Ex-presidente Lula, candidato à Presidência da República nas eleições deste ano.| Foto: Ricardo Stuckert/PT.
O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu na
noite desta terça-feira (27) uma liminar em favor do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) suspendendo a cobrança de R$ 18 milhões em
impostos à Receita Federal. Nesta segunda (26), o petista recorreu à
Corte contra uma determinação do procurador da Fazenda Nacional Daniel
Wagner Gamboa que cobrava o montante. O valor seria referente às
atividades do Instituto Lula e a LILS, empresa de palestras do político.
Gamboa fez a cobrança baseado em provas da extinta operação Lava
Jato. No ano passado, o STF declarou a 13ª Vara Federal de Curitiba,
responsável pela Lava Jato, incompetente para julgar o ex-presidente e
com isso invalidou as provas obtidas. A Corte também declarou a
suspeição do então juiz Sergio Moro.
A defesa do petista argumentou que todas as provas produzidas no
âmbito da operação “estão maculadas irremediavelmente por nulidade
absoluta e, assim, devem ser declaradas ilícitas”. Mendes criticou a
atuação do procurador no caso e suspendeu a cobrança de forma
provisória, até que a reclamação apresentada por Lula seja julgada
definitivamente.
Para o ministro, que é relator da ação, “os autos trazem indícios
claros de que agentes públicos estão se valendo de expediente
flagrantemente ilegal, com claro prejuízo ao patrimônio jurídico do
Reclamante [Lula], e evidente repercussão no processo eleitoral”.
O procurador alegou que “o STF não inocentou o réu Luiz Inácio Lula
da Silva” e “não tratou do mérito da condenação”. “Não foi afirmado, em
hora nenhuma, que o réu é inocente, mas considerou-se que não cabia à
Justiça Federal do Paraná julgá-lo naqueles processos específicos. Para o
STF, a sentença dada no Paraná foi irregular e, por isso, inválida”,
disse Gamboa.
O ministro rebateu a alegação do procurador, a quem chamou de
“incauto parecerista” na decisão. “A distinção entre ‘sentença
irregular’ e ‘inocência’, tecida pelo incauto parecerista, é de
cristalina leviandade. Tal manifestação do Procurador da Fazenda
Nacional, encampada parcialmente pelo ato reclamado, ostenta nítidos
contornos teratológicos e certa coloração ideológica”, escreveu Mendes.
“Quanto não demonstra, antes, alguma fragilidade intelectual, por
desconsiderar algo que é de conhecimento de qualquer estudante do
terceiro semestre do curso de Direito: ante a ausência de sentença
condenatória penal qualquer cidadão conserva, sim, o estado de
inocência”, completou o ministro.
Prédio do triplex Lula busca na Justiça devolução de R$ 815 mil pagos por apartamento no Guarujá
Por Renan Ramalho – Gazeta do Povo Brasília
Lula quer receber de volta valores pagos por Marisa Letícia por
apartamento no edifício Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo| Foto:
Arquivo/Gazeta do Povo
Desde setembro do ano passado, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta obrigar a OAS
Empreendimentos a devolver a ele R$ 815.344,30, pagos pela
ex-primeira-dama Marisa Letícia, falecida em 2017, para aquisição de um
apartamento em Guarujá (SP). O imóvel fica no mesmo condomínio do famoso
triplex, que levou o petista a ser condenado por corrupção e lavagem de
dinheiro – sentença anulada em 2021 pelo Supremo Tribunal Federal
(STF).
Em 2005, quando Lula era presidente, a então primeira-dama reservou,
na planta, a unidade 141 do futuro Edifício Navia, apartamento de três
quartos e 82,5 metros quadrados. Deu uma entrada de R$ 20 mil e pagou
parcelas mensais até setembro de 2009. O empreendimento, então batizado
como Mar Cantábrico, era de responsabilidade da Bancoop, cooperativa
habitacional dos bancários, e deveria ter sido concluído até fevereiro
de 2007.
A obra atrasou e, em outubro de 2009, sem condições de mantê-la, a
Bancoop passou o prédio, que passou a se chamar Solaris, para o grupo
OAS. Caberia à construtora terminá-lo, o que ocorreu só em 2013, com a
entrega das unidades.
Marisa Letícia decidiu devolver o apartamento em 2015. Na época, Lula
era investigado pelo Ministério Público de São Paulo pela suspeita de
ocultar a propriedade do triplex, unidade bem maior, de 297 metros
quadrados, localizada entre o 16º e o 18º andar do mesmo prédio. Os
promotores paulistas sustentavam que ele havia sido reservado e
reformado pela OAS para Lula. Em 2016, o caso foi transferido para a
Lava Jato em Curitiba e, em setembro do mesmo ano, o Ministério Público
Federal denunciou Lula por corrupção e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente sempre disse que nunca foi dono do triplex, apenas
que ele lhe foi oferecido, mas que nunca aceitou comprá-lo. De fato, não
há escritura da propriedade em nome de Lula. O MPF sustentou, com base
nas provas colhidas pelo MP-SP, que o imóvel era do ex-presidente, mas
não foi registrado em seu nome para ocultar uma vantagem indevida de R$
2,4 milhões, que corresponderia à diferença entre o apartamento antes
adquirido por Marisa e o triplex reformado. Seria uma contrapartida por
contratos bilionários firmados entre a OAS e a Petrobras – relação que a
defesa de Lula também sempre contestou.
As acusações levaram o ex-juiz Sergio Moro a condenar Lula a 9 anos e
11 meses de prisão. A sentença foi confirmada pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF-4) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ),
que reduziu a pena para 8 anos e 10 meses.
Ao anular a condenação, no ano passado, o STF não adentrou no mérito
do caso, apenas invalidou a sentença por entender que o processo deveria
ter tramitado em Brasília, não em Curitiba. Depois a Corte acabou
anulando boa parte das provas por considerar que Moro foi parcial na
condução do caso. Em Brasília, o processo foi arquivado em 2022 por
prescrição.
Viúvo, Lula é inventariante do espólio de Marisa Letícia Lula
hoje figura no processo contra a OAS por ser o inventariante do espólio
de Marisa Letícia. A OAS e a Bancoop foram condenadas em abril de 2019 a
devolver os R$ 815 mil, dois anos após o ajuizamento da ação. O STJ já
rejeitou um recurso da construtora para se livrar da dívida e, agora, a
defesa de Lula batalha numa outra ação, de execução, para forçá-la a
pagar. Em dezembro do ano passado, o juiz Adilson Aparecido Rodrigues
Cruz, da 34ª Vara Cível de São Paulo, bloqueou contas bancárias da OAS
para reter o valor e efetivar o pagamento a Lula.
A OAS, no entanto, está em recuperação judicial e nada foi encontrado
em suas contas. Lula passou, então, a cobrar a dívida da Metha, uma
nova empresa formada pela maioria dos antigos sócios da OAS e que
assumiu parte dos negócios do grupo.
Em abril, a OAS pediu no processo que a dívida não fosse cobrada da
Metha. Alegou que o caso ainda não transitou em julgado, pois teria
recursos judiciais pendentes, e que todos os ativos da OAS “estão
tomados por dívidas preferenciais ou estão atrelados ao cumprimento das
obrigações previstas no plano de recuperação judicial”.
“A OASE [OAS Empreendimentos] continua em processo de recuperação
econômica, passando por longos anos de dificuldades financeiras, que a
levaram, inclusive, a um processo de recuperação judicial e, se não
bastasse, na reta final de sua recuperação, se viu obrigada a encarar
uma pandemia que assolou o mundo”, alegou, acrescentando que a
recuperação judicial “ainda demandará anos para ser cumprida”.
“Não é nada simples – para não falar impossível que uma empresa, que
ainda passa por severa dificuldade financeira, tenha bens ou ativos
livres para fazer frente a um vultoso débito”, disseram os advogados.
Em junho, a defesa de Lula protestou contra a tentativa da OAS de
livrar a Metha do caso, e também pediu o bloqueio de suas contas. Alegou
que a construtora passou a operar contas em nome da sucessora para
escapar das dívidas e ocultar seu patrimônio, o que deveria levar a
Justiça a aplicar-lhe uma multa, que pode chegar a R$ 163 mil (20% do
valor da causa), além do imediato pagamento da restituição a Lula.
“Não reconhecer a sucessão é autorizar conduta fraudulenta, ao não
responsabilizar a Metha, que assumiu o controle do Grupo Econômico da
OAS, inclusive passando a representá-lo judicialmente e notoriamente
constituída para suceder a OAS, mas sem honrar suas obrigações”,
disseram os advogados de Lula, acrescentando que, no último balanço
divulgado, de 2018, a empresa declarava receita de R$ 28 milhões. “Não é
factível que uma empresa deste porte, que propaga diversos
empreendimentos, não tenha um real em suas contas”, completou.
