quarta-feira, 14 de setembro de 2022

ENTREVISTA DE BOLSONARO NO RATINHO FOI BOA PARA ELE E OS ESPECTADORES

Sabatina
Por
Gazeta do Povo


Bolsonaro durante entrevista ao apresentador Ratinho na noite desta terça-feira (13).| Foto: Reprodução/YouTube SBT.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, concedeu na noite desta terça-feira (13) uma entrevista ao apresentador Ratinho, no SBT. Durante cerca de 30 minutos, o presidente falou sobre a gestão da pandemia, as críticas sobre o tratamento dispensado por ele às mulheres e a manutenção do Auxílio Brasil.

Durante a conversa, Ratinho pediu para Bolsonaro citar “um erro” do governo e Bolsonaro respondeu: “falar alguns palavrões de vez em quando e o pessoal leva para um lado completamente diferente, no resto tudo entendo que fizemos corretamente”.

O mandatário disse que durante o seu governo enfrentou, além da pandemia da Covid-19, as consequências econômicas da guerra na Ucrânia e um grande período de seca no ano passado.

“Atacamos [a pandemia] em duas frentes: o combate ao vírus, comprando vacina na hora certa, fomos um dos países que mais vacinou no mundo proporcionalmente, e também [enviamos] recursos para estados e municípios para que a economia não quebrasse”, afirmou o chefe do Executivo.

Bolsonaro também citou que a implementação do auxílio emergencial “evitou o caos no Brasil”. O presidente também mencionou os programas destinados a micro e pequenos empresários, como o Pronampe. “A economia foi muito bem conduzida pela equipe de Paulo Guedes e atendemos a todos os setores. Não tivemos problema”, disse.

Sobre as redes sociais, o mandatário afirmou que “algumas pouquíssimas pessoas querem roubar nossa liberdade de expressão”. Perguntado se vai aceitar o resultado das eleições, caso não seja reeleito, Bolsonaro disse que com “eleições limpas, você não tem o que discutir”.

Mulheres
Bolsonaro afirmou que as críticas que recebe sobre o tratamento dispensado por ele às mulheres é uma “narrativa”. “Isso que eu não gosto de mulher é uma narrativa, nada mais além disso. E as mulheres não estão entrando nessa pilha da oposição, nessa pilha da esquerda”, afirmou.

Encontro com Putin
O presidente voltou a comentar sobre sua reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em fevereiro. “Fui porque sou o presidente do Brasil e o nosso homem do campo e mulher precisam de fertilizantes para que o agronegócio funcione e nós ainda somos dependentes de fertilizantes”, ressaltou.

Segundo Bolsonaro, tudo o que foi acertado na reunião de sua parte e da parte de Putin foi cumprido. “Logicamente, eu não tenho como evitar guerra, mas eu não posso trazer a fome para dentro do Brasil por uma questão pessoal ou porque alguns querem criar barreiras comerciais contra o Putin”, disse.

O chefe do Executivo afirmou ainda que está negociando com Putin o fornecimento de diesel mais barato ao Brasil. “Daqui a dois meses, no máximo, começa a chegar diesel mais baixo”, sinalizou.

Preço dos alimentos
Questionado se o preço dos alimentos vai baixar no supermercado, Bolsonaro afirmou que vai baixar. O presidente citou iniciativas do governo como a concessão de títulos de propriedades para pessoas que entram na agricultura familiar.

“Só nesses oito meses do meu governo, agora desse ano, eu entreguei mais títulos [de propriedade] que os oito anos de governo Lula. E essas pessoas se transformam em cidadãos, não invadem mais a propriedade de ninguém, deixam de ser escravos do MST”, disse.

Auxílio Brasil

O presidente voltou a afirmar que o Auxílio Brasil será de R$ 600 no próximo ano, caso seja eleito. De acordo com Bolsonaro, o valor já foi “acertado com a equipe do Paulo Guedes” dentro da responsabilidade fiscal e do teto de gastos.

Reforma tributária
Bolsonaro disse que a ideia de Guedes é “diminuir o alcance da reforma tributária, fazer por partes” para que o projeto tramite no Congresso Nacional. “Está caminhando [o projeto]. Temos certeza que temos a possibilidade de ter uma boa reforma, não como nós gostaríamos de tê-la, no corrente ano. E também buscar a diminuição da carga tributária , isso é muito importante”, disse.

Combate a milícias

Durante a entrevista, Ratinho citou a ação de milícias no Rio de Janeiro e perguntou a Bolsonaro sobre o papel do governo federal no combate a esses grupos. O presidente afirmou que as milícias são um problema “crônico” no Rio há muito tempo.

Ele ressaltou que o governo trabalha para evitar a entrada de “armas pesadas” no Rio, além de realizar operações em conjunto com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. O mandatário também defendeu a posse de armas de fogo, como determinado pelos decretos editados pelo governo.

Piso da enfermagem
Bolsonaro afirmou que espera que o Supremo aprove o pagamento do piso de enfermagem. O julgamento está ocorrendo no plenário virtual da Corte e atualmente tem 5 votos contra o pagamento e 3 a favor.

“Eu sancionei, o Congresso aprovou, o novo piso para os enfermeiros, lamentavelmente está suspenso por uma decisão monocrática do ministro [do STF, Luís Roberto] Barroso”, disse. “Espero que o Supremo não interfira mais uma vez em uma coisa que não é competência deles”, criticou.


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TODA EMPRESA TERÁ QUE PASSAR PELO PROCESSO DE DISRUPÇÃO

 

Junior Borneli, Cristiano Kruel e Piero Franceschi

Toda empresa que deseja tornar-se relevante, em algum momento, terá que passar pelo processo de disrupção. Total ou parcial, não há como fugir da reinvenção dos modelos de negócios

Disrupção significa uma ruptura na trajetória natural das coisas; mas porque esse termo ficou tão popular nos últimos tempos entre o mundo empresarial?

Talvez porque o significado de disruptar-se vai muito além de mudar o curso original do planejado.

E para explicar a magnitude disso, vamos primeiro responder uma das perguntas mais comuns acerca do assunto: Qual o momento certo de se autodisruptar?

Dizem que a disrupção acontece quando algo novo torna seu antecessor algo obsoleto. E esse é o X da questão. Nas ágeis transformações da Nova Economia, produtos novos, tecnologias novas, e soluções novas são criadas o tempo todo.

Alguns destes produtos e serviços se tornam relevantes e permanecem existindo por um (bom) tempo. Outros, nem tanto. O surgimento de uma nova tecnologia, aparentemente revolucionária, pode crescer os olhos da concorrência e do consumidor – e no final das contas, não ir para frente, ou cair no esquecimento.

E isso acontece com mais frequência do que imaginamos… pode até ser que aquela tecnologia ou solução em si não vire obsoleta, mas um determinado produto ou modelo de negócio que continuam na mesmice, sim.

Há algumas décadas atrás, era improvável que uma startup surgisse e tão rapidamente derrubasse impérios. Na atual economia, tal cenário acontece o tempo todo. É por isso que autodisrupção é um tema que deveria ser centro dos debates em todas as empresas.Pois para além de pensar em um concorrente ou ameaça vindo te disruptar, as próprias empresas precisam se autodisruptar.

Quando a Netflix decidiu criar uma plataforma de streaming, ela disruptou o mercado de fitas cassete, DVDs e blu-rays. E assim, autodisruptou-se, mudando totalmente sua estratégia e modelo de negócio. Agora, em 2022, o serviço de streaming continua mais forte do que nunca, mas a Netflix precisa, novamente, se autodisruptar se quiser continuar relevante.

O problema é que causar uma ruptura em um modelo de negócio não é nada simples. É um processo por vezes doloroso, que nos tira da zona de conforto e nos trás para um cenário de riscos. A verdade é que é preciso muita coragem para destruir seu próprio modelo de negócio e reinventar sua empresa.

Com isso, entendemos que nem toda empresa (para não dizer poucas) está preparada para isso; mas é justamente isso o que a fará uma Organização Infinita. Do mesmo modo que empreender, para muitos, surge da necessidade, a autodisrupção também. Entretanto, disruptar-se fora de um cenário de necessidade, onde só aquilo pode salvar um negócio com prazo de validade, pode garantir vantagem competitiva às empresas. Esse pensamento é muito observado em vários negócios de sucesso.

