Cerveja Nacional Conheça as cinco cervejas do Sul consideradas as melhores da América Latina em 2022 Por Bom Gourmet
| Foto: Bigstock
As cervejas produzidas no Sul do país tem
ganhado destaque no mercado interno e também em competições
internacinais. Prova disso foi o desempenho dos rótulos do Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul na última Copa Cervezas de América, no
final de outubro. Foram 5 cervejas eleitas as melhores do continente.
Considerado o maior evento cervejeiro da América Latina, a Copa
analisou 1.720 amostras de todo o continente Sulamericano. O Brasil
conquistou 43 medalhas e a Saison Pitaya, da cervejaria paranaense Água
do Monge, foi eleita a melhor da competição. Além dela, outros 4 rótulos
do Sul do país foram considerados os melhores da América Latina em suas
categorias. Confira as características de cada cerveja:
Saison Pitaya: Cervejaria Água do Monge de Guarapuava-PR
Com 5.2 de ABV e 20 IBU, a Saison Pitaya foi o grande destaque da
edição de 2022 da Copa Cervezas de América, levando a medalha de ouro na
sua categoria e sendo eleita a melhor cerveja da competição. Ela traz o
resultado da soma de todas as características marcantes de uma Saison
(como o amargor e a refrescância) com o toque frutado da
Pitaya. Harmoniza com sashimi, queijo brie e panetone de frutas
cristalizadas.
Königs Bock: Cervejaria Königs Bier, Jaraguá do Sul-SC 6.5% ABV 16
IBU. Encorpada e com amargor quase imperceptível, a Königs Bock ganhou o
ouro na categoria European Dark Lager. No aroma, a presença marcante de
malte e notas tostadas, de sabor equilibrado entre a doçura e o
torrado, com eventuais traços de nozes e avelãs. Harmoniza com carne de
porco, salsicha alemã, queijos e sobremesas de chocolate.
Neblina Flutuante: Ruradélica Ales, Porto Alegre-RS 6.7 ABV 60
IBU. O lúpulo neozelandês Rakau utilizado na Neblina Flutuante, outra
medalhista de ouro na categoria New World Pale Ales da Copa Cervezas de
América deste ano, traz amargor ponderado e muito sabor de frutas
amarelas. Essa New Zealand IPA fica ainda melhor quando acompanhada por
biscoito de polvilho, manga e carnes com gordura.
4.6% ABV 10 IBU. Com a medalha de ouro de melhor Witbier, a Rendeira é
produzida com maltes de trigo e de cevada, não é filtrada e seu sabor
traz o frescor cítrico da laranja, com um leve sabor picante do coentro.
Uma deliciosa e refrescante combinação que casa perfeitamente com um
dia quente e com pratos leves, saladas e frutos do mar.
Safira: Devaneio do Velhaco, Porto Alegre -RS
5% ABV 40 IBU. Considerada a melhor Pilsen da América Latina, tem uma
base dourada, com aromas de pão fresco e leve floral, lembrando uma
focaccia recém-saída do forno. No sabor, muito frescor herbal e floral,
sem faltar um amargor assertivo. Casa muito bem com castanhas, saladas e
queijos como o minas, o parmesão e o provolone.
VEJA TAMBÉM: Cerveja de Guarapuava é eleita a melhor da América Latina em concurso continental Cervejeiro paranaense estreia programa em canal de gastronomia Mercado cervejeiro: um dos segmentos em alta no Brasil
Paulo Vieira é autor best-seller, empresário e Master Coach
Final de ano chegando e logo mais as pessoas já começam com as suas
resoluções de ano novo em busca da realização de objetivos, seja começar
a academia, mudar de emprego, fazer uma viagem, mas poucos sabem como
dar o primeiro passo. Alguns até começam, mas não continuam, por essa
recorrência, existe um dia para isso. De acordo com uma pesquisa
conduzida pela plataforma Strava, as pessoas começam a desistir das
resoluções de ano novo a partir de 19/01, data batizada de “Quitter´s
Day”.
Para que os objetivos traçados sejam alcançados em 2023, Paulo Vieira
um dos escritores mais vendidos do Brasil, referência em alta
performance e inteligência emocional, apresenta dicas práticas para
serem aplicadas no dia a dia para todos aqueles que querem tirar os
sonhos do papel:
Consciência: antes de começar a escrever os
objetivos tenha consciência do seu estado atual. Em seu livro “O poder
da autorresponsabilidade”, o autor explica, que cada um é responsável
pelos resultados que obtém. Se sua vida está boa, mérito seu. Se ela tá
ruim, mérito seu. Consequentemente, só você pode mudar a sua vida. Isso é
a autorresponsabilidade.
Quando você assume a responsabilidade de seus resultados, não critica
ninguém, não traz a culpa a outra pessoa, isso transforma a vida e
potencializa os resultados.
Entenda a diferença entre sonhos e objetivos: o
sonho é algo que está no campo das ideias. Seja aquela viagem, a casa
dos sonhos etc. Já objetivos podemos dizer que são “sonhos com data para
acontecer”.
Transforme os objetivos em metas neurologicamente
corretas: o especialista explica que estabelecer metas é pensar no
futuro e agir no presente. Para isso recomenda sete princípios para que
as tornem realistas, atingíveis e motivantes. São elas:
Metas devem ser estabelecidas de forma positiva:
diga o que você quer e não o que deseja evitar. Ex. Se quer emagrecer,
estipule a meta do peso que quer chegar, ao invés de apenas falar que
quer perder quilos.
Metas devem ser desafiantes e realistas: precisam ser atingíveis, mas
não muito fáceis. Importante que ela seja desafiante e lembre-se que é
possível mudar a meta sempre que necessário.
Metas devem estar sob o seu controle direto ou indireto. Você deve
praticar a ação e não outra pessoa, assim quando planejar o que fazer
deve sempre começar com a frase “Eu irei”.
Metas devem ser mensuráveis ao longo do tempo: é uma forma de medir o
seu progresso, por isso o primeiro passo é estabelecer uma data
definida ou um prazo para alcançar o que quer.
As metas exigem recursos. É sempre mais motivante saber que você tem
recursos. Para atingir suas metas faça uma lista do que você tem e do
que vai precisar.
Metas devem ser ecológicas. Isso significa avaliar se vale a pena, ou
seja, verifique se essa meta é positiva para você e para pessoas ao seu
redor.
Metas devem ter um plano de ação. É nessa fase em que o indivíduo
divide as metas em ações para realizá-las e as acompanha ao longo do
tempo. O plano de ação funciona como uma ferramenta lógica e cronológica
dentro do contexto dos objetivos.
No caso de metas que o indivíduo considere difíceis demais, a dica é
dividir as metas em etapas. Desta forma, ao término de cada fase ele
consegue identificar que está cada vez mais próximo da realização. Outro
ponto: mais importante do que alcançar o que se deseja é a trajetória
ao longo do caminho, portanto, estabeleça metas que sejam sustentáveis
para você e para os seus valores de vida. Desta forma, as chances de
sucesso são ainda maiores.
Paulo Vieira é autor best-seller, empresário e Master Coach, com mais
de 10.800 horas de sessões individuais de coaching, em mais de 20 anos
de experiência. Também é presidente da Febracis, empresa que dobrou de
tamanho por 10 anos consecutivos e conta com 40 franquias em 3
continentes, criador do Coaching Integral Sistêmico e do Método CIS,
considerado o maior treinamento de inteligência emocional do mundo, que
já treinou mais de 1,5 milhão de pessoas em 83 países. O autor também
possui um canal de Coaching e Inteligência Emocional no YouTube com mais
de 1.3 milhões de inscritos.
No meio empresarial, Paulo é reconhecido como uma autoridade em temas
como Coaching, Liderança, Negociação, Relações Humanas e Gestão eficaz
de pessoas, tendo realizado consultoria em cerca de 500 empresas.
