Prague
(Czech Republic), 06/10/2022.- Turkish President Recep Tayyip Erdogan
leaves a press conference during the Meeting of the European Political
Community in Prague, Czech Republic, 06 October 2022. The first meeting
of the European Political Community brings together leaders from across
the continent including non EU members countries with the aims to foster
political dialogue and cooperation and to strengthen the continent’s
security, stability and prosperity, a statement by the European Council
reads. (República Checa, Praga) EFE/EPA/MARTIN DIVISEK
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, deixa uma conferência
de imprensa durante a Reunião da Comunidade Política Europeia em Praga,
República Tcheca, 06 de outubro de 2022.| Foto: EFE/EPA/MARTIN DIVISEK
Em
meio a uma desaprovação popular em relação a Recep Tayyip Erdogan,
presidente da Turquia desde 2014, o governo aprovou um projeto de lei
que censura – com ainda mais força – meios de comunicação e jornalistas
que, segundo o texto, “promovem mentiras”, abrangendo também qualquer
pessoa que se manifeste nas redes sociais. Para os críticos de Erdogan,
trata-se de uma tentativa de minar a oposição, fantasiada de combate a
fake news. A sanção da lei foi feita pelo presidente depois das 22 horas
(horário local) da quinta-feira passada (13).
A medida reforça a repressão à imprensa que acontece nos últimos anos
no país. Desde a tentativa de golpe de Estado em 2016, 189 veículos de
comunicação foram fechados, cerca de 319 jornalistas foram presos, sendo
que 36 deles ainda estão atrás das grades, segundo o Sindicato dos
Jornalistas da Turquia (TGS, na sigla em turco). De acordo com a
Association for Legal and Media Studies, esse número seria ainda maior:
pelo menos 59.
Uma pesquisa recente da Reuters mostrou o quanto o conteúdo dos
principais jornais diários e noticiários da TV pode estar vinculado a
toda uma cadeia de aprovação governamental. A associação Repórteres Sem
Fronteiras estima, por sua vez, que 90% da mídia nacional esteja nas
mãos de líderes ligados ao poder.
A nova lei impõe, entre outras mudanças, que jornalistas que agirem
“contra as regras morais da imprensa” – sem maiores detalhes de quais
seriam elas – deverão perder o direito de exercer a profissão.
O projeto de lei foi apresentado pelo AKP, partido do presidente, e
seu aliado nacionalista, o MHP, em maio de 2022, no Parlamento. Diante
dos protestos, Ahmet Ozdemir, deputado da maioria presidencial e
integrante do grupo que participou da redação do texto, assegurou que
não se trata de censura: “Nenhuma liberdade pode existir sem limites”,
disse o parlamentar aos colegas e à imprensa.
Oposição Já Meral Aksener, líder do partido Iy (do Bem), de
direita, condenou a nova lei, durante a abertura de votações no
Parlamento na semana passada. “O Social Media Act é uma obra-prima da
monstruosidade”, apontou. “Os que estão por trás da lei são os que mais
temem a realidade e a verdade”, declarou Aksener.
Gülistan Kiliç Koçyigit, outro deputado de oposição, do Halklarin
Demokratik (Democrático do Povo), denunciou que “as mãos do presidente
estão sujas” e levantou um cartaz escrito “A imprensa livre não se
calará”.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas do país, que reúne
sindicatos e outras entidades, também emitiu um comunicado, dizendo que
“a desinformação é um problema importante e deve ser combatido, mas não à
custa de restringir os direitos dos jornalistas e os direitos do
público à liberdade de expressão”.
“Essa lei infelizmente não é uma surpresa”, observou nas redes
sociais o jornalista e professor de economia turco Mehmet Altan, que foi
preso durante quase dois anos, antes de ser libertado em junho de 2018.
“É, no entanto, o sinal de uma decadência singular que pretende
estabelecer um monopólio do discurso oficial”, analisou.
Controle das redes sociais Existe ainda um artigo nessa nova lei
que faz uma emenda ao código penal e permite condenar a penas que variam
de um a três anos de prisão qualquer pessoa que tenha divulgado nas
redes “informações enganosas” minando “a unidade do Estado”, “a ordem
estabelecida” ou “divulgando segredos de Estado”.
A tentativa do governo autoritário da Turquia de controlar as redes
sociais é antiga. Em de junho de 2013, Erdogan declarou: “As redes
sociais são um flagelo para o povo. Há tantas mentiras no Twitter”.
No mesmo ano, gravações de áudio envolvendo ministros em casos de
corrupção e suborno se espalharam pelas redes e mandatário, que na época
era primeiro-ministro, mudou o funcionamento da administração
judiciária e se manifestou nas redes sociais: “Não vamos deixar o
Facebook e o YouTube engolirem a nossa nação! Poderíamos fechá-los. Não é
concebível ter tal noção de liberdade”. Ao longo dos anos, o atual
presidente passou a chamar as redes sociais de “fascismo digital”.
Reação parlamentar Por Olavo Soares – Gazeta do Povo Brasília
O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conclui a assinatura digital e
lacração dos sistemas eleitorais que serão usados nas eleições de
outubro (José Cruz/Agência Brasil)
Divergência entre pesquisas eleitorais às vésperas do 1º turno e
apurações das urnas causou reação do mundo político.| Foto: José
Cruz/Agência Brasil
As discrepâncias entre os resultados de
algumas disputas do primeiro turno e os levantamentos de intenção de
voto motivaram uma ofensiva por parte de deputados e senadores contra as
empresas do ramo de pesquisas eleitorais.
Dois projetos de lei e duas propostas de Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) foram apresentados na Câmara e no Senado para pedir
investigações sobre o setor. Algumas das iniciativas contam com o apoio
do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que disse ser favorável a
uma regulamentação da atividade das empresas.
As ações são empreendidas por parlamentares aliados do governo do
presidente Jair Bolsonaro (PL). As empresas entraram no radar do campo
governista principalmente por conta do resultado do primeiro turno da
eleição presidencial, em que a votação recebida por Bolsonaro foi
superior à sugerida em grande parte dos levantamentos divulgados na
semana que antecedeu a votação.
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), é um dos que
assina um projeto de lei que regulamenta as ações dos institutos. Outra
proposição é do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que declarou voto em
Bolsonaro no segundo turno.
Já a CPI das pesquisas foi sugerida na Câmara pelo deputado Carlos
Jordy (PL-RJ) e no Senado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES). Ambos
são aliados de Bolsonaro.
A mobilização chegou a ganhar um estímulo extra na quinta-feira (13),
quando a Polícia Federal (PF) e o Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) anunciaram que abririam processos contra as empresas –
no caso do Cade, a ação cobriria os institutos Datafolha, Ipec e Ipespe.
Mas o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), acabou derrubando as medidas de Cade e PF, por entender que as
investigações estariam fora do escopo de atuação dos órgãos.
Bolsonaro criticou a decisão de Moraes e disse que o ministro será
“quem vai mandar” no Brasil em caso de vitória eleitoral do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Senador quer CPI contra pesquisas antes do 2º turno; meta é improvável O
senador Marcos do Val defende que a CPI seja iniciada no Congresso
ainda antes do segundo turno da eleição presidencial, agendada para o
próximo dia 30. Segundo ele, a instalação da comissão poderia coibir
distorções que, segundo ele, foram significativas para os resultados do
primeiro turno. O senador já coletou o número de assinaturas necessário
para que o pedido da CPI tenha prosseguimento.
A meta de do Val, porém, é de difícil realização. O presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), havia sinalizado ainda no primeiro
semestre que só instalaria CPIs após a realização das eleições, e na
última terça-feira (11) voltou a expor o posicionamento.
Além das eleições, outro empecilho que a CPI das pesquisas encara no
Senado é a “fila” de comissões parlamentares que foram demandadas por
outros senadores. Há três pedidos de CPI no Senado que já alcançaram o
número mínimo de assinaturas e aguardam instalação: uma para apurar a
atuação de ONGs na Amazônia, uma para analisar denúncias de corrupção no
Ministério da Educação (MEC) e uma para investigar obras federais
não-concluídas. A CPI sobre o MEC foi requerida pelo senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP), coordenador da campanha do ex-presidente Lula.
Uma estratégia que do Val apontou para superar a fila do Senado é
fazer uma CPI mista, que incluiria também os deputados federais. Ele
disse que dialogará com os membros da Câmara a partir desta semana para
considerar essa possibilidade.