Em resumo, nem sempre é necessário “matar” um modelo de negócio por inteiro, às vezes, fazer um pouco diferente já basta para continuar relevante, ou surfar na onda de uma disrupção de mercado – tudo depende do cenário. O importante é que você mesmo “mate” ou transforme seus produtos e serviços, para não cair na máxima: “se você não destruir seu produto, outra empresa irá”.

Preferências de Publicidade e Propaganda

Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago

Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais veículos de propaganda você tem preferência?

Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.

Vantagens da Propaganda no Rádio Offline

Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.

É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio funciona bem demais!

De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim, concretizar suas vendas.

Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline

Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no rádio. Frequentemente, os rádios também são usados ​​como ruído de fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,

A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

terça-feira, 13 de setembro de 2022

BRASIL PRECISA COM URGÊNCIA DAS REFORMAS ADMINISTRATIVA E TRIBUTÁRIA

 

Desejos para o Brasil
Por
Gazeta do Povo


Um país próspero depende de mudanças profundas na estrutura administrativa do governo e no sistema tributário.| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo Gazeta do Povo

O desenvolvimento do Brasil passa necessariamente pelo setor privado. Para investir no país, o empresário precisa de um ambiente de negócios amigável, no qual tenha clareza sobre os custos atuais e futuros de sua atividade, entre eles os impostos. E a carga de tributos é reflexo direto do tamanho e da eficiência do Estado.


Um país próspero, portanto, depende de mudanças profundas na estrutura administrativa do governo e no sistema tributário. Não haverá crescimento duradouro sem essas reformas. Como, aliás, bem prova o desempenho errático da nossa economia neste século.

Não há como reduzir o peso do Estado sem limitar suas principais despesas. Nesse sentido, um primeiro passo foi dado com a aprovação da reforma da Previdência, em 2019. Embora pudesse ter sido mais eficiente, ela já ajuda a conter o crescimento das despesas do INSS com inativos e seus pensionistas: em 2021, elas chegaram a 8,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o menor nível desde 2016. Mas é preciso ir além e atacar também o gasto com os servidores da ativa.

A despesa com pessoal do governo está diminuindo em decorrência de medidas administrativas como o corte de cargos comissionados, a queda na reposição de servidores aposentados e o avanço na digitalização de serviços públicos. No ano passado, o gasto com o funcionalismo federal foi de 3,8% do PIB, o menor em pelo menos 24 anos, ligeiramente abaixo dos patamares de 2013 e 2014. Mas ainda há o que enxugar.

A começar porque a despesa primária da União segue acima da receita líquida (excluídas as transferências a estados e municípios). Isto é, o Estado continua não cabendo na arrecadação, que é sabidamente elevada. O exemplo de estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que até há pouco mal conseguiam pagar os salários em dia, ilustra o que ocorre quando os governos resistem a pôr as contas em ordem. Por outro lado, um Estado que administra sua folha com racionalidade traz confiança, que se reflete em investimentos, crescimento econômico, arrecadação e mais margem para investir e contratar quando necessário.

Mas a reforma administrativa não é questão apenas de finanças públicas. Há também a necessidade de adequar a remuneração dos servidores à realidade do país. Segundo estudo do Banco Mundial, o poder público brasileiro se destaca não pela quantidade de funcionários, mas pelos salários, em especial na esfera da União e, em menor grau, nos estados. Conforme a instituição, servidores federais ganham em média 96% a mais que os trabalhadores da iniciativa privada que atuam em funções equivalentes, a maior discrepância de uma amostra de 53 países.

A reforma administrativa, além disso, teria efeitos salutares para o próprio funcionamento da máquina e a prestação de serviços ao público. Um deles é a definição de diretrizes para a avaliação de desempenho dos servidores. Dessa forma, um desempenho insatisfatório por vários períodos pode resultar na demissão desse empregado, o que hoje só ocorre por decisão judicial transitada em julgado ou processo administrativo disciplinar.

A proposta que está no Congresso também prevê, corretamente, o desligamento de servidores de cargos obsoletos e a extinção de uma série de vantagens, como férias superiores a 30 dias, licença-prêmio, progressão baseada exclusivamente em tempo de serviço e aposentadoria compulsória como modalidade de punição.

A outra reforma primordial é a tributária. Nosso sistema de impostos, um dos piores do mundo, está entre os maiores obstáculos à atividade empreendedora e à atração de investimentos. E gera um imenso desperdício de tempo e dinheiro não só dos contribuintes, mas do próprio governo, que tem de dedicar pessoas e verbas para enfrentar sonegação e evasão fiscal e infindáveis disputas na Justiça.

Em países com um sistema tributário civilizado, esses recursos seriam direcionados a eficiência, inovação, competitividade. Não por acaso, simplificar os mecanismos de tributação é uma das exigências que o país terá de cumprir para ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que fomenta a adoção de boas práticas econômicas e políticas públicas em seus países-membros, que estão entre os mais ricos do mundo.

Na última edição do relatório Doing Business, do Banco Mundial, o Brasil ocupava a 184.ª posição, de 190 países, no quesito facilidade para pagamento de tributos. No tempo gasto com o pagamento de impostos, nosso país era o pior de todos, com 1.501 horas por ano, cerca de cinco vezes a média da América Latina e dez vezes a média dos países da OCDE.

Segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), União, estados e municípios editaram mais de 443 mil normas fiscais desde a Constituição de 1988 (53 por dia útil, em média), das quais 4,6 mil estão em vigor. Acompanhar as mudanças e se adequar a elas gera uma despesa gigantesca: as empresas brasileiras gastam aproximadamente R$ 181 bilhões por ano em pessoal, sistemas e equipamentos para isso, conforme o IBPT.

O resultado desse estado de coisas é que o valor envolvido no contencioso tributário – as disputas entre contribuintes e entes da federação – já equivale a pelo menos 75% do PIB brasileiro, segundo o Núcleo de Estudos da Tributação do Insper. Somente o contencioso administrativo federal corresponde a 15,9% do PIB. Nos países pertencentes à OCDE, esse porcentual é de 0,28%, em média. Em países da América Latina, de apenas 0,19%.

Sozinha, a simplificação do sistema tributário já seria um enorme avanço. Porém, uma verdadeira reforma deve ir além disso. É preciso rever a própria estrutura da tributação no Brasil, que onera demais a produção (punindo quem produz) e o consumo (encarecendo produtos e serviços e pesando mais sobre os pobres). O ideal é reduzir esses impostos e deslocar a tributação em direção a patrimônio e renda, em conformidade com a ideia de “justiça tributária”, como fazem os países mais desenvolvidos do mundo.

Infelizmente, nenhuma das reformas em discussão – propostas pelo governo ou pelo Congresso – enfrenta essa questão. As propostas tentam modificar somente um tipo de tributação (sobre o consumo ou sobre a renda, por exemplo), de forma que a estrutura da tributação não seria substancialmente alterada.

Enquanto o país adia a verdadeira reforma e mantém seu sistema tributário pesado e distorcivo, grupos de interesse pressionam Executivo e Legislativo por benesses que possam atenuar os custos de suas atividades.

Assim nascem e se multiplicam os benefícios tributários, que, na tentativa de corrigir determinados problemas, acabam criando distorções na alocação de recursos. Em vez de se guiar pela busca da eficiência, empresários passam a decidir onde e em que investir tendo em vista quais atividades são menos prejudicadas ou mais beneficiadas pelo anacronismo das regras.

O resultado é a perenização da baixa produtividade, com empresas ineficientes sobrevivendo à custa de desonerações e outras sucumbindo à competição desleal estimulada pelo próprio Estado. Se de um lado abre mão de 4% do PIB todos os anos em benefício de alguns contribuintes, segundo estimativas da Receita Federal, de outro a União compensa essa perda punindo os pagantes regulares, para quem a carga tributária segue elevada.

