Marina Silva durante sua posse como ministra do Meio Ambiente.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Nesta quarta, de certa forma, Marina Silva deu uma resposta a Lula.
Ela havia sido ministra de Lula lá atrás, brigou com ele e caiu fora.
Agora, foi eleita deputada federal pela Rede, fez as pazes com Lula e
assumiu o cargo de ministra do Meio Ambiente no Palácio do Planalto. A
resposta foi o maior público que já se viu nas 37 cerimônias de
transmissão de cargo. Foram filas e filas para entrar no Planalto, um
público enorme; acho que ela fez questão de mostrar a Lula que tem
popularidade. Mas quero saber como ela vai se dar com o ministro Carlos
Fávaro, da Agricultura, já que o pessoal do agro não morre de amores por
Marina, e a recíproca é verdadeira.
A cada declaração, um desmentido No geral, está uma confusão
danada. São 37 ministros, a maioria ainda não conhece a partitura, e aí
põe a letra que quer. Carlos Lupi diz que vai haver “antirreforma da
Previdência” e foi desmentido. Outro disse que ia mudar as leis
trabalhistas, e já desmentiram também. Um terceiro insinuou que o
governo federal influenciaria os preços da Petrobras, teve de fazer um
esclarecimento. Cada vez que Haddad fala, a bolsa cai e o dólar sobe.
Agora, ele falou na tal moeda única do Mercosul, mas vejam só. Um quilo
de arroz custa um dólar, ou pouco mais de R$ 5 em moeda brasileira. Em
moeda argentina, isso dá 161 pesos. Como vai haver moeda única desse
jeito? Vejam a moeda da Venezuela, com inflação de 1000%. A Argentina
tem inflação de 100%, não tem como unificar moedas. E o mercado fica
preocupado com as bobagens que vão sendo ditas. E mais preocupado ainda
deve estar o presidente da República com os seus ministros. Enquanto não
chega um novo Congresso, que tem uma maioria de centro-direita, ele já
tem oposição dentro do próprio governo, por causa desses disparates.
Governo está mudando o nome de tudo e atropelando até a língua portuguesa Lula
foi buscar outro reforço no passado – o governo está cheio deles.
Agora, quem voltou foi Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula,
ex-secretário-geral de Dilma. Ele vai para o Ministério do Trabalho,
para um negócio chamado – não me perguntem o significado disso –
Secretaria de Economia Solidária. Nomes bonitos, não? Aliás, estão
adorando mudar o nome de tudo. A Funai não é mais Fundação Nacional do
Índio, é politicamente incorreto chamar o índio de “índio”, é “dos povos
indígenas”.
VEJA TAMBÉM: Uma declaração pior que a outra O povo paga O maior poder Outra
que só acreditei vendo, porque duvidei quando me disseram, foi que nas
transmissões estavam dizendo “bom dia a todos, todas e todes”. O que é
isso? Estão desrespeitando o artigo 13 da Constituição, que diz que a
língua oficial do país é o português.
Deve ser por tudo isso que a prefeita de Carlinda (MT), Carmelinda
Martines Coelho, renunciou. Ela havia prometido que, se Lula ganhasse,
ela deixaria o cargo, e cumpriu a promessa. Justificou que não haveria
condições de governar por causa do seu “desalinhamento” em relação ao
novo presidente, e que isso não faria bem ao município.
Mudança de Lula e Janja está chegando ao Alvorada Estão chegando
ao Palácio do Alvorada as malas de Lula e de Janja. A Polícia Federal
fez uma varredura para ver se não há nenhuma escuta, bomba-relógio,
essas coisas. Nas redes sociais alguns dizem que Bolsonaro ainda não
tirou os móveis do Alvorada. Mas, se ele fizesse isso, seria acusado de
furto, porque os móveis são do Alvorada. Muitos, aliás, voltaram para o
Palácio do Catete, no Rio, seu lugar original desde que o Catete virou o
Museu da República.
É muita coisa que Lula pretende conciliar em pouco tempo
Por William Waack
Sharm
El Sheikh (Egypt), 17/11/2022.- Brazilian president-elect Luiz Inacio
Lula da Silva speaks at a meeting with young activists at the 2022
United Nations Climate Change Conference (COP27), in Sharm El-Sheikh,
Egypt, 17 November 2022. The 2022 United Nations Climate Change
Conference (COP27), runs from 06-18 November, and is expected to host
one of the largest number of participants in the annual global climate
conference as over 40,000 estimated attendees, including heads of states
and governments, civil society, media and other relevant stakeholders
will attend. The events will include a Climate Implementation Summit,
thematic days, flagship initiatives, and Green Zone activities engaging
with climate and other global challenges. (Brasil, Egipto) EFE/EPA/SEDAT
SUNA
O homem parece um pouco mais cansado, mas o velho espírito de
acomodação do presidente Lula continua o mesmo. Apesar de muito mais
exigido e já de início do terceiro mandato confrontado com a escassa
paciência de imensa parte do público em aguardar resultados.
“Quando é que eles saem de lá?”, esbravejou Lula em seu novo/velho
gabinete no Planalto ao saber que, passadas 48 horas de início de seu
governo, acampamentos de bolsonaristas perduravam em áreas militares
diante de quartéis do Exército.
Lula
participou da cerimônia de posse de Alckmin como ministro da Indústria e
Comércio nesta quarta-feira, 4. Foto: Wilton Junior/Estadão
Foi necessário acomodar o “espírito de pacificação” de seu ministro
da Defesa, que qualificou os protestos nos quartéis de democráticos (e
achou melhor esperar que eles acabem sozinhos), com o espírito de
punição do ministro da Justiça.
Além de influentes vozes da advocacia no entorno do presidente, que
já queriam a cabeça do recém-empossado ministro da Defesa. Tido como
excessivamente pacificador, tinha conversado com Bolsonaro sobre a
nomeação dos comandantes militares do governo Lula.
Esse é um episódio menor se comparado à dificuldade de acalmar o
nervosismo de agentes econômicos diante dos fatos da realidade política.
É óbvio ululante que Lula desautorizou seu ministro da Fazenda na
questão da desoneração dos combustíveis, embora tivesse tentado uma
acomodação: prorroga a desoneração por 60 dias para a gasolina, mantém
por um ano para o diesel.
