segunda-feira, 7 de novembro de 2022

O ATIVISMO JUDICIAL A TENDÊNCIA É ACABAR COM O NOVO GOVERNO

 


Ministros do STF atuaram como Executivo e Legislativo. O que esperar em um novo mandato de Lula
Por
Leonardo Desideri – Gazeta do Povo
Brasília


Plenário do STF| Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O ativismo judicial marcou a atuação do Judiciário durante os quatro anos de gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), com o Supremo Tribunal Federal (STF) e outras cortes da República – como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) – assumindo papéis que antes cabiam somente ao Executivo e ao Legislativo. A partir de 2023, com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência, o cenário deve sofrer algumas mudanças.

Por um lado, bandeiras da esquerda como legalização do aborto, promoção da ideologia de gênero, controle da expressão nos meios digitais, desencarceramento em massa, descriminalização das drogas e proibição do homeschooling sofrerão forte oposição no Congresso, onde a direita elegeu dezenas de parlamentares. O Judiciário pode ser o atalho por meio do qual a esquerda buscará avançar essa pautas sem passar pelo Congresso.

O STF tem alguns julgamentos pendentes nas pautas de costumes. Em relação ao aborto, por exemplo, a ADPF 442, que discute a descriminalização da prática até a décima segunda semana de gestação, poderá entrar em pauta. Também está parado há anos o Recurso Extraordinário (RE) 635.659, sobre a liberação do porte de drogas para consumo pessoal, que pode ganhar andamento com um Executivo mais tolerante ao tema.

Quanto à liberdade de expressão nas redes, os anseios de regulação da mídia de Lula vão mais ou menos ao encontro das ações do Judiciário nos últimos anos: ambos defendem a ideia de que é preciso impedir a propagação de alguns tipos de discurso, e é possível que os dois poderes sejam aliados na tendência de cerceamento da liberdade de expressão. Alguns especialistas temem até mesmo que, nos próximos anos, as regras estabelecidas pelo TSE contra fake news sejam usadas em julgamentos não relacionados com as eleições.

Por outro lado, um presidente da República mais receptivo ao ideário do dito “progressismo” poderia amainar o ímpeto ativista em alguns temas, uma vez que o Judiciário já não se veria mais como único canal para promover uma agenda progressista. É o que pensa Alessandro Chiarottino, doutor em Direito Constitucional pela USP.

“Quando você tem um governo conservador, como era o caso do governo Bolsonaro, o ativismo tende a ser maior. Com o governo de esquerda, a gente deve esperar uma diminuição do ativismo, pela simples razão de que o próprio governo já teria iniciativas que vão no sentido em que o STF tem ido nos últimos anos. Há certa coincidência de pensamento, de visão de mundo”, diz.

Este alinhamento ideológico entre Executivo e Judiciário, segundo Chiarottino, deve causar turbulência política com o Congresso, no qual a direita ganhou muitas novas cadeiras. “Dada a configuração do Congresso, a gente pode esperar um período de conflitualidade política mais elevada. Deve haver um acirramento da batalha política por temas sensíveis, por temas de costumes. Vai ser um período bastante agitado”, afirma.

Chiarottino aposta que justamente para transmitir uma imagem de independência em relação ao Executivo, o STF deverá tentar se opor, em alguns pontos, à figura de Lula. “Penso até – e pode parecer paradoxal para alguns – que ele vai tentar mostrar uma cara independente”, afirma.

E como fica a possibilidade de impeachment dos responsáveis pelo ativismo judicial?
Um dos desejos de parte da população durante as eleições de 2022 – que se traduziu em promessa de campanha de alguns candidatos – foi a chegada de congressistas dispostos a tirar do Judiciário os ministros responsáveis pelo ativismo judicial dos últimos anos.

A presença de Lula no Executivo, contudo, deve desanimar eventuais tentativas de impeachment de ministros do STF por parte do Senado, já que o substituto da cadeira desocupada seria indicado pelo próprio petista.

Lula terá direito a nomear dois ministros do STF já em 2023, porque Ricardo Lewandowski se aposentará em maio, e Rosa Weber, em outubro do próximo ano. Com a eventual queda de um ministro por impeachment, o petista teria direito à indicação de mais um nome, o que interessa pouco a parlamentares conservadores. Além disso, a própria falta de apoio do presidente da República ajudaria a inviabilizar o impeachment.

“Com a vitória do Lula, acho que o cenário de impeachment é menos provável. Sem o apoio político da Presidência da República, o impeachment fica muito difícil. O presidente tem a sua influência dentro do Senado. Ainda que não tenha capacidade de veto técnica, ele tem influência muito grande sobre senadores. Não vejo isso caminhando. Se tivesse sido reeleito o presidente Bolsonaro, isso caminharia de forma muito mais correta”, opina Chiarottino.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/ativismo-judicial-stf-o-que-esperar-governo-lula/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

CONGRESSO EM SUA MAIORIA FARÁ OPOSIÇÃO AO NOVO GOVERNO

 


Nikolas, Zambelli, Moro, Cleitinho: quais serão as “pedras no sapato” de Lula no Congresso
Por
Olavo Soares – Gazeta do Povo
Brasília


O futuro deputado federal Nikolas Ferreira (de camiseta amarela) e o senador eleito Cleitinho (de boné), ao lado do presidente Bolsonaro.| Foto: Reprodução/Twitter

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentará, em seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto, um Congresso Nacional de viés mais conservador do que o que existia entre 2003 e 2010, quando o petista comandou o país. No primeiro turno das eleições, escolheram novos deputados federais e senadores com um perfil, em sua maioria, mais alinhados com pautas da direita. Com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial, esses grupos conservadores foram automaticamente transformados na futura bancada da oposição – que deve endurecer a vida de Lula no Legislativo.

A lista das “pedras no sapato” que Lula enfrentará no Congresso contém tanto novatos em Brasília quanto figuras que chegaram ao Legislativo na “onda conservadora” de 2018 ou mesmo que já faziam oposição ao PT nos governos do ex-presidente e de sua sucessora Dilma Rousseff.

Um exemplo de novato que tentará criar dores de cabeça para Lula é o senador Cleitinho (PSC), eleito por Minas Gerais. Ele recebeu 4,2 milhões de votos em outubro e superou Alexandre da Silveira (PSD), o candidato apoiado por Lula, e Marcelo Aro (PP), que era o nome do governador Romeu Zema (Novo). Cleitinho é atualmente deputado estadual e tem no endurecimento da legislação penal uma de suas bandeiras políticas.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) é um exemplo de parlamentar em segundo mandato que tende a ser uma das lideranças da oposição a partir de 2023. Ela chegará para a nova legislatura referendada por um crescimento expressivo em sua votação: saltou de 76.306 votos em 2018 para 946.244 em 2022, número que superou o obtido por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente.

Já o grupo dos opositores que são adversários do PT de longa data tem como um de seus representantes Eder Mauro (PL-MG), que na sessão do impeachment de Dilma, em 2016, justificou seu voto favorável ao dizer que se opunha à ideologia de gênero do PT. Ele foi reeleito em 2022 como o segundo mais votado do Pará, com 205.543 votos. Iniciará em 2023 seu terceiro mandato.

Confira abaixo outros deputados federais e senadores eleitos que deverão protagonizar a oposição a Lula no Congresso.

Quem serão os destaques da oposição no Senado
Eduardo Girão (Podemos-CE)
Senador pelo Ceará, eleito em 2018, Eduardo Girão ganhou destaque na defesa do governo Bolsonaro durante a CPI da Covid, embora se apresente como um parlamentar independente. O antipetismo é uma de suas bandeiras políticas, o que deverá ser acentuado com o retorno do PT ao Palácio do Planalto.

Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
O filho mais velho do presidente é o atual líder do PL no Senado e tende a continuar tendo representatividade como membro da oposição, a partir de janeiro. Flávio chegou a ser citado como possível candidato a presidente do Senado se seu pai se reelegesse.

General Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
O atual vice-presidente se elegeu senador pelo Rio Grande do Sul e, depois de sua vitória, se empenhou na campanha de Bolsonaro no segundo turno. Ele também apoiou o candidato derrotado ao governo gaúcho Onyx Lorenzoni (PL). Ao longo das últimas semanas, não poupou críticas a Lula e ao PT.

Magno Malta (PL-ES)
O ex-senador voltará ao Congresso após perder a eleição de 2018, quando tentou renovar seu mandato no Senado. Malta foi cogitado no passado para ser vice-presidente de Bolsonaro e para ocupar um ministério, mas as especulações não se confirmaram. Ele permaneceu ao lado de Bolsonaro – e contra o PT – ao longo dos últimos anos. Deve retomar a abordagem contra a esquerda que marcou os últimos anos de seu mandato anterior.

