivo, que assumiu o comando da empresa em setembro de 2021, está por trás da repaginada da plataforma.

Não à toa. Ele tem experiência no assunto, já que trabalhou por 7 anos no Ask.com, e-business focado em respostas a perguntas. Além disso, ocupava a cadeira de CEO do Tinder.

Diante da experiência de Lanzone, será que podemos esperar do Yahoo Search uma espécie de “Tinder buscador?” Seria a revanche da empresa? Já que nos anos 2000, o Yahoo era um jogador muito grande em buscadores, mas o Google tomou o seu lugar. Assim, o Yahoo declinou. Agora, com tantas inovações mais acessíveis e a experiência dos executivos, o Yahoo tem uma folha em branco. Será emocionante ver a empresa voltando a competir de igual para igual no mercado de buscas, né? Do lado de cá, continuamos acompanhando o desfecho dessa história esperando novas ideias, as interfaces e os conceitos que a equipe traz para o Yahoo Search.

POR QUE IMPORTA?

O caso do Yahoo ensina que sempre há novas formas de contornar a situação e, quem sabe, recuperar o posto de liderança – desde que tenha planejamento, eficiência, inovação e foco em novas tecnologias. Agora, confira no app da StartSe, as novas tecnologias que prometem ditar o futuro – e que podem significar muito para seu negócio. Baixe gratuitamente o novo app StartSe e tenha acesso a conteúdos exclusivos: Android | iPhone

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

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Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

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domingo, 12 de fevereiro de 2023

A TRAGÉDIA DOS ÍNDIOS YANOMAMIS COMEÇA NO ANO 2000

 

“Genocídio indígena”
Dados desmentem narrativa
Por
Leonardo Desideri – Gazeta do Povo
Brasília


Índios yanomami em estado de desnutrição em Roraima| Foto: Reprodução/URIHI – Associação Yanomami

As imagens não deixam lugar à dúvida: a situação dos indígenas em um território yanomami do Norte do país, localizado em partes dos estados do Amazonas e de Roraima, é trágica. Os números também são claros: a mortalidade infantil da região é muito mais elevada do que a média do Brasil, os casos de malária são mais frequentes e a insegurança alimentar é alta, levando crianças à morte por desnutrição.

A narrativa de que a explosão deste problema se deu somente nos últimos anos, no entanto, é ideológica e falsa. A realidade mostra que nenhum grupo pode capitalizar politicamente a tragédia sem falhar à verdade.

Levantamento feito pela Gazeta do Povo com dados disponíveis na plataforma da Lei de Acesso à Informação evidencia que os números mais usados para propagar a tese do “genocídio” recente são, na maioria dos casos, apresentados de forma incompleta e enviesada, já que há dados desfavoráveis em medida semelhante a todos os governos desde os anos 2000.

A reportagem também consultou diversas fontes que já estiveram nas aldeias em diferentes épocas durante esse período, e há um consenso de que a tragédia se perpetua há décadas. Para eles, é errado concentrar a busca de culpados somente nos últimos cinco ou seis anos.

“Uma tragédia como a que atinge os nossos irmãos indígenas yanomamis não se improvisa. Ela não aparece por acaso. Ela é resultado e consequência de uma negligência histórica”, disse o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo em entrevista, na última segunda-feira (6), ao canal Carlos Alberto Di Franco, no YouTube.

O crescimento dos casos de malária nas terras indígenas yanomamis é real, mas ocorre pelo menos desde os anos 2000, quando começaram as medições. O maior aumento percentual aconteceu durante o primeiro governo Lula, e a situação praticamente só tem piorado desde 2013, com um leve arrefecimento nos últimos dois anos.

A desnutrição e a alta mortalidade infantil são, sem dúvida, graves problemas na terra indígena yanomami, mas não começaram nem se intensificaram especialmente nos últimos anos. As mortes de crianças com menos de cinco anos por causas evitáveis ocorreram em índices mais ou menos equivalentes durante os anos do PT e dos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) se levarmos em consideração o crescimento populacional dos yanomamis ao longo das duas décadas.