O critério político que prevaleceu para a tomada desse tipo de
decisão é o mesmo desde sempre. Trata-se de fazer o que for preciso para
proteger popularidade no curtíssimo prazo, e aguardar o desenrolar dos
fatos para ver como se fará para a próxima acomodação. Ocorre que o
tempo assim comprado é preocupantemente pequeno, e cada vez maior o
desafio de acomodar.
Na questão da desoneração (temporária?) da gasolina, Lula precisa se
acomodar com a ministra do Meio Ambiente, para a qual renúncias fiscais
em favor de combustíveis fósseis são contradição insuportável com pautas
verdes. Como a guerra da Ucrânia está obrigando também governos
europeus a protelar a transição energética, talvez Marina Silva aceite
sem grandes percalços a acomodação.
O governo está prometendo para breve como vai acomodar a necessidade
de aumentar gastos sociais com a necessidade de controlar gastos
públicos. Promete em breve a reforma tributária, até aqui não lograda
devido basicamente ao fracasso político de sucessivos governos em
conseguir equilibrar a complexidade de interesses antagônicos envolvidos
na questão.
Já que para Lula é disso que se trata, haja capacidade de acomodação.
Iniciativas do novo governo para punir ‘desinformação’ e para
estabelecer a ‘verdade’ sobre o passado revestem-se de boas intenções,
mas mal escondem a vocação autoritária
Por Notas & Informações – Jornal Estadão
Levou apenas um par de dias para que o cacoete autoritário do governo
lulopetista se manifestasse – revestido, é claro, e como sempre, das
melhores intenções.
No dia 2 passado, ao tomar posse como ministro-chefe da AGU, Jorge
Rodrigo Messias anunciou a criação de uma tal “Procuradoria Nacional de
Defesa da Democracia”, que tem entre suas competências “representar a
União, judicial e extrajudicialmente, em demandas e procedimentos para
resposta e enfrentamento à desinformação sobre políticas públicas”.
Trata-se de perigosa formulação, pois nada impede, a não ser escrúpulos
éticos, que o governo classifique como “desinformação” o que é mera
opinião. Abre-se uma avenida para o constrangimento de críticos do
governo, a título de impedir a disseminação de mentiras tendentes a
prejudicar o funcionamento do Estado e, no limite, a democracia.
Tudo é ainda mais estupefaciente porque o próprio advogado-geral da
União reconheceu que não há lei que defina o que é desinformação. Mesmo
assim, Messias achou que era o caso de não apenas criar a Procuradoria
Nacional de Defesa da Democracia – como se já não houvesse o Ministério
Público para fazê-lo –, mas também de tomar para a AGU a prerrogativa de
definir o que é desinformação. Tomem nota: “Mentira voluntária, dolosa,
com o objetivo claro de prejudicar a correta execução das políticas
públicas com prejuízo à sociedade e com o objetivo de promover ataques
deliberados aos membros dos Poderes com mentiras que efetivamente
embaracem o exercício de suas funções públicas”. Tudo vago o suficiente
para servir de base a qualquer coisa – bem ao gosto de governos
arbitrários.
Em outra frente, o secretário de Comunicação Social da Presidência,
deputado Paulo Pimenta, anunciou a criação da Secretaria de Políticas
Digitais, uma estrutura que funcionará no Palácio do Planalto para
“combater a desinformação e o discurso do ódio nas redes sociais”. Ora,
não cabe a um governo determinar o que é desinformação, muito menos ter
uma estrutura devotada a “combater” o que chama de “discurso de ódio” –
nome genérico que os petistas certamente usarão, como já o fazem, para
qualificar as críticas de opositores.
É claro que, como de hábito, os petistas prometem que tudo isso será
precedido de “amplo debate”, mas já se sabe com quem – a patota de
sempre. Se é para valer, essa polícia do pensamento deve começar
enquadrando o próprio secretário Paulo Pimenta, que é um adepto da
lunática teoria segundo a qual o atentado a faca sofrido por Jair
Bolsonaro foi uma armação – uma clássica fake news.
Por sua vez, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio
Almeida, anunciou em seu discurso de posse a criação da Assessoria
Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade. Nada menos. Não há
razão para duvidar da boa intenção do ministro, um jurista respeitável e
com reconhecido histórico de defesa dos direitos humanos, mas causa
apreensão que um governo pretenda estabelecer a “verdade” e a “memória”
de um país, pois é exatamente assim que regimes autoritários se
consolidam.
Não se sabe o que mais virá por aí, mas apenas esses exemplos bastam
para concluir que o lulopetismo parece empenhado em reescrever a
história, na qual se destacam os muitos crimes cometidos durante os
governos de Lula e de Dilma Rousseff, e em determinar como o novo
governo petista será descrito agora e no futuro, criminalizando opiniões
contrárias.
Decerto movido pelo rancor de quem se julga injustiçado, o PT
arreganha os dentes, sem qualquer gesto de distensão nem, muito menos,
de conciliação. Pelo contrário: conforme já era esperado, os petistas,
nem bem Lula esquentou a cadeira presidencial, põem em prática sua
conhecida estratégia de demonizar os opositores e de reivindicar o
monopólio absoluto da verdade. Para o presidente e sua turma, convictos
de que encarnam o “povo” em toda a sua “diversidade”, só é válida a
opinião de quem reconhece Lula como o redentor dos pobres. Considerem-se
avisados: aos que não aceitarem o credo petista, resta a danação.
Mais do que entretenimento, o cinema também pode ser uma ótima forma de ganhar repertório
7 filmes que todo empreendedor precisa assistir
A Rede Social (Foto: divulgação)
O fim de semana está chegando e nada melhor do que aproveitar o tempo
livre para ver um – ou mais filmes com um balde de pipoca em mãos. Mais
do que entretenimento, o cinema também pode ser uma ótima forma de
ganhar repertório.
Seja para conhecer uma história de resiliência, entender o mercado ou
estudar as estratégias que levaram uma empresa ao sucesso, a sétima
arte pode dar aquele empurrãozinho extra para tirar um projeto do papel.
Opções para inspirar não faltam, de drama até comédia ou um ótimo
enredo biográfico.
Graças ao avanço do streaming, assistir às produções ficou mais
fácil. Veja, a seguir, as recomendações do Startups com 7 filmes sobre
startups e empreendedorismo que você precisa conhecer:
UPSTARTS
Lançado em 2019, o filme indiano conta a história de 3 amigos
universitários que decidem criar uma startup para solucionar alguns dos
problemas que afetam a sociedade, levando remédios a lugares distantes e
promovendo o acesso à saúde. No entanto, à medida em que encontram um
investidor e o negócio floresce, os jovens assumem mais trabalho e as
demandas do dia a dia desgastam a amizade do grupo. Disponível na
Netflix.
