sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

DEFESA DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

 

Alimentos e energia
Seleção canarinho verde? Como mostrar que nosso agro é o mais sustentável do mundo

Por
Marcos Tosi – Gazeta do Povo


O terceiro uniforme da seleção brasileira é verde, mas em tom mais escuro do que nesta arte sobre a fotografia| Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O agro brasileiro precisa urgentemente abraçar uma campanha de comunicação. Simples e direta. O tema: “Somos o agro mais sustentável do mundo”. Ponto. E acabou.

Calma, a reportagem não acabou ainda. A declaração acima, e sugestão de campanha contundente, é de Nizan Guanaes, um dos maiores nomes da publicidade do país, que já foi eleito um dos cinco brasileiros mais influentes do mundo pelo jornal britânico Financial Times e que, além de empresário, atua como embaixador da Boa Vontade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (UNESCO). Nesta semana Guanaes foi um dos palestrantes convidados do AgroVision, primeiro grande evento do banco Itaú BBA voltado ao agronegócio, que reuniu o empresariado e lideranças do setor em São Paulo.

Dentre as peças dessa campanha de marketing internacional, diz Guanaes (seria em tom de brincadeira?), por que não mudar a cor do escrete canarinho. “Vamos mudar a camisa da seleção brasileira de amarelo para verde. Aonde a seleção brasileira for, nós vamos, seja em Doha, no Catar, onde for. Somos players e, no mundo ESG, a bola caiu no pé do agro brasileiro. Então, o que temos que fazer agora é separar o agronegócio do ogronegócio”, enfatiza o publicitário.

Agro precisa enfrentar guerra de narrativas

O embaralhamento dos 99% que fazem a coisa certa com 1% de “pebas”, segundo Guanaes, apenas alimenta a incompreensão da realidade brasileira e a retaliação de outros países. Para o publicitário, o problema do agro é se comportar como inocente, que de fato é. “Um criminalista amigo meu disse que odeia inocente, porque o culpado faz tudinho o que ele pede. O inocente tenta se defender do jeito dele, é um inferno. E o agro é inocente. E como faz tudo direito, não se preocupa em se defender. Comunicação não é o que a gente diz, é o que os outros entendem. A agricultura brasileira precisa enfrentar de vez a guerra de narrativas”, enfatiza.

A provocação de Guanaes tem como pano de fundo um discurso, tanto doméstico como internacional, que projeta uma imagem ruim do agronegócio do país. Lá fora o Brasil é visto como vilão, corrobora o professor do Insper, ex-presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única) e ex-diretor da BRF na Ásia, Marcos Jank. O principal motivo seria o aumento do desmatamento, de cerca de 300 mil hectares por ano para mais de 1 milhão. “Já reduzimos esse desmatamento em 80% em uma década. Podemos fazer isso novamente. Mas não basta ter polícia e exército punindo, temos que ir às causas. É preciso implementar o Código Florestal e fazer a regularização fundiária. Se não implantar, não vai dar certo”, aponta Jank.

E o que a regularização fundiária tem a ver com isso? Nas regiões Norte e Nordeste do país há milhares de pessoas que estão há décadas em cima de imóveis não titulados. Apenas com documentos de posse. Gente que, no caso da Amazônia, foi atraída pelo governo para desenvolver a região nos anos 70 e 80. Apenas nos escaninhos do Incra estariam aguardando avaliação mais de 100 mil processos de regularização fundiária no bioma amazônico em que, inclusive, já foi feito georreferenciamento.

BEM FEITO NO PARANA CAFES ESPECIAIS – RIBEIRAO CLARO – 15/07/13 – PARANA – Desde que a Associacao de Cafes Especiais do Norte Pioneiro do Parana (ACENPP), comecou a desenvolver um trabalho junto aos grandes e pequenos produtores, a regiao passou a se destacar como polo exportador de cafes gourmet. Paises como Japao, EUA, bem como a europa sao os principais mercados. Na imagem, o casal Ademir Baggio e Joana Baggio, que produzem graos de cafe beneficiados e trabalham numa agricultura familiar de pequeno porte, na cidade de Ribeirao Claro. Foto: Brunno Covello / Agencia de Noticias Gazeta do Povo

Café é produto brasileiro que poderá ser atingido por novo regulamento proposto pela União Europeia| Brunno Covello / Arquivo Gazeta do Povo

Não titulação das terras “é mãe da irregularidade ambiental”
Cria-se uma zona cinzenta, que confunde o legal e o ilegal, o proprietário legítimo com o grileiro de terras. “A mãe da irregularidade ambiental é a falta de regularidade fundiária. Os proprietários rurais não tem escritura e não conseguem levar aos cartórios de registros de imóveis as suas posses porque as demarcações das datas, que são as áreas administrativas, não foram concluídas pelo Judiciário, ou sequer foram feitas no passado pelos institutos de terra de cada estado. E como se nós estivéssemos nas sesmarias ainda”, relata André Pessoa, da Agroconsult.

Enquanto o Brasil não encaminha a resolução de seus problemas fundiários e ambientais – há um projeto de regularização fundiária sendo apreciado pelo Congresso – o cerco continua apertando. Nesta semana, a União Europeia chegou a um consenso para aprovar uma lei que impede a compra de produtos de áreas desmatadas ou degradadas depois de dezembro de 2020. A iniciativa pode atingir vários produtos de exportação, como soja, carne e café.

Alguém pode contestar, alegando que os europeus já não são tão relevantes no mercado de exportações brasileiro, representando apenas 8% do destino dos embarques de commodities agrícolas, contra 72%, por exemplo, que vão para a China. As matrizes das principais empresas globais de alimentos, como Unilever e Nestlé, contudo, estão no velho continente. E elas pressionam as grandes tradings, como ADM, Bunge e Cargill.

“Elas precisam vender o sabonete Dove e precisam saber que não estão usando óleo de palma que está queimando gorila na Indonésia”, exemplifica Paulo Souza, CEO da Cargill no Brasil. “A União Europeia é que dita as tendências para o mundo. Até cinco anos atrás os Estados Unidos não davam a mínima para o mercado de carbono, mas isso mudou por que o consumidor americano também está pedindo. Na Europa, eles estão fazendo um esforço brutal para a redução de carbono, apesar da crise. E daí você liga a TV na França que entrevista um ribeirinho brasileiro, e mostra a Amazônia pegando fogo, como é que eles não vão reagir?”, pergunta o executivo da Cargill.

Clientes lá fora desconhecem fundamentos do agro brasileiro
Cientificamente, não há como contestar que o Brasil tem as matrizes mais sustentáveis do mundo, que preserva 66% de seu território com vegetação nativa, pratica uma agricultura tropical de duas a três safras por ano e gera 57% de sua energia por fontes renováveis. Muitos clientes lá fora, no entanto, não sabem disso. Aí estaria a razão de o desmatamento da Amazônia interferir até no comércio do suco de laranja de São Paulo, que fica a dois mil quilômetros de distância.

“Temos um potencial grande, mas precisamos mudar essa imagem muito ruim. Precisamos conversar com a comunidade europeia, dar urgência a isso. O desmatamento, no fundo, é o poder público ausente no combate à ilegalidade”, sublinha Souza, da Cargill, acrescentando que a medida dos europeus é “um aperitivo do que virá pela frente”, que, acredita, ainda poderá ser revertida.

A preocupação do executivo de uma das maiores tradings de grãos que operam no país está um pouco à frente, num futuro breve. No começo esses embargos envolvem apenas áreas de floresta, mas, depois de um ano, vão atingir também o Cerrado. “Como será o grau de rastreamento que vão exigir? Carga a carga? É difícil. No bioma amazônico, onde já temos a moratória da soja, eu não estou preocupado. Mas no Cerrado é bem mais complicado. Tem a questão da originação secundária. Quando compramos direto do produtor rural, que entrega em nosso armazém, é mais fácil. Mas quando compramos de uma cooperativa, um cerealista que está agrupando produtores, é um desafio gigante. Não sabemos como fazer ainda”, confessa Souza.

Rastrear bois para comprovar que não vêm de área de desmatamento é ainda mais complicado do que rastrear a soja| Arquivo / Gazeta do Povo


Brasil como solução global alimentar, energética e climática
Apesar do contexto de endurecimento no comércio internacional por questões ambientais – reportagem desta Gazeta do Povo já mostrou que as próprias tradings pretendem implantar restrições mais severas do que a lei nacional – a percepção dos analistas do agronegócio brasileiro é de que ainda é possível mudar o jogo. Melhorando sua comunicação e atuando para coibir o desmatamento ilegal, que, como diz o nome, é caso de polícia. “Estamos colocados diante de uma oportunidade extraordinária, talvez a maior oportunidade que a história tenha colocado em nosso colo. Somos um país do ocidente pendurado na Ásia. Isso cria para nós uma curiosa situação: podemos ser malvistos ou amados, por um ou por outro. Mas podemos ser a solução de segurança alimentar, energética e climática para o mundo. A oportunidade é oferecida, mas não é dada. Temos que conquistar”, destaca Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócio da FGV.

Para aproveitar o que seria a oportunidade única de uma geração, será preciso sair o quanto antes deste paradoxo, de ser potência do agro e, ao mesmo tempo, “ser vilanizado pela Amazônia”. É a avaliação que faz o sócio-diretor do fundo de investimento GK Ventures, Eduardo Mufarej. Ele acredita que o país poderá ser o primeiro do mundo a conquistar o status de carbono neutro, devido a suas condições únicas, como áreas florestadas, fontes energéticas renováveis, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e plantio direto.

