Portaria do atual governo sancionou autoridades chavistas, impossibilitando viagem delas ao Brasil, e continua em vigor
BRASÍLIA – A equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
comunicou a integrantes do Itamaraty que “todos os países com os quais o
Brasil mantém relações diplomáticas” devem ser convidados a posse – o
que inclui a Venezuela. O convite e a vinda do venezuelano Nicolás Maduro, no entanto, esbarram em uma medida do governo Bolsonaro que impede a entrada dele no País.
A Portaria Interministerial número 7, de 2019, assinada pelos então ministros da Justiça, Sérgio Moro, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo,
“impede o ingresso no País de altos funcionários do regime venezuelano,
que, por seus atos, contrariam princípios e objetivos da Constituição
Federal, atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a
prevalência dos direitos humanos”. Maduro faz parte da lista elaborada
pelo Itamaraty com base na portaria.
O texto usa como fundamento artigos da Constituição Brasileira,
resoluções da Organização dos Estados Americanos (OEA), as quais o
Brasil aderiu, uma resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações
Unidas (ONU) e declarações do Grupo de Lima.
Por isso, integrantes da transição de governo do grupo de Relações
Exteriores e da organização da Cerimônia de Posse estudam como
viabilizar a vinda do chavista. Eles avaliam que o presidente Jair Bolsonaro não atenderia a um pedido para revogar a portaria e que o caso seria explorado politicamente contra Lula.
Em 2018, Bolsonaro orientou o Itamaraty a desconvidar Maduro e o
presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, de sua cerimônia de posse. Eles
também haviam sido chamados com base na praxe de enviar convites a todos
os países com os quais o Brasil possui relações diplomáticas. Na
ocasião, a chancelaria venezuelana afirmou que jamais enviaria
representantes à posse de Bolsonaro.
O tema vem sendo discutido na transição e com o Itamaraty.
Integrantes do grupo entendem que, no momento, Maduro não poderia nem
sequer ser convidado, embora o Brasil não tenha rompido formalmente as
relações, e apenas retirado diplomatas do país vizinho, desativando a
embaixada e a rede consular. A Venezuela ainda tem embaixada em
Brasília, mas sem representantes de alto nível.
A proposta de convidar Maduro virou um problema na transição — e
também no Itamaraty, onde diplomatas preveem, no mínimo, um desconforto
diplomático que precisará ser resolvido nas próximas semanas.
Interlocutores de Lula chegaram a cogitar, por exemplo, a
possibilidade de o presidente eleito revogar a portaria como um dos
primeiros atos ao assumir o cargo. A medida seria inviável. Primeiro,
porque, para isso, Lula precisaria primeiro tomar posse e o convite para
Maduro é para estar no País antes disso. Mesmo que o fizesse na manhã
de 1º de janeiro, não haveria tempo para o deslocamento desde Caracas.
Outro problema: países enviam comitivas precursoras para inspecionar
as condições de segurança no local de visita de um líder internacional,
mas os nomes indicados por Maduro para a viagem ao Brasil antes da posse
também podem estar suscetíveis a sanções com base na portaria ou em
entendimentos da OEA.
Interlocutores de Lula garantem que o presidente eleito irá
reorientar as relações com Caracas e restabelecer o contato com o regime
de Maduro, como uma de suas primeiras medidas. Lula vai deixar de
reconhecer Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, por
exemplo. A equipe de transição já pediu ao Itamaraty informações sobre
as instalações diplomáticas do Brasil na Venezuela, com intuito de
reabrir a embaixada.
O petista terá a seu favor uma mudança no cenário internacional,
desde 2019. Na época, uma política de pressão máxima foi adotada pela
comunidade internacional na expectativa de estrangular economicamente e
politicamente o regime de Maduro. A sustentação do venezuelano no poder,
a despeito disso, colocou a estratégia em xeque. A saída de Donald
Trump da Casa Branca e a guerra na Ucrânia também geraram uma mudança de
posição de Washington, que retirou parcialmente sanções à Venezuela para promover o diálogo político entre Maduro e a oposição ao chavismo.
No início do ano, a vice-presidente da Assembleia Nacional
venezuelana, Iris Varela, entrou no Brasil para reunião com
parlamentares de esquerda no Congresso Nacional. Ela é acusada pela OEA
de violação de direitos humanos. Pela resolução adotada pelo órgão
multilateral com voto do Brasil, ela foi sancionada e estaria impedida
de entrar no País. Mesmo assim, conseguiu chegar a Brasília e fazer
reuniões com parlamentares. Daqui, a venezuelana representante do
governo Maduro viajaria à Argentina, mas na chegada ao país foi barrada
pelas autoridades locais e regressou a Caracas.
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Que Anne Hathaway é uma mulher polivalente, isso muita gente sabe: a
estrela hollywoodiana, além de atriz multipremiada, também coloca suas
garras de fora como cantora, empresária e embaixadora das Nações Unidas.
Contudo, agora ela também é sócia do Pact, um fundo de impacto global
liderado por mulheres.
Com o apoio de Hathaway, o Pact anunciou a criação de um fundo de US$
36 milhões, com foco em startups europeias com ideias de impacto, nas
áreas de economia inclusiva, bem-estar e climatechs. Segundo reportou o
TechCrunch, o ticket médio dos investimentos ficará na casa dos US$ 1,2
milhão a US$ 1,8 milhão.
Além de Anne Hathaway, outros sócios famosos também entraram no
negócio. O head de AI do Google, Jeff Dean, e um dos fundadores do
TechCrunch, Keith Teare, também estão na jogada. O fundo é liderado por
três executivas com experiência em fundos de VC no Vale do Silício e
mercado asiático: Tong Gu, Reem Mobassaleh Wyndham e Monik Pham.
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Sobre a participação de uma grande estrela de Hollywood em seu corpo
de investidores, Reem Mobassaleh Wyndham destacou os valores
compartilhados entre a atriz e o Pact.
“Uma de suas grandes causas é o cuidado infantil, e a falta dele,
como a fronteira final para a paridade de gênero. E isso é algo que
experimentamos em primeira mão como três executivas do sexo feminino que
tiveram nossos primeiros filhos enquanto levantavam este fundo. Tivemos
que descobrir como superar os ventos contrários estruturais para poder
fazer as duas coisas. Essa é uma das lições que esperamos compartilhar
com o ecossistema, e é aí que entra Anne”, afirmou Reem em entrevista ao
TC.
O primeiro investimento da Pact foi na Growth Kitchen, startup
londrina que lança marcas de alimentos sustentáveis com base em insights
de dados. Os investimentos anteriores do Pact incluem a Clause,
adquirida pela DocuSign; Onto, um serviço de assinatura de veículos
elétricos; Perlego, uma plataforma de aprendizagem online; e a fintech
africana Yoco.
Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda,
empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de
reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.
São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os
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das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de
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O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) e o deputado Marcel Van
Hattem (Novo-RS) na audiência pública do Senado| Foto: Edilson
Rodrigues/Agência Senad
A Comissão de Transparência, Fiscalização
e Controle do Senado realizou uma audiência pública nesta quarta-feira
(30) para discutir um suposto desequilíbrio nas inserções de rádio nas
eleições deste ano. A pauta oficial, porém, se transformou em um debate
acerca de suspeitas sobre as urnas eletrônicas, o sistema eleitoral e a
atuação de ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo
Tribunal Federal (STF). Parlamentares e convidados para falar na
audiência, que durou cerca de dez horas, acusaram os magistrados de
abuso de autoridade.
Autor do pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) que pretende investigar abusos cometidos por ministros do TSE e do
STF, o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) avaliou que não há
“desculpa” para a Câmara não “começar os trabalhos imediatamente” e até
sugeriu transformar a investigação em uma comissão mista (CPMI), com a
participação de senadores.
O advogado e jurista Ives Gandra afirmou que a harmonia entre os
poderes não tem sido respeitada e manifestou seu entendimento de que,
apesar do respeito que tem pelos ministros do STF, “eles têm entrado na
competência” dos poderes Executivo e Legislativo, e até do Ministério
Público Federal (MPF), ao citar como exemplo o chamado inquérito das
“fake news”. “O Supremo investiga e dá início a ações mesmo quando a
Procuradoria-Geral da República pede que seja arquivado”, disse.
O presidente do Instituto Voto Legal (IVL), Carlos Rocha, participou
da audiência e defendeu a auditoria produzida por sua empresa ao Partido
Liberal (PL), que aponta possíveis irregularidades nas urnas
eletrônicas. O relatório embasou o ação do Partido Liberal (PL) que
pediu a invalidação dos votos de 279 mil urnas. A representação foi
rejeitada por Moraes.
Quem também levantou suspeitas foi o fundador da empresa argentina
Numen Publicidad, Fernando Cerimedo, que reforçou dados apresentados no
início do mês segundo os quais modelos mais antigos das urnas
eletrônicas tenderiam a registrar mais votos para o presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do que para o presidente Jair Bolsonaro
(PL) na eleição deste ano. Responsável pelo canal argentino La Derecha
Diário, ele mantém relação próxima com o deputado federal Eduardo
Bolsonaro (PL-SP).
O empresário Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação (Secom)
do governo federal, foi o primeiro debatedor a falar e denunciou que a
campanha de Bolsonaro não teve exibidas 1,253 milhão de inserções em
emissoras de rádio durante as eleições. Pelos cálculos dele, que
coordenou o núcleo de comunicação da campanha, isso corresponderia a R$
38 milhões ao erário em mídia não entregue. Ele citou que as rádios
compensam tributos pela veiculação de inserções no período eleitoral.
Na reta final do segundo turno, a campanha de Bolsonaro denunciou ter
tido 154 mil inserções a menos que a campanha de Lula nas rádios e
acionou o TSE para investigar um suposto boicote de emissoras de rádio
na divulgação da propaganda eleitoral. A ação foi rejeitada pelo
presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, que ainda pediu à
Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar “possível
cometimento de crime eleitoral” pela campanha.
O que foi debatido sobre abuso de autoridade de ministros do TSE e STF Além
de reforçar o entendimento de que existe uma invasão das competências
do Judiciário sobre os demais poderes, o jurista Ives Gandra Martins
ainda que disse que o país vive um “neoconstitucionalismo”, o que
denominou como uma “corrente consequencialista” do direito.
O jurista contesta os atos do Judiciário em “corrigir rumos” do
Executivo e de legislar no “vácuo” do Legislativo e considera que,
muitas vezes, o Congresso não legisla por respeito à vontade do povo.
“Quando o Legislativo não legisla, legisla por uma razão, porque sente a
vontade do povo. Não legislar, muitas vezes, é respeitar a vontade do
povo”, comentou.
Quem também se manifestou sobre abuso de autoridade foi o
desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
dos Territórios (TJDFT) Sebastião Coelho, que sugeriu a prisão do
ministro Alexandre de Moraes ao discursar num trio elétrico em
manifestação em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, pela
atuação do magistrado no inquérito das fake news.
O desembargador alertou para o risco de uma convulsão social do país,
disse que a ordem institucional está rompida e que Moraes pratica,
“reiteradamente”, crimes, e que o magistrado é “antidemocrático”. Sobre a
fala de que o magistrado deveria ser preso, Coelho não recuou e
reforçou. “Uma filha minha me disse: ‘pai, alguém escreveu que vai dar
três dias para você estar em público se retratando’. Eu estou aqui
reafirmando em vez de me retratar”, disse.
Coelho acusou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de
prevaricar, e disse que a melhor “providência” contra o abuso de
autoridade cabe aos senadores. O desembargador sugeriu que os senadores
peçam uma reunião com os ministros do STF e o encerramento dos
inquéritos da fake news e o que apura supostas milícias digitais”. “Se o
Supremo aceitar essa proposta, nós começaremos a ter o processo de
pacificação do país. Agora, eles não podem ter o benefício de alegar se o
Senado não for até lá”, afirmou.
O que foi dito sobre a contestação ao resultado das urnas Sobre a
contestação do PL ao resultado eleitoral embasada pela auditoria do
Instituto Voto Legal, o engenheiro Carlos Rocha disse que o trabalho
feito é exclusivamente técnico e que sua empresa segue especificamente
as instruções fornecidas pelo TSE na resolução 23.673/21, que dispõe
sobre os procedimentos de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico
de votação.
“O que temos feito como equipe técnica trabalhando para o Partido
Liberal segue exatamente aquilo que foi regulamentado pelo Tribunal
Superior Eleitoral”, destacou Rocha. O presidente do IVL disse que a
resolução traz uma seção específica para a verificação extraordinária
após o pleito, com dois artigos que possibilitam uma “verificação
extraordinária” do processo eleitoral.
O artigo 51 da resolução diz que “entidades fiscalizadoras poderão
solicitar verificação extraordinária após o pleito, desde que sejam
relatados fatos e apresentados indícios e circunstâncias” que
justifiquem a contestação. Dessa maneira, Rocha disse ter identificado
três registros que “conflitam” com as especificações técnicas e com a
legislação.
O primeiro ponto apontado por ele é uma “série errada” em todas
as séries do logs (registros de eventos) das urnas eletrônicas. Segundo
Rocha, é o primeiro indício de mau funcionamento. Outro ponto é o de
travamento de urnas desligadas “pela chave” do fiscal de sala, o que
sugerem, de acordo com ele, “possível falha no programa da urna”. Outro
alerta feito por ele é a informação do nome de eleitores nos casos de
trava, o que, segundo ele, fere o sigilo do voto e “é um problema e
indício de mal funcionamento” das urnas.