Marcos Rogério (PL-RO)
Derrotado na tentativa de se eleger governador de Rondônia, Marcos Rogério permanecerá no Senado e tentará se consolidar como uma voz de oposição ao PT. O senador ganhou notoriedade durante a CPI da Covid, quando foi uma das principais vozes de defesa do governo Bolsonaro. Antes de chegar ao Senado, foi deputado federal – na Câmara, se opôs ao PT durante seus mandatos.

Sergio Moro (União Brasil-PR)
O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça já seria um adversário natural de Lula, pelo fato de ter sido o magistrado que condenou o petista em primeira instância judicial. A recente reaproximação de Moro com Jair Bolsonaro, após ele ter saído do Ministério da Justiça acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal (PF), pode dar um papel ainda maior para o ex-juiz na oposição.

Soraya Thronicke (União Brasil-MS)
A senadora era uma parlamentar de pouco destaque no Congresso até se lançar como candidata a presidente. Passou a ser conhecida nacionalmente; e obteve 600 mil votos, ficando em quinto lugar na eleição presidencial. Ao longo do segundo turno, indicou que não apoiaria Lula nem Bolsonaro. Posteriormente, declarou que seria oposição no Senado a qualquer um dos dois. Tem ainda quatro anos de mandato.

Conheça os principais oposicionistas da Câmara
André Fernandes (PL-CE)
Fernandes estreará em Brasília em 2023 respaldado por ter sido o candidato mais votado nas duas eleições que disputou: a de 2022 para deputado federal e a de 2018 para deputado estadual. É um apoiador convicto de Bolsonaro e crítico de pautas progressistas. Em seu período como deputado estadual, travou acalorados embates com representantes do PT do Ceará.

Bia Kicis (PL-DF)
A deputada foi eleita para o Congresso em 2018 como uma das principais apoiadoras de Bolsonaro. Ao longo dos últimos anos, reforçou a condição e se reelegeu como o nome de maior votação no Distrito Federal. Tende a fazer linha-dura contra o PT.

Carlos Sampaio (PSDB-SP)
Reeleito para o sexto mandato, o tucano buscará reviver na Câmara o tempo em que foi líder do PSDB e era uma das principais vozes da oposição aos governos petistas. O combate ao PT foi o que o fez decidir pelo voto em Bolsonaro no segundo turno. Terá como obstáculo, porém, o fato de o PSDB ter hoje um tamanho bem menor do que tinha há alguns anos – em 2022, elegeu apenas 13 deputados federais e nenhum senador.

Deltan Dallagnol (Podemos-PR)
Assim como o senador eleito Sergio Moro, o ex-procurador é outra figura que ganhou notoriedade com a Lava Jato. Deltan foi o candidato a deputado federal mais votado no Paraná e, no segundo turno da disputa presidencial, declarou voto em Bolsonaro como oposição à “corrupção do PT”. Deverá focar seu mandato em criticar os escândalos das gestões petistas e discutir pautas anticorrupção.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
O terceiro filho do atual presidente experimentará novamente a experiência de ser membro da oposição na Câmara, como ocorreu em seu primeiro mandato, época que combatia o governo de Dilma Rousseff. Eduardo continuará no Congresso respaldado por 741.701 votos, e tentará ser uma das maiores vozes contra a gestão de Lula.

Kim Kataguiri (União Brasil-SP)
O líder do Movimento Brasil Livre (MBL) pregou o voto nulo na disputa de segundo turno entre Lula e Bolsonaro. Ele apoiou Bolsonaro em 2018, mas ao longo de quase todo o governo criticou o atual presidente. Sob Lula, deverá reforçar seu antipetismo, vetor que motivou a fundação do MBL, na década passada.

Nikolas Ferreira (PL-MG)
O candidato a deputado federal mais votado do Brasil é um apoiador convicto de Bolsonaro e, por extensão, deverá ser um dos protagonistas da oposição a Lula no Congresso. Nikolas já costuma entrar em embates com membros da esquerda nas redes sociais e na Câmara Municipal de Belo Horizonte, onde atualmente exerce o mandato de vereador .

Ricardo Salles (PL-SP)
“É hora de serenidade”, escreveu o deputado federal eleito e ex-ministro do Meio Ambiente nas redes sociais horas depois da conclusão do segundo turno. A manifestação foi vista como uma das primeiras de apoiadores de Bolsonaro que reconheceram a derrota. O texto conciliador, porém, não tende a se manter quando Salles assumir seu mandato no Legislativo. O ex-ministro deverá focar em embates constantes com o governo do PT, principalmente na pauta ambiental.

Zé Trovão (PL-SC)
O líder dos caminhoneiros também reconheceu a vitória de Lula e disse aos seus aliados que é “hora de erguer a cabeça”. Ele exercerá seu primeiro mandato de deputado federal a partir de fevereiro e pretende prosseguir na defesa de pautas alinhadas com as de Bolsonaro.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/oposicao-contra-lula-quais-serao-os-principais-nomes-no-congresso/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

LIVE COMMERCE MAXIMIZA AS VENDAS

 

Rodrigo Maruxo  – MRX Consultoria

Estratégia ajudará nas vendas do Dia das Crianças e Black Friday

O live commerce é uma estratégia para maximizar vendas de e-commerces que reúne em um evento virtual plataformas de streaming ao vivo (ou redes sociais) e até mesmo artistas e influencers. Essa ação promove uma experiência intimista e interativa, em que clientes podem tirar dúvidas e comprar de forma instantânea, está consolidada no Brasil capaz de multiplicar as vendas, no entanto, como toda estratégia, precisa ser realizada de forma profissional e muito bem-feita.

Por meio de uma transmissão ao vivo, apresentadores artistas, influencers ou vendedores de lojas e marcas demonstram e explicam os diferenciais e promoções sobre produtos e serviços da marca.

O live commerce possibilita que os usuários façam sua compra naquele exato momento, pelo próprio smartphone, desktop ou tablet.

“Esse formato lembra um pouco as propagandas que já conhecemos na televisão. No entanto, em vez de ficar ligando para um número, com acesso à internet, hoje, o consumidor pode realizar sua compra de maneira muito mais rápida e prática. Segundo pesquisas 84% dizem que se sentem convencidas a comprar um produto após assistir um vídeo da marca”, explica o consultor de ecommerce Rodrigo Maruxo, da MRX Consultoria.

A MRX Consultoria dá quatro dicas para fazer uma live commerce vantajosa:

1 – Conheça seu público-alvo, para entender o que estão procurando e quais as tendências estão seguindo.

2 – Conheça bem a plataforma que será usada para que na transmissão não tenham problemas.

3 – Prepare um bom roteiro porque a transmissão é ao vivo e no roteiro fica definido quais produtos e serviços serão comentados.

4 – Esteja com o estoque em dia porque a venda é online.

STARTUP VALEON – CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

Olá tudo bem?

Você empresário que já escolheu e ou vai escolher anunciar os seus produtos e promoções na Startup ValeOn através do nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace aqui da região do Vale do Aço em Minas Gerais, estará reconhecendo e constatando que se trata do melhor veículo de propaganda e divulgação desenvolvido com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e conseguimos desenvolver soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.

Insistimos que os internautas acessem ao nosso site (https://valedoacoonline.com.br/) para que as mensagens nele vinculadas alcancem um maior número de visitantes para compartilharem algum conteúdo que achar conveniente e interessante para os seus familiares e amigos.

                                                             VOCÊ CONHECE A VALEON?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A ValeOn é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso propósito é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a Valeon é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Nos orgulhamos de tê-los como parceiros esse tempo todo e contamos com o apoio e a presença de vocês também agora em 2021.

O QUE OFERECEMOS E VANTANGENS COMPETITIVAS

  • Fazemos anúncios de publicidade para vários tipos de Empresas, Serviços e para Profissionais Liberais;
  • Temos excelente custo x benefício;
  • Nossos sites: (https://valedoacoonline.com.br/ e https://valeonnoticias.com.br/) têm grande penetração no mercado consumidor com um bom marketing fit que satisfaz esse mercado;
  • A nossa Plataforma Comercial ValeOn permite total flexibilidade de anúncios, promoções e de produtos, além de oferecer serviços de divulgação de Ofertas de Supermercados e de Veículos;
  • Os resultados são mensurados através de métricas diária/mensal;
  • O seu negócio estará disponível para milhares de Internautas através de uma vitrine aberta na principal avenida do mundo, 24 horas por dia, 7 dias da semana;
  • A sua empresa fica visível para milhares de pessoas que nem sabiam que ela existe;
  • Somos altamente comprometidos com os nossos clientes no atendimento de suas demandas e prazos e inteiramente engajados para aumentar as suas vendas.

Essa é uma forma de fortalecer nossa comunidade em torno de um propósito muito forte: despertar as pessoas para serem melhores e ajudarem a nossa comunidade empresarial para progredir cada vez mais com um comércio da região fortalecido e pujante.

