sexta-feira, 4 de novembro de 2022

COMUNICAÇÃO E TREINAMENTO SÃO IMPORTANTES

 

Rodrigo Maruxo – MRX Consultoria

Sabemos que o e-commerce para indústria não é uma novidade, mas também não é um movimento tão antigo assim. Ao mesmo tempo que a internet trouxe possibilidades de mobilidade e agilidade para os negócios (com expressiva redução de atrito nas relações de consumo e/ou desempenho da cadeia produtiva), a indústria ficou muito tempo na espera, sem ingressar nesse mundo do comércio eletrônico.

Com o passar do tempo, fomos percebendo que o mercado foi passando de uma aparente negação para uma relativa aceitação. Aceitação essa relacionada às possibilidades de incluir a digitalização no desenho futuro das suas estratégias.

Há poucos anos, grandes nomes do meio começaram esse trabalho e a desenvolver os primeiros projetos de e-commerce para indústria. Sejam projetos focados em atender o consumidor final de forma direta, sejam melhorando o relacionamento com seus clientes, desenvolvendo assim toda cadeia.

No entanto, uma coisa não dá para negar, não tem caminho de volta. Depois da aceitação, cresce gradualmente o foco na construção de sinergia do negócio, fazendo uso das possibilidades que o digital oferece.

Antes de tudo é preciso entender que a transformação digital acontece quando se utiliza a tecnologia para solucionar problemas tradicionais da empresa. Além disso, ela é construída através da adaptação, princípio fundamental em qualquer trajetória de sucesso.

Com isso em mente, podemos passar para o entendimento dos ativos digitais. Toda iniciativa que dá sentido ao movimento de transformação digital se torna um ativo digital da empresa. Com o tempo, as empresas vão criando um acervo digital, composto por: site institucional, canais digitais de atendimento, redes sociais e sistemas de autosserviço ou de gestão de força de vendas.

E o que isso tem a ver com o e-commerce para indústria? Quando um projeto de movimentação da indústria para o e-commerce é iniciado, é preciso considerar os ativos digitais já existentes e buscar a criação de sinergia entre eles, poupando tempo e dinheiro no novo projeto.

Alinhar tudo isso deve ser uma das primeiras preocupações, uma vez que atendimento e treinamento podem fazer a diferença na hora de alavancar as vendas do comércio eletrônico.

Os benefícios de investir no e-commerce para indústria e da transformação digital das empresas andam lado a lado. Afinal, um está diretamente ligado com o outro. Essas vantagens incluem a capacidade de escalar o negócio de forma mais acelerada, a tomada de decisão mais segura, baseada em fatos e dados, o refinamento da visão geral do negócio, trazendo insights para o aprimoramento do atendimento dos agentes da cadeia e a ampliação das potencialidades de relacionamento com seus clientes e consumidores com o aumento significativo da capilaridade comercial.

Deve-se ter cuidado com conflitos de canais, que são todos os pontos de contato comercial, seja entre empresas ou com o consumidor final. Sendo assim, é importante produzir uma excelente comunicação com os agentes da cadeira sobre as iniciativas planejadas e em cias de ação. Ou seja, é importante garantir que a comunicação ficará centralizada na indústria e fluirá dela para toda a cadeia. Isso reduzirá muitos entraves e crises.

Manter estoques em níveis ideais é um dos grandes desafios do e-commerce para a indústria. Mesmo com ferramentas tecnológicas para acompanhar esses processos, na indústria é mais difícil acompanhar todos os canais de distribuição e ainda evitar a falta ou excesso dos itens em estoque.

O e-commerce por si só já possui uma operação logística mais complexa. Por isso, é uma questão que precisa ser pensada com cuidado para não criar ruídos no relacionamento com o consumidor final.

O que é marketplace e por que investir nessa plataforma

ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech

Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele funciona na compra e venda de produtos.

Afinal, o que é marketplace?

O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.

Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.

Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento unificado.

Os principais marketplaces do Brasil

A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto

No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.

Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas, Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C, estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.

Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através de sua divulgação online.

Como escolher o marketplace ideal para sua loja

Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja, definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de decidir onde incluir sua marca:

Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará uma comissão maior.

Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.

Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.

Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.

Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para competir com os ofertados por elas.

Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.

Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já cadastradas.

Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.

Vantagens do marketplace

A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.

Para o consumidor

Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;

Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.

Para o lojista

Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;

Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na abertura de uma loja física ou online.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Para o Marketplace

Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;

Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo para fidelizar clientes.

Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que realizamos.

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

MÍDIA ALEMÃ PERGUNTA O QUE VEM DEPOIS DA VITÓRIA DE LULA

 

dw.com 

Mídia da Alemanha se pergunta o que vem depois da vitória de Lula, com Bolsonaro evitando abordar derrota, e seus apoiadores bloqueando estradas em sinal de protesto. Paralelos com “ídolo” Trump são tema recorrente.

Bolsonaristas se recusam a aceitar resultado das urnas em nome da© Mariana Greif/REUTERS

Neues Deutschland – Bolsonaro incita ao tumulto (02/11)

Eliane Mouco se diz patriota, por isso está aqui. “A gente não aceita o resultado da eleição. Teve fraude.” Envolta numa bandeira nacional, a mulher de 37 anos está sentada num pedaço de papelão numa autoestrada de São Paulo. Junto com uns 40 correligionários, ela bloqueia um dos acessos ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. O grupo chegou 12 horas atrás, com uma intenção: protestar contra a “eleição roubada”, através de um bloqueio da estrada. O mesmo acontece em outras partes do país.

[…]

A pressão sobre o perdedor é grande. Alguns de seus aliados próximos reconheceram o pleito, diversos chefes de Estado conceituados parabenizaram Lula. Consta que certos assessores de Bolsonaro teriam tentado convencê-lo a ceder. Mas para o presidente a base eleitoral radical é importante. Se ele se curvar à pressão, pode ser visto como fraco e incoerente. Pode ser uma tática para mantê-los ligados e especular com os distúrbios no país.

[…]

Alguns fãs de Bolsonaro exigem abertamente uma intervenção militar e espalham o boato de que o Exército vai intervir depois de 72 horas. Indagado se tudo permanecerá pacífico, um bolsonarista só dá de ombros e sorri com escárnio.

Até agora são principalmente protestos de indivíduos que se organizam nas redes sociais. Mas, caso o número das manifestações cresça, a coisa pode ficar perigosa. Há quem tema imagens como as de 6 de janeiro de 2021 em Washington, quando simpatizantes radicais de Trump invadiram o Capitólio. Por medo de distúrbios, a Esplanada dos Ministérios foi fechada preventivamente.

[…]

É mais do que questionável que os bloqueios em estradas vão alterar de algum modo a troca de poder. Mas os protestos mostram: o bolsonarismo é forte, mesmo sem discursos diretos de Bolsonaro. Realmente se conseguiu fundar um movimento ativo, e não só na internet.