Na Câmara, muitos projetos e o interesse de Lira A instalação
de uma CPI na Câmara sobre as pesquisas vive, no momento, a dificuldade
de não contar com o número mínimo de assinaturas para que sua
solicitação seja formalizada. Segundo Carlos Jordy, o pedido conta com o
apoio de 124 deputados, e o mínimo necessário é de 171. O deputado
acrescentou que a meta é coletar as assinaturas e dar início à CPI ainda
na atual legislatura, que se encerra em fevereiro.
Lira não se posicionou abertamente a favor de uma CPI, mas disse
defender a regulamentação das pesquisas. Ele disse, em entrevista ao
UOL, que não concorda com projetos que determinam a prisão de
responsáveis por pesquisas, mas declarou ser favorável à aplicação de
multas e outras sanções de ordem administrativa. Na mesma entrevista,
Lira também disse considerar possível a votação de um projeto de lei
sobre o tema ainda neste ano.
Foram protocoladas duas propostas após o primeiro turno das eleições.
Uma é a de Ricardo Barros, que determina também que os veículos de
comunicação são obrigados a publicar o resultado de todas as pesquisas
com registro na Justiça Eleitoral e que os responsáveis pelos
levantamentos que divirjam dos resultados das urnas podem ser presos de
quatro a dez anos. A proposta também veda a divulgação de pesquisas 15
dias antes da eleição. Na justificativa do projeto, Barros diz que as
pesquisas do primeiro turno tiveram dificuldade de captar “o voto do
eleitor de direita”.
A outra proposição, do deputado Carlos Sampaio, tem como enfoque a
punição a “pesquisas fraudulentas”. O projeto prevê prisão e obrigação
do pagamento de multa a quem divulgar pesquisas fraudulentas – o texto,
porém, não especifica os critérios para determinação de que uma pesquisa
seja fraudulenta. Outro ponto da proposta determina transparência na
amostra e na metodologia das pesquisas.
As propostas de Barros e Sampaio se somam a outras duas de caráter
similar apresentadas em junho e julho respectivamente pelos deputados
Bibo Nunes (PL-RS) e Gurgel (PL-RJ). Os dois textos determinam punições a
institutos e responsáveis caso o resultado das pesquisas seja
diferente, fora da margem de erro, do encontrado nas pesquisas.
As quatro propostas tiveram sua tramitação alinhada a um projeto de
2011 apresentado pelo deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), que também
tem o teor de responsabilizar os institutos de pesquisa quando houver
diferença entre os levantamentos e os dados efetivos de votação.
Prédio do Congresso Nacional.| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
O
generoso Plano de Saúde do Senado tem hoje 598 beneficiários. As
despesas do ano passado somaram R$ 31,7 milhões. O plano é uma grande
família – atende cônjuge ou companheira, filhos até 33 anos, enteados,
pai e mãe. Prevê UTI aérea e tratamento no exterior. Há contribuições de
senadores, ex-senadores e seus dependentes, mas com valores baixos,
considerando a qualidade dos serviços. O plano é altamente deficitário e
recebe recursos públicos.
O blog teve acesso à relação completa dos senadores, ex-senadores e
dependentes. Ao todo, são 85 senadores no mandato – incluindo sete
suplentes no exercício – e 174 ex-senadores. O plano atende ainda 65
cônjuges, 87 filhos e 6 genitores dos atuais senadores. Há uma
modalidade para 24 filhos com idade entre 21 e 33 anos. Há ainda 122
cônjuges e 59 viúvas de ex-senadores. Pelo menos cinco senadores
asseguraram a adesão permanente ao plano após apenas quatro meses de
mandato.
A despesa aumenta a cada ano. Pulou de R$ 6,9 milhões em 2011 para R$
32,7 milhões em 2021. Em 2019, os gastos estavam R$ 13,9 milhões; em
2020, chegaram a R$ 14,9 milhões. Estão na rede de hospitais
credenciados o Sírio-Libanês e o Albert Einsten – entre os melhores do
país. O atendimento é feito por instituições credenciadas ou por
profissionais liberais e instituições de livre escolha, mediante
pagamento direto e posterior ressarcimento de despesas. No ano passado,
esses ressarcimentos somaram R$ 10 milhões. Em 2019, antes da pandemia
da Covid-19, as maiores despesas com hospitais chegaram a R$ 395 e R$
300 mil.
O plano prevê ainda o tratamento de saúde de senadores no exterior.
São autorizados previamente, pela Comissão Diretora, em casos de
“comprovada necessidade”. Também ocorre o ressarcimento em casos graves
quando o senador está em viagem oficial para eventos, reuniões e
congressos no exterior. Tem ainda a UTI aérea. As autorizações para
remoções via aérea são feitas pelo titular da Secretaria de Saúde.
As maiores famílias Márcio Bittar (União-AC), a cônjuge, dois
filhos maiores, uma filha menor e o pai estão no plano de saúde. Carlos
Fávaro (PSD-MT) incluiu no plano a cônjuge, dois filhos até 33 anos, o
pai e a mãe. Cid Gomes (PDT-CE), colocou a mulher, três filhos menores e
um com idade até 33 anos. Rogério Carvalho (PT-SE), incluiu a esposa, a
mãe e quatro filhas menores.
Senadores de destaque aderiram ao plano: Ciro Nogueira (PP-PI), atual
ministro da Casa Civil, incluiu no plano duas filhas com idade entre 21
e 33 anos e a nova companheira. A senadora Simone Tebet, ex-candidata a
presidente da República, colocou no plano uma filha com idade até 33
anos, outra menor e o marido.
O senador Omar Aziz (PSD-AM), ex-presidente da CPI da Covid, colocou a
mulher, um filho maior e três menores como beneficiários; Flávio
Bolsonaro (PL-RJ), a mulher e dois filhos menores. Soraya Thronicke
(União-MS), outra ex-candidata a presidente, incluiu um filho maior e o
cônjuge no plano. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem
apenas dois filhos menores como beneficiários.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) vive uma situação singular. A sua
mulher, Sandra Braga, é beneficiária do plano como cônjuge. Ela é também
a 1ª suplente do senador, que está no meio do mandato e disputa segundo
turno para o governo do Amazonas. Mas Sandra já assumiu o mandato como
suplente do marido de janeiro de 2015 a abril de 2016, quando ele
assumiu o ministério das Minas e Energia.
O ex-senador Ronaldo Caiado (União) está na lista de beneficiários
como “titular ex-parlamentar”. A sua mulher, Maria das Graças, aparece
como “cônjuge de parlamentar”. Caiado é hoje governador reeleito de
Goiás. O 1º suplente de Caiado, Luiz Carlos do Carmo (PSC-GO), que
assumiu o cargo definitivamente em janeiro de 2019, é beneficiário do
Plano de Saúde como “titular parlamentar”. A sua mulher, Ivana, é
beneficiária como “cônjuge de parlamentar”. O ex-senador, enquanto
estiver do exercício de outro cargo público, no nível federal, estadual
ou municipal, não fará jus aos benefícios previstos no plano.
O senador Esperidião Amin (PP-SC) é “titular parlamentar”. A deputada
federal Ângela Amin (PP-SC) está na lista como cônjuge/companheira de
parlamentar. Na relação dos ex-parlamentares e dependentes está a viúva
do senador José Richa (PSDB-PR), Arlete Vilela. Ela recebe ainda pensão
como viúva, no valor de R$ 13,3 mil, pelo Instituto de Previdência dos
Congressistas (IPC), que foi extinto, mas deixou a conta das pensões
para a União.
Rita de Cássia Camata é beneficiária do plano como viúva do senador
Gerson Camata (MDB-ES). Como pensionista do atual Plano dos
Congressistas, ela recebe pensão vitalícia de R$ 33,7 mil, deixada pelo
senador Camata. Como ex-deputada, ela recebe mais R$ 20,9 mil de
aposentadoria parlamentar da Câmara dos Deputados.
Contribuições em valores módicos
Os senadores e seus dependentes pagam contribuição mensal.
