sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

LULA NÃO ESTÁ SABENDO APROVEITAR SUA TERCEIRA CHANCE

Filho Pródigo
E ele vai desperdiçá-la outra vez

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo

AME2119. RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 06/02/2023.- El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, asiste a la ceremonia de toma de posesión del nuevo presidente del Banco Nacional de Desarrollo Social (BNDES), Aloizio Mercadante, hoy en Río de Janeiro (Brasil). EFE/ André Coelho


O que será que Lula vê quando olha para cima?| Foto: EFE/ André Coelho

Segunda-feira (6), Aloízio Mercadante, aquele que não desiste de fracassar, assumiu mais um cargo num governo petista. Agora ele é presidente do BNDES, um cofrinho que o PT administra estrategicamente para financiar ditaduras de esquerda por aí. Cuba, Venezuela e o pujante Moçambique que o digam! Durante o discurso na cerimônia de posse do cumpanheiro, Lula mais uma vez mentiu, falou abobrinhas e deixou clara sua visão canhotíssima do mundo.

Sendo mais específico, mentiu ao dizer que o calote que as ditaduras amigas em Cuba e na Venezuela deram no BNDES era culpa de [adivinha!] Bolsonaro. Falou abobrinhas ao fazer pressão para que o Banco Central diminua os juros – na marra. E deixou clara sua visão canhotíssima do mundo ao dizer que as manifestações de Oito de Janeiro foram uma “revolta dos ricos que perderam as eleições”.

Que é absurdo, revoltante, inaceitável e deplorável eu e você já sabemos. Ressaltar isso seria chover no molhado e ceder à tentação da indignação impotente. Prefiro espremer os olhos, franzir a testa, talvez levar a mão ao queixo e me (e lhe) perguntar: como é possível que alguém possa desperdiçar não só a primeira e segunda, mas também a terceira oportunidade que Deus está lhe dando para fazer o certo?

(E aqui não importa se Lula está ocupando o Trono de Babaçu pela vontade de 51% dos eleitores ou dos amigos no TSE e STF. O fato é que, por caminhos que nós, em nosso minúsculo entendimento da vontade divina, consideramos tortos, Lula é o presidente do Brasil neste momento – até não ser mais).

Porcos
Pergunto isso porque estou lendo “A Volta do Filho Pródigo”, de Henri Neuwan (recomendo!), e não consigo parar de pensar em todas as vezes que me vi num lugar distante, disputando alimento com os porcos e me negando insistentemente a voltar para casa. Quantas vezes achei que finalmente me adaptaria ao mundo ou que o mundo se adaptaria a mim e, em me enganando, tive de me confrontar com minha soberba inicial, justamente aquela que me fez chafurdar na miséria humana?

Antes que alguém venha me dizer que estou politizando uma parábola bíblica, esclareço (sem nenhuma esperança de ser ouvido) que estou é espiritualizando um personagem político. Estou contemplando o Lula personagem e dando a ele uma dimensão espiritual, na esperança de que o leitor (é, você mesmo!) ignore o político que por ora disputa a lavagem com os Porcus brasilienses e volte os olhos para si. Para todas as oportunidades em que você optou por aproveitar as falsas delícias do mundo em vez de procurar o conforto simples da casa paterna, onde prevalecem a Verdade e a retidão. Capisci?

Lula foi incapaz de resistir à tentação do amor das multidões – por mais que esse amor seja tão falso quanto frágil. Lula foi incapaz de resistir à tentação de se sentir aceito pela elite intelectual e financeira, com todas as finesses e luxo que lhe faltaram quando criança pequena lá em Garanhuns. Lula foi incapaz de resistir à tentação de transformar o mundo para que ele satisfaça todos os prazeres humanos, da picanha farta à preguiça igualitária, da inveja institucionalizada à ira tresloucada. E por aí vai.

Sendo que em algum momento, talvez logo depois de ter saído da prisão (sim, temos um presidente que já foi preso por corrupção), seguramente deve ter passado pela cabeça dele que era hora de sossegar. Ou será que estou sendo mais uma vez ingênuo? Paciência. Prefiro minha ingenuidade intencional e artificial ao cinismo natural e espontâneo que me rodeia. Na minha imaginação, as oportunidades de redenção oferecidas a Lula foram tantas quantas as tentações. Mas ele preferiu e prefere o canto das sereias que, empunhando bandeiras vermelhas, gritam: “Olê, olê, olê, olá! Lulá, Lulá!”.

Mas Lula é problema do Luiz Inácio. Mais produtivo é olharmos para dentro e pensarmos, inspirados na deplorável experiência alheia, em todas as repetidas oportunidades que também desperdiçamos. Oportunidades de fazer o certo. De reparar erros. De pedir desculpas. De reconhecer que não somos capazes – porque às vezes não somos mesmo. Uma última: de nos confrontarmos cotidianamente com nossa soberba, com essa ideia macabra e insistente de que podemos ser deuses.

Não somos.

Diante disso, a pergunta que fica é: como vamos sair da enrascada de sermos governados por um Lulão e milhares de lulinhas que, cotidianamente, abandonam o conforto e a segurança da Verdade para viverem na esbórnia de suas consciências corrompidas, sem que jamais lhes ocorra a possibilidade de reconhecer o erro e pedir perdão? Se bem que, desconfio, para essas pessoas a solução para todos os problemas do mundo passa necessariamente pela socialização da lavagem. Essa coisa de voltar para casa a gente deixa para depois que a utopia estiver implantada.


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ENTREVISTA SIMULADA COM ALEXANDRE DE MORAIS

 


A pergunta que eu gostaria de fazer a Alexandre de Moraes

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo


Alexandre de Moraes: quando vamos marcar aquela entrevistinha, ministro?| Foto: Divulgação/STF

“O que você está disposto a fazer para ver sua vontade triunfar?” Essa a pergunta que eu gostaria de fazer a Alexandre de Moraes se ele me desse a honra de uma entrevista (me liga, ministro!). Na verdade, essa é apenas uma das muitas perguntas que eu gostaria de fazer ao nosso líder supremo. Uma das outras seria: “Até quando, Excelência? Até quando?!”.

Ou melhor, talvez eu fizesse uma pergunta à la Glória Maria (que Deus a tenha!): “O que o senhor sentiu quando matou a democracia para salvar a democracia?”. Se bem que acho que a Glória Maria o trataria por “você”. Ou ainda uma pergunta capciosa bem ao gosto do meu saudoso amigo Geneton Moraes Neto: “Qual obra de Carl Schmitt mais o inspira, ministro?”.

Todas essas perguntas renderiam boas respostas e possíveis manchetes. Ou uma temporada na Papuda, a depender do humor do Supremo Magistrado. Este, aliás, é o problema de se dar muito poder a um homem só, seja no Supremo, na Presidência, na caserna, no sindicato, no condomínio, na empresa e até na família: você começar a se perguntar se o que guia as ações dele é a submissão a algo maior e absoluto ou o cansaço, a fome, o humor.

Por isso é que, não raro, os atos de tiranos dos mais variados graus ganham certo ar animalesco. Às vezes cômicamente animalesco, embora não se possa fazer piada quanto a isso. Na União Soviética stalinista, na China maoísta e hoje mesmo, na Coreia do Norte jongunista, eram e são comuns as anedotas de inimigos do regime eliminados porque o líder estava com prisão de ventre. Ou com o ventre solto demais.

Câmera da verdade
Mas a pergunta mais importante da entrevista seria mesmo a do primeiro parágrafo. Calma. Não precisa voltar lá para reler. Eu a reproduzo aqui: “O que você está disposto a fazer para ver sua vontade triunfar?”. Aliás, se me permitem um aparte rápido, essa é uma pergunta que todos deveríamos nos fazer. A todo instante. Tem gente que vai se descobrir disposta a qualquer coisa. Inclusive usar seus semelhantes como mero instrumento, como meio para um fim específico e, vou apostar, imoral.