E se Bolsonaro reconhecer o resultado das urnas? “A gente não vai desistir”, diz Eliane Mouco. “Vamos continuar lutando pela liberdade.” No meio tempo, nesta terça-feira o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) convocou seus ativistas a ajudarem na retirada das barricadas, perante a inação da polícia. Mas cabe evitar confrontações com bolsonaristas.

Süddeutsche Zeitung – O grande modelo do norte (02/11)

Joe Biden logo parabenizou Luiz Inácio Lula da Silva, como é a praxe entre democratas. No domingo, o presidente dos Estados Unidos enviou imediatamente congratulações ao futuro colega do Brasil, após a vitória deste em “eleições livres, justas e confiáveis”, segundo informou a Casa Branca.

Desse modo, Washington reconheceu Lula rapidamente. Mas no norte da América existe um outro político conhecido que se pode considerar ídolo de Jair Bolsonaro. No pior dos casos, o futuro próximo do Brasil se guiará pela cartilha dele, Donald Trump.

Até hoje, Trump não reconheceu publicamente sua derrota nas eleições presidenciais americanas de 2020. Pelo contrário: há mais de dois anos os republicanos e seus aliados esbravejam sobre uma “grande fraude”: a vitória de Biden seria roubada – embora o resultado a favor dos democratas esteja documentado acima de qualquer dúvida.

The big lie“, a grande mentira, é como se chama essa versão. Seu veneno se infiltrou fundo na sociedade americana – pelo menos naquela parte que ainda venera Trump, apesar de todos seus escândalos, ou justamente por causa deles, e quer tê-lo de volta ao Salão Oval nas eleições presidenciais de 2024.

[…]

O caso Trump mostra de modo eloquente que a pessoa não some só porque foi oficialmente destituída por votação.

[…]

O filho de Bolsonaro Flávio, senador, usou palavras quase idênticas às de Trump, e já na quarta-feira, antes da derrota do pai no segundo turno, tuitava sobre “a maior fraude eleitoral que já houve”. Um outro filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, mantém contatos estreitos com os círculos de direita dos EUA que fazem propaganda para seu pai. Segundo Darren Beattie, que escrevia discursos para Trump, Bolsonaro defende aquele tipo de nacionalismo “que a gente quer e apoia”. Lula representa “a forma mais destruidora e corrosiva” do comunismo.

Os Estados Unidos da América mostram em que resultam suspeitas constantemente repetidas e ataques permanentes. A violência política, sobretudo direitista, cresceu consideravelmente – veja-se a invasão do Capitólio de 6 de janeiro de 2021, ou, mais recentemente, o atentado à casa da democrata Nancy Pelosi.

[…]

A questão é o que a tática de Trump significa para Bolsonaro. Não há “nenhuma possibilidade de que o resultado das urnas eletrônicas esteja correto”, afirmou o ex-agitador trumpista Steve Bannon ao jornal Folha de S. Paulo. “Precisamos de uma apuração de urna a urna, mesmo que dure seis meses.” No meio tempo, o presidente não deve aquiescer em deixar seu cargo.

Isso soa como a estratégia de Trump e seus aliados, que depois de novembro de 2020 exigiram recontagens. […] Num live stream com correligionários, nos EUA, Steve Bannon, que assessorou Trump, disse que Bolsonaro não pode ceder, “impossível”.

Berliner Zeitung – Do cárcere à vitória (01/11)

[…]

Em seu primeiro discurso, Lula afirmou que será presidente para todos os brasileiros, não só para os que o elegeram. Também na campanha eleitoral ele se apresentou como grande conciliador. Mas não será fácil.

Bolsonaro pode ter ficado atrás de Lula, mas obteve um resultado alto nas urnas. Seu partido terá a bancada mais forte da Câmara dos Deputados. Os três estados brasileiros mais populosos, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, passarão a ser governados por aliados bolsonaristas. Lula terá que lutar duro para conseguir maiorias. Ele está ciente disso, e na política agora se move nitidamente em direção ao centro.

E, como Bolsonaro, também Lula é uma figura odiada por muitos brasileiros. Passados os anos de júbilo [de sua presidência], não demorou até que se gritasse “Lula: ladrão” nas manifestações e se erguessem no ar bonecos do ex-presidente vestido de presidiário.

A partir de 2014, o Partido dos Trabalhadores se transformou numa superfície de projeção para a decepção de toda uma nação. Depois do começo de uma grave crise econômica, porém sobretudo da revelação de gigantescos escândalos de corrupção, de repente Lula passou a ser considerado o cabeça de uma rede criminosa.

Em 2016 a sucessora e afilhada política de Lula, Dilma Rousseff, foi deposta num processo de impeachment, questionável do ponto de vista jurídico. No domingo, também ela estava presente em São Paulo: “Esta vitória representa muito para os brasileiros”, comentou ao Berliner Zeitung. “Nós mostramos que estamos de volta.”

[…]

Der Tagesspiegel – Um suspiro de alívio. E aí? (01/11)

E o que é que acontece agora, depois do primeiro suspiro de alívio? Claro, a maioria dos Estados democráticos da América e da Europa está aliviada pelo resultado da eleição presidencial no Brasil. O radical de direita Jair Bolsonaro foi derrotado pelo candidato de esquerda Luiz Lula da Silva; não terá um segundo mandato em que possa continuar derrubando a floresta amazônica, demonizando seus adversários e minando a confiança na democracia.

Mas o que se segue à eleição? Acima de tudo se evocam esperanças que não correspondem à realidade do Brasil: o vencedor Lula iria superar a cisão política do país, reconciliar os polos políticos hostis, salvar o ecossistema da Amazônia e o clima junto, fortalecer a ordem democrática e resgatar o país de um suposto isolamento internacional.

Se é para tudo isso dar certo, era melhor os brasileiros terem escolhido um outro presidente. Lula não é nenhum ser de luz. Ele já foi presidente em dois mandatos, de 2003 a 2011. Com sua sucessora, Dilma Rousseff, que acabou sendo destituída do cargo, preparou o terreno para que Bolsonaro vencesse claramente em 2018, num pleito de protesto contra a exploração do Estado pela ala de esquerda. Antes, Lula fora condenado a uma pena de prisão. Ele não teve que cumpri-la porque os juízes a declararam tendenciosa, porém exonerado das acusações, ele não foi.

[…]

Assim como o ancião [Joe] Biden, aos 77 anos Lula já parece uma personagem de ontem. Ele não encarna nem a mudança de geração nem o frescor que seriam necessários para sinalizar tanto à sociedade brasileira quanto os parceiros no exterior que, após uma perigosa fase de confusão, nasce uma nova época de estabilidade e confiabilidade.

Por isso é aconselhável olhar para o Brasil com modéstia. O eleitorado se decidiu por Lula por uma maioria apertada, não por causa dele próprio, mas para evitar alguém pior ainda. A divisão da sociedade em facções inimigas permanece, não há truques de mágica para superá-la.