Considerando os serviços prestados, os valores são módicos. As
contribuições cobrem cerca de 10% das despesas do plano. No caso dos
senadores, ex-senadores e cônjuges, o valor é de R$ 361 para a faixa
entre 39 a 42 anos; ou de R$ 549 a partir de 59 anos. O filho estudante
de 21 a 24 anos paga mensalidade em torno de R$ 300. As despesas com
filhos entre 21 e 33 anos, não estudantes, ficam em sua maioria em R$
670. Pai e mãe de senador pagam R$ 800 a partir de 59 anos.
Em 2020, na gestão do presidente Davi Alcolubre (União-AP), ato da
Comissão Diretora criou uma nova modalidade de dependentes – os maiores
de 21 e menores de 34 anos, independentemente de serem estudantes ou
dependentes econômicos dos titulares do plano. O Senado afirma que a
ação se espelhou em ato da Mesa da Câmara dos Deputados, que buscou, em
2016, “por meio desse benefício, melhorar a saúde financeira do plano
mediante redução da sinistralidade, pois trata-se de um grupo de
beneficiários geralmente saudáveis, com baixos índices de utilização do
plano”.
O Senado acrescenta que, para essa classe de beneficiários, não há
participação de recursos públicos no custeio do plano. Todas as despesas
são cobertas exclusivamente pelo pagamento das contribuições mensais e
das coparticipações do grupo. No caso de filhos solteiros menores de 21
anos, filhos estudantes menores de 24 anos ou filhos inválidos, por
serem dependentes obrigatórios, têm o plano custeado por recursos
públicos.
Aposentados após alguns meses Até 2003, os suplentes de senadores
que assumiam o mandato dos titulares não precisaram cumprir um prazo
mínimo para se filiar ao Plano de Saúde vitalício. Nova da Costa
(MDB-AP) esteve no Senado por dois meses, junho e julho de 2001,
substituindo o senador José Sarney (MDB-AP). Ele já havia sido
governador do então território do Amapá, nomeado por Sarney, em 1985.
Costa continua até hoje no plano do Senado.
Paulo Guerra (PMDB-AP) foi eleito suplente de Sarney em 1990. Assumiu
o cargo em outubro de 1999 para um mandato de três meses e 20 dias.
Continua no Plano de Saúde, ao lado da esposa. Sarney permanece no plano
como ex-senador. O ex-deputado deputado estadual Alcides Falcão
(PMDB-AL)) foi eleito suplente de Guilherme Palmeira (PFL) em 1990.
Assumiu a vaga de julho a outubro de 1998 – três meses e 21 dias. O
ex-senador morreu em 2020, mas a viúva continua filiada ao plano.
Ato da Meda diretora, em 2003, considera ex-senador aquele tenha
exercido o mandato como titular em decorrência de morte, renúncia ou
cassação do titular. Mas somente têm direito aos benefícios do Plano de
Saúde os ex-senadores que tenham exercido o mandato por um período
mínimo de 180 consecutivos. Quem tornou-se ex-senador antes disso,
manteve os benefícios.
Senado justifica aumento de despesas Questionado sobre o
crescente aumento e despesas do Plano de Saúde, o Senado respondeu ao
blog: “Quanto ao aumento dos custos dos planos de saúde nos últimos
anos, ressaltamos tratar-se de fenômeno multifatorial, tendo sido
evidenciado em todo o mercado de saúde suplementar, com agravamento a
partir do ano de 2021″. A pandemia da covid-19 também teria provocado a
elevação anormal de despesas a partir de 2021.
O Senado citou os motivos da elevação das despesas: a inflação da
saúde, afetada pelo aumento do envelhecimento populacional, o aumento no
preço de medicamentos, os custos de investimento e a descoberta de
novas tecnologias; o represamento de procedimentos eletivos que não
foram realizados no ano de 2020 em virtude da covid-19; a desvalorização
do real frente ao dólar, que precifica grande parte da tecnologia,
materiais e medicamentos; o aumento das internações por covid-19, cujo
ápice ocorreu no primeiro semestre de 2021; o aumento do custo dessas
internações, em virtude da demanda por leitos e tecnologias de alta
complexidade; e a taxa de utilização do plano de saúde.
O Senado acrescentou que a média etária dos senadores, acima da média
populacional, aumenta exponencialmente a taxa de sinistralidade do
plano, uma vez que pacientes idosos tendem a necessitar de cuidados
médicos de maior complexidade, consequentemente com maior custo.
A ministra Cármen Lúcia, do STF e do TSE, proibiu peça de
propaganda de Jair Bolsonaro sobre o apoio de Lula à legalização do
aborto.| Foto: STF
Meros sete anos separam a Cármen Lúcia do “cala a boca já morreu”,
dito quando ela foi relatora da ação no Supremo Tribunal Federal a
respeito da publicação de biografias não autorizadas, da Cármen Lúcia
que acrescenta mais um item à lista de assuntos que não podem ser
mencionados na atual campanha eleitoral para a Presidência da República.
Na sexta-feira, dia 14, na qualidade de ministra do Tribunal Superior
Eleitoral, ela proibiu a veiculação de uma peça de propaganda de Jair
Bolsonaro (PL) contendo falas do ex-presidente, ex-presidiário e
ex-condenado Lula (PT) defendendo a legalização do aborto.
“A afirmação [relativa ao aborto] não corresponde dados verídicos nem
comprovados, não havendo comprovação de que o candidato tenha
declarado, prometido ou apresentado projeto de governo no sentido de
promover a alteração da lei que cuida do tema do aborto”, diz Cármen
Lúcia, introduzindo uma nova espécie de vedação ao debate eleitoral: só
poderá ser alvo de crítica aquilo que tiver sido devidamente “declarado,
prometido ou apresentado”. Trata-se de uma pretensão absurda, pois
implica o conhecimento perfeito daquilo que vai na mente de cada
candidato, que pode muito bem ter certos planos e não os tornar
públicos; ignora que é possível traçar prognósticos futuros com base no
passado; e inviabiliza boa parte de críticas que são legítimas no debate
político. Levando essa determinação às últimas consequências, não seria
possível nem mesmo dizer que Lula ou Bolsonaro farão um mau governo
caso sejam eleitos, ou que agirão de forma fiscalmente irresponsável, ou
que tomarão esta ou aquela medida considerada prejudicial ao país.
Afinal, todas essas são afirmações negativas em relação ao candidato
alvo da crítica, mas nenhuma delas teria lastro em algo “declarado,
prometido ou apresentado”.
Como é impossível negar a existência da fala de Lula em defesa da
legalização do aborto, para impedir que ela volte ao debate público é
preciso tentar enquadrar sua divulgação em algum dos novos termos da
novilíngua eleitoral usada para justificar a atual enxurrada de
proibições
À parte o ridículo da restrição imposta por Cármen Lúcia, ela nem
mesmo se aplicaria ao caso de Lula. Afinal, a peça agora censurada usa
uma fala do petista durante debate realizado em abril, promovido pela
Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT, e pela fundação alemã Friedrich
Ebert. Na ocasião, Lula afirmou que “aqui no Brasil não faz [aborto]
porque é proibido, quando na verdade deveria ser transformado numa
questão de saúde pública, e todo mundo ter direito e não ter vergonha.
Eu não quero ter um filho, eu vou cuidar de não ter meu filho, vou
discutir com meu parceiro. O que não dá é a lei exigir que ela precisa
cuidar”. A frase está documentada em vídeo e foi reproduzida por
inúmeros veículos de imprensa Brasil afora. Como é impossível pretender
que “todo mundo tenha direito” a algo que hoje é ilegal sem que haja uma
modificação normativa, legal ou judicial que legalize tal prática,
podemos muito bem considerar que o apoio de Lula à legalização está
devidamente “declarado”.
Além disso, se há algo no qual o PT coloca seu empenho, esse algo é a
legalização do aborto, que faz parte oficialmente das plataformas do
partido desde 2007. Lula e o PT tentaram, sem sucesso, a via legislativa
para esse objetivo: em 2005, uma Comissão Tripartite da Secretaria
Especial de Política para as Mulheres, criada “para discutir, elaborar e
encaminhar proposta de revisão da legislação punitiva que trata da
interrupção voluntária da gravidez”, apresentou um anteprojeto de lei
que previa a “realização legal do aborto, por decisão das mulheres, em
gestações de até 12 semanas, e com até 20 semanas se a gravidez fosse
resultante de violência sexual”. O governo Lula também usou outros meios
para atacar a vida por nascer. Naquele mesmo 2005, o Ministério da
Saúde atualizou suas normas técnicas para o atendimento, no SUS, de
abortos em caso de gravidez resultante de estupro; a modificação mais
importante foi a dispensa da apresentação de boletim de ocorrência, o
que na prática abriria brechas para o aborto sob demanda na rede
pública, ocultado sobre uma falsa alegação de violação sexual. Durante
quase todo o segundo mandato de Lula a pasta da Saúde esteve sob o
comando de um declarado abortista, José Gomes Temporão. E, em 2009, a
terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) continha a
defesa explícita da legalização do aborto, depois removida devido à
repercussão negativa.