Considerado nos últimos 4 anos o autor Best Seller que mais vende
livros no Brasil, tendo mais de 10 milhões de exemplares vendidos (O
livro Autorresponsabilidade é Top 3 em vendas no país), é também Master
Coach, PhD em Business Administration e Mestre em Coaching pela Florida
Christian University [FCU], além de ser considerado o pai da
Inteligência Emocional no Brasil.
Vantagens Competitivas da Startup Valeon
A pandemia do Covid-19 trouxe
consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários
precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado
como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise.
Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social
da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder
continuar efetuando suas compras.
Em vez de andar pelos comércios, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como
a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de
comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira.
Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
Contudo, para esses novos consumidores digitais ainda não é tão fácil
comprar online. Por esse motivo, eles preferem comprar nos chamados Marketplaces de marcas conhecidas como a Valeon com as quais já possuem uma relação de confiança.
Inovação digital é a palavra de ordem para todos os segmentos. Nesse
caso, não apenas para aumentar as possibilidades de comercialização, mas
também para a segurança de todos — dos varejistas e dos consumidores.
Não há dúvida de que esse é o caminho mais seguro no atual momento. Por
isso, empresas e lojas, em geral, têm apostado nos marketplaces. Neste
caso, um shopping center virtual que reúne as lojas físicas das empresas
em uma única plataforma digital — ou seja, em um grande marketplace
como o da Startup Valeon.
Vantagens competitivas que oferece a Startup Valeon para sua empresa:
1 – Reconhecimento do mercado
O mercado do Vale do Aço reconhece a Startup Valeon como uma empresa
de alto valor, capaz de criar impactos perante o mercado como a dor que o
nosso projeto/serviços resolve pelo poder de execução do nosso time de
técnicos e pelo grande número de audiências de visitantes recebidas.
2 – Plataforma adequada e pronta para divulgar suas empresas
O nosso Marketplace online apresenta características similares ao
desse shopping center. Na visão dos clientes consumidores, alguns
atributos, como variedade de produtos e serviços, segurança e praticidade, são fatores decisivos na escolha da nossa plataforma para efetuar as compras nas lojas desse shopping center do vale do aço.
3 – Baixo investimento mensal
A nossa estrutura comercial da Startup Valeon comporta um baixo
investimento para fazer a divulgação desse shopping e suas empresas com
valores bem inferiores ao que é investido nas propagandas e divulgações
offline.
4 – Atrativos que oferecemos aos visitantes do site e das abas do shopping
Conforme mencionado, o nosso site que é uma Plataforma
Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado
do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma
proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma
atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos
consumidores tem como objetivos:
Fazer Publicidade e Propaganda de várias Categorias de Empresas e Serviços;
Fornecer Informações detalhadas do Shopping Vale do Aço;
Elaboração e formação de coletâneas de informações sobre o Turismo da nossa região;
Publicidade e Propaganda das Empresas das 27 cidades do Vale
do Aço, destacando: Ipatinga, Cel. Fabriciano, Timóteo, Caratinga e
Santana do Paraíso;
Ofertas dos Supermercados de Ipatinga;
Ofertas de Revendedores de Veículos Usados de Ipatinga;
Notícias da região e do mundo;
Play LIst Valeon com músicas de primeira qualidade e Emissoras de Rádio do Brasil e da região;
Publicidade e Propaganda das Empresas e dos seus produtos em cada cidade da região do Vale do Aço;
Fazemos métricas diárias e mensais de cada aba desse shopping vale do aço e destacamos:
Média diária de visitantes das abas do shopping: 400 e no pico 800
Média mensal de visitantes das abas do shopping: 5.000 a 6.000
Finalizando, por criarmos um projeto de divulgação e
propaganda adequado à sua empresa, temos desenvolvido intensa pesquisa
nos vários sites do mundo e do Brasil, procurando fazer o
aperfeiçoamento do nosso site para adequá-lo ao seu melhor nível de
estrutura e designer para agradar aos mais exigentes consumidores. Temos
esforçado para mostrar aos srs. dirigentes das empresas que somos
capazes de contribuir com a divulgação/propaganda de suas lojas em pé de
igualdade com qualquer outro meio de divulgação online e mostramos o
resultado do nosso trabalho até aqui e prometemos que ainda somos
capazes de realizar muito mais.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (WApp)
Lula enfrentará uma oposição mais ativa, organizada e virulenta
em sua terceira passagem pela presidência da República.| Foto: André
Borges/EFE
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não
deverá ter uma gestão tranquila a partir de 1º de janeiro. No Congresso
Nacional e nas ruas, a promessa feita por parlamentares e coordenadores
de movimentos de rua é de uma oposição implacável, programática,
estratégica e organizada.
A presença de manifestantes descontentes com o resultado eleitoral e
os atos em apoio ao atual presidente Jair Bolsonaro que ocorreram nos
últimos anos ilustram o peso da oposição que Lula vai enfrentar. No
Congresso, o cenário é de força dos opositores, que podem chegar a ser
metade na Câmara, de 513 deputados, e também no Senado, composto por 81
senadores.
O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), calcula que a
oposição larga com ao menos 35 senadores. A conta toma por base o número
de votos estimados para a candidatura do senador eleito Rogério Marinho
(PL-RN) à presidência da Casa, que oficializou sua candidatura
recentemente.
VEJA TAMBÉM: Qual é o futuro da Operação Acolhida, que auxilia refugiados venezuelanos no Brasil há 5 anos Governadores eleitos vão levar a Lula “enxurrada” de demandas no início do mandato Como Lula, Exército e governo do DF atuam para desmobilizar os acampamentos em área militar
“Pelas nossas contas, em conversas com outros partidos e
[senadores] avulsos, pois tem muito voto no varejo em todos os partidos,
com exceção dos mais à esquerda, a gente já teria, hoje, cerca de 35
votos. Faltariam seis na nossa conta para vencer a eleição do Senado. E é
um cenário de construção, então, largar assim já é uma boa
expectativa”, diz. Ele é o nome mais cotado para assumir a liderança da
oposição no Senado na próxima legislatura.
Portinho e as bancadas do PL e do governo no Senado estão confiantes
de obter mais seis votos e atingir os 41 necessários para eleger
Marinho, o que já colocaria quase metade da Casa na oposição a Lula.
“Quem é Rodrigo Pacheco [presidente do Senado e candidato à reeleição] é
Lula, quem é Lula é Pacheco. Vamos chegar às eleições com chances,
ainda mais pelo desgaste que o senador vem tendo de fora para dentro, e
as ruas reforçam nosso papel de oposição no Congresso e dão sustentação
principalmente na corrida pela presidência do Senado, que vai ser
fundamental”, analisa.
O cenário de contraposição não é muito diferente na Câmara. O
deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES), vice-líder do governo
Bolsonaro, calcula uma bancada orgânica da oposição que pode chegar a
250 deputados. “Em temas ideológicos, podemos chegar a 300”, avalia.
Um dos mais cotados para assumir a liderança da oposição na Câmara,
Evair destaca, ainda, que o PL possivelmente terá as principais
comissões estratégicas. Caso isso ocorra, Lula poderia ter dificuldades
para tramitar projetos de interesse do governo, bem como a base da
esquerda.
Como as ruas podem engajar o Congresso e o que dizem parlamentares As
ruas prometem ser um importante indutor de oposição institucional e
social a Lula. Mesmo de forma orgânica, sem a coordenação dos
movimentos, milhares de pessoas ocuparam estradas, praças e até os
quartéis militares em protestos contra o resultado eleitoral, diz o
deputado estadual eleito Tomé Abduch (Republicanos-SP), fundador e
coordenador do Nas Ruas.
