quarta-feira, 19 de outubro de 2022

LULA FALA DE PICANHA E CERVEJA MENOSPREZANDO AS CONDIÇÕES ECONÔMICAS DO BRASIL

 

Querem voltar à mediocridade, diz Guedes

Por Bernardo Caram – Reuters

Ministro da Economia, Paulo Guedes, fala em comissão do Senado, em Brasília© Reuters

BRASÍLIA (Reuters) – Pessoas ficam “falando de picanha e cerveja” e não têm noção do que houve com o Brasil no passado, com dados negativos de educação e crescimento, disse nesta quarta-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes, sem mencionar diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, argumentando que “tem gente sonhando em voltar com a mediocridade”.

“Ficam aí falando agora de picanha e cerveja, não têm noção do que aconteceu, último lugar no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), crescimento zero”, disse ele palestra no Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária.

“De repente a gente chega, começa a mudar a direção, cai um meteoro na nossa cabeça, a gente atravessa e estamos saindo do lado de lá com uma dinâmica de crescimento próprio garantida, e tem gente sonhando com voltar à mediocridade anterior.”

Lula (PT), que concorre com o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais, tem afirmado em sua campanha que um eventual governo petista retomará o poder de compra da população, argumentando que o brasileiro voltará a ter recursos para comprar cerveja e picanha.

No fórum, o ministro também afirmou que o Brasil precisa extrair rapidamente seu petróleo, enquanto o insumo tem valor, para investir em saúde e educação, enquanto avança na transição para a energia verde. Segundo ele, isso não pode ser feito em um país “refém” de estatais monopolistas e verticalizadas.

Guedes disse ainda que servidores públicos deram extraordinária contribuição ao não receberem reajustes de remuneração durante a pandemia de Covid-19, ressaltando que os aumentos salariais serão retomados “já já”.

O ministro disse ser verdade que o investimento público no Brasil caiu a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mas ponderou que o país recuperou sua dinâmica de crescimento com uma mudança de eixo econômico para o investimento privado, que soma 19% do PIB.

Em relação à reforma tributária, o ministro disse que o Senado deve aprovar a reestruturação nas regras do Imposto de Renda ainda neste ano –o texto já foi aprovado pela Câmara. Ele argumentou que a tributação de dividendos contida na medida seria usada para financiar o valor mais alto do programa Auxílio Brasil a partir de 2023.

TSE AUMENTA A CENSURA CONTRA O BOLSONARO

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

— AFP PICTURES OF THE YEAR 2018 — Brazilian right-wing presidential candidate Jair Bolsonaro gestures after being stabbed in the stomach during a campaign rally in Juiz de Fora, Minas Gerais State, in southern Brazil, on September 6, 2018. – Frontrunner Bolsonaro was attacked with a knife while campaigning — but escaped with just minor injuries, his son said. (Photo by Raysa LEITE / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE – MANDATORY CREDIT “AFP PHOTO /RAYSA LEITE” – NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS – DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS


Facada sofrida por Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018 é tema de documentário censurado da Brasil Paralelo.| Foto: YouTube / Reprodução.

Quem ainda nutria algum tipo de dúvida sobre o ânimo censor que move os ministros do Tribunal Superior Eleitoral nestas eleições passará a ter apenas certezas ao ler a mais recente decisão de Benedito Gonçalves, atendendo parcialmente a pedido da coligação do ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula. O integrante do Tribunal Superior Eleitoral entrou em um dos poucos territórios ainda por desbravar no campo dos ataques à liberdade de expressão neste pleito de 2022: o da censura prévia. A vítima é a produtora de conteúdo Brasil Paralelo e seu documentário Quem mandou matar Jair Bolsonaro?, que tinha estreia prevista para os próximos dias. Até então, todas as decisões de censura oriundas da corte eleitoral visavam conteúdos que já haviam sido publicados; a censura prévia, no entanto, ressuscita os tempos sombrios da ditadura militar.

O pedido de investigação feito pelos advogados de Lula já era uma peça de índole praticamente totalitária, a julgar pela quantidade e variedade dos pedidos feitos ao ministro Gonçalves. A coligação solicitava a quebra de sigilo bancário, telefônico e telemático de 11 pessoas; a suspensão de 113 perfis e canais no Twitter, TikTok, Facebook, Instagram, YouTube, Telegram e Gettr – incluindo alguns deles pertencentes a parlamentares; a retirada do ar do site da revista Oeste e de mais quatro sites; a proibição de qualquer impulsionamento de conteúdo da Brasil Paralelo que seja tido como favorável a Jair Bolsonaro e prejudicial a Lula; a censura prévia ao documentário Quem mandou matar Jair Bolsonaro?; e a censura a outro documentário da Brasil Paralelo já publicado no YouTube, Quem mandou matar Celso Daniel? Que a equipe jurídica de Lula realmente pretendesse tudo isso é bastante plausível, dado o amor do petismo pela mordaça; mas apresentar uma enorme lista de pedidos também serve como estratégia, pois o PT sabe que, se conseguisse apenas uma fração dessas medidas, como acabou ocorrendo, já faria um estrago considerável sem deixar tão escancarado o papel do TSE como linha auxiliar da campanha de Lula.

A adoção da censura prévia nesta reta final de campanha é a comprovação de que o TSE considera não haver freio nenhum à sua atuação

E com base em quê o petismo pretendia essa perseguição sem precedentes? A leitura da peça redigida pelos advogados de Lula é bastante didática neste sentido. Aprende-se ali, por exemplo, que pessoas com afinidades político-ideológicas não deveriam poder compartilhar os conteúdos e publicações umas das outras. Da mesma forma, ficamos sabendo que uma empresa não deveria poder usar as receitas que conquista com a oferta de produtos que agradam seu consumidor para impulsionar nas mídias sociais os conteúdos que cria; nem poderia usar esse dinheiro para defender aquilo em que acredita; e muito menos poderia escolher quais de seus produtos oferecerá ao público de forma diversa do seu modelo de negócio habitual. Se algo assim ocorre, especialmente quando se trata de criticar Lula, o “democrata”, o “moderado”, a “alma mais honesta do país”, as únicas explicações possíveis seriam abuso de poder e a constituição de uma rede sórdida de campanha política – algo, talvez, semelhante aos antigos MAVs petistas ou ao mais recente “mensalinho do Twitter”…

Pois Benedito Gonçalves comprou todo ou quase todo esse discurso, ainda que não tenha decretado nenhuma quebra de sigilo, nem ordenado a suspensão dos perfis em mídias sociais. Mas, na prática, ele assumiu o papel de administrador – “interventor” talvez seja uma descrição melhor – da Brasil Paralelo, determinando como um ente privado não pode tornar público o seu conteúdo ou usar o seu dinheiro. Dinheiro, aliás, que o ministro do TSE resolveu confiscar ao determinar a desmonetização da Brasil Paralelo e outros três canais do YouTube, revertendo os valores para uma conta judicial – curiosamente, uma das pouquíssimas medidas que a equipe de advogados de Lula não pediu, tendo sido tomada de ofício por Gonçalves, em mais uma demonstração de que os tribunais superiores hoje se veem acima de qualquer princípio jurídico, inclusive o de que a Justiça só age quando provocada.