A busca por um país mais moderno e justo passa necessariamente pelo enfrentamento dessas questões.
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POLÍTICA DE ANTIPETISMO DE BOLSONARO

 

Tática eleitoral
As estratégias de Bolsonaro para a reta final do 1.º turno

Por
Rodolfo Costa – Gazeta do Povo
Brasília


Bolsonaro durante comício no 7 de setembro: campanha fará comparações do seu governo com gestões do PT.| Foto: Reprodução

O comitê da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) promete subir o tom contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até o primeiro turno das eleições, em 2 de outubro. A ideia é reativar o gatilho do “antipetismo” nos eleitores e apostar em um tom combativo para elevar ainda mais o clima de polarização em busca do chamado “voto útil” para Bolsonaro. Também deve haver mais comparações entre o atual governo e as gestões do PT, além da apresentação de propostas concretas para a população.

A estratégia da campanha ao apostar no antipetismo tem o intuito de ampliar a rejeição de Lula e reduzir a de Bolsonaro em busca de eleitores indecisos e daqueles que poderiam votar em alguma candidatura da terceira via, mas que depositariam o voto no presidente por contrariedade com o petista.

A aposta no antipetismo deve ser utilizada em diferentes vertentes. O plano é usar contra Lula e o PT temas como corrupção, religião, economia, ações sociais, mulheres e investimentos no Nordeste. Ao mesmo tempo em que haverá críticas aos petistas, a campanha de Bolsonaro vai destacar as ações do governo nessas áreas.

O foco da campanha no antipetismo não é uma novidade e já vem sendo adotada principalmente em discursos de Bolsonaro – a exemplo do feito na manifestação de 7 de setembro, no Rio de Janeiro. O mesmo vale para ações adotadas pelo governo para diferentes setores, que também fizeram parte do pronunciamento do presidente em Copacabana no Dia da Independência.

A principal diferença em relação ao que já vinha sendo feito é o tom contra Lula nas propagandas eleitorais, que deve subir. Também serão feitas mais comparações entre as gestões de Bolsonaro e do PT, além de replicar esse tipo de comunicação nas redes sociais.

Como o antipetismo será explorado em relação à corrupção e religião
O objetivo da campanha é recuperar o espírito do antipetismo de 2018. Para fazer isso, os coordenadores eleitorais vão apostar não apenas em aspectos relacionados a episódios de corrupção nas gestões de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), mas também em relação à religião e outras pautas já trabalhadas.

Sobre corrupção, uma ideia que deve ser colocada em prática é propor comparações entre os balanços financeiros das estatais entre as gestões Bolsonaro e petistas a fim de argumentar que, sob a atual gestão, as empresas públicas registraram lucro. O objetivo é apresentar prejuízos registrados pelas estatais principalmente na gestão Dilma a fim de associar os números à corrupção.

Os estrategistas da campanha também preparam materiais que apresentem uma trajetória dos casos de corrupção com o uso de manchetes, vídeos e imagens publicadas pela imprensa. Segundo asseguram interlocutores do núcleo político e pessoas próximas, o objetivo é “recuperar” a memória da população sobre os mais diversos escândalos investigados e julgados pela Justiça.

O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), vice-líder do governo na Câmara e auxiliar da campanha no Rio de Janeiro, diz que essas abordagens “estão na conta para entrar” nas propagandas eleitorais contra Lula no rádio e na TV.

Ele também afirma que o núcleo político não está preocupado quanto à hipótese de cassação das inserções. “Basta entrar uma vez, duas vezes, e a Justiça Eleitoral derrubar, que a gente coloca outra vez e vamos até o fim da eleição assim. O importante são essas inserções entrarem, têm que entrar. E aí, com 24 horas e 48 horas derrubando, nós já teremos outra pronta. O jogo é jogado, e a gente sabe jogar também”, diz.

Sobre religião, a estratégia é destacar Bolsonaro como um candidato que é contra o aborto e defensor da vida e da liberdade de religião. O intuito é apontar Lula como alguém que não defende os mesmos valores, ao lembrar que ele já afirmou que o tema sobre aborto “deveria ser transformado numa questão de saúde pública e todo mundo ter direito”. Também deve haver uma associação de Lula com o ditador de Nicarágua, Daniel Ortega, que tem prendido padres e fechado rádios católicas.

Dentro dessa estratégia, também há o desejo de uma comunicação voltada especificamente para o público nordestino, que é de maioria cristã.

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Como o antipetismo já é usado em propagandas na TV

Embora o objetivo da campanha seja intensificar um planejamento de comunicação mais agressivo contra Lula, as estratégias em torno do antipetismo já são usadas em pautas como a segurança pública, Nordeste e ações sociais. O núcleo político começou com uma propaganda veiculada na semana passada com uma fala dita por Lula em 2019 em que critica violência contra jovens “às vezes porque roubou um celular”.

Porém, a meta da campanha de Bolsonaro não é apenas subir o tom para aflorar o antipetismo, mas fazer isso com a apresentação de pautas propositivas, como fez na mesma propaganda para falar sobre os planos do presidente para a segurança pública, tais como: a ampliação da repressão contra o crime organizado com o aumento da presença das polícias nas fronteiras; o fortalecimento da rede de proteção às mulheres; e suporte para vítimas de violências e seus familiares com o apoio jurídico, social e psicológico.

Ainda na propaganda, há comparações de números de apreensões de drogas entre as gestões Bolsonaro e Lula por meio de um gráfico.

Outro exemplo que foi ao ar na última semana é uma propaganda que aborda que a economia do país começa a se recuperar, apesar da pandemia de Covid-19 e dos efeitos da guerra na Ucrânia, com queda do desemprego, aumento do Produto Interno Bruto (PIB), desaceleração dos preços dos combustíveis, aumento das exportações, cortes em impostos e elevação da arrecadação e dos investimentos.

A inserção aborda que o governo zerou os impostos da cesta básica e cortou alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de milhares de mercadorias. Também aponta que as ações do governo para a economia permitirão a geração de mais empregos e que beneficiários do Auxílio Brasil seguirão recebendo R$ 600 em 2023 e mais R$ 200 caso consigam emprego, como já acontece.

Ao falar que os beneficiários do Auxílio Brasil não perdem o benefício caso consigam um emprego e ainda recebem R$ 200 adicionais, a campanha fez uma comparação com o Bolsa Família não apenas pelo valor do benefício pago chegar a R$ 800, mas também pelo fato de a pessoa não deixar de receber caso consiga emprego. A propaganda ainda usa uma mulher que fala que “muita gente deixou de arrumar emprego justamente para não perder o Bolsa Família”.

Na mesma propaganda, Lula é acusado de ter causado prejuízos à geração de empregos no sertão nordestino porque não concluiu as obras da transposição do Rio São Francisco. Na ocasião, é citada uma reportagem de 2013 que aponta que o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou R$ 734 milhões em irregularidades na obra finalizada na gestão Bolsonaro.

“A estratégia é mostrar até o final da eleição muitas comparações do que o governo fez. Principalmente pelo Nordeste, pelas mulheres e pelo mais desfavorecidos, que é o povo que tem a memória afetiva do governo Lula”, diz o deputado federal Otoni de Paula.


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ROSA WEBER EMPOSSADA COMO PRESIDENTE DO STF

 

Posse no Supremo

Por
Renan Ramalho – Gazeta do Povo
Brasília


Ministra Rosa Weber ficará no comando do STF até outubro de 2013, quando se aposenta| Foto: Fellipe Sampaio/ STF

A ministra Rosa Weber tomou posse nesta segunda-feira (12) como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) com uma defesa enfática da Corte, do Judiciário e da democracia. No discurso, disse que “sem um Judiciário forte e independente, sem juízes independentes, e sem imprensa livre, não há democracia”.

Já no início do discurso, manifestou “rejeição ao discurso de ódio e repúdio a práticas de intolerância, enquanto expressões constitucionalmente incompatíveis com a liberdade de expressão e manifestação do pensamento”. A democracia, disse ela, “pressupõe diálogos constantes, tolerância, compreensão das diferenças e cotejo pacifico de ideias distintas e até mesmo antagônicas”.

“Maiorias e minorias, como protagonistas relevantes do processo decisório, hão de conviver sob a égide dos mecanismos constitucionais destinados, nas arenas políticas e sociais, à promoção de amplo debate, com vistas à formação de consensos, mantidos sempre no mínimo o respeito às diferenças e às regras do jogo, além de assegurar a todos os cidadãos, um núcleo essencial de direitos garantias que não podem ser transgredidos nem ignorados.”