Outros descobrirão que, apesar da vontade que dá, ah, se dá, há um conjunto de valores mais profundos a nos impedir de cedermos aos nossos impulsos. À nossa vontade. É a ética cristã da misericórdia. Da caridade. Da Justiça. É o que impede, ou deveria impedir, um político de mentir para ganhar uma eleição. É o que impede, ou deveria impedir, um empresário de explorar seus funcionários para enriquecer. É o que impede, ou deveria impedir, qualquer um de insultar o próximo só pelo prazer de estar com a razão.

O que Alexandre de Moraes descobriria se se fizesse essa pergunta? E se a respondesse a mim, olhando na câmera da verdade, numa entrevista exclusiva para a Gazeta do Povo (é só ligar, ministro)? A depender do vento, imagino-o respondendo de várias formas. Ou cita doutrinas e se apoia em slogans travestidos de lugar-comum. Ou abre aquele sorriso prepotente e diz que pela democracia está disposto até a prender um jornalistinha insolente feito eu. Onde já se viu fazer uma pergunta dessas!

Enquanto em imaginação sou algemado, aproveito a oportunidade para contar os bastidores deste texto. Ele deriva da ideia de uma entrevista inventada com Alexandre de Moraes. Daquelas coisas que escrevo e tenho que encher de asteriscos para explicar que é ficção ou, como prefere o entrevistado, fake news. Uma pena que o Departamento Jurídico, em conluio com meu bom senso, conseguiu me convencer da temeridade dessa brincadeira.

Continuando: ou Alexandre de Moraes responde citando códigos e doutrinas e um poeminha do Carlos Ayres Brito. Ou responde cantando uma música da Anitta. Ou, no pior e infelizmente mais provável dos cenários, responde seco que está disposto a tudo – menos, claro, reconhecer os próprios erros. Isto é, menos a reconhecer que seus esforços para proteger a democracia acabaram por destruir a democracia.

“E agora chega de entrevista. Senão te mando pra um Lulag na caatinga!”, ameaçaria ele, sem nenhuma intenção de fazer nada disso. Só para mostrar que pode.


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TENDÊNCIAS DO MARKETING DIGITAL PARA 2023

 

Flávia de Paula – Diretora de Social Media

Oportunidades surgem com o aprimoramento e o uso incisivo das tecnologias.

O crescente número de adeptos das mídias sociais e as incontáveis possibilidades que elas trazem através de suas frequentes inovações refletem um mundo digitalizado, em que a dimensão virtual desempenha um papel de total relevância para o funcionamento dos negócios. Destacando-se como um dos aspectos dessa onda, o Marketing Digital vem ganhando cada vez mais espaço, e deve continuar sua progressão no ano de 2023. Tendências surgem a todo o momento, e é a partir da observação e imersão neste cenário que o profissional do Marketing Digital precisa compreender as janelas que se abrem para sua atuação.

Por operar em um ambiente marcado pela fluidez e constantes mudanças, o Marketing Digital precisa ter suas estratégias articuladas em torno de medidas essenciais, como atenção, atualização e, sobretudo, flexibilidade. Adaptar-se ao novo e encontrar caminhos neste âmbito é uma postura indispensável para a permanência no jogo – e é deste modo que o profissional do Marketing Digital encontrará os caminhos para resultados satisfatórios. Acompanhar as tendências do momento, em suma, é a fonte de um empreendimento bem-sucedido.

Assim, abaixo destacamos algumas tendências que devem chegar com tudo em 2023:

1 – Conteúdo direcionado

Compreender as necessidades e desejos de um cliente em potencial, o que ele consome e pelo que pode se interessar é uma providência fundamental para a construção de uma segmentação personalizada. Este tipo de atenção no direcionamento preciso do conteúdo, além de capturar o olhar de uma pessoa, também aumenta as possibilidades de obtenção dos resultados almejados, já que as chances de que ele faça a aquisição de um produto ou serviço dirigido especificamente para ele, segundo suas preferências, são maiores. Com o uso intensivo da internet e das mídias sociais entre a população, investir em conteúdo direcionado é uma estratégia inteligente para a conquista de novos clientes

2 – Mobile First

A “onipresença” da internet é em grande parte resultante do uso expressivo de smartphones no Brasil e no mundo. Neste contexto, então, desenvolver formas de alcançar o cliente por meio do aparelho celular é essencial, e isso pode ser feito por meio de planejamentos voltados às particularidades da experiência do usuário com o smartphone. Do ponto de vista do Marketing Digital, explorar o formato e as potencialidades oferecidas pelos dispositivos é imperativo para que haja um bom usufruto da tecnologia no sentido de encontrar melhores resultados.

3 – Uso de inteligência artificial

O advento da inteligência artificial passou por um verdadeiro boom nos últimos tempos, e agora a tendência é que ela seja cada vez mais utilizada para auxiliar e facilitar processos que possam aprimorar a relação com o cliente. Atentar-se às perspectivas que o recurso oferece e aplicá-las às práticas características do Marketing Digital podem ajudar a incrementar e potencializar antigas metodologias de negócios.

4 – Proeminência de chatbots

Os *chatbots podem ser utilizados para aumentar a rapidez do atendimento e a interação com o cliente, favorecendo uma dinâmica de conversas caracterizada pela eficiência – sobretudo nos dias de hoje, em que a automatização de variados processos surge para suavizar a experiência do contato. Na esteira do uso crescente de inteligência artificial, os chatbots são uma das muitas ferramentas que podem ser aperfeiçoadas pelo recurso, visando a um aumento de sua praticidade e sofisticação no trato com o cliente.

*Um chatbot é uma ferramenta para conversar com o cliente em linguagem natural por meio de aplicativos de mensagens, sites e outras plataformas digitais. Ele pode responder por diretrizes pré-programadas ou inteligência artificial.

5 – Produção de vídeos

Produzir vídeos sempre foi uma estratégia de suma importância para a conquista de público, e o recurso segue firme em seu potencial de atratividade. Por conta de seu atributo sensorial, a conjunção entre imagem e som ainda é uma poderosa receita para alcançar novos clientes, e o elevado número de plataformas que comportam a criação e disseminação de conteúdo audiovisual apenas favorece a prática. Utilizar esta via de maneira criativa e estratégica é uma ação imprescindível no mundo enfaticamente visual em que estamos inseridos.

6 – Parcerias com influenciadores digitais

Falando em audiovisual, o número vertiginoso de influenciadores digitais na internet é outro recurso que pode ser explorado para fins de marketing. A projeção e influência desses profissionais é uma ponte de acesso a uma fatia maior do público, e a conjuntura tecnológica atual permite e favorece este tipo de contato e divulgação. Buscar parcerias com influenciadores digitais é uma alternativa interessante para quem procura ampliar seu raio de alcance.

7 – Hibridização dos eventos

A organização de qualquer evento passa por diversas etapas, demandando de seus idealizadores um enorme esforço e ponderação no que se refere à experiência dos participantes, entre outras considerações. A integração tecnológica atual permite que os eventos sejam realizados simultaneamente nos âmbitos presencial e virtual, viabilizando assim a maior adesão do público, uma vez que este tipo de prática traz a vantagem de facilitar o acesso dos participantes através da transmissão online em tempo real. Desta forma, além de resolver a questão de limitação geográfica que poderia impedir a participação de muitas pessoas, a hibridização de eventos também aumenta a possibilidade de acomodação de mais participantes. Investir neste tipo de experiência é uma opção indicada para aumentar o engajamento do público.

*Flávia de Paula é graduada em Jornalismo e possui diversas especializações na área de Gestão de Marketing de Alta Performance e Planejamento Estratégico. Especialista em Marketing Digital com certificações em mídias, gestão de pessoas e relacionamento, atualmente é diretora de Social na agência e-nova, especializada em marketing online, com a responsabilidade de liderar sua estratégia e desenvolver novos negócios.