O que mais foi dito sobre desequilíbrio nas inserções em rádios Coordenador
de imprensa da campanha de Bolsonaro, Fabio Wajngarten também defendeu a
metodologia usada pelas auditorias realizadas para a contestação do
suposto boicote de emissoras de rádio na divulgação da propaganda
eleitoral. Ele disse que todas as auditorias de mídia que anunciantes
privados contratam se baseiam no streaming, e que 95% das rádios
transmitem o mesmo sinal, seja pelo streaming ou pelo ar.
“Não é verdade que a metodologia adotada pela campanha do presidente é
uma metodologia que não condiz com o que realmente aconteceu”,
sustentou. Wajngarten disse que é dever das campanhas eleitorais auditar
as veiculações, como disse o ministro Alexandre de Moraes, e não do
TSE.
Porém, ele destacou ser dever do TSE promover um “check-list” sobre
as rádios que deixaram de divulgar as inserções. Ele explicou que, a
exceção dos fins de semana, as campanhas eram obrigadas a encaminhar a
Corte dois arquivos diários, um às 14h, o “mapa de mídia”, e o “plano de
mídia”, às 16h. Segundo Wajngarten, a campanha de Bolsonaro cumpriu a
determinação.
“Questionei severamente as áreas de operação de mídia para saber se
houve alguma falha do nosso lado de operações de envio de material, mas
não ocorreu”, declarou. “É atribuição do veículo de comunicação ir ao
pool e baixar tanto o plano de mídia quanto os materiais que seriam
vinculados. Esta é a atribuição das rádios e emissoras de TV”,
complementou.
Porém, Wajngarten disse que não é possível saber quantas rádios
baixaram ou não os materiais e acredita que isso poderia ser possível se
o TSE promovesse uma checagem em tempo real. “É dever do TSE, com toda a
tecnologia e estrutura que diz possuir, com tanta segurança que diz
desenvolver, ele deveria, simplesmente, ao lado de cada veículo, colocar
verde ou vermelho se as rádios baixaram ou não o material obrigatório”,
disse.
O que diz o requerimento que possibilitou a audiência pública O
autor do requerimento, senador Eduardo Girão (Podemos-CE), defendeu a
audiência com o objetivo de “discutir a fiscalização das inserções de
propagandas politicas eleitorais”. Em sua justificativa, ele até alerta
para “indícios de falta de isonomia” e o que entende ser uma “enorme
desproporção” em inserções de propaganda de rádio durante a campanha
eleitoral do segundo turno.
A justificativa apresentou observações sobre a “a questão da
segurança das nossas urnas eletrônicas” e o que considera um
“desconforto na relação entre o Poder Executivo e o Judiciário, em
especial o Tribunal Superior Eleitoral”, mas o requerimento não
expressou objetivamente a proposta de discutir o abuso de autoridade e
as contestações ao resultado eleitoral exposto pelos debatedores.
O amplo debate foi, porém, sinalizado pelos convites expostos. O
jurista Ives Gandra, o deputado Marcel van Hattem, o engenheiro Carlos
Rocha, do Instituto Voto Legal, e o empresário argentino Fernando
Cerimedo, da Numen Publicidad, Fernando Cerimedo, do canal La Derecha
Diário.
O senador Girão iniciou a audiência com críticas ao TSE, que, para
ele, “se comportou como um partido político”. “As irregularidades
tiveram início em 2021, com intervenção política do ministro [Luís
Roberto] Barroso, na época presidente do TSE, ao vir pessoalmente ao
Congresso Nacional, aqui ao lado, na Câmara, articular junto aos
partidos políticos a derrubada de uma iniciativa importantíssima, que
seria o voto auditável”, comentou.
Para Girão, a “confusão” do atual cenário político poderia ser
evitada caso a PEC do voto impresso auditável tivesse sido aprovada e “o
processo tivesse seguido o fluxo normal”. “Só fez aumentar o que
aconteceu quanto à confiabilidade das urnas”, comentou.
O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), participou da
comissão e questionou Fábio Wajngarten sobre as inserções e se o
ministro das Comunicações, Fábio Faria, teria sido ameaçado por
ministros do TSE a recuar, quando disse ter se arrependido da denúncia.
Sobre a pergunta, o ex-Secom do governo disse que o ministro “possa não
ter compreendido tecnicamente a gravidade do fato”.
O senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) também marcou presença e propôs
que senadores e deputados peçam investigação na Polícia Federal (PF)
sobre as suspeitas acerca das inserções. Além dele, outros senadores
fizeram uso da palavra, como Guaracy Silveira (PP-TO), Marcos do Val
(Podemos-ES), Zequinha Marinho (PL-PA), Esperidião Amin (PP-SC) e Marcos
Rogério (PL-RO). O senador eleito Magno Malta (PL-ES) também fez uso da
palavra.
Além dos senadores, deputados federais também participaram da
audiência. Entre eles, Otoni de Paula (MDB-RJ), Luiz Lima (PL-RJ), Carla
Zambelli (PL-SP), Daniel Silveira (PTB-RJ), José Medeiros (PL-MT),
Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG), Osmar Terra (MDB-RS), Filipe Barros
(PL-PR), Bia Kicis (PL-DF). O deputado federal eleito Gustavo Gayer
(PL-GO) também se manifestou.
O que o TSE já disse sobre as acusações feitas na audiência
Sobre as inserções de rádio, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou o
pedido de investigação do PL sob a alegação de que os fatos narrados ao
TSE foram “extremamente genéricos e sem qualquer comprovação”. O
presidente do TSE também solicitou que fosse investigado eventual “crime
eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno” das eleições
por parte da campanha à reeleição de Bolsonaro.
Em comunicado à imprensa na ocasião, o TSE se eximiu de eventuais
responsabilidades sobre o caso, afirmando que “compete às emissoras de
rádio e de televisão cumprirem o que determina a legislação eleitoral” e
que “não é função do tribunal distribuir o material a ser veiculado no
horário gratuito”.
A Corte Eleitoral afirmou ainda que a “fiscalização é
responsabilidade dos partidos e das coligações” e que, “em caso de a
propaganda não ser transmitida pelas emissoras, a Justiça Eleitoral, a
requerimento dos partidos políticos, das coligações, das federações, das
candidatas, dos candidatos ou do Ministério Público, poderá determinar a
intimação pessoal da pessoa representante da emissora para que
obedeçam, imediatamente, às disposições legais vigentes e transmitam a
propaganda eleitoral gratuita”.