Desde essa manifestação da defesa de Lula, em junho, não houve mais movimentações no processo de execução da dívida.
Quem ficou com o triplex? O triplex foi confiscado em 2017, logo
após a condenação de Lula. Desde então, passou por dois novos donos. Em
2018, o empresário Fernando Gontijo arrematou o imóvel num leilão da
Justiça Federal no Paraná por R$ 2,2 milhões. Neste ano, ele foi
sorteado numa rifa pela internet para um morador de São Paulo.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), durante a sessão de 29 de agosto de 2022 do Senado.| Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Centrais sindicais como a CUT, a Força Sindical e a União Geral de
Trabalhadores pediram ao ministro Alexandre de Moraes o fechamento dos
clubes de tiro na sexta, sábado, domingo e segunda, como se clube de
tiro fosse um perigo para a eleição, um foco de crime. Não sei que poder
teria a Justiça Eleitoral para fechar um clube onde se está praticando
um esporte olímpico e que não está cometendo crime. Agora, vejo uma
ironia nisso. E se CUT, a Força Sindical e as outras centrais pedissem
para a Justiça impedir que os traficantes vendessem drogas na sexta,
sábado, domingo e segunda? Não seria muito mais justo? Porque o sujeito
drogado vai lá votar, pode votar tudo errado. Isso vai atrapalhar o
futuro, nosso e de nossos filhos e netos. Então, seria preferível fazer
um jejum e abstinência de drogas sexta, sábado e domingo, para todo
mundo poder votar consciente.
STF arquiva dois pedidos de investigação contra Bolsonaro Já que
estou falando em membros do TSE, a ministra Cármen Lúcia, no Supremo,
negou mais um pedido do senador Randolfe Rodrigues, depois que outra
solicitação já tinha sido negada no sábado pelo ministro André Mendonça.
Randolfe queria que se investigasse a história dos imóveis da família
Bolsonaro; Mendonça respondeu que não há o menor indício de crime, foi
tudo normal, não há aquela história de “dinheiro vivo”. Dê uma olhada na
escritura da sua casa, está escrito “pagou em moeda corrente nacional”,
mas você não pagou em dinheiro vivo. Não é ignorância, é má-fé.
Randolfe também queria que investigassem uma possível influência do
presidente na Polícia Federal, que contou para o presidente Bolsonaro
alguma coisa sobre as investigações do ex-ministro da Educação, Milton
Ribeiro. O ministro teria comentado com a filha – e eu não sei como
souberam disso, se havia microfone no abajur da casa dele – que o
presidente ligou para ele dizendo ter um “pressentimento” de que iriam
usar o ministro para bater em Bolsonaro. Cármen Lúcia viu que a
Procuradoria-Geral da República já tinha recomendado o arquivamento, até
porque o caso envolvendo o ex-ministro e os com pastores está sendo
tocado normalmente, então ela seguiu a PGR e mandou o pedido para o
arquivo.
Delegados querem Moraes julgado pela Lei de Abuso de Autoridade E
um caso parecido com essa história de escuta mobilizou 131 delegados da
Polícia Federal – saiu até no New York Times, imaginem a importância
disso. O New York Times se perguntou se o Supremo não estaria se
excedendo – e todo mundo sabe que está. Nesse processo que envolveu os
oito empresários, inclusive o Luciano Hang, o STF bloqueou contas, tirou
telefone, computador, foi um horror. Mandou a Polícia Federal na casa
deles; Deus do céu, foi coisa de regime de exceção. Então, 131 delegados
foram à PGR contra o ministro Alexandre de Moraes, com uma queixa-crime
com base no artigo 25 da Lei de Abuso de Autoridade, a Lei 13.869/2019,
que proíbe tentar obter prova por meio ilícito. Afinal, quebraram uma
cláusula pétrea da Constituição, que protege a inviolabilidade das
comunicações pessoais: ficaram ouvindo conversas deles ou pegando
mensagens, como se fosse uma conversa de botequim no mundo digital, e
acharam que isso era uma tentativa de golpe, imaginem só. Bloquearam as
contas e depois desbloquearam, dizendo que o 7 de setembro já tinha
passado e eles não poderiam mais comprar armas para as manifestações,
uma coisa assim. Não afirmaram isso com essas palavras, mas insinuaram
que o dinheiro financiaria atos antidemocráticos. Vocês viram que “atos
antidemocráticos” foram esses no país inteiro, no dia 7 de setembro.
O crime do artigo 25 da Lei 13.869 dá um a quatro anos de prisão. O
do artigo 27, que é instaurar a investigação penal à falta de indício de
crime, dá de seis meses a dois anos de prisão. E o artigo 41, que é
realizar escuta telemática com objetivos não autorizados pela lei, dá de
dois a quatro anos. Nos crimes de responsabilidade, quem julga os
ministros do Supremo é o Senado, mas, como estamos falando de infração
penal comum, a Constituição diz, no artigo 102, I, “b”, que o Supremo
julga as infrações penais comuns cometidas por seus próprios ministros.
Ficou estranho, o próprio tribunal é que julga seus membros. Vai julgar
neste caso? Não sei; a grande curiosidade é saber qual como o
procurador-geral da República, Augusto Aras, vai responder à
apresentação desse pedido de 131 delegados federais.
Enquanto Dilma perdoa Felipe Neto, cito C. S. Lewis: “De todas as
paixões, a paixão pelo Círculo Íntimo é a mais hábil em convencer um
homem que ainda não é muito mau a fazer coisas muito más”.| Foto:
Reprodução/ Twitter
Sempre que escrevo alguma coisa relacionada a
Felipe Neto, as reações que me chegam variam entre o indignado “não sei
por que vocês dão espaço a essa criatura insignificante” e o fingido
“não sei quem é e nem me interessa”. De modo que há alguns meses decidi
incluir o influencer na lista de assuntos desinteressantes, ao lado das
declarações sexuais de Anitta, das piadas hereges do grupo Porta dos
Fundos e da pandemia de Covid.
Mas você leu Felipe Neto ali no título, leu Felipe Neto já na
primeira frase deste texto e já está lendo Felipe Neto pela terceira vez
só neste parágrafo. E, portanto, deve estar se perguntando o que Felipe
Neto fez de tão importante, tão relevante, tão interessante para que eu
o tirasse da minha lista. Antes de responder a essa dúvida legítima,
contudo, peço para você tentar ter em mente que este não é um texto
sobre Felipe Neto. Eu juro!
Ou ao menos não sobre Felipe Neto Rodrigues Vieira, o pedro panela
(!) brasileiro que andou pedindo desculpas a Lula e Dilma por sua
postura antipetista. “É esse o amor que vai vencer”, disse ele. Ou
talvez seja mais exato dizer que ele repetiu o que algum marqueteiro do
partido mandou. Não, este texto não é sobre esse Felipe Neto específico.
Nem sobre esse episódio específico. Embora também seja. É sobre Felipe
Neto enquanto representante de uma geração obcecada pela exposição e que
só encontra motivo para viver se fizer parte do que C. S. Lewis chamou
de “inner ring”, para o desespero de nós, tradutores.
(Venho diretamente do penúltimo parágrafo para pedir aos meus
leitores mais imaturos que, por favor, contenham o seu lado 5ª série ao
ler este que é um texto muito sério. Coisa que, confesso, não consegui
ao escrever – e apagar – a frase “todos temos um vácuo que precisa ser
preenchido”. Isso depois de citar o tal do “círculo íntimo” várias
vezes. Como vocês ainda levarão um tempinho para chegar lá, achei melhor
desde já alertar. Depois não digam que não avisei).
Hipocrisia Por causa do alardeadíssimo pedido de perdão, fui até
reler o ensaio de C. S. Lewis, incluído na coletânea “O Peso da Glória”.
Mas, antes de falar dele, deixe-me explorar um pouquinho o superlativo
absoluto sintético do qual você certamente se lembra. (Ah, que saudade
das aulas da professora Olinda!). Tudo que a geração felipeneteana faz é
alardeado como se fosse histórico, como se fosse um marco para a
Humanidade e como se fosse um sinal claro e inequívoco de que estamos
diante de um ser virtuoso, cujo exemplo deve ser seguido por todos.
E, no entanto, é justamente isso o que a Bíblia define como
hipocrisia: dar esmola e fazer tocar a trombeta para que todos ao redor
fiquem sabendo da sua boa ação. O objetivo disso remonta ao pecado
original de querer ser igualado a Deus e consta também no Evangelho de
Mateus: ser glorificado pelos homens. E aqui é preciso repetir que este
texto não é sobre Felipe Neto, e sim sobre o que ele simboliza: uma
geração de semi-homens obcecados com a opinião que os outros têm deles,
determinados a fazerem o que parece bom e justo não porque seja bom e
justo, e sim para se sentirem adorados como deuses.