Quanto à censura prévia, Gonçalves insulta a inteligência do eleitor e a Constituição ao dizer que “a semana de adiamento não caracteriza censura” e que se trata apenas de “inibição do desequilíbrio que potencialmente adviria do lançamento na derradeira semana de campanha”. Como o ministro chega à conclusão de que Quem mandou matar Jair Bolsonaro? causaria “desequilíbrio”? Não se sabe, pois ele certamente não viu a peça que censurou, o que não o impediu de escrever, na decisão, que o formato de documentário seria apenas uma “roupagem” para dar “exponencial alcance” a “tema reiteradamente explorado pelo candidato [Bolsonaro] em sua campanha”. Os censores da ditadura ao menos assistiam àquilo que impediam de ir ao ar…

Sob o manto da “defesa da democracia” e da “proteção da isonomia”, a Justiça Eleitoral tem adotado medidas claramente autocráticas e que desequilibram totalmente a balança em benefício de um dos lados. A adoção da censura prévia nesta reta final de campanha é a comprovação de que o TSE considera não haver freio nenhum à sua atuação. Vivemos tempos difíceis e anormais, em que o direito à crítica, ao trabalho jornalístico e à exposição de fatos está submetido à vontade de alguns poucos que, embriagados pelo poder que detêm, abandonaram seu papel de coibir o abuso real para perseguir abusos imaginários, tornando-se eles mesmos o reflexo fiel daquilo que alegam estar combatendo.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/tse-censura-previa-documentario-brasil-paralelo/
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FORÇAS ARMADAS NÃO AUDITARAM O SISTEMA DE VOTAÇÃO

 

Após decisão de Moraes
Por
Gazeta do Povo


O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, em conversa presidente do TSE, Alexandre de Moraes, em 31 de agosto de 2022| Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

O Ministério da Defesa informou que não fez auditoria no sistema eletrônico de votação brasileiro durante o primeiro turno das eleições 2022. Segundo a pasta, de acordo com o que foi estabelecido pela Resolução n° 23.673/21, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), técnicos do órgão atuaram na fiscalização do sistema a convite do próprio tribunal.

A afirmação consta em uma nota enviada à Gazeta do Povo pela assessoria da Defesa na noite de terça-feira (18), após ser questionada sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Ele determinou que o ministério apresente, no prazo de 48 horas, cópias dos documentos da auditoria que os militares eventualmente tivessem feito sobre as urnas. A decisão foi publicada na edição desta terça-feira (18) do Diário da Justiça Eletrônico, mas traz a data de 11 de outubro.

Na mesma nota enviada à reportagem, o ministério disse que as Forças Armadas seguem rigorosamente a resolução do TSE, e que a atuação é pautada pela legalidade e pela colaboração com a Justiça Eleitoral.

“O Ministério da Defesa informa que a equipe de técnicos das Forças Armadas atua, a convite do Tribunal Superior Eleitoral, na fiscalização do sistema eletrônico de votação, conforme definido na Resolução n° 23.673/21, do TSE. À luz dessa norma, cabe às entidades fiscalizadoras a fiscalização e não a auditoria do sistema. Ressalta-se que a equipe das Forças Armadas segue, rigorosamente, a referida resolução e a atuação é pautada pela legalidade, pela elevada capacidade técnica e pela colaboração com a Justiça Eleitoral”, afirmou o Ministério da Defesa.

Decisão de Moraes 
A decisão foi dada por Moraes após o Diretório Nacional da Rede Sustentabilidade apresentar uma representação eleitoral contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Na ação, o partido citou uma live, de 05 de maio deste ano, em que o presidente teria insinuado que pretendia contratar uma auditoria privada para fiscalizar o processo eleitoral de 2022.

Moraes também salientou na decisão publicada nesta terça (18) que “as notícias de realização de auditoria das urnas pelas Forças Armadas, mediante entrega de relatório ao candidato à reeleição, parecem demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo pelo Chefe do Executivo, podendo caracterizar, em tese, desvio de finalidade e abuso de poder”.

Diante disso, além do prazo já citado dado ao Ministério da Defesa, Moraes também determinou que o presidente Jair Bolsonaro apresente a sua defesa em cinco dias.

A questão relacionada às Forças Armadas deve ser esclarecida com o envio das informações por parte do Ministério da Defesa – de que não houve auditoria por parte dos militares – à Justiça Eleitoral.

Segundo informações do Uol, houve uma reunião entre Moraes e o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, na noite de terça-feira (18). Segundo o veículo, não houve entrega de documentos e a conversa teria sido sobre o trabalho de fiscalização no segundo turno do pleito.

Auditoria do PL
O Partido Liberal (PL), legenda à qual Bolsonaro é filiado, contratou uma auditoria sobre a segurança do sistema de votação, apuração e totalização dos votos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os resultados foram divulgados em 28 de setembro. O partido disse ter encontrado, entre outros pontos, um “quadro de atraso” na implantação de medidas “mínimas necessárias” na segurança da informação; risco de invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, “com grave impacto nos resultados das eleições de outubro”; e um “poder absoluto” de alguns técnicos da Corte para “manipular resultados da eleição, sem deixar qualquer rastro”.

A divulgação do documento causou reação na Justiça Eleitoral. Em nota oficial, o TSE afirmou que as conclusões da auditoria do PL “são falsas e mentirosas”. À época, Moraes também determinou a apuração de responsabilidade criminal de seus idealizadores – “uma vez que é apócrifo”, disse o tribunal –, bem como uma investigação contra o PL por suposto desvio de finalidade no uso de verba do fundo partidário.

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LULA NÃO DIVULGA O SEU SISTEMA ECONÔMICO E NEM O MINISTRO DA ECONOMIA

 

Apoiador de Lula
Por
Gazeta do Povo


Ex-ministro Henrique Meirelles se com Lula em ato com ex-presidenciáveis.| Foto: Ricardo Stuckert/PT


O ex-ministro e ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles afirmou que a condução da economia em um eventual no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência da República pelo PT, ainda é incerta. Na visão dele, Lula é favorito para vencer a eleição em 30 de outubro, mas o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem chance de vencer o pleito.

As afirmações de Meirelles foram divulgadas pela consultoria norte-americana Eurasia na terça-feira (18) aos seus assinantes. Não se sabe, porém, quando as declarações foram dadas pelo ex-ministro. O site Poder360 teve acesso ao documento da consultoria e publicou as informações na noite de terça.

Meirelles declarou apoio a Lula. Ele foi presidente do Banco Central nos dois mandatos do petista e também foi ministro da Fazenda no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).

De acordo com a análise feita por Meirelles, existem três modelos econômicos que foram adotados pelos governos de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e ainda não é possível saber qual deles será adotada por ele, no caso de vencer o segundo turno em 30 de outubro.

O primeiro modelo foi adotado no primeiro governo de Lula, no qual atuou na geração de empregos e redução da pobreza, mas permaneceu atento à responsabilidade fiscal, de acordo com a avaliação pelo ex-presidente do Banco Central. Já o segundo foi menos preocupado com as contas públicas e mais voltado às demandas políticas. O terceiro modelo foi o do governo Dilma e que levou o país à recessão.

“O plano [de Lula em 2022] foi preparado levando em conta uma visão similar à do 3º governo do PT, a administração de Dilma Rousseff, especialmente porque quem desenvolveu esse programa foi um grupo de economistas que acreditam fortemente no papel do Estado e de empresas estatais com indutores do desenvolvimento”, afirmou Meirelles, segundo o Poder 360.