A introdução da nossa Startup nessa grande empresa, vai assegurar modelos de negócios com métodos mais atualizados, inovadores e adaptáveis, características fundamentais em tempos de crise, porque permite que as empresas se reinventem para continuarem as suas operações.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

domingo, 6 de novembro de 2022

GRANDE VOLUME DE ÁGUA DOCE MAL DISTRIBUÍDO NO PAÍS

 

Irrigação
Mitos, realidade e uma riqueza a ser conquistada

Por
Marcos Tosi – Gazeta do Povo


Cachoeira do Acaba Vida, no rio de nome Rio de Janeiro, em Barreiras (BA)| Foto: Divulgação / Aiba

Dentre os grandes produtores globais de alimentos, o Brasil é o país que menos uso faz da agricultura irrigada, apesar do vasto potencial de rios e aquíferos que concentram 12% da disponibilidade de água doce no planeta. Um rápido comparativo mostra a extensão da defasagem: enquanto China e Índia, cada uma, cultivam 60 milhões de hectares com irrigação, e os Estados Unidos, outros 25 milhões de hectares, o Brasil ainda engatinha neste campo, com apenas 8,8 milhões de hectares contemplados pelo suprimento controlado e estratégico de água às lavouras.

É fato que, apesar da abundância de água doce, ela está mal distribuída pelo país, e não há exemplo mais notório do que o grande volume disponível na Amazônia contrastando com a escassez, por vezes dramática, no semiárido nordestino. Uma situação que se repete, em menor escala, nas 12 diferentes regiões hidrográficas que recortam os estados brasileiros. Assim, não são incomuns as notícias de protestos e batalhas judiciais contra projetos de irrigação, notadamente em épocas de estiagem, quando buscam-se culpados pela escassez d’água e pouco se sabe sobre o quanto realmente pode ser retirado dos rios e aquíferos com segurança, de modo a não faltar para as populações urbanas e os animais.

Irrigação utiliza apenas 0,7% da vazão média dos rios
“Existe muita fake News, muita coisa se fala de que a agricultura irrigada usa 50%, 60%, 70% da água. Isso é uma balela tão grande, que o número correto no Brasil é 0,7% da vazão média dos rios usada pela irrigação. Claro, a gente não desconhece que existem conflitos em algumas regiões, casos de rios que foram utilizados para irrigar e não havia estudos suficientes, mas isso está diminuindo cada vez mais”, aponta Everardo Mantovani, presidente da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (ABID) e professor sênior da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais.

Contra preconceitos que se acumularam ao longo dos anos, pesquisa e ciência são os antídotos. “O pessoal fala: estamos exportando água para a China na forma de soja. Acontece que menos de 0,05% da água utilizada sai no grão, 99,9% volta para a atmosfera, para chover em outro lugar. São muitos absurdos. Pega a vazão dos rios brasileiros, por exemplo. Dá 196 mil m3 por segundo. A irrigação usa mil m3 por segundo. Fora a água subterrânea. Então, onde está a crise? A crise está na falta de informação que vai criando essa balbúrdia contra o setor”, sublinha Mantovani.

Talvez não exista na história recente brasileira episódio mais emblemático do que o vivido no Oeste da Bahia, em relação ao uso da ciência para superar preconceitos contra a irrigação. Após um período de estiagem prolongada, de 2011 a 2016, a Associação dos Produtores Irrigantes da Bahia (Aiba) viu crescerem os protestos contra o uso da água nas plantações, chegando ao ponto de haver invasão de fazenda e destruição de equipamentos. O debate sobre a disponibilidade das águas girava em torno do achismo. Foi quando a associação decidiu contratar um estudo junto a um pool de universidades (federais de Viçosa, do Oeste da Bahia, do Rio de Janeiro e Universidade do Nebraska) para descobrir qual era a real situação dos rios e fontes subterrâneas.

Pesquisas: é possível dobrar irrigação no Oeste da Bahia
A região em foco, próximo das cidades de Barreiras e Luiz Eduardo Magalhães, possui 218 mil hectares irrigados, apenas 7% da área total de plantio sequeiro. Depois de cinco anos de pesquisas, os cientistas demonstraram que é possível praticamente dobrar esses números, chegando até 430 mil hectares, sem impacto significativo na disponibilidade das águas. A etapa atual é de implantação de estações permanentes de monitoramento, para alimentar um banco de dados com séries históricas. Os debates acalorados diminuíram. Mas os achismos ainda não estão relegados totalmente ao passado.

“As narrativas não morrem. Elas estão vivas por aí, sempre querendo comparar uma coisa e outra. Dizem que um pivô de irrigação consome água que poderia estar abastecendo não sei quantas mil pessoas. Não é comparação justa associar o pivô à quantidade de copos de água que as pessoas tomam. A gente reconhece que toda atividade humana tem impactos ambientais, mas na agricultura, boa parte dos recursos hídricos retornam para o sistema”, avalia Enéas Porto, gerente de sustentabilidade da associação dos irrigantes. “Hoje a irrigação continua produzindo alimentos na região, sabemos quais rios permitem ampliação e quais não permitem. É o que a gente chama de segurança hídrica. Não interessa a ninguém, muito menos ao empreendedor, fazer investimento e depois não ter água para irrigar”, completa.

Os estudos realizados pelas universidades no Oeste da Bahia foram refeitos por uma empresa privada, contratada pelo comitê de gerenciamento da bacia, que chegou a resultados parecidos. Do episódio, ficou a lição da ciência e do diálogo, que agora é replicada em outras regiões com potencial para irrigação. O estado do Mato Grosso, observa Mantovani, tem 30% do potencial de cultivo irrigado no país e não utiliza quase nada.

Everardo Mantovani, professor da Universidade Federal de Viçosa e presidente da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem
Setor de irrigação aprendeu a manter diálogo constante com o Ministério Público

“O pessoal quer crescer na agricultura irrigada, mas não quer problemas. A gente está fazendo estudos de recursos hídricos, do potencial de crescimento, sempre conversando com a sociedade. Uma das maiores pedras no sapato é o Ministério Público, que muitas vezes entra nessa história sem conhecimento. E uma das primeiras coisas que a gente faz em tudo quanto é lugar é visitar o Ministério Público, oferecendo informação”, observa Mantovani.

Em nota à reportagem, o Ministério Público da Bahia disse que a gestão das bacias hidrográficas dos rios Grande e Corrente é feita com base em planos aprovados em setembro de 2021, que “levaram em consideração também os estudos elaborados pela Aiba e outras entidades do agronegócio”. No entanto, diz a nota, “ressaltamos que esses estudos não são a diretriz para a gestão da água no estado da Bahia”.

Os produtores do Oeste baiano estão entre os mais interessados em cuidar das fontes d’águas. Eles estão instalando piezômetros, poços menores perto do poço principal, para monitorar a condição do lençol freático. A fiscalização será dos órgãos ambientais. “Nós produtores, de maneira geral, imaginamos que isso tem que ser muito bem controlado, por que nosso objetivo é perenidade. Você imagina fazer um investimento gigante por hectare e dali a três ou quatro anos isso se tornar inviável? Então é questão de consciência do produtor e de responsabilidade não só econômica, mas ambiental e social também”, afirma o paranaense João Jacobsen, 66, radicado há 42 anos no oeste da Bahia, que cultiva 60% dos 4 mil hectares de suas fazendas com pivôs centrais de irrigação.

Rio Corrente, um dos principais utilizados para irrigação no Oeste da Bahia

Potencial de irrigar no Brasil é quase sete vezes maior que uso atual
Um estudo de 2020 da Esalq/USP em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), Ministério do Desenvolvimento Regional e Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) aponta potencial de 55,85 milhões de hectares a serem agregados à agricultura irrigada no Brasil. Metade disso em áreas já exploradas pela agricultura de sequeiro e a outra metade em expansão sobre áreas de pastagens. Em médio prazo, até 2050, o potencial efetivo de crescimento é de 13,69 milhões de hectares, agregando à produção 500 mil novos hectares a cada ano.

Trata-se de uma meta de crescimento não distante da realidade, visto que, em 2021, o país agregou 340 mil novos hectares ao sistema de irrigação, quase o dobro da média acrescentada em anos anteriores. E neste ano, a indústria prevê que o desempenho se repita.

Mesmo que se retire do potencial de irrigação todo o volume de água da região amazônica, devido à questão ambiental e à distância das regiões produtivas, o Brasil ainda utiliza apenas 5% da água doce disponível, e, destes, 2,5% para irrigação. Na avaliação de Lineu Leiva Rodrigues, especialista em irrigação da Embrapa Cerrados, o país já tem à mão tecnologia e gente capacitada para galgar outros patamares na agricultura irrigada – que pode produzir três, quatro ou até cinco vezes mais numa mesma área.

Financiamento e novas barragens: os principais desafios
O que falta é aprimorar a legislação, o conhecimento cientifico dos recursos disponíveis e o regramento prático para concessão de outorgas. “Qualquer produtor que quiser irrigar hoje precisa ir à agência e pedir a outorga, mas em alguns lugares demora um ou dois anos para sair. Toda produção agrícola já é licenciada. É como se você comprasse um som para o carro e tivesse que pagar outro licenciamento. Nossa legislação ainda gera muita insegurança jurídica. As ferramentas para decidir quanto de água se pode utilizar são muito frágeis. E o pior cenário é você oferecer um tanto de água para o usuário e no ano seguinte retirar, porque não tem água para todo mundo”, adverte.