Essa é uma mentalidade que, infelizmente, não se restringe à pessoa
física que, desesperada por aceitação, aos poucos se transforma num
monstro moldado pelos que a cercam. Afinal, não se passa um só dia sem
que eu receba e-mail de alguma empresa dizendo que doou isso e doou
aquilo para uma causa política qualquer, por favor, publica aí o nosso
nome no jornal para que as pessoas saibam que somos bons, que defendemos
os gordos e os trans e se for gordo e trans melhor ainda.
Círculo Íntimo Mas há algo ainda mais deplorável do que querer ser
adorado como um deus: querer ser adorado por outros deuses. Ou melhor,
por outras pessoas que vivem para serem adoradas como deuses que,
evidentemente, não são. Aí é que entra o tal “Círculo Íntimo” de C. S.
Lewis (lembre-se de conter o seu lado 5a série). No ensaio, o apologista
cristão fala dessa necessidade diabólica de se sentir entre os
escolhidos. Porque, uma vez que a pessoa se veja aceita nesse Olimpo
macabro, ela imediatamente passa a ver os outros com a arrogância típica
de quem se considera superior. Daí para a maldade é um pulo.
“Que os Círculos Íntimos sejam inevitáveis e até um dado inocente da
vida, ainda que certamente não belo: mas e quanto ao nosso desejo de
fazer parte deles, nossa angústia quando nos sentimos excluídos e o
prazer que sentimos ao sermos aceitos?”, pergunta C. S. Lewis no seu
estilo às vezes rebuscado demais. Traduzindo: é lícito querer se
associar a pessoas com as quais se compartilha certas afinidades
eletivas – e, se não me falha a memória do romance de Goethe que li
quando ainda tinha uma vasta cabeleira, não citei o livro por acaso. Mas
não é nada belo buscar a felicidade por esse meio.
Estamos cercados por felipenetos. Pior: por rotineiramente
confundirmos aceitação com amor, em alguma medida somos todos
felipenetos. Até por influência das redes sociais (da qual o personagem
em questão é escravo), todos queremos ser aceitos e admirados por
aqueles que admiramos. Porque todos temos um vácuo que precisa ser
preenchido e, no mundo materialista em que vivemos, a Graça não nos
basta. Assim, todos abdicamos de alguma coisa a fim de nos sentirmos
aceitos na família, no trabalho, na comunidade e até nas redes sociais. O
problema é que há Círculos Íntimos que exigem que abdiquemos de nossas
virtudes – o que me parece ser o caso do PT e da beautiful people
progressista que tanto seduz os felipesnetos por aí.
A diferença entre o pecador e o justo, pois, está naquilo de que nos
dispomos a abrir mão para que nos convidem para o tal Círculo Íntimo. E
também no tipo de Círculo Íntimo que nos atrai. Afinal, uma coisa é
querer fazer parte da, sei lá, minha roda de pôquer; e outra
completamente diferente é querer se filiar ao PT. Porque, para citar
novamente C. S. Lewis, que não merecia estar neste texto cheio de tantos
termos vulgar e infantilmente dúbios, “de todas as paixões, a paixão
pelo Círculo Íntimo é a mais hábil em convencer um homem que ainda não é
muito mau a fazer coisas muito más”.
A essa altura, muitas empresas percebem o valor dos dados e como eles
podem ser seu ativo mais valioso. E é fácil entender isso quando vemos
que os dados dão às empresas a capacidade de tornar seus processos de
negócios mais eficientes, sua equipe mais produtiva e permitir que
atendam melhor os clientes.
O problema é que, hoje em dia, as empresas estão gerando dados mais
rápido do que nunca. Portanto, um insight que tem valor hoje pode não
ter valor amanhã. Como resultado, e para obter valor de seus dados, as
empresas precisam processar e analisar grandes quantidades de dados
quase em tempo real.
Obter insights e tomar ações instantaneamente, após ou até mesmo
durante uma interação com um cliente ou integração de um processo – tudo
isso baseado em IA e machine learning -, essa é a proposta do Real-Time
Analytics, permitindo que diversos processos sejam revisados e
melhorados na velocidade que cada negócio precisa.
Mas o que é o Real-Time Analytics, como ele funciona e por que sua
organização precisa dele? Vamos dar uma olhada nessas questões com mais
detalhes.
O que é Real-Time Analytics?
Também conhecido como RTA, em sua essência, o processamento e análise
de dados em tempo real é a capacidade de as empresas verem, analisarem e
obterem insights de seus dados assim que eles são coletados. Em termos
simples, diz respeito ao processamento de um volume de dados assim que o
mesmo é produzido, para retornar insights em tempo hábil para uma
possível tomada de decisão ou para que sistemas analíticos possam
disparar ações e processos de forma autônoma (RPA).
Assim, em comparação com o processamento em lote tradicional, o RTA
oferece às empresas benefícios tangíveis que incluem velocidade. Com o
processamento em lote, grandes quantidades de dados são processadas em
horários programados por meio de um único processo. Isso significa que
os dados levam tempo para serem processados e informações valiosas e
sensíveis podem ser perdidas. Além disso, pode ocorrer uma
desatualização das informações, o que pode gerar um impacto
significativo nos processos de negócios.
Por outro lado, o Real-Time Analytics permite que as empresas
obtenham insights sobre seus dados imediatamente quando são ingeridos,
protegendo recursos. Como o Real-Time Analytics permite que as empresas
espalhem o processamento de dados ao longo do tempo, ele normalmente
precisa de menos recursos em comparação ao processamento em lote, no
qual grandes quantidades de dados são processadas de uma só vez.
Por que é importante nos negócios digitais modernos?
O negócio digital é um modelo onde resolvemos tudo de forma fácil,
dinâmica, a qualquer momento e muitas vezes de forma instantânea, sem
problemas com disponibilidade ou horários. Isso traz uma relação mais
próxima e aberta para os consumidores.
Em um mercado tão competitivo, é quase impossível continuar trabalhando sem aderir a esse cenário.
Agora que já vimos o que é Real-Time Analytics e sua importância,
vejamos alguns benefícios que as empresas podem aproveitar ao
implementá-los.
Impulsiona uma melhor tomada de decisão
Um dos principais benefícios da análise em tempo real é que ela
permite que as empresas tomem decisões melhores com mais rapidez. Isso
ocorre simplesmente porque eles podem obter informações precisas e
valiosas de seus dados quase em tempo real. Com base nesses dados, essas
empresas podem introduzir novas estratégias, processos de negócios e
ideias para melhorar suas operações. Além disso, ter acesso a insights
em tempo real permite que as empresas capitalizem oportunidades no
mercado que não conseguiriam de outra forma.
Em última análise, ter acesso a esses insights em tempo real
constitui a base de decisões de negócios sólidas, que afetam não apenas a
receita de uma empresa, mas também seu sucesso.
Capacidade de identificar e corrigir problemas mais rapidamente
Em um mercado competitivo, é vital que as empresas sejam tão
eficientes e produtivas quanto possível. Isso, por sua vez, depende de
as empresas terem processos e fluxos de trabalho de operações e negócios
simplificados.
Com o processamento de dados e eventos em tempo real, as empresas
obtêm insights quase instantaneamente. Como resultado, são capazes de
identificar problemas em seus processos de negócios e fluxos de trabalho
com muito mais rapidez do que antes. E como são capazes de identificar
esses problemas mais rapidamente, conseguem corrigi-los com mais
agilidade, antes que eles causem uma falha completa nas operações.
O Real-Time Analytics pode identificar crises ou problemas com a
análise de canais de atendimento, como mídias sociais e central de
atendimento. Pode efetuar predições em relação ao estoque de produtos,
problemas logísticos ou transacionais, indisponibilidade de serviços,
entre outros. A partir daí, podemos notificar as áreas responsáveis de
forma proativa.
Isso garante que as empresas protejam a própria reputação e mantenham sua capacidade de geração de receita.
Vantagem competitiva
Por meio de processamento e análise de dados em tempo real, as
empresas podem entender como se comportam no mercado, o que funciona e o
que não funciona, e acompanhar as tendências do setor. Assim, por
exemplo, as empresas podem ver quando seus concorrentes mudam negócios,
preços ou estratégias de marketing e reagem mais rápido do que antes.
Isso lhes dá a agilidade e a flexibilidade que precisam para se adaptar
rapidamente às mudanças e se destacar da multidão.
Por sua vez, a capacidade de responder melhor à concorrência e
capitalizar as tendências dá a eles a vantagem competitiva para o
sucesso contínuo.
Atenda melhor aos clientes
Quando as empresas têm acesso a insights em tempo real, podem
monitorar o comportamento de seus clientes, o que lhes dá uma melhor
compreensão de quem são eles e como atendê-los melhor.