“Isso nenhuma outra nação consegue. Falam da Austrália, mas, só para contextualizar, ela é hoje o maior emissor per capita do mundo. Esse lugar de protagonismo é essencial. Mas se a Amazônia não for resolvida, ela vai nos tragar. Esperar que o governo vá fazer isso sozinho é um equívoco. O setor privado, com sua relevância, tem que ter protagonismo e mão firme, porque se não tiver contundência, vamos perder a oportunidade e pagar um preço caro”, avalia Mufarej.

Mercado da Indonésia poderia estar aberto há mais tempo
Mesmo que ataque seus problemas ambientais, o Brasil não conquistará mercados como num passe de mágica. João Sampaio, diretor de Relações Institucionais do frigorífico Minerva Foods, lembra que a empresa levou anos tentando abrir o mercado gigante da Indonésia para a carne brasileira, sem ajuda da burocracia estatal. Só para responder um questionário do governo indonésio, o governo levou seis meses. No Uruguai, a mesma Minerva Foods conseguiu abrir o mercado do Japão para miúdos após o governo uruguaio responder em apenas oito dias um questionário japonês. “Quando a Tereza Cristina assumiu (o ministério da Agricultura), ela foi lá e abrimos o mercado da Indonésia em um dia. É a forma de agir que precisa mudar”, diz Sampaio, que aponta ainda a falta de “pegada comercial” dos embaixadores brasileiros.

Se as restrições e embargos fazem parte do jogo internacional, é preciso reagir com estratégia e inteligência. E aí retorna-se à provocação do publicitário Nizan Guanaes, que abriu o texto, propondo uma atuação mais agressiva na defesa dos fundamentos do agro brasileiro. Sem esquecer que haverá oposição.

País paga o preço de ser líder e de incomodar
“Você não pode querer ser líder e ser amado. Isso não existe. Você acha que a Austrália vai dizer: olha eu quero muito agradecer que você está entrando em nosso mercado. Ou os produtores da França vão dizer: olha, temos uma relação afetiva com vocês, que estão inundando de produtos a Europa. Claro que não. Por que alguns setores da economia brasileira não sofrem esse problema? Por que eles não são líderes”, destaca Guanaes. Essa defesa do agro não deve ser ação deste ou daquele governo, conforme o viés ideológico. “É um problema setorial contínuo, de décadas. Não é um problema de governo, é problema de estado. É o agro mais sustentável do mundo e tem que ficar todo se explicando? Eu digo que o agro brasileiro é um George Clooney com fama de feio. Temos que resolver isso”.

A propósito, em setembro último George Clooney foi apontado por Brad Pitt, respondendo a uma pergunta da revista Vogue, como o homem mais bonito do mundo. Sem modéstia, como o agro brasileiro deveria se comportar, Clooney comentou: “Vamos ser honestos, ele está certo”. A fama de feio não condiz com o agro brasileiro. E, como disse Guanaes, é isso. Ponto. Acabou.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/camisa-da-selecao-verde-como-mostrar-que-nosso-agro-e-o-mais-sustentavel-do-mundo/
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VELOCIDADE E ALCANCE DA INTERNET

 

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Diferença entre velocidade e alcance da internet

LINKCE

Provavelmente você já deve ter reclamado da velocidade da sua internet pelo menos alguma vez na vida, certo? Mas será que o problema é sempre da velocidade em si?

Em alguns casos, o que pode estar prejudicando a qualidade da sua conexão é o alcance do seu sinal Wi-Fi.

A principal função do Wi-Fi é transmitir o sinal da internet por todo o ambiente ou grande parte dele, seja em casa ou no trabalho, mas existem alguns fatores que podem melhorar ou piorar o alcance desse sinal.

Ou seja, mesmo que você tenha um plano de 500 MB ou até 1 GB de velocidade, caso precise trabalhar via Wi-Fi e estiver com um alcance ruim, com certeza a sua velocidade será prejudicada.

Quer saber de uma vez por todas a diferença entre velocidade e alcance da sua internet? E melhor ainda: dicas de como melhorar a sua conexão? Então está no lugar certo.

Continue o post até o final para conferir as nossas dicas. Boa leitura!

Mas afinal: o que é velocidade e o que é alcance?

Primeiro vamos definir melhor o que é a velocidade e o que é o alcance. Quando falamos de velocidade da sua internet, estamos nos referindo à quantidade de bytes que a sua internet usa para baixar e enviar dados, ou seja, fazer downloads e uploads.

Já o alcance é a distância física que o sinal do Wi-Fi do seu roteador pode chegar, definindo a área de cobertura da sua internet.

Portanto, independente da velocidade contratada, o alcance do Wi-Fi não muda. Afinal, não existe relação de velocidade contratada com cobertura Wi-Fi, como falamos rapidamente no início do post.

Tudo isso fica ainda mais fácil de entender na prática. Então, agora vamos pensar em uma situação real, por exemplo, se você tem uma internet de 400 mega, esse valor se refere à velocidade e não ao alcance.

Então, o sinal Wi-Fi não vai chegar do outro lado da rua, no 1º andar e 2º andar da sua casa (caso more em um duplex) ou na casa do seu vizinho, mas você terá uma ótima velocidade para baixar dados, assistir filmes, jogar vídeo games e realizar outras atividades.

Saiba mais sobre a potência do seu roteador Wi-Fi

Bom, além da velocidade contratada no plano da sua internet, uma conexão de qualidade está diretamente relacionada ao alcance, logo, é preciso entender sobre a potência do seu roteador Wi-Fi.

Quando falamos potência, estamos nos referindo às frequências de um roteador. Os modelos mais atuais, por exemplo, trabalham na com as frequências 2,4 GHz e 5 GHz. Esses roteadores mais modernos conseguem entregar muito mais qualidade para a sua conexão.

Segundo um conceito básico da física que aprendemos nas escolas, quanto maior a frequência, automaticamente maior será o tráfego de dados e o consumo de energia elétrica. Entretanto, a distância alcançada diminui.

Vamos à prática:

Melhores usos para frequência 2,4 GHz

Muitos produtos sem fio, como mouses, teclados, impressoras e controles, por exemplo, operam na frequência 2,4 GHz, pois isso permite uma maior propagação de dados, alcançando distâncias maiores.

Então, nos casos em que é preciso uma maior distância de sinal, a frequência 2,4 GHz é a ideal.

Melhores usos para frequência 5 GHz

A frequência 5 GHz possui uma melhor qualidade de sinal e um maior tráfego de dados, mas perde em alcance.

Portanto, essa frequência é ideal para quem utiliza o Wi-Fi em ambientes menores e para quem precisa conectar vários dispositivos a uma mesma rede, pois a 5 GHz dá conta de suportar um grande volume de informações sem prejudicar a qualidade.

Hoje em dia, muitos roteadores atuais são “dual band”, ou seja, conseguem operar nas duas frequências. Então, é comum ver a mesma rede Wi-Fi com o mesmo nome, mudando apenas a frequência. Por exemplo: “LinkCE” e “LinkCE 5G”.

Dessa forma, o usuário fica livre para optar em que rede ele conseguirá usufruir melhor de cada recurso.

Sabendo de tudo isso, se você tiver um roteador um pouco mais antigo, ou então que trabalhe com frequências menores, ele não vai entregar a qualidade de internet que você espera, mesmo com um bom plano contratado.

O que pode prejudicar o alcance do sinal WiFi?

Se a sua casa, apartamento ou escritório é muito grande, ou então possuem muitas paredes, provavelmente você tem uma perda no alcance do sinal WiFi.

O sinal da internet sem fio é percorrido por ondas eletromagnéticas, então, o alcance não é infinito, bem como também se enfraquece com a presença de muitos obstáculos no caminho.

Inclusive, a espessura das paredes e até os materiais podem influenciar na perda do alcance. O azulejo, por exemplo, comum para o revestimento de banheiros, pode reverberar o sinal de WiFi e causar ainda mais queda na qualidade da transmissão.

Portanto, banheiros e cozinhas costumam ser os lugares da casa para utilizar a rede WiFi, pois além da distância do roteador e objetos pela casa, ainda existe a questão do material utilizado nas paredes.

Dicas para melhorar a velocidade o alcance da sua internet

Agora que entendemos que contratar um plano com mais mega não vai te ajudar a ter um melhor alcance, vem a pergunta: mas o que fazer para aumentar o alcance da minha internet?

Como você viu, falar sobre a velocidade e o alcance da internet não é tão simples assim, pois são muitos os fatores que influenciam na qualidade da conexão em geral.

A LinkCE recomenda a instalação de um segundo ponto de acesso, ou seja, um segundo roteador. Esse outro roteador pode levar a internet para mais longe, como para os dois andares de uma casa ou apartamento duplex.

Lembrando que você deve dar preferência ao uso de roteadores e não repetidores de sinal, mas vale à pena avaliar caso a caso, pois os repetidores podem funcionar muito bem em alguns cenários, com um melhor custo-benefício.