Thumbnail do vídeo
A REDE SOCIAL
Basicamente, o filme conta a história da fundação do Facebook
(ex-Meta) por Mark Zuckerberg, do dormitório na Universidade de Harvard
aos primeiros milhões de usuários no que viria se tornar uma rede social
global. Mas o longa vai além do sucesso estrondoso, que garante ao
empreendedor de 23 anos o título de bilionário mais jovem da história
(que só foi ultrapassado em 2019 pela socialite Kylie Jenner). Dirigida
por David Fincher, a trama também mostra as complicações que o trabalho e
a plataforma causam na vida social, profissional e jurídica de
Zuckerberg. Disponível para alugar no NOW.
Thumbnail do vídeo
STEVE JOBS
Como o nome já diz, o filme estrelado por Michael Fassbender traz os
momentos marcantes e decisivos na vida do inventor, empresário e
fundador da Apple. O drama biográfico aborda os bastidores do lançamento
do computador Macintosh, da empresa NeXT e do iPod, em 2001, além de
trazer a tumultuada relação entre Jobs e sua filha Lisa. Disponível na
Netflix até 31 de março e (claro) no Apple TV.
Thumbnail do vídeo
JOY: O NOME DO SUCESSO
Criativa desde a infância, Joy é mãe solteira e vive com os 2 filhos,
os pais divorciados, a avó e o ex-marido. Enquanto concilia a vida
adulta, as dificuldades financeiras e os cuidados da casa, ela inventa
um esfregão de limpeza milagroso, mais prático e seguro, que se torna
sucesso de vendas nos Estados Unidos e faz da jovem uma das maiores
empreendedoras do país e dona de um império comercial. A trama conta a
história real da empreendedora e inventora norte-americana Joy Mangano.
Disponível no Star+.
Thumbnail do vídeo
SOMETHING VENTURED
Bora falar de captação? Este documentário norte-americano acompanha a
história de alguns dos primeiros investidores de big techs como Apple,
Google, Intel, Cisco e Atari. A partir de entrevistas com executivos –
incluindo o investidor e 2º diretor-executivo da Apple Mike Markkula – e
arquivos de fotografias e imagens, a obra investiga o surgimento do
capital de risco nos Estados Unidos. Disponível no YouTube.
Thumbnail do vídeo
STARTUPS.COM
Lançado em 2001, nos Estados Unidos, o documentário acompanha a
trajetória da govWorks.com, empresa que criou um software para ajudar
clientes do governo dos EUA a rastrear contratos e funções de compra. O
filme retrata os momentos de maior sucesso da startup, criada em 1998,
até chegar em sua falência, em 2001, causada pela explosão da bolha da
internet. Disponível no YouTube.
Thumbnail do vídeo
FOME DE PODER
O filme dirigido por John Lee Hancock conta a história da ascensão do
McDonald’s. Na trama, o vendedor Ray Kroc, interpretado por Michael
Keaton, adquire uma participação nos negócios da lanchonete dos irmãos
Richard e Maurice “Mac” McDonald. O ambicioso comerciante faz de tudo
para assumir o controle do fast-food e, livrando-se dos outros sócios,
transforma a rede no império alimentício que conhecemos hoje. Disponível
no HBO Max.
O que é marketplace e por que investir nessa plataforma
ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech
Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer
compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele
funciona na compra e venda de produtos.
Afinal, o que é marketplace?
O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.
Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto
específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar
as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de
comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir
outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.
Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de
marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e
segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar
produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento
unificado.
Os principais marketplaces do Brasil
A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto
No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a
plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações
digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.
Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas,
Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C,
estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas
dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.
Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma
Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais
Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através
de sua divulgação online.
Como escolher o marketplace ideal para sua loja
Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja,
definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é
fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de
decidir onde incluir sua marca:
Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão
sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que
determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor
atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais
anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará
uma comissão maior.
Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.
Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial
identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.
Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.
Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que
já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para
competir com os ofertados por elas.
Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.
Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus
resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas
promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na
entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento
ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar
naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se
de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e
pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já
cadastradas.
Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.
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Para o Marketplace
Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;
Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que
reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo
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Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e
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ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que
realizamos.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)
O Exército ignorou uma promessa do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e decidiu manter em segredo o processo que apurou a participação
do general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em um ato político em
maio de 2021 sem autorização do comando. No governo Bolsonaro, a Força
impôs cem anos de sigilo ao caso sob a alegação de que os documentos
tratam apenas da vida privada do general. Lula já determinou à
Controladoria-Geral da União (CGU) que revise os sigilos irregularmente
determinados pelo antecessor. Entre os casos está o de Pazuello.
O Estadão apresentou ao Exército um pedido com base
na Lei de Acesso à Informação (LAI) no início de dezembro de 2022, com
Pazuello já na reserva e eleito deputado federal pelo Rio. Em 2021,
durante o governo Bolsonaro, foram feitas outras tentativas para obter
acesso aos documentos. Todas negadas.
O novo requerimento foi rejeitado duas vezes em um intervalo de menos
de 15 dias. No dia 26 de dezembro, foi feito um terceiro recurso à
Força militar. O caso teria de ser examinado pelo comandante do
Exército. Quatro dias depois, tomou posse no posto o general Júlio Cesar
de Arruda, o escolhido pela gestão petista para o cargo e que assumiu
antes mesmo de Lula.
Nesta segunda, 2, já com o petista no primeiro dia útil de governo, o
comando analisou o caso e manteve a decisão do sigilo. A resposta foi
assinada pelo coronel Emílio Ribeiro, subchefe do gabinete do
comandante. O oficial se limitou a dizer que ratificava as decisões
anteriores e que elas estavam “em conformidade” com a LAI.
Manifestação
Em maio de 2021, Pazuello participou de uma manifestação no Aterro do
Flamengo, no Rio, ao lado de Jair Bolsonaro. O ato serviu para o então
presidente criticar o uso de máscara e ainda dizer que “seu Exército”
jamais iria obrigar as pessoas a ficarem em casa durante a pandemia da
covid-19. Como o regulamento do Exército proíbe a participação de
militares em atos políticos, foi instaurado um procedimento disciplinar.