Por meio de processamento e análise de dados em tempo real, as
empresas podem acompanhar as tendências dos consumidores e outros
aspectos que influenciam os gastos dos clientes. Com base nessas
informações, conseguem implementar as estratégias necessárias, alinhadas
com o comportamento dos clientes. Como resultado, podem comercializar
melhor e vender mais, o que aumenta a receita.
Por exemplo, podemos melhorar a experiência do cliente em e-commerces
ou marketplaces ao conferir descontos, analisar estoque em tempo real,
sugerir produtos ou até mesmo notificar a equipe de atendimento para
recuperar clientes com carrinhos de compra abandonados.
Mas os insights em tempo real vão além da aquisição de clientes,
também são capazes de melhorar significativamente o atendimento ao
cliente. Assim, com insights em tempo real, as empresas podem ver se
seus clientes têm algum problema com seus produtos ou serviços. Eles são
capazes de responder mais rapidamente e manter seus clientes
satisfeitos.
O RTA permite uma abordagem personalizada com foco no cliente,
melhorando os resultados a partir da análise da jornada do cliente em
real time. Isso auxilia o aprendizado com as interações mais relevantes a
partir do contexto dos objetivos de cada cliente e da experiência
geral.
Dessa forma, cada momento é altamente personalizado. Afinal, as
interações atuais estão baseadas nas informações da experiência
anterior.
Por exemplo, fornecer ao atendente orientação com base no perfil e
comportamento de cada cliente, identificar clientes insatisfeitos ou
propensos ao cancelamento e tomar medidas proativas, identificar
oportunidades de retenção ou upsell com sugestões dinâmicas são alguns
dos caminhos facilitados.
Eficiência de custos
O Real-Time Analytics pode consumir menos recursos do que o
processamento em lote. Embora isso, por si só, gere economia de custos,
também existem outras vantagens relacionadas à eficiência de gastos.
As empresas podem melhorar seus processos de negócios, tornar sua
equipe mais produtiva, comercializar melhor e vender mais. Isso, em
última análise, significa que a empresa em geral é mais eficiente. Como
resultado, é capaz de gerar mais receita a um custo menor.
Para qualquer empresa que queira ser mais eficiente, reduzir custos,
entender melhor seus clientes e gerar mais receita, o processamento e a
análise de dados em tempo real são a resposta. E aproveitar os
benefícios não precisa ser complicado. Na verdade, chegou o momento das
empresas, de todos os tamanhos, colherem as vantagens do processamento
de dados em tempo real sem ter que lidar com a complexidade inerente.
Recentemente li algumas questões sobre RTA e notei não haver muitas
explicações sobre. Buscando um pouco mais a fundo esse assunto me
deparei com algumas questões conceituais, nada sobre codificação.
Um aplicativo em tempo real (RTA) é um programa de aplicativo que
funciona dentro de um período de tempo que o usuário percebe como
imediato ou atual. A latência deve ser inferior a um valor definido,
geralmente medido em segundos.
O que qualifica um aplicativo como sendo ou não uma RTA? Seu tempo de execução?
Uma RTA necessita de uma determinada plataforma de hardware para funcionar?
Qual seria o método de desenvolvimento orientado (objetos, modelos, testes, comportamento) mais indicado para criar uma RTA?
Para plataformas gerais, existem métodos/linguagens mais indicados(as) que otimizem o desempenho da aplicação?
Qual a implicação da taxa de latência numa RTA?
O que qualifica um aplicativo como sendo ou não uma RTA? Seu tempo de execução?
Não gosto dessa ideia de aplicação em tempo real. Uma aplicação pode
ter partes em tempo real e partes que não são. Se tem alguma parte que
não é então a aplicação não é tempo real, mas isso quer dizer nada.
Rotinas específicas precisariam ser em tempo real.
Em pontos específicos é necessário que a resposta aconteça com um
tempo máximo determinado. Não é questão de ser rápido ou lento, é ser
garantido que não demora mais que aquilo. Claro que é comum que as
medidas sejam baixas.
Uma RTA necessita de uma determinada plataforma de hardware para funcionar?
Não necessariamente, mas existem plataformas que podem ser difíceis de manter o tempo real. E existem algumas que facilitam.
Qual seria o método de desenvolvimento orientado (objetos, modelos, testes, comportamento) mais indicado para criar uma RTA?
Isso tudo é bobagem, está olhando para coisas erradas. Nada disso tem a ver com real time.
O que acontece é que aplicações muito complexas com muita abstração
fica mais complicado analisar se as garantias serão cumpridas.
Para plataformas gerais, existem métodos/linguagens mais indicados(as) que otimizem o desempenho da aplicação?
Tem certas linguagens que impõe uso de um garbage collector ou
outros mecanismos que podem tornar os tempos de execução imprevisíveis,
o que torna impossível dar as garantias necessárias. Ainda pode ser
possível, mas dará tanto trabalho que não compensa usar aquela
linguagem. Então o pessoal costuma usar mais C, C++, Ada, Rust, e
linguagens assim. Mesmo essas não podem garantir o tempo real, apenas
criam menos dificuldades.
Fora isso nada específico nas linguagens mainstream.
Tem sistemas operacionais que ajudam o RT, outros dificultam.
Qual a implicação da taxa de latência numa RTA?
Quando a latência ultrapassa o limite estabelecido perde-se uma oportunidade que não poderia. Pode ser:
um frame de um jogo que atrasa a renderização e prejudica a jogabilidade
um
controle de mercado de ações e assemelhados que acaba acidentalmente
privilegiando uma operação em detrimento de outra que passou por atraso
da aplicação
uma simulação que produz resultados distorcidos
um controle de avião que atrase e provoque um acidente por executar fora do momento que precisaria
que não pegue um erro que só pode ser identificado em um momento ou ainda criar uma condição de corrida que não aconteceria se o tempo fosse respeitado
que crie uma disrupção em algo que precisa manter uma sequência linear.
Esses são alguns entre inúmeros exemplos.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O QUE REPRESENTA A STARTUP VALEON NO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
Existem várias empresas especializadas no mercado para
desenvolver, gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é
uma consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do
mercado para auxiliar a sua empresa na geração de
resultados satisfatórios para o seu negócio. Porém, antes de pensar em
contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer
algumas considerações.
Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa
especializada para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que
possui profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem
potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e
isto resulta em mais vendas.
A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer
estágio do seu projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos
algumas considerações importantes:
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis
nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas
por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em
mídia digital. Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda
online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com
pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno
é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia
ainda mais barato. Diferentemente da mídia tradicional, no online, é
possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser
trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma
e realizar a mudança, voltando para o original quando for
conveniente. Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em
tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que
a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de
visualizações e de comentários que a ela recebeu. A mídia online
possibilita que o seu consumidor se engaje com o material
postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível
acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua
mensagem está agradando ou não a sua audiência. Outra possibilidade é a
comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal,
por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação
entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o
consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real,
criando uma proximidade com a empresa. Com as vantagens da propaganda
online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar
para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater
apenas à sua cidade. Uma das principais vantagens da
publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios
às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou
serviços, e excluir aquelas que não estão. Além de
tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus
anúncios, e quais as respostas aos mesmos. A publicidade online
oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes
à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores,
portáteis, tablets e smartphones.
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas
exporem seus produtos e receberem acessos. Justamente por reunir uma
vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon
atrai uma grande diversidade e volume de público.
Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos
consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro
contato por meio dessa vitrine virtual. Tem grande variedade de ofertas
também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e,
inclusive, voltem com frequência pela grande
diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de
contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só
plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes. Inserir seus
anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo
“ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas
frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no
principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair
um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao
lojista o crescimento do negócio como um todo. Quando o assunto é
e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais
importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual,
atraindo os consumidores para comprar produtos dos
mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também
possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a
uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com
diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do
faturamento no e-commerce brasileiro em 2020.
Por que as grandes empresas querem se aproximar de startups?
Se pensarmos bem, é muito estranho pensar que um conglomerado
multibilionário poderia ganhar algo ao se associar de alguma forma a
pequenos empresários que ganham basicamente nada e tem um produto recém
lançado no mercado. Existe algo a ser aprendido ali? Algum valor a ser
capturado? Os executivos destas empresas definitivamente acreditam
que sim. Os ciclos de desenvolvimento de produto são longos, com taxas
de sucesso bastante questionáveis e ações de marketing que geram cada
vez menos retorno. Ao mesmo tempo vemos diariamente na mídia casos de
jovens empresas inovando, quebrando paradigmas e criando novos mercados.
Empresas que há poucos anos não existiam e hoje criam verdadeiras
revoluções nos mercados onde entram. Casos como o Uber, Facebook, AirBnb
e tantos outros não param de surgir.