O atual cenário sugere uma grande possibilidade de as ruas serem
ocupadas por protestos ao longo dos próximos anos contra Lula e
propostas defendidas pelo governo. “A partir do momento em que as
lideranças tiverem pautas claras e definidas e ajudar a direcionar a
população para os anseios dela, será muito difícil segurar a nação. Vão
ter que respeitar a vontade da população e eles [governo eleito] que não
pensem que farão o que querem com o país”, diz Abduch.
O empresário Paulo Generoso, criador e coadministrador da página da
internet República de Curitiba, reforça a análise e sustenta que, hoje,
ninguém consegue mobilizar tantas pessoas de forma tão rápida quanto os
movimentos de rua. “Pode ter certeza que Lula vai ter, sim, uma oposição
forte e ferrenha tanto por parte de nossa bancada no Congresso quanto
do povo na rua. Continuaremos juntos, apoiando os nossos deputados e
senadores, e lutando contra todas as pautas que não sejam do interesse
do país e que não representem o nosso povo de direita conservador”,
afirma.
O senador Carlos Portinho destaca que os governos do PT nunca
governaram com a ameaça que a oposição das ruas oferecerá pelos próximos
quatro anos. “Há uma mobilização muito orgânica, assim como aconteceu
desde 2013 e que culminou com o impeachment da [ex-presidente] Dilma
[Rousseff]. Não é uma mobilização capturada por políticos, é algo que
nasce da própria população”, diz.
O deputado federal Sanderson (PL-RS), vice-líder do governo na
Câmara, endossa que o atual cenário é diferente em relação ao primeiro
mandato de Lula e avalia que as ruas estão muito mais capacitadas para
não apenas reforçar a oposição política no Congresso, como também
mantê-la permanentemente engajada.
“Aquele cenário de 2002, sem redes sociais, não existe mais. Hoje,
com a população acompanhando tudo, em um minuto, qualquer tipo de fala e
movimentação gera cobrança. Aquela movimentação de deputados indo para
cá e lá, e vez ou outra votando com Lula, isso não acontece mais. Pois
se um deputado da nossa base [da direita] votar ou incorporar um do
governo do PT, ele não sai mais na rua, isso é uma realidade”, destaca
Sanderson.
Que pautas poderiam gerar pressão contra Lula e levar as pessoas às ruas Após
quase 10 anos desde as manifestações das chamadas “Jornadas de Junho”,
coordenadores de movimentos de rua destacam que, hoje, os movimentos de
rua estão mais organizados e que isso pode ser um diferencial para a
mobilização da oposição contra Lula.
“Temos gente, experiência e dinheiro para fazer qualquer manifestação
no Brasil, sem dúvida nenhuma”, destaca Paulo Generoso. “As ruas estão
preparadas para colocar milhares de pessoas a qualquer momento, sempre
que for necessário, e colocamos muito rápido”, acrescenta.
Tomé Abduch concorda e entende que a direita criou maturidade e está
organizada “como nunca esteve” antes. “A direita compreende com clareza
que a força e o clamor popular tira um presidente do poder, inclusive
como já foi feito há pouco tempo atrás com a ex-presidente Dilma
[Rousseff], e acho que é o momento da classe política compreender isso.
Eles vão ter que andar dentro de um caminho que agrade o clamor da
população”, avalia.
A organização dos movimentos de rua pode ser fundamental para
mobilizar a população contra pautas como a revogação da reforma
trabalhista, a volta do imposto sindical, a legalização do aborto,
avalia Generoso. “Não tenho dúvidas que todas essas pautas seriam
fatores imediatos que incendiariam as ruas. A partir do momento que
mexerem com nossos valores e princípios podem ter certeza que vamos
incendiar as ruas”, comenta.
Possíveis escândalos de corrupção e até manifestações por impeachment
de Lula seriam outras pautas com potencial para levar a população às
ruas, avalia Abduch. “O mesmo vale para outras pautas como votações que
vão acontecer no Senado, a qual a pressão popular se faz necessária. Com
pautas de votação claras e definidas, fica muito mais claro para que os
grupos que organizam as manifestações tenham a facilidade e a clareza
para mobilizar a nação sem que possa haver uma inversão de valores como
ocorre agora”, diz.
Outra pauta que poderia gerar mobilização nas ruas e no Congresso é a
regulamentação da mídia, algo classificado como “impensável” por Carlos
Portinho. “Revogação da reforma trabalhista ou uma reforma tributária
com aumento de tributo para sanar o buraco fiscal gerado pela PEC seriam
inaceitáveis. Naquilo que nos distingue, é lógico que seremos oposição,
mas construtiva”, destaca.
O senador defende uma oposição com “conteúdo e lógica”. “Todos os
projetos que sirvam para o bem do desenvolvimento do país e para
investimentos sociais serão apoiados, desde que tenham responsabilidade
fiscal”, destaca. Portinho atuou contra a PEC fura-teto para reduzir a
margem fora do teto, por exemplo.
“A nossa convergência era o Auxílio Brasil, ninguém votou contra,
tanto que votamos favoráveis às emendas que reduziam o rombo para R$ 100
bilhões com lógica fiscal, não sendo oposição por oposição. O valor que
foi aprovado vai causar inflação e aumento de juros, e isso vai corroer
justamente o valor de compra para 2023”, justifica.
Analista faz ressalvas sobre oposição e alerta sobre vácuo da direita A
BMJ Consultores Associados calcula que a oposição a Lula pode chegar a
233 deputados e 37 senadores. Coordenador de análise política e
sustentabilidade da consultoria, o cientista político Lucas Fernandes
entende, contudo, que os tamanhos das bancadas na Câmara e no Senado são
um “teto”.
A depender de acordos firmados entre Lula e partidos de centro, o
tamanho da oposição pode ser menor. “Na hora de distribuir para qual
partido vai cada ministério e, a expectativa é que tenhamos uma base de
oposição menor. É difícil imaginar o Lula tendo um crescimento da
oposição muito maior do que a gente já tem aí”, diz.
O analista político ressalva, porém, que um novo escândalo de
corrupção envolvendo o governo eleito poderia afetar o relacionamento
com outros partidos do centro. “Tradicionalmente, temos período de lua
de mel entre um novo presidente e o Congresso, então, a oposição deve
diminuir um pouco”, reforça.
O coordenador de análise política da BMJ reconhece, no entanto, que o
Congresso têm mais poder atualmente do que em 2002. O protagonismo do
Parlamento pode, portanto, impor desafios ao governo eleito e fortalecer
uma oposição a Lula. “Antes, havia uma capacidade maior do Executivo
controlar o Orçamento. Agora, temos um Centrão com incentivos e
instrumentos para se comportar como oposição, o custo de negociação é
muito alto”, diz. “E isso faz com que a estratégia tenda a ser
diferente”, complementa.
Fernandes admite que as possibilidades do Centrão se comportar como
oposição podem ser alimentadas pelas ruas. “Lula não é o presidente
super popular que a gente tinha no segundo mandato, então, isso vai ser
um complicador e ele vai precisar ceder muito”, comenta. Para o
analista, o governo eleito terá dificuldades em aprovar propostas de
emenda à Constituição, como a PEC fura-teto e uma reforma tributária.
Fernandes tira como paralelo o fato de que a Câmara aprovou em agosto
de 2019 a reforma da Previdência e que Bolsonaro teve o apoio das ruas
para isso, e entende que Lula não terá a mesma boa-vontade. “Ninguém vai
para a rua defender reforma tributária, é muito complexo, não vai
diminuir os impostos, só vai unificar e nacionalizar, e há setores que
podem sair perdendo. É uma discussão complexa, não está pacificada como a
da previdenciária e é uma reforma completamente diferente em um cenário
de adversidade”, diz.
O analista alerta, porém, que existe um vácuo político deixado por
Bolsonaro na direita conservadora e que isso pode ser um fator de
complicação para a oposição no Congresso. “A gente vê o PL querendo
cassar o mandato do Moro, já vemos vários problemas na oposição. Esse
número de quase 50% da população que não aderiu à campanha do Lula pode
ficar rachada e diminuir a capacidade de oposição atuante de levar muita
gente à rua”, comenta.