O aumento do garimpo ilegal registrado nos últimos anos naquela região é um fato, mas a inferência que se tem feito de que esse é o fator que causou a calamidade humanitária é leviana, e a tentativa de atribuir esse crescimento ao último governo é ideologicamente enviesada. A ascensão do garimpo ilegal, que está fortemente relacionada a toda a cadeia criminosa da região – o que inclui, por exemplo, o narcotráfico –, começou a ocorrer por volta de 2013.

“Isso vem desde meados da década passada. Em 2013, a gente já fazia operações grandes, como a Operação Hiléia Pátria, contra a questão do desmatamento, do garimpo e da mineração ilegal. E a gente já percebia que tinha essa aproximação. Foi nessa época que o crime organizado saiu do eixo Rio-São Paulo e chegou a Manaus”, explica Samuel Souza, ex-diretor de Proteção Ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Como mostrou reportagem da Folha de S. Paulo desta quinta-feira (9), a lei sobre a presunção da boa-fé no comércio de ouro, que foi determinante para o crescimento do garimpo ilegal, é de autoria de um deputado federal do PT e foi sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2013. Dados do Mapbiomas, iniciativa do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima, mostram que o garimpo ilegal começou a crescer em Roraima justamente nos anos seguintes a essa decisão.

Para Souza, que tem sofrido perseguição de militantes de esquerda por seu trabalho à frente do Ibama entre 2021 e 2022, a tentativa de emplacar a pecha de “genocida” ao governo anterior é a motivação para a narrativa. “A narrativa de que o problema vem de agora serve para responsabilizar e criminalizar o governo anterior e os agentes públicos que trabalhavam nele. Essa é a realidade. A narrativa é alimentado por servidores públicos que são mais militantes do que servidores”, diz.

O general da reserva Franklimberg Ribeiro de Freitas, que foi presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) durante parte do governo Bolsonaro e chefe do Centro de Operações do Comando Militar da Amazônia (CMA) durante parte do governo Dilma, também garante que a situação dos yanomamis é muito antiga. “O que está acontecendo hoje não é somente responsabilidade da Funai, da Secretaria de Saúde, do Ministério da Saúde, da Polícia Federal, do Exército Brasileiro… Isso é um conjunto de coisas que vêm acontecendo”, diz.

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Mortalidade infantil yanomami por causas evitáveis mais que triplicou com Lula em comparação com FHC
Um elemento central da narrativa enviesada sobre a tragédia yanomami são os números envolvendo a desnutrição e a mortalidade por causas evitáveis, especialmente de crianças menores de 5 anos. Os dados deixam claro que nenhum dos governos desde os anos 2000 pode se eximir de responsabilidade neste quesito.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2002, último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, 34 crianças yanomami menores de 5 anos morreram por causas evitáveis, isto é, aquelas preveníveis pela atuação dos serviços de saúde do governo. Os números aumentaram progressivamente durante o governo Lula, chegando a 118 em 2010 – um crescimento de 247% em relação ao ano final de FHC. Trata-se do maior aumento entre dois governos desde que os números começaram a ser registrados.

Nos governos Dilma, Temer e Bolsonaro, as mortes anuais de crianças por causas evitáveis mantiveram certa estabilidade proporcional ao crescimento população, sem diminuir significativamente em relação ao primeiro governo Lula caso se leve em conta o aumento populacional yanomami ocorrido nos últimos anos.

O pico da série ocorreu em 2020, ano de início da pandemia da Covid-19, quando 162 crianças menores de 5 anos morreram por causas evitáveis. Esse pico, embora objetivamente trágico, não é suficiente para diferenciar as gestões mais recentes das anteriores. Em 2011, por exemplo, no pico negativo da gestão PT, 132 crianças da mesma faixa etária morreram por causas evitáveis. Isso corresponde a 0,68% do total de 19,3 mil yanomamis que viviam no Brasil na época, segundo dados da extinta Fundação Nacional de Saúde (Funasa). No pico negativo do governo Bolsonaro, as crianças mortas por causas evitáveis corresponderam a 0,60% da população yanomami – ou seja, em termos relativos, o número é até menor.