A partir deste terceiro questionamento, surgem as primeiras
ideias de aproximação com o mundo empreendedor. “Precisamos entender
melhor como funciona este mundo e como nos inserimos!” E daí surgem os
onipresentes e envio de funcionários para fazer tour no Vale e a rodada
de reuniões com os agentes do ecossistema. Durante esta fase, geralmente
é feito um relatório para os executivos, ou pelas equipes de inovação
ou por uma empresa (cara) de consultoria, que entrega as seguintes
conclusões:
O plano de ação desenhado geralmente passa por alguma ação
conduzida pela área de marketing ou de inovação, envolvendo projetos de
aproximação com o mundo das startups. Olhando sob a ótica da startup,
uma grande empresa pode ser aquela bala de prata que estávamos esperando
para conseguir ganhar tração. Com milhares de clientes e uma máquina de
distribuição, se atingirmos apenas um percentual pequeno já conseguimos
chegar a outro patamar. Mas o projeto não acontece desta forma.
Ele demora. São milhares de reuniões, sem conseguirmos fechar contrato
ou sequer começar um piloto. Embora as grandes
empresas tenham a ilusão que serão mais inovadoras se conviverem mais
com startups, o que acaba acontecendo é o oposto. Existe uma expectativa
de que o pozinho “pirlimpimpim” da startup vá respingar na empresa e
ela se tornará mais ágil, enxuta, tomará mais riscos. Muitas vezes não
se sabe o que fazer com as startups, uma vez se aproximando
delas. Devemos colocar dinheiro? Assinar um contrato de exclusividade?
Contratar a empresa? A maioria dos acordos acaba virando uma “parceria”,
que demora para sair e tem resultados frustrantes.
Esta falta de uma “estratégia de casamento” é uma coisa muito comum. As
empresas querem controle. Não estão acostumadas a deixar a startup ter
liberdade para determinar o seu próprio rumo. E é um
paradoxo, pois se as empresas soubessem o que deveria ser feito elas
estariam fazendo e não gastando tempo tentando encontrar startups. As
empresas acham que sabem o que precisam. Para mim, o maior teste é
quando uma empresa olha para uma startup e pensa: “nossa, é exatamente o
que precisamos para o projeto X ou Y”.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn jáé tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com aexperiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais
operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além
de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também
resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os
lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a
ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a
responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade
de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso
crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás,já estamos fazendo há algum
tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa
parceria com a sua empresa seja oficializada. A exemplo de outras
empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas
lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de
opções. O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia. Um dos
pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo
de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela
nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor
praticado pelo mercado. Vamos agora, enumerar uma série de vantagens
competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa
tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos
contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está
apenas começando. Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma
triplicar seu crescimento, não é? Colocamos todo esse potencial criativo
para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz
divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a
atenção para as seguintes questões:
• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões. • Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital. • Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline. • É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva. •
Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda,
seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc. • Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:
a) Digitalização dos Lojistas; b) Apoio aos lojistas; c) Captura e gestão de dados; d) Arquitetura de experiências; e) Contribuição maior da área Mall e mídia; f) Evolução do tenant mix; g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão; h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista; i) Convergência do varejo físico e online; j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens; k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings; l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição; m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.
• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida
e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge
disso, fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse
mercado aqui do Vale do Aço. • Essa ascensão fica
mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio de parceiros
já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na
execução de nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na
preferência dos empresários aqui do Vale do Aço para os nossos serviços. •
Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são
capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos. • A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito. •
O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do
mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas
desse mercado e em especial viemos para ser mais um
complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de
nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com
tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina
dessa grande empresa. Temos a missão de surpreender
constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em
constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do
consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente. •
Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de
divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu
faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao
site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 170.000
acessos.
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing; • Atraímos visualmente mais clientes; • Somos mais dinâmicos; • Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções; • O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes; • Proporcionamos aumento do tráfego orgânico. •
Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores,
redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o
potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.
Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação
de suas Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades
de divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do
que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines. Pretendemos
ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo:
fotos, endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp,
etc. O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que
seja também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do
Aço.
Quando você liga a
televisão no jornal ou acompanha alguma discussão na internet, pode ser
que fique pessimista sobre o presente e o futuro do Brasil. As vozes
mais barulhentas são aquelas que falam só do caos e dos problemas. Mas
será que tudo é lamento? Não temos nada a celebrar? Indo contra as
expectativas de muitos comentaristas de plantão, o Brasil teve, sim,
avanços importantes na economia, nos últimos anos, que devem ser
celebrados. É um grande legado do ministro da economia, Paulo Guedes.
Há menos de uma semana, por exemplo, o Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada) divulgou que, em julho de 2022, o número de
brasileiros empregados chegou ao número de 100 milhões. É um recorde: o
maior número de brasileiros com emprego na série histórica, iniciada em
2012. O número de desocupados no Brasil agora é de 9,7 milhões, 8,9% da
população, menor taxa desde julho de 2015. E o emprego, nas palavras de
Ronald Reagan, é o melhor programa social.
Os investimentos diretos no Brasil chegaram a US$ 52,6 bilhões só no
primeiro semestre deste ano, superando todo o ano de 2021 (que somaram
US$ 46,4 bilhões). Os dados são de uma estatística do Banco Central do
Brasil (BCB). Em 2021, o comércio exterior do Brasil, considerando
importações e exportações, bateu o recorde sobre o PIB, acumulando 39%
do Produto Interno Bruto. É o maior percentual da série histórica do
Banco Mundial, que começou em 1960. O saldo comercial da corrente do
comércio exterior brasileiro do atual governo, considerando tanto as
exportações como as importações, atingiu R$ 1 trilhão (US$ 191 bilhões).
“O comércio exterior do Brasil chegou a 2% do total mundial no 1º
trimestre deste ano. Parece pouco, mas é aproximadamente o dobro do que
tem vigorado desde os anos 1960. A escalada do comércio exterior como
proporção do PIB costuma preceder fortes ciclos de desenvolvimento”,
explica Paulo Silva Pinto, editor sênior do Poder360.
O número de desocupados no Brasil agora é de 9,7 milhões, 8,9% da
população, menor taxa desde julho de 2015. E o emprego, nas palavras de
Ronald Reagan, é o melhor programa social
Este ano, o Brasil também voltou ao top 10 das maiores economias do
mundo, saiu da 13ª posição no 4º trimestre de 2021 para a 10ª em março
de 2022, segundo o ranking Austin Rating. Outra boa notícia deste ano:
segundo uma projeção do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada),
a extrema-pobreza deve cair 22% no Brasil até o final do ano. Na
contramão, ela deve aumentar 15% no mundo. Em outras palavras, isso
significa que o Brasil, proporcionalmente, terá uma parcela muito menor
de pessoas na extrema-pobreza em relação ao mundo.
O ano de 2022 também foi marcado pela formalização do processo de
adesão do Brasil à Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), já que nosso país recebeu a carta-convite da
administração da OCDE no dia 25 de janeiro de 2022. O processo, aprovado
pelos embaixadores dos 37 países que compõem a organização, não tem
data final para acabar, mas deve levar até 3 anos para ser concluído a
partir de agora. Em mais de três décadas, o Brasil aderiu a 103 dos 251
instrumentos normativos da OCDE, 37 deles nos últimos 3 anos, durante o
atual governo. “O Brasil é o único país a integrar o G20, o BRICS e em
processo de ingresso à OCDE”, declarou o presidente Jair Bolsonaro nas
redes sociais. Isso será um avanço muito grande para o país em termos de
governança e institucionalidade.
E, por falar no G20, grupo que reúne 19 países e a União Europeia, a
inflação do Brasil está caindo e já é a 6ª menor entre países do grupo.
Os dados são de um levantamento da Austin Rating, e revelam que o índice
brasileiro, acumulado de 4,4% de janeiro a agosto, se aproxima da média
dos países mais ricos, e é menor que o da União Europeia (7,6%), Reino
Unido (7,1%), Alemanha (7%) e dos Estados Unidos (5,4%). “O alívio na
inflação brasileira foi sentido a partir de julho, motivado pela redução
da alíquota do ICMS sobre a gasolina e a energia elétrica nos estados —
após o Governo Federal ter zerado o PIS/Cofins sobre a gasolina e o
etanol. Mas as medidas valem só até o fim deste ano. Além disso, o país
ainda enfrenta pressão dos preços de bens industriais e de serviços”,
explica o caderno de economia do R7.