O “poste” de Lula, Dilma Rousseff, não agiu de forma diferente. Ela,
que anos antes de se candidatar à Presidência havia defendido
veementemente a legalização em entrevistas, chegou a divulgar uma carta
aos eleitores cristãos durante a campanha de 2010 prometendo “defender a
manutenção da legislação atual sobre o assunto” e “não tomar a
iniciativa de propor alterações” na legislação relativa ao aborto (mas
sem dizer se vetaria uma legalização caso o Congresso a aprovasse). No
entanto, também ela nomeou abortistas para seu ministério, caso de
Eleonora Menicucci na Secretaria de Políticas para as Mulheres; e, o
mais importante, indicou para o STF aquele que é hoje o mais radical dos
defensores do aborto na corte, o ministro Luís Roberto Barroso. Se o
passado diz alguma coisa sobre o futuro, o fato de Lula não ter
“declarado, prometido ou apresentado projeto de governo no sentido de
promover a alteração da lei que cuida do tema do aborto” não significa
absolutamente nada.
Como, portanto, é absolutamente impossível negar a existência da fala
de Lula usada na propaganda de Bolsonaro, nem todo o histórico petista
de abortismo, para impedir que tudo isso volte ao debate público é
preciso tentar enquadrar sua divulgação em algum dos novos termos da
novilíngua eleitoral que vem sendo usada para justificar a atual
enxurrada de proibições. “Descontextualização”, “adulteração grosseira”,
“desinformação” e “mensagem distorcida” foram algumas das expressões
usadas pela ministra, agarrando-se especialmente a um verbo específico
dito por uma apoiadora de Bolsonaro na peça censurada: “Lula quer mudar a
lei e incentivar a mãe a matar o próprio filho no seu próprio ventre”,
diz-se a certa altura. Descarte-se desde já a alegação da campanha
petista de que isso seria falsa atribuição a Lula dos crimes de apologia
e incitação ao crime, pois tal “incentivo” viria apenas após a eventual
modificação da lei; fato é que “incentivar” não necessariamente pode
ser entendido como um estímulo direto para que alguém faça algo, mas
também como uma facilitação, a ação de criar as condições para que este
algo ocorra. Pode-se até mesmo alegar que a escolha do verbo por parte
da campanha de Bolsonaro foi infeliz, mas não que justifique censura.
Ao impedir a veiculação de uma peça que mostra Lula dizendo, com suas
próprias palavras, o que pensa sobre o aborto, Cármen Lúcia – que,
aliás, no início deste ano assinou uma carta que usa linguagem cifrada
em defesa da legalização – prejudica o debate público sobre um tema
importante para muitos eleitores. Além disso, mantém a escrita de uma
Justiça Eleitoral que há muito tempo perdeu a mão na condução deste
processo eleitoral. A “interferência mínima” prometida por Alexandre de
Moraes ao tomar posse na presidência do órgão deu lugar a um esforço
censurador sem nenhum lastro legal, que recorre a conceitos vagos como
“desordem informacional” para bloquear críticas legítimas. E só não
chamamos este esforço censurador de “amplo, geral e irrestrito” porque
ele normalmente está direcionado a apenas um lado deste embate,
desequilibrando a balança e fazendo do TSE um ator político, em vez de
organizador imparcial do pleito.
Taxa de inflação anual foi de 83% em setembro, o pior patamar desde a
época da hiperinflação, mas aumento nos alimentos e vestuário já
ultrapassa 100%
BUENOS AIRES – A Argentina caminha para uma taxa de inflação de 100% este ano, com alguns alimentos já ultrapassando esta variação anual. O resultado é o
número cada vez maior de argentinos vasculhando em lixões e locais de
troca por produtos como roupas, papelão e demais materiais para venda.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) da Argentina, a inflação em setembro foi de de 6,2%. No acumulado do ano, a taxa ficou em 66,1% e, nos últimos 12 meses, em 83%, o pior patamar desde dezembro de 1991, quando atingiu 84%, segundo dados oficiais. As projeções para o ano de 2022 já passam dos três dígitos. Com isso, o país registra aumento de preços a níveis semelhantes ao período de hiperinflação por volta dos anos 1990.
A agência Reuters visitou lixões nos arredores de Buenos Aires,
onde encontrou pessoas procurando roupas utilizáveis, materiais
recicláveis para venda e até comida. “Minha renda não é mais
suficiente”, disse Sergio Omar à agência, um argentino de 41 anos que
estava procurando materiais recicláveis em um aterro sanitário em Lujan,
a 65 km da capital. Com cinco filhos, ele contou que ficou difícil
manter a sua família frente ao aumento no preço dos alimentos.
Recicladores examinam montes de lixo em um aterro
sanitário para papelão, plástico e metal, que vendem em turnos de
trabalho de 12 horas, em Lujan, arredores de Buenos Aires, em 5 de
outubro Foto: Agustin Marcarian/Reuters
De fato, segundo os dados do Indec, os alimentos, junto com bebidas alcoólicas e vestuário sofreram a maior variação mensal da inflação.
Na comparação com setembro do ano passado, o preço dos alimentos subiu
86,6%, acima da média geral, mas o maior aumento foi nas roupas e
calçados, que variou 118% em um ano.
“Vemos que a inflação nesse item continua alta, mesmo quando o preço
dos alimentos no mundo está se revertendo. Não vemos nenhum indicador
que sugira uma desaceleração nos próximos meses no mercado doméstico”,
disse Guido Lorenzo, diretor executivo da LCG, ao jornal argentino La Nación.
Mas alguns produtos das prateleiras e da cesta básica no país já
ultrapassaram a taxa de 100%, segundo levantamento feito pelo jornal com
base em dados do Indec. O item mais afetado é a cebola, cujo o aumento
anual foi de 550,85%. Em seguida vem açúcar e batata.
Aterro
sanitário em Lujan, Argentina, onde recicladores dizem notar um aumento
no número de pessoas procurando o local Foto: Agustin Marcarian/Reuters
O aumento dos preços dos alimentos impacta integralmente o custo da
cesta básica, que marca a linha de indigência e pobreza na Argentina,
indicadores sociais que ficaram em 8,8% e 36,5%, respectivamente, no
primeiro semestre deste ano.
Ainda à Reuters, Omar contou que notou um aumento na
quantidade de pessoas procurando produtos no aterro sanitário que
frequenta. Uma percepção reforçada por Sandra Contreras dona do clube de
trocas Lujan Barter Club, que relatou ver filas duas horas antes da
abertura do espaço. “As pessoas chegam muito desesperadas, seus salários
não são suficientes, as coisas estão piorando a cada dia”, disse à
agência.
Plano do governo
Com os números dos últimos meses, a vice-presidente Cristina Kichner pediu a seu superministro da Economia, Sergio Massa medidas
paliativas para esses setores e maior intervenção no setor de
alimentos. Atualmente, o governo argentino congela o preço de alguns
itens e algumas marcas de produtos da cesta básica, num programa
batizado de preços cuidados.
Em alguns mercados do país, esses itens se esgotam rapidamente das
prateleiras, seja porque são comprados com mais frequência, seja porque
alguns varejistas evitem sua reposição antes da remarcação de preço para
evitar prejuízo.
Massa disse que se reunirá com empresas de consumo para estabelecer
um novo programa, que se chamará “Preços Justos”, em que os valores dos
produtos serão válidos por um período maior do que os atuais “Preços
cuidados” e serão impressos nos produtos para que o consumidor tenha
garantias do que é cobrado.
“É fundamental que façamos isso com base em que todos entendam que
estamos em um momento em que todos temos que ceder um pouco”, disse o
ministro à rádio Rivadavia, em Buenos Aires.
Segundo o governo, apesar de a inflação anual cada vez mais se
aproximar dos 100%, a variação mensal dos preços mostrou uma
desaceleração. A taxa de 6,2% em setembro foi menor que os índices
mensais de julho e agosto, de 7,4% e 7%, quando a desvalorização do peso
frente ao dólar no câmbio paralelo ganhou força.
Vendedora espera clientes em um clube de troca de Lujan, arredores de Buenos Aires Foto: Agustin Marcarian/Reuters
“Temos de combater a inflação. É um problema que não começou conosco e
vem acontecendo há muitos anos. Hoje soubemos que a inflação está
diminuindo gradativamente”, comentou o presidente Alberto Fernández na sexta-feira, 14, quando foram publicados os dados do Indec.