Outra necessidade premente do país, frequentemente embargada por questões ambientais, é a construção  de barragens para aumentar a estabilidade hídrica, considerando que 92% das águas vão para os oceanos. “Você não pega água só do rio. Durante a chuva tem muita água, na seca tem menos. Se você retiver esta água, é possível aumentar a disponibilidade em até 500%. A irrigação traz estabilidade na produção, você pode planejar políticas de segurança alimentar para o Brasil e para o mundo. Se não tem essa estabilidade, você não sabe quanto vai produzir e nem pode planejar. Vai ficar dependendo da chuva”, aponta o pesquisador da Embrapa.

Um ponto fundamental para abordar o assunto com mais racionalidade, diz Leiva Rodrigues, é entender que os padrões de consumo de água no meio urbano e rural funcionam sob premissas diferentes. Nas cidades, a demanda tem variações menos acentuadas: o número de banhos de uma pessoa ao longo do ano não se altera tanto. Já na agricultura, se chove muito, usa-se pouca irrigação. Quando há seca, aí é que a ferramenta se torna essencial. Nessas horas, o uso da água não é desperdício, mas salvação. “Se a pessoa não entende isso, é difícil. Irrigação é o melhor seguro agrícola que um produtor pode ter”.

Pivô central em operação: Brasil tem potencial para multiplicar por sete a área atualmente irrigada
Irrigação funciona como tranquilizante do produtor rural
Esse seguro é que garante o sono tranquilo do produtor de Barreiras, João Jacobsen. Nem tudo são flores, já que no período de seca as áreas irrigadas formam a única vegetação verde e viram um chamariz para pragas aéreas, o que eleva os gastos com herbicidas e controle biológico. O investimento para irrigar também é alto, de mais de R$ 20 mil por hectare. Nas grandes culturas de grãos, como soja, milho e trigo, a principal vantagem, segundo o produtor, não está tanto nos ganhos de produtividade, mas na segurança de não perder a lavoura por causa de uma estiagem. Ou seja, quando a seca aperta e derruba a colheita para 20 ou 25 sacas de soja no sequeiro, o produtor irrigado se mantém colhendo 90 sacas.

“A irrigação é um tranquilizante com relação ao problema do produtor de sequeiro que tem que ficar olhando para o céu e se preocupando se vai chover ou não. Nós temos essa tranquilidade de ter a certeza que vamos poder irrigar e não perder produtividade”, conclui Jacobsen.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/brasil-potencia-das-aguas-mitos-realidade-irrigacao/?ref=escolhas-do-editor
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

UCRÂNIA DEFENDE DOS ATAQUES RUSSOS COM MODERNAS ARMAS ANTIAÉREAS

 

Invasão russa

Por
Luis Kawaguti


Norwegian Advanced Surface to Air Missile System (Nasams).| Foto: Soldatnytt from Oslo, Norway – Øvelse Seapie/ Wikimedia Commons

A cada nova atrocidade da Rússia, o Ocidente tem enviado novas levas de armas mais modernas e poderosas para a Ucrânia. As mais recentes são baterias antiaéreas chamadas Nasams, de fabricação americana e norueguesa, e Iris-T, feitas na Alemanha. A ideia é tentar mudar o rumo da guerra protegendo a população das cidades e salvando a infraestrutura elétrica e de águas do país dos constantes ataques de mísseis russos.

O Nassams (sigla em inglês para Sistema Nacional Avançado de Mísseis Terra-Ar) é uma bateria formada por seis lançadores de mísseis de curto e médio alcance (aproximadamente 50 km) capazes de destruir mísseis de cruzeiro, drones e aeronaves. Washington prometeu entregar duas baterias nas próximas semanas e outras seis num futuro próximo.

O Iris-T SLM é uma bateria de mísseis alemã, similar ao Nassams, mas tão moderna que ainda não havia sido testada em combate. Ela é formada por ao menos três lançadores de mísseis capazes de atingir alvos a 40 km de distância e é considerada o estado da arte desse tipo de armamento. Uma delas já está na Ucrânia e outra deve ser entregue no ano que vem.

“No começo da guerra, nós pedimos aos nossos aliados do Ocidente para fechar os céus”, disse à coluna Jogos de Guerra, Serhii Bratchuk, porta-voz da Administração Militar de Odesa, na Ucrânia.

Ele se referiu ao pedido que os ucranianos fizeram à Otan (aliança militar ocidental) para criar uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia. A ideia era impedir a Rússia de usar mísseis e aviões militares, mas a solicitação não foi aceita – pois combates entre pilotos da Otan e da Rússia poderiam sugar a Otan para o conflito e deflagrar nova guerra mundial.

“Mas agora as coisas mudaram. Estamos pedindo a eles sistemas modernos de defesa antiaérea e antimísseis, para que possamos nos defender por nós mesmos”, disse Bratchuk.

“Neste momento, a Ucrânia não está apenas se defendendo, ou defendendo a Europa, estamos protegendo o mundo inteiro contra a agressão russa, incluindo o Brasil, e por isso esse apoio é tão crucial e importante”, disse ele.

Críticos da Ucrânia e seus aliados afirmam que a Otan teria provocado a guerra ao se expandir em direção a países que a Rússia acreditava ser sua área de influência. Esses costumam comparar o cenário atual à crise dos mísseis de Cuba, quando em 1962 a então União Soviética iniciou a instalação de mísseis na ilha próxima dos Estados Unidos.

Contudo, a crise dos mísseis foi resolvida diplomaticamente e não resultou em guerra entre potências. Em 2022, Moscou optou pela via militar para resolver o que considerava uma agressão.

Mas essa é uma visão limitada do processo. Em um ensaio publicado em 2021, o presidente russo Vladimir Putin já delineava suas pretensões expansionistas para levar as fronteiras da Rússia a regiões que fizeram parte do país em sua era imperial, entre os séculos 18 e 20.

No ensaio, Putin fala do suposto direito de proteger cidadãos russos em territórios que hoje pertencem a países como Ucrânia, Moldávia e Cazaquistão.

Mas a Rússia czarista dominava total ou parcialmente territórios que hoje pertencem a países como Estônia, Letônia, Lituânia, Belarus, Polônia, Ucrânia, Finlândia, Moldávia, Armênia, Geórgia, Azerbaijão, Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Tadjiquistão e até o Alasca. Ou seja, não se sabe até onde Putin desejava ir até esbarrar na resistência ucraniana e do Ocidente.

A evolução dos envios de armamento
Sem desmerecer a bravura dos soldados ucranianos, é possível dizer: sim, esta também é uma espécie de guerra por procuração, onde Rússia e Otan se enfrentam indiretamente.

Mesmo antes da invasão, em 24 de fevereiro, empresas de tecnologia ocidentais ajudaram o governo da Ucrânia a transferir seus dados armazenados em data centers (centrais de computador) para equipamentos espalhados pela Europa e Estados Unidos – a chamada nuvem. Assim, os primeiros bombardeios que atingiram prédios públicos do país não foram capazes de parar sistemas de transporte, financeiros e de áreas estratégicas para o funcionamento do país. Esse foi um dos primeiros envios de ajuda do Ocidente.

Quando colunas de blindados rumaram para Kyiv em fevereiro, após o início da invasão, a Ucrânia recebeu bazucas modernas (M72) e os chamados Javelins – lançadores de foguetes portáteis capazes de destruir “tanques” russos com relativa facilidade. Os helicópteros de ataque russos foram combatidos com mísseis portáteis terra-ar Stinger e Starstreak, também mandados pelos Estados Unidos e Reino Unido.

Mas os sucessivos pedidos ucranianos pelo fechamento dos céus foram ignorados. Planos para transferir aviões de caça poloneses para a Ucrânia foram abandonados frente às ameaças russas de escalada da guerra para outros países da Europa.

Após sofrer sucessivas baixas, as tropas russas se retiraram do norte do país sem conseguir tomar Kyiv no final de março. Mas o rastro de covas coletivas de civis e casos de assassinatos e tortura revelados assim que mais de 180 vilas e cidades foram liberadas causaram repulsa no Ocidente. Isso fez aumentar o apetite de Washington e seus aliados para fornecer novas e mais potentes armas à Ucrânia.

Uma linha vermelha, que antes não se pensava em cruzar, foi ampliada com o envio à Ucrânia de blindados e baterias antiaéreas de projeto soviético que pertenciam a países da Otan, além de peças de artilharia, mísseis navais e drones kamikazes.

No começo da guerra, os armamentos ucranianos – e até as fardas dos soldados – eram 90% herdados do período soviético. Hoje, as forças ucranianas se parecem muito mais com os exércitos padrão Otan, mas com uma mistura de tipos de armamentos que causarão no futuro um pesadelo de manutenção e logística.