O general apresentou sua defesa e o caso foi arquivado. O processo
tornou-se sigiloso.
O general Pazuello virou ministro da Saúde no auge da pandemia,
depois de uma tentativa do governo de colocar profissionais médicos na
função. Pazuello seguiu à risca as recomendações de Bolsonaro. Além de
editar documento facilitando o uso de cloroquina, medicamento
comprovadamente ineficaz para a covid, a gestão do general interrompeu
as negociações do governo federal com a gestão do tucano João Doria que
se preparava para fabricar a primeira vacina no Brasil.
Em live ao lado de Bolsonaro, Pazuello resumiu a linha de atuação: “É
simples assim: um manda e o outro obedece”. A gestão do general na
Saúde e a atuação do governo Bolsonaro no combate ao coronavírus foram
alvo de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Senado. Pazuello
terminou indiciado por crimes cometidos durante a pandemia.
Confronto
Durante a campanha eleitoral, Lula confrontou Bolsonaro com os
sigilos do governo, sempre citando o caso de Pazuello. O tema foi levado
a debates na TV, ganhou espaço nas promessas de campanha do petista e
apareceu até mesmo no discurso de posse. “A partir de hoje, a Lei de
Acesso voltará a ser cumprida, o Portal da Transparência voltará a
cumprir seu papel, os controles republicanos voltarão a ser exercidos
para defender o interesse público”, disse Lula.
No Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 2, foi
publicado um despacho presidencial dando prazo de 30 dias para a CGU
rever os sigilos de Bolsonaro. O texto afirma que foi feito levantamento
de abuso na alegação de segredo. Segundo integrantes da CGU, o caso de
Pazuello pode ser julgado antes do prazo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Exército ignora Lula e proíbe acesso a documentos de Pazuello
O ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello: no governo
Bolsonaro, a Exército impôs cem anos de sigilo ao caso sob a alegação de
que os documentos tratam apenas da vida privada do general (Crédito:
Marcelo Camargo Agência Brasil)
O Exército ignorou uma promessa do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e decidiu manter em segredo o processo que apurou a participação
do general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em um ato político em
maio de 2021 sem autorização do comando. No governo Bolsonaro, a Força
impôs cem anos de sigilo ao caso sob a alegação de que os documentos
tratam apenas da vida privada do general. Lula já determinou à
Controladoria-Geral da União (CGU) que revise os sigilos irregularmente
determinados pelo antecessor. Entre os casos está o de Pazuello.
O Estadão apresentou ao Exército um pedido com base
na Lei de Acesso à Informação (LAI) no início de dezembro de 2022, com
Pazuello já na reserva e eleito deputado federal pelo Rio. Em 2021,
durante o governo Bolsonaro, foram feitas outras tentativas para obter
acesso aos documentos. Todas negadas.
O novo requerimento foi rejeitado duas vezes em um intervalo de menos
de 15 dias. No dia 26 de dezembro, foi feito um terceiro recurso à
Força militar. O caso teria de ser examinado pelo comandante do
Exército. Quatro dias depois, tomou posse no posto o general Júlio Cesar
de Arruda, o escolhido pela gestão petista para o cargo e que assumiu
antes mesmo de Lula.
Nesta segunda, 2, já com o petista no primeiro dia útil de governo, o
comando analisou o caso e manteve a decisão do sigilo. A resposta foi
assinada pelo coronel Emílio Ribeiro, subchefe do gabinete do
comandante. O oficial se limitou a dizer que ratificava as decisões
anteriores e que elas estavam “em conformidade” com a LAI.
Manifestação
Em maio de 2021, Pazuello participou de uma manifestação no Aterro do
Flamengo, no Rio, ao lado de Jair Bolsonaro. O ato serviu para o então
presidente criticar o uso de máscara e ainda dizer que “seu Exército”
jamais iria obrigar as pessoas a ficarem em casa durante a pandemia da
covid-19. Como o regulamento do Exército proíbe a participação de
militares em atos políticos, foi instaurado um procedimento disciplinar.
O general apresentou sua defesa e o caso foi arquivado. O processo
tornou-se sigiloso.
O general Pazuello virou ministro da Saúde no auge da pandemia,
depois de uma tentativa do governo de colocar profissionais médicos na
função. Pazuello seguiu à risca as recomendações de Bolsonaro. Além de
editar documento facilitando o uso de cloroquina, medicamento
comprovadamente ineficaz para a covid, a gestão do general interrompeu
as negociações do governo federal com a gestão do tucano João Doria que
se preparava para fabricar a primeira vacina no Brasil.
Em live ao lado de Bolsonaro, Pazuello resumiu a linha de atuação: “É
simples assim: um manda e o outro obedece”. A gestão do general na
Saúde e a atuação do governo Bolsonaro no combate ao coronavírus foram
alvo de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Senado. Pazuello
terminou indiciado por crimes cometidos durante a pandemia.
Confronto
Durante a campanha eleitoral, Lula confrontou Bolsonaro com os
sigilos do governo, sempre citando o caso de Pazuello. O tema foi levado
a debates na TV, ganhou espaço nas promessas de campanha do petista e
apareceu até mesmo no discurso de posse. “A partir de hoje, a Lei de
Acesso voltará a ser cumprida, o Portal da Transparência voltará a
cumprir seu papel, os controles republicanos voltarão a ser exercidos
para defender o interesse público”, disse Lula.
No Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 2, foi
publicado um despacho presidencial dando prazo de 30 dias para a CGU
rever os sigilos de Bolsonaro. O texto afirma que foi feito levantamento
de abuso na alegação de segredo. Segundo integrantes da CGU, o caso de
Pazuello pode ser julgado antes do prazo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Governo Lula Com novos decretos Por Leonardo Desideri – Gazeta do Povo Brasília
Palácio do Planalto na Praça dos Três Poderes em Brasília
Palácio do Planalto, a Casa do Executivo, em Brasília.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
A
censura em nome da defesa da democracia se tornou comum no Judiciário
nos últimos quatro anos, com a instauração do inquérito das fake news e
todos os seus desdobramentos até as eleições de 2022. Agora, a mesma
tendência começa a ser semeada no Executivo, com dois decretos
publicados logo no primeiro dia do governo Lula.