No mesmo dia, Fernández, garantiu que o país alcançará “três anos
consecutivos de crescimento”, durante seu discurso de encerramento do
tradicional colóquio empresarial IDEA, na cidade de Mar del Plata, na
província de Buenos Aires.
“As exportações chegaram a quase US$ 60 bilhões no meio do ano e
vamos encerrar o ano exportando cerca de US$ 90 bilhões”, previu o
presidente argentino no evento que reuniu empresários de diversos
setores que ratificaram seu compromisso com o investimento na Argentina
apesar das crises recorrentes, graves dificuldades macroeconômicas e
aumentos inflacionários mensais. Nesse sentido, Fernández assegurou que
“a Argentina alcançará três anos consecutivos de crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB)” e projeta um aumento de 4% e mais de 2% até 2023. /Com informações da EFE
Cristiano Kruel — Sócio e Chief Innovation Officer da StartSe
(022312
Boston, MA) Jim Koch, the Boston Beer Company founder and brewer,
center, poses for photos with Boston Marathon legend Bill Rodgers, left,
and B.A.A. president Joann Flaminio, right, during a news conference in
Koch’s brewery in Boston, Thursday, Feb. 23, 2012. The Boston Beer
Company will be the official beer sponsor of the 2012 Boston Marathon.
Photo by Chitose Suzuki (Photo by Chitose Suzuki/MediaNews Group/Boston
Herald via Getty Images)
Foi isso que fez Jim Koch a ser tachado de louco pelo próprio pai.
Mas foi a “loucura” (que eu prefiro chamar de inovação) que levou Jim
a furar a bolha de um mercado com 6 mil anos de história e uma
competitividade altamente acirrada:
O mercado cervejeiro.
A ideia era ousada: criar a melhor cerveja artesanal dos EUA com base numa antiga receita da família.
Uma receita única, desenvolvida pelo tataravô de Jim e que remontava à década de 1860.
Jim Koch
E apesar dos grandes grupos que dominavam a distribuição e o consumo de cerveja nos Estados Unidos…
… A Samuel Adams realmente conseguiu furar a bolha e ser eleita a
melhor cerveja dos EUA no Great American Beer Festival, no primeiro ano
de lançamento.
Hoje, passados 38 anos, a companhia tem 2,5 mil colaboradores, uma
receita anual que supera os US$ 2 bilhões e patrimônio líquido de R$ 4,2
bilhões.
E com isso Jim nos deixa uma importante lição.
A de que inovar nem sempre é criar coisas novas, muito menos focar só em tecnologia.
Não é reinventar a roda, criar o novo Facebook ou ter uma ideia genial para um novo produto.
Inovar pode ser simplesmente resgatar uma antiga ideia e melhorá-la.
Não se acanhar diante de um mercado competitivo, mas enxergar e explorar as suas licenças competitivas da melhor forma possível.
Sei que parece algo fácil de falar, mas difícil de fazer.
A verdade é que há uma alta demanda por profissionais que conheçam as práticas mais modernas de inovação.
Segundo pesquisas, 80% das empresas brasileiras consideram a habilidade de inovar extremamente importante.
Mas a oferta de profissionais preparados, infelizmente, ainda é baixa.
Então se você quer ajudar esse panorama e quer:
Se tornar referência em inovação
Dominar as ferramentas e modelos estratégicos para fortalecer seu posicionamento
Saber lidar com as disrupções do mercado
Construir e atualizar modelos de negócio e renovar suas licenças competitivas
E aqui está a forma mais rápida de se tornar uma liderança em
inovação é participar da Plataforma Comercial do Marketplace Site da
Startup Valeon.
Por que você está ignorando a ferramenta de vendas mais poderosa do mundo?
Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)
Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra
fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local,
pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas
na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer
“milão” é “caro demais”.
Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios
na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A
lógica deveria ser justamente a inversa.
Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.
O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam
conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR
DIA!).
Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.
Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?
Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?
Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?
Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?
Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…
Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?
Absolutamente nenhuma além da internet.
E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?
Marketing Digital é barato, mas não é de graça.
Vamos fazer uma conta de padaria:
Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?
Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.
Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.
Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando
metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada
carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.
Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.
Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta
pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno
de R$ 5,51.
Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.
Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…
E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.
Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco
explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números
disparados na frente do marketing tradicional.
Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.
Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você
deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para
o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?
Deixo a reflexão.
Preferências de Publicidade e Propaganda
Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago
Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para
divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais
veículos de propaganda você tem preferência?
Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das
empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros
meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.
Vantagens da Propaganda no Rádio Offline
Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.
É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda
existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou
produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio
funciona bem demais!
De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas
vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender
que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará
entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim,
concretizar suas vendas.
Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline
Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que
costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no
rádio. Frequentemente, os rádios também são usados como ruído de
fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles
também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o
ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo
quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao
usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,
A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade
para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de
marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e
a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos
smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia
digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo
o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é
colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e
de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a
mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente
estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que
não estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de
alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários
dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso
proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores
que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por
meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce,
os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles
funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os
consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo
ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas
encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus
produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa
que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em
2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas
vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver
seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do
nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a
visibilidade da sua marca.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Troca de acusações sobre mentiras, corrupção e pandemia: como foi o primeiro debate do 2º turno Por Rodolfo Costa; Gabriel Sestrem – Gazeta do Povo
Lula e Bolsonaro no primeiro debate no 2º turno, realizado pela TV Bandeirantes| Foto: Renato Pizzutto/Band
O
primeiro debate do segundo turno das eleições presidenciais entre Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), transmitido pela TV
Bandeirantes, Uol e TV Cultura, contou com confrontos diretos e
numerosas acusações entre os candidatos – sobretudo relacionadas a
denúncias de corrupção contra Lula, por parte de Bolsonaro, e à gestão
da pandemia feita pelo atual governo, por parte de Lula.
Regras mais flexíveis aprovadas entre a produção do programa e
representantes das campanhas permitiram aos candidatos condições e
espaço para apresentarem seus posicionamentos e suas propostas ao
eleitor.
O primeiro bloco do debate, dedicado ao confronto direto entre os
candidatos, foi marcado principalmente por discussões sobre a pandemia
da Covid-19. Outros temas abordados pelos presidenciáveis no bloco foram
segurança pública e investimentos em infraestrutura. O bloco também foi
marcado por trocas de acusações sobre mentiras e corrupção entre os
candidatos.
No segundo bloco, os presidenciáveis responderam a perguntas de
jornalistas sobre temas como independências de poderes, fake news e
posicionamento a respeito de eventuais mudanças na composição do Supremo
Tribunal Federal (STF).
Já no terceiro e último bloco, novamente de confronto direto, Lula e
Bolsonaro travaram embates principalmente sobre escândalos de corrupção
durante o governo petista, mas também vieram à tona temas como a
decretação de sigilos durante o governo Bolsonaro e políticas
ambientais. Ao final, Lula teve um direito de resposta atendido pela
produção do programa. Acompanhe a seguir como foi o debate:
Como foi o primeiro bloco do debate O primeiro bloco foi marcado
por muitos embates entre Bolsonaro e Lula sobre assuntos relacionados à
educação, à pandemia da Covid-19, ao Auxílio Brasil, à corrupção, ao
crime organizado, à conclusão da transposição do Rio São Francisco e de
outras obras. Antes, porém, os dois responderam a uma pergunta sobre
como financiariam e cumpririam com as despesas de promessas de campanha.
Sobre os investimentos, Bolsonaro falou que os recursos para investir
no país virão da aprovação de uma reforma tributária que, inclusive,
asseguraria em 2023 o Auxílio Brasil a um benefício de, no mínimo, R$
600, além de privatizações que seu governo apoiaria. Segundo ele, tudo
seria feito dentro da responsabilidade fiscal.
Lula, por sua vez, acusou Bolsonaro de não ter enviado ao Congresso o
projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevendo o Auxílio
Brasil em R$ 600 e disse que os recursos para financiar as propostas
viriam de uma reforma tributária para taxar menos os pobres, com isenção
do imposto de renda às famílias que recebem até R$ 5 mil, e propor uma
tributação de lucros e dividendos aos ricos.