Sobre a e-nova

Fundada há 13 anos e com escritórios na Granja Viana e São Bernardo do Campo – SP, a agência e-nova atua com soluções completas em Comunicação Digital e Marketing Online, voltadas para o posicionamento estratégico de marcas no ambiente virtual. A empresa conta com um time de profissionais das áreas da Comunicação e do Digital para atender organizações de vários segmentos.

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Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver, gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados satisfatórios para o seu negócio.

Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.

Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?

Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto resulta em mais vendas.

Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?

A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas considerações importantes:

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

BRIGA DE LULA COM O BANCO CENTRAL

 

Política monetária
Quais as consequências para a economia do país

Por
Célio Yano – Gazeta do Povo


“Vou esperar esse cidadão terminar o mandato dele pra gente fazer uma avaliação do que significou o Banco Central independente”, disse Lula esta semana, referindo-se ao presidente do órgão, Roberto Campos Neto| Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

As reiteradas críticas do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) à atuação do Banco Central (BC) podem gerar um efeito contrário ao que ele defende, segundo economistas. Ao atacar a taxa básica de juros, definida pela autoridade monetária, e questionar até mesmo a independência do órgão, a tendência é de que os juros nominais, praticados pelo mercado, acabem subindo ainda mais.

Ao prever uma interferência do Estado na condução da política monetária do BC, as instituições financeiras buscam se proteger de um cenário provável de maior pressão inflacionária. Os resultados são acesso mais limitado a crédito, menor consumo e índices mais baixos de crescimento da economia.

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Menos picanha: rever meta de inflação, como quer Lula, pode elevar os preços
Na semana passada, críticas de Lula ao BC, à taxa de juros e às atuais metas de inflação feitas durante uma entrevista à RedeTV fizeram com que as taxas de contratos futuros de depósito interfinanceiro (DI) disparassem. O DI com vencimento em janeiro de 2025, por exemplo, avançou de 12,97% para 13,275% em um único pregão, na sexta-feira (3).

Na entrevista, Lula chegou a dizer que pretende reavaliar a autonomia do BC após encerrado o mandato de Roberto Campos Neto à frente da instituição, que ocorre ao fim de 2024. “Quero saber do que serviu a independência [do BC]. Eu vou esperar esse cidadão [Campos Neto] terminar o mandato dele pra gente fazer uma avaliação do que significou o Banco Central independente”.

As taxas de juros futuros acabaram recuando de volta aos patamares anteriores nesta quarta-feira (8) após o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmar que não existe qualquer discussão no Planalto para se alterar a legislação que garante a independência do BC ou as metas de inflação.

Na terça-feira (7), em uma palestra, Campos Neto defendeu a autonomia do órgão. “A principal razão da autonomia do Banco Central é desconectar a política monetária do ciclo político”, disse. “Quanto mais independente você é, mais eficaz você é, menos o país pagará em termos de custo de ineficiência da política monetária.”

Autonomia do BC é um dos legados de Bolsonaro e Guedes
A autonomia do BC foi formalizada por lei aprovada em fevereiro 2021 e é considerada uma das principais vitórias na área econômica obtidas no Congresso pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro Paulo Guedes.

Com a lei, o BC deixou de ser vinculado ao Ministério da Economia (atual Ministério da Fazenda), passando a ser classificado como autarquia de natureza especial, caracterizada pela “ausência de vinculação a ministério, de tutela ou de subordinação hierárquica”.

Além disso, o texto estabeleceu mandatos de quatro anos para o presidente e os oito diretores do BC em períodos não coincidentes com os da gestão do presidente da República. Embora ainda sejam indicados pelo chefe do Executivo, os nomes também passam agora por aprovação do Senado.

À época da discussão da lei, o PT já se opunha à medida. Após a aprovação, o partido chegou a impetrar, junto com o PSOL, uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a legitimidade da norma.

As legendas argumentavam que a autonomia do BC “retira a autoridade do governo eleito sobre um instrumento central de definição da política econômica e interfere na coordenação da implantação dessa política, reduzindo sua eficácia, ao diluir a responsabilidade sobre os seus resultados”. A ADI acabou rejeitada pelo Supremo pelo placar de 8 a 2.

Declarações de Lula pressionam mercado e resultado pode ser juros ainda mais altos

O economista Bruno Mori, sócio fundador da consultoria Sarfin, explica que a definição de um patamar elevado da taxa básica de juros é o principal remédio para conter a inflação de preços ao consumidor. “A principal função do BC é prezar pela moeda, o que quer dizer que ele tem que defender o valor de compra dela, ou, em outras palavras, trazer a inflação para a meta preestabelecida. Ele está menos sujeito a interferências políticas quando ele tem essa autonomia legal”, diz

A independência do órgão em relação ao governo foi o que garantiu que a volatilidade dos ativos financeiros tenha sido menor em 2022 do que em outros processos de eleição para presidente, afirma o economista.

O mercado estima que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 deve ficar em 5,78%, segundo a edição de segunda-feira (6) do Boletim Focus, que todas as semanas consolida projeções de analistas do mercado. A meta de inflação estabelecida para o ano é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos – ou seja, uma faixa entre 1,75% e 4,75%.

No dia 1º de fevereiro, após manter a Selic em 13,75%, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deu a entender que pode sustentá-los nesse nível por um bom tempo – talvez até o fim do ano, na interpretação de parte do mercado.

Para o presidente, a meta de inflação deveria ser mais alta, o que permitiria ao BC manter uma taxa de juros menor. “Por que não fazia 4,5%, como nós fizemos? O que precisamos nesse instante é saber o seguinte: a economia brasileira precisa voltar a crescer. E nós precisamos fazer distribuição de renda, nós precisamos fazer mais políticas sociais”, disse Lula em entrevista à Globonews em janeiro.

“A consequência de ele falar sobre tolerar a inflação mais alta é juros ainda mais altos”, diz Mori.

“O fato de os juros estarem altos no Brasil não tem correlação com a autonomia do Banco Central, muito pelo contrário”, diz Raphael Vieira, co-head de investimentos na Arton Advisors. “Um BC independente acaba se desvirtuando do cenário político e olha efetivamente, dentro da economia, aquilo que beneficia ou prejudica a expectativa e a ancoragem da inflação”, afirma.

Ele lembra que Campos Neto foi muito elogiado por sua atuação na retoma econômica pós-pandemia, por ter se antecipado aos choques de preços e iniciado o ciclo de alta de juros muito antes de outros países, inclusive economias desenvolvidas.

“Acho que essa discussão é muito mais um balão de ensaio do governo para obviamente não atacar o ponto principal, que é a contenção dos gastos públicos e efetivamente olhar de uma forma mais diligente para o controle inflacionário do país”, opina.

Para Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, Lula parece estar focado “em desfazer o legado dos dois últimos mandatos”, “em um sinal de que o pragmatismo não vingou e o revanchismo deve guiar as decisões daqui em diante, independente se tal herança foi positiva ou não”.

“Desse modo, ainda que estivesse 14 anos no poder, [somando os períodos dos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff,] o atual presidente parece não compreender que juros não são causa, são consequência e que, portanto, o governo fazer a ‘lição de casa’, ‘a sua parte’ na economia, é literalmente a melhor forma de dar espaço para que o Banco Central corte os juros de maneira livre e desimpedida”, escreveu o economista em relatório para investidores.


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BRASILEIROS SÃO PROIBIDOS DE FAZER MANIFESTAÇÃO PÚBLICA NAS PRAÇAS E RUAS

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Plenário do STF confirmou liminar de Alexandre de Moraes que restringia direito de manifestação sem prazo determinado.| Foto: Carlos Alves Moura/STF

Se um grupo de brasileiros quiser se reunir para protestar contra o presidente Lula em local público, aberto, de forma pacífica, sem armas e sem incitação a crimes como golpes de Estado, tendo previamente avisado as autoridades e cumprido todos os demais requisitos eventualmente exigidos por regulamentos locais (existentes quando se trata, por exemplo, de ocupar uma via importante de determinada cidade), poderá fazê-lo? E se o objetivo da manifestação for protestar contra desmandos do Supremo Tribunal Federal – novamente, de forma pacífica e sem pedidos descabidos como os de fechamento da corte? E para comemorar uma conquista futebolística? Em outros tempos, a resposta a tal pergunta seria um óbvio “sim”; mas, infelizmente, nos tempos que correm o fato é que ninguém pode dizer com total certeza se o direito constitucional à reunião ainda vigora no Brasil. A mera existência dessa dúvida mostra que o país está vivendo uma situação completamente anômala em termos de liberdades democráticas – anomalia que é intensificada pelo fato de muitos brasileiros nem mesmo se darem conta da gravidade do problema.