Os documentos criam órgãos da União cujos nomes tornam inevitáveis
comparações com o romance “1984”, de George Orwell. O artigo 47 do
decreto nº 11.328 estabelece dentro da Advocacia Geral da União (AGU) a
Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia, e o artigo 24 do
decreto nº 11.362 inaugura dentro da Secretaria de Comunicação Social
(Secom) da Presidência da República o Departamento de Promoção da
Liberdade de Expressão.
A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia poderá,
entre outras coisas, “representar a União, judicial e
extrajudicialmente, em demandas e procedimentos para resposta e
enfrentamento à desinformação sobre políticas públicas”. Isso significa
que qualquer membro do poder público terá à sua disposição um órgão da
União capaz de representá-lo judicialmente em todo caso que couber no
amplo e genérico conceito de “desinformação”, o que facilita a censura
por parte do poder público.
Um aviso do novo advogado-geral da União, Jorge Messias, durante a
cerimônia de sua posse, na segunda-feira (2), dá pistas sobre a
utilidade do novo dispositivo: “Ataques a autoridades que presenciamos
nos últimos anos não serão mais tolerados”, afirmou.
Para o professor e advogado Maurício Bunazar, doutor em Direito Civil
pela USP, as expectativas “são as piores possíveis”. Ele explica que a
AGU “é um órgão voltado fundamentalmente à defesa da União e ao
aconselhamento do chefe do Poder Executivo”.
“Quando o decreto atribui à Advocacia-Geral da União a defesa dos
poderes em geral, da legitimidade dos poderes e dos seus membros, o que
nós acabamos por ter é a constituição de uma advocacia pública que pode
ser voltada para interesses privados”, diz.
“A pretexto de se defender a democracia, o que se terá é um órgão
voltado diretamente à busca de conformação de discursos. Ou seja, eles
decidirão o que é ou não defensável em uma democracia. Se alguma ideia
não se conformar com as noções que eles têm de democracia, haverá a
possibilidade de medidas judiciais e extrajudiciais, como o próprio
decreto autoriza”, complementa.
O especialista dá um exemplo: antes do decreto, se um jornalista da
Gazeta do Povo escrevesse uma reportagem pouco favorável a um ministro
de Estado, o político poderia acioná-lo judicialmente de forma privada,
com recursos próprios, e pedir que o jornalista prestasse
esclarecimentos perante a Justiça. “Agora”, diz Bunazar, “eles terão um
escritório de advocacia público à disposição deles, com funcionários bem
pagos, e um departamento inteiro voltado à defesa de interesses que
muitas vezes podem ser privados”.
Agentes públicos ficarão mais protegidos que o cidadão comum contra críticas e terão maior poder de censura Com
a criação da Procuradoria de Defesa da Democracia, autoridades públicas
poderão ficar mais protegidas contra críticas do que os próprios
cidadãos particulares, o que contraria algo que costuma ser ponto
pacífico em democracias. As novas regras facilitam o caminho para que
membros de qualquer dos três Poderes deem início a processos de censura.
“O ministro Celso de Mello, recentemente aposentado, dizia que o
agente público merece ser criticado, que tem de ser criticado, tem de
ser sindicado. Isso não significa que a honra dele não mereça proteção,
mas o fato de se ser agente público o coloca em uma situação de ser mais
duramente criticado do que um cidadão particular. Isso é indiscutível”,
comenta Bunazar.
O foro privilegiado, segundo o especialista, tem como um de seus
objetivos justamente “garantir que uma autoridade hierarquicamente
inferior não se sinta constrangida ao condenar uma autoridade
hierarquicamente superior”. O novo decreto implode essa lógica.
Outra ameaça à liberdade de expressão instaurada por decreto pelo
governo Lula é o novo Departamento de Promoção da Liberdade de
Expressão, criado dentro da Presidência da República. Um de seus
objetivos, segundo o texto que o implementa, é “propor e articular
políticas públicas para promoção da liberdade de expressão, do acesso à
informação e de enfrentamento à desinformação e ao discurso de ódio na
Internet, em articulação com o Ministério da Justiça e Segurança
Pública”.
Para Bunazar, a utilização de termos como “desinformação” e “discurso
de ódio” em decretos governamentais é preocupante e tende a resultar em
censura. “Quando eu uso ‘discurso de ódio’, eu me furto a dizer que
leis foram violadas, qual o limite do ordenamento jurídico foi
ultrapassado. Basta que eu use esta fórmula mágica, politicamente
correta – ‘discurso de ódio’ – para que eu bloqueie o seu discurso e
agora possa processá-lo judicialmente, por discurso de ódio”, comenta.
“É um axioma: o discurso é de ódio, logo ele está proibido. E por que
ele está proibido? Porque ele é de ódio. E por que é de ódio? Porque
está proibido. Agora, quem define o que é ódio ou não é? Antes, cabia ao
legislador. Hoje, cabe a um ministério qualquer. Isso é bastante
preocupante.”
O especialista afirma que a ideia da liberdade de expressão precisa
ser alcançada “a partir de um juízo negativo: tudo aquilo que eu não for
proibido de dizer, eu posso dizer”. “Isso é óbvio, mas precisa ser
repetido no Brasil”, conclui.
Imagem ilustrativa.| Foto: Marcelo Andrade / Gazeta do Povo / Arquivo
Com
o anúncio de que o atraso na coleta de dados do censo levou o IBGE a
adiar para 2023 a divulgação dos dados de desemprego referentes ao
trimestre móvel encerrado em novembro, o último indicador do mercado de
trabalho publicado no fim de mandato de Jair Bolsonaro foi o do Caged,
do Ministério do Trabalho e Previdência. O número de novembro foi mais
uma vez positivo, com a abertura de 135,5 mil vagas de trabalho com
carteira assinada – o Caged mede apenas o emprego formal, ao contrário
dos dados do IBGE, que também incluem informais e autônomos. O destaque
ficou a cargo do comércio (quase 106 mil novas vagas) e dos serviços
(92,2 mil novos postos de trabalho), dando continuidade à recuperação de
um setor fortemente prejudicado pelas restrições impostas durante a
pandemia de Covid-19.