5 dicas para otimizar o uso do seu roteador WiFi

Além das dicas gerais sobre velocidade e alcance da sua internet, separamos aqui 5 dicas para o melhor uso do seu roteador WiFi. Confira:

1. Posicione o seu roteador em um lugar estratégico, onde fique mais ou menos entre os dispositivos conectados pela casa e os lugares que mais costuma ficar

2. Mantenha o seu roteador em um móvel que não contenha muitos objetos ao redor

3. Não deixe o seu roteador perto de espelhos, pois eles são altamente refletores e podem atrapalhar na transmissão do sinal (lembre-se também dos azulejos que comentamos acima)

4. Quando notar que o WiFi está lento, reinicie o aparelho ou então desligue e aguarde alguns segundos antes de ligar novamente

5. Nunca deixe a sua rede WiFi sem senha, pois vizinhos e dispositivos próximos podem se conectar automaticamente no WiFi, prejudicando a velocidade

Garanta a melhor internet da região por um ótimo custo-benefício!

Por fim, nada adianta toda essa explicação e ótimas dicas que demos aqui se a sua provedora de internet não oferece um bom serviço.

Uma provedora ruim, além de manter uma conexão instável e que não tem compromisso com a quantidade de megas contratados, ainda pode deixar roteadores não tão potentes na sua residência.

A LinkCE, por exemplo, foi eleita 4 vezes como a melhor internet da região, segundo o site MelhorPlano. Não é qualquer coisa não, ein?

Por apenas R$ 89,90/mês, você garante 300 MB de velocidade com 100% de download e upload em uma fibra óptica potente. Clique aqui e confira todos os nossos planos!

blog da LinkCE é um espaço para nos aprofundar melhor em conteúdos e assuntos que achamos importantes para o seu dia a dia. Estamos sempre falando sobre sobre internet em geral, games, inovação e tecnologia.

Usuário comum não adianta ter internet além de 100 mega

É notável a diferença de internet de 200, 300, 400 e 500 mega?

Para usuário doméstico, subir a velocidade acima dos 100Mega não faz muita diferença, inclusive se utilizar rede cabeada.

Mais uma: Não faz sentido comprar Internet de 500Mega e utilizar rede wireless dentro de casa.

É a mesma coisa que dar descarga de água em pinico.

Para um micro aproveitar os 500Mega na sua plenitude, tem que usar fibra ótica ou rede cabeada Gigabit dentro de casa, que obviamente tem seu preço. Ainda mais se for para fazer direito e sem gambiarra, utilizando os cabos, switches e roteadores corretos.

Outra: depois do 100Mega, se você for gamer, precisa se preocupar mesmo é com a latência, que é o tempo que os pacotes demoram para serem respondidos depois que saem da máquina e vão para a Internet.

Esse é o jump of the cat que ninguém fala e os provedores estão bem quietinhos.

Olhe abaixo o tempo de resposta de dois sites diferentes 🙂

PESSOAS ALTAMENTE RESILIENTES

 


Nick Wignall

Para a maioria de nós, a ideia de resiliência evoca histórias de profundo heroísmo em face de graves injustiças – Viktor Frankl sobrevivendo aos campos de concentração ou Rosa Parks sentada onde quer que ela queira.

Mas a resiliência nem sempre é épica. Às vezes é bastante comum:

Aceitar bem as críticas do nosso cônjuge em vez de ficar na defensiva

Processar o luto de maneira saudável em vez de fugir dele.

Dando aquele brinde em um casamento apesar de estar ansioso

Mesmo que tenhamos a sorte de não precisar de níveis heróicos de resiliência em nossas vidas, todos podemos nos beneficiar de mais resiliência com os estressores e desafios diários.

Pesquisas mostram que pessoas altamente resilientes tendem a possuir três características comuns: aceitação , propósito e flexibilidade . É importante ressaltar que sabemos que esses não são simplesmente dons genéticos com os quais alguns poucos sortudos nascem – são habilidades que todos nós podemos aprender a construir.

Se você gostaria de lidar com conflitos de relacionamento com mais confiança, se recuperar um pouco mais rápido dos contratempos no trabalho ou lidar com a ansiedade e o estresse um pouco melhor, você pode aprender muito com os 3 traços de pessoas altamente resilientes.

1. Aceitação: Veja a realidade pelo que ela realmente é

Resiliência não significa otimismo ingênuo.

Pessoas altamente resilientes têm uma visão clara sobre a natureza dos desafios que enfrentam – nem excessivamente otimistas ou pessimistas. Essa aceitação da maneira como as coisas realmente são permite que eles sejam mais eficazes na elaboração de estratégias para enfrentar seus desafios de forma produtiva.

Por exemplo: suponha que você acabou de fazer uma apresentação para seu chefe no trabalho. Você acredita fortemente que sua ideia é boa e sente que a apresentação em si foi muito bem. Mas, para sua surpresa, as primeiras palavras que saem da boca de seu chefe são para criticar um componente-chave de sua ideia. Você sente a dor e a raiva crescendo rapidamente.

Você pode continuar nesse caminho de defesa que sua mente o iniciou. E embora você se sinta justificado nisso, suspeita que o resultado final pode não ser tão bom – seu chefe pode descartar a ideia completamente, por exemplo.

Por outro lado, você pode reconhecer que se sentiu magoado, mas tente entender melhor o que a crítica de seu chefe está chegando e se, a longo prazo, isso pode levar a uma ideia ainda melhor.

A felicidade e o sucesso dependem da capacidade de ver a realidade pelo que ela é – não pelo que você gostaria que fosse ou pelo que teme que seja.

Embora seja natural sentir raiva e aborrecimento em resposta às críticas – e interpretar essas críticas como injustas – essa resposta padrão nem sempre está de acordo com a realidade. Seu chefe literalmente fez algo errado ao apontar o que viu como uma fraqueza em sua ideia? Ela é realmente sempre negativa? Será que ela realmente não sabe do que está falando?

Uma avaliação mais realista das coisas poderia ser: ‘ Ela foi um pouco direta com suas críticas — o que doeu — mas isso não é um ponto ruim .’ Ou ‘É verdade, ela não tem tanto conhecimento técnico nessa área quanto eu, mas a perspectiva de uma pessoa de fora pode ser muito útil.’

Adquira o hábito de verificar suas interpretações iniciais das coisas e, em seguida, alinhe nossos pensamentos mais de perto com a realidade.

Você não apenas se sentirá melhor no momento, mas será muito mais eficaz em seguir em frente.

“A alma se tinge com a cor de seus pensamentos.”

– Marco Aurélio

2.Objetivo: Esclarecer seus valores

O propósito não precisa ser algo grandioso ou espiritual.

Ter um senso de propósito pode significar simplesmente que você tem coisas positivas em sua vida pelas quais está animado, curioso, ansioso e que considera valioso. Quanto mais desses valores intrínsecos tivermos, mais forte será nosso senso de propósito e, portanto, mais motivação teremos para perseverar nas dificuldades.

Aqui está um exemplo:

Certa vez, tive uma cliente chamada Amélia que perdeu a mãe para o câncer de repente e ainda jovem. Ela ficou devastada. Nas primeiras semanas após a morte de sua mãe, Amélia quase não saía de casa, mal comia e estava quase totalmente desconectada de sua família e amigos. Ela se sentiu mal com isso, mas como ela me explicou, ela estava “muito sobrecarregada com a dor”.

Depois de algumas tentativas malsucedidas de minha parte como terapeuta para ajudar, tropeçamos em algo que era exatamente o que ela precisava ao analisar essa ideia de propósito.

Quando você tem clareza sobre seus valores e propósito, nunca lhe faltará motivação e força.

Uma das coisas que mais perturbava Amélia era que sua própria filha nunca teria nenhuma experiência com sua avó. Reconheci que ali havia um valor, algo pessoalmente importante para ela. E embora não pudéssemos literalmente dar à filha experiências com sua avó já falecida, talvez pudéssemos chegar perto.

Amélia e eu começamos a explorar quais aspectos de sua mãe ela mais valorizava e desejava que sua filha pudesse experimentar. Ela se lembrou de memórias favoritas com sua mãe, qualidades favoritas nela e até mesmo algumas de suas refeições favoritas que sua mãe costumava cozinhar para ela. Amélia se iluminou visivelmente enquanto falava sobre essas partes de sua mãe que ela valorizava.

Então sugeri que, embora sua filha não fosse capaz de vivenciar sua avó como meu cliente, ela ainda poderia conhecer sua avó de maneiras poderosas por meio de histórias que meu cliente poderia contar sobre ela. E naquele momento, as coisas realmente deram certo para Amélia.

Ao esclarecer um valor que ela tanto prezava (sua filha conhecendo sua avó), fomos capazes de gerar um senso de propósito (contar à filha histórias sobre sua avó) que permitiu que Amélia processasse sua dor de maneira mais saudável e seguisse em frente com ela. vida.

Para encontrar a força para perseverar, comece explorando e esclarecendo seus valores – as coisas que mais importam para você.

“O sentido da vida é encontrar o seu dom. O propósito da vida é doá-lo.”

— Pablo Picasso

3. Flexibilidade: Crenças fortes livremente mantidas

Pessoas resilientes têm uma incrível capacidade de serem flexíveis quando as circunstâncias mudam.

Em vez de ficar paralisado ou recorrer a desejar e reclamar que as coisas eram diferentes, eles começaram a mudar a única coisa sobre a qual eles realmente têm controle: eles mesmos.

Dito de outra forma, as pessoas resilientes têm um talento especial para serem criativas e inventivas diante do estresse. Isso permite que eles se adaptem às suas dificuldades em vez de desmoronar.

Um dos melhores exemplos disso veio de outra cliente minha, Sharron, e de como ela aprendeu a se comunicar melhor com o marido.

Por natureza, Sharron tinha um estilo de comunicação muito direto e prático. Assim que ela percebeu que algo estava errado, ela quis trazer à tona e “processar” imediatamente. Isso é o que funcionou para ela.