No imediato pós-8 de janeiro, diante de chamadas em mídias sociais para uma manifestação “pela retomada do poder” convocada para o fim da tarde de 11 de janeiro, a Advocacia-Geral da União pediu ao STF “que se restrinja, pontual e momentaneamente, diante da situação de absoluta excepcionalidade, o exercício do referido direito de manifestação (que, como bem visto no último domingo 08/01/2023, para além de abusivo, foi verdadeiramente criminoso), vedando a interrupção do trânsito urbano e rodoviário em todo território nacional, bem como o acesso a prédios públicos por tais ‘manifestantes’, até que o estado de normalidade seja restabelecido”. O ministro Alexandre de Moraes prontamente atendeu o pedido, determinando que as autoridades “adotem as providências necessárias para impedir quaisquer tentativas de ocupação ou bloqueio de vias públicas ou rodovias, bem como de espaços e prédios públicos em todo o território nacional, notadamente – mas não só – nos locais indicados na postagem ‘mega manifestação nacional – pela retomada do poder’, além de “determinar a proibição de interrupção ou embaraço à liberdade de tráfego em todo o território nacional, bem como o acesso a prédios públicos” (destaques do próprio Moraes).

O Brasil vive ao menos em parte as consequências de um estado de exceção, sem que tenha havido o respectivo trâmite e sem que tenham sido acionadas as autoridades a quem cabe decretá-lo

Tanto o pedido da AGU quanto a liminar de Moraes foram muito além do que seria conveniente e justificável para coibir o tal ato “pela retomada do poder” marcado para o dia 11 de janeiro (ato este, aliás, que nem chegou a ocorrer). O que ocorreu, e a solicitação da AGU o diz sem camuflar as palavras, foi uma restrição do direito constitucional de manifestação, previsto no inciso XVI do artigo 5.º da Carta Magna. Da forma como foi redigida a liminar, tal restrição não se limitava a impedir um ato golpista específico; ela colocou quaisquer protestos pacíficos e legítimos no mesmo balaio de manifestações criminosas que não são protegidas nem pela liberdade de expressão, nem pelo direito de reunião – bastaria apenas que a aglomeração de pessoas bloqueasse uma via pública para estar na mira da liminar de Moraes.

A supressão dessa liberdade democrática é algo tão grave que a Constituição só a prevê em dois casos: o estado de defesa e o estado de sítio – e nenhum deles vigora no Brasil atualmente. Tais situações exigem a consulta aos conselhos da República e de Defesa Nacional, seguida de um decreto presidencial que precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. Ora, nem mesmo na sequência dos deploráveis atos golpistas de 8 de janeiro o governo viu a necessidade de decretar nem estado de defesa, nem estado de sítio – se a medida chegou a ser cogitada, acabou descartada. Quando, portanto, a AGU solicita e Moraes decreta “que se restrinja (…) o exercício do referido direito de manifestação” sem que estejam presentes as condições estabelecidas pela Constituição para tais restrições, ficam atropeladas a Carta Magna, a liberdade e a democracia. Todo esse trâmite constitucionalmente previsto foi sumariamente substituído pela canetada de um ministro do Supremo, a pedido de um advogado-geral da União, que se julgam na posição de implantar medidas características de estado de exceção, tomando para si o papel dos representantes eleitos pelo povo. E, para completar o absurdo, a liminar de Moraes não previa nenhuma data para o fim da restrição, nem mesmo repetindo o genérico e arbitrário “até que o estado de normalidade seja restabelecido” que constava do pedido da AGU.

Por tudo isso, é simplesmente absurdo que o plenário do STF tenha mantido de forma unânime a liminar de Moraes, em votação virtual encerrada em 12 de janeiro (depois, portanto, do suposto ato golpista que não ocorreu), sem a menor preocupação em estabelecer o alcance da proibição, seja temporal, seja quanto ao teor do ato público. Nunes Marques, o único a apresentar voto por escrito além do relator Moraes, até afirmou “que não é possível presumir que toda e qualquer manifestação seja automaticamente reputada ou interpretada como crime” e que, se por um lado cabe ao poder público coibir atos que abusem do direito de manifestação ou que descambem para a violência, “não se pode, de antemão, contudo, vedar seu exercício”, mas endossou a liminar, contrariando o próprio argumento.

VEJA TAMBÉM:
O desvario golpista e o direito à manifestação (editorial de 11 de janeiro de 2023)
Macarthismo à brasileira (editorial de 15 de janeiro de 2023)
O pacote da (anti)democracia do governo Lula (editorial de 27 de janeiro de 2023)

A restrição ao direito de manifestação, da forma como foi pedida pela AGU e concedida por Moraes, já era flagrantemente inconstitucional e antidemocrática mesmo diante do risco de um novo ato violento e golpista, pois se tratou de proibição genérica, quando deveria coibir apenas o protesto específico de 11 de janeiro e outros eventuais atos com o mesmo teor. Ainda mais absurda ela soa agora, quase um mês depois da liminar, sem que haja uma palavra do STF no sentido de fornecer esclarecimentos a respeito de prazos que não foram definidos por Moraes. Por mais que alguns juristas ouvidos pela Gazeta do Povo defendam a tese segundo a qual a proibição se limitava a 11 de janeiro, isso não está explícito nem na liminar, nem no voto de Moraes. A decisão pode muito bem ser invocada para coibir qualquer manifestação de teor político com reivindicações totalmente legítimas – basta que elas desagradem os donos das canetas. Um risco cuja enormidade e gravidade são igualadas apenas pelo silêncio da opinião pública e pela sociedade civil organizada, que, anestesiadas pelo horror do 8 de janeiro, consentiram ou até elogiaram as restrições impostas, talvez sem ter percebido o seu real alcance.

Em outras palavras, o Brasil vive ao menos em parte as consequências de um estado de exceção, sem que tenha havido o respectivo trâmite e sem que tenham sido acionadas as autoridades a quem cabe decretá-lo, substituídas por 11 ministros do Supremo que não se preocuparam nem mesmo em definir até quando vigoraria esta verdadeira aberração, ignorando que qualquer decisão que restrinja liberdades tem de ser muito precisa e detalhada para não gerar áreas cinzentas que permitam ainda mais arbítrio. Repetimos: nem mesmo os poderes Executivo e Legislativo viram necessidade de estado de defesa ou sítio no pós-8 de janeiro. O “estado de normalidade” a que se refere a AGU já foi restabelecido há tempos: as aventuras golpistas cessaram, os acampamentos diante de quartéis estão desmontados, Supremo e Congresso voltaram de seus recessos normalmente. Empurrar para debaixo do tapete o fato de que está em vigor uma violação do direito constitucional à manifestação é conveniente para os liberticidas (e os há em boa quantidade em Brasília), mas é outro sinal perigoso de que o Brasil vive uma anomalia grave em termos de liberdades democráticas.


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LULA VAI AOS EUA E SUA BRIGA COM O BANCO CENTRAL

Diplomacia

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


Lula e a embaixadora dos EUA, Elizabeth Bagley.| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República.

O presidente Lula está indo para Washington, onde terá um encontro importante com o presidente Joe Biden. Isso me lembra uma confidência de Aloizio Mercadante, que estava junto com Lula quando ele esteve com o presidente George W. Bush no primeiro mandato dele. Bush disse à Lula que iria invadir o Iraque e que o brasileiro não deveria se meter, pois Bush não se mete na Venezuela, e Lula que administrasse o problema com Hugo Chávez. Foi uma tremenda demonstração de confiança dada por um republicano; agora Lula vai conversar com Biden em uma situação em que há mais afinidade ideológica.