Nesta situação já seria positivo se Bolsonaro não conclamasse seus adeptos a resistirem, e o Brasil fosse poupado da prova pela qual os EUA tiveram que passar. Aqui, como lá, a tarefa premente seria iniciar uma troca de geração entre as candidatas e candidatos, antes que seja a hora da próxima eleição.

PRESIDENTE APELA PARA A DESOBSTRUÇÃO DAS ESTRADAS

 

Foto: Reprodução Youtube/AFP

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Por Vinícius Valfré

Presidente diz que o bloqueio de estradas é ilegal e prejudica o direito de ir e vir das pessoas. Nas redes sociais, filhos do chefe do Executivo exaltam atos em frente a sedes militares que pediram intervenção

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou nesta quarta-feira, 2, um vídeo pedindo aos apoiadores que desbloqueiem as rodovias do País. Na gravação, Bolsonaro afirmou entender que os militantes estejam “chateados”, mas disse que é preciso “ter a cabeça no lugar”.

“Quero fazer um apelo. Desobstrua as rodovias. Isso aí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder essa nossa legitimidade”, disse no vídeo que foi divulgado quase 72 horas depois do resultado das eleições. Os manifestantes contestam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de domingo.

“O fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está lá na nossa Constituição. E nós sempre estivemos dentro dessas quatro linhas. Eu tenho que respeitar o direito de outras pessoas que estão se movimentando, além de prejuízo a nossa economia”, afirmou.

Bolsonaro pediu para que seus apoiadores busquem outras formas de se manifestarem e lembrou que o bloqueio de rodovias é ilegal.

“Prejuízo todo mundo está tendo. O apelo que eu faço a você: desobstrua as rodovias. Proteste de outra forma, em outros locais, que isso é muito bem-vindo, faz parte da nossa democracia”, afirmou.

Na terça-feira, 1º, Bolsonaro já tinha pedido que os manifestantes não realizassem atos impedindo o direito de ir e vir da população. O pedido foi feito em seu primeiro discurso após quase 45 horas do resultado das eleições do último domingo, 30, em que o presidente saiu derrotado.

Simpatizantes do presidente se reuniram na Praça dos Cristais, em frente ao Quartel General de Brasília, contra a escolha da maioria dos eleitores, que deram a vitória ao ex-presidente Lula
Simpatizantes do presidente se reuniram na Praça dos Cristais, em frente ao Quartel General de Brasília, contra a escolha da maioria dos eleitores, que deram a vitória ao ex-presidente Lula Foto: FLORIAN PLAUCHEUR / AFP

Nesta quarta, o número de bloqueios e interdições de vias federais por manifestantes bolsonaristas havia caído para 126, segundo boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) às 20h21. No auge dos protestos, na segunda-feira à noite, havia 420 obstruções. A PRF informou ter desfeito 732 manifestações, além de 1.992 autuações referentes à obstrução das rodovias. As multas aplicadas somam R$ 18 milhões, de acordo com a PRF. O número de Estados com pontos de bloqueio também foi reduzido, de 17 para 14.

Em São Paulo, que teve oito interdições de manhã e à tarde, terminou o dia com duas. Em uma das ações, por volta das 11h30, o Batalhão de Choque da Polícia Militar, liberou o tráfego na Castello Branco (SP-280), na altura do km 26. Os militares lançaram bombas de gás lacrimogêneo.

Minutos depois do apelo do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se solidarizou com apoiadores do presidente que foram para frente de quartéis nesta quarta-feira, 2, pedir intervenção militar, o que é inconstitucional. “Aplausos de pé a todos os brasileiros que estão nas ruas protestando, espontaneamente, contra a falência moral do nosso país!”, escreveu.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) compartilhou o vídeo do pai no Instagram, mas acrescentou um comentário: “Não parar, não precipitar, não retroceder”. Mais cedo, o parlamentar havia publicado vídeo de uma aglomeração de militantes bolsonaristas em frente ao Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro.

TEMOS DOIS BRASIL UM DA DIREITA E O OUTRO DA ESQUERDA

 

A ‘insurreição’ bolsonarista é só parte da oposição que aguarda o novo presidente

William Waack – Jornal Estadão

Lula é um populista clássico dono de um partido no qual manda e desmanda. Bolsonaro é um populista “moderno” cuja atuação política como líder de oposição vai depender do que foi muito útil em campanhas eleitorais – redes sociais – e inútil como instrumento para governar.

Ambos compartilham uma noção hipertrofiada do que seja a própria capacidade de “tomar as ruas”. Basta lembrar que o PT insistiu na convocação de contra manifestações em 2016, e perdeu. Quanto a Bolsonaro, parece claro que o silencio de 48 horas após o resultado de domingo escondia uma esperança: o de uma espécie de “insurreição” popular contra a vitória de Lula.

Sim, é muito forte para ser ignorado o flerte de forças da ordem (como a PRF) com a desordem, o que já acontecera no movimento dos caminhoneiros em 2018. Mas protestos desse tipo, espontâneos ou não, tendem a se esvaziar rapidamente pois carecem de sentido e direção.

Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebram o resultado das urnas
Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebram o resultado das urnas  Foto: Bruna Prado/AP Photo

Eles dão, porém, uma ideia da virulência da oposição que Lula enfrentará, e que nem de longe existia quando assumiu pela primeira vez. O novo governo terá as dificuldades de praxe com um Congresso no qual maiorias existem apenas no papel, e com o qual terá de dividir o poder também de forma inédita. Contudo, dispõe das ferramentas para sobreviver.

A oposição extra parlamentar é que deveria ser bem mais preocupante do ponto de vista de Lula. O bolsonarismo é apenas uma expressão dessa ampla e profunda oposição, e talvez nem a mais decisiva. Ao contrário do que discursa Lula, saíram dois brasis das urnas. Lula beneficiou-se em grande parte da rejeição de Bolsonaro. Ganhou sobretudo pelos defeitos de seu adversário, mas não por oferecer uma visão de mundo que convencesse a maioria do eleitorado.

Apoiadores de Jair Bolsonaro acompanham a apuração das urnas
Apoiadores de Jair Bolsonaro acompanham a apuração das urnas Foto: Toni Molina/AP Photo

Bolsonaro deixou claro que pretende ser o líder desse grande espectro bem evidenciado pelas eleições proporcionais. É muito difícil que o consiga. Supondo que ele saiba quais serão seus passos quando acordar desempregado em janeiro vai precisar da estrutura partidária à qual pertence formalmente mas que tem outro dono, com interesses próprios (que o levarão a se acomodar com Lula). E de uma estratégia, coisa que nunca teve.

Para Lula, é um quadro que oferece pouco conforto. Está bem consolidado o fenômeno que explica boa parte da vitória de Bolsonaro em 2018 e seus 58 milhões de votos em 2022. Uma imensa parte do Brasil quer mudar o que está aí, tem pouca confiança nas instituições das mais variadas (como Judiciário ou imprensa, por exemplo), despreza partidos e o sistema eleitoral e não está disposta a conceder a Lula o benefício da dúvida.