Um quadro semelhante pode ser descrito em relação às estatísticas sobre crianças yanomami que morreram por desnutrição. No pior ano do governo Bolsonaro nesse quesito, que foi 2021, 15 indígenas com menos de 5 anos morreram por desnutrição, o que corresponde a 0,049% do total da população. No pior ano do governo Lula, 2009, 8 indígenas da mesma faixa etária morreram por essa causa, o que corresponde a 0,044% da população yanomami daquela época.

O problema da desnutrição infantil se deve, em parte, a um aspecto comum a algumas culturas indígenas, inclusive a yanomami: as crianças não são priorizadas na hora da alimentação. “Na nossa cultura, alimentamos primeiro o nosso filho para depois nos alimentar. Índio não é assim. Alimenta primeiro os homens, jovens e guerreiros – eles têm prioridade na alimentação; depois, os idosos; em seguida, as mulheres; por último, as crianças. Isso é a cultura indígena. É cultural deles. Isso vem de séculos, principalmente em um povo que ainda não é muito ligado à nossa cultura como é o caso dos yanomamis”, explica Samuel Souza. “Dizer que não existe desnutrição, dizer que não existe fome dentro da terra indígena é impossível, porque existe. Agora, isso existe por uma conjuntura sistêmica de fatores que já vêm de bastante tempo, e não porque o último governo não quis alimentar os yanomamis, porque nós fomos genocidas, como estão dizendo. Isso é absurdo.”

Aumento da malária é real, mas expansão ocorre pelo menos desde os anos 2000
Outro argumento que tem alimentado a narrativa de uma explosão recente da tragédia é o aumento dos casos de malária na terra indígena yanomami nos últimos anos. Em números absolutos, a quantidade de casos foi maior, na média anual, nos governos Temer e Bolsonaro do que nas gestões do PT. No entanto, há dois fatores pouco levados em consideração: o aumento populacional e a tendência de crescimento exponencial de epidemias que não são controladas.

De fato, durante o governo Bolsonaro, particularmente em 2020, os números da malária em terras yanomamis foram os mais elevados desde que se começou a fazer o registro dessa estatística, no início dos anos 2000. Mas o descontrole da epidemia teve origem muito antes.

Os casos de malária em terras indígenas yanomamis aumentaram 2.672,8% entre 2003 e 2010, período do primeiro e segundo mandatos de Lula (PT) como presidente da República, de acordo com o Ministério da Saúde. Em 2003, foram 246 os casos registrados de malária; em 2004, 785; os números aumentaram progressivamente e chegaram a 6.821 em 2010. Nesse ano, último do segundo mandato de Lula, a população de yanomamis no Brasil era de 18.589, segundo dados da Funasa– ou seja, os casos de malária de 2010 equivaleriam a mais de um terço do total da população. Hoje, estima-se que o número de yanomamis no Brasil tenha quase dobrado.

Em 2012, sob o governo Dilma, houve uma redução de 67,6% dos casos de malária em terras yanomamis em comparação com 2010. A queda foi interrompida em 2013, e os sete anos seguintes só registraram aumento nos casos. De 2014 para 2015, por exemplo, os números subiram 57,7%. A tendência de crescimento atingiu seu ápice em 2020, ano da pandemia da Covid-19, quando foram registrados 21.877 casos de malária nas terras yanomamis. Em 2021, houve uma diminuição de 25,4% em relação a 2020, e, em 2022, ocorreu queda de 29,4% em comparação com 2021.

Em janeiro, via Twitter, Lula chamou de “genocídio” a situação dos yanomamis em Roraima, disse que a tragédia dos indígenas foi um “crime premeditado” cometido “por um governo insensível ao sofrimento do povo brasileiro”, e citou a transmissão da malária como uma das principais causas desse genocídio.

Garimpo ilegal avançou em terra yanomami, mas problema começou em 2013
O avanço do garimpo ilegal de ouro nas terras yanomamis tem sido citado como o principal gatilho para a tragédia humanitária no Norte do país. Aqui, há um aspecto importante que coloca a narrativa do “genocídio” recente em perspectiva: o crescimento do garimpo ilegal começou em 2013.