Mas o problema venezuelano continua. Eu estava vendo os discursos dos presidentes do Paraguai e do Uruguai naquela reunião de que Lula participou em Buenos Aires, e os dois falaram de países que não respeitam a democracia, as instituições, os direitos humanos, que defendem a democracia só de boca. E isso tem de ser resolvido, como é o caso da Venezuela. Vocês estão vendo os depoimentos de pessoas em Roraima dizendo que os yanomamis que estão aparecendo subnutridos na verdade estão fugindo da Venezuela, como já fugiram quase 6 milhões de pessoas, segundo a Agência das Nações Unidas para Refugiados.

VEJA TAMBÉM:
Lula não perde uma chance de mostrar que não entende nada de economia
Um outro lado sobre a questão dos yanomamis
Caso dos yanomamis não deve ser usado como propaganda política

Lula ataca o Banco Central e ministro tenta consertar o estrago
Mais uma vez um ministro da área política – agora é Alexandre Padilha – teve de tentar aparar um pouco a agressividade do presidente em relação ao Banco Central. Disse que Lula não está querendo acabar com a autonomia do BC, que não é contra o presidente do banco. Quem acaba com a autonomia do Banco Central é o Congresso Nacional, o presidente da República não tem poderes para isso. Os petistas fizeram de tudo para atrapalhar durante 30 anos a tentativa de dar autonomia ao Banco Central. Quem conhece um mínimo de economia sabe que banco central tem de ter autonomia, que não pode haver mistura política na proteção da moeda, no combate à inflação, na política monetária. Quando Dilma se meteu, foi um desastre. Quando Lula foi presidente pela primeira vez, a Selic começou em 26,50%; a taxa atual, de 13,75%, é igual à do fim do primeiro período de Lula e início do segundo mandato.

E muita gente no entorno de Lula quer, sim, acabar com a autonomia do Banco Central. O ex-presidente do BC Armínio Fraga, numa entrevista ao Estadão, disse que há um desprezo raivoso pela responsabilidade fiscal. Mas a responsabilidade fiscal, que está sendo combatida também pelo atual presidente, é o que mantém o dinheiro no bolso de quem não tem economias para aplicar no banco e se proteger. Os R$ 100 do início do mês podem chegar ao fim do mês valendo R$ 50, como está acontecendo na Argentina e já aconteceu no Brasil. Nós já tivemos inflação de 84% ao mês por aqui, um desastre que acabou com o Plano Real.

Inversão de valores em curso mais uma vez

Está de volta aquela história de que “polícia é ruim, bandido é bom”. Parece que nós estamos vendo 1984 adaptado às condições tupiniquins. Começou a ser julgado, na Corte Interamericana de Direitos Humanos, na Costa Rica, um caso ocorrido em 2002, em São Paulo, em que a polícia encontrou 12 integrantes do PCC, que acabaram mortos. Querem resgatar isso e forçar o Estado brasileiro a indenizar as famílias dos membros do PCC mortos. E boa parte do noticiário – porque muito jornalista hoje é formado com essa mentalidade – diz que os bandidos foram “assassinados” pela polícia, quando estavam muito bem armados e municiados.


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NOTÍCIAS DIVERSAS

Comunicação Institucional
Deputado vai à Justiça contra uso de “governo Lula” nas redes sociais oficiais do governo
PorGazeta do Povo


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).| Foto: José Cruzr/Agência Brasil

O deputado estadual Felipe Camozzato (Novo-RS) anunciou que vai acionar a Justiça Federal contra o uso da expressão “governo Lula” ao invés de “governo federal” em comunicações nas redes sociais oficiais do Palácio do Planalto e do Governo Federal. Camozzato argumenta que “as postagens publicadas nos canais oficiais do governo ferem o artigo nº 37 da Constituição Federal e, em especial, o princípio da impessoalidade”.

“A legislação é muito clara ao proibir qualquer promoção de autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos da União, estados ou municípios”, disse o parlamentar, em nota. Um dos exemplos citados é uma postagem na conta oficial do governo no Twitter, com a legenda: “Começa uma nova etapa da História no Brasil. O compromisso do governo Lula é melhorar a vida de todo o povo brasileiro, em especial de quem mais precisa”.

No documento, Camozzato cita a mesma situação ocorreu no governo Bolsonaro. “Por fim, e apenas para reforço argumentativo, convém registrar que medida semelhante foi solicitada (e adequadamente concedida pela Justiça Federal) pelo Ministério Público Federal contra a promoção pessoal, por meio dos canais oficiais de Governo, do ex-presidente Jair Bolsonaro”, diz um trecho da ação.

“Em outras palavras: a proteção da impessoalidade na comunicação dos sucessivos governos, independentemente da coloração partidária, tem sido albergada pelo Poder Judiciário, em atenção ao pleito fiscalizatório dos órgãos competentes ou, como é o caso, da cidadania”, diz um trecho da ação”, acrescentou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, são citados na ação apresentada pelo deputado. A Secom foi procurada pela Gazeta do Povo para comentar sobre a ação, mas ainda não se manifestou.

O parlamentar pede que a Justiça que proíba o governo de “veicular, via instrumentos de comunicação oficial do Governo Federal, formas de promoção pessoal do atual Presidente da República, em especial, a promoção da confusão entre as expressões ‘Governo Federal’ e ‘Governo Lula’”. Além disso, ele solicita que Lula e Pimenta sejam condenados a pagar as custas processuais da ação e os honorários advocatícios.

Ação Movida Pelo PDT
Nogueira diz ao TSE que não tinha conhecimento sobre minuta encontrada na casa de Torres

Senador e ex-ministro Ciro Nogueira | Foto: Agência Brasil / Arquivo

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que não tinha conhecimento sobre a minuta encontrada pela Polícia Federal na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele disse também que não foi consultado sobre os aspectos jurídicos do documento. O texto sugeria a Bolsonaro a possibilidade de instaurar estado de defesa na sede do TSE.

Nogueira foi ouvido na condição de testemunha de defesa de Bolsonaro em uma ação movida pelo PDT por causa da reunião com embaixadores, no Palácio da Alvorada, no ano passado, para tratar de supostas irregularidades nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral. As informações foram publicadas pelos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. Sobre esse tema, o ex-ministro disse que não participou da organização do evento e que foi à reunião como convidado.


“Gente De Porão”
Deputado pede que PGR apure suposta “falta disciplinar” de Gilmar Mendes
PorGazeta do Povo

Deputado Evair de Melo (PP-ES). | Foto: Pablo Valadares /Câmara dos Deputados.

O deputado federal Evair de Melo (PP-ES) pediu nesta quarta-feira (8) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apure suposta “falta disciplinar” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes por dizer que o Brasil era governado por “gente do porão”. A declaração foi feita pelo ministro em um evento promovido por empresários do Lide Brasil, realizado em Lisboa, Portugal, no último dia 3.

Na ocasião, Mendes comentou as denúncias do senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um suposto plano de golpe. No ofício, enviado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, Melo cita a Lei Orgânica da Magistratura Nacional. A legislação veda ao magistrado “manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério”.


Deputados
Câmara aprova criação de cinco novas comissões permanentes
PorGazeta do Povo

Em sessao presidida pelo 1? vice-presidente da Camara, deputado Marcos Pereira, o plenario do Congresso Nacional, aprovou credito para Petrobras e para pagamento por exploracao do pre-sal (Em sessao presidida pelo 1? vice-presidente da Cama

Plenário da Câmara dos Deputados. | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (8) projeto de resolução que cria cinco comissões permanentes. Os novos colegiados foram criados por desmembramento de outros já existentes. Com isso, o número de comissões aumentará de 25 para 30. As novas comissões são: da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais; da Saúde; do Trabalho; de Desenvolvimento Econômico; e de Comunicação.