A partir de abril, as forças russas se voltaram para a região de Donbas, no leste. A superioridade numérica da artilharia de Moscou propiciou avanços rápidos e uma sensação de derrota irremediável da Ucrânia. Os russos atiravam chuvas de granadas à distância e os ucranianos não conseguiam revidar à altura. Seus combatentes nem conseguiam mais ver os russos, que disparavam as granadas à distância.

A resposta do Ocidente foi estender ainda mais a fronteira dos armamentos. Peças de artilharia à altura da Rússia, os chamados Triple Seven americanos, começaram a chegar na Ucrânia.

Mas a arma que virou o jogo foi o americano Himars M142 (sigla para Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade). Cerca de 20 deles teriam sido enviados para a Ucrânia. São armas de artilharia mais modernas que as usadas pelos russos. Com sua alta precisão, permitiram aos ucranianos abater baterias, depósitos de munição e postos de comando inimigos situados a mais de 70 km de distância. O jogo começou a virar.

Graças a informações de inteligência ocidentais, os ucranianos lançaram uma grande contraofensiva no nordeste do país em setembro, liberando praticamente toda a província de Kharkiv e avançando para reconquistar territórios tomados pelos russos em Luhansk.

Essa contraofensiva tomou vastas regiões em poucas semanas graças a um blindado de artilharia alemão chamado Gepard. Avançando ao lado de blindados convencionais, ele forneceu proteção antiaérea para a rápida manobra ucraniana.

A Rússia respondeu com uma mobilização de mais de 300 mil recrutas e com ataques massivos de mísseis às cidades e infraestruturas de geração e distribuição de energia elétrica e água a partir de 10 de outubro.

A Ucrânia diz que 40% de suas estruturas elétricas foram destruídas e sistemas de blackouts programados começaram a ser implementados para economizar energia. Só na última quinta-feira (3), mais de 4,5 milhões de pessoas ficaram sem luz após ataques russos.

É nesse contexto que surgiram os envios dos Nassams e Iris-T: para evitar que a população seja punida com bombardeios de cidades e com a falta de eletricidade e água no rigoroso inverno europeu.

Até então, a Ucrânia tinha defesas antiaéreas do tipo S-300 (similares às usadas pela Rússia). Elas são formidáveis para abater aviões de média a longa distância, mas não são a arma ideal para conter mísseis de cruzeiro. Muitas vezes, pilotos de caça levantavam voo em missões quase suicidas para tentar abater os mísseis russos antes que atingissem as cidades.

As novas baterias antiaéreas americanas e alemãs serão usadas para a defesa contra esses mísseis. Segundo levantamento do governo ucraniano, a Rússia lançou mais de 4.500 mísseis de cruzeiro contra a Ucrânia desde o início da guerra. Se tornou comum nas cidades ucranianas ouvir alertas de ataques aéreos e em seguida o som de explosões – que podem ser do míssil sendo abatido ou atingindo seu alvo.

Além disso, há a ameaça dos drones kamikazes, tipo Shahed, vendidos à Rússia pelo Irã. Eles são pequenos aviões carregados com explosivos equivalentes a três granadas de artilharia que manobram no ar até atingir seu alvo. Cerca de 2.500 foram negociados com a Rússia e até agora ao menos 400 deles foram lançados. A Ucrânia diz ter abatido cerca de 300.

A defesa contra os drones é feita com todo tipo de artilharia, desde as baterias mais avançadas até os lançadores de mísseis antiaéreos portáteis.

Para defender as estruturas críticas de geração de energia e distribuição de comida para consumo interno e exportação, a Ucrânia tem usado, entre outros recursos, os blindados Gepard, voltados para defesa antiaérea. O problema é que as munições para esses blindados estão acabando. E é aí que o Brasil é envolvido.

O ministro da defesa ucraniano Oleksiy Reznikov fez um apelo ao governo e ao povo brasileiro que enviem esse tipo de munição para a Ucrânia defender sua estrutura elétrica e centros de logística de distribuição de alimentos. Segundo ele, só o Brasil e a Suíça possuem quantidade suficiente dessas munições para uma ajuda imediata.

O problema é que o ponto fraco do Brasil é a defesa antiaérea. O país só tem equipamentos de curto alcance e depende quase na totalidade dos aviões da Força Aérea para cumprir o papel. Fora isso, o país não quer ficar mal com a Rússia para não ter suprimentos de fertilizantes cortados.

Defesa completa?
Mesmo que a Ucrânia obtivesse as munições do Brasil e os sistemas Nassams e Iris-T em quantidade suficiente ela estaria completamente protegida dos ataques aéreos?

Não necessariamente. O desafio das defesas antiaéreas é lidar com uma grande quantidade de mísseis e drones atuando ao mesmo tempo. Assim, eles podem sofrer um processo chamado de saturação. A Rússia parece estar padecendo de escassez de mísseis e drones, mas fechou acordos de suprimento com o Irã.

Além disso, Moscou possui a tecnologia de mísseis hipersônicos. Até hoje não há notícias de que mísseis desse tipo tenham sido interceptados por qualquer defesa antiaérea conhecida.

Em tese, as baterias antiaéreas também não seriam capazes de proteger a Ucrânia contra o uso de armas nucleares táticas (de capacidade de destruição limitada a um décimo ou metade do poder destrutivo da bomba de Hiroshima). Essas armas podem ser disparadas não só nos mísseis hipersônicos, mas também a partir de granadas de artilharia e em grande quantidade.

Ou seja, não é possível atualmente impedir um ataque nuclear com defesas antiaéreas, mas sim com dissuasão nuclear ou convencional e pressão política.

Assim, os novos envios de armamentos estão muito mais focados em resolver um problema imediato da Ucrânia: impedir um sofrimento ainda maior da população com bombardeios e com a falta de energia durante o inverno.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jogos-de-guerra/conheca-as-modernas-armas-antiaereas-enviadas-pelo-ocidente-para-defender-a-ucrania/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

BRAIL NA COP-27 VAI ATRAIR INVESTIMENTOS PARA ENERGIA VRDE

Renováveis
Por
Gazeta do Povo

Parque eólico Brisa Potiguar da Copel em São Miguel do Gostoso a 120 quilometros de Natal do Rio Grande do Norte. Usina eólica no Rio Grande do Norte – estação eólica da Copel


Fontes renováveis, como a energia eólica, ganharam espaço no Brasil graças a incentivos e regulações elogiadas por estudo internacional.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O Brasil deve aproveitar a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP27) para mostrar ao mundo o potencial do país para a geração da chamada “energia verde”, limpa e barata, gerada de forma 100% renovável. O evento começa neste domingo (6) em Sharm El Sheikh, no Egito, e reunirá até 18 de novembro representantes oficiais de governos e da sociedade civil para discutir maneiras para enfrentar e se adaptar às mudanças climáticas.

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o encontro será boa oportunidade para atrair investidores estrangeiros interessados uma vez que “o Brasil, por características naturais e econômicas, é um potencial nesse setor”. Segundo o ministro, o principal objetivo do Brasil na COP 27 será o de “levar a eles o Brasil das energias verdes”, para trazer “financiamento climático e acelerar toda essa economia verde junto com o setor privado”. “O que queremos é que o setor privado dê escala a uma nova economia verde, neutra em emissões até 2050”, completou.


Com guerra e inflação, COP27 começa no Egito com EUA e UE “verdes” correndo atrás de carvão e petróleo
Brasil que dá exemplo: como políticas públicas abriram caminho para uma energia mais limpa
Durante a entrevista, Leite destacou o potencial energético brasileiro para a geração eólica em terra firme e por meio de fontes solar e biomassa, estimados em 100 GW. “Para entender o tamanho desse potencial, o Brasil produz atualmente 180 GW. É um volume bastante expressivo de energias renováveis e limpas que podemos transformar em hidrogênio verde e amônia verde para exportação”, disse o ministro, referindo-se a estes combustíveis que, por não serem danosos ao meio ambiente, têm despertado cada vez mais interesse no exterior.

O ministro falou também sobre as expectativas para geração eólica offshore, por meio de turbinas instaladas em alto mar. “Há um potencial de 700 GW. Isso corresponde ao que seria gerado por 50 usinas de Itaipu. O Brasil é o país das energias verdes e poderá fornecer energia verde para todo o mundo”, declarou.

Na avaliação do ministro, os benefícios para o país vão além e envolvem toda uma cadeia de suprimentos e de indústrias que, ao se instalarem em território nacional, poderão aproveitar essa energia “verde e barata”.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a matriz energética brasileira se destaca com um índice renovável de 84%, frente a 27% da média mundial. As matrizes solar e eólica bateram recordes de produção em 2022, respectivamente 14 GW e 22 GW. “Somadas, essas duas fontes são suficientes para fornecer energia limpa para mais de 40 milhões de brasileiros”, informa a pasta em nota publicada em seu site.