O debate sobre Auxílio Brasil voltou a dominar uma parte do primeiro
bloco, com Bolsonaro defendendo a paternidade sobre o programa e
destacando como o programa remunera mais que o antigo Bolsa Família, e
Lula acusando o governo de não ter apoiado inicialmente o pagamento de
R$ 600, mas, sim, R$ 200.
O petista questionou Bolsonaro sobre quantas universidades e escolas
técnicas foram criadas, que rebateu lembrando que as instituições de
ensino ficaram fechadas por dois anos durante a pandemia de 2019. Sobre
educação, o atual presidente defendeu ter anistiado a dívida do Fundo de
Financiamento Estudantil (Fies) de até 99% de estudantes e acusou Lula
de ter endividado os jovens. O candidato petista, por sua vez, disse ter
criado 18 universidades e 178 novos campus e disse que estudantes não
precisavam pagar ao Fies enquanto estudavam.
Na sequência, os dois candidatos debateram a condução da pandemia.
Lula acusou Bolsonaro de ter negligenciado a compra de vacinas, de
corrupção acerca da Covaxin e de não ter tido empatia pelas pessoas
mortas e famílias. “O senhor carrega nas costas um peso de pelo menos
400 mil pessoas que morreram pelo negligenciamento e negacionismo da
vacina”, disse.
O presidente rebateu e disse que o governo federal foi o responsável
por ter comprado todas as vacinas e negou ter demorado a adquiri-las.
“Não existia vacina à venda em 2020; a primeira foi aplicada em dezembro
de 2020. Em janeiro do ano seguinte, um mês depois, o Brasil começou a
vacinar”, declarou Bolsonaro. O candidato à reeleição citou o Consórcio
do Nordeste e associou Carlos Gabas, ex-ministro de Dilma Rousseff (PT),
a supostos desvios de respiradores.
Ainda sobre corrupção, Bolsonaro acusou as gestões petistas de terem
falhado em concluir a obra da Transposição do São Francisco por desvios
de recursos. “O senhor negou água para os seus irmãos nordestinos”,
disse o presidente. “O senhor fez na verdade uma obra que não chegava a
lugar nenhum”, complementou.
Lula se defendeu e disse que sua gestão foi a responsável por ter
concluído 88% das obras e que Bolsonaro teria feito 3,5%. O petista
também disse que as gestões petistas foram responsáveis por outras obras
que o atual governo assume a paternidade. “Você poderia ter a sensatez
de dizer que a obra é do presidente Lula, ‘ele fez mais competente do
que eu, eu só vou aqui dar um empurrãozinho'”, disse.
Em pergunta de Bolsonaro, os dois candidatos também discutiram sobre
crime organizado, quando o presidente questionou Lula sobre não ter
transferido para uma penitenciária de segurança máxima federal, em 2006,
o narcotraficante Marcos Camacho, o “Marcola”. Na ocasião, aproveitou
para dizer que o petista tem “amizade com bandido”, que, em seu governo,
o crime foi combatido, e acusou o ex-presidente de ter “afinidade” com
traficantes ao citar a agenda de campanha de Lula no Complexo do Alemão.
Lula se defendeu e disse ter feito cinco presídios de segurança
máxima. “Quantas você fez? Nenhum”, declarou. Sobre a não transferência
de Marcola, disse ter seguido uma decisão do então governador de São
Paulo à época, Geraldo Alckmin, atual vice do petista. Acusou o
presidente de ter relação com milícias e desassociou a imagem de
moradores das favelas a traficantes.
No segundo bloco, presidenciáveis responderam a perguntas de jornalistas No
segundo bloco, os candidatos responderam a perguntas feitas por
jornalistas dos veículos que organizaram o debate. O primeiro
questionamento feito aos dois presidenciáveis foi relacionado à
independência dos poderes, bem como à opinião de ambos sobre propostas
em tramitação no Congresso que versem sobre mudanças na composição do
Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula comparou mudanças na composição da Suprema Corte à ação de
ditaduras e defendeu que os ministros nomeados em seu governo “tiveram
postura de dignididade”. “Tentar mexer na Suprema Corte para colocar
amigo, companheiro, partidário é um atraso, é um retrocesso que a
República brasileira já conhece e eu sou contra”. O ex-presidente
afirmou, no entanto, que em eventual nova Constitução Federal poderiam
ser discutidos aspectos como existência de mandato para os ministros do
Supremo.
Bolsonaro, em sua resposta, disse que em 2013 Dilma Rousseff (PT),
durante seu mandato, tentou criar mais quatro vagas para o STF. “Da
minha parte está feito o compromisso: não terá nenhuma proposta [de
mudança na composição]”, declarou. “No momento, o PT tem sete ministros
indicados para o STF. Eu tenho dois. Caso eu venha a ser reeleito, eu
terei mais dois. Eu ficaria com quatro e o PT, com cinco. Está feito o
equilíbrio”.
Bolsonaro disse, ainda, que Lula só está disputando a eleição por
“obra e graça” do ministro do STF Edson Fachin, em referência à
anulação, por parte do ministro, de condenações de Lula relacionadas à
Lava Jato, o que, ao ser confirmado pelo Plenário do Supremo, permitiu
que o ex-presidente se tornasse novamente elegível.
A segunda pergunta tratou de economia sob dois aspectos: origem dos
recursos para financiar o Auxílio Brasil e políticas de preços e
privatização da Petrobras. Bolsonaro destacou efeitos externos, como a
pandemia e a guerra na Ucrânia, para a alta do preço de combustíveis em
todo o mundo e defendeu que o governo buscou propostas junto ao
Congresso, o que resultou na proposta aprovada, que diminuiu impostos
federais e o ICMS sobre os combustíveis e ocasionou redução de preços.
“Temos hoje uma das gasolinas mais baratas do mundo. Trabalho de quem:
Jair Bolsonaro e Congresso Nacional”, declarou.
Lula, em sua resposta, argumentou que nos últimos anos o Brasil
reduziu o refinamento do petróleo, o que teria resultado em maior
importação de combustíveis e, consequentemente, na alta dos preços.
Sobre privatização da Petrobras, disse que é contrário. “Acho que
privatizar a Petrobras é uma loucura”. Ambos os candidatos não abordaram
a origem dos recursos para financiamento do programa de renda.
A pergunta seguinte se tratou de fake news – os presidenciáveis foram
questionados sobre seu compromisso com a proposição de lei, caso
eleitos, com penalizações a autoridades do governo, incluindo presidente
da República, que viessem a transmitir informações falsas.
O candidato petista acusou Bolsonaro de ser disseminador de fake news
durante a campanha eleitoral, mas evitou responder a pergunta. O atual
presidente criticou palavras usadas por Lula contra ele, como “genocida”
e “miliciano”, que seriam notícias falsas em relação ao presidente.
Em seguida, mencionou decisão do ministro Alexandre de Moraes deste
domingo (16), que barrou uma propaganda eleitoral da campanha de Lula
que tentava vincular a imagem de Bolsonaro à pedofilia. O ministro
considerou que havia “fato sabidamente inverídico” na inserção da
campanha petista.
Na quarta e última pergunta, os candidatos foram questionados sobre
“compra” de apoio e parlamentares para aprovação de propostas de
interesse do governo. O atual presidente negou envolvimento com o
chamado Orçamento Secreto. “Eu não tenho nada a ver com esse orçamento
secreto. Posso até entender que o Parlamento trabalha melhor na
distribuição de renda do que nós, do lado de cá, o meu ministério da
Economia e o presidente. Agora, por favor, falar que comprei com
orçamento secreto…”.
Já Lula disse que tentaria criar o “orçamento participativo”. “Vamos
pegar o orçamento e vamos mandar para o povo dar opinião para saber o
que o povo quer que efetivamente seja feito para ver se a gente consegue
diminuir o poder de sequestro que o Centrão fez do presidente
Bolsonaro”, afirmou.
Terceiro bloco tem novos confrontos entre Bolsonaro e Lula O
terceiro bloco do debate foi marcado por novos embates e teve as
discussões sobre corrupção como o tema mais abordado. As pautas
econômicas e ambientais também receberam destaque. Antes, porém, Lula e
Bolsonaro responderam a uma pergunta sobre como resolveriam o problema
da defasagem educacional.
Lula disse que, se eleito, vai se reunir com governadores e prefeitos
para discutir o tema. Prometeu “compartilhar” com os gestores estaduais
e municipais a “responsabilidade de recuperar essas aulas para que os
meninos possam aprender mais” e disse faria um “verdadeiro mutirão”, com
convites a professores para trabalhar inclusive aos sábados o que não
foi aprendido durante a pandemia.