Mesmo assim, ele reforçou que ainda não é possível saber qual é o caminho que será adotado se Lula for eleito e espera que o primeiro modelo seja seguido novamente. Segundo Meirelles, apesar da prevalência de ideias estatizantes, há diferentes correntes econômicas na campanha petista e também existe a possibilidade de discussão de propostas divergentes.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/meirelles-diz-que-conducao-da-economia-por-lula-e-incerta-e-que-bolsonaro-pode-vencer-a-eleicao/
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IMPRENSA NÃO DIVULGA OS BONS NÚMEROS DA ECONOMIA

 

Jornalismo

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Vitória (ES) – Supermercados lotados e com filas nos caixas e na entrada funcionam em horário reduzido. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)


Inflação prevista para 2023 é de 5%, segundo o Focus| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Interessante como se escondem boas notícias. Os canais tradicionais de informação, que estão em plena campanha política como militantes ideológicos e partidários, escondem o que é bom. “O que é bom a gente esconde, e o que é ruim a gente mostra”, ao contrário do “princípio” do então ministro da Fazenda Rubens Ricupero. O fato é que, das 20 maiores economias do mundo, nós só perdemos em bons resultados para o Japão, a Arábia Saudita e a China – sendo que no caso da China há uma ressalva: consta que o governo comunista chinês está escondendo dados negativos da economia nesses últimos dias. Então nem sabemos o resultado real. Nossa inflação está bem menor que a inflação americana e que a inflação da zona do euro. Se nós perdemos para três, estamos ganhando de 16 países com economias importantes.

Pobres dos nossos vizinhos do norte e do sul, Venezuela e Argentina, que estão na ponta das inflações. A Argentina já ultrapassou a Venezuela. Está todo mundo falando em 100% de inflação. Nos últimos 12 meses, nós estamos com inflação que passa de 7%; neste ano, temos 4% e a previsão até o fim do ano é de um pouquinho acima dos 5%. A Europa já ultrapassou 10%; os Estados Unidos ultrapassaram 8%.


Lula desiste de debate
Na sexta-feira, dia 21, teríamos mais um debate do segundo turno entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Um debate que envolve o Estadão, a CNN, o SBT e mais a rádio Nova Brasil, o portal Terra e a revista Veja. Só que, depois do debate da Band, o candidato Lula achou que não pode mais se expor desse jeito. Então, foi anunciado na terça-feira, dia 18, que ele recusou e não vai comparecer a esse debate de sexta-feira, às 21h30. Então Bolsonaro vai sozinho. Esta terça foi o Dia do Médico e Bolsonaro esteve em Juiz de Fora (MG) para agradecer aos médicos. E teve lá aquele mar de gente, como sempre. Antes disso, o presidente foi a São Gonçalo (RJ), na Baixada Fluminense.

Brasil Paralelo é censurado pelo TSE
O PT conseguiu no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma censura prévia sobre o canal Brasil Paralelo, que apresentaria no próximo dia 24 um documentário sobre a facada de Adélio Bispo em Bolsonaro. Mas agora não pode, só depois da eleição, diz o ministro Benedito Gonçalves, que atendeu ao pedido do PT e determinou a desmonetização, contrariando o direito à remuneração pelo trabalho. Interessante que canais que estão aí na militância política, mas que são canais tradicionais, ficam intocados. Como deveriam ser todos os canais. É o direito à liberdade de expressão, mas alguns são punidos e outros não. Alguns são censurados e outros não, quando nenhum deles deveria ser censurado, nem de um lado, nem do outro.


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PETROLÃO E MENSALÃO SÃO OS MAIORES ATAQUES À DEMOCRACIA

 

Por
Paulo Uebel – Gazeta do Povo


Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro.| Foto: Antonio Lacerda/EFE.

Com o 2º turno das eleições presidenciais chegando, muitos querem fazer crer que o brasileiro vai às urnas escolher entre o “Orçamento Secreto de Bolsonaro” e o “Petrolão e o Mensalão de Lula”. Alguns até dizem que o “Orçamento Secreto de Bolsonaro” é pior que o Petrolão e o Mensalão do PT (Partido dos Trabalhadores). Em primeiro lugar, o Orçamento Secreto (as chamadas “emendas do relator”) não é do presidente Jair Bolsonaro. O Orçamento Secreto é, na verdade, uma artimanha do Congresso que, inclusive, reduz o poder do Executivo Federal. Por outro lado, o Mensalão e o Petrolão, os dois maiores esquemas de corrupção da história do país, operacionalizados diretamente pelo PT de Lula para comprar os votos dos parlamentares, concentravam poder no Executivo Federal.

Segundo, é preciso trazer luz sobre o que realmente é o Orçamento Secreto, suas origens e seu funcionamento. Uma parte do orçamento brasileiro, em vez de ser direcionada pelo Poder Executivo, fica a cargo do Congresso. A maneira usual do Congresso direcionar sua parte do orçamento era por meio das emendas individuais, que são distribuídas de forma igualitária entre os deputados e senadores, e são sempre transparentes sobre qual parlamentar direcionou os recursos e para qual fim. Este ano, as emendas individuais somaram R$ 9 bilhões (R$ 17,6 milhões para cada parlamentar). Também existem as emendas de bancada, que são direcionadas pelo mesmo estado ou região; e as emendas de comissões permanentes da Câmara ou do Senado.

Já as emendas de “relator-geral” existiam antes do governo Bolsonaro, mas em 2019, quando elaboraram o orçamento de 2020, os parlamentares resolveram ampliá-las. Foi aí que a história do “Orçamento Secreto” começou. “Diferentemente das emendas individuais, em que cada congressista escolhe com autonomia para onde vai o dinheiro, no caso das emendas do relator, é esse parlamentar que centraliza as demandas dos parlamentares e envia para os ministérios executarem os gastos, numa negociação que passa pelos principais caciques do Congresso, em especial os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)”, diz Mariana Schreiber, correspondente da BBC News Brasil em Brasília.

“O relator que manda o dinheiro, mas o destino é escolhido por meio de acordos com parlamentares”, explicou o deputado federal Vinícius Poit (Novo-SP) nas redes sociais. “Quando o STF [Supremo Tribunal Federal] pediu ao Congresso a lista de parlamentares envolvidos no Orçamento Secreto e suas indicações, o Congresso encontrou uma forma de maquiar o processo. Parlamentares que não querem se expor colocam um ‘usuário externo’ como responsável por solicitar o recurso”, continuou Poit. Assim, o que é secreto na emenda do relator não é a despesa, e sim o parlamentar que a solicitou.

… o Mensalão e o Petrolão, os dois maiores esquemas de corrupção da história do país, operacionalizados diretamente pelo PT de Lula para comprar os votos dos parlamentares, concentravam poder no Executivo Federal

De fato, o orçamento brasileiro jamais deveria depender de um parlamentar-relator, nem deveria ser difícil rastrear o parlamentar que solicitou a destinação, mas a imposição dessa modalidade veio do Congresso Nacional, por uma lei aprovada pela maioria dos parlamentares. Na elaboração da Lei Orçamentária de 2020, o Congresso tirou ainda mais o orçamento do Executivo (que iria para os ministérios), e ampliou para R$ 30 bilhões as “emendas do relator-geral”. Ao sancionar o orçamento de 2020, o presidente Bolsonaro vetou o aumento das verbas para o relator-geral (que viria a ser o Orçamento Secreto), já que isso enfraquece a capacidade do Poder Executivo de realizar políticas públicas. Porém, o Congresso derrubou o veto.

Como era uma guerra de braço em que o Congresso tinha mais poder (por poder derrubar o veto do presidente), o governo Bolsonaro teve de aceitar negociar o orçamento com os parlamentares. Os presidentes da República que já viraram as costas para o Parlamento, como Fernando Collor de Mello e Dilma Rousseff, sabem que isso é imperdoável na democracia brasileira. Assim, em março de 2020, o Congresso manteve o veto de Bolsonaro, pois o governo aceitou entregar cerca de metade dos R$ 30 bilhões ao Congresso. Segundo os parlamentares, a articulação se deu por meio do ministro da Secretaria de Governo e também responsável pela relação do Executivo com o Congresso à época, Luiz Eduardo Ramos.