Sobre o pedido do PL de anulação de votos de 279 mil urnas, Moraes
afirmou que o pedido teve o intuito de tumultuar o processo eleitoral já
finalizado. “A total má-fé da requerente em seu esdrúxulo e ilícito
pedido, ostensivamente atentatório ao Estado Democrático de Direito e
realizado de maneira inconsequente com a finalidade de incentivar
movimentos criminosos e anti-democráticos que, inclusive, com graves
ameaças e violência vem obstruindo diversas rodovias e vias públicas em
todo o Brasil, ficou comprovada, tanto pela negativa em aditar-se a
petição inicial [a anulação dos votos também do primeiro turno], quanto
pela total ausência de quaisquer indícios de irregularidades e a
existência de uma narrativa totalmente fraudulenta dos fatos”, escreveu o
presidente do TSE em despacho.
Sobre o relatório informado pelo jornalista argentino, o TSE informou
que “não é verdade que os modelos anteriores das urnas eletrônicas não
passaram por procedimentos de auditoria e fiscalização”. “Os
equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelo
2009 e 2010) e todos foram utilizadas nas Eleições 2018. Nesse período,
esses modelos de urna já foram submetidos a diversas análises e
auditorias, tais como a Auditoria Especial do PSDB em 2015 e cinco
edições do Teste Público de Segurança (2012, 2016, 2017, 2019 e 2021)”,
informou o tribunal.
O TSE ainda diz que os resultados desses testes estão disponíveis no
endereço www.justicaeleitoral.jus.br/tps/#resultados e que, no teste
realizado no ano passado, máquinas do modelo mais recente, de 2020,
ainda não estavam prontas. Por isso, elas foram testadas neste ano por
técnicos da USP, da Unicamp e da UFPE, com resultados positivos.
“Nas três avaliações, não foi encontrada nenhuma fragilidade ou mesmo
indício de vulnerabilidade. O software em uso nos equipamentos antigos é
o mesmo empregado nos equipamentos mais novos (UE2020), cujo sistema
foi amplamente aberto para auditoria dentro e fora do TSE desde 2021”,
diz ainda o TSE.
A nota acrescenta que “todas as urnas são auditadas e ela é um
hardware, ou seja, é um aparelho”. “O que importa é o que roda dentro
dela, ou seja, o programa, que ficou aberto por um ano para todas as
entidades fiscalizadoras. O software da urna é único em todos os
modelos, tendo sido divulgado, lacrado e assinado”, afirma o tribunal.
Faixa presidencial com o brasão da república: decreto 70.274/72
estabelece os ritos da cerimônia de posse| Foto: Ricardo
Stuckert/Instituto Lula
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) não receberá a faixa presidencial das mãos do presidente Jair
Bolsonaro (PL) ou mesmo do vice-presidente Hamilton Mourão
(Republicanos), senador eleito pelo Rio Grande do Sul. A provável recusa
de ambos repete o gesto do ex-presidente João Figueiredo, o último
ditador do regime militar, que não transmitiu a indumentária para o
então presidente José Sarney, em março de 1985.
Bolsonaro já disse em outras ocasiões, inclusive durante a campanha
eleitoral, que faria a transferência da faixa apenas em caso de
“eleições limpas”. O Partido Liberal, com o aval do chefe do Executivo,
contestou o resultado das urnas, mas o presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, rejeitou a representação.
Segundo afirmam interlocutores do governo, Bolsonaro nem sequer
estará no Brasil em 1º de janeiro, data da posse do novo presidente. Nos
bastidores, é dito que ele embarca para a Itália em 30 de dezembro.
Caso isso se confirme, por lei, a Presidência da República estará sob o
comando de Mourão, que não tem previsão de viajar para o exterior.
O vice, porém, já sinalizou que não fará a entrega da faixa
presidencial, ao manifestar em mais de uma oportunidade que essa é uma
responsabilidade de Bolsonaro. “Na minha visão, o presidente deveria
passar a faixa porque é uma questão de presidente para presidente.
Independente do processo, independente de gostar ou não da pessoa. É uma
questão institucional”, disse após participar de evento na Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, em 23 de novembro.
Anteriormente, ele também afastou a possibilidade de assumir o gesto.
“Não adianta dizer que eu vou passar. Eu não sou o presidente. Eu não
posso botar aquela faixa, tirar e entregar. Então, se é para dobrar,
bonitinho, e entregar para o Lula, qualquer um pode ir ali e entregar”,
disse Mourão em entrevista ao jornal Valor Econômico, em 16 de novembro.
Sem Bolsonaro e Mourão, quem pode entregar a faixa a Lula A
rejeição de Bolsonaro e Mourão a entregar a faixa tem motivado o
gabinete de transição de Lula a planejar alternativas. Uma ideia
analisada é fazer com que a transmissão da indumentária seja feita por
um conjunto de pessoas que representem a diversidade do povo brasileiro,
não uma única pessoa, informa o jornal O Globo.
Segundo a reportagem, a transmissão poderia ser feita por um grupo
composto por um índio, um negro, uma mulher, um trabalhador urbano e
outro rural, além de um estudante. A coordenação da posse está sob a
responsabilidade e articulação da futura primeira-dama, Rosângela da
Silva, a “Janja”.
Entre os representantes sondados para a entrega da faixa está a
enfermeira Mônica Calazans, a primeira pessoa a receber a vacina contra a
Covid-19. Outros nomes discutidos são o de Arielle Franco, irmã da
vereadora assassinada Marielle Franco, e a antropóloga Beatriz de
Almeida Matos, mulher do indigenista assassinado Bruno Pereira.
A Gazeta do Povo procurou o gabinete de transição de Lula por um
posicionamento sobre a transmissão da faixa presidencial, mas não obteve
resposta até a publicação desta reportagem.
Obrigação? Punição? O que diz o decreto que regula a entrega da faixa Não
há obrigatoriedade do presidente da República entregar a faixa com o
brasão da República ao presidente eleito, nem punição, esclarece a
professora de direito eleitoral e consultora jurídica Amanda Cunha,
integrante da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político
(Abradep).
“[A recusa na transmissão da faixa] gera só um constrangimento
público. É uma questão mais de aparência, de boa fé, de espírito
democrático e republicano, mas, realmente, o compromisso formal para
efetivar a posse é o compromisso feito diante do Congresso Nacional e da
Constituição com a assinatura do termo de posse, não é obrigado ao
presidente eleito estar também”, diz Amanda.
A entrega da faixa está prevista no Decreto 70.274/72, que apenas
estabelece os ritos da cerimônia de posse. “A entrega da faixa pode ser
determinada por um chefe de cerimônia ou alguém a ser designado”,
esclarece Amanda. “Mas não há obrigatoriedade por lei de estarem
presentes, é mais um ato de respeito e de transferência pacífica de
poder”, reforça.
Uma vez diplomados pelo TSE, o presidente eleito e o vice Geraldo
Alckmin (PSB) ficam aptos a tomar posse. A diplomação ainda não foi
marcada e deve ocorrer até 19 de dezembro. Uma vez concluída, Lula
estará apto a tomar posse no Congresso, onde fará a leitura do termo e
será empossado pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco
(PSD-MG).