Para Fernandes, só o antagonismo a Lula pode ser insuficiente para
organizar todo o movimento opositor. “Vai ser preciso uma definição
melhor de uma oposição mais carismática, Bolsonaro não ocupou ainda o
vácuo. Já deu para abaixar a poeira e assimila o resultado, e existe um
papel [de oposição] que precisa ser ocupado, pois não existe vácuo,
ninguém vai esperar assimilar o resultado, isso é importante. Se não
tivermos liderança única ou carismática, o Lula ganha com isso, pois
terá uma oposição mais fraca na rua”, destaca.
Nicolás Maduro, ditador da Venezuela.| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez
Diante de uma eleição presidencial claramente fraudulenta e
ilegítima como a de 2018, em que Nicolás Maduro saiu-se “vencedor”, a
Assembleia Nacional venezuelana acertou ao seguir o caminho previsto
pela Constituição bolivariana, fazendo do então presidente do
Legislativo, Juan Guaidó, o presidente interino do país, em um movimento
rapidamente reconhecido por boa parte das democracias ocidentais e
instituições importantes como a Organização dos Estados Americanos
(OEA). A principal função do interino, no entanto, jamais teve como ser
levada a cabo: a realização de novas eleições, como manda o artigo 233
da Constituição venezuelana, jamais ocorreu, até porque Maduro ainda é o
governante de fato, embora não de direito.
Tendo bloqueado todas as chances de um desfecho que permita o retorno
da democracia à Venezuela, o ditador está perto de conquistar uma
“vitória pelo cansaço”: a Assembleia Nacional legítima – aquela eleita
em 2015, não a “eleita” em outra farsa eleitoral em dezembro de 2020 –
está prestes a extinguir a figura da presidência interina. A medida já
foi aprovada em primeira votação e o segundo turno deve ocorrer nesta
quinta-feira. “Os objetivos de liberalização [política e de direitos
humanos] esperados não foram alcançados e o país exige novos caminhos
que nos levem à democracia”, afirmaram representantes de partidos
contrários ao bolivarianismo antes que a extinção do cargo de presidente
interino fosse levada a votação.
Juan Guaidó não conseguiu se impor internamente e foi abandonado por antigos aliados externos
Por mais que tenha acertado ao se declarar presidente interino,
Guaidó não conseguiu atrair para seu lado forças internas e externas que
o ajudassem a prevalecer sobre Maduro e finalmente encerrar a ditadura
bolivariana. A cúpula das Forças Armadas venezuelanas segue totalmente
leal ao bolivariano, comprada com cargos importantes em estatais como a
PDVSA, confirmando a famosa frase atribuída a John Rockefeller segundo a
qual uma empresa de petróleo mal administrada ainda é o segundo melhor
negócio do mundo (perdendo apenas para uma empresa de petróleo bem
administrada). Esses militares podem até não estar completamente
alinhados ideologicamente ao chavismo, mas não estão dispostos a abrir
mão de petrodólares certos para bancar a volta da democracia ao país.
No front externo, Guaidó conseguiu de imediato o apoio de
pesos-pesados como Estados Unidos, União Europeia, Canadá, o Grupo de
Lima (que inclui o Brasil) e a OEA. No entanto, desde o início da
disputa Maduro contou com aliados, seja de outras autocracias, como
Turquia, Rússia e Irã, seja de camaradas ideológicos em países não
ditatoriais governados pela esquerda, como no México. E este apoio vem
crescendo nos últimos meses: na América Latina, governos neutros ou
simpáticos a Guaidó deram lugar a aliados de Maduro no Chile, no Peru,
na Argentina, na Colômbia e, agora, no Brasil. Na Europa, a desastrada
decisão da UE de retirar o reconhecimento de Guaidó (sem, no entanto,
reconhecer Maduro) após a Assembleia Nacional decidir pela prorrogação
dos próprios mandados para evitar um vácuo de poder abriu caminho para
que nações como Portugal e Espanha (governados pela esquerda)
estabelecessem relações com representantes diplomáticos do ditador. Já
os Estados Unidos seguiram apoiando Guaidó mesmo depois que Donald Trump
foi substituído por Joe Biden.
VEJA TAMBÉM: O Brasil prestes a abraçar ditadores mais uma vez (editorial de 21 de novembro de 2022) A ditadura inviabiliza o referendo contra Maduro (editorial de 24 de janeiro de 2022) Na Venezuela, um Legislativo falso e usurpador (editorial de 8 de janeiro de 2021)
Assim, um Guaidó que não conseguiu se impor internamente e que
foi abandonado por antigos aliados externos deve desistir de sua
reivindicação à presidência da república. É possível que este movimento
das forças democráticas remova um obstáculo para que Maduro aceite a
realização de eleições livres e limpas em 2024, de forma que a Venezuela
volte a ter um governo legítimo? A resposta dependerá muito da pressão
internacional sobre o ditador. Maduro entra e sai de rodadas de
negociação quando bem entende, usando todo tipo de pretexto – o Vaticano
chegou a supervisionar algumas conversas, mas o papa Francisco se
cansou das artimanhas do bolivariano e, em carta endereçada ao “sr.
Maduro” em 2019, negou um novo pedido de mediação alegando que, nas
ocasiões anteriores, não houve “gestos concretos para implementar os
acordos” da parte do ditador. Esta “vitória pelo cansaço” e o crescente
número de países que reconhecem Maduro fortalecem a posição do
socialista, e nessas condições é cada vez mais improvável que ele faça
concessões. Pior para o povo venezuelano, condenado a viver sob uma
ditadura que só promove fome, miséria e violência.
Desfile de tropas do Exército no 7 de setembro.| Foto: Exército/divulgação
“[Os
militares] pensam que são superiores… Eu não tenho conversa com os
militares… Quando eu ganhar, eu vou conversar porque, aí, eu vou ser
chefe deles e vou dizer o que eu penso e qual é o papel deles.” (Luiz
Inácio Lula da Silva, entrevista coletiva em 16 de agosto de 2021)
Em 11 de fevereiro de 2014, uma terça-feira, houve no Rio de Janeiro
uma sessão da assim chamada Comissão Nacional da Verdade, o tribunal
revanchista montado pelo PT para humilhar e subjugar os últimos
representantes vivos do regime militar brasileiro. Com a presença da
então ministra dos Direitos Humanos, a comunista Maria do Rosário, a
sessão contou com a participação de um coral cantando a Internacional
Socialista. No trecho final do célebre hino revolucionário, os cantores
ergueram os punhos cerrados, sendo acompanhados pelos militantes na
plateia, que, comandados pelo maestro, também gritaram “Pátria livre!” e
“Venceremos!”
Coisa de dois anos antes, em 29 de março de 2012, oficiais da
reserva, muitos deles octogenários, haviam sido acuados, ofendidos e
agredidos com cusparadas na saída do Clube Militar do Rio de Janeiro por
militantes de um movimento chamado Levante Popular da Juventude. Os
agredidos participavam de um evento em celebração ao 31 de março de
1964, no qual fizeram muitas críticas à instituição da Comissão da
Verdade. Por uma estranha coincidência, o petista Tarso Genro,
ex-ministro da Justiça de Lula e então governador do Rio Grande do Sul,
passava pelo local no instante da confusão e, ao ser perguntado sobre o
ocorrido, chancelou as agressões dizendo que o evento dos militares fora
uma “provocação”. Na época, o jornalista Reinaldo Azevedo – que ainda
não tinha, como hoje, aderido tão sabujamente ao petralhismo midiático –
informou que Genro era um velho amigo do tal “Levante”.
