terça-feira, 18 de outubro de 2022

NA TURQUIA SÓ VALE A VERDADE DO GOVERNO

 

Paraíso da censura

Por
Mariana Braga

Prague (Czech Republic), 06/10/2022.- Turkish President Recep Tayyip Erdogan leaves a press conference during the Meeting of the European Political Community in Prague, Czech Republic, 06 October 2022. The first meeting of the European Political Community brings together leaders from across the continent including non EU members countries with the aims to foster political dialogue and cooperation and to strengthen the continent’s security, stability and prosperity, a statement by the European Council reads. (República Checa, Praga) EFE/EPA/MARTIN DIVISEK


O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, deixa uma conferência de imprensa durante a Reunião da Comunidade Política Europeia em Praga, República Tcheca, 06 de outubro de 2022.| Foto: EFE/EPA/MARTIN DIVISEK

Em meio a uma desaprovação popular em relação a Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia desde 2014, o governo aprovou um projeto de lei que censura – com ainda mais força – meios de comunicação e jornalistas que, segundo o texto, “promovem mentiras”, abrangendo também qualquer pessoa que se manifeste nas redes sociais. Para os críticos de Erdogan, trata-se de uma tentativa de minar a oposição, fantasiada de combate a fake news. A sanção da lei foi feita pelo presidente depois das 22 horas (horário local) da quinta-feira passada (13).

A medida reforça a repressão à imprensa que acontece nos últimos anos no país. Desde a tentativa de golpe de Estado em 2016, 189 veículos de comunicação foram fechados, cerca de 319 jornalistas foram presos, sendo que 36 deles ainda estão atrás das grades, segundo o Sindicato dos Jornalistas da Turquia (TGS, na sigla em turco). De acordo com a Association for Legal and Media Studies, esse número seria ainda maior: pelo menos 59.

Uma pesquisa recente da Reuters mostrou o quanto o conteúdo dos principais jornais diários e noticiários da TV pode estar vinculado a toda uma cadeia de aprovação governamental. A associação Repórteres Sem Fronteiras estima, por sua vez, que 90% da mídia nacional esteja nas mãos de líderes ligados ao poder.

A nova lei impõe, entre outras mudanças, que jornalistas que agirem “contra as regras morais da imprensa” – sem maiores detalhes de quais seriam elas – deverão perder o direito de exercer a profissão.

O projeto de lei foi apresentado pelo AKP, partido do presidente, e seu aliado nacionalista, o MHP, em maio de 2022, no Parlamento. Diante dos protestos, Ahmet Ozdemir, deputado da maioria presidencial e integrante do grupo que participou da redação do texto, assegurou que não se trata de censura: “Nenhuma liberdade pode existir sem limites”, disse o parlamentar aos colegas e à imprensa.

Oposição 
Já Meral Aksener, líder do partido Iy (do Bem), de direita, condenou a nova lei, durante a abertura de votações no Parlamento na semana passada. “O Social Media Act é uma obra-prima da monstruosidade”, apontou. “Os que estão por trás da lei são os que mais temem a realidade e a verdade”, declarou Aksener.

Gülistan Kiliç Koçyigit, outro deputado de oposição, do Halklarin Demokratik (Democrático do Povo), denunciou que “as mãos do presidente estão sujas” e levantou um cartaz escrito “A imprensa livre não se calará”.

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas do país, que reúne sindicatos e outras entidades, também emitiu um comunicado, dizendo que “a desinformação é um problema importante e deve ser combatido, mas não à custa de restringir os direitos dos jornalistas e os direitos do público à liberdade de expressão”.

“Essa lei infelizmente não é uma surpresa”, observou nas redes sociais o jornalista e professor de economia turco Mehmet Altan, que foi preso durante quase dois anos, antes de ser libertado em junho de 2018. “É, no entanto, o sinal de uma decadência singular que pretende estabelecer um monopólio do discurso oficial”, analisou.

Controle das redes sociais 
Existe ainda um artigo nessa nova lei que faz uma emenda ao código penal e permite condenar a penas que variam de um a três anos de prisão qualquer pessoa que tenha divulgado nas redes “informações enganosas” minando “a unidade do Estado”, “a ordem estabelecida” ou “divulgando segredos de Estado”.

A tentativa do governo autoritário da Turquia de controlar as redes sociais é antiga. Em de junho de 2013, Erdogan declarou: “As redes sociais são um flagelo para o povo. Há tantas mentiras no Twitter”.

No mesmo ano, gravações de áudio envolvendo ministros em casos de corrupção e suborno se espalharam pelas redes e mandatário, que na época era primeiro-ministro, mudou o funcionamento da administração judiciária e se manifestou nas  redes sociais: “Não vamos deixar o Facebook e o YouTube engolirem a nossa nação! Poderíamos fechá-los. Não é concebível ter tal noção de liberdade”. Ao longo dos anos, o atual presidente passou a chamar as redes sociais de “fascismo digital”.

INSTITUTOS DE PESQUISA SERÃO PUNIDOS POR PESQUISAS FALSAS

 

Reação parlamentar
Por
Olavo Soares – Gazeta do Povo
Brasília

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conclui a assinatura digital e lacração dos sistemas eleitorais que serão usados nas eleições de outubro (José Cruz/Agência Brasil)


Divergência entre pesquisas eleitorais às vésperas do 1º turno e apurações das urnas causou reação do mundo político.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

As discrepâncias entre os resultados de algumas disputas do primeiro turno e os levantamentos de intenção de voto motivaram uma ofensiva por parte de deputados e senadores contra as empresas do ramo de pesquisas eleitorais.

Dois projetos de lei e duas propostas de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foram apresentados na Câmara e no Senado para pedir investigações sobre o setor. Algumas das iniciativas contam com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que disse ser favorável a uma regulamentação da atividade das empresas.

As ações são empreendidas por parlamentares aliados do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). As empresas entraram no radar do campo governista principalmente por conta do resultado do primeiro turno da eleição presidencial, em que a votação recebida por Bolsonaro foi superior à sugerida em grande parte dos levantamentos divulgados na semana que antecedeu a votação.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), é um dos que assina um projeto de lei que regulamenta as ações dos institutos. Outra proposição é do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que declarou voto em Bolsonaro no segundo turno.

Já a CPI das pesquisas foi sugerida na Câmara pelo deputado Carlos Jordy (PL-RJ) e no Senado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES). Ambos são aliados de Bolsonaro.

A mobilização chegou a ganhar um estímulo extra na quinta-feira (13), quando a Polícia Federal (PF) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciaram que abririam processos contra as empresas – no caso do Cade, a ação cobriria os institutos Datafolha, Ipec e Ipespe. Mas o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acabou derrubando as medidas de Cade e PF, por entender que as investigações estariam fora do escopo de atuação dos órgãos.

Bolsonaro criticou a decisão de Moraes e disse que o ministro será “quem vai mandar” no Brasil em caso de vitória eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Senador quer CPI contra pesquisas antes do 2º turno; meta é improvável
O senador Marcos do Val defende que a CPI seja iniciada no Congresso ainda antes do segundo turno da eleição presidencial, agendada para o próximo dia 30. Segundo ele, a instalação da comissão poderia coibir distorções que, segundo ele, foram significativas para os resultados do primeiro turno. O senador já coletou o número de assinaturas necessário para que o pedido da CPI tenha prosseguimento.

A meta de do Val, porém, é de difícil realização. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), havia sinalizado ainda no primeiro semestre que só instalaria CPIs após a realização das eleições, e na última terça-feira (11) voltou a expor o posicionamento.

Além das eleições, outro empecilho que a CPI das pesquisas encara no Senado é a “fila” de comissões parlamentares que foram demandadas por outros senadores. Há três pedidos de CPI no Senado que já alcançaram o número mínimo de assinaturas e aguardam instalação: uma para apurar a atuação de ONGs na Amazônia, uma para analisar denúncias de corrupção no Ministério da Educação (MEC) e uma para investigar obras federais não-concluídas. A CPI sobre o MEC foi requerida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), coordenador da campanha do ex-presidente Lula.

Uma estratégia que do Val apontou para superar a fila do Senado é fazer uma CPI mista, que incluiria também os deputados federais. Ele disse que dialogará com os membros da Câmara a partir desta semana para considerar essa possibilidade.