Com isso, o saldo de 2022 até agora é de quase 2,5 milhões de novos
empregos com carteira assinada, pelos números do Caged – é possível que o
ano termine com um resultado ligeiramente menor, pois dezembro é
tradicionalmente um mês com mais demissões que contratações,
independentemente de a economia estar aquecida ou deprimida. Se
considerarmos ainda os dados do IBGE até o momento, com o desemprego
recuando de 11,1% no trimestre móvel encerrado em dezembro de 2011 para
8,3% no período de agosto a outubro deste ano, é inegável que Bolsonaro
entrega a Lula um mercado de trabalho com bons resultados, embora ainda
haja muitos desafios a enfrentar.
Infelizmente, toda a retórica petista aponta para a destruição, não para a continuidade do que vem sendo feito
Ao contrário de outros meses em que o Caged trazia saldos positivos
em quase todos os setores da economia, os números de novembro mostraram
que, na indústria, as demissões superaram as contratações em 25 mil. Já
os dados da Pnad Contínua, do IBGE, ainda mostram que o número de
informais e subempregados continua alto, embora em queda. E mesmo os
8,3% de desempregados ainda são um contingente significativo de 9
milhões de brasileiros; o sonhado “pleno emprego” exige taxas entre 3% e
6%, algo que hoje só é verificado em alguns estados brasileiros,
enquanto outros amargam índices bem maiores que a média nacional.
No início de 2019, Bolsonaro e Paulo Guedes tornaram público o
objetivo de colocar o Brasil entre os 50 países com maior facilidade
para se fazer negócios segundo o ranking Doing Business, do Banco
Mundial. A publicação, no entanto, foi interrompida em 2021 para uma
série de revisões internas após denúncias de manipulação de dados. Mas
há outro indicador, o Índice de Liberdade Econômica da Heritage
Foundation, que mostra o quão difícil tem sido a vida do empreendedor
brasileiro. Apesar do salto de dez posições na última edição,
continuamos na rabeira, em 133.º lugar, entre os países
“majoritariamente não livres”, e ainda mais perto dos países
“reprimidos” economicamente que dos países “moderadamente livres”.
VEJA TAMBÉM: Haddad na Fazenda apenas aumenta as incertezas (editorial de 10 de dezembro de 2022) A incerteza cobra seu preço nas taxas de juros (editorial de 8 de dezembro de 2022) A recuperação contínua do mercado de trabalho (editorial de 30 de novembro de 2022)
Isso não significa que nada foi feito – pelo contrário, os
governos Bolsonaro e Michel Temer, somados, provavelmente fizeram muito
mais pela liberdade econômica, pela desburocratização e pela segurança
jurídica nas relações de trabalho que os seus antecessores, ao menos no
passado recente. Reforma trabalhista, Lei de Liberdade Econômica,
digitalização, redução da burocracia e do intervencionismo, marcos como a
nova Lei de Falências e maior facilidade no acesso ao crédito estão
entre as medidas positivas dos últimos anos; aquelas adotadas no atual
governo foram compiladas em um documento entregue à equipe do presidente
que assumiu neste dia 1.º.
Se todo esse novo arcabouço não fez o Brasil avançar tanto assim em
termos de liberdade econômica e facilidade de negócios (e,
consequentemente, em estímulo à geração de emprego), é porque ainda há
muito a fazer, especialmente no campo da tributação: o Brasil ainda
onera demais a produção e o consumo, além da carga sobre a folha de
pagamento, que tem efeito direto sobre o mercado de trabalho. No mesmo
documento da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do
Ministério da Economia que lista as realizações recentes, os autores
incluíram recomendações para que o novo governo possa seguir construindo
sobre o que já existe. Infelizmente, toda a retórica petista aponta
para a destruição, não para a continuidade do que vem sendo feito.
Provavelmente, caberá a governadores e prefeitos que não tenham
compromisso ideológico com o atraso analisar as sugestões e implantar
aquilo que estiver dentro de sua competência e não dependa de normas ou
leis federais, criando “bolsões” de mercado de trabalho forte e
mostrando que mais liberdade e menos burocracia e intervencionismo são o
caminho para o pleno emprego.
Artigo Por Bradley J. Birzer Tradução de Bruna Frascolla – Gazeta do Povo The Imaginative Conservative
Por toda a história do conservadorismo, os conservadores quiseram promover tudo o que é bom, verdadeiro e belo.| Foto: Pixabay
Do Wall
Street Journal ao Fund for American Studies, e a uma miríade de
tuiteiros e usuários de Facebook no último mês, o conservadorismo e seu
significado foram questionados. O que é, ao certo? O que significa?
Quais são as suas limitações? O que fez pela humanidade? O Wall Street
Journal (ou pelo menos o seu articulista de opinião convidado no fim de
novembro) chegou ao ponto de proclamar que todos os avanços sociais nos
Estados Unidos foram trazidos por progressistas (o que é uma absoluta
falsidade histórica, a propósito).
Tudo bem, é verdade: essa conversa sobre conservadorismo dura há
muito mais tempo do que um mês. De fato, vem acontecendo durante toda a
história do conservadorismo. Mas eu diria que toda essa confusão recente
resulta da eleição de Trump, que identificou incorretamente populismo e
conservadorismo, assim como fundiu nacionalismo e patriotismo. Duas
fotos de Trump até acompanharam o artigo de opinião do Wall Street
Journal (ao menos na versão digital).
Então, como definimos ao certo o conservadorismo? Poderíamos nos
voltar rapidamente para Russell Kirk e C.S. Lewis, ou para Dan McCarthy e
Patrick Deneen. Uma coisa que une todos os conservadores, de Irving
Babbitt a Deneen, é a questão: o que exatamente os conservadores querem
conservar? De fato, para o conservador, não há questão maior.
VEJA TAMBÉM: A inesgotável sabedoria de Russell Kirk Irving Babbitt, o conservador impopular
Eu diria que, por toda a história do conservadorismo, os
conservadores quiseram promover tudo o que é bom, verdadeiro e belo. Ao
menos na tradição ocidental, acreditam na prudência, justiça, força,
temperança, fé, esperança, caridade, labor, destino e piedade. Essas dez
virtudes — gregas, romanas e cristãs — formaram a base da promoção do
humano, promovendo o que significa ser humano, ser homem, ser mulher,
ser uma pessoa.