Se a insanidade é tentar a mesma coisa repetidamente sem sucesso, então a sanidade é a vontade de se adaptar com flexibilidade.

Por muito tempo, foi assim que Sharron abordou as dificuldades em seu casamento – ela tentava fazer com que o marido falasse sobre as coisas imediatamente, mesmo que ele resistisse e achasse difícil.

O que Sharron descobriu, porém, foi que seu marido simplesmente preferia pensar nas coisas devagar e sozinho antes de falar sobre elas juntos. Era assim que ele gostava de “processar” as coisas. Mas, de sua perspectiva, ele nunca teve a chance de fazer isso porque ela sempre o “forçava” a processar as coisas imediatamente e no local.

Quando Sharron percebeu o que estava acontecendo, ela fez um esforço consciente para ser paciente com seu desejo de “desabafar” imediatamente e, em vez disso, dar ao marido algum espaço e tempo. Como ela era flexível, eles conseguiram encontrar um compromisso melhor para lidar com os estressores do relacionamento.

Quando as coisas estiverem difíceis, tente experimentar com seu pensamento . Teste novas linhas de pensamento. Modifique suas suposições e crenças iniciais. Seja flexível e observe como as soluções se abrem.

“Não acredite em tudo que você pensa. Os pensamentos são apenas isso – pensamentos.”

— Allan Lokos

SUAS HABILIDADES PESSOAIS FAZEM O SEU SUCESSO

 

Mara Lemes Martins – BNI

O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo. Mesmo com a diminuição da taxa de desemprego no Brasil, conseguir passar pela quantidade de processos seletivos e manter um emprego, é uma tarefa que requer muito esforço e dedicação individual fora do expediente. Entre as habilidades mais valorizadas pelos recrutadores, estão as soft skills, que são as habilidades interpessoais de trabalho de cada um.

Abaixo, a Vice-Presidente da BNI Brasil – Business Network International – a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo, Mara Lemes Martins, lista as 5 habilidades mais procuradas pelas empresas.

Cada vez mais desejadas no mercado de trabalho, confira as soft skills mais desejadas pelos recrutadores

O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo. Mesmo com a diminuição da taxa de desemprego no Brasil, conseguir passar pela quantidade de processos seletivos e manter um emprego, é uma tarefa que requer muito esforço e dedicação individual fora do expediente. Entre as habilidades mais valorizadas pelos recrutadores, estão as soft skills, que são as habilidades interpessoais de trabalho de cada um.

Um dos grandes desafios das empresas é atrair e reter talentos, então, mesmo que hajam vagas, são procurados profissionais que tenham o mesmo mindset e skills do perfil da companhia. De acordo com o Guia Salarial da consultoria de recrutamento Robert Half, essa é a preocupação para 84% das marcas. Isso é comprovado quando a mesma pesquisa aponta que, enquanto a taxa de desemprego de profissionais qualificados fica em torno de 5%, a dos demais atinge 9%.

Logo, para quem busca novas oportunidades, é um ótimo momento para buscar desenvolver as soft skills mais buscadas pelo mercado. Abaixo, a Vice-Presidente da BNI Brasil – Business Network International – a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo, Mara Lemes Martins, lista as 5 habilidades mais procuradas pelas empresas:

1. Comunicação: a habilidade de se comunicar é certamente uma das mais requisitadas para qualquer profissional. Para entender sua importância, uma pesquisa feita pela Project Management Institute Brasil mostrou que 6% das 300 grandes empresas definiram a comunicação no local de trabalho como o principal motivo para o fracasso de atividades. “Desenvolver habilidades comunicacionais é uma skill que é trabalhada desde a infância e é desenvolvida ininterruptamente durante a vida. O que é procurado são profissionais que deixem claro o status de suas atividades, conseguindo coordenar com diversos setores, para evitar eventuais perdas”, explica Mara.

2. Liderança: o papel de líder não deve ser exercido apenas pelos superiores das empresas, é algo que deve estar em todos os colaboradores, que devem ser capazes de motivar seus colegas. “A capacidade de leadership em quem trabalha na empresa, potencializa os resultados de toda uma rede, dando mais independência e autonomia para que as atividades sejam realizadas com mais agilidade e qualidade”, argumenta.

3. Adaptabilidade: muitos trabalhos estão repletos de fatores inesperados e muitas vezes imprevisíveis, que devem ser respondidos com prontidão. “Se adaptar requer muito know how de seu campo de conhecimento para adquirir a capacidade de estar preparado para tudo em qualquer momento. Ter alguém com essa habilidade na equipe, traz confiabilidade para todos, por ter alguém capaz de lidar com as diferentes intempéries do cotidiano”, diz Mara.

4. Trabalho em equipe: ninguém trabalha sozinho, por isso, várias habilidades convergem para saber lidar com uma equipe, que deve enfrentar as fases de um projeto como um conjunto. “Saber compartilhar insights, manter relacionamentos profissionais, dar e receber conselhos, são algumas das características mais esperadas para trabalhos em equipe. O conceito de “dividir para multiplicar” está muito presente aqui, dividir o trabalho para multiplicar os resultados”, aconselha.

5. Empatia: respeitar o próximo não é essencial apenas para o trabalho mas também para a vida, ter consciência de seus atos e suas consequências, podem definir a diferença entre profissionais de confiança. “Mais do que um asset profissional, ser empático é uma característica que deve ser procurada em qualquer lugar de nossas vivências. No mundo dos negócios, facilita a conexão, com colegas de trabalho, superiores e clientes, possibilitando um ambiente de trabalho cada vez mais frutífero, plural e eficiente”, finaliza Mara Leme Martins.

Sobre a BNI

Fundado em 1985, o BNI é a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo. Os membros são profissionais de negócios que ajudam uns aos outros a desenvolverem seus negócios, através de seu compromisso com o principal valor, o Givers Gain. Todas as semanas, em milhares de comunidades no mundo inteiro, os membros se reúnem com outros respeitados líderes de negócios para construir e intensificar relacionamentos duradouros e passar referências de negócios qualificados. A afiliação ao BNI oferece acesso a treinamento de negócios, aprendizado com colegas e oportunidades para fazer networking e negócios com centenas de milhares de membros do BNI no mundo inteiro. 

Por que você está ignorando a ferramenta de vendas mais poderosa do mundo?

Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)

Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local, pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer “milão” é “caro demais”.

Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A lógica deveria ser justamente a inversa.

Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.

O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR DIA!).

Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.

Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?

Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?

Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?

Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?

Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…

Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?

Absolutamente nenhuma além da internet.

E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?

Marketing Digital é barato, mas não é de graça.

Vamos fazer uma conta de padaria:

Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?

Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.

Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.

Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.

Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.

Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno de R$ 5,51.

Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.

Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…

E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.

Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números disparados na frente do marketing tradicional.

Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.

Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?

Deixo a reflexão.

Preferências de Publicidade e Propaganda

Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago

Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais veículos de propaganda você tem preferência?

Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.

Vantagens da Propaganda no Rádio Offline

Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.

É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio funciona bem demais!

De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim, concretizar suas vendas.

Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline

Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no rádio. Frequentemente, os rádios também são usados ​​como ruído de fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,

A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

CONTAS PÚBLICAS TEM VÁRIOS PROBLEMAS QUE PODERIAM SER RESOLVIDOS COM AS REFORMAS

 


5 atitudes que o governo Lula poderia tomar para abrir espaço no Orçamento
Por
Giulia Fontes, especial para a Gazeta do Povo


Governo eleito enfrentará Orçamento apertado já no ano que vem.| Foto: Gilberto Abelha/Arquivo/GRPCom

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem começou e já enfrenta dificuldades na área fiscal. Para cobrir despesas com o Bolsa Família e outros programas, como o Farmácia Popular, em 2023, a equipe de transição elaborou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que exclui do teto de gastos essas despesas.

Nesta terça-feira (6), a PEC fura-teto, chamada de PEC da transição pela equipe de Lula, foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A proposta, que deve ser votada em plenário nesta quarta-feira (7), em duas votações, expande o limite do teto de gastos em R$ 145 bilhões por ano, pelo período de dois anos. A proposta original previa R$ 175 bilhões em quatro anos.

A regra do teto foi instituída em 2016, e limita o crescimento das despesas do governo à correção pela inflação. Se a PEC for aprovada do jeito que está, não será a primeira vez que o governo terá burlado a regra: desde 2019, na gestão de Jair Bolsonaro (PL), o governo federal gastou R$ 840 bilhões fora do teto, com a anuência do Congresso Nacional.

Os “furos” têm ocorrido em um cenário no qual o Executivo tem cada vez menos espaço para as chamadas despesas discricionárias, ou seja, que podem ser definidas com alguma liberdade. Para 2023, 93,7% do Orçamento do governo federal já está comprometido com despesas obrigatórias, que incluem gastos como os benefícios da Previdência e a folha de pagamento de servidores.


Mercado teme que redução do IOF sobre o câmbio seja revista pelo novo governo Lula
Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo apontam que o Executivo poderia mudar esse cenário promovendo reformas e revendo gastos que não têm se mostrado eficientes. Juliana Damasceno, analista sênior da Tendências Consultoria, lembra que a irresponsabilidade fiscal “custa caro”, gerando inflação e desemprego.

“Os políticos falam de quanto gastaram, como se gastar mais fosse sinônimo de gastar bem”, diz a economista. “Por mais que a gente entenda que a fome e a miséria são problemas urgentes, que existe a necessidade da atuação do Estado, temos que pensar como isso será feito, quais sinalizações e compromissos precisariam estar sendo adotados.”