O Brasil também liderou a conclusão do acordo do Mercosul com a
Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), bloco integrado pelos
países mais ricos da Europa fora da zona do Euro (Suíça, Noruega,
Islândia e Liechtenstein), em 23 de agosto de 2019. O EFTA é o nono
maior ator no comércio mundial de bens e o quinto maior no comércio de
serviços, e possui um PIB de US$ 1,1 trilhão e uma população de 14,3
milhões de pessoas. O acordo Mercosul-EFTA representará um incremento do
PIB brasileiro de US$ 5,2 bilhões ao longo de 15 anos, estima o
Ministério da Economia. Embora alguns países europeus estejam atrasando o
processo, é um caminho sem volta que vai gerar muitos frutos para o
nosso país.
De 2019 a 2022, o Brasil concluiu 15 acordos de comércio
internacional, contabiliza o administrador de empresas e diretor do
Instituto Liberal, João Luiz Mauad. Entre 2003 e 2018, o Brasil concluiu
apenas 17 acordos, “todos de abrangência menor do que os dos últimos 3
anos e meio”, diz Mauad. Além disso, o Brasil foi reconhecido pelo Banco
Mundial como o 7° líder em governo digital numa avaliação com outros
198 países em setembro de 2021. Um dos motivos principais foi o GOV.BR,
que entregava serviços digitais a 115 milhões de brasileiros — mais da
metade da população — à época (hoje, o número subiu para 130 milhões de
usuários). Nenhum outro país das Américas ficou à frente do Brasil, nem
mesmo Estados Unidos ou Canadá. Outro motivo para celebrar: hoje, o
tempo médio de abertura de uma empresa no Brasil é de menos de um dia
(23 horas), algo nunca visto antes na história — em janeiro de 2019, o
tempo médio era de 5 dias e 9 horas.
O Governo estima o primeiro superávit em 8 anos, de R$ 13,5 bilhões. É
uma melhora R$ 72,9 bilhões na situação fiscal, em comparação à
avaliação do bimestre anterior, que apontou déficit primário de R$ 59,3
bilhões. O aumento da arrecadação federal também representa aumento nas
transferências para os estados e municípios, um montante de R$ 464
bilhões (4,8% do PIB). Já a projeção do crescimento do PIB de 2022 saiu
de 2,2% para 2,65%, conforme o Boletim Focus. Alguns economistas já
estimam que o crescimento do PIB em 2022 deve ultrapassar 3%. Se isso se
confirmar, o Brasil deve ser um dos países que mais vai crescer no
mundo em 2022.
Estes são só alguns dados entre muitos outros índices positivos sobre
a economia do Brasil. Nosso país retomou o avanço da economia, a
organização das contas públicas, o crescimento de mercado e intensificou
a integração aos gigantes da economia mundial. Sem dúvida, são dados
que devem ser celebrados. Mas esse não é o maior legado de Paulo Guedes.
O maior legado de Paulo Guedes, feito de forma silenciosa, foi a
mudança do eixo de desenvolvimento do país. Antes, um eixo liderado pelo
estado, com todas as distorções e escândalos de corrupção que
acompanham esse modelo, para um modelo de eixo de desenvolvimento
liderado pelo setor privado, com menos dirigismo estatal. Esse é o
verdadeiro caminho da prosperidade.
Ao abrir mão de uma economia com excesso de intervenção estatal, onde
as conexões políticas eram mais importantes para o sucesso de uma
empresa do que a qualidade dos seus produtos e serviços, Paulo Guedes
transferiu o poder da burocracia para o cidadão, dos políticos para os
consumidores. Isso nunca foi feito em 35 anos de governos de
centro-esquerda. O poder econômico concentrado no estado mercantiliza os
parlamentos e corrompe a democracia representativa. O retorno desse
modelo, defendido por Luiz Inácio Lula da Silva, será um grande
retrocesso, já que existe uma correlação entre alta intervenção estatal e
altos índices de corrupção. Isso sem falar nas reduções estruturais de
impostos, que devolvem o poder de compra para as pessoas.
As leis do Cadastro Positivo, da Liberdade Econômica, das Agências
Reguladoras, de Telecomunicações, do Saneamento, de Governo Digital, de
Falências, de Internet das Coisas, de Assinatura Digital, de Autonomia
do Banco Central, do Gás, de Compras Públicas, de Startups, de Ambiente
de Negócios, de Propriedade Industrial, de Ferrovias, de Cabotagem, de
Modernização dos Cartórios, de Garantias, de Securitização, de
privatização da Eletrobras; entre outras, são exemplos desse novo eixo
de desenvolvimento no qual o cidadão é o grande protagonista, e o estado
é o grande servidor.
Embora muitos prefiram torcer contra ou olhar somente para o que vai
mal, deixar o país no rumo certo inclui reconhecer os pontos positivos —
sem isso, não é possível focar onde mais se precisa melhorar. O debate
público precisa de mais análises honestas e menos alarmismo. Quando o
estado é o grande protagonista, em uma economia dirigista, e o cidadão é
o servidor, o país fica no caminho da servidão. A história já mostrou
isso inúmeras vezes. Na hora de votar, não podemos voltar ao caminho da
servidão. O Brasil precisa de mais prosperidade!
O presidente russo, Vladimir Putin: analistas concordam que há
risco real de Moscou usar armas nucleares táticas na Ucrânia, mas não há
consenso sobre como seria a resposta| Foto: EFE/EPA/ILYA
PITALEV/SPUTNIK/KREMLIN
Na semana passada, ao anunciar a
mobilização de 300 mil reservistas para lutar na Ucrânia, o presidente
da Rússia, Vladimir Putin, voltou a fazer ameaças de utilizar armas
nucleares no conflito iniciado em fevereiro.
O líder russo disse que esses armamentos poderiam ser usados para
“defender” o território do país, já antevendo as anexações que estão
sendo votadas em referendos no leste e no sul ucraniano que terminam
nesta terça-feira (27). A Ucrânia e o Ocidente já adiantaram que não vão
reconhecer os resultados dessas consultas, marcadas por denúncias de
irregularidades e coação.
Essa ameaça do Kremlin desperta algumas questões principais: trata-se
de um risco real ou é um blefe de Putin? Caso a Rússia utilizasse armas
nucleares, onde e como seriam esses ataques? E qual seria a reação do
mundo?
Em um artigo para o New York Times, Jonathan Stevenson, membro sênior
do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, e Steven Simon, do
Centro de Estudos Internacionais do Instituto de Tecnologia de
Massachusetts (MIT), destacaram que o uso de armas nucleares táticas
pela Rússia, que têm exponencialmente menos poder, mas que ainda podem
produzir uma explosão de até 50 quilotons de TNT (o rendimento da bomba
de Hiroshima foi de cerca de 15 quilotons), abriria um novo capítulo da
história militar, de consequências imprevisíveis.
“As armas nucleares táticas [sua presença no arsenal das potências
nucleares e o uso político da ameaça de sua utilização] estão
desestabilizando o delicado equilíbrio da dissuasão. Elas reduzem as
barreiras ao uso nuclear e tornam imprecisa a fronteira entre a guerra
convencional e a nuclear”, explicaram.
Para o analista militar Alessandro Visacro, há chances reais de a
Rússia usar armas nucleares táticas nos próximos meses, pelo fato de
Moscou “precisar colher uma vitória” num conflito que o especialista
aponta como sendo uma guerra “por procuração” com o Ocidente, e também
pelo aumento nas tensões, em que nenhum lado busca uma desescalada.
“Progressivamente, estão sendo aumentadas as apostas, e essas
apostas, numa diplomacia até mesmo irresponsável e inconsequente, já
ultrapassaram vários limites. Só o fato de você ter um conflito armado
hoje no leste europeu já é algo que é completamente desnecessário. Isso
denota o desastre de uma diplomacia que ao longo das últimas décadas tem
cometido erros gravíssimos”, destacou.
O também analista militar Paulo Filho concorda que o risco é real. “O
uso de armamento nuclear é um tabu, só foi utilizado duas vezes, em
Hiroshima e Nagasaki, pelos Estados Unidos, em 1945, e depois nunca
mais. Mas é uma ação que não pode ser descartada. Se o Putin se sentir
completamente sem saída, é possível que ele as use, o que escalaria o
conflito num nível inimaginável”, alertou o especialista.
Se há certo consenso entre analistas militares de que Putin pode
realmente usar armas nucleares táticas na Ucrânia, o mesmo não pode ser
dito quando a questão é qual seria a reação caso esse ataque
acontecesse.
No fim de semana, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca,
Jake Sullivan, disse em entrevista à CBS News que os Estados Unidos
advertiram a Rússia a respeito dessa questão. “Comunicamos diretamente,
em privado, em níveis muito elevados do Kremlin, que qualquer uso de
armas nucleares terá consequências catastróficas para a Rússia, que os
Estados Unidos e nossos aliados responderão decisivamente”, afirmou.