Já promulgado, o Projeto de Resolução 15/23, da Mesa Diretora, também prevê a criação de comissões especiais quando o tema do projeto for tratado por mais de quatro colegiados. Atualmente são três, informou a Agência Câmara

08/02/2023 20:428 De Janeiro
Um mês após atos de vandalismo, Moraes diz que Judiciário segue firme na defesa da democracia
PorGazeta do Povo

O ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes. | Foto: Carlos Moura/SCO/STF.

O ministro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou nesta quarta-feira (8) que o Judiciário continuará firme na defesa da Constituição e da democracia. Há um mês ocorriam os atos de vandalismo em Brasília com a invasão e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

“O Poder Judiciário seguirá firme e justo na defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito”, disse Moraes no Twitter. O ministro compartilhou um vídeo da campanha #DemocraciaInabalada feita pela Corte eleitoral.


Resgate
Brasil envia ajuda humanitária ao Chile e à Turquia
PorGazeta do Povo, com Agência EFE

Kahramanmaras (Turkey), 08/02/2023.- An aerial picture taken with a drone shows the rubble of collapsed buildings in the city of Kahramanmaras, southeastern Turkey, 08 February 2023. More than 11,000 people have died and thousands more are injured after two major earthquakes struck southern Turkey and northern Syria on 06 February. Authorities fear the death toll will keep climbing as rescuers look for survivors across the region. (Terremoto/sismo, Siria, Turquía, Estados Unidos) EFE/EPA/ABIR SULTAN

Vista aérea da destruição causada pelos terremotos em Kahramanmaras, na Turquia. | Foto: EFE/EPA/Abir Sultan.

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (8) o envio de uma equipe de 42 socorristas à Turquia para colaborar nas tarefas de busca e resgate das vítimas dos terremotos, que também atingiram a Síria, e deixaram até o momento mais de 11 mil mortos. O apoio brasileiro pode somar R$ 10 milhões, segundo o Planalto.

A equipe de especialistas em tarefas de busca e resgate urbano, prevista para viajar para Ancara nesta quarta em um cargueiro KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB), foi anunciado pela Presidência. A missão humanitária será composta por 22 socorristas e médicos do Corpo de Bombeiros de São Paulo e outros 20 das Defesas Civis de Minas Gerais e Espírito Santo.


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DEPUTADO FEDERAL MAIS BEM VOTADO RESPONDERÁ PROCESSO POR TRANSFOBIA

 

“Transfobia”
Nikolas Ferreira responderá por injúria racial por se referir a deputada trans como “ele”
Por
Gazeta do Povo


Deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG)| Foto: Reprodução

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) responderá por injúria racial contra a também deputada Duda Salabert (PDT-MG), que é transgênero, isto é, um homem biológico que se autodeclara mulher. A decisão foi publicada nesta terça-feira (7) pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que acatou recurso do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Caso seja condenado, o parlamentar pode ter que cumprir até três anos de prisão.

A parlamentar apresentou queixa-crime pelo fato de Nikolas ter se referido a ela como “ele” em entrevista concedida em dezembro de 2020. “Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é”, afirmou o deputado na ocasião.

No início do processo, a Justiça decidiu que a 1ª Unidade Jurisdicional Criminal da Comarca de Belo Horizonte deveria julgar o caso entendendo que a denúncia não se enquadrava no crime de injúria racial qualificada. O MPMG, no entanto, recorreu sob a alegação de que o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou a injúria racial ao conceito jurídico de racismo e foi atendido.

Em junho de 2019, o STF votou majoritariamente pela aplicação do conceito de racismo à “homotransfobia”, discriminação em razão de orientação sexual e identidade de gênero. Já em outubro de 2021, a Corte decidiu que ofensas homofóbicas também passam a ser imprescritíveis e inafiançáveis.

O parlamentar enviou a seguinte nota à imprensa:

“Ainda não tivemos o acesso à decisão que julgou um conflito de competência entre instâncias. Importante ressaltar que a justiça não fez nenhuma avaliação sobre o que estou sendo acusado. O processo está no início e independente de onde cair eu estou tranquilo para me defender, porque acredito na justiça e sei que jamais pratiquei nenhum crime contra ninguém, tendo apenas feito uso da minha liberdade de expressão”.

VEJA TAMBÉM:
STF define que ofensas racistas e homofóbicas são imprescritíveis e inafiançáveis
Ativismo LGBT quer excluir termos como pai, mãe, marido e mulher da vida pública no Brasil
Vereador de Niterói já foi condenado por fala semelhante

Em junho do ano passado, o vereador de Niterói (RJ) Douglas Gomes (PL) foi condenado judicialmente por injúria racial contra a vereadora transgênero Benny Briolly (PSOL) por ter se referido à parlamentar com palavras no gênero masculino. Na decisão, da 2ª Vara Criminal de Niterói, a pena aplicada inicialmente foi de um ano e sete meses de prisão em regime aberto. Como não houve emprego de violência e a pena era inferior a quatro anos, a juíza substituiu a prisão pela prestação de serviços comunitários.

E-BOOK 1984
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RELACIONAMENTO ENTRE O GOVERNO E O BANCO CENTRAL NÃO ANDA BOM

 

Para onde vão os juros?

Fonte: Folha de S.Paulo – Gazeta S. Paulo

Olá, Investidor Inteligente, tudo bem?

O relacionamento entre o novo Governo e o Banco Central (BC) definitivamente não iniciou bem.

Lula e integrantes de sua equipe há dias vêm falando sobre o aumento de metas de inflação e sobre, na opinião deles, a desnecessária independência da referida autarquia.

E a briga ficou muito clara depois da decisão do COPOM da última quarta-feira (01), quando foi decidido pela manutenção da taxa Selic em 13,75% a.a.

A manutenção dos juros (que já era esperada) por si só não foi o que aborreceu o governo, e sim o tom do comunicado do BC após a decisão.

Leia na íntegra:

“A conjuntura, particularmente incerta no âmbito fiscal e com expectativas de inflação se distanciando da meta em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária.  O Comitê avalia que tal conjuntura eleva o custo da desinflação necessária para atingir as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. Nesse cenário, o Copom reafirma que conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas.”

Nesse comunicado, podemos notar três recados do BC para o governo:

1) A incerteza fiscal atrapalha as expectativas de inflação e juros;

2) A discussão sobre o aumento da meta de inflação desagrada (essa está nas entrelinhas);

3) O BC é independente e cumprirá o seu papel.

Fato é que o BC, na personalidade de seu presidente Roberto Campos Neto, está incomodado com as declarações que Lula vem dando.

E Lula está incomodado com os juros altos, pois ele sabe que, nessa situação, o crescimento econômico será pífio.

Quem tem razão? Em uma análise bastante profunda, nenhum dos dois!

O governo, por um lado, está querendo gerar crescimento econômico ao aumentar a DEMANDA por produtos e serviços.

Isso explica as recentes declarações que colocam pressão para o corte de juros, seja pelo aumento da meta de inflação, seja pela simples redução da Selic…

Quando a taxa de juros diminui, as pessoas consomem mais, os empresários se arriscam mais (investem mais na atividade produtiva) e, em função disso, a economia cresce por um tempo.

Porém, o número de produtos e serviços não aumentará magicamente e a demanda forte impulsionará os preços.

É o chamado “voo de galinha”.

Fazer isso simplesmente aceleraria o ciclo econômico, acelerando também a transferência de renda dos pobres para os mais ricos.

Política social às avessas.

Contudo, Lula se utilizou dessa estratégia no passado durante seus governos – fomentou a demanda e deu certo, a oferta subiu na mesma proporção – o que lhe rendeu um grande capital político.

Mas, na época, essa estratégia deu certo por dois motivos:

1) Superciclo de commodities e…

2) Dólar desvalorizado em relação ao real.

Na época, o preço do minério de ferro e de outros itens exportados pelo Brasil disparou, trazendo para cá um enorme volume de divisas, o que engordou a conta do setor público, dos empresários e da população em geral.