*JORNALISTA E APRESENTADOR DO PROGRAMA WW, DA CNN

CONGRESSO TEM QUE TER UMA OPOSIÇÃO FORTE

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Plenário do Senado.| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O resultado do primeiro turno das eleições de outubro mostrou que, se Jair Bolsonaro acabasse vencendo Lula no segundo turno, teria mais facilidade para governar a partir de 2023, com uma base aliada mais ampla do que vinha tendo até agora. De fato, o eleitor deu mais cadeiras aos partidos que vêm apoiando o atual presidente da República. Mas isso não quer dizer que a vitória de Lula lhe traga dificuldades intransponíveis para construir maioria parlamentar, pois partidos e políticos prontos a abraçar a mudança de ares não faltarão. No entanto, também há razões para crer que a oposição terá força, se assim desejar, para barrar ao menos os projetos mais radicais que Lula e o PT desejarem colocar em prática pela via parlamentar. E uma oposição forte será essencial ao longo dos próximos quatro anos.

Lula governou praticamente sem contestação em sua primeira passagem pelo Planalto – um pouco porque suas vitórias eleitorais em 2002 e 2006 foram bastante convincentes, um pouco porque o petismo usou os métodos que hoje o Brasil todo conhece para comprar apoio parlamentar. Desta vez, contra um presidente que boa parte do jornalismo e da opinião pública classificou como “o pior da história”, além de “genocida” e “fascista”, Lula precisou buscar aliados até entre antigos inimigos, contar com o apoio maciço da imprensa, dos formadores de opinião e de quase toda a sociedade civil organizada, e receber uma ajuda (independentemente de ter sido intencional ou não) da Justiça Eleitoral – tudo isso para triunfar por míseros dois pontos porcentuais de vantagem. Ou seja, Lula pode ter vencido, mas não tem a mística de antigamente; ainda que blocos como o Centrão migrem para a futura base aliada do governo petista, é possível prever que desta vez ele terá vida muito mais difícil no Congresso.

A futura oposição brasileira tem de ser numerosa, mas também aguerrida, apoiando os bons projetos, venham de onde vierem, e contrapondo-se a qualquer tentativa de Lula e do petismo de colocar em prática uma plataforma radical

Parte dessa dificuldade se deve ao perfil da bancada eleita pelos apoiadores de Bolsonaro. Em 2018, vários deputados e senadores foram eleitos na esteira do bolsonarismo e depois romperam com o governo; muitos deles acabaram punidos nas urnas em 2022. Desta vez, com a experiência de quatro anos de observação, o eleitor alinhado com Bolsonaro preferiu candidatos – tanto novatos quanto aqueles que já tinham cargo eletivo – que se mantiveram leais ao presidente mesmo nos momentos em que ele foi mais contestado. A “bancada bolsonarista” eleita em 2022, portanto, é não apenas mais numerosa, mas também mais fiel que a de 2018 e mais propensa a defender, no Congresso, as pautas socioeconômicas e comportamentais que impulsionaram sua eleição.

Este cenário é especialmente evidente no Senado, onde aliados de Bolsonaro foram eleitos por várias legendas do Centrão, e não apenas o PL, o partido do presidente: é o caso do atual vice-presidente, Hamilton Mourão, e da ex-ministra Damares Alves (ambos do Republicanos), bem como da também ex-ministra Tereza Cristina (do PP). Ao lado de outros senadores que consideram impensável uma aproximação com o petismo, eles devem ser a maior esperança de impedir Lula de conquistar ao menos a maioria qualificada que permita mudar a Constituição. Por fim, é sempre necessário lembrar que, tanto no Centrão quanto em outras legendas, como o PSDB e o União Brasil, há inúmeros parlamentares que têm postura mais moderada e estariam dispostos a rejeitar excessos radicais, seja por convicção própria, seja por medo da reação do seu eleitorado.


A democracia, da qual tanto se falou ao longo de toda essa campanha eleitoral, é prejudicada quando inexiste oposição – e basta observar como regimes autocráticos mundo afora se empenham em aniquilar os blocos políticos que não lhes são subservientes. Uma boa oposição parlamentar fiscaliza o governo de turno e freia seus excessos, aprimora o debate político, chama a atenção para assuntos importantes negligenciados pelo Executivo. A esquerda brasileira, quando esteve fora do governo, se pautou pela oposição destrutiva e pelo recurso ao tapetão, aproveitando-se do ativismo judicial para conseguir o que era incapaz de obter no Congresso. A futura oposição brasileira tem de ser numerosa, mas também aguerrida, apoiando os bons projetos, venham de onde vierem, e contrapondo-se a qualquer tentativa de Lula e do petismo de colocar em prática uma plataforma radical.


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A CONSTITUIÇÃO ESTÁ ACIMA DE TODOS

 

Bloqueios nas estradas

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


Manifestação no bairro do Ibirapuera, em São Paulo, nesta quarta (2)| Foto: Polícia Militar de São Paulo

O artigo 5º da Constituição é o que estabelece os direitos e garantias individuais. E lá, no inciso IV, diz que é livre a expressão do pensamento. Ou seja, você pode dizer o que quiser desde que você se revele, vedado o anonimato. É livre você expressar o que pensa.

Estou dizendo isso porque estão chamando de baderneiros e arruaceiros os manifestantes que têm ido para frente dos quartéis. Estão incomodados, como diz o The New York Times, com o modo como a Justiça Eleitoral tratou a campanha, censurando um lado mais e o outro menos. Desequilibrando a balança, quando a lei eleitoral é feita para dar igualdade de oportunidade para os dois lados. E mais a politização, o ativismo, que todo mundo viu.

É livre a pessoa dizer o que quer. Uma coisa é o dizer – e isso está sendo muito censurado –, o fazer é diferente. É o caso de um advogado que trate de uma acusação de ameaça, por exemplo. Ameaça de boca, sem que se demonstre que há um potencial de realizar a ameaça, não é considerada na Justiça. Isso não é ameaça, faz parte de um bate-boca.

A pessoa pode pedir seja lá o que for. Agora, se esta pessoa estiver perturbando a ordem, alterando a normalidade democrática… Mas, pelo que a gente está vendo até agora, pedem uma coisa e os quarteis estão lá fechados e mudos. Tudo bem, quer se manifestar, pode, mas as coisas serão feitas em obediência à Constituição. O problema é que um lado obedece a Constituição e o outro não. Mas o que é preciso fazer é não desobedecer a Constituição o lado que vinha obedecendo.

Se manter com a Constituição é se manter com a razão, essa é a verdade. Por exemplo: bloqueio de estrada, está infringindo o direito de ir e vir, do inciso XV do Artigo 5.º. Violaram esse artigo na pandemia – o Supremo deixou os prefeitos e governadores bloquear, se achassem que deveriam. Mas a Constituição diz que só pode alterar esse direito em tempo de guerra. Em tempo de paz, não.