Richard K. Betts, professor na Universidade de Columbia e membro
sênior adjunto do think tank americano Conselho de Relações Exteriores,
apontou em artigo para a revista Foreign Affairs que os Estados Unidos
poderiam responder de três formas: condenar o ataque nuclear, mas não
fazer nada militarmente; usar também armas nucleares; ou entrar na
guerra diretamente com ataques aéreos convencionais em larga escala e
mobilização de forças terrestres, sem recorrer a armamento nuclear.
“Todas essas alternativas são ruins porque não existem opções de
baixo risco para lidar com o fim do tabu nuclear. Uma resposta de guerra
convencional seria a menos ruim das três porque evitaria os maiores
riscos das opções mais fraca e mais forte”, argumentou, citando a “luz
verde” que seria dada ao Kremlin pela primeira escolha e a escalada
nuclear inimaginável que poderia resultar da segunda.
No caso de uma resposta também nuclear da OTAN, a aliança militar do
Ocidente, Betts escreveu que a noção prevalente é que haveria um ataque
“olho por olho”, ou seja, proporcionar à Rússia um estrago proporcional
ao do primeiro ataque do Kremlin. A outra seria responder numa escala
maior. Nesse caso, os riscos seriam as consequências para a população
ucraniana, caso o ataque contra as tropas russas fosse dentro do país
invadido, ou gerar uma “guerra ilimitada” se a resposta fosse em
território russo.
Afastamento de China e Índia? Paulo Filho, porém, não acredita que
a OTAN entraria diretamente na guerra da Ucrânia mesmo após um ataque
russo com armas nucleares táticas.
“Acho que eles [países da OTAN] aumentariam o apoio em armamento
convencional, fornecendo alguns que ainda não foram oferecidos. Por
exemplo, sistemas de armas Patriot, antiaéreos e antimísseis, mísseis de
alcance superior a 70 km para o sistema lançador múltiplo de foguetes
Himars, então, armamentos convencionais mais avançados para apoiar
melhor o esforço de guerra ucraniano. E a OTAN também aumentaria a
retórica contra a Rússia, o fornecimento de dinheiro e material [à
Ucrânia], mas se envolver diretamente na guerra, não”, explicou, citando
o fato de a Ucrânia não integrar a aliança militar.
O analista militar destacou que o uso de armas nucleares poderia levar até mesmo aliados a se distanciar de Putin.
“Se a Rússia usar uma arma nuclear tática na Ucrânia, eles [Kremlin]
podem, por exemplo, usá-la num ponto remoto, pouco habitado, que
causasse relativamente poucas baixas e pouca contaminação nuclear,
apenas como uma forma de aviso, de que estariam dispostos a empregar
esse armamento”, argumentou Paulo Filho.
“Agora, se fosse usada uma arma dessas em Kyiv, por exemplo, tentando
eliminar o presidente [Volodymyr] Zelensky e seu governo, isso causaria
uma comoção internacional muito grande e os russos ficariam
completamente isolados. Não teriam apoio de ninguém, nem da China, nem
da Índia. E isso seria uma postura claramente ofensiva, o que
contrariaria toda a retórica russa de que somente utilizaria armas
nucleares para se defender”, complementou o especialista.
Paulo Filho citou ainda que um ataque em território russo, tanto
nuclear quanto convencional, “seria a Terceira Guerra Mundial”, por isso
acredita que essa possibilidade não será considerada pelo Ocidente.
Entretanto, isso não significa que Kyiv não continuará tentando
recuperar as regiões ocupadas nos oblasts onde estão sendo realizados
referendos de anexação pela Rússia.
“Quando o Putin faz esses referendos de anexação em Donetsk, Luhansk,
Kherson e Zaporizhzhia, está criando uma retórica para sua própria
população, de que aquilo passou a ser território russo. Mas é claramente
um truque, então, o Ocidente não se sentirá obrigado a considerar
aquilo território russo e os ucranianos continuarão atacando”, explicou
Paulo Filho.
Colombiana chora a vitória do comunista Gustavo Petro. Lutaremos. E sobreviveremos.| Foto: EFE/ Luis Eduardo Noriega
“Senhor, onde os meus planos não são os Seus, destrua-os!”
atribuído a Santo Agostinho
Não gosto de títulos na forma de perguntas, mas neste caso não deu
para evitar. Talvez por causa da minha voz aveludada, da minha testa
lombrosiana ou dos meus olhos pequenos e inerentemente tristes, as
pessoas acreditam que tenho respostas para algumas dúvidas que só não
tiram meu sono porque… Bom, porque eu tenho muito sono mesmo. E a
pergunta que mais ouvi nos últimos dias é justamente a que o trouxe até
aqui: o que será de nós se Lula vencer as eleições?
O mais surpreendente é que tenho, sim, uma resposta para essa
pergunta. Uma resposta que até aqui vem sendo recebida com decepção. Com
cansaço. Ou, na melhor das hipóteses, tem entrado por um ouvido e saído
pelo outro. Mas paciência. Me basta que nos bares, cafés, pontos de
ônibus e filas de banco eu ofereça a resposta com a melhor das
intenções. E, no mais, meu controle sobre as palavras que digo ou
escrevo termina assim que elas se tornam ondas sonoras ou pulsos
eletromagnéticos na tela do seu computador ou celular.
Antes de ouvir a resposta, porém, quero dizer que a simples menção a
essa angústia eleitoral/existencial onipresente no brasileiro a menos de
uma semana para as eleições presidenciais é sinal de que há algo de
muito, muito, muito errado com a forma como encaramos a política (e a
vida). Afinal, é nessa política que somos levados a depositar esperanças
e temores antes reservados a Deus e à natureza, respectivamente. Você
não se escandaliza com isso?
Pois deveria. Repare na gravidade de acreditar que as decisões
individuais de milhões de desconhecidos que votam pelas mais diferentes
razões equivalem a um furacão ou terremoto e, por isso, representam uma
ameaça à sua, à minha, à nossa existência. Ou então que essas mesmas
decisões representam a possibilidade de ver realizada uma fantasia de
perfeição. Perceba como a ideia do voto como um gesto de consequência
extrema, seja ela a esperança ou o pesadelo, coloca sobre os ombros das
pessoas comuns, de mim e de você, um peso que ninguém é capaz de
suportar.
Ninguém quer ouvir aquele barulhinho chato lá da urna e pensar que
seu voto representará o desespero de outra pessoa. Da mesma forma,
ninguém quer jamais ter a oportunidade de jogar na cara de amigos,
familiares ou colegas de trabalho que o voto deles representa de alguma
forma a aniquilação do adversário.
Em se tratando de ideias (e, para todos os efeitos, a disputa
democrática é apenas um confronto de ideias), é loucura pensar que
apenas dois algarismos digitados numa máquina podem representar a ruína
ou salvação de uma pessoa ou país. E, no entanto, é exatamente isso que
eu e você andamos pensando nos últimos dias. Isto é, que nossos votos
nos salvarão de um futuro horrível ou nos empurrarão para um tenebroso
abismo sobre o qual voam em círculos famintas aves de rapina.
Resposta Aos que me perguntam “o que será de nós se o Lula
ganhar”, portanto, tenho respondido com duas palavras unidas por uma
conjunção adversativa. Então seriam três palavras? Que seja: lutaremos e
sobreviveremos. Parece uma resposta à toa, dita até com certo enfado.
Longe disso. É minha resposta mais sincera a esse dilema que tem como
pano de fundo outro: que poder temos nós diante das tais forças
históricas? Mesmo sem articular assim a questão, há quem neste exato
momento, diante de uma camiseta verde-amarela ou uma bandeira do PT,
sofre porque se sente esmagado pelo mundo. Como se um indivíduo não
fosse capaz de resistir à eventual perversidade da maioria.
É. Somos. O que não quer dizer que essas mesmas forças históricas, a
depender de quem ocupe o poder, não nos humilharão nem nos farão sofrer.
Sem meias palavras: se Lula vencer a eleição, acredito que a cruz de
cada um ficará um bocado mais pesada. Valores que rejeitamos nos serão
impostos. Teremos mais dificuldade para comprar o pão nosso de cada dia.
Talvez até trabalhar fique mais difícil. Sem falar nos sapos morais (e
moraes) que teremos de engolir ao nos sabermos rodeados por pessoas
dispostas a votar num ex-presidiário que é marionete de progressistas e
comunistas. Mas lutaremos. E sobreviveremos.
Não sei se você é desses que está aí todo desesperado, oscilando
entre a esperança e o pânico a cada nova pesquisa eleitoral. Sem
conseguir se imaginar exultante ou infeliz no dia 3 de outubro. Se não
for, ótimo. Ignore este parágrafo . Se for, recomendo entusiasmadamente a
leitura de “Em Busca de Sentido”, de Viktor Frankl. Há algo de poderoso
em saber que, mesmo em meio a uma das maiores tragédias humanas de
todos os tempos, uma tragédia causada pela adoração a um homem, um
partido e uma ideia corrompida de ciência, havia atitudes honradas e
demonstrações de amor.