Depois, disse que o país vive “tempos particularmente difíceis”, com “ataques injustos e reiterados” ao STF, “inclusive sob a pecha de um mal compreendido ativismo judicial, por parte de quem a mais das vezes desconhece o texto constitucional”. Afirmou, porém, que cabe ao STF a última palavra na interpretação constitucional, por imposição da própria Constituição, que a Corte não age de ofício e que cabe a ela garantir os direitos fundamentais.

“Com esse enfoque e finalidade, em absoluto pode se falar em ofensa à separação de Poderes. Em matéria de interpretação constitucional, o STF detém o monopólio da última palavra. Em um regime democrático, todos podem debater e defender a interpretação que lhes pareça mais correta, merecendo repulsa apenas as distorções de sentido, a deformação maliciosa de conceitos”, afirmou.

Eventuais reformas políticas, quando necessárias, disse a ministra, “hão de ser implementadas, com o superior propósito de aperfeiçoamento das instituições, jamais para inibir o dissenso e excluir forças políticas com ideologia diversa. A democracia repele a noção autoritária do pensamento único”.

“Ao Judiciário compete por imposição institucional a garantira da higidez do jogo democrático, por meio da proteção de todos os seus participes”, acrescentou depois.

“Momento cobra decoro e República demanda compostura”, diz Cármen Lúcia
Primeira a se pronunciar na posse, a ministra Cármen Lúcia disse que Rosa Weber é a pessoa “adequada” para assumir a presidência do STF, pois, segunda ela, o “momento cobra decoro e a República demanda compostura”. “Tudo o que Vossa Excelência tem para servir de exemplo, em tempos de desvalores, muitas vezes incompreensíveis”, disse.

“Não se há de admitir práticas voltadas à desqualificação agressiva de instituições e de cidadãos, num indesejável Estado hobbesiano […] Não se promove a democracia com comportamentos desmoralizantes de pessoas e instituições. A construção dos espaços de liberdades não se compadece com desregramentos nem com excessos”, afirmou.

Antes, disse que o momento não é de “tranquilidade social” e “calmaria política”. “Os tempos são de tumulto e de desassossego no mundo e no Brasil”, afirmou, elogiando, em seguida, a “decência”, a “prudência”, a “solidez de posições combinada com especial gentileza de trato” de Rosa Weber.

Diversas autoridades prestigiaram a posse da nova presidente do STF. Entre elas, os presidentes do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o procurador-geral da República, Augusto Aras. O presidente Jair Bolsonaro (PL) não compareceu.

Gaúcha, Rosa Weber iniciou a carreira como juíza trabalhista em 1976. Em 1991, tornou-se desembargadora no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, que presidiu de 2001 a 2003. Em 2006 assumiu o cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TSE) e, em 2011, foi escolhida para o Supremo Tribunal Federal pela então presidente Dilma Rousseff. Rosa presidiu o Tribunal Superior Eleitoral entre 2018 e 2020.

O que esperar da presidência de Rosa Weber no STF
Rosa Weber ficará no cargo só até outubro de 2023, quando completa 75 anos e se aposentará compulsoriamente. Assumirá a cadeira então o ministro Luís Roberto Barroso.

A expectativa entre auxiliares e advogados é que Rosa Weber, no comando da Corte e de todo o Judiciário, mantenha uma postura formal e discreta, avessa a polêmicas, articulações políticas e declarações públicas, especialmente num momento de tensão com o Poder Executivo, sob a presidência de Jair Bolsonaro (PL). A interlocutores, ela já disse que será firme na defesa institucional do tribunal, mas para isso deve se limitar a pronunciamentos sóbrios no plenário. Weber é conhecida por nunca falar fora dos autos, em entrevistas ou eventos.

Em julgamentos, profere votos considerados técnicos, cuidadosos e, em geral, aderentes à jurisprudência do STF. Em suas decisões monocráticas, segue o entendimento firmado pela maioria, mesmo nos casos em que sua posição é contrária à corrente dominante.

Foi assim, por exemplo, durante os três anos em que a prisão em segunda instância era aceita pela maioria dos ministros. Em 2016, quando isso foi permitido pelo plenário, ela votou contra, mas depois, em habeas corpus que chegavam ao gabinete, permitia a medida. Em 2019, quando o tema voltou à pauta do plenário e a permissão foi revertida, ela manteve posição contrária.

Nomeada pela ex-presidente Dilma Rousseff, em 2011, Weber foi escolhida para suceder Ellen Gracie, a primeira mulher a ter assento no STF – por isso, na época, a escolha de uma ministra era considerada simbolicamente importante. Pesou na indicação a carreira de Rosa Weber na Justiça Trabalhista, marcada por posições pró-empregados e pró-sindicatos.

No STF, buscou defender esse ponto de vista. Em 2018, ela votou pela volta do imposto sindical, mas ficou vencida. Em 2020, indicou voto contrário ao trabalho intermitente, mas pediu vista e suspendeu o julgamento. Em 2021, formou maioria para acabar com regras da reforma que restringiam a gratuidade para ajuizamento de ações por trabalhadores de baixa renda e os obrigavam a pagar honorários para advogados do empregador em caso de derrota.

Num recente artigo publicado por ocasião do Bicentenário da Independência, escreveu que “o trabalho cruel, degradante, forçado e estigmatizante, indicativo exatamente da ausência de liberdade e de dignidade, marcou a formação inicial do Estado brasileiro”.

“Urge a busca de modelo em que entidades sindicais tenham legitimidade e efetiva representatividade das categorias profissionais. Está em causa, afinal, a defesa não só do direito de negociação coletiva e da própria liberdade sindical, mas também do direito a condições de trabalho dignas, em reverência ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana”, diz outro trecho do texto, intitulado “Duzentos anos de independência do Brasil e a arte de ser livre”.

Processos aguardados que Rosa Weber poderá colocar em julgamento
Ainda é incógnita entre advogados, promotores e juízes da área se, na presidência do STF e com o poder da pauta, Weber marcará julgamentos que possam reverter pontos da reforma considerados importantes para a flexibilização de contratos, num tempo de mudança nas relações entre empregados e empresas, com trabalho remoto e serviços digitais, por exemplo.

Além disso, há grande expectativa em torno da ministra pela possibilidade de submeter ao plenário casos de controversos socialmente e politicamente sob sua relatoria. Mas dentro do STF, é dado como praticamente nula a possibilidade de ela pautar esses casos neste ano, em razão da polarização política em torno das eleições.

O mais antigo e rumoroso caso é uma ação do Psol que pede a descriminalização total do aborto em gestações de até três meses. Ela já está instruída e pronta para julgamento no plenário.

Na atual composição do STF, a tendência é que a ação seja julgada improcedente. Rosa Weber deverá manter a relatoria dessa ação e caberá somente a ela liberar o caso para julgamento e também marcar a data para isso.

No campo político, caberá também a Rosa Weber liberar para a pauta e marcar o julgamento de ações da oposição que buscam derrubar o indulto concedido por Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), perdoando a pena de 8 anos e 9 meses de prisão imposta pelo STF em razão de insultos e ameaças aos ministros. Até hoje, o parlamentar responde ao processo com multas aplicadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator de seu processo criminal.

Por fim, Rosa Weber é relatora de ações que questionam as emendas de relator, também chamadas de “orçamento secreto”, pelo qual verbas da União são direcionadas por deputados e senadores às suas bases eleitorais sem transparência quanto a destino, montante e autor da indicação. No ano passado, a ministra exigiu que essas informações fossem publicizadas, mas o STF ainda vai julgar o mérito da ação, ocasião em que poderá exigir ainda mais transparência, e com possibilidade de vetar critérios políticos de distribuição, ou seja, conforme alinhamento ao governo.

Planos de Rosa Weber na área institucional

Com pouco mais de um ano de mandato, Rosa Weber não deverá iniciar grandes projetos no Judiciário, como fizeram seus antecessores. No CNJ, a ministra prestigiará a diversidade, nomeando juízas negras e indígenas.