O projeto de poder lulopetista exige oficiais predispostos a agir
como força auxiliar da ditadura e reprimir toda oposição, aos moldes do
que Hugo Chávez e Nicolás Maduro fizeram com as forças armadas na
Venezuela
Desde que o partido chegou à chefia do Executivo pela primeira vez,
em 2003, a vingança tem sido a grande pulsão lulopetista para com as
Forças Armadas brasileiras, as quais, na visão dos ex-guerrilheiros dos
anos 1960, devem ser inteiramente enquadradas – e transformadas em
polícia política, como na Venezuela – ou sucateadas. Essa disposição
ficou muito clara, por exemplo, por ocasião do impeachment de Dilma
Rousseff, que motivou o partido a uma autocrítica de suas estratégias de
manutenção do poder. Assim, para quem não lembra, o partido lançou em
maio de 2016 um documento intitulado “Resolução sobre Conjuntura”, onde
fazia o diagnóstico de sua derrota política e um prognóstico para a
retomada do poder, sem o cometimento dos mesmos erros.
“O avanço do movimento golpista, no entanto, somente poderá ser
corretamente entendido se avaliarmos, de forma autocrítica, os erros
cometidos por nosso partido e nossos governos” – dizia o documento,
apontando como um erro principal a estratégia de composição
“pluriclassista”, que teria levado o partido a abdicar demais, em favor
de acordos e alianças, de sua agenda socialista e revolucionária. “Logo
ao assumirmos, relegamos tarefas fundamentais como a reforma política, a
reforma tributária progressiva e a democratização dos meios de
comunicação” – dizia ainda o documento, enfatizando a necessidade de
“democratizar” (leia-se, aparelhar integralmente) o Estado e remover “os
entulhos autoritários herdados da transição conservadora pós-ditadura”.
O objetivo era declarado em termos abertamente gramscianos: construir
uma “hegemonia dos trabalhadores no Estado e na sociedade”, devendo para
isso concentrar “todos os fatores na construção de uma força política,
social e cultural capaz de dirigir e transformar o país”.
Para a construção dessa hegemonia sobre o Estado e a sociedade, o
partido admite ter errado em não aparelhar o bastante as forças de
segurança, notadamente a Polícia Federal, o Ministério Público e as
Forças Armadas. “Fomos igualmente descuidados com a necessidade de
reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas
estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal;
modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com
compromisso democrático e nacionalista”. Por “oficiais com compromisso
democrático e nacionalista”, leia-se, obviamente, oficiais comprometidos
com o projeto de poder lulopetista, predispostos a agir como força
auxiliar da ditadura e reprimir toda oposição, aos moldes do que Hugo
Chávez e Nicolás Maduro fizeram com as forças armadas na Venezuela.
VEJA TAMBÉM: O plano de governo do PT A esquerda e o vitimismo estratégico Arquipélago Brasil
Desde a derrota política de 2016, o partido tem se dedicado a
promover essa corrupção institucional em seu favor. Tendo conseguido,
via aliança estratégica com um STF ideologicamente afim, aparelhar
satisfatoriamente boa parte da Polícia Federal – que passou
reiteradamente a cumprir ordens inconstitucionais e aberrantes, servindo
de instrumento de perseguição política contra apoiadores de Jair
Bolsonaro –, o lulopetismo seguiu avançando em sua missão de
desmoralizar e subjugar as Forças Armadas. Em dezembro de 2021, por
exemplo, o PT realizou o seu Encontro Nacional de Direitos Humanos, ao
fim do qual emitiu uma resolução que, na ausência deste, substituiu o
plano de governo omitido do público durante o pleito de 2022 (ver, a
respeito, a minha coluna de 19 de outubro). Alvo de muitas críticas
assim que repercutida, a resolução foi apagada do site do partido,
embora ainda possa ser encontrada na internet.
O documento era bastante explícito em apontar os obstáculos ao
exercício daquilo que o partido chama de “democracia e dos direitos
humanos no Brasil”. Dentre esses obstáculos, destacam-se as Forças
Armadas e as polícias militares, ambas encaradas como um inimigo a ser
vencido (ou aliciado). “No que se refere às Forças Armadas, sabemos bem
que o governo Bolsonaro defende forças armadas que sejam tutoras do
poder civil, antagonistas da democracia e dos Direitos Humanos e
subordinadas ao Comando Sul dos Estados Unidos”, lia-se na resolução,
que não economizava ataques à honra da instituição.
O documento prosseguia nos seguintes termos: “A atual cúpula das
forças armadas é cúmplice desta conduta do governo Bolsonaro. Não há
como separar as FFAA da catástrofe que é o governo Bolsonaro.
Transformaram-se em peça fundamental desde o apoio ao golpe contra a
presidente Dilma, à prisão do Lula e construção da candidatura do atual
governante. Mais do que participar do governo, avalizam e conduzem as
diretrizes políticas e orientações governamentais, aceitam o programa
neoliberal de ajuste fiscal, que envolve a eliminação de direitos e
privatizações, a supremacia do capital financeiro e submissão à
hegemonia americana. As FFAA são uma força importante de governo
Bolsonaro, ocupando cargos, exercendo funções chaves e definindo
orientações. Os compromissos são mais profundos do que aparentam, os
vínculos nasceram na campanha, na montagem do atual governo e na
viabilização de suas políticas”. Para resolver o problema, o texto
defendia mudanças estruturais na instituição, muitas das quais a serem
realizadas via convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para a
elaboração de uma nova Constituição.
A população do país, por ora, ainda vê as Forças Armadas como a mais
crível e respeitada das instituições nacionais. Resta saber se essa
credibilidade e esse respeito seguirão intactos
Depois de “eleito” (ou, antes, proclamado pelos companheiros do TSE),
o descondenado e seus companheiros intensificaram a campanha de
desprestígio contra os militares. Em artigo publicado no site da
Fundação Perseu Abramo, aparelho teórico lulopetista, dois intelectuais
orgânicos do partido sugerem, por exemplo, alterar o artigo 142 da
Constituição e limitar o poder das Forças Armadas à defesa externa. A
equipe de transição promete também retirar do Exército a
responsabilidade pela concessão de registro e pela autorização para
aquisição de armas para os caçadores, atiradores e colecionadores
(CACs), transferindo-a para a Polícia Federal, instituição já em estado
muito mais avançado de aparelhamento. Desconfiado dos militares,
ademais, o descondenado optou por contar com segurança da PF. Essa e
outras medidas levaram um militante de redação lulopetista a falar
abertamente em “disparos” de Lula contra as Forças Armadas.
O projeto lulopetista de venezuelização das Forças Armadas é,
portanto, muito claro. Obviamente, os militares brasileiros tendem a
rechaçar essa possibilidade, afirmando reiteradamente a sua vigilância e
fidelidade à pátria e ao povo que juraram defender. Em outros tempos,
jamais essa vigilância e essa fidelidade foram postas em dúvida pela
maioria da população do país, que, por ora, ainda vê as Forças Armadas
como a mais crível e respeitada das instituições nacionais. Resta saber
se, com a inauguração oficial da ditadura socialista no país, que deverá
pôr imediatamente em prática os planos declarados de repressão contra
os opositores nas ruas, nas redações e nas redes sociais, essa
credibilidade e esse respeito seguirão intactos. Tendo em vista a
relativa indiferença com que, mesmo em face das ameaças recorrentes dos
tirânicos “vitoriosos”, alguns comandantes têm reagido ao clamor
angustiado dos manifestantes em frente aos QGs, a sociedade já não
parece assim tão confiante. E hoje, ao ouvir a bela canção Fibra de
Herói, que sempre lhe infundiu um sentimento de esperança e proteção,
teme pela primeira vez estar diante do mais triste réquiem para o
Brasil…
“Se a Pátria querida For envolvida pelo inimigo Na paz ou na guerra Defende a terra contra o perigo Com ânimo forte, se for preciso Enfrenta a morte Afronta se lava com fibra de herói De gente brava Bandeira do Brasil Ninguém te manchará Teu povo varonil Isso não consentirá Bandeira idolatrada Altiva a tremular Onde a liberdade é mais uma estrela a brilhar”
depois da posse Por Jorge de Sousa, especial para a Gazeta do Povo
Presidente eleito Lula prometeu ainda na campanha que receberia
todos os governadores para decidir as obras e projetos prioritários de
cada estado| Foto: Sidat Suna/EFE
Os 27 governadores que tomam
posse no próximo domingo (1º) pretendem procurar o futuro presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já nas primeiras semanas de mandato para
apresentar demandas de seus estados. E isso deve ocorrer mesmo com
aqueles que não apoiaram o petista na campanha presidencial.