Veja abaixo cinco iniciativas que, segundo especialistas, ajudariam a abrir espaço no Orçamento:

1) Acabar com o orçamento secreto
Instituído pelo Congresso durante o governo de Bolsonaro, o chamado “orçamento secreto” é como ficaram conhecidas as emendas de relator ou RP-9. Os valores são destinados a bases políticas dos parlamentares mas, no sistema do Congresso Nacional, não é possível identificar quem foi o autor da emenda. O mecanismo é criticado justamente pela falta de transparência, que abre espaço para desvios e mau uso de dinheiro público.

Como está, o Orçamento de 2023 reserva R$ 19,4 bilhões para o “orçamento secreto”. Há, ainda, valores destinados a emendas individuais, de bancada e de comissão. No total, as emendas parlamentares somam R$ 38,8 bilhões para o ano que vem.

Damasceno, da Tendências Consultoria, afirma que o problema é que, principalmente no caso do orçamento secreto, as emendas são feitas sem que haja qualquer sintonia com as prioridades do país.

“Esse mecanismo foi uma forma de dar sustentação política ao Bolsonaro no Congresso. Agora isso se tornou um direito conquistado. É difícil voltar atrás em mecanismos que acabaram acostumando os parlamentares a essa prática”, diz.

Durante a campanha eleitoral, Lula fez duras críticas ao orçamento secreto. Depois de eleito, porém, o futuro presidente suavizou o discurso, já que precisa do apoio do Congresso para aprovar a PEC que tira gastos do teto e, a partir de 2023, para governar.

O PT também anunciou apoio à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) ao cargo de presidente da Câmara. O deputado é apontado como um dos principais articuladores do orçamento secreto.

Psol, Cidadania e PSB questionam o mecanismo no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que a liberação dos recursos fere a Constituição. O tema deve começar a ser julgado pelo plenário da Corte nesta quarta-feira.

2) Rever benefícios sociais
Especialistas também afirmam que é necessário rever políticas sociais implementadas no país, tornando-as mais focalizadas e menos custosas.

Marcos Mendes, pesquisador associado do Insper, afirma em artigo publicado na Folha de São Paulo que “programas anacrônicos precisam dar lugar aos mais eficazes”.

Gabriel Barros, economista-chefe da Ryo Asset, uma gestora de ações, defende ser necessário unificar políticas sociais que estão divididas em diversos programas, como o Auxílio Brasil, o Auxílio Gás, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a Farmácia Popular.

“Há muitos programas e eles se sobrepõem, ou seja, atendem as mesmas pessoas mais de uma vez. É comum uma mesma pessoa receber até cinco benefícios diferentes, o que mostra que os mecanismos não estão bem desenhados e precisam melhorar”, afirma.


Pobreza teve aumento recorde em 2021 e chegou ao maior nível desde 2012, diz IBGE
Em relatório publicado em 2017, o Banco Mundial já dizia que o Brasil possuía “muitos programas de emprego e assistência social”, mas que sua coordenação era “insuficiente”, gerando “duplicidade e despesas regressivas”. Um dos problemas, segundo o documento, é a elaboração isolada dos programas, sem que a interação entre as diferentes políticas seja considerada.

Outro documento, produzido pelo então Ministério da Fazenda e publicado em 2018, ainda durante o governo de Michel Temer (MDB), sugere que o Auxílio Brasil (à época, Bolsa Família) seja unificado à aposentadoria rural e ao BPC. Segundo o relatório, 70% do BPC eram destinados aos 60% mais ricos da população, enquanto somente 12% dos valores acabavam com os mais pobres. O benefício garante o pagamento de um salário mínimo por mês a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência.

No caso do Auxílio Brasil, uma das críticas é de que o programa incentiva familiares que moram juntos a se cadastrar separadamente, para duplicar o valor recebido. A PEC apresentada pela equipe de transição prevê a manutenção de um benefício de R$ 600 por família em 2023, com um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos.

Segundo Damasceno, da Tendências Consultoria, o ideal seria que o governo fizesse um pente-fino nos cadastros do Auxílio Brasil, justamente para evitar distorções que aumentam os gastos.

“O Cadastro Único piorou muito desde a instituição do Auxílio Brasil. Houve um salto de famílias de apenas um integrante, o que indica que está havendo a acumulação de benefícios. O desenho do programa acaba gerando incentivos para distorcer a base de dados sociais do Brasil”, afirma. A equipe de transição já indicou que pretende fazer a revisão dos cadastros.

3) Reduzir ou extinguir o abono salarial

A revisão nas políticas sociais incluiria, ainda, o fim do abono salarial, considerado um programa pouco eficiente e mal focalizado. O abono é pago a trabalhadores com carteira assinada que tenham recebido remuneração mensal média de até dois salários mínimos durante o ano. O programa custa pouco mais de R$ 20 bilhões ao ano.

No documento elaborado durante a gestão Temer, o então Ministério da Fazenda recomendava que o abono fosse incluído no Bolsa Família.

“A gente poderia acabar com o abono, mas um dos argumentos contrários é de que é impossível fazer isso, do ponto de vista político. Uma alternativa seria reformular o programa e manter o pagamento só para quem ganha até um salário mínimo. Isso resultaria em uma economia de R$ 255,8 bilhões em dez anos, a partir de 2024”, diz o economista Gabriel Barros.

4) Baixar gastos com pessoal

Outra alternativa apontada pelos especialistas é a realização de uma reforma administrativa. Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) publicado em 2020 apontou que, entre 1997 e 2019, as despesas com pessoal e encargos sociais do governo central mais que dobraram, passando de R$ 152 bilhões para R$ 321 bilhões.


“Clube dos ricos” vê freada no PIB e recomenda reformas para o Brasil investir mais
Em 2020, o governo Bolsonaro chegou a enviar uma proposta de reforma administrativa ao Congresso. O texto prevê várias mudanças, entre elas a proibição da concessão de reajustes salariais retroativos; o fim da progressão de carreira baseada só no tempo de serviço; e a possibilidade de demissão em hipóteses previstas em lei, que seria posteriormente aprovada no Congresso, para servidores que não estão em carreiras de Estado (que também seriam posteriormente delimitadas).

As novas regras valeriam somente para servidores que ingressarem na carreira após a aprovação do texto. A proposta, porém, pouco avançou e ainda aguarda votação no plenário da Câmara dos Deputados.

Nas contas de Barros, uma reforma administrativa que valesse só para novos servidores e limitasse o salário de entrada para algumas carreiras, alterando também as promoções, geraria uma economia de R$ 207,1 bilhões em dez anos, a partir de 2024.

5) Rever benefícios tributários
Outro gargalo orçamentário são os chamados benefícios tributários, ou seja, as reduções ou isenções de impostos oferecidas pelo governo a determinados segmentos da economia ou grupos de pessoas.

Segundo estimativa da Receita Federal, o governo abrirá mão de R$ 456,1 bilhões em arrecadação no ano que vem por causa desses benefícios. O montante representa quase 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Os maiores valores são destinados ao Simples Nacional (R$ 88,5 bilhões), que reduz e simplifica o pagamento de impostos para pequenas empresas; à Zona Franca de Manaus e a áreas livres de comércio (R$ 55,3 bilhões); e à agricultura e à agroindústria (R$ 53,9 bilhões).

O governo eleito já indicou que pretende rever desonerações, mas eliminar ou ao menos reduzir benefícios não é tarefa fácil. O ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, pretendia reduzir os incentivos, mas não conseguiu.

O Tribunal de Contas da União (TCU) afirmou, em relatório entregue à equipe de transição, que um dos problemas desses benefícios é justamente o fato de que eles “tendem a se perpetuar sem que haja comprovação de que o custo associado à redução de receitas tributárias é compensado pelos benefícios gerados”.

A Zona Franca de Manaus, por exemplo, foi criada em 1967 com previsão de término em 1997. Desde então, porém, o incentivo foi sendo prorrogado – da última vez, o prazo foi estendido até 2073, mais de 100 anos após a implantação.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/cinco-atitudes-que-lula-poderia-tomar-para-abrir-espaco-no-orcamento/
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SENADO ESTÁ CONCORDANDO COM A IRRESPONSABILIDADE FISCAL DE LULA

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Comissão de Constituição e Justiça do Senado realizou sessão extraordinária nesta terça (6) para discutir PEC fura-teto.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senad

Era certo que o cheque quase trilionário pretendido por Lula para bancar promessas de campanha seria mitigado durante a tramitação da PEC fura-teto no Congresso. A proposta foi recebida com uma saraivada de críticas e havia propostas alternativas mais sensatas sobre a mesa. Mas, como no ditado popular, a montanha pariu um rato – e um rato bem disposto a roer as contas públicas até que não sobre nada.

Pouca coisa mudou no substitutivo do relator da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Alexandre Silveira (PSD-MG), que era tão irresponsável do ponto de vista fiscal quanto a proposta original. O valor da “folga” pretendida por Lula, de quase R$ 200 bilhões por ano, estava praticamente mantido; apenas o prazo foi reduzido, de quatro para dois anos. Na verdade, a proposta de Silveira era ainda mais condescendente com o impulso gastador do petismo: se originalmente o plano era deixar explícito que a rubrica extrateto seria o Bolsa Família, no substitutivo simplesmente acrescentava-se centenas de bilhões de reais ao teto para que o governo gaste como bem entender. E aqui fica ainda mais evidente o tamanho do estrago que pode ocorrer se algo assim prosperar, mesmo na versão aprovada na CCJ, que reduz o rombo em meros R$ 30 bilhões.