Para o sistema de Justiça como um todo – que envolve Ministério Público, defensorias, advocacia e demais operadores do direito –, a ministra deve chamar a atenção para a necessidade de reforçar a solução de casos de desaparecimento. Ela costuma destacar que, enquanto o número de homicídios no Brasil caiu da casa dos 60 mil para 40 mil por ano, o número de pessoas desaparecidas chegou aos 80 mil por ano.


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LEI DA FICHA LIMPA SERVE PARA OS CIVÍS E PARA OS POLÍTICOS FAMOSOS NÃO

Ativismo judicial

Por
Alexandre Garcia


Fachada da sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.| Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Nesta segunda-feira terminou o prazo para a Justiça Eleitoral decidir sobre o registro de candidaturas. Em todos os estados houve candidaturas negadas pela lei da Ficha Limpa e candidaturas aceitas. E eu queria falar justamente sobre a Lei da Ficha Limpa, que foi desmoralizada pelo Supremo.

A lei foi uma grande conquista porque afasta do escrutínio do eleitor aqueles que responderam a processo e foram condenados em última instância, sem mais chance de recurso. Mas a Lei da Ficha Limpa foi desmoralizada duas vezes pelo Supremo. Na primeira, quando o presidente do Supremo, presidindo o julgamento de Dilma Rousseff no Senado, participou da separação do parágrafo único do artigo 52 da Constituição, que diz que o presidente condenado fica oito anos inelegível, não podendo exercer cargo público. Como houve essa separação, Dilma foi para o julgamento do povo mineiro, que a condenou, não a elegeu para o Senado.

Na segunda vez em que a lei foi desmoralizada, as condenações em três instâncias de um certo ex-presidente na Lava Jato simplesmente foram anuladas, alegando-se “endereço errado”, que a ação não podia correr em Curitiba, mas em Brasília ou São Paulo. Mas só descobriram no fim? A ação passou pelo tribunal revisor de Porto Alegre, passou pelo Superior Tribunal de Justiça (que é a última instância em casos criminais), e ninguém reclamou do CEP; só o ministro Fachin reclamou e o plenário do Supremo confirmou. Com isso, desmoralizou a Lei da Ficha Limpa.


Onde o crime compensa
Se é para ser assim, é preferível deixar todos os que quiserem ser candidatos oferecerem seu nome ao eleitor, e tratar de dar informação, dizendo que este e aquele foram condenados. Eu, inclusive, acho que nem precisaria ser apenas condenado em última instância; se o sujeito foi condenado em primeira instância a lei já podia valer, pois candidato tem de ser como a mulher de César, não pode ter a menor suspeita. Mas é o eleitor quem vai decidir agora dia 2 de outubro. E eu recomendo que escolham bem o legislador, seja ele estadual ou federal. Como o próprio nome indica, são deputados e senadores que fazem, mudam e anulam as leis, e até mudam a Constituição naquilo que não for cláusula pétrea.

Supremo não é legislador
O que não se pode deixar é que o Supremo faça as leis. Eu tenho aqui um trecho do discurso do ministro Luiz Fux quando ele tomou posse como presidente do STF. Ele lembra, como grande feito, que a corte elaborou o resgate de identidades historicamente vulneráveis, reconhecendo direitos dos povos indígenas, dos afrodescendentes, ações afirmativas em prol de minorias étnicas, legitimou as uniões estáveis homoafetivas e a paternidade socioafetiva, rechaçou a trans e a homofobia e validou a Lei Maria da Penha. Mas tudo isso é assunto para a Câmara e o Senado, não para o Supremo.

O Supremo alega que está suprindo lei que não saiu, mas esperem aí: se a lei não saiu, foi porque o legislador não quis decidir sobre isso. E não querer votar uma lei também é uma decisão, é a vontade do representante do povo. Os membros do Supremo são escolhidos e aprovados por representantes do povo, mas o Supremo não é o representante do povo, não tem mandato popular. Então, no momento em que começa um novo mandato de presidente do STF – no caso, da ministra Rosa Weber, que fez uma carreira como juíza do Trabalho, foi do Tribunal Superior do Trabalho por indicação de Lula, e foi para o Supremo por indicação de Dilma –, que essas coisas não continuem acontecendo. Preste atenção no seu voto em 2 de outubro, na hora de escolher deputado e senador. E lembre da Lei da Ficha Limpa, que foi desmoralizada pelo Supremo.

Economia brasileira continua melhorando, e o resto do mundo piorando
Por fim, queria lembrar mais uma vez que o mercado brasileiro está prevendo mais queda de inflação e mais alta no PIB. No resto do mundo é o contrário: a inflação subindo e o PIB caindo. É o trabalho dos brasileiros.


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SUSPENDER DIVULGAÇÃO DE MANIFESTAÇÕES DE 7 DE SETEMBRO É O MAIOR DESVARIO DO TSE

 

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo

Desfile cívico-militar do 7 de Setembro, que este ano comemora o Bicentenário (200 anos) da Independência do Brasil.


Ato em Brasília no 7 de setembro| Foto: TV Brasil

A justiça eleitoral brasileira se transformou num monstro. Deveria ser uma repartição pública que cuida da organização das eleições e garante a honestidade das apurações, unicamente isso – como em qualquer democracia séria do mundo. Aqui, por força da invasão da vida política por parte do STF, e da vassalagem que o judiciário impôs aos dois outros poderes, passou a mandar na eleição. É uma deformação – os brasileiros foram expulsos do processo eleitoral. Quem decide tudo, hoje, são o TSE, os 27 TREs e o resto do brontossauro burocrático que passou a dar ordens aos partidos, aos candidatos e aos eleitores. De desvario em desvario, transformaram a campanha eleitoral de 2022 numa eleição de ditadura. Seu golpe mais recente foi proibir que o presidente da República mostre em seu programa de televisão as imagens das manifestações-gigante do dia Sete de Setembro em que foram comemorados os 200 anos de independência do Brasil – e nas quais possivelmente mais de 1 milhão de pessoas, em todo o país, foram às ruas prestar apoio à sua candidatura à reeleição.

É a pior agressão imposta até agora pelo TSE à liberdade, à igualdade e à limpeza das eleições de outubro; não há sinais de que seja a última. Os novos comissários-gerais da ordem política brasileira, simplesmente, decidiram que o presidente não tem o direito de mostrar, nos programas do horário político, os vídeos de manifestações públicas feitas em seu próprio favor – em atenção, mais uma vez, às exigências feitas pelo candidato adversário. A alegação é demente: a população foi para a praça pública festejar a independência do Brasil, e as imagens de sua maciça presença nas ruas não podem ser usadas para se fazer “propaganda eleitoral”. Mas as pessoas que saíram de casa no Sete de Setembro, com bandeiras do Brasil e vestidas de verde-amarelo, foram às comemorações com a expressa e óbvia intenção de dizer que vão votar em Jair Bolsonaro para um novo mandato. Como, agora, proibir que se mostre isso – algo perfeitamente legal e já visto por milhões de pessoas? É direito constitucional dos cidadãos brasileiros votarem em quem quiserem e expressarem publicamente a sua preferência – por que, então, o TSE proíbe a exibição de imagens que comprovam a existência de multidões dispostas a votar no presidente?

Mas as pessoas que saíram de casa no Sete de Setembro, com bandeiras do Brasil e vestidas de verde-amarelo, foram às comemorações com a expressa e óbvia intenção de dizer que vão votar em Jair Bolsonaro para um novo mandato

A mesma justiça eleitoral, no tempo do regime militar, não deixava os candidatos dizerem nada no programa político da televisão; só podiam mostrar um retratinho de si próprios, dentro dos exatos centímetros e milímetros fixados pelas autoridades, mais o seu número e partido, e fim de conversa. O povo não tinha nada de ficar sabendo o que o candidato tinha a dizer – como TSE de hoje acha que o povo não tem nada de ficar olhando para imagens que os comissários não gostam. No regime militar, ao menos, havia mais igualdade – o retratinho era igual para todo mundo. Hoje só o presidente é proibido de fazer isso e aquilo, e mais isso e mais aquilo; a cada cinco minutos os advogados do seu principal, ou único competidor, exigem que Bolsonaro se cale, enquanto ele próprio continua dizendo e mostrando tudo o que quer, com a plena aprovação do TSE. Neste último episódio, lembram os métodos da antiga ditadura comunista da Rússia, que mandava apagar todas as imagens que não aprovava – apagar fisicamente, raspando fotografias e filmes. Agora, estão apagando imagens que todo mundo já viu.