O ministro da Justiça já fez um apelo. O primeiro veio do presidente da República para desbloquear a estrada, de não alterar o direito de ir e vir. Agora, o direito de manifestação é óbvio. O interessante é quando o MST bloqueia estrada, daí dizem que é movimento social.

São coisas que a gente está considerando num dia como hoje, em que a gente tem bloqueios em 16 estados e tem manifestações diante de quartéis. Um dia depois que o Supremo confirmou uma decisão do ministro Barroso de rever decisões judiciais de quando a propriedade é invadida. O ministro sugere, e o Supremo já aprovou isso, que se revise a reintegração de posse – que é quando vem um oficial de justiça e manda os invasores saírem da propriedade. Mas o mesmo artigo 5.º da Constituição põe em sua cabeça, na mesma linha, o direito de propriedade, direto à vida, direito de liberdade. Tudo na mesma linha.

É importante que a gente lembre disto: a Constituição é maior que as pessoas. A Constituição está acima das pessoas. Vamos respeitar a Constituição.

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SUBMARINO RUSSO É UM TSUNAMI RADIOATIVO

 


Por dentro do submarino russo K-329, que carrega a “Arma do Apocalipse”

Por
Mariana Braga – Gazeta do Povo


O submarino K-329 Belgorod.| Foto: Marinha Russa

O radar da OTAN está atento às possíveis movimentações do submarino nuclear russo K-329 Belgorod, portador do super torpedo conhecido como a “Arma do Apocalipse”. A imensa estrutura carrega o Poseidon, um projétil capaz de viajar até 10 mil km debaixo d’água e depois explodir perto da costa para causar um tsunami radioativo, com ondas de cerca de 80 metros de altura.

A aliança militar emitiu um comunicado aos países membros no começo do mês passado, tratando sobre os riscos do uso dessa estratégia por parte dos russos, diante da escalada da guerra na Ucrânia e as ameaças ao Ocidente. De acordo com o jornal italiano La Reppubblica, fontes extraoficiais denunciam que o submarino foi lançado em julho e estaria submerso nas águas do Ártico após seu possível envolvimento na sabotagem dos gasodutos Nord Stream.

A tecnologia é uma das prioridades do programa de desenvolvimento de armas de nova geração aprovado pelo presidente russo, Vladimir Putin, e que foi apresentado com grande alarde em 2018. O mandatário garantiu, repetidas vezes, que esse armamento é “incomparável”.

Por dentro da “arma do apocalipse”

Fonte: Naval News Mais infográficos

O Belgorod tem 184 metros de comprimento e 15 metros de largura e pode viajar a cerca de 60 km por hora debaixo d’água. Estima-se que ele pode seguir até quatro meses sem ter que voltar à superfície. Já o projétil Poseidon tem 24 metros e capacidade para transportar uma ogiva nuclear de cerca de dois megatons.

“É como se fosse um drone subaquático, porque você pode guiá-lo remotamente”, explicou Nelson Ricardo Fernandes da Silva, analista de riscos da ARP Consulting. “Ele tem o dobro da velocidade de um submarino normal, por isso é difícil de ser detectado. O que ele carrega de ogiva é mais de cem vezes a bomba de Hiroshima”, descreveu.

Fernandes ainda relatou que o armamento possui em sua fórmula o cobalto, que aumenta a contaminação nuclear. “Então não haveria apenas um problema de destruição física [se utilizado], haveria um problema de contaminação durante anos, inviabilizando a pesca e a vida das pessoas”, alertou.

O desenvolvimento dessa poderosa estrutura fez parte dos projetos militares russos desde que os Estados Unidos abandonaram o tratado de desarmamento nuclear com o país. Desde então, os russos focam na criação de mísseis hipersônicos, para furar as defesas americanas, e na produção desses torpedos.

A Rússia tem uma das maiores frotas submarinas do mundo. O analista detalhou que, com submarinos, ela consegue levar o armamento nuclear para próximo de onde quer atacar com mais facilidade. “Esse torpedo foi criado porque a Rússia não acreditava que conseguiria ser muito efetiva de outra forma no ataque nuclear”, apontou.

Há anos, o especialista em armamentos H.I. Sutton também estuda o Poseidon e o compara com outros tipo de armamento, além de apontar para formas de se defender desse tipo de ameaça. “É um tipo de arma completamente nova que forçará as marinhas ocidentais a mudarem seu planejamento e desenvolverem novas contramedidas”, destacou Sutton ao La Reppubblica.

Apesar dos alertas da OTAN, o especialista descreveu, no ano passado, na Naval News, que a ameaça da “Arma do Apocalipse” não deve ser imediata, porque “levará alguns anos para ser implantada”. “Pode levar vários anos até que ela esteja realmente operacional”, avaliou.

Morte de cientistas que entendem sobre o Poseidon

A “Arma do Apocalipse” é tão importante para a Rússia que alguns cientistas que falaram sobre ela foram presos e, possivelmente, até mortos por isso. No começo do mês passado, mais um cientista russo acusado de traição morreu, aumentando as suspeitas em relação ao governo de Vladimir Putin e à repressão russa. Valery Mitko era especialista em hidroacústica e foi denunciado pelo Kremlin por supostamente revelar segredos de Estado à China, que podem tratar do submarino nuclear.

Mitko morreu aos 81 anos em São Petersburgo enquanto cumpria prisão domiciliar. Ele é o terceiro especialista russo a morrer nos últimos dois anos após ser acusado ou condenado por alta traição em conexão com a tecnologia de armas hipersônicas, conforme publicou no Twitter o advogado do cientista, Pervyi Otdel.

Valery Mitko é o terceiro especialista russo a morrer nos últimos dois anos após ser acusado ou condenado por alta traição em conexão com a tecnologia de armas hipersônicas. Foto: Divulgação/Academia de Ciências do Ártico| Divulgação/ Academia de Ciências do Ártico


Mitko foi acusado em 2020 de “entregar materiais, que supostamente continham informações classificadas como ultrassecretas, aos serviços especiais da China durante uma visita àquele país”, conforme destacou na época o Kremlin. A traição ao Estado é punida, na Rússia, com até 20 anos de prisão. Mitko estava em prisão domiciliar havia mais de dois anos e compareceria ao tribunal ainda neste ano.

O cientista estava entre vários acadêmicos russos idosos que foram presos por supostamente cooperar com estados estrangeiros nos últimos anos. Críticos do Kremlin chamam essa onda de repressão de uma “manifestação da crescente paranoia do Estado”.

A rede de advogados e ativistas que o defendiam destacou que o cientista havia sido hospitalizado com frequência nos dois anos e meio que passou em prisão domiciliar. “Ele foi trazido de volta em uma maca apenas alguns dias antes [de morrer], sem condições de andar ou sentar, muito menos cuidar de sua esposa acamada”, publicou o advogado Pervyi Otdel.

“O professor Valery Mitko se tornou mais um cientista torturado pelo sistema repressivo da Rússia”, concluiu o advogado.