Que o Congresso esteja considerando a possibilidade de entregar R$ 150 bilhões por ano a Lula sem nenhuma contrapartida concreta faz do atual Legislativo cúmplice da irresponsabilidade total e do terraplanismo orçamentário do futuro chefe do Executivo

A pretensão de que a partir de 2025, quando deixar de valer a licença extraordinária, o governo volte a gastar apenas os valores atuais corrigidos pela inflação, como determina a regra do teto de gastos, é irreal. Com um Orçamento extremamente engessado como o brasileiro, em que o limite de despesa discricionária já está abaixo dos R$ 100 bilhões, onde haveria R$ 150 bilhões, ou mesmo metade disso, para cortar no Orçamento atual e dar lugar para as despesas que serão temporariamente custeadas com o waiver sugerido por Silveira? O risco de haver a necessidade de novas gambiarras para demolir o teto de gastos é enorme, especialmente se Lula usar essa folga temporária para contratar despesas que serão permanentes – o próprio aumento do Bolsa Família é uma delas, já que não se imagina que o petista reduzirá o benefício para R$ 400 daqui a dois anos; mas há outras formas de perpetuar gastos, por exemplo concedendo reajustes ao funcionalismo.

A quase certeza de que o temporário se transformará em permanente – com todos os efeitos desastrosos que isso terá para a dívida pública ou para a inflação – é reforçada porque o próximo governo não tem absolutamente nada para mostrar além de promessas vagas do vice Geraldo Alckmin de que haverá responsabilidade fiscal no próximo mandato. Não há plano para controlar a dívida pública ou a inflação, não há perspectiva de reforma administrativa – na verdade, não há nem ministro da Fazenda ainda. Que o Congresso esteja considerando a possibilidade de entregar R$ 150 bilhões por ano a Lula sem nenhuma contrapartida concreta (pois o máximo que está incluído na PEC é a previsão de que o governo envie projeto de um novo arcabouço fiscal até agosto de 2023) faz do atual Legislativo cúmplice da irresponsabilidade total e do terraplanismo orçamentário do futuro chefe do Executivo.


De todas as propostas que haviam sido feitas, considerando que o furo no teto seria inevitável, certamente mereciam mais consideração as dos senadores tucanos Alessandro Vieira e Tasso Jereissati. Ambas previam um cheque bem menor, de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões, contemplando o necessário para o aumento do Bolsa Família, e válido apenas para 2023; na sugestão de Vieira, o Congresso ficaria obrigado a aprovar uma nova âncora fiscal até julho do próximo ano; na de Jereissati, esse valor extraordinário seria formalmente incorporado ao teto de gastos em 2024, e a partir daí a regra voltaria a funcionar como de costume, sem novos truques orçamentários. Poderíamos até admitir que o valor fura-teto para o próximo ano fosse ligeiramente maior, em torno de R$ 100 bilhões, para eventuais recomposições necessárias, mas especialmente importante seria a previsão de retomada do ajuste fiscal.

Com a aprovação na CCJ, a PEC fura-teto irá ao plenário do Senado já nesta quarta-feira. Se ainda restar um mínimo de responsabilidade dos senadores com o dinheiro público, o texto tem de ser rejeitado, ou ao menos bastante modificado para que o cumprimento de promessas de campanha seja feito sem destruir de vez a saúde fiscal brasileira – o que prejudicará especialmente os mais pobres – e com um compromisso de ajuste fiscal muito mais concreto que as promessas vagas feitas até agora.


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MINISTÉRIO PÚBLICO DA ARGENTINA CONDENA A VICE-PRESIDENTE A SEIS ANOS DE PRISÃO

 


Fernández, Gleisi Hoffmann e ditador de Cuba criticam condenação de Kirchner
Por
Gazeta do Povo com Agência EFE


Presidente argentino escreveu no Twitter que “uma pessoa inocente foi condenada”| Foto: EFE/Mauricio Dueñas Castañeda

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou nesta terça-feira (6) que “uma pessoa inocente foi condenada”, após a divulgação da sentença de seis anos de prisão e inabilitação para exercer cargos públicos contra a vice-presidente do país, Cristina Kirchner.

“Hoje, na Argentina, uma pessoa inocente foi condenada. Alguém que os poderes jurídicos tentam estigmatizar através de juízes complacentes que passeiam por aí em aviões privados e mansões de luxo nos fins de semana”, escreveu o presidente na sua conta do Twitter.

Fernández se referiu assim ao anúncio que fez na segunda-feira (5) de que pediria à Justiça para investigar empresários, juízes, procuradores e ex-funcionários públicos por supostamente fazerem parte de um esquema de corrupção.

O mandatário argumentou na sua mensagem que a condenação da também ex-presidente (2007-2015) “é o resultado de um julgamento em que as formas mínimas de um processo justo não foram tratadas”, começando com “o princípio de não julgar duas vezes o mesmo ato”.

Fernández expressou a sua solidariedade com a vice-presidente “sabendo que ela é vítima de uma perseguição absolutamente injusta”.

A vice-presidente foi condenada nesta terça-feira a seis anos de prisão e inabilitação perpétua de exercer cargos públicos em julgamento por irregularidades na licitação de obras rodoviárias durante os seus dois mandatos como presidente (2007-2015).

No Brasil, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também usou o Twitter para criticar o veredicto da Justiça argentina. “Todo apoio à companheira Cristina Kirchner, vítima de perseguição e politização do Judiciário. O PT está ao seu lado, força, a verdade vencerá!”, escreveu.

O ditador de Cuba, Miguel Diaz-Canel, também se pronunciou. “Reiteramos nosso repúdio a processos judiciais de motivação política e reafirmamos todo nosso apoio e solidariedade a Cristina Kirchner contra o assédio judicial e da mídia contra ela”, afirmou.

O ex-presidente boliviano Evo Morales se somou às críticas. “Nosso mais veemente repúdio e condenação ao golpe judicial e fraudulento que tenta truncar os direitos políticos de nossa irmã Cristina Kirchner. Depois de fracassar na tentativa de assassiná-la, hoje tentam eliminá-la politicamente. Força, irmã Cristina, a luta continua!”, escreveu.

Argentina
Por que a condenação de Cristina é um golpe duro, mas não fatal para o kirchnerismo

Por
Fábio Galão – Gazeta do Povo

AME8323. BUENOS AIRES (ARGENTINA), 06/12/2022.- La vicepresidenta de Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, saluda hoy a la salida de su casa previo al veredicto sobre el caso en su contra, en Buenos Aires (Argentina). Fernández escuchará vía telemática el veredicto del caso que juzga las presuntas irregularidades en la concesión de 51 obras públicas a firmas del empresario Lázaro Báez durante sus Gobiernos y los de su fallecido esposo Néstor Kirchner (2003-2007) en la austral provincia de Santa Cruz, cuna política del kirchnerismo. EFE/ Enrique García Medina


Vice-presidente não cumprirá sentença de seis anos de prisão imediatamente e deve aumentar esforços contra a independência do Judiciário| Foto: EFE/Enrique García Medina

Sinônimo de populismo e irresponsabilidade fiscal na Argentina, o kirchnerismo é uma subdivisão do peronismo surgida na província sulista de Santa Cruz, onde Néstor Kirchner foi governador de 1991 a 2003 antes de chegar à Casa Rosada.

Após seu primeiro e único mandato presidencial (2003-2007), ele foi sucedido por sua esposa, Cristina (2007-2015), que em 2019 retornaria como vice-presidente de Alberto Fernández.

Muitos acreditam que a condenação de Cristina a seis anos de prisão e inabilitação perpétua para o exercício de cargos públicos por corrupção nesta terça-feira (6) pode ser um golpe fatal no kirchnerismo, mas é provável que não seja tão simples assim.

Para começar, a vice-presidente, que já teve três processos contra ela arquivados no ano passado (estão em reanálise nas instâncias superiores) e aguarda outro ser julgado, não vai cumprir a sentença desta terça-feira imediatamente.

Devido ao foro privilegiado, ela não pode ser detida agora e, além disso, poderá recorrer à Câmara Federal de Cassação Penal e depois à Corte Suprema.

Outro ponto é que Cristina vai tentar ganhar dividendos políticos com o caso, o que já vinha buscando desde antes da sua condenação. Alegando perseguição judicial, o peronismo ganha argumentos junto à sua base para tentar interferir no Judiciário para que este defenda seus interesses.

Esforços que já vinham ocorrendo, como as manobras para colocar mais aliados no Conselho da Magistratura (órgão com poder de nomear e destituir juízes) e um projeto para aumentar o número de cadeiras na Corte Suprema, devem ganhar ênfase.

O objetivo é somar a comoção pelo veredicto desta terça-feira à despertada pela tentativa de assassinato que a vice-presidente sofreu em Buenos Aires no início de setembro.

“Na realidade, o kirchnerismo e o peronismo conseguem usar essas coisas que surgem contra eles a seu favor. Isso tem acontecido muitas vezes na história da Argentina. Eu não duvido que a Cristina tenha até torcido por uma condenação para depois tentar reverter isso e voltar como mártir, fazendo até uma associação com o que aconteceu com o Lula no Brasil”, pontuou Márcio Coimbra, coordenador de pós-graduação em relações institucionais e governamentais da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília (FBMB).