Nem de longe isso é a mesma coisa que comprar votos dos parlamentares com recursos desviados de contratos superfaturados, como Lula e o PT fizeram no Mensalão e no Petrolão, dois dos esquemas mais corruptos e antidemocráticos da história do Brasil. Se você fosse presidente e soubesse que o Congresso tem o poder de derrubar o seu veto, qual a melhor escolha: vetar o valor cheio, sabendo que o veto será derrubado e que os parlamentares irão direcionar os recursos, ou negociar e deixar só uma parte do valor? É uma decisão decorrente da política. O Parlamento representa o povo brasileiro e todos os presidentes precisam dialogar e negociar com o Congresso dentro das regras da Constituição.

O Orçamento Secreto fortalece tanto o Congresso Nacional que o próprio adversário, Lula da Silva, admite isso, embora de modo desrespeitoso. O ex-presidente e ex-presidiário Lula tem chamado o presidente Bolsonaro de “bobo da corte”,  querendo dizer que Bolsonaro “já não tem poder sobre o Orçamento e quem manda nos gastos é o Congresso”, analisou a BBC. Neste ano, são R$ 16,5 bilhões para esta modalidade de emendas. Para o ano que vem, o governo sugeriu R$ 19,4 bilhões. O mais engraçado é que, de um lado, o PT acusa o Bolsonaro de ser um aspirante de ditador, de outro, reconhece que o Parlamento, a chamada “casa do povo”, nunca teve tanto poder sobre o orçamento público.

Além disso, embora o PT e Lula se coloquem publicamente contra o Orçamento Secreto, o senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, deu o voto definitivo a favor do Orçamento Secreto. “O voto do petista foi considerado definitivo, já que a votação acabou em 34, aqueles a favor do sigilo dos beneficiados, contra 32, que queriam que fosse revelado o destino do dinheiro público”, escreveu a jornalista Anita Efraim, no Yahoo Notícias. Ele não foi o único a se beneficiar das emendas.

Quatro parlamentares do PT destinaram ao menos R$ 48,7 milhões do orçamento secreto até maio deste ano, além de Rogério Carvalho, eram eles os senadores petistas Fabiano Contarato (ES) e Humberto Costa (PE), e o deputado federal Paulo Guedes (MG), homônimo do ministro da Economia. Para defender o PT, a assessoria de Contarato disse que ele era filiado à Rede quando utilizou o Orçamento Secreto. Mas cabe notar que ele foi convidado pelo próprio Lula para se filiar ao PT. Resumindo, o PT de Lula esteve envolvido no Mensalão, no Petrolão e no Orçamento Secreto (já pode pedir música no Fantástico!).

Além disso, embora o PT e Lula se coloquem publicamente contra o Orçamento Secreto, o senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, deu o voto definitivo a favor do Orçamento Secreto

Na votação das regras do Orçamento Secreto de novembro de 2021 em que o senador petista Rogério Carvalho deu o voto definitivo, 268 deputados federais votaram a favor do projeto, contra 31 que votaram “não”, sendo que eram necessários 197 votos favoráveis. Outros dois não votaram, um se absteve, 90 ficaram na obstrução e 121 estavam ausentes. Entre os deputados que votaram “sim”, figuravam filiados ao PSC (Partido Social Cristão), MDB (Movimento Democrático Brasileiro), PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), PP (Progressistas), União Brasil, Patriota, Republicanos, PROS (Partido Republicano da Ordem Social), PL (Partido Liberal), Solidariedade, PSD (Partido Social Democrático), PSB (Partido Socialista Brasileiro), Podemos, Avante, PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e PV (Partido Verde). A obstrução, de fato, foi escolhida por muitos deputados da esquerda, do PT, PCdoB (Partido Comunista do Brasil) e PSB. Mas, entre as ausências, figuravam importantes nomes do PT, como Maria do Rosário (RS), Nilto Tatto (SP), Flavio Nogueira (PI), Paulo Teixeira (SP) e Rui Falcão (SP); e Luiza Erundina (SP) e Ivan Valente (SP) do Psol (Partido Socialismo e Liberdade): por que esses deputados não compareceram para votar contra?

O Mensalão e o Petrolão foram grandes esquemas de corrupção, por meio de desvios de dinheiro público, geralmente em dinheiro vivo (até dólares na cueca e malas de dinheiro), com base em contratos superfaturados, que eram dirigidos por Lula, José Dirceu e pelo PT de dentro do Palácio do Planalto. Esses recursos não passavam pela contabilidade pública, não deixavam registros nos sistemas oficiais, não tinham qualquer controle público (somente controles em planilhas não-oficiais que ficavam nos setores de “operações estruturadas” dentro das empreiteiras) e, evidentemente, o uso desses recursos não precisava observar nenhuma legislação, muito menos a Lei de Licitações. Os órgãos de controle não tinham qualquer conhecimento ou acesso a esses recursos. A Polícia Federal somente conseguiu descobrir os esquemas depois de muitas investigações e das conhecidas delações premiadas.

O Orçamento Secreto, por outro lado, é uma medida que, mesmo sendo imoral, é legal, tendo sido aprovada no Congresso Nacional pela ampla maioria dos parlamentares, tanto da Câmara de Deputados quanto do Senado Federal. Todos os recursos são destinados por acordo entre os parlamentares, e não são controlados pelo Poder Executivo. Além disso, todos os recursos são transferidos para estados e municípios via sistemas oficiais, que transitam em contas bancárias dos bancos oficiais, e que devem ser gastos na ponta de acordo com toda a legislação de compras públicas, como a Lei de Licitações. Portanto, os órgãos de controle possuem conhecimento e acesso a todas as transações.

Enquanto no Orçamento Secreto os parlamentares decidem direcionar recursos sem sequer consultar o presidente da República, no Mensalão e no Petrolão a compra de votos era conduzida de dentro do Palácio do Planalto. Assim, é falso alegar que os brasileiros terão de escolher entre Orçamento Secreto e Mensalão/Petrolão no 2º turno. É falso, também, alegar que quem conduziu os dois maiores ataques à democracia representativa brasileira, no caso, o Lula e o PT, defendem a democracia agora. A história mostra algo muito diferente.

Cabe ainda lembrar que, independentemente de quem for eleito, o presidente da República no mandato 2023-2026 não poderá acabar com o Orçamento Secreto sozinho, já que este instrumento foi institucionalizado. Assim, será preciso que os parlamentares eleitos para o novo mandato aceitem abrir mão desse poder sobre o orçamento. Em um país que, historicamente, teve um Poder Executivo que dominava o Poder Legislativo, pode ser bom termos um Congresso Nacional mais forte, desde que haja transparência total sobre quaisquer utilizações de recursos, bem como sobre quem solicitou e para onde foram destinadas as verbas.

As emendas do relator foram legalizadas, qualquer presidente eleito terá de conviver com elas. Já o Mensalão e o Petrolão foram esquemas de desvios de recursos públicos que corromperam a democracia brasileira. Não é razoável recusar Bolsonaro por causa de um problema orçamentário gerado por congressistas e previsto em lei para votar no candidato que cometeu corrupção ativamente, por sua livre e espontânea vontade. Precisamos nos unir contra o Orçamento Secreto, mas, no 2º turno, não escolha o candidato do Mensalão e do Petrolão. Proteja a nossa democracia!


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A NOSSA DEMOCRACIA ESTÁ MORRENDO

 

Luto

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo


“O Limite das Quatro Linhas”: na falta de definição melhor e mais ridícula, uma poesia concreta de autoria do cronista.| Foto: Paulo Polzonoff Jr.

Todo dia acordo ansioso para escrever minha crônica. Digo “ansioso” no bom e no mau sentido. No bom porque é uma delícia poder escrever para a audiência qualificada da Gazeta do Povo; no mau porque tenho essa preocupação besta de levar um pouco de alívio para o leitor carente de uma risadinha em meio a tanta notícia ruim. Mas hoje… Hoje não vai dar. Porque preciso compartilhar minhas preocupações.