“A partir da diplomação, a Justiça Eleitoral constitui o direito
subjetivo líquido e certo ao exercício do mandato para a chapa Lula e
Alckmin. Feito isso, a cerimônia de posse é a mera formalidade”, diz o
advogado Guilherme Gonçalves, sócio da GSG Advocacia e membro fundador
Abradep.
Já na condição de presidente, Lula fará o primeiro discurso à nação
diante dos parlamentares. Na sequência, ele deixa o Congresso e segue ao
Palácio do Planalto, onde subirá a rampa de entrada e será recepcionado
pelo comitê cerimonial articulado por seu gabinete de transição. Na
sequência, é feita a entrega da faixa presidencial.
Após a transmissão da faixa, Lula pronuncia um segundo discurso à
população no parlatório do Planalto. É lá que a nova equipe do governo –
seus ministros de Estado – é empossada. O evento da posse termina com
uma recepção no Palácio Itamaraty, onde são recepcionados os chefes de
Estado e as altas autoridades da República.
Valdemar da Costa Neto e parlamentares do PL em entrevista sobre o
pedido de invalidação dos votos| Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
O
Partido Liberal (PL) recorreu nesta quarta-feira (30) da decisão do
ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), que multou a legenda em R$ 22,9 milhões, em razão da
representação em que pediu a invalidação dos votos registrados em 59%
das urnas eletrônicas usadas no segundo turno da eleição presidencial.
No pedido de reconsideração, a legenda diz que “jamais teve a
intenção de causar qualquer tumulto ao processo eleitoral brasileiro,
muito menos fomentar qualquer tipo de movimento ideológico” e que a
condenação por litigância de má-fé não se justifica.
“O pedido de Verificação Extraordinária foi apresentado em
decorrência da condição do partido de entidade fiscalizadora – e
contribuidora – das eleições, e embasado exclusivamente em dados
técnicos constantes de laudo auditoria realizado por profissionais
qualificados de entidade especializada”, diz o recurso, dirigido ao
próprio ministro.
A representação pedia ao TSE uma verificação extraordinária,
procedimento previsto em resolução interna da Corte que permite aos
partidos fiscalizarem todo o processo eleitoral. Com base em relatório
técnico do Instituto Voto Legal (IVL), presidido por um dos criadores da
urna eletrônica, o PL apontou mau funcionamento de 279 mil urnas, que
geraram logs (arquivos digitais que registram todas as atividades de
cada máquina) com códigos de identificação inválidos e idênticos.
Segundo o IVL, a falha compromete a integridade dos demais dados gerados
pela urna, como o boletim com os votos recebidos por cada candidato.
No mesmo dia em que a ação foi protocolada, Moraes intimou o PL a
incluir na ação pedido de invalidação dos votos registrados nas mesmas
urnas no primeiro turno, o que representaria uma contestação da eleição
para governadores, senadores e deputados. O partido se recusou.
Moraes então rejeitou a ação e condenou o PL por litigância de má-fé,
impondo a multa de R$ 22,9 milhões, que também deveria ser paga pelo PP
e Republicanos, que compõem a coligação que sustentou a candidatura do
presidente Jair Bolsonaro à reeleição. Esses partidos alegaram que não
corroboraram a representação e o ministro os eximiu do pagamento.
No recurso contra a decisão, o PL diz que não ficou configurado
qualquer dos motivos listados no Código de Processo Civil que permitem a
condenação por litigância de má-fé – são eles: pedir ou defender algo
contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; alterar a verdade
dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo ilegal; resistir de
forma injustificada ao andamento do processo, proceder de modo temerário
em qualquer ato do processo; provocar incidente manifestamente
infundado; ou recorrer com intuito manifestamente protelatório.
Em outra parte do recurso, o PL também contestou a abrangência da
ordem de bloqueio. A decisão de Moraes afirmou expressamente que seriam
retidos recursos apenas das contas que recebessem o fundo partidário, a
fim de pagar a multa. O PL, no entanto, alegou que também foram
bloqueadas contas com recursos próprios do partido, oriundos de doações,
e outra destinada à promoção da participação feminina na política.
Com essas contas bloqueadas, o partido afirmou que não poderia mais
funcionar. “Ao não se limitar à conta destinada ao recebimento do fundo
partidário, além de não encontrar qualquer respaldo na decisão proferida
no bojo do presente feito, tem a capacidade de gerar graves e
irreparáveis prejuízos à agremiação, porquanto, ao fim e ao cabo, impede
o seu próprio funcionamento. Ora, sem acesso a recursos financeiros,
inclusive aqueles classificados pela legislação de regência como
recursos próprios – não advêm do erário, portanto –, é certo que a
agremiação não conseguirá fazer frente às despesas básicas”, afirmou.
O partido pediu que o bloqueio se restrinja à conta que recebe o
fundo partidário e que retenha apenas 10% dos repasses mensais liberados
pelo próprio TSE, que distribui o recurso.
“A democracia não pode prescindir de uma atividade
político-partidária intensa e livre, sendo imperioso que os Partidos
Políticos possam atuar livremente na republicana missão de representar
as diferentes ideologias e convicções políticas que existem em nossa
sociedade, possibilitando, ao fim, o próprio exercício da cidadania”,
diz o recurso.
O PL elegeu neste ano a maior bancada do Congresso, e terá na próxima
legislatura, 99 deputados federais e 14 senadores. Neste ano, o PL já
recebeu R$ 46,8 milhões do Fundo Partidário.
Imagine que louco se eu colocasse essa imagem aqui só para você,
leitor, ficar se perguntando: “O que será que ele quer dizer com essa
foto?”.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Imagine
que louco se! Desde que se instalou no Brasil essa crise política que
vou chamar de surreal, embora ela esteja mais para dadaísta mesmo, não
paro de repetir isso e de imaginar desfechos que são loucos num dia, só
para se revelarem perfeitamente plausíveis no dia seguinte. O que é
duplamente lamentável. Primeiro porque parece que todos os parâmetros de
racionalidade foram pras cucuias e o que prevalece hoje é o
voluntarismo de crianças de cinco anos fantasiadas de autoridades. E
depois porque… Esqueci. Se me lembrar até o fim do texto eu digo.
Segue, agora, uma lista de possibilidades que hoje vou chamar de
delírios, mas amanhã já não tenho tanta certeza assim. Vale avisar,
porém, que não sou oráculo nem vidente, e que se alguns dos cenários
descritos se concretizar terá sido mera coincidência – ou azar ou
castigo.