Na Câmara, muitos projetos e o interesse de Lira
A instalação de uma CPI na Câmara sobre as pesquisas vive, no momento, a dificuldade de não contar com o número mínimo de assinaturas para que sua solicitação seja formalizada. Segundo Carlos Jordy, o pedido conta com o apoio de 124 deputados, e o mínimo necessário é de 171. O deputado acrescentou que a meta é coletar as assinaturas e dar início à CPI ainda na atual legislatura, que se encerra em fevereiro.

Lira não se posicionou abertamente a favor de uma CPI, mas disse defender a regulamentação das pesquisas. Ele disse, em entrevista ao UOL, que não concorda com projetos que determinam a prisão de responsáveis por pesquisas, mas declarou ser favorável à aplicação de multas e outras sanções de ordem administrativa. Na mesma entrevista, Lira também disse considerar possível a votação de um projeto de lei sobre o tema ainda neste ano.

Foram protocoladas duas propostas após o primeiro turno das eleições. Uma é a de Ricardo Barros, que determina também que os veículos de comunicação são obrigados a publicar o resultado de todas as pesquisas com registro na Justiça Eleitoral e que os responsáveis pelos levantamentos que divirjam dos resultados das urnas podem ser presos de quatro a dez anos. A proposta também veda a divulgação de pesquisas 15 dias antes da eleição. Na justificativa do projeto, Barros diz que as pesquisas do primeiro turno tiveram dificuldade de captar “o voto do eleitor de direita”.

A outra proposição, do deputado Carlos Sampaio, tem como enfoque a punição a “pesquisas fraudulentas”. O projeto prevê prisão e obrigação do pagamento de multa a quem divulgar pesquisas fraudulentas – o texto, porém, não especifica os critérios para determinação de que uma pesquisa seja fraudulenta. Outro ponto da proposta determina transparência na amostra e na metodologia das pesquisas.

As propostas de Barros e Sampaio se somam a outras duas de caráter similar apresentadas em junho e julho respectivamente pelos deputados Bibo Nunes (PL-RS) e Gurgel (PL-RJ). Os dois textos determinam punições a institutos e responsáveis caso o resultado das pesquisas seja diferente, fora da margem de erro, do encontrado nas pesquisas.

As quatro propostas tiveram sua tramitação alinhada a um projeto de 2011 apresentado pelo deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), que também tem o teor de responsabilizar os institutos de pesquisa quando houver diferença entre os levantamentos e os dados efetivos de votação.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/congresso-mira-institutos-de-pesquisas-com-cpis-e-projetos-de-lei/
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PLANO DE SAÚDE DO SENADO É BENEVOLENTE

 

A grande família
Lúcio Vaz – Gazeta do Povo


Prédio do Congresso Nacional.| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O generoso Plano de Saúde do Senado tem hoje 598 beneficiários. As despesas do ano passado somaram R$ 31,7 milhões. O plano é uma grande família – atende cônjuge ou companheira, filhos até 33 anos, enteados, pai e mãe. Prevê UTI aérea e tratamento no exterior. Há contribuições de senadores, ex-senadores e seus dependentes, mas com valores baixos, considerando a qualidade dos serviços. O plano é altamente deficitário e recebe recursos públicos.

O blog teve acesso à relação completa dos senadores, ex-senadores e dependentes. Ao todo, são 85 senadores no mandato – incluindo sete suplentes no exercício – e 174 ex-senadores. O plano atende ainda 65 cônjuges, 87 filhos e 6 genitores dos atuais senadores. Há uma modalidade para 24 filhos com idade entre 21 e 33 anos. Há ainda 122 cônjuges e 59 viúvas de ex-senadores. Pelo menos cinco senadores asseguraram a adesão permanente ao plano após apenas quatro meses de mandato.

A despesa aumenta a cada ano. Pulou de R$ 6,9 milhões em 2011 para R$ 32,7 milhões em 2021. Em 2019, os gastos estavam R$ 13,9 milhões; em 2020, chegaram a R$ 14,9 milhões. Estão na rede de hospitais credenciados o Sírio-Libanês e o Albert Einsten – entre os melhores do país. O atendimento é feito por instituições credenciadas ou por profissionais liberais e instituições de livre escolha, mediante pagamento direto e posterior ressarcimento de despesas. No ano passado, esses ressarcimentos somaram R$ 10 milhões. Em 2019, antes da pandemia da Covid-19, as maiores despesas com hospitais chegaram a R$ 395 e R$ 300 mil.

O plano prevê ainda o tratamento de saúde de senadores no exterior. São autorizados previamente, pela Comissão Diretora, em casos de “comprovada necessidade”. Também ocorre o ressarcimento em casos graves quando o senador está em viagem oficial para eventos, reuniões e congressos no exterior. Tem ainda a UTI aérea. As autorizações para remoções via aérea são feitas pelo titular da Secretaria de Saúde.


As maiores famílias
Márcio Bittar (União-AC), a cônjuge, dois filhos maiores, uma filha menor e o pai estão no plano de saúde. Carlos Fávaro (PSD-MT) incluiu no plano a cônjuge, dois filhos até 33 anos, o pai e a mãe. Cid Gomes (PDT-CE), colocou a mulher, três filhos menores e um com idade até 33 anos. Rogério Carvalho (PT-SE), incluiu a esposa, a mãe e quatro filhas menores.

Senadores de destaque aderiram ao plano: Ciro Nogueira (PP-PI), atual ministro da Casa Civil, incluiu no plano duas filhas com idade entre 21 e 33 anos e a nova companheira. A senadora Simone Tebet, ex-candidata a presidente da República, colocou no plano uma filha com idade até 33 anos, outra menor e o marido.

O senador Omar Aziz (PSD-AM), ex-presidente da CPI da Covid, colocou a mulher, um filho maior e três menores como beneficiários; Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a mulher e dois filhos menores. Soraya Thronicke (União-MS), outra ex-candidata a presidente, incluiu um filho maior e o cônjuge no plano. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem apenas dois filhos menores como beneficiários.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) vive uma situação singular. A sua mulher, Sandra Braga, é beneficiária do plano como cônjuge. Ela é também a 1ª suplente do senador, que está no meio do mandato e disputa segundo turno para o governo do Amazonas. Mas Sandra já assumiu o mandato como suplente do marido de janeiro de 2015 a abril de 2016, quando ele assumiu o ministério das Minas e Energia.

O ex-senador Ronaldo Caiado (União) está na lista de beneficiários como “titular ex-parlamentar”. A sua mulher, Maria das Graças, aparece como “cônjuge de parlamentar”. Caiado é hoje governador reeleito de Goiás. O 1º suplente de Caiado, Luiz Carlos do Carmo (PSC-GO), que assumiu o cargo definitivamente em janeiro de 2019, é beneficiário do Plano de Saúde como “titular parlamentar”. A sua mulher, Ivana, é beneficiária como “cônjuge de parlamentar”. O ex-senador, enquanto estiver do exercício de outro cargo público, no nível federal, estadual ou municipal, não fará jus aos benefícios previstos no plano.

O senador Esperidião Amin (PP-SC) é “titular parlamentar”. A deputada federal Ângela Amin (PP-SC) está na lista como cônjuge/companheira de parlamentar. Na relação dos ex-parlamentares e dependentes está a viúva do senador José Richa (PSDB-PR), Arlete Vilela. Ela recebe ainda pensão como viúva, no valor de R$ 13,3 mil, pelo Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC), que foi extinto, mas deixou a conta das pensões para a União.

Rita de Cássia Camata é beneficiária do plano como viúva do senador Gerson Camata (MDB-ES). Como pensionista do atual Plano dos Congressistas, ela recebe pensão vitalícia de R$ 33,7 mil, deixada pelo senador Camata. Como ex-deputada, ela recebe mais R$ 20,9 mil de aposentadoria parlamentar da Câmara dos Deputados.


Contribuições em valores módicos

Os senadores e seus dependentes pagam contribuição mensal. Considerando os serviços prestados, os valores são módicos. As contribuições cobrem cerca de 10% das despesas do plano. No caso dos senadores, ex-senadores e cônjuges, o valor é de R$ 361 para a faixa entre 39 a 42 anos; ou de R$ 549 a partir de 59 anos. O filho estudante de 21 a 24 anos paga mensalidade em torno de R$ 300. As despesas com filhos entre 21 e 33 anos, não estudantes, ficam em sua maioria em R$ 670. Pai e mãe de senador pagam R$ 800 a partir de 59 anos.