Como é tradição desde os anos 1890, os conservadores também
quiseram conservar o melhor da tradição ocidental (e eu remontaria isso
até Edmund Burke, embora possa não haver uma ligação entre Burke e
Babbitt, exceto por Tocqueville). Isso não é sugerir que ocidentais
sejam únicos. Meu palpite (embora não seja mais que uma série de
palpites) é que os hindus, budistas e confucianos quiseram preservar
suas respectivas culturas também. Mas, dentro da Tradição Ocidental
(sim, com T e O maiúsculos!), é digno de lembrar: Sócrates, Platão,
Aristóteles, Zenão, Cleanto, Cícero, Tito Lívio, Tácito, Paulo, João,
Perpétua, Ambrósio, Agostinho de Hipona, o Rei Alfredo de Wessex,
Petrarca, Tomás de Aquino, Thomas Morus, Edmund Burke, George
Washington, John Adams, Alexis de Tocqueville, Nathaniel Hawthorne, E.L.
Godkin, Irving Babbitt, Paul Elmer More, T.S. Eliot, Christopher
Dawson, Willa Cather, Russell Kirk, Robert Nisbet, Flannery O’Connor e
outros. Cada uma dessas pessoas carregou o peso de todas as coisas
anteriores a si, e passou para as gerações futuras só o que podia ser
visto como verdades transcendentes e atemporais.
Quer dizer que todos os que adotaram o rótulo de “conservador” pelo
último século são mesmo conservadores? Claro que não. O conservadorismo,
como todos os termos bons, foi sequestrado — ora por demagogos, ora por
populistas, ora por nacionalistas, ora pelos políticos e ora,
simplesmente, por aqueles que se vendem ao público para ganhar dinheiro.
Ainda assim, o conservadorismo, entendido propriamente, permanece. É
possível, e talvez até provável, que o verdadeiro conservadorismo — tal
como herdado de Sócrates em diante — raramente seja entendido, e mais
raramente ainda posto em prática, neste vale de lágrimas. Também é
possível que as ideologias tais como populismo e nacionalismo
simplesmente dominem o conservadorismo. Talvez o conservadorismo em 2022
ou 2023 não possa competir com o socialismo, o liberalismo ou o
corporativismo. Nenhum desses nega o conservadorismo. Ao morrer,
Sócrates chegou ao fim da Grécia clássica. Ao morrer, Cícero chegou ao
fim da República Romana. Ao morrer, Thomas Morus chegou ao fim da
Renascença. Ao morrer, C.S. Lewis, se acreditarmos em suas palavras ao
pé da letra, chegou como o “último homem do velho Ocidente”. Cada um
deles, ao seu modo, fez o que pôde — por meio da lógica e de não pouca
nostalgia — para preservar aquilo que se havia perdido recentemente. No
mínimo, esses homens ficaram de pé como exemplares, lembrando que nós
também devemos ficar de pé e proclamar, toda hora, o que é bom,
verdadeiro e belo, ao menos na medida em que nossas modestas luzes
permitirem entender tais coisas.
Se o conservadorismo é verdadeiro, é verdadeiro para todas as épocas,
todos os lugares e todas as pessoas. Pode tomar um caráter cristão
aqui, ou um caráter judeu ali, ou um caráter estoico acolá, mas
permanece universalmente ligado a certos princípios humanos,
independentemente de suas manifestações locais. É a imaginação, talvez
nossa faculdade cognitiva mais elevada, que permite que os conservadores
fiquem de pé não somente em meio ao momento, mas também acima dele.
Um dos maiores sucessos do conservadorismo, bem como uma das coisas
que volta e meia impossibilita a sua implementação, é que ele se baseia
na humildade, admitindo que nem sempre compreendemos perfeitamente o
mundo. Isto é, é difícil saber como aplicar à nossa situação específica
os princípios universais. É claro que essa humildade é um reconhecimento
crucial de nossa individualidade. Imaginemos um júri: doze pessoas
assistem ao mesmo julgamento, as doze almejam a justiça (uma coisa
transcendente), mas as doze pessoas também têm doze pontos de vista
distintos trabalhando como uma comunidade. E, se houver uma dúvida
razoável dentro do grupo, é preciso declarar a inocência. Não consigo
pensar noutra instituição que entenda melhor as complexidades do mundo
do que o júri. Para todos os efeitos, é uma instituição que, no melhor
dos casos, equilibra o universal e o particular.
Há mais uma coisa que faz do conservadorismo, ao mesmo tempo, belo e
frustrante. Ao contrário do liberalismo, do socialismo e do
corporativismo, que são, por sua natureza, profundamente utilitários, o
conservadorismo é profundamente poético. Ama o gótico, o tortuoso e o
estranho. Ao contrário do liberalismo, do socialismo e do
corporativismo, elogia as (verdadeiras) diferenças e até as celebra. A
pessoa A tem talento para isso e a pessoa B tem talento para aquilo.
Cada qual traz seus talentos à comunidade; estão aí para afiá-la, bem
como para restringir nossas muitas falhas e arrogâncias.
Então, o que queremos conservar ao certo? Esta é uma pergunta que
toda pessoa e toda geração tem de fazer. Se acertarmos, empregaremos
prudência (a capacidade de entender o bem e o mal), justiça (dar a cada
um o que lhe cabe), temperança (o uso dos bens criados para Deus) e a
força (perseverança), mas devemos fazer isso por meio da fé (a
capacidade de ver o não-visto), da esperança (o entendimento de que cada
um de nós importa e que Deus não faz nada em vão) e, especialmente, do
amor (dar-se a outrem). Isso se traduz em soluções imediatas para o
mundo? Não, claro que não. Mas isso nos permite ver uns aos outros por
meio do divino, não importando o quão obnubiladas as nossas vistas
possam estar.
O conservadorismo permanece, como sempre deve permanecer, a despeito do que os seus críticos digam.
Ministra Esther Dweck se juntou ao coro de críticas ao teto de gastos.| Foto: Edu Andrade/ME
Você deve se perguntar por que a bolsa cai, por que há tanta
preocupação no mercado econômico em geral. Agora temos as declarações do
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reclamando contra os juros – como
se sabe, juro é o que se cobra para alugar dinheiro, capital. Na bolsa
de valores, quem investe em empresas está preocupado por causa de um
discurso do próprio presidente da República, chamando de “estupidez” o
limite de gastos do Estado, ou seja, gastos com o seu dinheiro, para
sustentar o Estado brasileiro. E aí vem a nova ministra do novo
Ministério de Gestão (antigamente se chamava Ministério da
Administração, mas agora é mais bonito falar em “gestão”) e também diz
que teto de gastos não pode, falando do limite que se impõe aos gastos
do Estado, que devia estar a serviço da nação.