Lula enquadra STF Imagine que louco se o ex-presidiário eleito
Lula, em seu primeiríssimo ato de governo, percebe que vai ter que
disputar os holofotes e o poder com o ministro Alexandre de Moraes e
decide fazer o que o presidente Jair Bolsonaro não fez até agora. Agora
imagine, de um lado, a esquerda tendo de justificar a ação de Lula. E,
do outro, a direita boquiaberta vendo o adversário restabelecer a já
mítica “harmonia entre os poderes”.
(Novamente, e pela última vez, não estou dizendo que isso vá
acontecer nem que haja qualquer possibilidade de isso acontecer. Só
imagine que louco se).
Tapa de luva de pelica Imagine que louco se, pé ante pé, na
surdina que certamente se seguirá à performance estridente de Pabllo
Vittar cantando o Hino Nacional durante a posse do ex-presidiário, o
presidente Jair Bolsonaro aparece todo paramentado, tira lentamente a
faixa presidencial e a transmite (?) ultrademocraticamente a Lula. Daí
ele cumprimenta o novo chefe do Executivo, checa os bolsos para ver se a
carteira ainda está ali – e vai embora. Sem dizer uma só palavra. Sem
dar um único pio. Talquei?
Novas eleições
Imagine que louco se o presidente Jair Bolsonaro, atendendo aos
pedidos dos manifestantes diante dos quartéis, invoca uma legislação
obscura qualquer e declara ilegítima a eleição presidencial de 2022. Mas
calma que ainda tem mais. Imagine que louco se, depois de fazer isso,
Bolsonaro anuncia a realização de novas eleições (contra Lula!), mas
desta vez com voto auditável. Mas calma que ainda tem mais. Imagine que
louco se nessa nova eleição… Bolsonaro perde para Lula por uma diferença
mínima.
Sósia Imagine que louco se Lula está lá todo pimpão na festa da
posse quando, de repente, não menos nem mais do que de repente, sofre
uma síncope ao ouvir um dueto de Chico César e Gaby Amarantos cantando
“Coração de Estudante”. Mas ninguém percebe. Eis então que Lula, já com a
caneta executiva na mão, nomeia Bolsonaro (sim, Bolsonaro!)
ministro-chefe da Casa Civil e imediatamente vira alvo de um pedido de
impeachment do PT, que alega que o ex-presidiário foi substituído por um
sósia bolsonarista.
Esqueci mesmo
Imagine que louco se eu termino a crônica sem me lembrar do outro
motivo por que considero lamentável imaginar esses desfechos que são
loucos num dia, mas que se revelam perfeitamente plausíveis no dia
seguinte.
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) e o deputado Marcel Van
Hattem (Novo-RS) na audiência pública do Senado.| Foto: Edilson
Rodrigues/Agência Senad
Você sabia que o nosso vizinho argentino, nesses últimos 100 anos,
era um dos maiores consumidores de carne do mundo? As últimas
estatísticas mostravam 90 quilos per capita por ano. A Argentina era o
terceiro maior consumidor do mundo, depois de Estados Unidos e
Austrália. Pois a esquerda derrubou o consumo pela metade, acho que já
não tem mais picanha por lá. Eram 90 quilos, e o último número que saiu é
de 47,8 quilos por habitante.
Já aqui, o que estamos vendo pelo IBGE é o menor desemprego dos
últimos sete anos: 8,3%. Em país desenvolvido, quando o desemprego chega
a 6% – e nós estamos pertinho disso –, eles consideram pleno emprego. A
população ativa, segundo o IBGE, está em 100 milhões de brasileiros. E,
mais importante, a renda desses brasileiros subiu 4,7% nos últimos 12
meses. Essa é uma herança bendita que está indo para o futuro governo.
Os jantares em Brasília e aqueles que só se importam com o poder O
futuro presidente esteve, na noite de terça-feira, jantando com Gilmar
Mendes na casa de Bruno Dantas, presidente em exercício do TCU, aquele
que disse há pouco que vai encher os presídios prendendo manifestantes.
Ele não se deu conta de que está no Tribunal de Contas da União. Foi na
casa dele que Lula jantou. O presidente Bolsonaro, na mesma noite,
estava jantando no restaurante Francisco, na Associação dos Funcionários
do Banco Central, na Beira do Lago, com seu partido, o PL, e com o
presidente da Câmara, Arthur Lira, que na quarta-feira ainda foi ter um
encontro com Lula. Lira quer se reeleger na Câmara e está fazendo de
tudo, não? Como eu disse, não tem esquerda nem direita, isso é uma
espécie de oligarquia que quer ficar no poder. É um mal brasileiro que
não é de agora, é de sempre.
José Múcio Monteiro é nome adequado para a Defesa Na
segunda-feira, o presidente eleito teria convidado ou convidou o
pernambucano José Múcio Monteiro, ex-deputado e ex-presidente do TCU,
para ser ministro da Defesa. Eu o conheço há uns 40 anos, desde jovem.
Ele era do PFL, ligado a Marco Maciel. Sei que Bolsonaro gosta dele;
pelo jeito, Lula também gosta; e aparentemente os militares também
gostam dele. Então, está aí o nome. Ainda bem que Lula não
convidou Jaques Wagner para voltar ao Ministério da Defesa, nem Celso
Amorim; se fizesse isso, não ia bater bem.
Senadores se mexem contra abusos do STF e do TSE, mas Pacheco continua surdo Nesta
quarta-feira houve um evento no Senado em que a casa finalmente se
aproximou do povo, ou ao menos de metade ou mais da metade do povo
brasileiro, com uma audiência pública na Comissão de Fiscalização e
Controle, por iniciativa do senador Eduardo Girão. Houve depoimento de
muita gente, entre os quais o deputado Marcel van Hattem, que recolheu
assinaturas para a CPI do Abuso de Autoridade e já disse que estamos num
estado de exceção. Se a Câmara não tratar disso, para que os deputados
servem? Van Hattem disse que falharam como parlamentares, que a ruptura
já aconteceu. Onde já se viu um parlamentar ter medo de se manifestar?,
questionou. É que prenderam um deles, à revelia da Constituição. A Carta
Magna diz que os parlamentares são invioláveis por quaisquer palavras,
mas prenderam Daniel Silveira e a Câmara não fez nada.
Fizeram semelhantes diagnósticos o jurista Sebastião Coelho, o
desembargador Ivan Sartori e o jurista Ives Gandra Martins, dizendo que
já vivemos em um estado de exceção. E acrescentaram, segundo eles, o
presidente da República, que jurou fazer respeitar a Constituição, teria
de invocar o artigo 142 para voltar à ordem constitucional.
Houve muitos depoimentos de pessoas que foram censuradas, que
deixaram de receber pelo seu trabalho, que não têm nada a ver com o
Supremo, que teriam de ser investigados na primeira instância, que são
vítimas de inquéritos totalmente fora do devido processo legal; foi uma
discussão muito forte. O presidente do Senado é advogado, mas pelo jeito
é surdo; parece que não está sentindo tudo isso, e continua sentado em
cima de requerimentos de senadores que pedem para investigar essa
história de estado de exceção e desrespeito ao devido processo legal.