O ex-presidente Lula, num dos mais rancorosos insultos que já dirigiu à toda a população brasileira que não vota nele, disse que as manifestações do Sete de Setembro pareciam uma reunião da Ku Klux Klan, a sociedade secreta que se tornou símbolo mundial do racismo. O ministro Luís Roberto Barroso, por sua vez, disse que a presença do povo na rua serviria para se calcular quantos fascistas existem no Brasil; o apoio ao presidente, para ele, é um crime político. Das ofensas, agora, passa-se à pior das hipocrisias. Se tudo não passou de uma reunião racista de fascistas da KKK, porque toda a ânsia enraivecida, então, em proibir que esse fracasso da candidatura Bolsonaro apareça no programa eleitoral? Porque esconder algo que, segundo a candidatura Lula, deu errado para o adversário? Se deu errado, e é coisa do mal, a manifestação em seu favor teria de ser exibida ao máximo, não é mesmo? É claro que não se trata de nada disso. Lula, que não consegue juntar ninguém a seu favor para uma demonstração de massas, quer esconder o sucesso do presidente no Sete de Setembro – e o TSE, ao aceitar essa nova imposição, parece fazer mais um esforço para dar a impressão de que não vai agir com limpeza na eleição de outubro.

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BARROSO TAXOU AS MANIFESTAÇÕES DE 7 DE SETEMBRO FEITA POR FACISTAS

 

Conservadores brasileiros

Por
Cristina Graeml – Gazeta do Povo


Para quem ainda se recusava a enxergar o tamanho dos movimentos organizados por conservadores brasileiros, o 7 de setembro foi acachapante. Milhões de pessoas estiveram nas ruas em manifestações absolutamente pacíficas e patrióticas.

Foi um banho de civilidade em quem esperava ver um fascismo imaginário tomando as ruas do Brasil. Por todo o país, das capitais às menores cidades do inteiror, famílias inteiras foram para a rua em clima de confraternização.

Não houve brigas, depredações, vandalismo ou mesmo atentados violentos ao pudor, tão comuns nas manifestações da esquerda, dita progressista. Progresso é vestir verde e amarelo e sair para celebrar a Pátria, em vez de vitórias no futebol.

Apesar dos possíveis atos terroristas, anunciados pelos profetas do caos ao longo de semanas, numa clara estratégia para tentar espalhar medo e inibir pessoas de irem às manifestações, o “tiro” saiu pela culatra.

A festa popular de 7 de setembro não foi apenas gigante em tamanho, como se anunciava, mas também imensa em significado. Acabou mostrando de uma vez por todas quem são e como agem os conservadores brasileiros.

Conservadores brasileiros
Pelos cálculos costumeiramente feitos pela polícia (de 3 a 4 pessoas por metro quadrado) só em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, mais de 3 milhões de pessoas estiveram nas manifestações pelo bicentenário da Independência, em apoio ao presidente Bolsonaro e contra os abusos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Havia, sim, cobranças para que o Judiciário respeite as leis e a liberdade de todos os cidadãos, como está previsto na Constituição (e vem sendo ingnorado por muitos ministros). Mas isso ficou restrito aos cartazes e aos discursos de quem falava nos caminhões de som.

Em vez de ataques a Instituições, como pregaram que haveria, o clima era de festa e de paz, solidariedade, alegria, esperança, fé. Não à toa houve um emocionante coro de “Pai Nosso” com cententas de milhares de vozes na esplanada dos Ministérios, em Brasília – algo de arrepiar e causar inveja às missas na Praça São Pedro, em Roma.

Muitos vídeos que circulam na redes sociais mostram que, mesmo depois de horas em pé, na rua, a multidão dispersou sem pressa ou atropelos. Nas grandes cidades, caminhou pacientemente por calçadas lotadas, entrou em estações de metrô ou ônibus igualmente lotados, cantando o orgulho de ser brasileiro.

Outros vídeos, emblemáticos, revelam que carteiras e celulares perdidos (e encontrados) foram entregues nos caminhões de som e anunciados para que os donos pudessem resgatar. Num depoimento em vídeo, um vendedor de água revela como foi sua primeira experiência numa manifestação verde e amarela.

“Nunca imaginei que fosse assim”, diz ele, antes de revelar que nunca foi taão bem tratado, nunca imaginou encontrar tanta educação em manifestação de rua, tanta alegria, tanto respeito. “Nada do que falam é verdade”, completa.

Segunda Opinião
Nesta segunda-feira (12), após as manifestações de 7 de Setembro, o programa Segunda Opinião debate sobre os conservadores brasileiros. Em discussão também a estranha reação da esquerda e de parte considerável da imprensa, negando-se a ver o óbvio.

Por que será que a civilidade, a fé, o respeito à família, aos outros e aos bens públicos não vira manchete nos jornais? Quem saõ os jornalistas que ainda tentam confundir o público, omitindo e descontextualizando fatos, como se fosse possível negar a realidade?


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A POPULAÇÃO PRECISA TER CORAGEM MORAL PARA DIZER NÃO À CERTAS COISAS

 

Por
Bruna Frascolla


Manifestantes a favor da nova constituição, em Santigo, Chile, dia 1º de setembro de 2022| Foto: EFE/ Alberto Valdés

O Chile de hoje é um país incapaz de dizer sim a um projeto político. Era um país pobre antes do golpe de Pinochet; um país pobre daqueles que hoje servem para alimentar ONGs boazinhas do primeiro mundo. As crianças chilenas e as africanas eram objetos de caridade intercambiáveis. Décadas depois de Pinochet dar o golpe, jogar alguns comunistas de helicópteros e colocar uma porção de Chicago Boys na economia, o país ficou rico. E ainda virou destino chique para a classe média da região, que vai lá atrás de queijos e vinhos no friozinho. Havia tudo para se considerar uma história com final feliz, qual seja, o próprio final feliz.

Mas os tempos atuais têm uma moralidade peculiar: não basta um final feliz para ficarmos satisfeitos. Na moral atual, o que se deseja é um certificado de pureza, e esse certificado só pode ser obtido mediante uma avaliação total da História. Essa sociedade passou pela escravidão? Então o que temos hoje não pode ser bom. Essa sociedade atirou comunistas de helicópteros? Então o que ela tem hoje não pode ser bom.

Vivemos em tempos que se reputam o Fim da História. Os atuais viventes seguram um martelinho de juiz e usam seus dogmas morais particularíssimos para condenar ou louvar cada ato passado séculos ou milênios atrás. Então não importa que o Chile de hoje viva bem com uma Constituição mais ou menos herdada de Pinochet. O país não virou uma democracia mantendo a constituição igualzinha à da ditadura; há emendas. Aliás, vale destacar que o país conseguiu virar uma democracia depois de atirar comunistas de helicópteros. Foi por causa disso? Se construir uma democracia próspera fosse tão fácil, a África estaria bem hoje, já que não faltaram comunistas naquele continente para serem jogados de helicóptero.

Será que o Chile conseguiria ser uma democracia próspera caso não enfrentasse uma verdadeira guerra civil? Não sei, ninguém sabe. Contrafactual é uma seara da história onde dificilmente há consensos. Sempre haverá liberais e esquerdistas que digam que o Chile se tornou uma democracia próspera apesar da violência, ou no mínimo a despeito da violência.

Por outro lado, John Gray diz que uma falha dos hayekianos é não perceber que o liberalismo precisa de força do Estado para ser implementado. Trocando em miúdos, forças antimercado, tais como sindicatos e grupos de interesse, são constantes nas sociedades, e só com uma força central é possível debelá-los.

Seja como for, só militantes partidários ousariam negar que o trabalho dos Chicago Boys tem relação com a mudança econômica sofrida no Chile. Os Chicago Boys não atiraram ninguém de aviões, e o Chile estava numa situação tão pacífica que não havia clima para atirar de helicópteros quem quer que fosse. Assim, independentemente do contrafactual adotado, nos dias recentes era possível ficar com as coisas boas de Pinochet sem as coisas ruins.