Em 2020, na gestão do presidente Davi Alcolubre (União-AP), ato da Comissão Diretora criou uma nova modalidade de dependentes – os maiores de 21 e menores de 34 anos, independentemente de serem estudantes ou dependentes econômicos dos titulares do plano. O Senado afirma que a ação se espelhou em ato da Mesa da Câmara dos Deputados, que buscou, em 2016, “por meio desse benefício, melhorar a saúde financeira do plano mediante redução da sinistralidade, pois trata-se de um grupo de beneficiários geralmente saudáveis, com baixos índices de utilização do plano”.

O Senado acrescenta que, para essa classe de beneficiários, não há participação de recursos públicos no custeio do plano. Todas as despesas são cobertas exclusivamente pelo pagamento das contribuições mensais e das coparticipações do grupo. No caso de filhos solteiros menores de 21 anos, filhos estudantes menores de 24 anos ou filhos inválidos, por serem dependentes obrigatórios, têm o plano custeado por recursos públicos.

Aposentados após alguns meses
Até 2003, os suplentes de senadores que assumiam o mandato dos titulares não precisaram cumprir um prazo mínimo para se filiar ao Plano de Saúde vitalício. Nova da Costa (MDB-AP) esteve no Senado por dois meses, junho e julho de 2001, substituindo o senador José Sarney (MDB-AP). Ele já havia sido governador do então território do Amapá, nomeado por Sarney, em 1985. Costa continua até hoje no plano do Senado.

Paulo Guerra (PMDB-AP) foi eleito suplente de Sarney em 1990. Assumiu o cargo em outubro de 1999 para um mandato de três meses e 20 dias. Continua no Plano de Saúde, ao lado da esposa. Sarney permanece no plano como ex-senador. O ex-deputado deputado estadual Alcides Falcão (PMDB-AL)) foi eleito suplente de Guilherme Palmeira (PFL) em 1990. Assumiu a vaga de julho a outubro de 1998 – três meses e 21 dias. O ex-senador morreu em 2020, mas a viúva continua filiada ao plano.

Ato da Meda diretora, em 2003, considera ex-senador aquele tenha exercido o mandato como titular em decorrência de morte, renúncia ou cassação do titular. Mas somente têm direito aos benefícios do Plano de Saúde os ex-senadores que tenham exercido o mandato por um período mínimo de 180 consecutivos. Quem tornou-se ex-senador antes disso, manteve os benefícios.


Senado justifica aumento de despesas
Questionado sobre o crescente aumento e despesas do Plano de Saúde, o Senado respondeu ao blog: “Quanto ao aumento dos custos dos planos de saúde nos últimos anos, ressaltamos tratar-se de fenômeno multifatorial, tendo sido evidenciado em todo o mercado de saúde suplementar, com agravamento a partir do ano de 2021″. A pandemia da covid-19 também teria provocado a elevação anormal de despesas a partir de 2021.

O Senado citou os motivos da elevação das despesas: a inflação da saúde, afetada pelo aumento do envelhecimento populacional, o aumento no preço de medicamentos, os custos de investimento e a descoberta de novas tecnologias; o represamento de procedimentos eletivos que não foram realizados no ano de 2020 em virtude da covid-19; a desvalorização do real frente ao dólar, que precifica grande parte da tecnologia, materiais e medicamentos; o aumento das internações por covid-19, cujo ápice ocorreu no primeiro semestre de 2021; o aumento do custo dessas internações, em virtude da demanda por leitos e tecnologias de alta complexidade; e a taxa de utilização do plano de saúde.

O Senado acrescentou que a média etária dos senadores, acima da média populacional, aumenta exponencialmente a taxa de sinistralidade do plano, uma vez que pacientes idosos tendem a necessitar de cuidados médicos de maior complexidade, consequentemente com maior custo.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/a-grande-familia-plano-de-saude-do-senado-tem-600-beneficiarios-e-custa-r-32-milhoes/
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TSE IMPEDE LULA DE DIZER QUE É A FAVOR DO ABORTO

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


A ministra Cármen Lúcia, do STF e do TSE, proibiu peça de propaganda de Jair Bolsonaro sobre o apoio de Lula à legalização do aborto.| Foto: STF

Meros sete anos separam a Cármen Lúcia do “cala a boca já morreu”, dito quando ela foi relatora da ação no Supremo Tribunal Federal a respeito da publicação de biografias não autorizadas, da Cármen Lúcia que acrescenta mais um item à lista de assuntos que não podem ser mencionados na atual campanha eleitoral para a Presidência da República. Na sexta-feira, dia 14, na qualidade de ministra do Tribunal Superior Eleitoral, ela proibiu a veiculação de uma peça de propaganda de Jair Bolsonaro (PL) contendo falas do ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula (PT) defendendo a legalização do aborto.

“A afirmação [relativa ao aborto] não corresponde dados verídicos nem comprovados, não havendo comprovação de que o candidato tenha declarado, prometido ou apresentado projeto de governo no sentido de promover a alteração da lei que cuida do tema do aborto”, diz Cármen Lúcia, introduzindo uma nova espécie de vedação ao debate eleitoral: só poderá ser alvo de crítica aquilo que tiver sido devidamente “declarado, prometido ou apresentado”. Trata-se de uma pretensão absurda, pois implica o conhecimento perfeito daquilo que vai na mente de cada candidato, que pode muito bem ter certos planos e não os tornar públicos; ignora que é possível traçar prognósticos futuros com base no passado; e inviabiliza boa parte de críticas que são legítimas no debate político. Levando essa determinação às últimas consequências, não seria possível nem mesmo dizer que Lula ou Bolsonaro farão um mau governo caso sejam eleitos, ou que agirão de forma fiscalmente irresponsável, ou que tomarão esta ou aquela medida considerada prejudicial ao país. Afinal, todas essas são afirmações negativas em relação ao candidato alvo da crítica, mas nenhuma delas teria lastro em algo “declarado, prometido ou apresentado”.

Como é impossível negar a existência da fala de Lula em defesa da legalização do aborto, para impedir que ela volte ao debate público é preciso tentar enquadrar sua divulgação em algum dos novos termos da novilíngua eleitoral usada para justificar a atual enxurrada de proibições

À parte o ridículo da restrição imposta por Cármen Lúcia, ela nem mesmo se aplicaria ao caso de Lula. Afinal, a peça agora censurada usa uma fala do petista durante debate realizado em abril, promovido pela Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT, e pela fundação alemã Friedrich Ebert. Na ocasião, Lula afirmou que “aqui no Brasil não faz [aborto] porque é proibido, quando na verdade deveria ser transformado numa questão de saúde pública, e todo mundo ter direito e não ter vergonha. Eu não quero ter um filho, eu vou cuidar de não ter meu filho, vou discutir com meu parceiro. O que não dá é a lei exigir que ela precisa cuidar”. A frase está documentada em vídeo e foi reproduzida por inúmeros veículos de imprensa Brasil afora. Como é impossível pretender que “todo mundo tenha direito” a algo que hoje é ilegal sem que haja uma modificação normativa, legal ou judicial que legalize tal prática, podemos muito bem considerar que o apoio de Lula à legalização está devidamente “declarado”.

Além disso, se há algo no qual o PT coloca seu empenho, esse algo é a legalização do aborto, que faz parte oficialmente das plataformas do partido desde 2007. Lula e o PT tentaram, sem sucesso, a via legislativa para esse objetivo: em 2005, uma Comissão Tripartite da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, criada “para discutir, elaborar e encaminhar proposta de revisão da legislação punitiva que trata da interrupção voluntária da gravidez”, apresentou um anteprojeto de lei que previa a “realização legal do aborto, por decisão das mulheres, em gestações de até 12 semanas, e com até 20 semanas se a gravidez fosse resultante de violência sexual”. O governo Lula também usou outros meios para atacar a vida por nascer. Naquele mesmo 2005, o Ministério da Saúde atualizou suas normas técnicas para o atendimento, no SUS, de abortos em caso de gravidez resultante de estupro; a modificação mais importante foi a dispensa da apresentação de boletim de ocorrência, o que na prática abriria brechas para o aborto sob demanda na rede pública, ocultado sobre uma falsa alegação de violação sexual. Durante quase todo o segundo mandato de Lula a pasta da Saúde esteve sob o comando de um declarado abortista, José Gomes Temporão. E, em 2009, a terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) continha a defesa explícita da legalização do aborto, depois removida devido à repercussão negativa.