Reunião com o presidente eleito reforça percepção de que Fernando Haddad vai para a Fazenda
Por Adriana Fernandes – Jornal Estadão
A longa reunião da terça-feira de Lula com a equipe da economia
consolidou a orientação do presidente eleito de que o espaço para gastar
em 2023 na PEC, em negociação no Congresso, não pode ser inferior ao
patamar de 19% do PIB.
Esse é o nível de despesas que o governo Bolsonaro deixará ao fim do
seu governo. Lula deixou claro na reunião que não pode fazer menos.
Falou também da necessidade de diálogo, sinalização de que não seguirá o caminho do confronto com o Congresso.
O valor de despesas em 19% do PIB é chave nas negociações da PEC,
como revelou a coluna “A matemática da PEC”, da semana passada.
Como o Orçamento de 2023, que chegou ao Congresso em agosto, prevê um
total de despesas de 17,58% do PIB, a diferença (algo próximo de R$ 150
bilhões) é a senha para o tamanho da licença para gastar na PEC a ser
negociada com senadores e deputados.
Um patamar próximo de R$ 150 bilhões é maior do que os R$ 136
bilhões, exposto pelo ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa. O valor
dependerá do resultado do PIB que será divulgado hoje.
O número ditará muito os rumos da narrativa que os negociadores
políticos, principalmente Wellington Dias, tentam construir desde a
semana passada nas costuras políticas para aprovação da PEC.
Lula mais ouviu do que falou. Um por um dos participantes teve espaço
para falar sobre a PEC, negociações e importância da regra fiscal que
substituirá o teto de gastos. Daí a longa reunião, que começou pela
manhã, passou pelo almoço e terminou à tarde.
Alckmin, Gleisi, Haddad, Mercadante e o quarteto de economistas da
transição, que agora virou sexteto. Além de André Lara Resende,
Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Persio Arida, passaram a integrar o
grupo Haddad e Gabriel Galípolo.
Não se discutiram detalhes de regras fiscais para o futuro,
mas, sim, a necessidade de olhar para frente, depois da PEC, mostrar um
caminho de sustentabilidade fiscal com um novo arcabouço e de fazer a
mudança tributária – tema prioritário para Haddad.
Nesse ponto, houve consenso. Mas no grupo de participantes ficou
clara a divisão entre aqueles que preferem o caminho do confronto nas
negociações e o do diálogo. A fala de Lula e os arranjos políticos
tocados por ele nesta semana desencorajam o primeiro grupo.
No condomínio que Lula prometeu construir para governar, Arthur Lira
já assegurou o melhor apartamento do prédio, o da cobertura. Sem saída, o
PT o apoia para a reeleição. Espera em troca um presidente da Câmara
governista. Ele trará consigo para a base, além do PP, uma metade não
bolsonarista do PL (cerca de 40 deputados). Somados aos parlamentares
que o PT já controla (cerca de 11% da Câmara), e mais PSD, MDB e União
Brasil, o número desse apoio deve atingir confortáveis 300.
Mas a questão principal não é a do apoio escrito no papel. É qual a
capacidade do presidente eleito de ditar a agenda política e econômica.
Ela está ainda indefinida. A PEC com licença para gastar com o Bolsa
Família não é um plano de governo.
Será aprovada por pura conveniência de várias forças políticas. Mas
desidratada e severamente contida nas pretensões iniciais por ação do
próprio PP de Lira. Dentro do esperado: não há registro de caciques do
Centrão jamais terem assinado um cheque em branco.
Os limites à agenda foram sinalizados a Geraldo Alckmin, o chefe da
assembleia de transição, pelo presidente do Banco Central, que o alertou
em público, ao vivo e em cores, sobre o “momento Truss”. É quando as
forças de mercado impõe a um governo o alcance de uma política fiscal.
Ao contrário do que se pensa ao redor de Lula, o “momento Truss” não vem
de uma articulação malvada de especuladores. É consequência de
expectativas frustradas de milhares de agentes econômicos.
Da mesma forma, via Alckmin, mas também por interlocução direta, Lula
foi alertado para o fato de que mais importante que o nome do ministro
da Fazenda é esclarecer os rumos que pretende adotar. Neste momento, a
escolha de Lula está definida: é Fernando Haddad.
A insistência em Haddad demonstra mais do que o empenho em nomear
alguém de absoluta lealdade pessoal. Reitera que o “dono” da política
econômica será exclusivamente ele, Lula. O que permanece indefinido é a
quem Lula pretende ouvir para tomar decisões.
O setor da assembleia de transição dedicado à economia contém cabeças
pensantes adeptas de doutrinas antagônicas que excluem uma “síntese”
entre elas, pois partem de princípios divergentes – começando pelo
próprio diagnóstico do que sejam as causas da estagnação brasileira.
Portanto, de seus possíveis corretivos.
Lula se oferece como garantia pessoal de responsabilidade fiscal. E
como garantia pessoal de comprometimento com a causa social. Como Lira
acabou de demonstrar, tendo de dividir o poder. E com uma feroz oposição
do lado de fora do Parlamento. A julgar pelo que o presidente eleito
fez nos mandatos anteriores, ele vai tentar acomodar tudo isso. Na base
do dia a dia.
Melina López, gerente de marketing para produto e inclusão do Google
Cloud, apresenta o workshop da big tech #IamRemarkable, que traz a
importância da autopromoção no trabalho e como desenvolver essa
habilidade. Confira!
“As pessoas que não se autopromovem ficam para trás na carreira”
Melina López, gerente de marketing para produto e inclusão do Google
Cloud para América Latina (Foto: Nathalia Castro/divulgação Google
Cloud)
Quando você pensa em se autopromover, desiste porque acha que pode parecer arrogante?
“Não é verdade. Isso porque, se tem dados, não é se gabar. Se você
conquistou, se tem resultados, é uma conquista sua”, diz Melina López,
gerente de marketing para produto e inclusão do Google Cloud, durante o
evento “I am Remarkable”.
É uma iniciativa da big tech que capacita mulheres e outros grupos
sub-representados a celebrar suas conquistas no local de trabalho e
além. Essa edição foi realizada em Salvador em parceria com a Vale do
Dendê.
Segundo a executiva, as conquistas não se divulgam sozinha. Você
precisa fazer isso. “Desafie-se. Eu sei que entre a gente (grupos
sub-representados) é mais difícil, mas precisamos pensar com esse viés
social de autopromoção para que isso mude.”
“Isso porque, as pessoas que sabem se autopromover vão tirar uma
certa vantagem entre a gente. As mulheres socialmente são mais punidas
pela autopromoção”, completa Melina.