Gestão de eólicas em alto mar

Joaquim Leite disse que, diante do alto volume de solicitações para a instalação de parques eólicos offshore, o governo tem atuado visando facilitar autorizações, estabelecendo uma plataforma digital única de gestão de áreas marítimas – o que pode aumenta o interesse externo em fazer investimentos no país.

“No Ibama, já temos aproximadamente 169 GW solicitados para a instalação de parques eólicos no mar. Esse volume de solicitações requerem uma plataforma única, porque não é apenas o Ibama que autoriza. Há vários outros órgãos, como das áreas de pesca, defesa. Precisávamos então agilizar esse processo para licenciamento dessas áreas. Já desenhamos uma portaria interministerial visando trazer toda uma estrutura digital para acelerar esses processos de concessão de áreas”, disse o ministro. Com informações da Agência Brasil.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/brasil-usara-cop27-para-atrair-investimentos-em-energia-verde/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

 

MERCADO DE TRABALHO TEM VAGAS DE SOBRA

 


Vagas de sobra, bons salários e perspectivas: onde o emprego está em seu melhor momento

Por
Vandré Kramer – Gazeta do Povo


Agronegócio é uma das áreas consideradas promissoras para o mercado de trabalho.| Foto: Agência Brasil

Desemprego em queda, recuperação do salário real e redução da informalidade dão a tônica do mercado de trabalho nos últimos meses. Apesar da possibilidade de perda de força de agora em diante, motivada pelo desaquecimento da atividade econômica, há “ilhas” que devem manter um bom desempenho, devido a características próprias.

É o caso de segmentos como infraestrutura, energia, agronegócio, saúde e tecnologia da informação. O vice-presidente de parcerias estratégicas da consultoria de recursos humanos Robert Half, Alexandre Attauah, diz que essas áreas estão crescendo com pujança, mesmo com uma alta taxa de juro.

A procura por profissionais qualificados é grande. Segundo o diretor executivo da Page Group, Lucas Toledo, há uma disputa mundial por mão de obra especializada: “É um dos efeitos da pandemia, quando ganhou força o home office”.


Como fica o Brasil daqui pra frente com a eleição de Lula
O que está fazendo o Brasil ter uma inflação menor que a de países desenvolvidos
Esse cenário mais complexo está levando muitas empresas com operações internacionais a criar centros de serviços compartilhados em diversas regiões, com o objetivo de prestar serviços globais.

Outro fator que pode impulsionar o mercado de trabalho, segundo Toledo, é a reordenação das cadeias globais de produção, que foram afetadas pela crise da pandemia da Covid-19. Ele aponta que países como os Estados Unidos estão buscando fornecedores mais próximos do que a China. “Isto pode levar ao estabelecimento de novas plantas”, diz o executivo do Page Group.

Leia a seguir sobre os setores que devem continuar tendo boa performance.

Concessões e privatizações trazem mais dinamismo à infraestrutura
Um dos segmentos em que deve ser mantida a boa performance no emprego é o de infraestrutura, impulsionado por obras previstas para os próximos anos em contratos de concessão ao setor privado. Até agosto, constavam 153 empreendimentos no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do governo federal, que previam uma aplicação de R$ 901 bilhões.

“Tem muita coisa para acontecer. O cenário pode estar retraído no curto prazo, mas é extremamente favorável no médio prazo”, diz Toledo, do Page Group.

Óleo e gás e energias renováveis são áreas promissoras
Outra área em que há expectativas favoráveis, segundo Toledo, é a de óleo e gás. “Está sendo beneficiada pelos preços mais elevados do petróleo, motivados, em parte, pelas restrições à produção da Rússia, devido à guerra com a Ucrânia”, diz o diretor executivo do Page Group.

Novos lotes exploratórios estão em desenvolvimento no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. E, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção brasileira está em alta. Em setembro, foi registrada a produção média diária de 4,05 milhões de barris de petróleo. É a segunda vez na história que a marca dos 4 milhões é ultrapassada. A anterior foi em janeiro de 2020.

Outro fator que ajuda esse setor, de acordo com Attauah, é a retomada dos deslocamentos no pós-pandemia e o crescimento do setor de logística. Nos oito primeiros meses do ano, os serviços de transporte tiveram um crescimento de 13,8% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o IBGE.

A área de energias renováveis também é muito promissora, destaca Toledo. E uma das regiões que mais se destaca é o Nordeste, onde estão sendo construídos os principais parques eólicos. Também ganha importância a maior exploração da energia solar.

Tecnologia da informação ganha ainda mais tração com o 5G
Tradicionalmente, outro setor com forte demanda de pessoas é o de TI. Ele deve ganhar ainda mais tração com a entrada em operação, em larga escala, do 5G e o desenvolvimento de aplicações a partir dessa tecnologia.

Pesquisa feita pela Robert Half aponta que a esmagadora maioria dos CIOs está mais confiante na comparação com os últimos 12 meses, o que incentiva a abertura de novas vagas de trabalho. Mas, as empresas estão se deparando com dificuldades para preencher posições.

A consultoria destaca que o volume de mão de obra qualificada não supre a demanda das empresas e as taxas de desemprego continuam caindo. Os bons talentos de tecnologia, que não estão tão disponíveis, ainda lidam constantemente com propostas simultâneas.

“Mais do que em qualquer outra área, em tecnologia a questão do modelo de trabalho influencia diretamente no leque de profissionais a serem acionados. Além disso, a falta de flexibilidade, tanto de horários quanto de locais, assim como o aumento da abordagem da concorrência e a percepção de oportunidades limitadas de progressão de carreira, são alguns dos pontos que mais motivam pedidos de demissão”, revela Mariana Homo, gerente sênior da consultoria.

Agronegócio tem boas oportunidades
Quem também está em um bom momento é o agronegócio. No ano, até setembro, o número de oportunidades de trabalho com carteira assinada cresceu 6,7%, com a abertura de 120,7 mil postos, apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

As boas expectativas para a próxima safra, estimada em 300 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), são uma das fontes de ânimo. A projeção indica crescimento de 16% em relação ao último ciclo agrícola.

“Agro e commodities estão em franca expansão devido às necessidades globais”, explica o vice-presidente da Robert Half. Ele cita que há uma grande procura por profissionais qualificados, e um dos motivos é a entrada de investimentos estrangeiros no setor.

Algumas necessidades mais específicas estão em áreas relacionadas à tecnologia e ao crédito: “Há muita startup e fintech entrando no agronegócio”, diz.

Setor de saúde cresce com envelhecimento da população e consolidação
A saúde é outra área que também é considerada como promissora pelos especialistas em recursos humanos. Um dos fatores é o aumento na expectativa de vida da população. Segundo o IBGE, entre 1991 e 2020 a expectativa de vida de uma pessoa de 50 anos passou de 24,2 para 31 anos.

Outro fator que abre boas possibilidades é a consolidação do setor. “O setor sempre foi pulverizado e agora estão se formando grandes players, seja em áreas como o atendimento hospitalar ou de planos de saúde. Novos problemas surgem com a profissionalização do setor e há necessidade de mão de obra especializada”, afirma o executivo da Robert Half.

Áreas mais novas, como a ESG, têm grandes necessidades
Áreas mais novas, como o ESG (sigla em inglês para compromisso com metas ambientais, sociais e de governança corporativa), têm dificuldades para encontrar mão de obra especializada. Uma pesquisa feita pela Robert Half indica que 55% das companhias apontam a escassez de especialistas como uma das principais barreiras para a implementação de estratégias vinculadas ao tema.

“É, ao lado da tecnologia da informação, uma área com assuntos e pautas em alta, porém com conhecimento ainda limitado por parte dos profissionais”, diz Attauah.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/mercado-trabalho-onde-emprego-esta-melhor-momento/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

PROBLEMAS ECONÔMICOS DO NOVO GOVERNO

 

Economistas respondem

Foto: Redação

Por Luciana Dyniewicz e Luiz Guilherme Gerbelli – Jornal Estadão

Analistas dizem que a prioridade do governo petista deverá ser solucionar o problema das contas públicas

Ao assumir em 1º de janeiro de 2023, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai ter de lidar com inúmeros problemas econômicos e terá pouco tempo para solucionar cada um deles.

Para cinco economistas consultados pelo Estadão, a prioridade do próximo governo do petista nos primeiros seis meses deverá ser resolver a questão das contas públicas. Durante a campanha, Lula disse que pretende acabar com o teto de gasto, a regra fiscal que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior, mas ainda não indicou o que vai colocar no lugar.

Mais do que isso: o governo Lula vai lidar com um Orçamento considerado irreal. A proposta enviada pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional não contempla o Auxílio Brasil de R$ 600, mas sim de R$ 405. Para dar conta de um auxílio mais robusto, além de cumprir promessas de campanha, como o reajuste real do salário mínimo, a equipe do presidente eleito pode enviar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição para aumentar os gastos sem que eles estejam sujeitos ao teto.