O “poste” de Lula, Dilma Rousseff, não agiu de forma diferente. Ela, que anos antes de se candidatar à Presidência havia defendido veementemente a legalização em entrevistas, chegou a divulgar uma carta aos eleitores cristãos durante a campanha de 2010 prometendo “defender a manutenção da legislação atual sobre o assunto” e “não tomar a iniciativa de propor alterações” na legislação relativa ao aborto (mas sem dizer se vetaria uma legalização caso o Congresso a aprovasse). No entanto, também ela nomeou abortistas para seu ministério, caso de Eleonora Menicucci na Secretaria de Políticas para as Mulheres; e, o mais importante, indicou para o STF aquele que é hoje o mais radical dos defensores do aborto na corte, o ministro Luís Roberto Barroso. Se o passado diz alguma coisa sobre o futuro, o fato de Lula não ter “declarado, prometido ou apresentado projeto de governo no sentido de promover a alteração da lei que cuida do tema do aborto” não significa absolutamente nada.

Como, portanto, é absolutamente impossível negar a existência da fala de Lula usada na propaganda de Bolsonaro, nem todo o histórico petista de abortismo, para impedir que tudo isso volte ao debate público é preciso tentar enquadrar sua divulgação em algum dos novos termos da novilíngua eleitoral que vem sendo usada para justificar a atual enxurrada de proibições. “Descontextualização”, “adulteração grosseira”, “desinformação” e “mensagem distorcida” foram algumas das expressões usadas pela ministra, agarrando-se especialmente a um verbo específico dito por uma apoiadora de Bolsonaro na peça censurada: “Lula quer mudar a lei e incentivar a mãe a matar o próprio filho no seu próprio ventre”, diz-se a certa altura. Descarte-se desde já a alegação da campanha petista de que isso seria falsa atribuição a Lula dos crimes de apologia e incitação ao crime, pois tal “incentivo” viria apenas após a eventual modificação da lei; fato é que “incentivar” não necessariamente pode ser entendido como um estímulo direto para que alguém faça algo, mas também como uma facilitação, a ação de criar as condições para que este algo ocorra. Pode-se até mesmo alegar que a escolha do verbo por parte da campanha de Bolsonaro foi infeliz, mas não que justifique censura.

Ao impedir a veiculação de uma peça que mostra Lula dizendo, com suas próprias palavras, o que pensa sobre o aborto, Cármen Lúcia – que, aliás, no início deste ano assinou uma carta que usa linguagem cifrada em defesa da legalização – prejudica o debate público sobre um tema importante para muitos eleitores. Além disso, mantém a escrita de uma Justiça Eleitoral que há muito tempo perdeu a mão na condução deste processo eleitoral. A “interferência mínima” prometida por Alexandre de Moraes ao tomar posse na presidência do órgão deu lugar a um esforço censurador sem nenhum lastro legal, que recorre a conceitos vagos como “desordem informacional” para bloquear críticas legítimas. E só não chamamos este esforço censurador de “amplo, geral e irrestrito” porque ele normalmente está direcionado a apenas um lado deste embate, desequilibrando a balança e fazendo do TSE um ator político, em vez de organizador imparcial do pleito.


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REGIME DE ESQUERDA SÓ TRÁS INFLAÇÃO E POBREZA

 

Foto: Agustin Marcarian/Reuters

Por Redação – Jornal Estadão

Taxa de inflação anual foi de 83% em setembro, o pior patamar desde a época da hiperinflação, mas aumento nos alimentos e vestuário já ultrapassa 100%

BUENOS AIRES – A Argentina caminha para uma taxa de inflação de 100% este ano, com alguns alimentos já ultrapassando esta variação anual. O resultado é o número cada vez maior de argentinos vasculhando em lixões e locais de troca por produtos como roupas, papelão e demais materiais para venda.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) da Argentina, a inflação em setembro foi de de 6,2%. No acumulado do ano, a taxa ficou em 66,1% e, nos últimos 12 meses, em 83%, o pior patamar desde dezembro de 1991, quando atingiu 84%, segundo dados oficiais. As projeções para o ano de 2022 já passam dos três dígitos. Com isso, o país registra aumento de preços a níveis semelhantes ao período de hiperinflação por volta dos anos 1990.

A agência Reuters visitou lixões nos arredores de Buenos Aires, onde encontrou pessoas procurando roupas utilizáveis, materiais recicláveis para venda e até comida. “Minha renda não é mais suficiente”, disse Sergio Omar à agência, um argentino de 41 anos que estava procurando materiais recicláveis em um aterro sanitário em Lujan, a 65 km da capital. Com cinco filhos, ele contou que ficou difícil manter a sua família frente ao aumento no preço dos alimentos.

Recicladores examinam montes de lixo em um aterro sanitário para papelão, plástico e metal, que vendem em turnos de trabalho de 12 horas, em Lujan, arredores de Buenos Aires, em 5 de outubro
Recicladores examinam montes de lixo em um aterro sanitário para papelão, plástico e metal, que vendem em turnos de trabalho de 12 horas, em Lujan, arredores de Buenos Aires, em 5 de outubro  Foto: Agustin Marcarian/Reuters

De fato, segundo os dados do Indec, os alimentos, junto com bebidas alcoólicas e vestuário sofreram a maior variação mensal da inflação. Na comparação com setembro do ano passado, o preço dos alimentos subiu 86,6%, acima da média geral, mas o maior aumento foi nas roupas e calçados, que variou 118% em um ano.

“Vemos que a inflação nesse item continua alta, mesmo quando o preço dos alimentos no mundo está se revertendo. Não vemos nenhum indicador que sugira uma desaceleração nos próximos meses no mercado doméstico”, disse Guido Lorenzo, diretor executivo da LCG, ao jornal argentino La Nación.

Mas alguns produtos das prateleiras e da cesta básica no país já ultrapassaram a taxa de 100%, segundo levantamento feito pelo jornal com base em dados do Indec. O item mais afetado é a cebola, cujo o aumento anual foi de 550,85%. Em seguida vem açúcar e batata.

Aterro sanitário em Lujan, Argentina, onde recicladores dizem notar um aumento no número de pessoas procurando o local
Aterro sanitário em Lujan, Argentina, onde recicladores dizem notar um aumento no número de pessoas procurando o local Foto: Agustin Marcarian/Reuters

O aumento dos preços dos alimentos impacta integralmente o custo da cesta básica, que marca a linha de indigência e pobreza na Argentina, indicadores sociais que ficaram em 8,8% e 36,5%, respectivamente, no primeiro semestre deste ano.

Ainda à Reuters, Omar contou que notou um aumento na quantidade de pessoas procurando produtos no aterro sanitário que frequenta. Uma percepção reforçada por Sandra Contreras dona do clube de trocas Lujan Barter Club, que relatou ver filas duas horas antes da abertura do espaço. “As pessoas chegam muito desesperadas, seus salários não são suficientes, as coisas estão piorando a cada dia”, disse à agência.

Plano do governo

Com os números dos últimos meses, a vice-presidente Cristina Kichner pediu a seu superministro da Economia, Sergio Massa medidas paliativas para esses setores e maior intervenção no setor de alimentos. Atualmente, o governo argentino congela o preço de alguns itens e algumas marcas de produtos da cesta básica, num programa batizado de preços cuidados.

Em alguns mercados do país, esses itens se esgotam rapidamente das prateleiras, seja porque são comprados com mais frequência, seja porque alguns varejistas evitem sua reposição antes da remarcação de preço para evitar prejuízo.

Massa disse que se reunirá com empresas de consumo para estabelecer um novo programa, que se chamará “Preços Justos”, em que os valores dos produtos serão válidos por um período maior do que os atuais “Preços cuidados” e serão impressos nos produtos para que o consumidor tenha garantias do que é cobrado.

“É fundamental que façamos isso com base em que todos entendam que estamos em um momento em que todos temos que ceder um pouco”, disse o ministro à rádio Rivadavia, em Buenos Aires.