Outro dia escrevi que a pandemia tinha, na prática, acabado. E a gente nem para celebrar isso. Aproveitei para tascar uma paráfrase de T. S. Eliot no meio e dizer que a pandemia acabou não com um estrondo, e sim com um silêncio burocrático. Bom, hoje venho aqui para anunciar outro momento histórico que não ganhou as manchetes dos jornais. Pelo menos não da forma estrondosa como eu imaginava. Acabou, ou melhor, morreu (fica mais dramático) a Democracia.

“Ai, que exagero!”, diz alguém, afetando uma serenidade que me falta. Será mesmo? Semana passada tivemos a “desordem informacional”; depois, o “cala-boca do bem” e a figura jurídica da “absolvição legal por arrependimento”. E ainda agorinha o ministro Benedito “Tapinhas” Gonçalves, do TSE, proibiu a produtora Brasil Paralelo de exibir um documentário sobre a facada sofrida por Jair Bolsonaro na campanha de 2018, o que até uma criança sabe que configura censura prévia e escancarada.

Desnecessário dizer que qualquer pessoa minimamente afeita às letras reconhece que é inconstitucional. Inconstitucionalíssimo. E se ao menos fosse o primeiro… e último. Mas não. Nas últimas semanas, o que se viu foi, com o perdão pelo lugar-comum indignado, uma enxurrada de decisões que afrontam as leis e usam argumentos os mais estapafúrdios do mundo para justificar o injustificável. Isto é, a militância e o voluntarismo do alto escalão do Judiciário.

Desmoronada essa palafita que chamávamos pomposamente de Estado Democrático de Direito, só nos resta perguntar o que podemos fazer para reerguer o barraco frágil, mas que era até limpinho – antes de ser invadido por uma súcia de toga. A resposta é desagradável. [Continue a ler por sua própria conta e risco]. Neste momento, o que podemos fazer é ter paciência, prudência e fé. [Eu avisei que a resposta era desagradável]. O que podemos nos esforçar para fazer é manter a serenidade.

Depois de agonizar por quatro anos, sofrendo dores lancinantes (outro clichezão proposital) a cada manchetinha que insiste em tratar a censura e o autoritarismo como “supostos”, está morta a Democracia. Ironicamente martirizada por aqueles que juravam que só queriam defendê-la, tadinha. Mal sabíamos nós que juramento de quem faz o “L” não vale por…caria nenhuma. Uma turma que, agora, vai insistir em dizer que a defunta está mais viva do que nunca. Eles que, no final das contas, nunca foram com a cara da Democracia mesmo.

É uma circunstância que eu, em minha ingenuidade democrática, jamais poderia prever. Não, nem em meus delírios juvenis, quando via com admiração burra a luta da esquerda e imaginava essa “resistência” como um atalho heroico para a Glória. “Nunca mais teremos uma censura como aquela”, pensava eu. E não é que temos?! “Nunca mais teremos gente perseguida por defender ideias”, pensava eu. E não é que temos isso também?!

Só não temos ainda (ainda!) porões de tortura ou coisas do gênero. Ainda. Antes que você jogue as mãos para o alto e grite “oba!”, porém, sou obrigado a lhe dizer: tampouco temos instituições civis saindo em defesa das liberdades individuais. Pelo contrário, OAB e ABI estão com as mãos sujas do sangue azul da Democracia que um dia, reza a lenda, consideraram rainha.

Assim morreu a Democracia: não com um estrondo nem sob a melodia dos coturnos batendo ritmadamente no chão – como nos prometeram os professores comunistas. A democracia morreu discretamente. Tão discretamente que ainda há quem não acredite na morte dela. Mas morreu, a coitada. Cabe a nós, carpideiras com um mínimo de vergonha na cara, chorá-la. E, assim que o caixão baixar à terra, correr para proteger a mirrada e moribunda Liberdade que nos resta.

  • A imagem que ilustra esta coluna é, por falta de definição melhor e mais ridícula, uma poesia concreta intitulada “O Limite das Quatro Linhas”, de autoria minha mesmo.

** Amanhã, com alguma sorte, voltarei a fazer rir neste espaço.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/se-a-democracia-morreu-o-que-nos-resta-fazer/
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DIA DO PROFISSIONAL DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

 

Rodrigo Moraes, Tech Manager do Will Bank

Hoje é comemorado o Dia do Profissional de TI. Tem curiosidade sobre a área, mas não sabe por onde começar? Confira abaixo

No dia 19 de outubro, é comemorado o dia do profissional de TI, data importante para reforçar o trabalho desse especialista que hoje é indispensável em qualquer empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte. O profissional de tecnologia é responsável por gerenciar as informações mais sensíveis de uma organização em sistemas confiáveis e escaláveis, criando e distribuindo informações nas redes de computadores. Essa é uma carreira super abrangente que proporciona ao profissional “navegar” pelas diferentes áreas do mundo da TI.

“No mercado essa é uma área essencial, embora muitos profissionais acreditem que máquinas irão substituir o ser humano, é preciso entender que embora o trabalho manual possa ser substituído, as estratégias e a gestão da tecnologia não, por isso, se adaptar e aprimorar habilidades será cada vez mais um diferencial valioso no mercado. E o primeiro passo é estar imerso na carreira do século: a TI.”, comenta Rodrigo Moraes, Tech Manager do Will Bank e gestor de pessoas na área da tecnologia.

Ainda segundo Rodrigo Moraes “Muitas empresas buscam se destacar neste mercado concorrido adotando a estratégia de investir em profissionais diferenciados e montar times de alta performance para manter a evolução tecnológica de seus produtos. O grande desafio, porém, está na capacidade de reter esses profissionais, que estão cada vez mais assediados, e agora a concorrência se torna ainda mais acirrada com a chegada de empresas estrangeiras com propostas em dólar e euro”.

“A perspectiva de carreira nas áreas de TI é muito boa, porque esses profissionais são necessários em empresas de todos os portes e segmentos. Existe hoje uma carência muito grande de profissionais de tecnologia no mercado de trabalho. O número de vagas abertas é consideravelmente superior ao número de profissionais qualificados para assumir essas posições. Atualmente já virou uma rotina no fluxo de trabalho de gestores de tecnologia o cuidado excessivo para não perder bons profissionais para o mercado”, explica Rodrigo Moraes.

Abaixo o gestor traz algumas das áreas mais promissores nesse segmento, confira:

Desenvolvedor Front e Back end: Talvez essa seja a área de maior carência no mercado mundial. Com o avanço da tecnologia em todos os setores, a dependência sistêmica tem se tornado cada vez mais evidente. É aqui também que se concentram os maiores salários de TI, com faixas que vão de 3 á 20 mil reais a depender do nível de senioridade do profissional.

Analista de Dados: As empresas acumulam um grande número de dados todos os dias. Essas informações são de extrema importância, uma vez que será através delas que a empresa tomará as principais decisões que podem garantir o seu sucesso ou fracasso futuro. É necessário ter profissionais que saibam coletar, analisar, interpretar e compartilhar esses dados.

Segurança da Informação: Há muitos profissionais no mercado interessados em mudar de carreira para trabalhar com segurança da informação. Afinal, é de extrema importância para qualquer organização proteger seus sistemas e dados empresariais de um ataque hacker ou de outros riscos que prejudiquem a base de informações.

Cloud Computing: Com os recursos tecnológicos atuais, conseguimos compartilhar uma vasta quantidade de dados e informações por meio das estratégias de armazenamento em nuvem. Isso é muito eficiente também para as empresas, portanto, é preciso ter profissionais com conhecimento avançado em cloud computing, expressão em inglês para se referir à computação na nuvem.