“O líder populista tem que se mostrar como alguém contrário ao sistema. No momento em que você tem uma condenação do ‘sistema’, isso legitima o seu populismo. No caso da Cristina, [foi legitimado] tudo que ela vinha dizendo, que ela é perseguida, que querem tirá-la da política”, complementou.

Peronismo refém e oposição fragmentada
Enquanto grande parte dos argentinos rejeita o governo Fernández, devido principalmente à inflação descontrolada e à desaceleração econômica, Kirchner tem o peronismo nas mãos.

Valendo-se do seu prestígio junto aos sindicatos e movimentos sociais, ela gera desgaste para o atual presidente ao impor trocas de ministros e minar medidas que se oponham à gastança populista, como o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) definido no início deste ano e qualquer mínima tentativa de responsabilidade fiscal.

Sua pressão para dar asilo diplomático a uma ex-ministra do ex-presidente equatoriano Rafael Correa (2007-2017) condenada por corrupção azedou as relações de Fernández com o atual presidente do Equador, Guillermo Lasso.

Embora tenha alegado após o veredicto que não pretende concorrer a nenhum cargo em 2023, Cristina no mínimo tentará usar sua influência para reverter sua condenação e livrar seus filhos de encrencas com a Justiça – o deputado nacional Máximo Kirchner, filho dela e de Néstor, é o herdeiro político do clã.

“Quando a gente penetra no tecido social argentino e vê os sindicatos, associações de bairro e os movimentos sociais, o kirchnerismo e o peronismo têm muita força. Significa que, numa eleição, eles já saem de um patamar mínimo, e, além disso, essa penetração no tecido social os ajuda a multiplicar votos com muito mais facilidade do que seus opositores”, explicou Coimbra.

Para o especialista, as dificuldades de articulação dos oposicionistas ajudam nessa perpetuação.

“Eles [peronismo] tiveram opositores de toda sorte, por exemplo, a União Cívica Radical, hoje completamente diminuta, dividiu espaço com o partido do [ex-presidente Mauricio] Macri, tem o próprio pessoal do Macri. Não existe uma alternativa muito clara ao peronismo em um duelo, o outro lado é sempre muito fragmentado, muitos partidos foram sumindo ou diminuindo de tamanho”, acrescentou.


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TSE APROVA CONTAS E GARANTE A DIPLOMAÇÃO DE LULA

 


TSE aprova por unanimidade contas da campanha de Lula e apuração dos votos

Por
Renan Ramalho = Gazeta do Povo
Brasília


Lula e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes: aprovação das contas de campanha abre caminho para diplomação do presidente eleito no próximo dia 12.| Foto: Antonio Augusto/TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta terça-feira (6) a prestação de contas da campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Antes, a Corte aprovou a apuração dos votos, e proclamou oficialmente o petista como próximo presidente da República. Tratam-se de formalidades necessárias para a diplomação de Lula e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), marcada para o próximo dia 12 – solenidade que permite sua posse na Presidência da República, no dia 1º de janeiro de 2023.

A relação de receitas e despesas foi aprovada apesar de algumas ressalvas feitas pela área técnica do tribunal. Em parecer, a Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Asepa) apontou que, dos R$ 131,3 milhões gastos entre agosto e outubro, R$ 187 mil foram despesas irregulares. Isso representa 0,142% do total gasto em propaganda, viagens e eventos da candidatura.

Em razão do baixo porcentual de irregularidades, a própria Asepa recomendou a aprovação com ressalvas das contas de Lula. “Foram verificadas irregularidades que, no conjunto, não comprometeram a regularidade das contas, constituindo motivo para a proposta técnica de aprovação com ressalvas”, diz o parecer final do órgão.

O Ministério Público Eleitoral, por outro lado, recomendou a aprovação sem qualquer ressalva, levando em conta esclarecimentos prestados pelo PT após o parecer da Asepa. Com isso, o ministro Ricardo Lewandowski, relator das contas no TSE, votou pela aprovação, pois considerou sanadas as irregularidades.

“As inconsistências pontuais identificadas, que foram superadas, representaram apenas 0,142% do total dos recursos arrecadados. Esse entendimento foi corroborado pela Procuradoria-Geral Eleitoral que consiga não haver irregularidades a serem sanadas. Reconheço a integral regularidade da movimentação financeira. Dada a inexistência de impropriedades e irregularidades que maculem a higidez das contas, julgo aprovadas as contas”, disse o ministro.

Ele foi acompanhado pelos demais integrantes titulares do TSE: Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Sérgio Banhos e Carlos Horbach.

Quais as irregularidades nas contas de Lula apontadas pela área técnica do TSE

Ao final da análise das despesas e receitas, os técnicos do TSE verificaram três problemas não esclarecidas pela campanha de Lula nas contas eleitorais. Em razão delas, recomendou que o PT devolvesse aos cofres públicos o montante de R$ 41 mil.

O primeiro problema é a omissão de uma despesa de R$ 146 mil com uma gráfica chamada Mavmix Adesivos Decorativos Ltda, localizada no Rio de Janeiro. A Secretaria de Fazenda do estado confirmou que foi emitida nota fiscal para Lula, mas a campanha não reconheceu gastos no empresa. Alegou que a contratação partiu do diretório estadual do PT, mas a gráfica registrou a campanha de Lula como contratante. A empresa confirmou a versão, mas não corrigiu a nota fiscal. A Asepa do TSE considerou que o PT não precisa devolver esse valor.

A segunda irregularidade é relativa a despesas de passagens aéreas pagas em duplicidade, no valor total de R$ 5,5 mil, valor que deverá ser recolhido ao Tesouro. Foram verificados pagamentos de passagens na mesma data, para o mesmo passageiro, em trechos incompatíveis – isso ocorreu com viagens compradas para três militantes da campanha. “São irregulares despesas relativas a bilhetes aéreos para os quais ocorreram no-show [não comparecimento do passageiro], além de ser defeso o uso de recursos públicos para pagamento de multa e juros decorrentes do inadimplemento de obrigações, tal como a decorrente de no-show”, diz o parecer.

Por fim, não foram comprovadas despesas de R$ 35,4 mil com material impresso. Inicialmente, a Asepa havia dado falta de comprovação de gastos bem maiores, num montante de R$ 1,4 milhão com impressos, serviços de publicidade, contabilidade e marketing digital. Mas, em resposta a questionamentos do órgão, o PT conseguiu comprovar as despesas.

Durante o mês de novembro, a área técnica do TSE havia levantado irregularidades num valor total muito maior em toda a campanha, de R$ 2 milhões. Havia suspeitas em relação à real doação de serviços ou bens por parte de pessoas físicas, possíveis irregularidades no impulsionamento de conteúdos em redes sociais, recursos de origem não identificada, bem como diárias em hotéis pagas em duplicidade – de modo semelhante ao que ocorreu com bilhetes aéreos. A campanha então enviou centenas de comprovantes para atestar a regularidade dos gastos. A maioria foi aceita pela Asepa.

No parecer final dos técnicos da Justiça Eleitoral, não há nada que implique numa sanção dura para a campanha de Lula e, por isso, houve a recomendação de aprovação das contas com ressalvas.

Ao analisar as receitas e despesas, a Asepa do TSE verifica a origem dos recursos empregados na campanha (na maior parte, oriunda dos fundos eleitoral e partidário); existência e regularidade da documentação fiscal e comprobatória; efetiva prestação do serviço e entrega dos bens; vinculação das despesas com a campanha eleitoral; legitimidade da candidatura; e adequação dos valores aos praticados no mercado.

No sábado (3), seguindo em parte o parecer da área técnica do TSE, o Ministério Público Eleitoral também recomendou a aprovação das contas, e sem qualquer ressalva. Levou em conta novos esclarecimentos feitos pelo PT comprovando a regularidade dos gastos questionados pela Asepa em seu parecer final.

Exame semelhante é feito nas contas do diretório nacional do partido vencedor da eleição. No caso do PT, a Asepa encontrou irregularidades em montante bem maior. Dos R$ 502,8 milhões gastos pelo partido – inclusive com a campanha de Lula – há problemas na comprovação com despesas no valor de ao menos R$ 156,4 milhões, ou 31% do total.

Essas suspeitas não recaem sobre a campanha de Lula, mas sobre repasses para candidatos a outros cargos e também faltas na transparência. O partido, por exemplo, descumpriu prazos para entregar relatórios financeiros, a fim de informar em tempo hábil despesas de mais de R$ 1 milhão. Também deixou de repassar R$ 45,3 milhões dos fundos eleitoral e partidário para candidaturas de mulheres (algo obrigatório), além de repassar R$ 876,5 mil com atraso, após a prestação parcial de contas. Ainda falhou ao deixar de repassar R$ 107,6 milhões para candidaturas de pessoas negras, conforme determinado pelo STF. Nos dois casos, o valor deve ser proporcional ao número de candidatas mulheres (não menor que 30% do total) e de negros.

Essas irregularidades relativas ao PT nacional não têm potencial de causar problemas para a diplomação e posse de Lula. Mas, como foram maiores e mais graves, podem implicar perdas financeiras para o PT, na forma de descontos nos repasses mensais do fundo partidário, a título de devolução ou multa.

O relator das contas do PT no TSE é o ministro Benedito Gonçalves, corregedor-nacional da Justiça Eleitoral e também próximo de Lula. Ainda não há data marcada para esse julgamento.