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A DIREITA DESPERTA NO BRASIL

 


Domínio no Congresso é só a ponta do crescente iceberg da direita no Brasil
Por
Leonardo Desideri – Gazeta do Povo
Brasília


Dezenas de milhões de brasileiros deixaram de lado o receio de manifestar visões políticas de direita.| Foto: Peter de Vink/Pexels.com

Até pouco tempo atrás no Brasil, intelectuais que defendiam publicamente valores conservadores tendiam a ser condenados ao ostracismo; discursos pró-vida e pró-família eram raros no Congresso; sociais-democratas eram chamados de “neoliberais”; defensores de um liberalismo autêntico não tinham voz em decisões sobre a economia do país; e os cidadãos de direita, receosos de manifestar sua opinião, eram sub-representados nas casas legislativas. Este período da história política nacional acabou.

O aumento expressivo no número de parlamentares direitistas eleitos em 2022 – quatro anos depois do pleito de 2018, que já tinha mudado a cara da Câmara e do Senado – mostra que o crescimento da direita no Brasil não é uma onda passageira, mas um fenômeno sólido. O conservadorismo se tornou uma alternativa política real. É possível que muitos dos congressistas eleitos na carona da nova direita abandonem o barco nos próximos anos – como já ocorreu na legislatura atual –, mas é inegável que visões de mundo silenciadas na opinião pública e na política por algumas décadas estão ganhando rapidamente espaço e representatividade.

E a nova composição do Congresso é somente a ponta do iceberg daquilo que ocorre na sociedade brasileira. O engajamento de grande parte da população em torno de um conjunto de valores de direita tem ficado evidente, por exemplo, em megamanifestações que levam milhões às ruas do Brasil, como a ocorrida no último dia 7 de setembro. Nas redes sociais e em alguns meios de comunicação, nunca houve defesa tão explícita e frequente de visões conservadoras.

Os canais de direita têm sucesso estrondoso no YouTube, a ponto de o sistema de recomendações da plataforma ter despertado preocupação na cúpula do Judiciário e em veículos de comunicação de esquerda. E são cada vez mais comuns as iniciativas de empresas de mídia, associações e ONGs com valores abertamente direitistas.

Nas igrejas cristãs, um movimento pela defesa de costumes e valores tradicionais ganha força. Pastores evangélicos, sacerdotes católicos e leigos com influência no mundo digital tornam acessíveis algumas ideias basilares da civilização ocidental que tendiam a ser sufocadas no ecossistema de comunicação anterior às redes sociais. O efeito no cenário político é evidente: os fiéis procuram candidatos que respaldem bandeiras condizentes com aspectos de sua fé.

Nos próximos dias, a Gazeta do Povo publica uma série de reportagens sobre o despertar da direita no Brasil. Neste primeiro artigo, explicamos como o fenômeno está sendo gestado há praticamente duas décadas e por que ele é mais do que uma onda momentânea.

Como a nova direita rompeu a espiral do silêncio no Brasil
Uma conjunção de fatores fez a nova direita brotar no Brasil, e há diferentes visões sobre que personagens e acontecimentos teriam sido mais importantes para isso; mas, qualquer que seja a opinião sobre a relevância de cada elemento na gestação do fenômeno, há dois fatores que não podem faltar na equação: as redes sociais e Olavo de Carvalho (1947-2022).

É responsabilidade de Olavo a introdução a intelectuais brasileiros de diversos autores consagrados do conservadorismo e de uma nova visão do próprio marxismo. O filósofo também foi eficaz em incentivar seus seguidores a romper a “espiral do silêncio”, isto é, a tendência das pessoas a não manifestarem sua opinião quando arriscam entrar em conflito com o pensamento aparentemente dominante. (O próprio conceito de espiral do silêncio, formulado pela cientista política alemã Elisabeth Noelle-Neumann (1916-2010), foi popularizado no Brasil por Olavo de Carvalho.)

No começo dos anos 2000, com os meios tradicionais de comunicação de massa dominados pelo esquerdismo, a internet foi o caminho para romper a espiral do silêncio no Brasil. Uma pequena contracultura de direita surgiu nos porões da internet, seja em textos publicados na própria página oficial de Olavo de Carvalho, seja em revistas digitais e agregadores de blogs daquela época, como Wunderblogs, O Indivíduo e Digestivo Cultural, que reuniam um grupo de escritores talentosos com viés “conservador nos costumes e liberal na economia”. O politicamente incorreto era uma marca estilística de grande parte desses blogueiros.

O advento das redes sociais ajudou a disseminar ramos dessa pequena contracultura na sociedade. Para Eduardo Matos de Alencar, doutor em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a internet permitiu a criação de uma “esfera pública alternativa”, expandindo, no Brasil, a “Janela de Overton” – isto é, a gama de posições políticas toleradas dentro da opinião pública.

“Durante algumas décadas, no Brasil, o debate público foi monopolizado pela esquerda. Em certo sentido, era direita aquilo que a esquerda classificava como tal, ou aquela posição que estava menos à esquerda do que aquilo que as personalidades mais importantes colocavam como centro da agenda esquerdista. Na janela da opinião pública que vai do totalmente aceitável, passando pelo inaceitável com reservas, até o totalmente inaceitável, a esquerda tinha monopólio e colocava o parâmetro do que seria uma direita permitida ou não. Quem não tinha determinada posição, quem saía do espectro do aceitável, era tachado como fascista, defensor de ditadura etc., o que gerava certo clima de medo e apreensão de cair nesse tipo de rótulo. Eram rótulos confirmados pelos ambientes intelectuais, reforçados pela mídia e intensificados pelas redes de opinião dominantes. Com as redes sociais, você criou a possibilidade de instituir uma nova esfera pública. O que você teve, no Brasil, foi o nascimento de uma esfera pública alternativa”, explica.

Como a esfera pública alternativa se massificou e consolidou a nova direita
As manifestações de junho de 2013 e, um pouco mais tarde, o apoio à Operação Lava Jato ajudaram a massificar essa esfera pública paralela. A aversão ao petismo foi se consolidando em grande parte da população, mas nenhuma das alternativas ao PT convencia como oposição.

“Aquilo que antes se chamava de direita não tinha grandes diferenças em relação ao petismo, principalmente na pauta de princípios ligados a questões sociais, e também ao papel do Estado na economia. Esse fato foi reconhecido pelo próprio Fernando Henrique Cardoso quando o Bolsonaro assumiu. Ele declarou que o PSDB não tinha grandes diferenças ideológicas com relação ao PT. E a gente vê agora um tucano tradicional, o Alckmin, migrando para o PSB e se tornando o vice do Lula”, comenta o sociólogo Lucas Azambuja, professor do Ibmec-BH.

O fenômeno Jair Bolsonaro surge justamente diante dessa lacuna. Em 2014, ao ser reeleito deputado federal, ele triplicou sua votação em relação às eleições de 2010, recebendo mais de 460 mil votos. Seu estilo politicamente incorreto e sua ênfase nas pautas de costumes divergia do caráter insípido dos políticos que se ofereciam como oposição ao petismo até então. Durante a legislatura 2015-2018, Bolsonaro colecionou polêmicas e aparições na TV.