Rodrigo Moraes: Atua como tech manager no Will Bank, possui mais de 10 anos de experiência na gestão de pessoas, formação de equipe e desenvolvimento de PDI. Com conhecimento abrangente em gestão de projetos e serviços, conhecimento em metodologias de projetos tradicionais PMI, ASAP ou ágeis como SCRUM e Kanban, um dos diferenciais de Rodrigo é a sua formação também em humanas, além de atuar a mais de quinze anos como professor.

 UM MARKETPLACE DIGITAL IGUAL AO DA STARTUP VALEON PODE AJUDAR QUALQUER NEGÓCIO?

Moysés Peruhype Carlech e Fernanda – Jet.

Sim e podemos ajudar muito a alavancar as suas vendas e tornar a sua empresa mais competitiva no mercado se forem utilizados os serviços da Startup Valeon e temos a certeza que vamos melhorar o seu posicionamento digital e utilizando uma boa estratégia comercial podemos trazer retorno financeiro para a grande maioria dos negócios das empresas da nossa região do Vale do Aço, afinal de contas, já atingimos a marca de mais de 100.000 acessos.

O sucesso do modelo dos marketplaces está expresso nos números registrados no último ano: o crescimento em 2020 chegou a 52%, acima dos 41% do segmento de e-commerce.

Essas informações foram apuradas pela E-bit/Nielsen, que também indica que o total de pedidos do marketplace chegou a 148,6 milhões, um crescimento de 38% em relação a 2019, o que resultou em um faturamento de R$ 73, 2 bilhões para o segmento.

A atenção recebida pelos “shoppings virtuais” tem razão de ser. São gerenciados por empresas que arcam com a parte operacional e, com isso, as lojas cadastradas podem se dedicar ao cuidado de suas páginas e às ofertas de produtos.

Para quem tem um e-commerce, os marketplaces devem ser vistos como uma oportunidade reforçar as estratégias de vendas.

Outro fator importante é a possibilidade de ampliar seus pontos de interação com o cliente, o que atende ao comportamento omnichannel do público.

Porém, para aproveitar melhor as possibilidades, é importante que você saiba quais são as vantagens do marketplace e como ele pode auxiliar o desenvolvimento do seu negócio.

1- Otimização dos recursos

A estruturação de um e-commerce não é simples. E, por mais que você faça tudo certo, os resultados precisam de tempo para serem consolidados.

Ao integrar a sua loja a um marketplace, esse processo é facilitado. Ao mesmo tempo em que trabalha para fortalecer a sua marca, o lojista tem como expor seus produtos num canal que já conta com uma audiência significativa.

Basta que o lojista negocie e pague a mensalidade do marketplace para que possa começar a negociar seus produtos ou serviços. Além disso, essas operações oferecem expertise, tráfego, visitação e mídia para que seus parceiros possam desenvolver seus negócios.

2- Alcance de clientes

Desenvolver uma loja virtual própria e recorrer às redes sociais para divulgar produtos ou serviços requer um trabalho de divulgação para alcançar um número maior de clientes.

Com o marketplace, esse trabalho ganha ainda mais abrangência e, com isso, é possível gerar um fluxo maior de consumidores, uma vez que há modelos próprios de divulgação, o que acaba favorecendo as empresas que o integram.

Além disso, esses “shoppings virtuais” , como o da Startup Valeon, não divide os custos de marketing  com os seus parceiros custeando ele próprio o processo de aquisição de clientes nas redes sociais.

3- Volume de dados

Os marketplaces têm o costume de oferecer aos seus parceiros diversos dados sobre as suas vendas e seus desempenhos dentro da plataforma e faz métricas diárias das consultas dos seus clientes.

Essas informações são bastante estratégicas para qualquer empresário que deseje desenvolver o seu comércio online e melhorar o seu desempenho na internet.

Isso porque conseguem planejar suas ações, promoções e precificar produtos e serviços com mais eficiência, o que aumenta as chances de converter os visitantes do marketplace em seus clientes.

4- Integração com outras ferramentas

Muitos empresários podem acreditar que ao entrar para um marketplace não poderá usar suas ferramentas digitais favoritas: CRMs, software de preços ou inventários.

Porém, não existe essa limitação e as empresas podem seguir usando seus mecanismos de otimização de resultados.

É possível explorar tantos as informações fornecidas pelos marketplaces quanto os dados gerados pelos seus mecanismos de gestão e controle, o que pode fortalecer ainda mais suas estratégias online.

5- Aumento de vendas

Com uma estrutura corretamente desenvolvida, processos de divulgação bem construídos e apoio aos parceiros, os marketplaces conseguem atrair um bom volume de visitantes para o seu site.

Quanto maior a exposição de produtos ou serviços, maior são as chances de aumentar as suas vendas. É preciso apenas que as lojas online saibam trabalhar seus produtos ou serviços na internet e convencer os consumidores de que conta com as melhores mercadorias e preços.

6- Diversificação de público

Com um número maior de pessoas tendo contato com seus produtos ou serviços, há possibilidade que alcance consumidores que, em um primeiro momento, não conseguiria atingir.

Isso contribui para a diversificação do seu público-alvo e faça com que a sua base de clientes possa crescer.

Isso favorece não apenas as suas vendas, mas também estimula os lojistas a buscarem novos produtos ou desenvolverem novos serviços para atender a sua nova demanda.

Esse processo é essencial para que as empresas ganhem mercado e busquem constantemente o seu desenvolvimento.

Agora que você já sabe quais as vantagens do marketplace, que tal descobrir como eles podem auxiliar no crescimento dos pequenos negócios?

Marketplace e o crescimento das empresas

Construir um modelo próprio de venda online é um desafio para as empresas, porém pode ser bastante recompensador.

Em 2020, o setor teve um crescimento de 41% se comparado com o ano anterior e a expectativa é de que siga alcançando bons resultados em 2022, até em razão da aceleração do processo de transformação digital.

Dessa forma, com um trabalho bem-feito, as empresas podem conquistar boa margem de lucro com o comércio eletrônico. Afinal, o perfil do consumidor tem mudado e ficado aberto às compras online.

Mas, para isso, é necessário utilizar um site como a da Startup Valeon que ofereça boa experiência para os consumidores e conte com estrutura logística e capacidade de estoque para dar conta do trabalho.

O marketplace é uma opção que pode potencializar ainda mais um comércio eletrônico, pois conta com um modelo de negócio estruturado e testado.

Assim, empresas de qualquer setor conseguem melhorar o desempenho de seus e-commerces ao estabelecer mais um canal de divulgação e venda.

Para aproveitar melhor as oportunidades, é importante contar com as ferramentas adequadas para fazer a gestão da operação.

Exemplo disso é a plataforma comercial da Startup Valeon, que tem suas páginas desenvolvidas justamente para conectar a sua loja aos principais consumidores do mercado.

Com isso, além de ter todo o suporte necessário para destacar seus produtos na internet, o lojista tem como gerenciar todo o universo envolvido com as suas vendas online, seja na loja própria ou no marketplace.

Num único local, por exemplo, pode fazer a gestão de estoque, o que evita a perda de clientes pela falta do produto. O e-commerce é uma modalidade de negócio que deve seguir ganhando espaço e conquistando novos clientes. O empresariado deve ficar atento a esse mercado e aproveitar as vantagens do marketplace para aumentar a sua presença online e ter acesso facilitado a uma base sólida de usuários.

terça-feira, 18 de outubro de 2022

TRANSPORTES RODOVIÁRIOS E FERROVIÁRIOS SÃO OS MAIORES GARGALOS PARA O ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO

 

Infraestrutura
Por
Gazeta do Povo

Muitos buracos e remendo na Av. Senador Atilio Fontana no trecho de entrada da cidade de Paranaguá.


| Foto: Antônio More/Arquivo/Gazeta do Povo

Pesquisa feita pelo Instituto FSB para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o principal gargalo para o setor fabril é o transporte, mencionado por 73% dos entrevistados. A sondagem consultou 2,5 mil executivos de empresas de médio e grande porte entre 23 de junho e 9 de agosto.