Segundo o governo, apesar de a inflação anual cada vez mais se aproximar dos 100%, a variação mensal dos preços mostrou uma desaceleração. A taxa de 6,2% em setembro foi menor que os índices mensais de julho e agosto, de 7,4% e 7%, quando a desvalorização do peso frente ao dólar no câmbio paralelo ganhou força.

Vendedora espera clientes em um clube de troca de Lujan, arredores de Buenos Aires
Vendedora espera clientes em um clube de troca de Lujan, arredores de Buenos Aires Foto: Agustin Marcarian/Reuters

“Temos de combater a inflação. É um problema que não começou conosco e vem acontecendo há muitos anos. Hoje soubemos que a inflação está diminuindo gradativamente”, comentou o presidente Alberto Fernández na sexta-feira, 14, quando foram publicados os dados do Indec.

No mesmo dia, Fernández, garantiu que o país alcançará “três anos consecutivos de crescimento”, durante seu discurso de encerramento do tradicional colóquio empresarial IDEA, na cidade de Mar del Plata, na província de Buenos Aires.

“As exportações chegaram a quase US$ 60 bilhões no meio do ano e vamos encerrar o ano exportando cerca de US$ 90 bilhões”, previu o presidente argentino no evento que reuniu empresários de diversos setores que ratificaram seu compromisso com o investimento na Argentina apesar das crises recorrentes, graves dificuldades macroeconômicas e aumentos inflacionários mensais. Nesse sentido, Fernández assegurou que “a Argentina alcançará três anos consecutivos de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)” e projeta um aumento de 4% e mais de 2% até 2023. /Com informações da EFE

VISÃO EMPRESARIAL CRIA A MELHOR CERVEJA ARTESANAL DO EUA

 


Cristiano Kruel — Sócio e Chief Innovation Officer da StartSe

(022312 Boston, MA) Jim Koch, the Boston Beer Company founder and brewer, center, poses for photos with Boston Marathon legend Bill Rodgers, left, and B.A.A. president Joann Flaminio, right, during a news conference in Koch’s brewery in Boston, Thursday, Feb. 23, 2012. The Boston Beer Company will be the official beer sponsor of the 2012 Boston Marathon. Photo by Chitose Suzuki (Photo by Chitose Suzuki/MediaNews Group/Boston Herald via Getty Images)

Foi isso que fez Jim Koch a ser tachado de louco pelo próprio pai.

Mas foi a “loucura” (que eu prefiro chamar de inovação) que levou Jim a furar a bolha de um mercado com 6 mil anos de história e uma competitividade altamente acirrada:

O mercado cervejeiro.

A ideia era ousada: criar a melhor cerveja artesanal dos EUA com base numa antiga receita da família.

Uma receita única, desenvolvida pelo tataravô de Jim e que remontava à década de 1860.

Jim Koch

E apesar dos grandes grupos que dominavam a distribuição e o consumo de cerveja nos Estados Unidos…

… A Samuel Adams realmente conseguiu furar a bolha e ser eleita a melhor cerveja dos EUA no Great American Beer Festival, no primeiro ano de lançamento.

Hoje, passados 38 anos, a companhia tem 2,5 mil colaboradores, uma receita anual que supera os US$ 2 bilhões e patrimônio líquido de R$ 4,2 bilhões.

E com isso Jim nos deixa uma importante lição.

A de que inovar nem sempre é criar coisas novas, muito menos focar só em tecnologia.

Não é reinventar a roda, criar o novo Facebook ou ter uma ideia genial para um novo produto.

Inovar pode ser simplesmente resgatar uma antiga ideia e melhorá-la.

Não se acanhar diante de um mercado competitivo, mas enxergar e explorar as suas licenças competitivas da melhor forma possível.

Sei que parece algo fácil de falar, mas difícil de fazer.

A verdade é que há uma alta demanda por profissionais que conheçam as práticas mais modernas de inovação.

Segundo pesquisas, 80% das empresas brasileiras consideram a habilidade de inovar extremamente importante.

Mas a oferta de profissionais preparados, infelizmente, ainda é baixa.

Então se você quer ajudar esse panorama e quer:

Se tornar referência em inovação

Dominar as ferramentas e modelos estratégicos para fortalecer seu posicionamento

Saber lidar com as disrupções do mercado

Construir e atualizar modelos de negócio e renovar suas licenças competitivas

E aqui está a forma mais rápida de se tornar uma liderança em inovação é participar da Plataforma Comercial do Marketplace Site da Startup Valeon.

Por que você está ignorando a ferramenta de vendas mais poderosa do mundo?

Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)

Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local, pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer “milão” é “caro demais”.

Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A lógica deveria ser justamente a inversa.

Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.

O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR DIA!).

Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.

Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?

Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?

Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?

Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?

Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…

Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?

Absolutamente nenhuma além da internet.

E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?

Marketing Digital é barato, mas não é de graça.

Vamos fazer uma conta de padaria:

Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?

Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.

Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.

Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.

Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.

Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno de R$ 5,51.

Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.

Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…

E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.

Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números disparados na frente do marketing tradicional.

Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.

Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?

Deixo a reflexão.

Preferências de Publicidade e Propaganda

Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago

Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais veículos de propaganda você tem preferência?

Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.

Vantagens da Propaganda no Rádio Offline

Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.

É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio funciona bem demais!

De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim, concretizar suas vendas.

Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline

Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no rádio. Frequentemente, os rádios também são usados ​​como ruído de fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,

A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

DEBATE ENTRE BOLSONARO X LULA REALIZADO ONTEM À NOITE

 


Troca de acusações sobre mentiras, corrupção e pandemia: como foi o primeiro debate do 2º turno
Por
Rodolfo Costa; Gabriel Sestrem – Gazeta do Povo


Lula e Bolsonaro no primeiro debate no 2º turno, realizado pela TV Bandeirantes| Foto: Renato Pizzutto/Band

O primeiro debate do segundo turno das eleições presidenciais entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), transmitido pela TV Bandeirantes, Uol e TV Cultura, contou com confrontos diretos e numerosas acusações entre os candidatos – sobretudo relacionadas a denúncias de corrupção contra Lula, por parte de Bolsonaro, e à gestão da pandemia feita pelo atual governo, por parte de Lula.

Regras mais flexíveis aprovadas entre a produção do programa e representantes das campanhas permitiram aos candidatos condições e espaço para apresentarem seus posicionamentos e suas propostas ao eleitor.

O primeiro bloco do debate, dedicado ao confronto direto entre os candidatos, foi marcado principalmente por discussões sobre a pandemia da Covid-19. Outros temas abordados pelos presidenciáveis no bloco foram segurança pública e investimentos em infraestrutura. O bloco também foi marcado por trocas de acusações sobre mentiras e corrupção entre os candidatos.

No segundo bloco, os presidenciáveis responderam a perguntas de jornalistas sobre temas como independências de poderes, fake news e posicionamento a respeito de eventuais mudanças na composição do Supremo Tribunal Federal (STF).

Já no terceiro e último bloco, novamente de confronto direto, Lula e Bolsonaro travaram embates principalmente sobre escândalos de corrupção durante o governo petista, mas também vieram à tona temas como a decretação de sigilos durante o governo Bolsonaro e políticas ambientais. Ao final, Lula teve um direito de resposta atendido pela produção do programa. Acompanhe a seguir como foi o debate:

Como foi o primeiro bloco do debate
O primeiro bloco foi marcado por muitos embates entre Bolsonaro e Lula sobre assuntos relacionados à educação, à pandemia da Covid-19, ao Auxílio Brasil, à corrupção, ao crime organizado, à conclusão da transposição do Rio São Francisco e de outras obras. Antes, porém, os dois responderam a uma pergunta sobre como financiariam e cumpririam com as despesas de promessas de campanha.

Sobre os investimentos, Bolsonaro falou que os recursos para investir no país virão da aprovação de uma reforma tributária que, inclusive, asseguraria em 2023 o Auxílio Brasil a um benefício de, no mínimo, R$ 600, além de privatizações que seu governo apoiaria. Segundo ele, tudo seria feito dentro da responsabilidade fiscal.

Lula, por sua vez, acusou Bolsonaro de não ter enviado ao Congresso o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevendo o Auxílio Brasil em R$ 600 e disse que os recursos para financiar as propostas viriam de uma reforma tributária para taxar menos os pobres, com isenção do imposto de renda às famílias que recebem até R$ 5 mil, e propor uma tributação de lucros e dividendos aos ricos.