“A partir de todas as mobilizações que culminaram no impeachment da Dilma, formou-se um eleitorado não identificado com a esquerda ou com aquele espectro de centro-esquerda formado principalmente pelo PSDB. Começou a haver uma autoidentificação de direita na população, e o Bolsonaro soube captar a preferência do eleitorado, que se identificou com a postura e o discurso dele”, diz Azambuja.

A nova direita não é, no entanto, uma mera onda política liderada por Bolsonaro e pelos novos congressistas eleitos. O fenômeno político é relevante, mas é somente a manifestação mais superficial de uma mudança cultural em curso.

As redes sociais ajudaram milhões de pessoas a saltar a barreira do esquerdismo dominante nos meios de comunicação e ter acesso a ideias conservadoras nos perfis de fenômenos como Ítalo Marsili, Ícaro de Carvalho, padre Paulo Ricardo, André Valadão, Bárbara Destefani (do canal Te Atualizei) e Bernardo Küster. O que antes eram ideias restritas a blogs de nicho voltados a intelectuais direitistas se disseminou a milhões de brasileiros em um estilo mais popular.

Também são cada vez mais comuns e bem-sucedidas as empresas de mídia que sustentam convicções como a defesa da vida, o valor da família e a liberdade econômica – caso de meios jornalísticos como a própria Gazeta do Povo, a Jovem Pan e a Revista Oeste, ou de plataformas como a Brasil Paralelo. Há cerca de dez anos, opiniões de direita minguavam nos grandes meios de comunicação, e o fenômeno dos influenciadores de direita com milhões de seguidores era impensável.

A nova direita ainda depara, no entanto, com algumas barreiras importantes, que dificultam colocá-la em pé de igualdade com a esquerda no campo da opinião pública. Uma delas é a falta de um partido autenticamente direitista, baseado em convicções, e não na conveniência política do apoio ao presidente Jair Bolsonaro, como foi o caso do PSL e é, hoje, o do PL.

Outra barreira – a mais importante e resistente delas, aliás – é a hegemonia esquerdista dentro das universidades, especialmente no que se refere ao campo das humanidades. “É um ambiente muito fechado em si mesmo. É muito difícil, hoje, ainda mais depois do governo Bolsonaro, algum doutor declaradamente de direita passar em um concurso para lecionar em uma universidade pública, por exemplo”, diz Alencar. “A direita precisa criar espaços, criar instituições. Talvez uma das formas para facilitar isso, do ponto de vista institucional, seja o governo ser mais liberal em relação à possibilidade de criar cursos”, complementa.


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COMPETÊNCIAS QUE O EMPREENDEDOR DEVE TER

 

Mara Lemes Martins – BNI Brasil – Business Network International

Empresas precisam ser geridas por um profissional capacitado para enfrentar todos os desafios do mundo do empreendedorismo; especialista explica

Com a chegada do mundo digital e um mundo pós pandemia, empreender tem sido uma grande opção para as pessoas. Porém, manter um negócio em pé, requer muitos desafios no dia a dia e nem sempre é tão fácil como parece – mesmo com as oportunidades das redes sociais e da internet em geral. Para se ter uma ideia, de acordo com um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio a estes negócios (Sebrae), cerca de 23% das micro e pequenas empresas fecham as portas antes de completar cinco anos de atividade no Brasil.

Mas quais características um empreendedor deve ter ou desenvolver para manter o seu negócio em evidência por anos e anos? Abaixo, a Vice-Presidente da BNI Brasil – Business Network International – a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo, Mara Lemes Martins, lista 10 competências necessárias. Confira:

1- Liderança: essa é a característica principal de um empreendedor, afinal, como abrir um negócio se você não tem espírito de liderança? Essa característica é essencial, já que provavelmente você terá uma equipe. “Saber gerenciar pessoas e negócios não é uma tarefa fácil, e um empreendedor deve ter esse dom de natureza, ou então fazer cursos para desenvolver essa característica. Um bom negócio sempre tem uma boa liderança por trás”, explica a especialista.

2- Humanização: é necessário entender e compreender o que o colaborador está passando na vida pessoal e profissional. Isso porque, as duas precisam estar alinhadas com o mesmo propósito. Além disso, ele precisa saber que está lidando com pessoas e não com objetos. “Pessoas felizes produzem mais, de acordo com uma pesquisa realizada pela Sodexo Benefícios e Incentivos, 53,8% dos brasileiros acreditam que seu propósito de vida está conectado com seu trabalho atual. A responsabilidade de um líder é engajar e engajar o seu colaborador a não desmotivar”, explica Mara.

3- Espírito de equipe: de acordo com uma pesquisa divulgada pela The Adler Group, cerca de 85% das oportunidades de trabalho são preenchidas através de indicações vindas de contatos, provando o valor de desenvolver um trabalho em equipe adequado.

Por isso, assim como saber liderar e ter ideais de humanização, um gestor também deve ter espírito de equipe e saber delegar funções. “Existem pessoas que sabem realizar todo o trabalho e preferem concentrar tudo em suas mãos, porém é necessário investir em colaboradores, com funções específicas, para que eles ajudem no desenvolvimento de atividades e melhorem os resultados da empresa. Cada um pode agregar de alguma forma para que a corporação cresça”, salienta.

4- Autogestão: essa soft skill não é apenas importante para o empreendedor, mas também para o colaborador que queira crescer dentro de uma empresa. “Saber controlar a sua própria gestão é uma habilidade não técnica mega necessária nos dias atuais, ainda mais pensando no mundo digital, onde cada vez mais as pessoas estão trabalhando home office. Um empreendedor necessita ter essa característica e ainda apostar em pessoas que também tenham – pensando no bem-estar e desenvolvimento da corporação”, comenta Mara.

5- Resiliência: o que mais existe no mundo do empreendedorismo são problemas, e eles aparecem em todo momento. “Por isso, é preciso ter resiliência para poder tomar as decisões com calma, sem impulsividade e não prejudicar a empresa. Saber agir sobre a pressão de um problema é de extrema importância para o perfil empreendedor”, diz Mara Leme.

6- Planejamento: saber incluir prazos e definir bem as suas atividades, bem como as atividades da equipe, é uma característica de extrema importância para aqueles que desejam abrir um negócio. “Desenvolver as tarefas de forma objetiva faz com que se torne possível gerar resultados mensuráveis, criando um controle maior sobre o seu projeto”, diz Mara.

7- Sede de conhecimento: existe uma forte opinião hoje em dia que não é mais necessário estudo para empreender. E com a chegada da internet, ganhar dinheiro online realmente se tornou uma opção para muitos jovens. Mas é preciso lembrar que as pessoas podem tirar tudo de você, menos o conhecimento. “Por isso, ter vontade de estudar, investir em cursos é sempre importante para seu crescimento e também o da sua empresa. Aprender nunca é demais”, complementa Mara.