Lutaremos. Cada qual com sua arma, mas sem a afetação da resistência
esquerdista ao fascismo imaginário. Uns farão discursos acalorados nas
tribunas da Câmara ou do Senado. Outros proferirão sentenças baseadas em
princípios. Haverá os que lutarão com o riso ou a vontade de fazer rir.
Tem também os que simplesmente se ajoelharão diante de Deus. Seja como
for, enfrentaremos mais esta provação e, por mais que me doa reproduzir
aqui um lugar-comum, dela sairemos fortalecidos. Se não enquanto povo,
enquanto indivíduos.
E sobreviveremos, estimado leitor. Sobreviveremos. Riremos num dia e
choraremos noutro. Reclamaremos do excesso ou da falta de trabalho.
Ralharemos contra as gerações mais novas. Se houver fila para comprar
pão, diremos a um desconhecido que tudo está caro e que já não faz tanto
frio no inverno quanto antigamente. Dos planos que continuaremos
fazendo, uns se concretizarão e outros não. Nosso amor será retribuído
aqui e rejeitado ali. Sobreviveremos – até não sobrevivermos mais,
porque este é o curso natural das coisas.
Dessa forma, no último dia de nossas vidas, e independentemente do
que acontecer neste domingo e nos quatro anos seguintes, com alguma
sorte poderemos olhar nos olhos dos nossos bisnetos e, num derradeiro
suspiro, confessar: lutei e vivi.
Giorgia Meloni na sede de seu partido, em 25 de setembro: ela
será a primeira mulher a governar a Itália.| Foto: Ettore
Ferrari/EFE/EPA
O Brasil tem 418 mil eleitores que votam nas eleições italianas e
podem eleger um senador e dois deputados, que representam 12 países do
continente americano. Tentaram eleger o Emerson Fittipaldi, nosso
campeão de Fórmula 1, e o Andrea Matarazzo, que trabalhou no governo
Fernando Henrique, para uma vaga no Senado italiano. Só que a Argentina
tem 756 mil eleitores na Itália, e elegeram Mario Borghese; Fittipaldi
teve 31 mil votos e Matarazzo, 27 mil. Quanto aos dois deputados, um já
era parlamentar: Fábio Porta mora em São Paulo, mas é italiano, e teve
22 mil votos. Também foi eleito o argentino Franco Tirelli, que teve 44
mil votos.
Mas o mundo inteiro está falando é de uma jornalista que é deputada
há muito tempo, cerca de 20 anos: Giorgia Meloni, nascida em Roma, tem
45 anos, é mãe de uma menina, foi líder estudantil, ministra da
Juventude no governo Berlusconi, e é uma das fundadoras do Fratelli
d’Italia (“Irmãos da Itália”), um partido conservador, de direita. Ela
ganhou muito bem a eleição e vai ter maioria na Câmara e no Senado, o
sonho de todo chefe de governo.
Meloni é a primeira mulher a chefiar a Itália, e poderá aplicar as
teses que tem defendido a respeito de nacionalismo, controle de
imigração e mais independência em relação à União Europeia – ela critica
os burocratas de Bruxelas, onde funciona a sede da UE, que tem
atrapalhado a Itália. Meloni defende Deus, pátria e família, princípios
cristãos, é contra as teorias LGBT, casamento de pessoas do mesmo sexo,
aborto e ideologia de gênero.
Essa foi a vontade da maioria dos eleitores italianos, e agora
torcemos para tudo dar certo com Meloni, que já está fazendo contatos
com outras lideranças conservadoras de direita na Espanha, na Polônia e
na Hungria, para fazer uma grande frente contra essa invasão de
soberania e essas tentativas de “governo mundial”. Sobretudo, o que me
chama a atenção é sua defesa da soberania italiana. Aqui no Brasil, há
gente que está pouco ligando para a nossa soberania sobre a Amazônia,
dizendo que os organismos internacionais têm força sobre a Amazônia; são
os mesmos que pouco ligaram para o patrimônio da Petrobras, dado de
presente para a Bolívia na época de Evo Morales.
Ciro se mantém na campanha e não quer saber de “voto útil” Ciro
Gomes fez muito bem: criou expectativa e todos foram acompanhar o que
ele diria às 10 horas dessa segunda-feira; houve gente que até tirou da
cabeça que ele renunciaria. Mas não, Ciro reafirmou sua candidatura,
rejeitou a pregação de “voto útil” de Lula – assim como Simone Tebet
também já havia dito “não” – e disse que está se preparando para ir ao
segundo turno. O interessante é que os dois principais candidatos acham
que resolvem no primeiro turno; um, baseado nas pesquisas, e o outro,
baseado nas ruas. Daqui a pouco vamos saber.
O importante é que nós não desperdicemos nosso voto, que pensemos no
futuro de nossos filhos e netos. Isso é a coisa mais importante, porque
qualquer desastre afeta o país mesmo depois que o mandatário for embora;
as consequências do que acontecer de ruim vão ficar. É bom que a gente
lembre disso, tenha a consciência de eleitor e pense muito antes de
votar.
A Europa, definitivamente, não se cansa
de oferecer aos países inferiores mais e mais lições sobre como as
sociedades devem se comportar – e como devem ser governadas, é claro,
porque os seus burocratas e os seus governos sabem fazer isso melhor do
que ninguém. Quanto mais civilizada, responsável e globalista se torna,
mais instruções a Europa tem a transmitir. A última delas é francamente
assombrosa: a ministra do Meio Ambiente da Suíça propôs que as pessoas
passem a tomar banho juntas, para economizar a energia gasta com o
aquecimento da água. Não especificou quantas pessoas deveriam tomar esse
tipo de banho solidário. Duas? Três? Mais? O que ela disse é que a
Suíça tem de reduzir em 15% o seu consumo para evitar cortes de energia
neste inverno que vem chegando. Isso mesmo: banho junto. Que tal?
Imaginem se o presidente Jair Bolsonaro fizesse uma proposta dessas –
o que o mundo iria dizer? É melhor nem imaginar. Mas como a coisa vem
da Suíça, é considerada o máximo de sabedoria, consciência ambiental e
boa governança que a humanidade pode pretender. É tudo um perfeito
disparate. Uma das definições mais precisas que já foram dadas sobre o
papel dos governantes diz que a única função útil de sua existência é
tornar a vida das pessoas mais cômoda – o resto é conversa trapaceira de
ciência política. Temos, então, o seguinte exercício em demência: em
pleno ano 2022 do século XXI, uma dirigente de um dos países tidos como
um dos mais avançados do mundo propõe que a sua população se submeta ao
incômodo diário de gastar menos água no banho, ou tomar menos banhos.
Para que esse exagero de tomar banho todo dia? E qual será o próximo
passo da ministra ecológica: dizer que as pessoas devem ir menos ao
banheiro, para economizar a água de descarga das privadas? Já se pensou
nisso.
Imaginem se o presidente Jair Bolsonaro fizesse uma proposta dessas –
o que o mundo iria dizer? É melhor nem imaginar. Mas como a coisa vem
da Suíça, é considerada o máximo de sabedoria, consciência ambiental e
boa governança que a humanidade pode pretender
Figuras como essa ministra, e soluções como as suas, são o resultado
inevitável de anos seguidos de submissão automática dos governos
civilizados, virtuosos e inclusivos da Europa ao fanatismo crescente da
“causa ambiental”. Na sua aflição sem limites para parecerem
ambientalmente corretíssimos com o “planeta”, caíram na
irresponsabilidade – em benefício de grupos politicamente desajustados,
que não firam eleitos por ninguém e querem impor uma conduta a todos,
abandonaram seus deveres na busca e na manutenção de fontes de energia.
Fingiram, para agradar à militância ecológica, que era possível manter a
população nos mesmíssimos níveis de conforto, sem ninguém abrir mão de
nada, e ao mesmo tempo reprimir a produção de energia – um dos demônios
atuais da histeria ambiental. Deu na única coisa que poderia dar: crise.
Com a suspensão no fornecimento russo de combustíveis, a Europa se vê
agora, às portas do inverno, no desespero de encontrar energia para se
aquecer. Os governos terão, até o fim do ano, de gastar 500 bilhões de
euros para conter os aumentos brutais nas contas de energia. Só conter:
os aumentos dispararam, e já atingiram alturas que o consumidor mal
consegue pagar, quando consegue. É um desastre para economias que já vêm
sofrendo com crescimento baixo, inflação em alta, desemprego e o resto.
Enquanto isso, continuam todos de joelhos diante das seitas que
militam contra “a mudança no clima”, o “consumo”, a “destruição da
Amazônia” etc. – e escutam as recomendações da ministra suíça para tomar
banho junto.