Em resposta sobre a defasagem educacional, Bolsonaro disse que seu
governo já tem adotado esforços nessa área e citou o “GraphoGame”,
aplicativo do Ministério da Educação que tem o objetivo de auxiliar no
aprendizado dos estudantes. Ele também disse que, no “tempo de Lula”, as
crianças levavam três anos para ser alfabetizada e, segundo ele, em sua
gestão, levam seis meses.
Na sequência, Bolsonaro falou sobre os escândalos do Petrolão, com
destaque para a corrupção na Petrobras, e disse para Lula responder uma
pergunta que foi respondida no bloco anterior. Em resposta, o petista
falou que seu governo foi o responsável por ter conduzido a política de
extração do pré-sal e valorização da estatal.
O ex-presidente também enalteceu sua gestão ao destacar a criação do
Portal da Transparência e criticou os impactos das investigações da
Operação Lava Jato às empresas e aos empregos gerados por empreiteiras
no país. “Esse foi o desastre do Brasil de uma empresa que poderia estar
exportando derivados [de petróleo] e poderia estar ganhando muito mais
dinheiro do que está. Não tenho problema de explicar petrolão ou
petrolinho”, rebateu.
Em seguida, Bolsonaro acusou as gestões petistas de terem investido
em refinarias que não foram concluídas e citou as empresas e delatores
que devolveram recursos desviados de corrupção. As falas induziram Lula a
dizer que crimes podem ter ocorrido “pois as pessoas se confessaram”.
“Quando confessa é porque comete crime”, disse. “Que houve roubo, pode
ter havido. Mas o que quero dizer é que para combater não precisava
fechar as empresas”, acrescentou.
Após o debate sobre corrupção, os dois falaram sobre economia. Lula
defendeu que, em seus governos, a atividade econômica teve boas médias
de desenvolvimento e classificou o atual ritmo como “atrofiado”. “E eu
quando deixei a presidência crescia 7,5%”, declarou.
Bolsonaro rebateu e disse que em 2015 e 2016, os últimos de Dilma
Rousseff, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 7,5% (a queda foi de 7,2%).
E disse que o tombo foi provocado não por uma pandemia e uma guerra,
mas por “corrupção em abundância”. “Com uma pandemia, uma guerra lá fora
e crise ideológica, nós ficamos no ‘0 a 0′”, destacou.
Os dois candidatos também falaram sobre a pauta ambiental. Lula
acusou o governo Bolsonaro de ter ampliado o desmatamento e disse que,
se eleito, vai cuidar da Amazônia. “Vamos tentar fazer da biodiversidade
uma forma de enriquecimento das pessoas que moram lá e não desmatar e
desmontar como vocês estão fazendo”, disse.
O presidente disse que, em seu governo, o desmatamento foi menor que
entre 2003 e 2006, e acusou Lula de querer dividir a biodiversidade da
Amazônia com o mundo. “Você já está se curvando ao mundo. Em vez de
falar que a Amazônia é nossa, quer dividir a biodiversidade. Só consegue
manter em pé suas mentiras se botar um plano que todos já sabem”,
comentou.
Ao fim do bloco, Bolsonaro buscou associar Lula aos ditadores Daniel
Ortega, de Nicarágua, e Nicolás Maduro, da Venezuela, e aos presidentes
da Argentina, Alberto Fernández, e da Colômbia, Gustavo Petro. A
Fernández, o presidente associou à crise econômica no país. A Petro,
associou à descriminalização da cocaína. Sobre ditadores, o petista
disse que os regimes dependem da população. “Se o Maduro erra, o povo
que puna”, disse.
Com Lula sem tempo de fala ao fim do terceiro bloco, Bolsonaro fez
reprisou várias das críticas feitas a Lula e defesas feitas por seu
governo, como o Auxílio Brasil de R$ 600, e citou que ministros do STF
como Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso já acusaram gestões petistas
de roubo.
Como foram as considerações finais dos dois candidatos Nas
considerações finais, Bolsonaro disse que deseja um país onde seja
respeitada a liberdade de expressão e usou o tempo de fala para se
posicionar contra a ideologia de gênero. “Não queremos que nossos
filhos, ao irem para a escola, frequentem o mesmo banheiro”, disse. “É a
política do lado de lá”, acrescentou.
Também se disse contrário a uma política de legalização de drogas e
acusou Lula de ter posicionamento contrário. “O lado de lá quer um país
com drogas, não queremos liberar as drogas”, disse. Ele também se
posicionou contra o aborto e a favor da vida desde sua concepção, bem
como a favor da propriedade privada, contra o Movimento sem Terra (MST)
“invadindo terras” e pregou “respeito ao homem do campo” e ao “direito à
legítima defesa”.
Lula disse ter sido o responsável por sancionar a lei de liberdade
religiosa e se declarou como o candidato que “defende a democracia e a
liberdade”. Acusou Bolsonaro de querer “ocupar a Suprema Corte” e falou
em governar o país democraticamente.
O petista também citou o número de que 33 milhões de pessoas passam
fome. “Esse país, que é o maior produtor de alimentos, tem 33 milhões de
pessoas passando fome. Pessoas na fila do osso. Quando falo do
churrasco é que vamos voltar a consertar o país e vamos voltar a comer
um churrasquinho e tomar cerveja”, disse.
Os parisienses aproveitaram o domingo para fazer uma grande
manifestação contra a alta dos preços, principalmente de energia, e
incoerentemente em apoio a uma greve, que já dura três semanas, de
petroleiros de refinarias. Desde a guerra Rússia-Ucrânia, a Rússia
respondeu às sanções impostas pela Otan e pela Europa cortando o
fornecimento de gás que abastece os europeus.
A Rússia é o maior produtor de mundo de gás. A inflação na França já
passou de 10%, já está com dois algarismos. Em toda a zona do euro há
esse problema. Na Alemanha, está batendo 11%. Nos Estados Unidos, nos
últimos 12 meses está em 8,3%. Aqui pertinho, na Argentina, 100%.
No Brasil, não. Estamos com inflação mais baixa do que os países
desenvolvidos. A expectativa de inflação para este ano é de 5,7%, por
enquanto. Com isso, é menos que o 6% que rende a poupança. Isso vai
significar decisões nas aplicações dos investidores.
Taí o Brasil despontando num dia de grandes comemorações do agro, dia
do agricultor, do alimento. Tirando da terra – onde se semeou muito
suor e trabalho – não só o pão de cada dia, mas também muito dinheiro
para melhorar a situação de uma boa parte do Brasil e inclusive
equilibrar nossa balança externo.
Campanha eleitoral A campanha está cada vez acirrada, cada vez
mais cheia de baixo nível. Vai piorar essa semana. E na outra, mais
ainda, dependendo do desespero que bate nas mobilizações campanha. A
gente está vendo que a mobilização está muito maior no segundo turno do
que no primeiro.
No primeiro turno, um lado acreditou nas pesquisas, e ficou
tranquilo. “Vamos ganhar no primeiro turno”. O outro lado acreditou nas
ruas cheias de gente, e também ficou tranquilo. Também “vamos ganhar no
primeiro turno”. Só que não. Então agora está todo mundo se mobilizando
para o grande julgamento do dia 30. De um lado, vai se julgar o que
aconteceu em 14 anos de governo do PT. E do outro lado os quase quatro
anos do governo Bolsonaro.
Está nas mãos do eleitor decidir não só esse julgamento, mas decidir o
seu futuro, dos seus filhos, dos seus netos. É uma decisão pesada, em
que cada um vale o mesmo, vale um voto. A garota de 18 anos que estava
conversando comigo no elevador, em Goiânia, no domingo, vale um voto. E o
meu voto, que já passei por 24 eleições e já vi muito do Brasil, vale a
mesma coisa. Um cidadão, um voto, o valor da democracia não importa o
grau de conhecimento, de patrimônio que cada um tenha. Todos somos
iguais, e isso é muito importante. Pensemos nisso: no valor do nosso
voto, do nosso “um”, que pode ser o voto de desempate.