A expectativa é que sejam recebidos de braços abertos. Lula disse
durante a campanha que um dos seus primeiros atos como presidente eleito
seria reunir todos os governadores em Brasília para saber quais são as
obras e projetos prioritárias de cada estado.
Grande parte dos pedidos tende a ocorrer porque os estados perderam
receitas com a redução do ICMS dos combustíveis e da energia elétrica,
realizada neste ano pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles
precisam, portanto, de dinheiro ou de apoio do governo federal para
tocar projetos de seu interesse.
Outras demandas envolvem medidas que Lula pretende levar adiante e
que interrompem programas e projetos que são de interesse dos
governadores eleitos, como privatizações ou mudanças em modelos de
concessão.
O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Feitas (Republicanos),
por exemplo, pretende insistir com Lula para manter o leilão de
concessão à iniciativa privada do Porto de Santos, que é federal. O
futuro ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse que as
instalações portuárias de Santos não serão mais privatizadas.
Já o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que
assim como Tarcísio apoiou Bolsonaro na eleição, vem defendendo como uma
das principais pautas de diálogo com o novo governo a adesão do estado
ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). “O RRF vai permitir que Minas
possa ter uma solução para a crise fiscal, avançando ainda mais na
melhoria dos serviços prestados aos mineiros”, disse Zema.
“A conclusão da repactuação do acordo de reparação de Mariana, nos
moldes do acordo de Brumadinho, também é urgente, porque os atingidos já
estão esperando há sete anos para ter uma reparação efetiva”,
acrescentou o governador mineiro, em referência aos desastres ambientais
provocados pelo rompimento de barragens de mineração.
Zema ainda diz que irá pleitear recursos federais para a ampliação do
metrô de Belo Horizonte e a concessão à iniciativa privada da BR-381
entre Belo Horizonte e Governador Valadares. Segundo o governador, é uma
“rodovias mais perigosas do país”.
Outro apoiador de Bolsonaro nas eleições foi o governador reeleito do
Paraná, Ratinho Junior (PSD). Uma das principais pautas que ele
pretende levar a a Lula é a manutenção das concessões de rodovias no
estado em modelo similar ao articulado com o Ministério da
Infraestrutura no governo Bolsonaro. “Estamos abertos para buscar a
melhor solução. Se o governo federal, o novo governo que vai assumir a
partir de janeiro, tiver a mesma disposição, estamos abertos para poder
achar uma solução que seja um preço justo ao paranaense, mas, acima de
tudo, que tenha obras para a população”, disse Ratinho, que não concorda
que se faça apenas um pedágio de manutenção.
Já o governador reeleito do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil),
defendeu em entrevista à revista Veja que irá “agir de forma pragmática”
em prol de temas de interesse do estado como a Zona Franca de Manaus,
as questões ambientais e a política de fronteiras com a Colômbia,
Venezuela e Peru.
VEJA TAMBÉM: Aliados de Bolsonaro recorrem ao pragmatismo para lidar com governo Lula Como Lula, Exército e governo do DF atuam para desmobilizar os acampamentos em área militar STF deixa casos que causariam tensão com Bolsonaro para depois que ele sair do governo
O que querem os que ficaram neutros na eleição Os governadores
tucanos Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Raquel Lyra (Pernambuco)
declararam neutralidade na corrida presidencial, mas também vão
apresentar demandas a Lula no início de janeiro. Leite declarou em
entrevista ao jornal Valor Econômico que a compensação do ICMS aos
estados precisa ser rediscutida com Lula. “O que a gente observou
durante a gestão de Bolsonaro foi uma tentativa constante de terceirizar
responsabilidades, de empurrar a conta para os estados. Nossa
expectativa é que o novo governo possa ir em outra direção, de diálogo
para construir soluções”.
Já Raquel Lyra deseja tratar de pautas regionais como a obtenção de
recursos federais para investimentos no metrô de Recife, a ferrovia
Transnordestina e a melhoria na estrutura para distribuição de água em
regiões como o Agreste pernambucano.
Governadores aliados já sabem o que vão pedir
Dentre os governadores que estiveram na base de apoio a Lula, Helder
Barbalho (MDB), do Prá, ganhou papel de destaque pela presença ao lado
do presidente eleito na COP 27 (27ª Conferência do Clima da Organização
das Nações Unidas) e por integrar a equipe de transição na área de
desenvolvimento regional.
Barbalho aponta que o Pará e os demais estados com áreas da Floresta
Amazônica precisam trabalhar junto do governo federal pelo
desenvolvimento sustentável na região. “Mas que isso passe por uma
construção em que se tenha o tripé da fiscalização, do monitoramento e
do controle; do pilar da regulamentação fundiária e ambiental; e o pilar
econômico; que perpassa pela monetização da floresta em pé, perpassa
pela reafirmação das vocações dos estados devam ser atrelados à
sustentabilidade”, disse.
Os governadores petistas Jerônimo Rodrigues (Bahia) e Elmano de
Freitas (Ceará) devem levar pautas regionais de infraestrutura para a
apreciação e destinação de recursos do governo federal. Na Bahia, são
apontadas como prioritárias a ferrovia Oeste-Leste e o Porto Sul, o
estaleiro de Maragogipe, a ponte Salvador-Itaparica, o Canal do Sertão e
a duplicação de rodovias federais que cortam o estado. Já no Ceará as
maiores demandas devem ser a Estrada do Algodão, o Açude Lontras, a
conclusão do Cinturão das Águas e o desenvolvimento de projetos voltados
para o setor de energia solar.
O presidente da República, Jair Bolsonaro.| Foto: Isac Nóbrega/PR
O presidente Jair Bolsonaro está sendo indiciado pela Polícia Federal
por incitação ao crime e provocar alarme. É que ele falou da vacina e
da máscara. Provocar alarme é contravenção penal, e incitação ao crime
dá de três a seis meses de prisão. Então, era previsível que tentariam
arrumar alguma coisa contra Bolsonaro. Enquanto isso, não sei por que
não enquadraram todos os que mostravam cova aberta esperando mortos,
caixões comprados para botar gente dentro, pondo pânico para ficarmos
trancados em casa, não ir trabalhar, para prejudicar o governo e o país.
Já quanto aquilo que Bolsonaro diz, vocês devem estar vendo, nas redes
sociais, a confirmação pela ciência. Vejam, por exemplo, o que está
acontecendo na Flórida, onde a Suprema Corte está examinando as
políticas sobre vacinas, máscaras e suas consequências.
Quem é que tem “discurso de ódio”? Essa mesma falta de critério
vale para o tal “discurso de ódio”. Vocês devem ter visto o humorista
que, em um programa de televisão, desejou a morte de Luciano Hang. Aí,
em Vitória da Conquista (BA), na manhã de quarta-feira, um incêndio
enorme destruiu a terceira maior loja da Havan. Sei lá o que pode ter
sido.