O debate sobre Auxílio Brasil voltou a dominar uma parte do primeiro bloco, com Bolsonaro defendendo a paternidade sobre o programa e destacando como o programa remunera mais que o antigo Bolsa Família, e Lula acusando o governo de não ter apoiado inicialmente o pagamento de R$ 600, mas, sim, R$ 200.

O petista questionou Bolsonaro sobre quantas universidades e escolas técnicas foram criadas, que rebateu lembrando que as instituições de ensino ficaram fechadas por dois anos durante a pandemia de 2019. Sobre educação, o atual presidente defendeu ter anistiado a dívida do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) de até 99% de estudantes e acusou Lula de ter endividado os jovens. O candidato petista, por sua vez, disse ter criado 18 universidades e 178 novos campus e disse que estudantes não precisavam pagar ao Fies enquanto estudavam.

Na sequência, os dois candidatos debateram a condução da pandemia. Lula acusou Bolsonaro de ter negligenciado a compra de vacinas, de corrupção acerca da Covaxin e de não ter tido empatia pelas pessoas mortas e famílias. “O senhor carrega nas costas um peso de pelo menos 400 mil pessoas que morreram pelo negligenciamento e negacionismo da vacina”, disse.

O presidente rebateu e disse que o governo federal foi o responsável por ter comprado todas as vacinas e negou ter demorado a adquiri-las. “Não existia vacina à venda em 2020; a primeira foi aplicada em dezembro de 2020. Em janeiro do ano seguinte, um mês depois, o Brasil começou a vacinar”, declarou Bolsonaro. O candidato à reeleição citou o Consórcio do Nordeste e associou Carlos Gabas, ex-ministro de Dilma Rousseff (PT), a supostos desvios de respiradores.

Ainda sobre corrupção, Bolsonaro acusou as gestões petistas de terem falhado em concluir a obra da Transposição do São Francisco por desvios de recursos. “O senhor negou água para os seus irmãos nordestinos”, disse o presidente. “O senhor fez na verdade uma obra que não chegava a lugar nenhum”, complementou.

Lula se defendeu e disse que sua gestão foi a responsável por ter concluído 88% das obras e que Bolsonaro teria feito 3,5%. O petista também disse que as gestões petistas foram responsáveis por outras obras que o atual governo assume a paternidade. “Você poderia ter a sensatez de dizer que a obra é do presidente Lula, ‘ele fez mais competente do que eu, eu só vou aqui dar um empurrãozinho'”, disse.

Em pergunta de Bolsonaro, os dois candidatos também discutiram sobre crime organizado, quando o presidente questionou Lula sobre não ter transferido para uma penitenciária de segurança máxima federal, em 2006, o narcotraficante Marcos Camacho, o “Marcola”. Na ocasião, aproveitou para dizer que o petista tem “amizade com bandido”, que, em seu governo, o crime foi combatido, e acusou o ex-presidente de ter “afinidade” com traficantes ao citar a agenda de campanha de Lula no Complexo do Alemão.

Lula se defendeu e disse ter feito cinco presídios de segurança máxima. “Quantas você fez? Nenhum”, declarou. Sobre a não transferência de Marcola, disse ter seguido uma decisão do então governador de São Paulo à época, Geraldo Alckmin, atual vice do petista. Acusou o presidente de ter relação com milícias e desassociou a imagem de moradores das favelas a traficantes.

No segundo bloco, presidenciáveis responderam a perguntas de jornalistas
No segundo bloco, os candidatos responderam a perguntas feitas por jornalistas dos veículos que organizaram o debate. O primeiro questionamento feito aos dois presidenciáveis foi relacionado à independência dos poderes, bem como à opinião de ambos sobre propostas em tramitação no Congresso que versem sobre mudanças na composição do Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula comparou mudanças na composição da Suprema Corte à ação de ditaduras e defendeu que os ministros nomeados em seu governo “tiveram postura de dignididade”. “Tentar mexer na Suprema Corte para colocar amigo, companheiro, partidário é um atraso, é um retrocesso que a República brasileira já conhece e eu sou contra”. O ex-presidente afirmou, no entanto, que em eventual nova Constitução Federal poderiam ser discutidos aspectos como existência de mandato para os ministros do Supremo.

Bolsonaro, em sua resposta, disse que em 2013 Dilma Rousseff (PT), durante seu mandato, tentou criar mais quatro vagas para o STF. “Da minha parte está feito o compromisso: não terá nenhuma proposta [de mudança na composição]”, declarou.  “No momento, o PT tem sete ministros indicados para o STF. Eu tenho dois. Caso eu venha a ser reeleito, eu terei mais dois. Eu ficaria com quatro e o PT, com cinco. Está feito o equilíbrio”.

Bolsonaro disse, ainda, que Lula só está disputando a eleição por “obra e graça” do ministro do STF Edson Fachin, em referência à anulação, por parte do ministro, de condenações de Lula relacionadas à Lava Jato, o que, ao ser confirmado pelo Plenário do Supremo, permitiu que o ex-presidente se tornasse novamente elegível.

A segunda pergunta tratou de economia sob dois aspectos: origem dos recursos para financiar o Auxílio Brasil e políticas de preços e privatização da Petrobras. Bolsonaro destacou efeitos externos, como a pandemia e a guerra na Ucrânia, para a alta do preço de combustíveis em todo o mundo e defendeu que o governo buscou propostas junto ao Congresso, o que resultou na proposta aprovada, que diminuiu impostos federais e o ICMS sobre os combustíveis e ocasionou redução de preços. “Temos hoje uma das gasolinas mais baratas do mundo. Trabalho de quem: Jair Bolsonaro e Congresso Nacional”, declarou.

Lula, em sua resposta, argumentou que nos últimos anos o Brasil reduziu o refinamento do petróleo, o que teria resultado em maior importação de combustíveis e, consequentemente, na alta dos preços. Sobre privatização da Petrobras, disse que é contrário. “Acho que privatizar a Petrobras é uma loucura”. Ambos os candidatos não abordaram a origem dos recursos para financiamento do programa de renda.

A pergunta seguinte se tratou de fake news – os presidenciáveis foram questionados sobre seu compromisso com a proposição de lei, caso eleitos, com penalizações a autoridades do governo, incluindo presidente da República, que viessem a transmitir informações falsas.

O candidato petista acusou Bolsonaro de ser disseminador de fake news durante a campanha eleitoral, mas evitou responder a pergunta. O atual presidente criticou palavras usadas por Lula contra ele, como “genocida” e “miliciano”, que seriam notícias falsas em relação ao presidente.

Em seguida, mencionou decisão do ministro Alexandre de Moraes deste domingo (16), que barrou uma propaganda eleitoral da campanha de Lula que tentava vincular a imagem de Bolsonaro à pedofilia. O ministro considerou que havia “fato sabidamente inverídico” na inserção da campanha petista.

Na quarta e última pergunta, os candidatos foram questionados sobre “compra” de apoio e parlamentares para aprovação de propostas de interesse do governo. O atual presidente negou envolvimento com o chamado Orçamento Secreto. “Eu não tenho nada a ver com esse orçamento secreto. Posso até entender que o Parlamento trabalha melhor na distribuição de renda do que nós, do lado de cá, o meu ministério da Economia e o presidente. Agora, por favor, falar que comprei com orçamento secreto…”.

Já Lula disse que tentaria criar o “orçamento participativo”. “Vamos pegar o orçamento e vamos mandar para o povo dar opinião para saber o que o povo quer que efetivamente seja feito para ver se a gente consegue diminuir o poder de sequestro que o Centrão fez do presidente Bolsonaro”, afirmou.

Terceiro bloco tem novos confrontos entre Bolsonaro e Lula
O terceiro bloco do debate foi marcado por novos embates e teve as discussões sobre corrupção como o tema mais abordado. As pautas econômicas e ambientais também receberam destaque. Antes, porém, Lula e Bolsonaro responderam a uma pergunta sobre como resolveriam o problema da defasagem educacional.

Lula disse que, se eleito, vai se reunir com governadores e prefeitos para discutir o tema. Prometeu “compartilhar” com os gestores estaduais e municipais a “responsabilidade de recuperar essas aulas para que os meninos possam aprender mais” e disse faria um “verdadeiro mutirão”, com convites a professores para trabalhar inclusive aos sábados o que não foi aprendido durante a pandemia.