Dizer não ao passado é fácil
Nunca se diz o que há de objetivamente mau na Constituição chilena; seu vício é de nascença. É bem o caso oposto ao do Brasil, onde a Constituição vigente surgiu debaixo de muito confete democrático e midiático, mas que consegue desagradar a todos em virtude de problemas intrínsecos ao texto. As pessoas dizem que ela é ruim por amarrar demais os orçamentos ou por ser particularista demais (trata do Colégio Pedro II, por exemplo), e não por algum problema na pessoa do Dr. Ulysses. Ao mundo, os chilenos não dão nenhuma explicação para o que tanto desagrada no texto constitucional que eles já remendaram à vontade. Tudo é uma questão de purismo moral.

Há uma praga no Ocidente que é a transformação da imprensa num partido progressista global. Se o povo elege um presidente contrário a ela, ela se julga legítima o suficiente para tratá-lo como um vilão. Disse há muito que “la démocracie c’est moi”; decretou que a democracia é ela própria. É provável que isso tenha raízes no pós-guerra e seja uma doença dos EUA exportada para o mundo. A imprensa determina em uníssono quem são os vilões, quem são os mocinhos, e nós achamos tudo muito bonito e democrático. Era assim até acontecerem duas coisas: as redes sociais emergirem como fonte alternativa de transmissão de informação e a imprensa se radicalizar. (Será que a radicalização da imprensa é fruto da perda de poder? Não dá para saber agora.)

Eis que a beautiful people resolveu fazer um daqueles quebra-quebras super-democráticos, que a própria beautiful people acha bonito e, por isso mesmo, ganha um nome que soa legal. Trata-se da “Primavera Chilena”, quando jovens black blocs cheios de consciência social foram às ruas pedir a substituição da “Constituição de Pinochet”, o fim da corrupção e das injustiças sociais, além da diminuição do preço dos transporte público em Santiago. Gente fina, elegante e sincera. Saldo de mortos: 34, segundo a historiografia oficial. Foi um mistureba de caras-pintadas com junho de 2013. Das nossas violentas “Jornadas de Junho”, porém, não saiu nenhum mártir.

Aquele traço do nosso país apontado e deplorado por comunistas é real e é bom: o Brasil é pouco propenso à violência política. Por mais que os intelectuais e a TV clamem por sangue, nosso povo é tranquilo e não vai pegar em armas por causa de abstrações.

Agora façamos uma continha. Segundo os cálculos nada imparciais da Comissão da Verdade, morreram por causa de política 434 pessoas entre 1964 e 1988. A “Primavera Chilena” durou cinco meses (de outubro de 2019 a março de 2020). Com essa taxa de mortalidade, se a Primavera Chilena durasse um ano, mataria 51. Para morrer a mesma quantidade de gente que supostamente morreu no Brasil em 24 anos, bastavam oito anos e meio de “Primavera Chilena”.

Em vez de sair explicando tudo por abstrações, seria necessário ter em mente que os povos variam. Os chilenos ativaram comunistas de avião porque eram violentos e estavam conflagrados. Com a desestabilização na Constituição do país, o Chile voltou a um estado de conflagração. Nele, a violência emerge — e se corpos voltarem a cair de helicópteros por causa de política, não será de surpreender.

Intolerância seletiva
Os políticos chilenos compensaram a barbárie com a convocação de um plebiscito para saber se deveria haver uma nova constituição.

Quando Pinochet saiu vitorioso, Allende foi o derrotado. Os chilenos politizados demonstram toda a intolerância do para o que quer que se refira a Pinochet; desejam fazer uma refundação do Chile para apagá-lo da história, purificar o país. Por esse capricho, estão dispostos a causar a morte de dezenas nuns poucos meses.

No entanto, isso se faz ao mesmo tempo em que Allende é alçado à condição de santo. Ora, Allende era um entusiasta das políticas eugenistas da Alemanha Nazista e tentou implementar Tribunais de Esterilização no Chile quando ainda era parlamentar. O próprio Partido Socialista do Chile nasceu com financiamento da Alemanha Nazista, como mostrou Victor Farías em ‘Salvador Allende: Antissemitismo e eutanásia’. Ele, aliás, encerra o livro acusando Bachelet de ter tentado dar seguimento ao projeto de Allende. Os socialistas seriam os mesmos.

Por aí vemos que só interessa revirar o passado para criticar o que deu certo. Se deu errado e era evidentemente monstruoso, não sofrerá escrutínio. É proibido revirar o passado e concluir que as coisas poderiam ter sido bem piores.

A facilidade do “não”
Por fim, um problema do Chile que me parece generalizado é o abandono da política nas mãos dos fanáticos. O cidadão vaidoso e respeitável só tem duas opções: ou bem ele defende um monte de absurdo da moda, ou bem ele dá de ombros e faz um ar blasé. Parece que votar é coisa de quem tem candidatos ideais, puros. Como só os fanáticos têm tais candidatos, só os fanáticos votam.

A barbárie convocou plebiscito, 50,95% dos eleitores votaram. Dos que votaram, 78% quiseram uma nova Constituição.

Nas eleições presidenciais, o mesmo espírito dominou o país: ou o candidato dos sonhos, ou o desdém pela política. Os fanáticos disseram “sim” para Boric, o resto foi blasé e disse não para a política.

Nesse ínterim, uma Constituição aloprada ficou pronta, e tudo o que resta ao Chile é dizer “não”. De “não” em “não”, vão esquentando a temperatura política. Os blasés lavam as mãos enquanto os fanáticos tocam fogo no circo.

Que fique a lição para o mundo. É preciso coragem moral para dizer “sim” às coisas imperfeitas que estão à nossa mão. São imperfeitas as Constituições, a História e os líderes. Tentemos sempre aprimorá-los, mas nunca descartá-los por inteiro, sob pena de sermos governados por fanáticos que se acham perfeitos.


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COMO ALAVANCAR AS VENDAS NO SEGUNDO SEMESTRE 2022

Cleber Genero – Vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas

Aproveitar as grandes datas é estratégia para lucrar mais e aumentar a carteira de clientes; ainda dá tempo de se planejar e garantir o crescimento saudável do negócio

O segundo semestre deste ano está recheado de datas comemorativas e feriados que movimentarão as vendas e, para não deixar os empreendedores de fora, a Serasa Experian elencou 10 dias importantes para quem deseja lucrar até o fim do ano. Pequenos e médios negócios podem utilizar o calendário para se planejar e garantir o incremento da receita, por meio de lançamento de campanhas, parcerias com outros empreendedores e investimento em outras iniciativas para ampliar a carteira de clientes.

O primeiro passo, segundo o vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas, é ter ferramentas que ajudem a analisar e mapear o empreendimento, o que dará o melhor direcionamento para a estratégia. “O empreendedor brasileiro sabe como atingir seu público das maneiras mais criativas possíveis, mas ainda precisa se planejar melhor para não perder o tempo certo das datas. Por isso, a Serasa Experian ajuda neste momento tão importante para o crescimento saudável do negócio com canais de conteúdo, monitoramento e prospecção de novos clientes, voltados especificamente para donos de empresas de menor porte”, afirma.

Veja abaixo mais orientações aos empreendedores:

1)   Planejamento é essencial: ter em mente os períodos de maior movimento, datas especiais e momentos de baixa nos ganhos ditarão os próximos passos. Por isso, ter um plano de negócios bem estruturado e com prazos adequados para compra de insumos, produção e elaboração das campanhas é primordial para alavancar as vendas.

2)   Defina seu público-alvo: conhecer quem o produto ou serviço quer atingir será o diferencial frente aos concorrentes no momento de planejamento, portanto, avaliar o comportamento das vendas e ter em mente os motivos que levam os consumidores a comprar, como frequência, oferta dos concorrentes e até o clima na sua região são importantes. Essas informações, combinadas ao objetivo do negócio, poderão trazer resultados expressivos em pouco tempo.

3)   Decida o que será ofertado: escolher quais são os produtos e serviços disponíveis para a data e a modalidade de “promoção” a ser seguida, como ofertas ou benefícios serão oferecidos aos clientes (descontos e brindes), será importante no terceiro passo. A elaboração do plano também deve considerar a visão de outras áreas da empresa, como vendas e marketing. Os dados coletados permitem que sejam estabelecidos prazos para aquisição de insumos, produção e anúncios antes da aproximação da data escolhida.