“Houve um aumento do garimpo lá? Sim, isso aconteceu. O garimpeiro vai aonde o ouro está. Estima-se que a população de garimpeiros lá hoje esteja em 20 mil operando na terra indígena. E o garimpo cresceu nos últimos anos. Mas não nos últimos quatro anos. Vem numa crescente desde meados da década de 2010”, afirma Samuel Souza, que participou, nos últimos anos, de várias operações de combate ao garimpo ilegal em Roraima.

Uma das principais causas para o aumento no garimpo pode ter sido uma lei de autoria do deputado petista Odair Cunha (PT-MG), que foi sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2013. A lei estabelece a presunção da “boa-fé” no comércio de ouro, isto é, a palavra do vendedor é suficiente para atestar que a origem do ouro é legal.

Um estudo de 2022 do Instituto Escolhas, resgatado pelo jornal Folha de S.Paulo na quinta-feira (9), mostra que o garimpo ilegal começou a crescer justamente após a sanção da lei, especialmente a partir de 2015. Dados do Mapbiomas também apontam para um crescimento do garimpo de ouro em Roraima a partir do mesmo ano.

A lei torna a fiscalização e a punição de operações ilegais com o ouro mais difícil. Com isso, a prática de “esquentar” o ouro – isto é, trazer para o mercado formal o ouro de origem ilegal – acaba se disseminando. Junto com o garimpo ilegal, a lei sancionada por Dilma pode ter ajudado a trazer a criminalidade à região: as taxas de homicídio aumentaram cerca de 20% nas áreas indígenas e de proteção ambiental na Amazônia que têm jazidas de ouro.

“A cadeia criminosa que alimenta o crime ambiental permeia e é permeada pelas cadeias que alimentam outros crimes. Não tem como fugir disso. É a mesma logística para o tráfico internacional de fauna e flora, para o tráfico internacional de drogas, para o contrabando ilegal de madeira e da exportação ilegal de madeira no país, para o contrabando de cigarro e de produtos irregulares que vêm para o país. A lavagem de dinheiro dos crimes de grilagem, dos crimes de mineração, que são crimes ambientais, é a mesma lavagem de dinheiro de outros crimes”, explica Souza.

Governo Bolsonaro não foi omisso no combate ao garimpo ilegal em terra yanomami, diz ex-diretor do Ibama
Como ex-diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Souza critica as alegações de que o órgão teria sido negligente durante o governo Bolsonaro no combate ao garimpo ilegal, e diz que não teme ações judiciais que o acusem disso. Segundo ele, as Forças Armadas, com a ajuda do Ibama, montaram uma operação de guerra para combater o garimpo ilegal, e não houve omissão dos órgãos públicos nesse enfrentamento.

Há alguns anos, de acordo com Souza, o governo percebeu que os garimpeiros montavam bases de apoio logístico na periferia da floresta nacional que cerca as terras indígenas, com pistas clandestinas e locais onde armazenavam combustível e alimentos. Aviões e automóveis saíam de Boa Vista para essas pistas, trazendo combustível e mantimentos. Dali, os garimpeiros partiam para as terras indígenas com o uso de helicópteros, para não entrar pelos rios, que eram vigiados pelo governo. A estratégia diante disso foi estrangular a logística.

“O que é que decidimos? ‘Vamos fechar o tráfego aéreo’. Ninguém melhor do que militares para isso. Foram diversos helicópteros destruídos, diversos aviões. A Polícia Federal fazia ações lá com muita frequência. Nós chegamos a fechar a empresa que abastecia de querosene de aviação o Estado de Roraima. Depois, a Justiça mandou reabrir”, observa.

Para Souza, “é esse tipo de operação que é eficiente, de estrangular a logística para impedir que ela chegue lá na ponta”. “Se você prende dez garimpeiros, semana que vem tem outros dez”, comenta ele, em referência a operações de combate ao garimpo que têm sido alardeadas pelo atual governo como a solução principal para o problema.

Souza explica que os grandes grupos criminosos estão por trás da atual onda de garimpo, e que desmantelar isso requer inteligência. Esses grupos começaram a se interessar pelo ouro quando viram que se tratava de uma alternativa mais segura para o crime do que a lavagem de dinheiro por outros métodos, observa.