Os demais problemas citados foram mencionados por parcelas bem menores do empresariado – energia foi citada como principal gargalo por 13%, saneamento por 6% e as telecomunicações por 5%.

Dos que consideram o transporte como o principal entrave, 77% informaram que as principais dificuldades estão relacionadas às rodovias. Entre elas estão as condições da infraestrutura das estradas e e a necessidade de ampliação e duplicação.

Não por acaso, as duas principais obras para melhorar o contexto da indústria mais citadas pelos empreendedores foram justamente melhorar a infraestrutura das estradas (mencionada por 36%) e ampliar ou duplicar rodovias (31%). E 19% falaram em ampliar a malha ferroviária.

Segundo o levantamento, 38% das empresas industriais afirmam que trocariam o frete rodoviário por outro tipo de transporte caso houvesse iguais condições estruturais entre os modais.

As ferrovias seriam a primeira alternativa para 28,5% dos industriais brasileiros para transferir suas operações de escoamento de produtos. Só não o fazem porque avaliam que hoje o setor ferroviário apresenta as piores condições entre os tipos de transportes – 63% consideram esse modal regular, ruim ou péssimo. Atualmente, somente 8% das indústrias usam as ferrovias para transportar sua produção.

As principais razões apontadas pelos 2,5 mil executivos entrevistados para mudar a operação para outro modal são a perspectiva de redução de custos (64%) e a maior agilidade para a entrega do produto (16%).

Para 46% dos entrevistados, o custo é o principal problema na logística e operação das empresas. Segundo 84%, o custo do transporte e da logística na indústria é alto ou muito alto – 79% indicam o frete como o principal custo logístico. Outros problemas relatados são o roubo de cargas (22%), má condição dos modais (20%) e má qualidade da frota (7%).

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que os aumentos dos investimentos em infraestrutura e a diversificação dos modais de transportes são imprescindíveis para reduzir os custos dos serviços e de produção.

“O custo logístico das empresas e consequentemente dos produtos para o consumidor só serão menores quando tivermos uma infraestrutura adequada”, diz o dirigente, em nota.

Principal deficiência está nas rodovias

A principal deficiência está na infraestrutura das rodovias, o principal modal utilizado pela indústria. Quase a totalidade dos entrevistados dizem usar este modal e apontam que ele é o principal no escoamento da produção, e 54% afirmam que as rodovias estão em condições regulares, ruins ou péssimas.

O gerente de Transporte e Mobilidade Urbana da CNI, Matheus de Castro, alerta que, mesmo diante da extrema dependência dos caminhões para o transporte de cargas no país, há um déficit enorme na oferta de serviços de transporte rodoviário, bem como nos modais ferroviário e hidroviário.

“Se tivéssemos mais oferta na parte da logística, o custo total do transporte para a indústria seria muito inferior. Isso vai muito além da disponibilidade de caminhões ou trens, é tudo que envolve e contribui para a maior eficiência da movimentação de cargas no país”, diz Castro, em nota.

Ele afirma que o Brasil tem potencial para o transporte de cabotagem, hidroviário e ferroviário, especialmente depois da criação do Programa BR do Mar e da aprovação do novo marco legal de ferrovias. “Temos um grande potencial para equilibrar melhor a nossa matriz de transportes”, destaca.

“Nenhum outro país continental como o Brasil utiliza tanto o transporte rodoviário como a forma principal da movimentação de cargas e de pessoas. Não faz sentido o modal rodoviário ser tão utilizado em distâncias longas”, diz.

As principais necessidades para a indústria em termos de logística e infraestrutura são novas autorizações ferroviárias, conclusão de obras da Ferrovia Norte Sul, desestatização de portos em geral, desestatização do porto de Santos e concessão da BR-040, entre Rio e Belo Horizonte.

Necessidades encaminhadas aos presidenciáveis
A própria entidade aponta, em documento encaminhado aos presidenciáveis, que o Brasil precisa aumentar os investimentos em transportes em pelo menos cinco vezes para eliminar os gargalos que impedem o país de ser competitivo e tornar sua logística adequada para o escoamento interno de cargas, bem como para exportações e importações.

O país precisa elevar os investimentos em infraestrutura de transportes dos atuais 0,4% para 2% do PIB, na avaliação do setor industrial, que julga necessário um esforço de ao menos duas décadas para modernizar a logística de transporte do país.

Não é só a CNI que aponta para essa necessidade. Números da Associação Brasileira da Infraestrutura e das Indústrias de Base (Abdib), divulgados no primeiro semestre, sinalizam que o país teria de investir pelo menos R$ 284,4 bilhões todos os anos, até 2031, para superar gargalos nas áreas de saneamento básico, transporte e logística.

E-BOOK 1984
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ATENTADO POLÍTICO CONTRA O CANDIDATO TARCÍSIO EM SÃO PAULO

 

Eleições

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

(Porto Alegre – RS, 10/12/2020) Palavras do Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. Foto: Alan Santos/PR


Em coletiva, Tarcísio de Freitas disse que inicialmente descarta a ocorrência de atentado, mas destacou que o tiroteio foi mensagem passada por criminosos.| Foto: Alan Santos/PR

Nesta terça-feira, dia 18, é celebrado o Dia do Médico. Estarei pela manhã no plenário da Câmara Federal homenageando os médicos, que foram os sacrificados, os heróis, os criticados – inclusive – e os infectados nessa pandemia. No início, mesmo sem saber como, fizeram de tudo para salvar as pessoas. E logo aprenderam como fazer. O tratamento deu certo. A doutora Lucy Kerr provou isso em Itajaí (SC), com colaboração da prefeitura. Foi um sucesso. Centenas de milhares de vidas foram salvas graças a isso. Por outro lado, milhares morreram também porque não receberam o tratamento. O tratamento foi experimental, assim como a vacina é experimental. Experiências foram feitas e os médicos estavam no front. Eu homenageio até os médicos que só deram dipirona e conduziram as pessoas para a intubação porque eles ou não sabiam, ou estavam com medo, ou estavam sob pressão. Talvez uns poucos estivessem meio fanatizados com certas ideias, mas todos merecem a saudação, o cumprimento, o reconhecimento neste Dia do Médico.

Dia de nascer de novo
A segunda-feira foi dia de o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) nascer de novo. Ele esteve sob fogo em Paraisópolis, na cidade de São Paulo. Por estar em um veículo blindado, ele não foi morto. Não sei se houve intenção de matá-lo, se foi um atentado político, se foi uma reação do crime organizado a um veículo que estava entrando em seu território. Mas, de qualquer forma, me lembra muito o que aconteceu em 6 de setembro de 2018 em Juiz de Fora (MG), com a facada desferida por Adélio Bispo. O então candidato a presidente Jair Bolsonaro só foi salvo porque foi atendido imediatamente por excelentes cirurgiões da Santa Casa de Misericórdia. Se Tarcísio estivesse em um veículo sem blindagem, ninguém sabe o que teria acontecido.


Santuários do crime
É lamentável constatar que existem territórios liberados para o crime, apartados das leis brasileiras. São santuários do crime no Rio de Janeiro e em São Paulo principalmente, mas em outras capitais também. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin e o próprio Supremo contribuíram para essa situação, proibindo a polícia de entrar em certos lugares durante a pandemia. Isso fortaleceu o crime, que ficou com o poder de deixar entrar um candidato e impedir a entrada de outro candidato. Eles apoiam quem será favorável ao crime, com essa leniência que propicia a existência de áreas liberadas dentro do território brasileiro, áreas onde não vigora a lei brasileira. Então os criminosos tomam partido político, participam da campanha eleitoral.