Em resposta sobre a defasagem educacional, Bolsonaro disse que seu governo já tem adotado esforços nessa área e citou o “GraphoGame”, aplicativo do Ministério da Educação que tem o objetivo de auxiliar no aprendizado dos estudantes. Ele também disse que, no “tempo de Lula”, as crianças levavam três anos para ser alfabetizada e, segundo ele, em sua gestão, levam seis meses.

Na sequência, Bolsonaro falou sobre os escândalos do Petrolão, com destaque para a corrupção na Petrobras, e disse para Lula responder uma pergunta que foi respondida no bloco anterior. Em resposta, o petista falou que seu governo foi o responsável por ter conduzido a política de extração do pré-sal e valorização da estatal.

O ex-presidente também enalteceu sua gestão ao destacar a criação do Portal da Transparência e criticou os impactos das investigações da Operação Lava Jato às empresas e aos empregos gerados por empreiteiras no país. “Esse foi o desastre do Brasil de uma empresa que poderia estar exportando derivados [de petróleo] e poderia estar ganhando muito mais dinheiro do que está. Não tenho problema de explicar petrolão ou petrolinho”, rebateu.

Em seguida, Bolsonaro acusou as gestões petistas de terem investido em refinarias que não foram concluídas e citou as empresas e delatores que devolveram recursos desviados de corrupção. As falas induziram Lula a dizer que crimes podem ter ocorrido “pois as pessoas se confessaram”. “Quando confessa é porque comete crime”, disse. “Que houve roubo, pode ter havido. Mas o que quero dizer é que para combater não precisava fechar as empresas”, acrescentou.

Após o debate sobre corrupção, os dois falaram sobre economia. Lula defendeu que, em seus governos, a atividade econômica teve boas médias de desenvolvimento e classificou o atual ritmo como “atrofiado”. “E eu quando deixei a presidência crescia 7,5%”, declarou.

Bolsonaro rebateu e disse que em 2015 e 2016, os últimos de Dilma Rousseff, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 7,5% (a queda foi de 7,2%). E disse que o tombo foi provocado não por uma pandemia e uma guerra, mas por “corrupção em abundância”. “Com uma pandemia, uma guerra lá fora e crise ideológica, nós ficamos no ‘0 a 0′”, destacou.

Os dois candidatos também falaram sobre a pauta ambiental. Lula acusou o governo Bolsonaro de ter ampliado o desmatamento e disse que, se eleito, vai cuidar da Amazônia. “Vamos tentar fazer da biodiversidade uma forma de enriquecimento das pessoas que moram lá e não desmatar e desmontar como vocês estão fazendo”, disse.

O presidente disse que, em seu governo, o desmatamento foi menor que entre 2003 e 2006, e acusou Lula de querer dividir a biodiversidade da Amazônia com o mundo. “Você já está se curvando ao mundo. Em vez de falar que a Amazônia é nossa, quer dividir a biodiversidade. Só consegue manter em pé suas mentiras se botar um plano que todos já sabem”, comentou.

Ao fim do bloco, Bolsonaro buscou associar Lula aos ditadores Daniel Ortega, de Nicarágua, e Nicolás Maduro, da Venezuela, e aos presidentes da Argentina, Alberto Fernández, e da Colômbia, Gustavo Petro. A Fernández, o presidente associou à crise econômica no país. A Petro, associou à descriminalização da cocaína. Sobre ditadores, o petista disse que os regimes dependem da população. “Se o Maduro erra, o povo que puna”, disse.

Com Lula sem tempo de fala ao fim do terceiro bloco, Bolsonaro fez reprisou várias das críticas feitas a Lula e defesas feitas por seu governo, como o Auxílio Brasil de R$ 600, e citou que ministros do STF como Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso já acusaram gestões petistas de roubo.

Como foram as considerações finais dos dois candidatos
Nas considerações finais, Bolsonaro disse que deseja um país onde seja respeitada a liberdade de expressão e usou o tempo de fala para se posicionar contra a ideologia de gênero. “Não queremos que nossos filhos, ao irem para a escola, frequentem o mesmo banheiro”, disse. “É a política do lado de lá”, acrescentou.

Também se disse contrário a uma política de legalização de drogas e acusou Lula de ter posicionamento contrário. “O lado de lá quer um país com drogas, não queremos liberar as drogas”, disse. Ele também se posicionou contra o aborto e a favor da vida desde sua concepção, bem como a favor da propriedade privada, contra o Movimento sem Terra (MST) “invadindo terras” e pregou “respeito ao homem do campo” e ao “direito à legítima defesa”.

Lula disse ter sido o responsável por sancionar a lei de liberdade religiosa e se declarou como o candidato que “defende a democracia e a liberdade”. Acusou Bolsonaro de querer “ocupar a Suprema Corte” e falou em governar o país democraticamente.

O petista também citou o número de que 33 milhões de pessoas passam fome. “Esse país, que é o maior produtor de alimentos, tem 33 milhões de pessoas passando fome. Pessoas na fila do osso. Quando falo do churrasco é que vamos voltar a consertar o país e vamos voltar a comer um churrasquinho e tomar cerveja”, disse.


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Democracia

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


Urnas usadas na votação.| Foto: Divulgação/TRE

Os parisienses aproveitaram o domingo para fazer uma grande manifestação contra a alta dos preços, principalmente de energia, e incoerentemente em apoio a uma greve, que já dura três semanas, de petroleiros de refinarias. Desde a guerra Rússia-Ucrânia, a Rússia respondeu às sanções impostas pela Otan e pela Europa cortando o fornecimento de gás que abastece os europeus.

A Rússia é o maior produtor de mundo de gás. A inflação na França já passou de 10%, já está com dois algarismos. Em toda a zona do euro há esse problema. Na Alemanha, está batendo 11%. Nos Estados Unidos, nos últimos 12 meses está em 8,3%. Aqui pertinho, na Argentina, 100%.

No Brasil, não. Estamos com inflação mais baixa do que os países desenvolvidos. A expectativa de inflação para este ano é de 5,7%, por enquanto. Com isso, é menos que o 6% que rende a poupança. Isso vai significar decisões nas aplicações dos investidores.

Taí o Brasil despontando num dia de grandes comemorações do agro, dia do agricultor, do alimento. Tirando da terra – onde se semeou muito suor e trabalho – não só o pão de cada dia, mas também muito dinheiro para melhorar a situação de uma boa parte do Brasil e inclusive equilibrar nossa balança externo.

Campanha eleitoral
A campanha está cada vez acirrada, cada vez mais cheia de baixo nível. Vai piorar essa semana. E na outra, mais ainda, dependendo do desespero que bate nas mobilizações campanha. A gente está vendo que a mobilização está muito maior no segundo turno do que no primeiro.

No primeiro turno, um lado acreditou nas pesquisas, e ficou tranquilo. “Vamos ganhar no primeiro turno”. O outro lado acreditou nas ruas cheias de gente, e também ficou tranquilo. Também “vamos ganhar no primeiro turno”. Só que não. Então agora está todo mundo se mobilizando para o grande julgamento do dia 30. De um lado, vai se julgar o que aconteceu em 14 anos de governo do PT. E do outro lado os quase quatro anos do governo Bolsonaro.

Está nas mãos do eleitor decidir não só esse julgamento, mas decidir o seu futuro, dos seus filhos, dos seus netos. É uma decisão pesada, em que cada um vale o mesmo, vale um voto. A garota de 18 anos que estava conversando comigo no elevador, em Goiânia, no domingo, vale um voto. E o meu voto, que já passei por 24 eleições e já vi muito do Brasil, vale a mesma coisa. Um cidadão, um voto, o valor da democracia não importa o grau de conhecimento, de patrimônio que cada um tenha. Todos somos iguais, e isso é muito importante. Pensemos nisso: no valor do nosso voto, do nosso “um”, que pode ser o voto de desempate.