Na lista de medidas imediatas, os analistas também dizem que o próximo governo petista também tem de fazer uma boa reforma tributária e retomar a imagem do Brasil no exterior, sobretudo em relação ao meio ambiente

Abaixo cinco economistas dizem quais devem ser as prioridades do novo governo.

Solange Srour, economista-chefe do Credit Suisse

Seis meses é um tempo enxuto e todos os esforços deveriam estar voltados para resolver três questões urgentes para que o juro real caia no país e impeça que a trajetória da dívida fique insustentável.

A primeira é aprovar uma nova regra fiscal que substituirá o teto de gastos a partir de 2023. É fundamental termos uma regra para limitar a despesa pública, pois está sob estrito controle do Executivo.

Primeira medida deveria ser aprovar uma nova regra fiscal, diz Solange
Primeira medida deveria ser aprovar uma nova regra fiscal, diz Solange Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO

Também é primordial aprovar uma reforma do gasto público que garanta que a nova regra fiscal não seja modificada ao longo do tempo como foi o teto de gastos. Poderíamos começar com a reforma administrativa, ainda que esta não traga muita economia no curto-prazo. O importante é estabelecer uma âncora para o médio-prazo e também uma restrição para os gastos de estados e municípios e estender a reforma administrativa aos demais poderes, Legislativo e Judiciário.

Por fim, o novo governo deveria encaminhar uma reforma tributária que traga maior eficiência ao sistema. Esta reforma servirá também para financiar o Bolsa Família de R$ 600. No entanto, o foco não deveria ser aumentar a carga tributária, mas ampliar a produtividade e acabar com enorme regressividade de nossa estrutura tributária. O risco é simplesmente elevarmos os impostos para gerar maiores resultados fiscais em vez de promover uma mudança no gasto público. Tal possibilidade, em vez de fortalecer, enfraqueceria a regra fiscal de um teto modificado.

José Alexandre Scheinkman, professor da Universidade de Columbia

Primeiro, é lidar com o Orçamento ‘fake’ que a administração Bolsonaro mandou para o Congresso. Esse é um problema sério, porque não estão previstos gastos que vão ser inevitáveis. Não é só a questão do Auxílio Brasil de R$ 600, mas existem outras coisas faltando no Orçamento. Para conseguir trazer essas coisas para o Orçamento, será preciso uma mudança constitucional.

Brasil tem sistema tributário ruim, diz Scheinkman
Brasil tem sistema tributário ruim, diz Scheinkman  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO / ALEX SILVA/ESTADAO

A segunda coisa importante tem a ver com o clima. Acho que o Brasil tem um grande potencial de se tornar um dos melhores países em termos de clima – as pessoas gostam de dizer que o País é uma potência verde. E eu acho que ao, mesmo tempo em que vai trazer uma melhora do humor do mundo com relação ao Brasil, pode ajudar em investimentos.

Terceiro lugar, acho que é a questão tributária. O Brasil tem um sistema tributário muito ruim. Havia uma proposta, que pode ser melhorada e que foi desenhada por um grupo de pessoas, incluindo o Bernard Appy, mas esse governo não deu suporte para ela. O Brasil precisa passar para um sistema de imposto sobre valor agregado (IVA).

Alessandra Ribeiro, economista e sócia da consultoria Tendências

Tem uma questão que já estão tentando endereçar que é a fiscal. A gente tem um Orçamento que é completamente desconectado da realidade. Esse é o primeiro ponto. Provavelmente vai sair essa PEC (da Transição) para dar um espaço maior para gastos. Estão falando principalmente de gastos sociais, mas a gente tem um receio grande com relação a outros gastos, que vão pressionar (as contas) no ano que vem. Um deles é o reajuste do funcionalismo público. A pressão vai ser grande, ainda mais do novo governo, de tentar recompor uma parte das perdas inflacionárias dos últimos anos. O que também pressiona muito os gastos, pelas nossas estimativas, é a questão de precatórios e a definição de uma despesa discricionária mínima para manter o funcionamento da máquina pública.

Orçamento está desconectado da realidade, diz Alessandra
Orçamento está desconectado da realidade, diz Alessandra Foto: Tendências/Divulgação

O que pode ser ser interessante é resgatar as relações do Brasil com o mundo. O Lula pode voltar a resgatar esses laços, essas conversas, porque isso, primeiro, pode afetar o cenário de investimento para o Brasil, como também resgatar algumas discussões de acordos comerciais relevantes. Eu destacaria o da União Europeia com o Mercosul. Podem ser coisas importantes para o cenário brasileiro.

Poderia ser uma prioridade atacar a questão tributária, com a ideia de uma reforma tributária ampla, um IVA (imposto sobre valor agregado). Uma reforma (tributária) também pode ter um efeito muito grande e positivo nas expectativas.

Samuel Pessôa, pesquisador associado do Ibre/FGV

O mais fundamental é aprovar a reforma dos impostos indiretos, que até o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), já disse que é prioridade. E eu acho que ele está certo. É um item muito importante para gerar ganhos de produtividade. O governo também precisa construir um plano de estabilidade fiscal a médio prazo. Precisa dizer para a sociedade como vai arrecadar e pagar as contas, para que a dívida pública não exploda.

Governo precisa arrecadar mais para poder aumentar gastos, lembra Pêssoa
Governo precisa arrecadar mais para poder aumentar gastos, lembra Pêssoa Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

A sociedade quer gastar mais? Quer R$ 200 a mais de Auxílio Brasil? Quer dar aumento de salário mínimo? Se tudo isso é verdade, o primeiro passo é o governo aprovar medidas que aumentem impostos. Não tem Orçamento para fazer tudo isso. É legítimo gastar mais. Mas, para gastar mais, tem de arrecadar.

Rafaela Vitória, economista-chefe do banco Inter

O governo vai herdar um orçamento ainda não definido com muitas pressões de gastos adicionais que precisam ser administradas. Em 2022, vamos terminar o ano com despesas em 18,5% do PIB, tendo gasto R$120 bilhões acima do teto, mas com superávit primário consolidado que vai ultrapassar R$100 bilhões ou 1% do PIB. Para 2023, com a redução dos impostos, esse superávit já tende a zero e, caso o governo aceite aumentar o orçamento em mais R$100 bilhões extra teto, voltaríamos a um déficit de 1%.

Sem âncora fiscal, o prêmio de juros continuará elevado, diz Rafaela Vitória
Sem âncora fiscal, o prêmio de juros continuará elevado, diz Rafaela Vitória Foto: Divulgação/Banco Inter

Além da sinalização de responsabilidade fiscal, que pode ser frágil caso o governo aprove novos gastos sem nenhum corte ou remanejamento, como nas emendas por exemplo, a inflação também pode voltar a subir com essa nova carga de estímulos. A queda da inflação para a meta é muito importante para o médio e longo prazo, pois significaria alívio na Selic ainda em 2023. E com as taxas elevadas, refletindo ainda um alto prêmio de risco, uma sinalização inicial de responsabilidade fiscal é muito importante para essa redução, para podermos voltar a ver taxas de crescimento acima de 2% com consistência.

O governo precisa controlar as demandas por mais gastos e reestruturar as novas regras fiscais para que tenhamos maior previsibilidade. Sem âncora fiscal, o prêmio de juros continuará elevado e a inflação em risco. A prioridade no início de governo é garantir que a inflação seguirá em queda, o que trará alívio para as famílias e permitirá juros menores e crescimento nos anos seguintes.

O PROTECIONISMO É PREJUDICIAL AO AGRONEGÓCIO

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Colheita de Soja . “Bazucão” permite que a colheitadeira continue o trabalho enquanto a carga colhida é levada ao caminhão. Gurupí TO.


Imagem ilustrativa.| Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo

Há 33 anos, nascia o Consenso de Washington, nome firmado entre políticos, economistas e organismos internacionais no encontro realizado em 1989, cujo programa era a defesa da liberalização do comércio entre as nações, a diminuição das alíquotas de importação, os estímulos à exportação e o avanço da globalização econômica. Os Estados Unidos assumiram a liderança na defesa e divulgação da pauta surgida no evento e começaram a adotar ações para cobrar da comunidade econômica mundial sua implementação sob o argumento que as políticas liberalizantes aprovadas teriam o efeito de melhorar a economia mundial, reduzir a pobreza e aumentar o padrão médio de bem-estar social.

Naquele ano, o Brasil acabava de eleger Fernando Collor de Mello para a Presidência da República, que ganhou a eleição com um programa político de privatização, desregulamentação, liberalização do mercado, fim do protecionismo e abertura da economia brasileira ao exterior. Collor acabou cumprindo parcialmente sua pregação rumo ao liberalismo econômico, em parte porque os governantes brasileiros se especializaram em adotar um programa para ganhar as eleições e executar outro após eleitos. Collor assumiu em 1990 e o Brasil passou a ser pressionado para reduzir as barreiras às importações, abrir a economia nacional à concorrência externa, facilitar o ingresso do capital estrangeiro e submeter as empresas nacionais à competição externa. A pressão vinda de fora para a liberalização foi bastante forte, sobretudo em relação a produtos industrializados oriundos das nações desenvolvidas.