Nós pagamos impostos. Cada vez que compramos alguma coisa, cada vez
que pagamos impostos diretos, estamos sustentando o Estado brasileiro
para nos prestar bons serviços públicos. Precisamos ter noção disso,
isso é cidadania. O povo é dono do Estado, o patrão do Estado, o dono da
nação, o dono do país. Mas a nova ideologia, que não deu certo em lugar
nenhum do mundo, diz que o principal é o Estado, e não o povo. Isso é
terrível. O pessoal da área econômica está lá embaixo e o agro, que é a
locomotiva do país, está preocupadíssimo, porque o novo ministro do
Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, chegou a dizer aos movimentos
sociais que “venham pra cima do ministério para que tudo possa
acontecer”. Estava se dirigindo ao MST. O que vai acontecer? O
presidente Lula disse aos povos indígenas, no discurso dele, que serão
revogadas as injustiças contra eles. O que isso quer dizer? Teria a ver
com o marco temporal que já está no Supremo? Tudo isso é preocupante.
VEJA TAMBÉM: O povo paga Prepare-se que alguém terá de bancar o teto de gastos furado
O novo governo poderia continuar as obras do anterior, mas está
havendo uma espécie de revanchismo sem reconhecer vitórias e avanços. O
novo ministro da Previdência, Carlos Lupi, do PDT, cria de Brizola, que
recebe um tremendo orçamento, já fala em fazer uma “antirreforma da
Previdência”. A ministra da Gestão quer acabar com o limite de gastos.
Então, quanto mais o Estado gastar, mais o contribuinte tem de
contribuir, porque dinheiro não vem do céu, vem do trabalho de cada um.
Se você acha que não paga Imposto de Renda porque ganha pouco, saiba que
você está pagando imposto em tudo o que você compra, que fica mais caro
porque está embutido ali o imposto.
Saiu na terça-feira mais uma parte dessa boa herança, a herança
bendita que o novo governo recebeu. Tivemos um recorde na balança
comercial, um superávit de US$ 62,3 bilhões. O que isso significa? É uma
facilidade, um conforto na hora de pagar contas externas. Estamos com
uma reserva internacional externa de US$ 320 bilhões. Então, o governo
atual não recebe do anterior uma cobrança, e sim uma herança favorável
que poderia aproveitar. Mas parece que o objetivo é apenas gastar mais,
tanto que fizeram 37 ministérios no lugar de 22.
Lula presta reverência ao ditador Maduro: não há otimismo que
resista às medidas recentes anunciadas por Lula e seu ministério de
parasitas.| Foto: Reprodução/ Twitter
Tenho um amigo chamado
Fábio que é a pessoa mais pé-no-chão que conheço. Tranquilo, simpático
como um gordo de antigamente e dado ao deboche, ao longo dos últimos
anos ele nem sabe, mas me ajudou muito contendo as exaltações do meu
sangue dramaticamente russo. “Isso aí não vai dar em nada” era o bordão
que ele usava para responder aos meus devaneios hiperbólicos.
Hiperbolicíssimos.
Ontem Fábio me ligou. Mas já no “alô” percebi que havia algo de
errado ou talvez até de muito errado com ele. Comigo. Com o país. “Cara,
você tá vendo tudo o que o Lula tá fazendo?”, perguntou ele com seu
sotaque caricatural de paulistano. Só faltou o “mêu” no final. Sem nem
esperar por minha resposta, Fábio emendou: “Alteração do Marco do
Saneamento, neta do Marighella na Funarte, decreto de desarmamento,
desistência de entrar pra OCDE, discursos com ‘todos, todas e todes’,
fim da Secretaria de Alfabetização. A gente tá lascado”, disse ele, que é
avesso a palavrões.
Nessas horas é que a gente vê como são as coisas. Depois de tantos
anos me aproveitando do efeito calmante da fabiosofia, senti que era a
minha vez de retribuir com palavras que o tranquilizassem um pouco. O
problema é que essas palavras me faltaram ontem e me faltam hoje. A
única coisa que consegui dizer foi que tinha visto todas as coisas que
ele mencionara e mais uma: a criação de uma tal de Procuradoria Nacional
da União de Defesa da Democracia. Ou simplesmente Ministério da Verdade
Petista. “Que pesadelo!”, comentei à toa, irmanado num pessimismo que
me é estranho.
“Eu sabia que seria ruim e até imaginava que o Brasil poderia se
tornar uma Argentina rapidinho. Mas, do jeito que tá, acho que até o fim
do ano teremos virado uma Venezuela”, disse ele. O Fabio. O fleumático,
impassível, tranquilo, manso, pacato e quase-zen Fábio. A mim só me
restou concordar e tocar um tango argentino. Mas não sem antes dar vazão
ao meu lado mais catastrófico (aquele que tento esconder de todo
mundo): “Vou almoçar enquanto tem comida”.
Inferno Foi o que fiz. Só que, diferentemente do almoço a jato de
todos os dias, desta vez fiz questão de comer ritualisticamente.
Preparei o prato farto, mas não extravagante. Me sentei à mesa. E rezei.
Agradeci pelo arroz, pelo feijão, pela farofa e pela carne. Saboreei
cada garfada como se fosse a dádiva que de fato é, mas para a qual o
cotidiano de pressa e abundância não me permite dar o devido valor.
Uma vez satisfeito, recorri ao estoicismo das minhas leituras de
Sêneca e Marco Aurélio. Imaginei o pior cenário (i.e., uma mistura de
Venezuela, China e Coreia do Norte) e, com algum esforço, me senti capaz
de enfrentá-lo e até de sobreviver a ele. E foi assim que, tomado por
uma paz absurda, tive pena daqueles que ontem fizeram o L, hoje estão
comemorando a guinada radical de Lula à esquerda e amanhã certamente
sofrerão também as consequências de um eventual colapso do país.
“Como é mesmo aquela passagem da ‘Divina Comédia’?”, perguntei para a
Catota, que se empanturrava de ração. Fui até a estante e abri o livro
no Canto V, no qual a adúltera e lasciva Francesca diz que “não há tão
grande dor qual da lembrança de um tempo feliz, quando em miséria”.
Poucas definições de inferno são mais pungentes do que essa. E, no
entanto, talvez pela soberba de uns e estupidez de outros, talvez este
seja o inferno que nos caberá suportar pela eternidade que durar o
lulopetismo.