Além disso, os EUA imprimiram pilhas e pilhas de dólares para suportar os esforços das guerras do Afeganistão e do Iraque, e isso fez com que o nosso câmbio ficasse supervalorizado.

O real passou a valer muito naquela época, mesmo com uma política bastante expansionista de gastos!

Mas agora é diferente.

O mundo é outro e muito mais desafiador.

A China não cresce mais à taxa de 10% ao ano

Os EUA, assim como a Europa, estão passando por ondas inflacionárias que forçam o aumento de juros.

Ou seja, é o oposto do que ocorreu anos atrás, quando Lula se tornou o “herói nacional”.

Para fazer o Brasil crescer sustentavelmente e a população melhorar de vida, é necessário AUMENTAR A OFERTA, que é a quantidade de bens e serviços disponíveis — o chamado PIB Potencial.

E para isso acontecer, necessariamente precisaremos:

1) Reduzir a burocracia;

2) Aumentar a segurança jurídica dos contratos;

3) Aumentar a capacidade de investimento da população

4) Aumentar o comércio internacional.

Para aumentar a capacidade de investimento, parte da renda disponível que hoje encontra-se na mão do Estado precisa voltar para a mão da população, que irá empreender.

E isso viria como?

Redução de gastos e de impostos.

Mas, definitivamente, essa não é a agenda do governo atual…

Então, ficaremos com os voos de galinha, tão comuns no Brasil.

Os juros provavelmente serão baixados “forçadamente” e, com isso, você verá um crescimento por 1, 2 ou 3 anos.

Na sequência, a inflação reaparecerá e fará você pagar a conta e o Brasil retroceder novamente.

Agora, por outro lado, vamos falar um pouco sobre o papel atual do Banco Central.

É acertada a tentativa do Roberto Campos Neto, ao manter a taxa de juros elevada, em “forçar” o governo a apresentar para a sociedade uma solução fiscal, um novo arcabouço, que traga a segurança de que o governo não irá fazer gastos acima da capacidade de pagamento.

Mas, se olharmos bem profundamente, essa confusão toda entre BC e governo se dá pelo debate:

“Qual é a taxa de juros ideal da economia?”

O BC diz que é 13,75%; para o governo, quem sabe, deveria ser negativa…

Fato é que fomos ensinados a acreditar que ou o BC ou o governo sabem qual deveria ser a taxa de juros.

Mas, eles não sabem!

A taxa de juros SELIC, assim como qualquer produto ou serviço, é só mais um PREÇO NA ECONOMIA.

E é um preço TABELADO, assim como já foi a água, a luz, a gasolina e — os mais velhos irão se lembrar — os bois do Sarney

O PREÇO é um sinal dado para toda a economia sobre qual é o valor monetário atual de determinado bem ou serviço.

Compradores e vendedores irão tomar suas decisões baseadas nisso!

Se o preço for determinado livremente entre comprador e vendedor, é certo que o negócio sai e que ninguém sairá injustiçado (pois tomou sua decisão livremente).

Se o preço for manipulado — isto é, for determinado por uma autoridade em vez de ser pelo livre mercado —, algum lado sairá ganhando e o outro, perdendo.

Isso gera incrível INSEGURANÇA e ERROS DE CÁLCULOS nas tomadas de decisão.

Vamos pegar o exemplo da produção de tomates.

Digamos que o quilo tenha o preço de 10 reais no mercado e esse é o preço que garante a produção e o abastecimento.

E que o custo de produção seja 5 reais.

Agora digamos que o governo decida reduzir “na marra” o preço para 5 reais…

O que acontecerá?

As pessoas irão comprar muito mais, para “aproveitar o preço baixo”.

Esses compradores iniciais serão os ganhadores nessa situação.

O produtor, que foi forçado a vender no preço mais baixo, será o perdedor, pois terá prejuízo.

E para piorar, nesse nível de preços, irá deixar de produzir, pois o novo preço não cobre o custo de produção.

Qual é o resultado?

Como o preço do tomate não foi determinado por um livre acordo entre comprador e vendedor, mas sim por um burocrata do Estado…

E, nesse caso, foi fixado abaixo do custo…

O que veremos é ESCASSEZ!

Se fosse determinado muito acima do preço atual (por exemplo, em 20 reais), muitos produtores iriam começar a produzir…

Mas não haveria consumo, uma vez que as pessoas não estariam dispostas a pagar, a não ser que fossem forçadas a fazer, por exemplo, no caso de monopólios sobre bens essenciais.

Nesse último caso, veríamos EXCESSO de oferta e desperdício de recursos escassos (capital, trabalho e tecnologia empregados em um mercado sem demanda genuína).

E o mesmo ocorre com a taxa de juros, que é o preço do DINHEIRO

A taxa de juros informa aos poupadores e aos tomadores qual é o preço para que ambos tomem as suas decisões.

Se o governo decidir baixar forçadamente a taxa de juros, de modo que não compense ao poupador continuar poupando, haverá escassez de capital (poupança) na economia e excesso de tomadores.

Por outro lado, se a taxa de juros for elevada forçadamente, haverá excesso de poupança e poucos tomadores.

Quando há desequilíbrio entre poupadores e tomadores, há transferência injusta de renda…

Há desconfiança…

O ambiente passa a não gerar segurança…

Há desperdício de capital quando o juro é muito baixo…

E há falta de capital para empreendimentos na economia real, quando é muito alto.

País nenhum cresce decentemente dessa forma!

Como saber qual deveria ser a taxa de juros ideal?

Só saberíamos se ela fosse determinada pela livre ação entre poupadores e tomadores.

Isto é, se fosse determinada pelo livre mercado, assim como é com os produtos da feira ou do mercado. Aliás, os preços dos juros futuros (contratos de DI negociados na B3) são determinados pelo mercado…

No entanto, essa definição é ancorada na manipulada taxa Selic.

Pelo fato de não ser determinada em um livre mercado, a taxa de juros SELIC (o preço do dinheiro) necessariamente é um preço errado, que gera decisões erradas por parte dos agentes econômicos.

O preço certo de determinado bem ou serviço é aquele que equilibra compradores e vendedores.

Mas, infelizmente, esse é um papo bastante profundo, que país ou governo nenhum quer fazer.

Por quê? Porque, dessa forma, o Estado perderia o enorme poder de controlar a política monetária e a vida de sua população.

Enquanto isso não ocorre, fiquemos atentos ao embate entre Banco Central e Governo.

O mais provável que aconteça – apesar de estarmos ainda longe disso – é um acordo entre as partes:

1) Uma âncora fiscal “meia boca” por parte do governo e…

2) Um aumento “reduzido” da meta de inflação.. e assim vamos

Se BC e governo “reduzirem o tom” e chegarem a um meio termo, as taxas de juros poderão cair e, com isso, os ativos prefixados poderão ganhar destaque e se beneficiarem.

Para você, Investidor Inteligente, o mais importante a fazer é se manter cético a tudo isso.

Não acreditar que o país irá decolar, nem que irá quebrar…

“É o Brasil, sendo o Brasil, por mais longos e longos anos”, muito provavelmente.

Espero estar errado!

Dentro desse contexto extremamente desafiador, você deverá tomar suas decisões de investimento!

MELHORES CERVEJAS PURO MALTE DO BRASIL

 

Foto: Daniel Teixeira; DANIEL TEIXEIRA – Jornal Estadão

Por Redação Paladar

Júri especializado avaliou 13 marcas de cerveja puro malte vendidas nas redes de supermercado, confira o ranking

As cervejas degustadas em pequenas doses pelo time de jurados convidados por Paladar
As cervejas degustadas em pequenas doses pelo time de jurados convidados por Paladar Foto: Daniel Teixeira; DANIEL TEIXEIRA

Todo brasileiro se acha um pouco sommelier de cerveja, não é mesmo? Cada um tem a sua favorita da vida ou, ao menos, a queridinha de uma temporada de verão. Se há alguns anos contava-se nos dedos das mãos as marcas disponíveis nas prateleiras, hoje temos cerveja de sobra para escolher. De procedência, tipo, cor e teor alcóolico variados.