VEJA TAMBÉM: O maior poder Prepare-se que alguém terá de bancar o teto de gastos furado Não basta derrotar Bolsonaro; PT quer vê-lo preso
Enquanto isso, a história de “discurso de ódio” cai por terra
quando se vê Bolsonaro em atitude amistosa com o novo governo. Para
facilitar a vida do futuro presidente, já exonerou os três chefes
militares do seu governo e nomeou os três do futuro governo. O novo
comandante do Exército já vai tomar posse nesta sexta-feira: é o general
Júlio Cesar de Arruda, um cuiabano que já foi comandante militar do
Leste, comandante da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), das
Operações Especiais em Goiânia, e era chefe do Departamento de
Engenharia e Construção do Exército. O novo comandante da Aeronáutica, o
tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno, já tem posse confirmada para a
próxima segunda-feira. Na Marinha o escolhido não foi o mais antigo, e
sim o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen. Vemos aí a boa vontade
do governo, ao contrário do que vinham falando.
Segurança reforçada para a posse de Lula Há muita preocupação
depois da prisão de George Washington de Souza, que teria uma bomba no
caminhão e estava com o apartamento cheio de armas e munição. Ele disse
ter frequentado o acampamento dos manifestantes lá na frente do QG do
Exército, e agora querem tirar o acampamento. A segurança para a posse
de Lula será muito maior do que se imaginava: mil agentes da Polícia
Federal e todo o contingente da PM de Brasília. Alexandre de Moraes
cancelou porte e transporte de armas em todo o Distrito Federal até
segunda-feira. Talvez até alterem a programação popular das festividades
da posse.
PT segue disposto a colocar as mãos em tudo que puder O presidente
Lula continua correndo atrás de ministros para atrair votos de partidos
que não estavam no leque de apoio à candidatura dele. Diferentemente do
governo Bolsonaro, que foi atrás de técnicos, de revelações e de
talentos, sem ficar devendo para legenda política nem entregar
ministério ou estatal para partido. Agora, por exemplo, a Petrobras está
de volta nas mãos do PT.
Lula aposta num governo do PT, que se inicia sob severas limitações
Publicidade
Por William Waack
Não é uma frente ampla o que Lula montou para governar. É um governo
do PT que já começa limitado por duas severas restrições, ambas de amplo
alcance.
A primeira é de natureza fiscal e tem como causa principal o
horizonte político muito restrito do próprio Lula. Ele se esforçou por
conseguir uma licença para gastar – seu único foco inicial – e a obteve a
custo altíssimo: o Centrão enfiou na PEC de fim de ano enorme pressão
pela subida de gastos públicos.
O preço disso, nas contas de Marcos Lisboa e Marcos Mendes, é
consumir de saída a “gordura” (que nunca existiu) para investir e
antecipar o dilema entre juros altos ou carga tributária mais elevada.
Suspeita-se que teremos os dois.
A segunda limitação está na clara intenção de Lula de enfiar goela
abaixo do mundo político um “ferrolho” composto pela velha-guarda
petista. As figuras simbólicas de Geraldo Alckmin, Simone Tebet e Marina
Silva não dispõem das forças necessárias (bancada, máquina partidária,
peso político individual) para se contrapor, caso pretendam, ao núcleo
duro petista.
É bastante evidente que Lula ofereceu a grupos políticos diversos a
oportunidade de participação num governo cujo número de ministérios já
sugere grande dispersão de esforços (e enorme dificuldade de
coordenação), mas até aqui não parece tê-los incluído na formulação das
grandes diretrizes. Se é que se pode falar disso no momento.
Hábil na arte da acomodação tática, Lula não dá sinais por enquanto
de entender uma frente ampla como agenda abrangente que garanta num
horizonte expandido condições de governabilidade melhores do que
compromissos de cargos e influências no atual amplo ajuntamento de
grupos políticos. A presença no desenho ministerial de posições
antagônicas sugere que tudo convergirá para o arbítrio “ad hoc” do líder
– ou paralisia decisória.
Exemplo disso é o relatório da assembleia de transição. Ela produziu
diagnósticos de situações específicas acompanhadas de sugestões
setoriais comparáveis a uma “shopping list”, mas longe de comporem um
plano consistente de ação ordenado segundo uma “visão” (compartilhada ou
não por uma frente ampla de correntes políticas).
As ações de Lula até aqui sugerem que ele superestima suas próprias
habilidades e a “fortuna” (na definição de Maquiavel). É comum agentes
políticos acreditarem que alcançaram algo apenas por si próprios,
ignorando circunstâncias que pouco controlam.
É onde Lula parece estar no momento. Não parece reconhecer a
correlação de forças diferente daquela de 20 anos atrás. Nem a natureza e
amplitude da oposição social que enfrenta.
obrtitlo Se o Brasil cobrasse impsto sobre meus txtos
Por Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo
| Foto:
A fim de escrevr este texto, fui dar uma olhda nas
notícias sobre a refrma tribtária de Paulo Guedes. Meu Dus, como vocês
agentam isso? É alíqota por todos os lados. Um ocean de alíqotas, cada
qual com sua justificativa imoral tentand se passar por virtuosa, por
expresão de um sentmento altruísta – renda mínma, emprego plen, lagostas
para o STF, chuv de hambúrgueres, sei lá.
E olha qe eu dveria ser até grato pela sanha tribtária brasleira.
Afinal, filho e irmão de renmados contadores qe sou, durante um bom
tempo tive casa, comid e roupa lavada indiretamente bancadas pelo
mitológic contribuinte qe, coitado, não satisfeito em entregar parte do
seu sforço ao governo parasitário, ainda precisa pagar um profissional
para calcular qanto deve ao sr. Erário da Silva.
Aliás, numa época de vacas macérrimas tentei trablhar com
contbilidade. Só não digo qe foram os dias mais infelizes da minha vida
prque não sou dado a eses exageros retóricos. Eu passav os dias diante
do comptador, digitando o frut da riqeza de médicos, dentistas e
advogados, só para vê-lo subtraído a cada campo do formlário. Ao fim do
dia, me sentia esgtado e sujo. Afinal, e apesar do trabalho
honestíssimo, eu sentia qe havia contribuído um poquinho para a
deteroração do mundo ao meu redor.
Qando falo essas cosas e, na mesa do bar, me levanto de punho em
riste para bradar à plteia entediada qe impostos me causam náusea,
geralmnte sou repreenddo por pessoas de esprito muito mais elevado do qe
o meu, qe justificam o assalto institucionalizdo como uma espécie de
“bom-samaritanismo obrigatório”. Diante do qe geralmente reajo engolindo
em seco o Rothbard na pont da língua. Acreditar qe meu dinero vai ser
usado para o “bem” é uma mistura de fé e parafilia incompreensíveis para
mim.
Imposto Sobre Texto Contra Imposto (ISTECI) E se você chegou até
aqui confuso, estranhando a falta de algumas letras, calma. O revisor
ainda não está louco. É que este texto passou por uma pesada tributação
de 32,5%* – o equivalente à carga tributária brasileira. Para passar a
impressão de estar fazendo o bem, os criadores do Imposto Sobre Texto
Contra Imposto (ISTECI, para os íntimos), cuja fartura e bonança são
pagas com… impostos, inventaram uma série de alíquotas menores, com
nomes inspirados por uma espécie de poética burocrática.
Para começo de conversa, 2,3% foram destinados ao Fundo de Amparo aos
Sem-Letra (Funasel). Diz a lenda que as letras são usadas para ajudar
disléxicos e palindromistas. O Programa de Ajuda às Pessoas que Não
Sabem Usar Crase (Prapensucrase) consome 5,1% das letras arrecadadas.
Uma parcela maior, de 7,32%, vai para a Contribuição dos Contribuintes
que Contribuem para a Contribuição Geral (C4G). Uma parcela maior ainda,
de 12,4%, ajuda a compor o bilionário Sistema Nacional de
Alfabetizassão (SNA). Dos 5,18% restantes (se é que fiz a conta certa),
uma parte mínima, 0,18%, corresponde à recém-aprovada e controversa
Contribuição Provisória Porque Sim (CPPS). Os 5% restantes eu até
sonegaria, mas a Taxa Sobre Desejo de Sonegar (TSDS) não deixa.