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INFLAÇÃO AMERICANA É MAIOR DO QUE A INFLAÇÃO BRASILEIRA

 

Economia

Por
Mariana Braga – Gazeta do Povo


O presidente dos EUA, Joe Biden: alta dos preços deve impactar sua legenda, o Partido Democrata, nas eleições de meio de mandato de novembro| Foto: EFE/EPA/Yuri Gripas

A inflação interanual americana (Índice de Preços ao Consumidor – CPI, na sigla em inglês), que está em 8,2%, supera a inflação brasileira (Índice de Preços ao Consumidor – IPCA), atualmente em 7,17%, de acordo com o Trading Economics e o Austin Rating. Especialistas apontam que um dos principais motivos para essa ultrapassagem econômica histórica foi a antecipação do Banco Central do Brasil ao fenômeno inflacionário mundial, decorrente da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia, enquanto o banco central dos Estados Unidos (Sistema de Reserva Federal – Fed, na sigla em inglês) relutou em elevar os juros para controlar a inflação.

Além disso, enquanto o Brasil controlou os gastos, mesmo fazendo o pagamento do auxílio emergencial, os Estados Unidos passaram do ponto ao injetar mais dinheiro na economia. Agora, a conta chegou: é a maior inflação em 40 anos.

Nelson Souza Neto, professor de direito tributário no UniCuritiba e mestre em direito econômico, comparou as medidas tomadas pelos dois países. “Do lado dos EUA, o excesso de estímulos monetários – os cheques semanais enviados pelo correio às famílias americanas, o aumento extraordinário do agregado monetário M2, que é fruto da impressão descontrolada de dinheiro pelo Fed, e a relutância do Fed em iniciar o processo de aumento de taxa de juros resultaram no inevitável processo inflacionário que se vê hoje”, descreveu o professor.

Por outro lado, o BC do Brasil elevou a taxa básica de juros da economia antes do fenômeno inflacionário global, contendo a disparada de preços. “Os preços subiram, mas bem menos do que no resto do mundo”, analisou Neto.

Guilherme Moura, professor de economia da Universidade Positivo e doutor em desenvolvimento econômico, destacou que esse é “o resultado da escolha econômica e social dos americanos”. Especialmente, da grande injeção de dinheiro para manter a economia girando, mas que passou do ponto.

Os períodos de lockdown durante a pandemia levaram a uma diminuição da produção e o consequente aumento da demanda, que resultou na alta dos preços. A escolha expansionista do governo americano acabou agravando essa alta dos preços, gerando pressão inflacionária. Ela fez com que o Fed lançasse mão, enfim, após longa resistência, de ajustes na taxa básica de juros. “Os Estados Unidos e a Europa chegaram um pouco atrasados nesse aumento de juros, mas agora estão usando a resposta padrão”, apontou Moura.

O aperto monetário do Fed foi uma elevação de suas taxas de zero, em março, para mais de 3% em setembro. Essa mudança ainda não produziu grandes efeitos na alta dos preços.

Insistência da inflação e risco de recessão

“Existe hoje, nos Estados Unidos, uma insistência da inflação, apesar de agora estar um pouco menor do que em junho, por exemplo, quando atingiu 9,1% de aumento anual”, analisou Alan da Fonseca, diretor de operações do Grupo Integrado de Campo Mourão e mestre em administração e finanças corporativas.

Ele destacou a alta dos preços na alimentação, que apresentaram no mês passado um crescimento de 0,8%, além de um aumento nos custos de acomodação, cuidados médicos, gás natural e eletricidade.

Para Jason Furman, economista de Harvard e ex-assessor econômico de Barack Obama, o pico da inflação pode ter sido atingido neste mês. Ele lembrou que o caminho é longo para encontrar a taxa ideal para o Fed nessa tentativa de controle da inflação. “Há muitos números abaixo de 7%, mas ainda acima de 2% ou 3%”, tuitou Furman.

Ainda não é o pior cenário: o banco central americano está tentando recuperar o atraso e planeja aumentar as taxas para 4,25% até dezembro. Como o desempenho da economia foi negativo nos dois primeiros trimestres, a preocupação agora é o risco de recessão. O impacto será global.

“Destruir empregos e esmagar os salários de milhões de trabalhadores é imprudente e perigoso. A recessão não é a solução para a inflação”, avaliou o alto representante da União Europeia para as Relações Exteriores, Josep Borrell. “Todos são forçados a fazer o mesmo ou a moeda fica desvalorizada. Todo mundo está correndo para aumentar as taxas de juros, e isso levará a uma recessão global”, alertou o líder internacional.

Aumento das aposentadorias vai pesar no bolso do trabalhador 
Para acompanhar a alta dos preços, o governo de Joe Biden anunciou na quinta-feira (13) que aposentados americanos se beneficiarão em 2023 do maior aumento nominal na aposentadoria por repartição desde 1982: um crescimento de 8,7%, ou US$ 145 (quase R$ 766) por mês, após um crescimento de 5,9% em 2022. “Isso ajuda os idosos a terem um pouco mais de liberdade para lidar com a inflação”, disse o presidente americano.

Os cerca de 70 milhões de aposentados americanos receberão, em média, US$ 1.814 (R$ 9.581) por mês no próximo ano, em comparação com US$ 1.669 (R$ 8.815) em 2022.

Existe uma pensão de repartição nos Estados Unidos, criada em 1935, como parte do New Deal, por Franklin Delano Roosevelt, e administrada pela Previdência Social. Financiada por um imposto de 12,4% sobre os salários, representa cerca de metade dos rendimentos dos pensionistas e está indexada ao custo de vida desde 1975.

Em resumo, os empregados é que vão pagar a conta. No último ano, eles tiveram um aumento nominal em seus salários semanais de 4,1%, mas uma queda real de 3,8%. Uma situação que dificilmente será revertida em breve.

Cenário econômico desfavorável a Biden 
Poucas semanas antes das eleições de meio de mandato no país, o cenário não é favorável a Biden e aos democratas. Investidores estão vendo o enfraquecimento da bolsa, as famílias estão experimentando o dobro das taxas de hipoteca e se preparando para um crash imobiliário; Wall Street está em alerta para um possível choque financeiro, com a inadimplência de investidores privados superendividados, e, por fim, parceiros dos Estados Unidos, como o Reino Unido, sofrem com a alta do dólar e não conseguem mais financiamento.

Nesse contexto, o campo republicano dispara contra a gestão do presidente. “O pesadelo da inflação de Biden destrói a sua poupança para a aposentadoria”, acusou na sexta-feira (14), em sua newsletter matinal, Sean Hannity, apresentador da Fox News.

O presidente dos Estados Unidos, no entanto, não demonstra constrangimento. “Os americanos estão preocupados com o custo de vida: isso é verdade há anos, e eles não precisavam do relatório de hoje para saber disso”, tuitou o presidente na sexta-feira. “É fundamental trabalhar para dar às famílias de classe média um respiro para que possam pagar suas despesas”, concluiu o presidente.

Em seguida, Biden citou a inflação como um fenômeno global e enalteceu “o excelente desempenho do mercado”.

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O QUE O PT PEDE O TSE CONCEDE

 

“Ecossistema de desinformação”
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Gazeta do Povo


A coligação do PT pediu ao TSE investigação, bloqueio de contas nas redes sociais e quebra de sigilos contra Bolsonaro, Braga Netto e apoiadores| Foto: Ricardo Stuckert/PT

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou neste domingo (16) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de investigação sobre um suposto “ecossistema de desinformação” promovido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Para tanto, a campanha também solicitou bloqueio de contas nas redes sociais até 31 de outubro e quebra de sigilos telemático, telefônico e bancário do presidente e seu candidato a vice, Walter Braga Netto (PL), e de 45 apoiadores.

A defesa petista alega que as medidas têm o objetivo de “assegurar o equilíbrio entre os adversários que se enfrentam no segundo turno da disputa ao cargo de presidente da República”. Entre os perfis citados estão os do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do vereador fluminense Carlos Bolsonaro (Republicanos).

Entre os alvos de pedidos de quebra de sigilos são citados Filipe Schossler Valerim, Henrique Leopoldo Damasceno Viana e Lucas Ferrugem de Souza, sócios do Brasil Paralelo; os blogueiros Kim Paim e Gustavo Gayer; Ernani Fernandes Barbosa Neto e Thais Raposo do Amaral Pinto Chaves, donos do canal Folha Política.

A coordenadora nacional do movimento Advogados do Brasil, Flávia Ferronato usou o Twitter para informar ter sido alvo da solicitação da campanha petista. “O PT pediu ao TSE a quebra de todos os meus sigilos. Era só terem me pedido. Verão que não só não recebo nada como deixo de ganhar e ainda pago do meu bolso pela defesa do Brasil que acredito”, comentou.


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AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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