A AUTOCOBRANÇA TAMBÉM ACONTECE EM PROCESSOS SELETIVOS
A fala da executiva vai ao encontro de um dado: as mulheres, segundo
uma pesquisa feita pelo LinkedIn, só se candidatam a uma vaga de
trabalho quando preenchem 100% dos requisitos. Para os homens, o
percentual é de 60%.
“Socialmente as mulheres são mais punidas pela autopromoção. A gente se pune entre a gente”, afirma Melina.
Melina López, gerente de marketing para produto e inclusão do Google
Cloud para América Latina e Lisiane Lemos, especialista em recrutamento e
diversidade no Google (Foto: Nathalia Castro/divulgação Google Cloud.
COMO SE AUTOPROMOVER NO TRABALHO
1 – Crie rede de contato
“Tem algo que nós mulheres sabemos fazer muito bem é criar redes para estarmos conectadas”, diz a executiva.
2 – Analise a sua história
Cada história tem a sua particularidade. “Eu acredito na
ancestralidade. Eu, por exemplo, vim do terceiro setor. “Sei fazer
muitas coisas sem dinheiro”, diz Lisiane Lemos, especialista em
recrutamento e diversidade no Google.
Faça a reflexão: “o que você pode levar para a empresa [com base na sua história] que ninguém mais tem?”
3 – Compartilhe as suas conquistas
Conte para suas conquistas, o que você fez, o que trouxe resultado.
“E incentive um grupo de amigos e colegas de trabalho a fazer o mesmo,
pelo menos, uma vez por semana”, aconselha Melina.
4 – Analise as suas conquistas
Depois de compartilhar o que você conquistou, é hora de fazer uma análise. Veja o desempenho e como pode melhorar ainda mais.
5 – Defina uma meta de longo prazo
“Use suas capacidades de autopromoção para alcançar uma meta profissional”, finaliza Melina.
MAIS SOBRE O ASSUNTO
Personal Branding: como se transformar em uma marca de sucesso
Soft skills: o que são e por que são tão importantes na carreira
POR QUE IMPORTA?
A autopromoção é uma skill importante para mostrar o seu valor.
Assim, não corre o risco de perder mercado para os colegas que se
autopromovem muito bem. Do lado da empresa, estimular a autopromoção
entre grupos sub-representados é importante para aumentar a diversidade
em cargos de liderança. “Para você ter uma ideia, 53% dos negócios têm
mais desempenho em empresas com mulheres na diretoria”, afirma Melina.
LEITURA RECOMENDA
Caso você queira desenvolver habilidades, competências e perspectivas
necessárias para uma liderança feminina transformadora, em posições
estratégicas de mercados altamente competitivos, conheça o WLP, programa
da StartSe University em parceria com a Nova School of Business &
Economics, que tem como objetivo alavancar o desenvolvimento
profissional das mulheres – com protagonismo e destaque – a partir dos
desafios que elas enfrentam. Além de aprimorar sua liderança em posições
estratégicas relevantes nos mais diferentes setores e organizações.
STARTUP VALEON UMA HOMENAGEM AO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
Por que as grandes empresas querem se aproximar de startups?
Se pensarmos bem, é muito estranho pensar que um conglomerado
multibilionário poderia ganhar algo ao se associar de alguma forma a
pequenos empresários que ganham basicamente nada e tem um produto recém
lançado no mercado. Existe algo a ser aprendido ali? Algum valor a ser
capturado? Os executivos destas empresas definitivamente acreditam que
sim.
Os ciclos de desenvolvimento de produto são longos, com taxas
de sucesso bastante questionáveis e ações de marketing que geram cada
vez menos retorno. Ao mesmo tempo vemos diariamente na mídia casos de
jovens empresas inovando, quebrando paradigmas e criando novos mercados.
Empresas que há poucos anos não existiam e hoje criam verdadeiras
revoluções nos mercados onde entram. Casos como o Uber, Facebook, AirBnb
e tantos outros não param de surgir.
E as grandes empresas começam a questionar.
O que estamos fazendo de errado?
Por que não conseguimos inovar no mesmo ritmo que uma startup?
Qual a solução para resolver este problema?
A partir deste terceiro questionamento, surgem as primeiras
ideias de aproximação com o mundo empreendedor. “Precisamos entender
melhor como funciona este mundo e como nos inserimos!” E daí surgem os
onipresentes e envio de funcionários para fazer tour no Vale e a rodada
de reuniões com os agentes do ecossistema. Durante esta fase, geralmente
é feito um relatório para os executivos, ou pelas equipes de inovação
ou por uma empresa (cara) de consultoria, que entrega as seguintes
conclusões:
* O mundo está mudando. O ritmo da inovação é acelerado.
* Estes caras (startups) trabalham de um jeito diferente, portanto colhem resultados diferentes.
* Precisamos entender estas novas metodologias, para aplicar dentro de casa;
* É fundamental nos aproximarmos das startups, ou vamos morrer na praia.
* Somos lentos e burocráticos, e isso impede que a inovação aconteça da forma que queremos.
O plano de ação desenhado geralmente passa por alguma ação
conduzida pela área de marketing ou de inovação, envolvendo projetos de
aproximação com o mundo das startups.
Olhando sob a ótica da startup, uma grande empresa pode ser
aquela bala de prata que estávamos esperando para conseguir ganhar
tração. Com milhares de clientes e uma máquina de distribuição, se
atingirmos apenas um percentual pequeno já conseguimos chegar a outro
patamar. Mas o projeto não acontece desta forma. Ele demora. São
milhares de reuniões, sem conseguirmos fechar contrato ou sequer começar
um piloto.
Embora as grandes empresas tenham a ilusão que serão mais
inovadoras se conviverem mais com startups, o que acaba acontecendo é o
oposto. Existe uma expectativa de que o pozinho “pirlimpimpim” da
startup vá respingar na empresa e ela se tornará mais ágil, enxuta,
tomará mais riscos.
Muitas vezes não se sabe o que fazer com as startups, uma vez
se aproximando delas. Devemos colocar dinheiro? Assinar um contrato de
exclusividade? Contratar a empresa? A maioria dos acordos acaba virando
uma “parceria”, que demora para sair e tem resultados frustrantes. Esta
falta de uma “estratégia de casamento” é uma coisa muito comum.
As empresas querem controle. Não estão acostumadas a deixar a
startup ter liberdade para determinar o seu próprio rumo. E é um
paradoxo, pois se as empresas soubessem o que deveria ser feito elas
estariam fazendo e não gastando tempo tentando encontrar startups.
As empresas acham que sabem o que precisam. Para mim, o maior
teste é quando uma empresa olha para uma startup e pensa: “nossa, é
exatamente o que precisamos para o projeto X ou Y”.
VOCÊ CONHECE A ValeOn?
A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO
TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.