“Antigamente, os criminosos lavavam o dinheiro e escondiam o seu lucro com bens imóveis. Compravam fazendas, apartamentos… O traficante tinha um apartamento e botava no nome de laranja ou no nome de parentes. Isso no mundo inteiro. A Justiça começou a seguir o dinheiro. Colocar o dinheiro do lucro do tráfico em bens deixou de ser negócio. Então, eles começaram a juntar dinheiro vivo. Os traficantes tinham malas de dinheiro. Você chegava a QGs de traficantes no Rio de Janeiro e eles tinham quartos e quartos de dinheiro. Mas volume de US$ 100 milhões em notas é equivalente a uma sala inteira. O volume de US$ 100 milhões em ouro é uma maleta. Aonde eu chegar, em qualquer parte do mundo, eu transformo aquela maleta de US$ 100 milhões de ouro em dinheiro, e ninguém vai me perguntar a origem. O tráfico começou a ir atrás do ouro por causa disso”, comenta.

Ribeiro de Freitas destaca que o garimpo tem caráter sazonal e que, ao longo das últimas décadas, foram várias as idas e vindas dos garimpeiros em diferentes regiões. Ele recorda que, no centro de Boa Vista, existe um monumento ao garimpeiro. A polêmica estátua foi inaugurada em 1969 e é uma homenagem que a Prefeitura da cidade fez por conta do apoio dos garimpeiros ao desenvolvimento da região.

O ex-presidente da Funai explica que sazonalmente o estado toma atitudes para expulsar o garimpo de Roraima, mas isso nunca tem uma solução definitiva. “Frequentemente os garimpeiros retornam para as atividades”, diz. “Existe uma dificuldade dos órgãos do Estado de acessarem a terra indígena yanomami. É uma área na selva, grande, muito grande, maior que a do estado do Espírito Santo, quase igual à do estado de Santa Catarina. Existe uma dificuldade para o Estado brasileiro se fazer presente. Essa dificuldade permite que, ao longo dos anos, os garimpeiros adentrem com certa facilidade a região.”

Condenar indígenas a uma “tradição estática” também pode ser um problema humanitário
As notícias sobre a situação humanitária yanomami trouxeram novamente à tona um velho debate: até que ponto se pode lutar para preservar uma tradição cultural intacta sem desrespeitar a autodeterminação dos povos e sem condená-los a uma vida precária?

Nas redes sociais, alguns formadores de opinião apontaram contradição no discurso da esquerda, que tem demonstrado, neste momento, indignação com as altas taxas de mortalidade de crianças indígenas yanomami, mas é negligente em relação, por exemplo, aos casos de aldeias em que a prática do infanticídio persiste até hoje.

Aldo Rebelo afirma que existe entre a nossa sociedade e a dos indígenas “um conflito de estágios” que se apresenta como um grande dilema. “Há um conflito entre o estágio dessas populações, que é o estágio da coleta, da caça e de uma agricultura rudimentar, e as possibilidades da sociedade contemporânea, que oferece para a caça uma espingarda no lugar do arco e da flecha, que o índio prefere para a agricultura. Há máquinas e equipamentos que aumentam a produtividade, que eles também desejam. Além disso, os índios querem ter acesso a serviços de comunicação. Claro que eles querem ter acesso a um aparelho celular. Eles gostariam de ter acesso à televisão. Gostariam que os filhos tivessem acesso a uma escolaridade que os pais não tiveram. Isso tudo cria um conflito existencial entre essa cosmogonia do caçador e coletor e a vida e as possibilidades que a modernidade oferece. Esse conflito existe, e eu sei que isso é um grande problema para eles também”, comenta.

Para Belisário Arce, diretor-executivo da Associação PanAmazônia, não se podem discutir formas de ajudar a sanar a situação trágica de algumas aldeias sem pensar em desenvolvimento. “É preciso encarar a realidade. O modo como o Estado brasileiro tem tratado os povos indígenas não tem dado certo. Embora tenha havido um aumento populacional nas últimas décadas, os problemas potencializaram-se: suicídio, alcoolismo, doenças venéreas, exploração sexual, chacinas, fome. Evidentemente, há algo errado na receita”, diz.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/esquerda-tenta-capitalizar-politicamente-tragedia-yanomami-mas-dados-desmentem-narrativa/
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