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PEC FURA TETO FICA MENOR MAS AINDA É AMEAÇA

 

PEC fura-teto

Por
Alexandre Garcia


Comissão de Constituição e Justiça do Senado realizou sessão extraordinária nesta terça (6) para discutir PEC fura-teto.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senad

Nesta terça-feira a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o relatório de um senador lulista furando o teto de gastos e o equilíbrio fiscal. Não serão quatro anos de furo, mas dois, e não serão R$ 198 bilhões de furo, mas R$ 145 bilhões. Provavelmente puseram o bode na sala para poder negociar. Como o PL queria adiar a votação convocando uma audiência pública, houve a negociação, o prazo foi reduzido pela metade e o valor caiu bastante.

O furo ficou menor, mas ainda assim acabei de saber que o agro está parado nas suas compras, nos seus investimentos; o setor de máquinas agrícolas sente isso, as vendas pararam. Pois estão todos esperando para saber de quanto serão os juros. A perspectiva é de alta nos juros, na inflação e na dívida pública; são as consequências de se gastar demais. Era o equilíbrio fiscal que vinha conseguindo manter a inflação em torno de 5%. Agora já estão projetando que no fim do ano a inflação ficará em 6%; só a expectativa já provoca isso.

A essa hora, já estão preparando a votação da PEC fura-teto no plenário do Senado. São necessários 49 votos dos 81 senadores, ou 60%. Mas na Câmara será mais complicado: são necessários 308 votos dos 503 deputados e, além de tudo, Arthur Lira não vai entregar tudo de mão beijada; se ele vai ficar mais dois anos presidindo a Câmara, ele vai querer ficar com um trunfo na mão para negociar com o presidente e mostrar sua força como dono da pauta. Essa é a expectativa.


Lula não aprendeu com os erros do passado e agora vai repeti-los
PT quer acabar com regra de ouro que segura inflação. Dá pena
Transição para baixo
Barroso ignora MPF e quer achar na marra algo contra Bolsonaro
Quando o Ministério Público diz que não há acusação, o juiz simplesmente arquiva o processo, pois quem acusa é o MP e, se o MP diz que não tem motivo pra acusar, pronto, acabou o processo. Naquelas patacoadas da CPI da Covid, se tivéssemos feito todo o contrário do que a maioria da CPI da Covid recomendou, tenho certeza de que teríamos salvo metade das pessoas que morreram. Acusaram Bolsonaro de mil coisas, a Polícia Federal não encontrou nada, tampouco o MP, que pediu o arquivamento. Mas Luís Roberto Barroso disse que não arquiva, e pediu mais 60 dias para procurarem e ver se acham algo, contrariando o hábito, que é arquivar logo. Falando em contrariar hábito, quando se descobre que um inquérito estava no lugar errado, mas já houve condenação e o condenado está até cumprindo a pena, nem se mexe mais no inquérito; só na Lava Jato, no caso de Lula, é que abriram uma exceção.

Justiça anula multa absurda que TCU impôs a Deltan Dallagnol

Falando em Lava Jato: o TCU, que não leu o artigo 127 da Constituição, que diz que o Ministério Público é autônomo administrativamente, tinha condenado Deltan Dallagnol a pagar R$ 2,8 milhões em diárias e passagens gastas nas investigações, nesse país em que o crime não compensava, mas agora voltou a compensar. Agora, um juiz federal anulou essa multa, dizendo que o relator no TCU, Bruno Dantas, nem deu bola para a parte técnica, que não viu razão para multa alguma. E nem cabia mesmo multa, porque quem cuida de saber se a diária foi devida ou não é o próprio Ministério Público, pela sua Corregedoria, e o Conselho Nacional do Ministério Público.

O que o TCU fez, essa desmoralização do Ministério Público, como também fizeram com o ex-juiz Sergio Moro, é o que estão fazendo na Argentina hoje, depois da condenação de Cristina Kirchner. Tentarão desmoralizar o Ministério Público de lá; aqui conseguiram, tanto que os resultados estão aí, inclusive resultados eleitorais. Temos de pensar se queremos que o crime compense ou não neste país.


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BOLSONARO QUER EXTINGUIR COMISSÃO DE MORTOS E DESAPARECIDOS DA DITADURA

 

Foto: Sergio Castro/AE – 20/10/2009

Por Marcelo Godoy e Levy Teles

Órgão recuou da primeira investida em junho após contestação do MPF

O presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos (CEMDP), Marco Vinícius Pereira de Carvalho, convocou uma reunião extraordinária para a próxima quarta-feira, 14, para a análise e votação da extinção do órgão. O governo Jair Bolsonaro propõe a finalização dos trabalhos do colegiado responsável por tratar de crimes cometidos durante a ditadura militar a menos de um mês da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Como o Estadão revelou em junho deste ano, já estava nos planos da atual gestão federal encerrar os trabalhos da CEMDP. O órgão, no entanto, recuou da iniciativa. Após 27 anos de investigação, poucos corpos ainda foram localizados. A decisão de extinguir o colegiado foi adiada no fim daquele mesmo mês após contestação da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) e do Ministério Público Federal (MPF).

Dimas Antonio Casemiro foi torturado e morto em 1971; o corpo dele foi encontrado em uma vala clandestina pelo Grupo de Trabalho Perus, em 2018.
Dimas Antonio Casemiro foi torturado e morto em 1971; o corpo dele foi encontrado em uma vala clandestina pelo Grupo de Trabalho Perus, em 2018. Foto: Acervo da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos

O ex-presidente da Comissão Nacional da Verdade Paulo Abrão disse acreditar que a medida busca gerar desconfortos, sobretudo no período de transição de gestão federal. “Isso (a convocação) tem cheiro do núcleo ideológico do governo querendo gerar algum tipo de intriga ou alguma polêmica totalmente desnecessária no apagar das luzes do governo”, afirmou. A iniciativa pode embaraçar ainda mais a relação de Lula com os militares e intensificar constrangimentos para o presidente eleito.

Segundo Abrão, que também é ex-secretário-executivo da Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), a finalização dos trabalhos é “incabível”. “Estamos falando de crimes cuja reivindicação de reparação é imprescritível de acordo com as normas internacionais das quais o Brasil tem o dever de seguir”, disse.

Familiares do operário Manoel Fiel Filho assistem à Conferência Internacional sobre o Direito à Verdade, no auditório da Escola Politécnica da USP.
Familiares do operário Manoel Fiel Filho assistem à Conferência Internacional sobre o Direito à Verdade, no auditório da Escola Politécnica da USP. Foto: Sergio Castro/Estadão – 20/10/2009

Fundada em 1995 no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a comissão foi o resultado de um acordo entre o ministro da Justiça, Nelson Jobim, e o ministro do Exército, Zenildo Lucena. Tratava-se de cumprir o que estava nas disposições transitórias da Constituição de 1988, reconhecendo a responsabilidade do Estado brasileiro no desaparecimento e na morte de presos políticos. Ao mesmo tempo, mantinha-se a Lei de Anistia, de 1979, que impedia a punição dos torturadores e assassinos de prisioneiros sob custódia.

Ao longo do trabalho da comissão, surgiram relatos de militares e de policiais, além de documentos, que ajudaram a esclarecer dezenas de crimes, como o sequestro, a tortura, a morte e o desaparecimento do ex-deputado federal Rubens Paiva. Também foi possível identificar na vala comum do Cemitério de Perus, em São Paulo, as ossadas de cinco desaparecidos políticos: Dênis Casemiro, Frederico Antonio Mayr, Flávio de Carvalho Molina, Dimas Antonio Casemiro e Aluísio Palhano Ferreira.

Segundo Abrão, esse trabalho está inconcluso e o seu encerramento é “juridicamente inválido”, uma vez que não houve pleno cumprimento de “sentenças judiciais nacionais que determinam o direito das famílias ao luto e determinam a finalização dos exames de DNA no caso Perus”. “A agenda da Comissão de Mortos e Desaparecidos é uma agenda incompleta, portanto não cabe nenhum tipo de encerramento dos trabalhos”, afirmou.

“O trabalho da CEMPD transcende governos e implica dar cumprimento a obrigações que são próprias do Estado brasileiro, independentemente da vontade do governo do momento”, disse.

Como afirmou o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau ao Estadão em setembro deste ano, a extinção do órgão selaria o rompimento de um acordo político, parte do processo de pacificação, que envolveu a Lei da Anistia.

Comunicado

O comunicado é assinado por Arthur de Souza Casemiro da Silva, coordenador-geral de Desaparecidos. A CEMDP está vinculada à Secretaria Nacional de Proteção Global, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que até março deste ano era comandado pela senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF). Antes, o órgão integrava o Ministério da Justiça.

“Em nome do presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), dr. Marco Vinícius Pereira de Carvalho, convocamos os senhores para a 1.ª Reunião Extraordinária da CEMDP, que será realizada no dia 14 de dezembro de 2022, quarta-feira, às 10h, de forma presencial, na Esplanada dos Ministérios, Bloco A, 4º andar – Bairro Zona Cívico-Administrativa, Brasília”, escreve Silva.

De acordo com a convocatória, houve a “a conclusão da análise de todos os processos de solicitação de indenizações”. Os casos são tratados com base na Lei 9.140, de 1995, que “reconhece como mortas pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979″.

Carvalho é um advogado bolsonarista simpatizante do regime militar, que foi nomeado para o cargo pela então ministra Damares. Antes, ele promoveu ações em que tentava impedir a posse de Lula como ministro da Casa Civil, em 2016, e o impeachment do ministro do STF Dias Toffoli. No caso da comissão, a Lei 9.140/95 previa o seu fim quando os trabalhos estivessem concluídos.

VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

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