A questão do agronegócio assume alto protagonismo no cenário mundial por seu insubstituível papel no objetivo de reduzir a fome no mundo (um dos principais objetivos divulgados pela ONU), e isso somente será possível se houver aumento da circulação dos produtos agroindustriais entre as nações.

O Consenso de Washington conquistou projeção e teve forte aplicação em vários países e em governos de correntes políticas opostas. O próprio Barack Obama, que se elegeu em 2008, no meio de uma crise financeira mundial que teve seu núcleo principal nos Estados Unidos, tão logo assumiu disse que seu governo faria a maior ofensiva do país no comércio internacional do agronegócio, com a meta de dobrar as exportações do setor em cinco anos, chegando a US$ 200 bilhões. Os meios para tal seriam subsídios e outras formas de protecionismo para os produtores de seu país, medidas claramente contrárias ao que propunha o Consenso de Washington. O argumento do governo norte-americano era de que o agronegócio no país não estava bem, a produtividade era preocupante e as condições de competitividade no mercado internacional precisavam melhorar. Com isso, Obama dava sua contribuição para inviabilizar a ideia da Associação de Livre Comércio das Américas (Alca).

O terceiro governo Lula assumirá em 2023 com duas situações opostas na economia internacional. De um lado, continuam presentes as políticas protecionistas e subsídios para o agronegócio no Japão, na Europa e nos Estados Unidos. O Brasil se tornou mais eficiente que a maioria dos países no setor primário agropecuário, e o governo brasileiro deverá manter pressões para que as nações protecionistas reduzam a proteção e os subsídios, como meio de estabelecer concorrência em condições menos desiguais. De outro lado, o Brasil enfrentará pressões feitas pelos países desenvolvidos para que sejam reduzidas as tarifas de importação e as barreiras não tarifárias que o Brasil mantém sobre produtos industrializados que compra no exterior. Joe Biden e Lula podem parecer ter ideias e programas parecidos, que chamam de “progressistas” (no sentido de “esquerdistas”), mas somente o tempo dirá se isso favorecerá o Brasil ou não.

O Consenso de Washington condena subsídios e protecionismos, inclusive sob alegação de que tais práticas são negativas para todos no longo prazo; mas a liberalização somente faz sentido quando todos caminham na mesma direção. O liberalismo no comércio exterior funciona desde que todos os países desenvolvidos pratiquem as mesmas regras. Se alguns as praticam e outros não, a concorrência se torna desigual e a liberalização se inviabiliza. A situação atual no campo do comércio internacional de produtos oriundos do agronegócio se distanciou do Consenso de Washington e segue as controvérsias que já estavam presentes no governo Obama, quando os norte-americanos tinham um discurso para o público interno e outro para as nações estrangeiras.


Segurança alimentar e livre comércio
O agronegócio, a fome, o meio ambiente e o debate radicalizado
Planejamento e proteção ao agronegócio
A esquerda não quer reforma agrária, mas dependência perpétua
A questão do agronegócio assume alto protagonismo no cenário mundial por seu insubstituível papel no objetivo de reduzir a fome no mundo (um dos principais objetivos divulgados pela ONU), e isso somente será possível se houver aumento da circulação dos produtos agroindustriais entre as nações. O livre comércio entre as nações, porém, padece de sérios entraves e um deles é o difícil nó envolvendo as negociações para reduzir os subsídios e o protecionismo. Entre os pontos que fazem parte da pauta de discussão estão a taxação de importação (como fazem os Estados Unidos e Brasil), os subsídios a produtores internos (como fazem o Japão, os Estados Unidos e a Europa) e a redução das barreiras não tarifárias (proibição de importação por questões sanitárias e outras).

Os investimentos na zona rural e nos setores industrial, comercial, de armazenagem, transportes e toda a logística para expansão do produto nacional do agronegócio dependerão das políticas e medidas específicas que o governo venha a adotar nessa área. Se o governo Lula cometer o erro de se perder em debates longos e demorar demais para definir o que vai fazer nessa grande área, o produto nacional do setor será inibido, o que seria ruim para o Brasil e para o mundo.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/impacto-do-protecionismo-no-agronegocio-livre-mercado-comercio-alimentos/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

HABILIDADES IMPORTANTES DOS EMPREENDEDORES

 

Por Tabatha Benjamin – StartSe

Conheça as capacidades que você pode desenvolver ao longo dos anos para se tornar um bom líder e empreendedor

Transformar-se em um empreendedor de sucesso exige que você percorra um longo percurso repleto de aprendizados e novidades. E, muito além disso, é importante desenvolver habilidades que te tornarão um líder exemplar.

Mas antes de saber quais são essas habilidades, é importante conhecer uma filosofia chamada lifelong learning, que te prepara ao longo da vida para alcançar o perfil de empreendedor tão almejado.

FILOSOFIA LIFELONG LEARNING

Você sabe o que é lifelong learning? Trata-se da mentalidade de desenvolvimento contínuo, a filosofia de buscar sempre atualizar seus conhecimentos ao longo da vida, independente da idade e além da considerada educação formal.

Há algum tempo, as pessoas faziam um curso de graduação e consideravam-se “formadas”, como se já tivessem adquirido todo o conhecimento necessário para seguir sua profissão. Mas isso não é bem verdade, considerando que a tecnologia faz com que as áreas de conhecimento estejam em constante evolução. E o bom profissional busca atualizar-se conforme esse avanço.

Quando falamos em desenvolver conhecimentos, não é apenas sobre hard skills, as habilidades técnicas, como também sobre soft skills, as habilidades comportamentais.

Para isso, é importante estar atento ao mercado, buscar se informar, ler livros, fazer cursos e procurar aprender algo novo todos os dias ou reservar um tempo para isso.

O lifelong learning conta com alguns pilares:

Habilidade de conhecer – quanto mais você conhece suas preferências, mais fácil será criar um hábito.

Aprender a fazer – conhecimento teórico é importante, mas saber aplicá-lo na prática também.

Aprender a conviver – é fundamental saber conviver com outras pessoas, conciliar conflitos e aprender com as relações humanas.

Aprender a ser – e o mais importante é aplicar tudo isso à sua rotina para que faça parte da sua personalidade e não seja um sacrifício.

Aprenda mais:

Como empreender e manter uma boa saúde mental?

AS 7 HABILIDADES IMPORTANTES PARA SER UM BOM LÍDER E EMPREENDEDOR

Agora que você já conhece a mentalidade de desenvolvimento contínuo, saiba quais são as competências buscadas para fortalecer o perfil empreendedor.

1 – Capacidade de liderança: um bom líder assume as responsabilidades e sabe delegar tarefas de acordo com o perfil de seus colaboradores, além de ser proativo e saber incentivar e motivar a equipe, passando confiança.

2 – Capacidade analítica: em um mundo cheio de informações, ter discernimento é um grande diferencial, e a capacidade de analisar torna-se ainda mais importante.

3 – Learnability: também é importante desenvolver sua capacidade de aprender. Ou seja, estar aberto a aprender constantemente e produzir conhecimento, conteúdo e habilidade permanentes.

4 – Inovação:  além de se atualizar em sua área de atuação, o ideal é ser curioso com outras áreas. Afinal, descobrir novos assuntos é uma excelente forma de ter um repertório de soluções diversificado e atual.

5 – Resiliência: um bom empreendedor sabe lidar com adversidades, críticas, situações de crise e pressões e é capaz de retornar à estabilidade emocional após as dificuldades.

6 – Criatividade:  com a rapidez com que tudo acontece atualmente, ser criativo é um diferencial para buscar resoluções eficientes para os mais diversos problemas.

7 – Comunicação: a capacidade de se comunicar de forma efetiva é extremamente importante no desenvolvimento pessoal e profissional.

SEJA UM LÍDER EXPONENCIAL

Quer uma dica em que você pode conhecer melhor e adquirir algumas dessas competências?

Volatility – volatilidade

Uncertainty – incerteza

Complexity – complexidade

Ambiguity – ambiguidade

Com essa formação, você será capaz de dominar as habilidades para gerir equipes dinâmicas, reagir rapidamente ao mundo do agora, liderar processos de inovação e abrir espaço para alavancar sua carreira neste novo mercado.

CARACTERÍSTICAS DA VALEON

Perseverança

Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que permitem seguir perseverante.

Comunicação

Comunicação é a transferência de informação e significado de uma pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem positiva junto a seus públicos.

Autocuidado

Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.

Autonomia

Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é incompatível com elas.

A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.

Inovação

Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades, exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.

Busca por Conhecimento Tecnológico

A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia, uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.

Capacidade de Análise

Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um mundo com abundância de informações no qual o discernimento, seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade de analisar ganha importância ainda maior.

Resiliência

É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões (inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

WEBsite: https://valedoacoonline.com.br/

WEBApp: valeon

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...