E aí vem a grande pergunta para a Justiça Eleitoral: Que garantias de voto livre têm os milhares ou milhões de eleitores que vivem dentro dessas áreas dominadas pelo crime? Talvez esses eleitores estejam sendo obrigados a votar naquele cuja vitória interessa ao crime. Eu acho que temos de pensar sobre isso.

Só mostram o público quando interessa
A gente descobre a parcialidade de um meio de informação tradicional pelas fotos. Por exemplo, eu estava examinando fotos de segunda-feira, em São Paulo, de um candidato que estava no palanque lá no bairro de São Mateus, na Zona Leste da capital paulista. Não tem imagem do povo, só tem foto do candidato a presidente, do candidato ao governo do estado e de seu vice, se não me engano. Não mostram o público. Por quê? Só mostram o público quando tem uma aglomeração atrás dele. Isso acontece todos os dias.

Paraisópolis
Tudo o que se sabe sobre o tiroteio durante evento com Tarcísio de Freitas em São Paulo
Por
Gabriel Sestrem – Gazeta do Povo


Polícia inicialmente descarta atentado contra Tarcísio de Freitas. Governador Rodrigo Garcia pediu celeridade nas investigações| Foto: Reprodução Facebook

Na manhã desta segunda-feira (17), o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo, e sua equipe precisaram deixar às pressas a sede de um projeto social na favela de Paraisópolis, na capital paulista, após a ocorrência de um tiroteio nas imediações do prédio em que o projeto funciona. O candidato estava no local para participar da inauguração do Primeiro Polo Universitário de Paraisópolis.

Inicialmente Tarcísio classificou o episódio como um ataque direto a sua equipe efetuado por criminosos. Em coletiva de imprensa no final da tarde, o candidato do Republicanos afirmou que por ora descartava a ocorrência de um atentado, mas destacou que o tiroteio representou uma tentativa de intimidação por parte do crime organizado, uma mensagem passada pelos criminosos de que sua presença não era bem-vinda naquele local.

A favela de Paraisópolis, localizada na zona sul de São Paulo – uma das mais populosas do país, com cerca de 100 mil habitantes –, sofre com a ampla influência do Primeiro Comando da Capital (PCC) no local.

O primeiro confronto ocorreu por volta 11h40, e o enfrentamento aos criminosos se deu pelos agentes policiais que compõem a segurança da equipe do ex-ministro. Em seguida foram deslocadas tropas das polícias militar e civil para dar suporte. Um dos criminosos envolvidos no tiroteio foi alvejado por policiais e morreu no local. Felipe Silva de Lima, de 27 anos, que era fichado na polícia por roubo, foi levado ao Hospital Campo Limpo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Não houve nenhum outro óbito ou ferimento no episódio.

Imediatamente após a ação, deu-se início à investigação sobre as causas do tiroteio. Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, o secretário de segurança pública de São Paulo, João Camilo Pires, declarou que, pelos dados disponíveis até o momento, não considerava a possibilidade de tentativa de atentado contra o ex-ministro. Segundo Pires, as circunstâncias apontam para a reação de criminosos à presença de policiais que compõem a equipe de Tarcísio. O secretário destacou, entretanto, que nenhuma outra hipótese está descartada até o momento.

A polícia verificará, a partir de agora, imagens de câmeras das ruas e de cinegrafistas e das câmeras corporais dos policiais que as portavam durante a ação. O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), pediu agilidade na elucidação dos fatos.

Tarcísio classifica episódio como intimidação a sua presença
Na coletiva desta tarde, o candidato ao governo paulista afirmou que membros de sua equipe de segurança narraram que oito indivíduos em motocicletas rondaram a frente do instituto antes do ataque e fizeram fotos e vídeos da equipe de segurança, além de terem abordado os integrantes com perguntas. Em seguida, os criminosos teriam voltado com armamento e iniciado o tiroteio.

“A gente ouviu a primeira rajada, e a primeira impressão que tive foi de que era algo para intimidar, para dizer ‘vocês não são bem-vindos aqui’. Mas achei que fosse ficar nisso. Mais tarde, a gente começou a ouvir mais tiros e gritaria. Poucos minutos depois, o pessoal começou a gritar ‘abaixa, abaixa, vão atirar aqui’. Até o momento em que uma pessoa entra e diz: ‘tem que tirar ele daqui, porque o problema é ele. Tem que dar um jeito de tirar ele daqui, estão dizendo que vão entrar aqui’”, disse Tarcísio de Freitas.

Haddad diz que repudia a violência
Fernando Haddad (PT), adversário de Tarcísio de Freitas neste segundo turno, evitou pronunciamento oficial sobre o caso. Ao cumprir agenda em São Mateus, zona leste de São Paulo, o candidato foi questionado por jornalistas sobre o caso e disse estar sabendo do ocorrido naquele momento, pelos repórteres. Haddad afirmou repudiar “toda e qualquer forma de violência”, que faz uma “campanha de paz e muito respeitosa” e que sempre tratou seu oponente com respeito.

“Eu repudio toda e qualquer forma de violência. Isso vale para 2018, 2020 e 2022. Sempre trabalhei no campo da dignidade da política, na contribuição com propostas. É assim que tenho me portado desde que entrei na vida pública”, declarou.

Com receio de que o caso impacte eleitoralmente, o deputado estadual Emídio de Souza (PT), coordenador de campanha de Haddad, foi às redes sociais pedir uma resposta rápida por parte da polícia sobre o caso. “Para não dar margem a interpretações equivocadas, a Polícia de São Paulo precisa responder rapidamente se a comitiva de Tarcísio foi atacada, como diz o candidato, ou se foi um tiroteio entre bandidos próximo onde o candidato estava”.

Bolsonaro menciona episódio em propaganda eleitoral
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), aliado de Tarcísio de Freitas, mencionou o tiroteio em seu programa eleitoral na noite desta segunda. “O candidato a governador de São Paulo Tarcísio de Freitas e sua equipe foram atacados por criminosos em Paraisópolis”, diz a locução da peça.

A propaganda também cita a facada da qual Bolsonaro foi vítima na campanha eleitoral de 2018 e o episódio de violência ocorrido na última sexta-feira (14), quando um homem foi preso em Fortaleza após atirar contra o muro de uma igreja evangélica antes de um evento religioso que receberia a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e a senadora eleita Damares Alves (Republicanos).

Pela manhã, o presidente já havia se manifestado sobre o caso envolvendo Tarcísio de Freitas. O chefe do Executivo disse que ainda era cedo para concluir se houve motivação política no confronto. “Recebi um telefonema do Tarcísio, algumas imagens também. Tudo é preliminar ainda, então não quero me precipitar. Se foi uma ação contra a equipe dele, se foi uma ação isolada, se algum conflito já estava havendo ou por haver na região. Então seria prematuro eu falar sobre isso”, apontou.

Ao comentar o caso, Bolsonaro também mencionou o caso de violência em Fortaleza. “O que eu sei é que há poucos dias teve uma ação de dois tiros em uma igreja onde a primeira-dama se faria presente. O elemento foi preso, detido, confessou ser do Comando Vermelho e que os dois tiros foram para intimidar e evitar que muita gente comparecesse a esse evento da primeira-dama com a senhora Damares. Isso está acontecendo, a gente lamenta. Um caso já comprovado que tem a ver com motivação política. O caso Tarcísio ainda não”, afirmou.


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AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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