8- Inovação: além de pensar em cursos para melhorar o autoconhecimento, o empreendedor também deve ter uma mente inovadora, ou seja, estar sempre pensando em ideias e melhorias para a corporação. “E isso vale também para ideias que melhorem a estrutura física da empresa, ou até em medidas para beneficiar um colaborador”, salienta.

9- Autoconfiança: essa soft skill é necessária para o empreendedor saber que é capaz de enfrentar qualquer dilema que vier em sua jornada empreendedora. “Quanto mais confiante, se torna cada vez mais possível racionalizar as tomadas de decisões. Se você é inseguro, se afunda nos problemas e triplica os gargalos de uma corporação”, explica Leme.

10- Comprometimento: o empreendedor precisa cumprir com uma agenda de tarefas, ele, geralmente, tem muitas responsabilidades em suas mãos, e tudo isso requer um comprometimento sério com todos os afazeres. “Além disso, ele deve servir como um exemplo para quem trabalha no local”, finaliza Mara.

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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

BATALHA NO CONGRESSO PARA MODIFICAR E APROVAR O ORÇAMENTO DE 2023

 

Depois da eleição
A batalha que resta a aliados de Lula e Bolsonaro no Congresso
Por
Olavo Soares – Gazeta do Povo
Brasília

AME5330. SAO PAULO (BRASIL), 28/10/2022.- Fotografía de archivo fechada el 16 de octubre de 2022, que muestra al ex mandatario progresista Luiz Inácio Lula da Silva (i) y al ultra derechista Jair Bolsonaro (d) mientras participan en el primer debate presidencial de cara a la segunda vuelta de las elecciones presidenciales de Brasil, en la sede de televisión Bandeirantes en São Paulo (Brasil). Muchos brasileños irán este domingo a las urnas con desgana para escoger entre la “falta de escrúpulos” del presidente Jair Bolsonaro y la sombra de “corrupción” que arropa al exmandatario Luiz Inácio Lula da Silva, favorito en las encuestas. EFE/ Sebastião Moreira ARCHIVO


Lula quer mudar proposta de Orçamento para 2023 enviada pelo governo Bolsonaro para acelerar implantação de promessas de campanha.| Foto: Sebastião Moreira /EFE

Acabada a eleição, o novo motivo de conflito entre apoiadores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governo Jair Bolsonaro (PL) deve ser a aprovação do Orçamento federal para 2023 no Congresso Nacional. A discussão em torno do projeto é vista como essencial por ser o ponto de partida para implantação de ações que Lula prometeu ao longo da campanha eleitoral e que estão em seu plano de governo. Além disso, pode abrir caminho para que o Congresso reveja as emendas de relator, o chamado “orçamento secreto”, cuja extinção foi também prometida por Lula.

Entre apoiadores e adversários do presidente eleito, o entendimento é o de que o Congresso não deverá acelerar a análise de outros projetos até o fim do ano – especialmente em relação a pautas mais controversas.

O término do ano representa não apenas a virada no calendário, mas a proximidade do fim dos mandatos atuais dos deputados federais e de um terço dos senadores. Grande parte dos futuros congressistas tem mais proximidade ideológica com Bolsonaro, o que pode representar dificuldades para Lula.

“Nós temos que ajustar o orçamento para as demandas que foram apresentadas na campanha eleitoral, como o Auxílio Brasil e o reajuste do salário mínimo”, disse o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP). “Neste ano teremos só o Orçamento e mais nada. Não há como discutirmos outras coisas”, declarou o também deputado federal Coronel Tadeu (PL-SP).

O Auxílio Brasil foi criado pelo governo Bolsonaro em substituição ao Bolsa Família, principal marca social das gestões petistas. Lula planeja reativar o Bolsa Família, aos moldes do que era executado em seu governo. O valor mensal do benefício está em R$ 600. O projeto de orçamento enviado pelo governo ao Congresso para o próximo ano, porém, prevê somente R$ 405 para o auxílio.

Já o reajuste do salário mínimo é outro ponto tratado como prioridade por Lula. Ao longo da campanha, o petista prometeu que ampliaria o valor nominal do salário mínimo em patamares superiores ao do reajuste pela inflação.

Lula planeja, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, escalar o ex-governador e senador eleito Wellington Dias (PT-PI) para negociar com o Congresso termos da montagem do Orçamento de 2023. Ele tem uma reunião agendada para quinta-feira (3) com o relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI).

O emedebista foi o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e é visto como um parlamentar que detém sintonia com as propostas do PT. “Ele é alinhado com o Lula, pode fazer um relatório que tenha sintonia com as prioridades do futuro governo”, acrescentou Zarattini.

Na volta ao Planalto, Lula enfrentará Congresso hostil, mas apto a negociações
Como fica o “orçamento secreto”
A hipótese que a peça orçamentária de 2023 traga o fim do “orçamento secreto” foi levantada pelo deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA). “Existe um debate para se acabar com a emenda de relator. Como isso alcançou grandes proporções, pode ser um tema que envolva uma discussão mais acesa dentro do Congresso”, disse.

As emendas de relator são um mecanismo criado pelo Congresso em 2019, com início de validade em 2020. O sistema permite que o relator do Orçamento envie recursos relativos a emendas de parlamentares de modo pouco transparente – não há critérios formais sobre quais emendas serão atendidas e nem sobre qual valor deve ser destinado.

O assunto foi um dos mais debatidos durante a campanha eleitoral, com adversários do presidente Bolsonaro o responsabilizando pelo sistema. O chefe do Executivo, porém, alega que a criação do mecanismo é de autoria unilateral do Congresso.

Congresso tende a deixar temas controversos para depois
A somatória de fatores como a necessidade de definir o Orçamento de 2023 e o encerramento da legislatura torna pouco provável que o Congresso discuta, ainda no ano atual, temas que o governo Bolsonaro definiu em fevereiro como prioritários.

A relação engloba pautas controversas como a liberação da mineração em terras indígenas e o marco temporal, também referente aos territórios dos indígenas. Os dois tópicos são caros ao governo Bolsonaro e à bancada de direita, e são rejeitados pela atual oposição.

Zarattini avalia que o governo pode arriscar a pauta de propostas que tendem a ter vida muito mais difícil após a posse de Lula no Palácio do Planalto. Ainda assim, ele não vê possibilidade de aprovação deste tipo de iniciativa.

Jerry lembra que discussões mais recentes encampadas pelos atuais governistas começam a se enfraquecer no Congresso. Ele cita como exemplo os projetos de lei que criminalizam os responsáveis por pesquisas eleitorais e a tentativa de se criar uma CPI para investigar os institutos que produzem os levantamentos. A discussão sobre o tema esteve mais acirrada após a conclusão do primeiro turno, quando grande parte dos levantamentos apontou uma margem pró-Lula superior à que foi realmente identificada.


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LULA JÁ NÃO GOVERNA. É GOVERNADO PELAS REDES SOCIAIS

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