O presidente dos EUA, Joe Biden: alta dos preços deve impactar
sua legenda, o Partido Democrata, nas eleições de meio de mandato de
novembro| Foto: EFE/EPA/Yuri Gripas
A inflação interanual
americana (Índice de Preços ao Consumidor – CPI, na sigla em inglês),
que está em 8,2%, supera a inflação brasileira (Índice de Preços ao
Consumidor – IPCA), atualmente em 7,17%, de acordo com o Trading
Economics e o Austin Rating. Especialistas apontam que um dos principais
motivos para essa ultrapassagem econômica histórica foi a antecipação
do Banco Central do Brasil ao fenômeno inflacionário mundial, decorrente
da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia, enquanto o banco
central dos Estados Unidos (Sistema de Reserva Federal – Fed, na sigla
em inglês) relutou em elevar os juros para controlar a inflação.
Além disso, enquanto o Brasil controlou os gastos, mesmo fazendo o
pagamento do auxílio emergencial, os Estados Unidos passaram do ponto ao
injetar mais dinheiro na economia. Agora, a conta chegou: é a maior
inflação em 40 anos.
Nelson Souza Neto, professor de direito tributário no UniCuritiba e
mestre em direito econômico, comparou as medidas tomadas pelos dois
países. “Do lado dos EUA, o excesso de estímulos monetários – os cheques
semanais enviados pelo correio às famílias americanas, o aumento
extraordinário do agregado monetário M2, que é fruto da impressão
descontrolada de dinheiro pelo Fed, e a relutância do Fed em iniciar o
processo de aumento de taxa de juros resultaram no inevitável processo
inflacionário que se vê hoje”, descreveu o professor.
Por outro lado, o BC do Brasil elevou a taxa básica de juros da
economia antes do fenômeno inflacionário global, contendo a disparada de
preços. “Os preços subiram, mas bem menos do que no resto do mundo”,
analisou Neto.
Guilherme Moura, professor de economia da Universidade Positivo e
doutor em desenvolvimento econômico, destacou que esse é “o resultado da
escolha econômica e social dos americanos”. Especialmente, da grande
injeção de dinheiro para manter a economia girando, mas que passou do
ponto.
Os períodos de lockdown durante a pandemia levaram a uma diminuição
da produção e o consequente aumento da demanda, que resultou na alta dos
preços. A escolha expansionista do governo americano acabou agravando
essa alta dos preços, gerando pressão inflacionária. Ela fez com que o
Fed lançasse mão, enfim, após longa resistência, de ajustes na taxa
básica de juros. “Os Estados Unidos e a Europa chegaram um pouco
atrasados nesse aumento de juros, mas agora estão usando a resposta
padrão”, apontou Moura.
O aperto monetário do Fed foi uma elevação de suas taxas de zero, em
março, para mais de 3% em setembro. Essa mudança ainda não
produziu grandes efeitos na alta dos preços.
Insistência da inflação e risco de recessão
“Existe hoje, nos Estados Unidos, uma insistência da inflação, apesar
de agora estar um pouco menor do que em junho, por exemplo, quando
atingiu 9,1% de aumento anual”, analisou Alan da Fonseca, diretor de
operações do Grupo Integrado de Campo Mourão e mestre em administração e
finanças corporativas.
Ele destacou a alta dos preços na alimentação, que apresentaram no
mês passado um crescimento de 0,8%, além de um aumento nos custos de
acomodação, cuidados médicos, gás natural e eletricidade.
Para Jason Furman, economista de Harvard e ex-assessor econômico de
Barack Obama, o pico da inflação pode ter sido atingido neste mês. Ele
lembrou que o caminho é longo para encontrar a taxa ideal para o Fed
nessa tentativa de controle da inflação. “Há muitos números abaixo de
7%, mas ainda acima de 2% ou 3%”, tuitou Furman.
Ainda não é o pior cenário: o banco central americano está tentando
recuperar o atraso e planeja aumentar as taxas para 4,25% até dezembro.
Como o desempenho da economia foi negativo nos dois primeiros
trimestres, a preocupação agora é o risco de recessão. O impacto será
global.
“Destruir empregos e esmagar os salários de milhões de trabalhadores é
imprudente e perigoso. A recessão não é a solução para a inflação”,
avaliou o alto representante da União Europeia para as Relações
Exteriores, Josep Borrell. “Todos são forçados a fazer o mesmo ou a
moeda fica desvalorizada. Todo mundo está correndo para aumentar as
taxas de juros, e isso levará a uma recessão global”, alertou o líder
internacional.
Aumento das aposentadorias vai pesar no bolso do trabalhador Para
acompanhar a alta dos preços, o governo de Joe Biden anunciou na
quinta-feira (13) que aposentados americanos se beneficiarão em 2023 do
maior aumento nominal na aposentadoria por repartição desde 1982: um
crescimento de 8,7%, ou US$ 145 (quase R$ 766) por mês, após um
crescimento de 5,9% em 2022. “Isso ajuda os idosos a terem um pouco mais
de liberdade para lidar com a inflação”, disse o presidente americano.
Os cerca de 70 milhões de aposentados americanos receberão, em média,
US$ 1.814 (R$ 9.581) por mês no próximo ano, em comparação com US$
1.669 (R$ 8.815) em 2022.
Existe uma pensão de repartição nos Estados Unidos, criada em 1935,
como parte do New Deal, por Franklin Delano Roosevelt, e administrada
pela Previdência Social. Financiada por um imposto de 12,4% sobre os
salários, representa cerca de metade dos rendimentos dos pensionistas e
está indexada ao custo de vida desde 1975.
Em resumo, os empregados é que vão pagar a conta. No último ano, eles
tiveram um aumento nominal em seus salários semanais de 4,1%, mas uma
queda real de 3,8%. Uma situação que dificilmente será revertida em
breve.
Cenário econômico desfavorável a Biden Poucas semanas antes das
eleições de meio de mandato no país, o cenário não é favorável a Biden e
aos democratas. Investidores estão vendo o enfraquecimento da bolsa, as
famílias estão experimentando o dobro das taxas de hipoteca e se
preparando para um crash imobiliário; Wall Street está em alerta para um
possível choque financeiro, com a inadimplência de investidores
privados superendividados, e, por fim, parceiros dos Estados Unidos,
como o Reino Unido, sofrem com a alta do dólar e não conseguem mais
financiamento.
Nesse contexto, o campo republicano dispara contra a gestão
do presidente. “O pesadelo da inflação de Biden destrói a sua poupança
para a aposentadoria”, acusou na sexta-feira (14), em sua newsletter
matinal, Sean Hannity, apresentador da Fox News.
O presidente dos Estados Unidos, no entanto, não demonstra
constrangimento. “Os americanos estão preocupados com o custo de vida:
isso é verdade há anos, e eles não precisavam do relatório de hoje para
saber disso”, tuitou o presidente na sexta-feira. “É fundamental
trabalhar para dar às famílias de classe média um respiro para que
possam pagar suas despesas”, concluiu o presidente.
Em seguida, Biden citou a inflação como um fenômeno global e enalteceu “o excelente desempenho do mercado”.
A coligação do PT pediu ao TSE investigação, bloqueio de contas
nas redes sociais e quebra de sigilos contra Bolsonaro, Braga Netto e
apoiadores| Foto: Ricardo Stuckert/PT
A campanha do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou neste domingo (16) ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de investigação sobre um
suposto “ecossistema de desinformação” promovido pelo presidente Jair
Bolsonaro (PL). Para tanto, a campanha também solicitou bloqueio de
contas nas redes sociais até 31 de outubro e quebra de sigilos
telemático, telefônico e bancário do presidente e seu candidato a vice,
Walter Braga Netto (PL), e de 45 apoiadores.
A defesa petista alega que as medidas têm o objetivo de “assegurar o
equilíbrio entre os adversários que se enfrentam no segundo turno da
disputa ao cargo de presidente da República”. Entre os perfis citados
estão os do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), do deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do vereador fluminense Carlos Bolsonaro
(Republicanos).
Entre os alvos de pedidos de quebra de sigilos são citados Filipe
Schossler Valerim, Henrique Leopoldo Damasceno Viana e Lucas Ferrugem de
Souza, sócios do Brasil Paralelo; os blogueiros Kim Paim e Gustavo
Gayer; Ernani Fernandes Barbosa Neto e Thais Raposo do Amaral Pinto
Chaves, donos do canal Folha Política.
A coordenadora nacional do movimento Advogados do Brasil, Flávia
Ferronato usou o Twitter para informar ter sido alvo da solicitação da
campanha petista. “O PT pediu ao TSE a quebra de todos os meus sigilos.
Era só terem me pedido. Verão que não só não recebo nada como deixo de
ganhar e ainda pago do meu bolso pela defesa do Brasil que acredito”,
comentou.