Desde que me entendo por gente, o governo garante que as letras de
mim cobradas servirão para, um dia, ajudar a Intelectualidade Oficial a
compor Os Versos Mais Lindos da Língua Portuguesa. Pelo menos é o que
está escrito na Constituição – cláusula até pétrea, veja só! Mas até
aqui todas as letras arrecadadas nessas décadas de ISTCT conseguiram nos
dar apenas o aviso “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo
encontra-se parado neste andar”.
Mas isso tudo vai mudar, dizem, com a nova CPMF (Contribuição
Provisória sobre Muitos Floreios). Afinal, o que é uma letrinha a menos
para quem paga e uma letrinha a mais para quem recebe, não é? O
importante é contribuir para o famoso “bem comum”. E garantir aos
alfabetamente desprovidos o direito a uma sopa diária de letrinhas.
Impulsiona vendas no varejo e cria experiência diferenciada de consumo
Gustavo Pisani, diretor de varejo no Grupo FCamara
60% dos brasileiros passaram a consumir de forma híbrida –
transitando entre o físico e o digital. Especialista alerta que não
basta oferecer diferentes canais, eles precisam ser integrados e
oferecer atendimento personalizado
Pesquisa divulgada pela Criteo revela que 72% dos consumidores
procuram as lojas físicas para ver ou experimentar produtos antes de
comprá-los pela internet. Por outro lado, levantamento do Instituto
Locomotiva indica que 70% dos consumidores já compraram em lojas físicas
e receberam os itens adquiridos em casa. Transitar entre canais físicos
e digitais já é uma tendência consolidada entre os consumidores –
segundo dados da All iN e Social Miner, em parceria com a Opinion Box,
60% dos brasileiros passaram a consumir de forma híbrida após a
pandemia.
É nesse cenário que a omnicanalidade – integração entre canais
físicos e digitais de atendimento e venda, proporciona uma experiência
única, facilitada e funcional para o consumidor, fornecendo conveniência
em termos de variedade e amplitude de opções de consumo de modo
personalizado. Esse fator se tornou quase uma obrigação para quem quer
se manter competitivo no mercado. No mesmo estudo do Instituto
Locomotiva, 88% dos entrevistados afirmaram que lojas físicas e virtuais
precisam ser cada vez mais integradas.
“O princípio da omnicanalidade é reduzir ou até mesmo eliminar os
esforços do cliente no ato da compra, ou seja, facilitar a experiência
de consumo, por meio da personalização do atendimento e da
disponibilidade de diferentes canais que funcionem de maneira integrada,
o que traz praticidade, satisfação e fidelização. O cliente fica, cada
vez mais, no centro das atenções e esse é um diferencial indispensável
para quem quer se sobressair diante dos concorrentes, já que estamos
diante de consumidores mais exigentes e imediatistas, que buscam
atendimento singular”, pontua Gustavo Pisani, diretor de varejo no Grupo
FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa a
transformação dos negócios.
De acordo com um relatório elaborado pela EMIS, o volume de vendas no
varejo brasileiro deve crescer 3,8% ainda neste ano, o que torna ainda
mais urgente a adaptação dos varejistas às novas tendências. “No ano
passado, em uma pesquisa, observei que 6% das empresas nos EUA eram
omnichannel, enquanto no Brasil apenas 3% eram. Há um vasto espaço para
ser trabalhado e o caminho é sempre pensar na melhor experiência do
cliente, que passa pela transformação digital do varejo e pela
omnicanalidade, fatores determinantes nos processos de fidelização”,
aponta Pisani.
Dados orientam estratégia de personalização e fidelização
Para incorporar a omnicanalidade nos negócios, é preciso muito estudo
sobre o público alvo e também sobre a concorrência, identificar os
hábitos e preferências do consumidor e os diferenciais que podem ser
agregados aos serviços no varejo. Inteligência de dados é parte
importante desse processo. “Contar com auxílio de empresas
especializadas em tecnologia para o varejo pode facilitar a
implementação dessas mudanças e torná-las mais assertivas, desde a
coleta de dados, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados
Pessoais, até as etapas de pesquisa de mercado e a implementação da
omnicanalidade em si. É importante ter a clareza de que não basta
disponibilizar vários canais de atendimento e venda, eles precisam ser
integrados e de modo que seja possível oferecer uma experiência
personalizada, conforme as preferências de cada consumidor. Nesse
sentido, é importante realizar simulações, experimentos e identificar
quais os melhores canais de interação com cada cliente e o que funciona
melhor com cada um deles, como notificações, catálogos personalizados,
geolocalização em app, entre outros recursos de interação. E para ter
toda essa visibilidade de informações, é necessário a implementação de
uma estrutura que centralize a consulta de todos os dados, como por
exemplo na adoção de um Data Lake, na qual as análises possam ser feitas
de forma agregada e com maior agilidade”, complementa Pisani.
O executivo conclui reforçando que melhorar a experiência do cliente
por meio da omnicanalidade traz resultados que extrapolam a satisfação
do cliente de forma isolada, abrangendo também o fortalecimento da
reputação da marca, o que atrai ainda mais consumidores e fideliza
aqueles já conquistados. “A Startup Valeon é uma consultoria de TI
especializada em varejo e não temos dúvidas em afirmar que experiências
de consumo diferenciadas alavancam resultados. Temos estruturas de
negócio especializadas em atender todas as necessidades dos clientes
dentro da jornada Omnichannel, desde a consultoria estratégica para
identificação de gaps na jornada quanto na recomendação de soluções para
garantir a integração dos dados para a maximização dos resultados. Como
somos agnósticos de tecnologia, e com toda nossa expertise em Varejo,
conseguimos propor diferentes soluções de tecnologia que se adaptarão às
necessidades singulares do seu negócio dentro do Phygital, que une o
físico e o digital”.
A Plataforma Comercial da Startup ValeOn é uma empresa nacional,
desenvolvedora de soluções de Tecnologia da informação com foco em
divulgação empresarial. Atua no mercado corporativo desde 2019 atendendo
as necessidades das empresas que demandam serviços de alta qualidade,
ganhos comerciais e que precisam da Tecnologia da informação como
vantagem competitiva.
Nosso principal produto é a Plataforma Comercial ValeOn um
marketplace concebido para revolucionar o sistema de divulgação das
empresas da região e alavancar as suas vendas.
A Plataforma Comercial ValeOn veio para suprir as demandas da região
no que tange à divulgação dos produtos/serviços de suas empresas com uma
proposta diferenciada nos seus serviços para a conquista cada vez maior
de mais clientes e públicos.
Diferenciais
A ValeOn inova, resolvendo as necessidades dos seus clientes de
forma simples e direta, tendo como base a alta tecnologia dos seus
serviços e graças à sua equipe técnica altamente capacitada.
A ValeOn foi concebida para ser utilizada de forma simples e fácil
para todos os usuários que acessam a sua Plataforma Comercial ,
demonstrando o nosso modelo de comunicação que tem como princípio o
fácil acesso à comunicação direta com uma estrutura ágil de serviços.
A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e
especialmente aos pequenos e microempresários da região que não
conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que
ele proporciona.
A ValeOn é altamente comprometida com os seus clientes no
atendimento das suas demandas e prazos. O nosso objetivo será atingir os
766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar para eles os
produtos/serviços das empresas das diversas cidades que compõem a
micro-região do Valeo do Aço e obter dos consumidores e usuários a sua
audiência.
Missão:
Oferecer serviços de Tecnologia da Informação com agilidade,
comprometimento e baixo custo, agregando valor e inovação ao negócio de
nossos clientes, respeitando a sociedade e o meio ambiente.
Visão:
Ser uma empresa de referência no ramo de prestação de serviços de
Tecnologia da Informação na região do vale do aço e conquistando
relacionamentos duradouros.