De acordo com o SINDICERV (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja), o Brasil ocupa o terceiro lugar na lista dos maiores fabricantes de cerveja do mundo, com a marca de 15,4 bilhões de litros produzidos anualmente com base em cálculos realizados em 2022. Os dois primeiros lugares ficam com a China e com os EUA.

PURO MALTE

Foram avaliados quesitos como cor, estabilidade de espuma, brilho, aroma e sabor
Foram avaliados quesitos como cor, estabilidade de espuma, brilho, aroma e sabor Foto: Daniel Teixeira; DANIEL TEIXEIRA

No teste de Paladar, foram escolhidas 13 marcas de cerveja puro malte vendidas nas redes de supermercado. Na definição do sommelier de cervejas Guto Procópio, um dos jurados convidados por Paladar para esta degustação, uma cerveja com o “selo” de puro malte no rótulo é aquela que leva malte de cevada em sua composição. Trata-se de uma cerveja que não substitui o malte de cevada por outro tipo de açúcar, como o açúcar cervejeiro, o arroz ou o milho. “Isso define qualidade?”, questiona Guto. “Não, ela pode ser uma puro malte ruim ou boa, mas sempre esperamos mais intensidade em uma bebida com essa denominação”.

QUEM É QUEM?

O nosso time de jurados, a partir da esquerda: Junior Bottura, Guto Procópio, Edu Passarelli, Julia Leme e Bia Amorim
O nosso time de jurados, a partir da esquerda: Junior Bottura, Guto Procópio, Edu Passarelli, Julia Leme e Bia Amorim Foto: Daniel Teixeira; DANIEL TEIXEIRA

Todo teste de Paladar começa com a escolha dos experts que irão avaliar alimentos, bebidas ou equipamentos de uso culinário. Para avaliar 13 das marcas mais populares de cerveja puro malte do mercado, convidamos um time de cinco sommeliers de cerveja: Edu Passarelli, professor do Instituto da Cerveja Brasil e dono do Escarcéu Bar; Bia Amorim, editora da @farofamagazine; Junior Bottura, mestre cervejeiro, fundador da @cervejaavos; Guto Procópio, sócio da @cervejariavaia e do @letsbeer, locação escolhida para este teste de Paladar, e Julia Leme, consultora de hospitalidade e gestão de restaurantes e bares.

Reunimos os cinco em uma tarde de segunda-feira para provar e avaliar às cegas cada uma das marcas (o vídeo dos bastidores da degustação já está no nosso canal no YouTube). O teste foi realizado marca por marca. Ou seja, cada jurado experimentava, em pequenas doses, uma marca de cerveja por vez. A bebida chegava gelada à mesa e depois era reservada para ser provada em temperatura ambiente, o que evidencia eventuais “defeitos” da cerveja.

TESTE DE RESISTÊNCIA

“As marcas de cerveja testadas foram feitas para serem consumidas muito geladas”, explica Edu Passareli. “Quando a prova é feita com a bebida em temperatura ambiente, temos indicativos mais claros das características de cada uma delas”.

Um dos jurados avalia o aroma da cerveja durante a degustação
Um dos jurados avalia o aroma da cerveja durante a degustação Foto: Daniel Teixeira; DANIEL TEIXEIRA

A sommelier Bia Amorim explicou durante o teste que os jurados procuram os defeitos para que o consumidor, posteriormente, só encontre coisa boa no mercado. O mestre cervejeiro Junior Bottura completa dizendo que a data de validade do produto também é fator de qualidade que vale ser levado em conta: quanto mais nova a cerveja, melhor.

Foram avaliadas características como cor, estabilidade de espuma, brilho, aroma e, claro, sabor. Os jurados davam notas de 0 a 10 para cada categoria avaliada. A nota média das cervejas avaliadas ficou entre 6,44, a cerveja menos desejada da avaliação, e 8,96, média da cerveja eleita como a melhor pelo time de jurados.

AS MELHORES CERVEJAS PURO MALTE DO MERCADO

PRIMEIRO LUGAR – SPATEN

SEGUNDO LUGAR – AMSTEL

TERCEIRO LUGAR – IMPÉRIO

AS 13 MARCAS NA AVALIAÇÃO DOS JURADOS

AMSTEL (R$ 3,72, 350ml) – A segunda colocada no ranking foi avaliada como uma bebida com notas aparentes de malte e nota floral de lúpulo bem presente. Uma cerveja com leve oxidação, sabor equilibrado que remete a pão. Amargor presente, delicado e muito agradável.

BOHEMIA (R$ 3,29, 350ml) – Uma bebida de baixo amargor. Aroma agradável e levemente floral, indicando a presença do lúpulo. Uma cerveja equilibrada, com leve oxidação e final doce.

BRAHMA (R$ 3,36/ 350ml)- Uma bebida com defeitos perceptíveis no aroma, com sinais de oxidação e sabor desagradável. Na boca, sabor tem amargor prolongado.

CERPA PRIME (R$ 5,79, 350ml) – No quesito sabor, a cerveja foi avaliada como doce e sem grandes defeitos. Presença de malte bem marcante, lembrando casca de pão. A coloração foi avaliada como dourada e bastante translúcida. Faltou lúpulo para ficar perfeita. Espuma branca com boa retenção

EISENBAHN (R$ 5,21/ 350ml)- Cerveja levemente frutada, de amargor agradável. Aroma que remete a biscoito. Sabor levemente metalizado, oxidação presente, final seco e agradável. A presença do malte é evidente na bebida. Uma cerveja boa, mas não excelente.

HEINEKEN (R$ 5,00/ 350ml) – Para o nosso time de jurados, a cerveja apresentou leve oxidação, baixo teor alcoólico e final adstringente. Uma bebida visualmente quase perfeita. Sabor de malte muito suave e amargor prolongado e indesejado no retrogosto.

IMPERIO (R$ 2,70/ 269ml) – A terceira colocada no ranking apresenta, na opinião dos jurados, aroma de lúpulo e malte adequados. Aroma agradável, que remete a fermento de pão e biscoito cream-cracker. Uma bebida leve e equilibrada. Uma leve acidez que deixa a cerveja mais fácil de beber. Final limpo.

ITAIPAVA (R$ 3,25/ 350ml)- Cerveja muito leve e bem carbonatada. Leve aroma de manteiga. Na boca, sensação de cereal tostado agradável, falta um pouco de amargor, mas ele é presente.

ORIGINAL (R$ 3,75/ 350ml)- Os jurados identificaram um aroma leve de grãos, sabor muito leve e pouco atraente. Uma cerveja leve, com final limpo e agradável. Na boca, apresenta bastante oxidação. Alguns ainda identificaram a falta de um amargor desejável.

PETRA (R$ 3,19, 350ml) – A bebida foi avaliada como bastante leve, com um leve toque de maçã, proveniente da fermentação. Retrogosto quase doce, aroma que lembra maçã verde. Para os jurados, faltou amargor e sabor de malte. Espuma com alta formatação, mas baixa retenção.

STELA ARTOIS (R$ 4,38/ 350ml)- Cerveja de amargor agradável e bem balanceada. Alguns jurados identificaram aroma desagradável, porém volátil. Sabor leve, para ser consumida bem gelada.

SPATEN (R$ 4,65/ 355ml) – A campeã entre as cervejas avaliadas pelos jurados convidados por Paladar apresentou sensação agradável de biscoito. Uma bebida leve, fácil de beber, com boa estabilidade de espuma; amargor baixo, mas aparente. Uma cerveja mais fresca do que o esperado para um produto comercial. Equilibrada, com notas de cereais e levemente frutada. Ótima formatação e retenção.

SKOL (R$ 3,23/ 350ml) – Os jurados avaliaram a cerveja como bastante oxidada no paladar. Falta frescor, cor deixa a desejar. Baixa sensação de amargor aparente. Apesar de bastante translúcida e clara, uma bebida suave demais, vazia.

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