4)   Faça parcerias com outros empreendedores: o Brasil é um dos países que mais fomenta o empreendedorismo no mundo e a abertura de empresas cresce constantemente no país, com maio registrando o segundo maior aumento do ano no surgimento de negócios, de 17,8%. Portanto, ter outro empreendedor como parceiro para alavancar as vendas em momentos específicos do ano pode trazer impactos positivos.

5)   Invista no marketing digital: as redes sociais são um dos principais canais de venda para os empreendedores, então abuse das divulgações nestes meios, envie e-mails marketing para sua base e desenvolva ações com influenciadores que tenham apelo com seu público-alvo e possam divulgar o empreendimento. Além de aumentar o alcance, a estratégia pode transformar seus novos seguidores em clientes. Nesse aspecto a Plataforma de Marketing Digital Valeon está disponível para os empreendedores fazerem as suas divulgações e promoções através do site Valeon marketplace exclusivo na região do Vale do Aço: https://valedoacoonline.com.br/

6)   Esteja preparado para o pré e pós-campanha: essa conquista nas redes sociais exige que o empreendedor também considere no planejamento outras ações de relacionamento antes e, principalmente, depois da campanha, além de uma maior atenção ao pós-venda, com atendimento eficaz aos clientes.

7)   Valorize a exposição dos itens na vitrine: lojas físicas podem criar vitrines temáticas de acordo com as datas para atrair clientes que estejam passando pelo local. Para isso, conhecer o perfil dos clientes é importante ao separar os produtos que serão expostos, estabelecer o tema e paleta de cores e selecionar elementos decorativos que valorizarão ainda mais o que está sendo apresentado.

8)   Tenha o calendário como aliado: considere datas menos óbvias do calendário para elaborar as ações, além de se planejar com antecedência para aquelas mais relevantes, como Natal e Dia das Mães. Isso fará com que sua marca esteja sempre na mente dos consumidores e cria constância nas promoções e ações.

9)   Atualize o manual de vendas: preparar a equipe e a loja para as campanhas fazem parte do planejamento, por atualize sempre o manual de vendas para evitar atritos ou informações conflitantes para os clientes. Isso traz mais tranquilidade para a equipe, que saberá o que fazer para atender o desejo dos consumidores e manter o objetivo de ganhos do negócio.

10) Prepare-se para crescer: ao fazer uma campanha, considere um aumento das vendas e entenda se será possível atender a essa demanda. Avalie criteriosamente a estrutura do negócio e se é possível manter a qualidade e prazos de entrega com o novo volume.

Utilizando o poder dos dados para trazer mais precisão e segurança na tomada de decisão dos negócios, a Serasa Experian possui uma área voltada exclusivamente para atender as necessidades das pequenas e médias empresas brasileiras. São soluções adequadas para quem precisa crescer a carteira de clientes, proteger o negócio, monitorar clientes e fornecedores e recuperar dívidas. Além disso, a área conta com uma série de conteúdos gratuitos para quem precisa de ajuda para começar o negócio, incrementar as vendas, conquistar mais clientes. A Serasa Experian tem uma parceria com o Sebrae para a construção destes materiais, que são disponibilizados no blog e também na série Bora Empreender no YouTube.

A Serasa Experian é líder na América Latina em serviços de informações para apoio na tomada de decisões das empresas. No Brasil, é sinônimo de solução para todas as etapas do ciclo de negócios, desde a prospecção até a cobrança, oferecendo às organizações as melhores ferramentas, nas quais são embarcadas as informações do maior bureau de crédito do país, que também inclui os dados do Cadastro Positivo. Com profundo conhecimento do mercado brasileiro, conjuga a força e a tradição do nome Serasa com a liderança mundial da Experian. Criada em 1968, uniu-se à Experian Company em 2007. Responde on-line/real-time a 6 milhões de consultas por dia, auxiliando 500 mil clientes diretos e indiretos a tomar a melhor decisão em qualquer etapa de negócio.

Constantemente orientada para soluções inovadoras, a Serasa Experian vem contribuindo para a transformação do mercado de soluções de informação, com a incorporação contínua dos mais avançados recursos de inteligência e tecnologia.

Para mais informações, visite www.serasaexperian.com.br

A Experian é líder mundial em serviços de informação. Nos grandes momentos da vida – desde comprar um carro, passando por mandar seu filho para a faculdade, até a crescer o negócio se conectando com novos clientes – nós empoderamos consumidores e empresas a gerenciarem seus dados com confiança. Nós ajudamos as pessoas a tomarem o controle de suas vidas e acessarem serviços financeiros, os negócios a tomarem decisões mais inteligentes e prosperarem, os credores a emprestarem de forma mais responsável e as organizações a prevenirem fraude de identidade e crime.

Empregamos cerca de 20.600 pessoas em 43 países e a cada dia estamos investindo em novas tecnologias, profissionais talentosos e inovação para ajudar todos os clientes a maximizarem cada oportunidade. A Experian plc está listada na Bolsa de Valores de Londres (EXPN) e compõe o índice FTSE 100.

STARTUP VALEON UMA HOMENAGEM AO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

Por que as grandes empresas querem se aproximar de startups? Se pensarmos bem, é muito estranho pensar que um conglomerado multibilionário poderia ganhar algo ao se associar de alguma forma a pequenos empresários que ganham basicamente nada e tem um produto recém lançado no mercado. Existe algo a ser aprendido ali? Algum valor a ser capturado? Os executivos destas empresas definitivamente acreditam que sim.

Os ciclos de desenvolvimento de produto são longos, com taxas de sucesso bastante questionáveis e ações de marketing que geram cada vez menos retorno. Ao mesmo tempo vemos diariamente na mídia casos de jovens empresas inovando, quebrando paradigmas e criando novos mercados. Empresas que há poucos anos não existiam e hoje criam verdadeiras revoluções nos mercados onde entram. Casos como o Uber, Facebook, AirBnb e tantos outros não param de surgir.

E as grandes empresas começam a questionar.

O que estamos fazendo de errado?

Por que não conseguimos inovar no mesmo ritmo que uma startup?

Qual a solução para resolver este problema?

A partir deste terceiro questionamento, surgem as primeiras ideias de aproximação com o mundo empreendedor. “Precisamos entender melhor como funciona este mundo e como nos inserimos!” E daí surgem os onipresentes e envio de funcionários para fazer tour no Vale e a rodada de reuniões com os agentes do ecossistema. Durante esta fase, geralmente é feito um relatório para os executivos, ou pelas equipes de inovação ou por uma empresa (cara) de consultoria, que entrega as seguintes conclusões:

* O mundo está mudando. O ritmo da inovação é acelerado.

* Estes caras (startups) trabalham de um jeito diferente, portanto colhem resultados diferentes.

* Precisamos entender estas novas metodologias, para aplicar dentro de casa;

* É fundamental nos aproximarmos das startups, ou vamos morrer na praia.

* Somos lentos e burocráticos, e isso impede que a inovação aconteça da forma que queremos.

O plano de ação desenhado geralmente passa por alguma ação conduzida pela área de marketing ou de inovação, envolvendo projetos de aproximação com o mundo das startups.

Olhando sob a ótica da startup, uma grande empresa pode ser aquela bala de prata que estávamos esperando para conseguir ganhar tração. Com milhares de clientes e uma máquina de distribuição, se atingirmos apenas um percentual pequeno já conseguimos chegar a outro patamar. Mas o projeto não acontece desta forma. Ele demora. São milhares de reuniões, sem conseguirmos fechar contrato ou sequer começar um piloto.

Embora as grandes empresas tenham a ilusão que serão mais inovadoras se conviverem mais com startups, o que acaba acontecendo é o oposto. Existe uma expectativa de que o pozinho “pirlimpimpim” da startup vá respingar na empresa e ela se tornará mais ágil, enxuta, tomará mais riscos.

Muitas vezes não se sabe o que fazer com as startups, uma vez se aproximando delas. Devemos colocar dinheiro? Assinar um contrato de exclusividade? Contratar a empresa? A maioria dos acordos acaba virando uma “parceria”, que demora para sair e tem resultados frustrantes. Esta falta de uma “estratégia de casamento” é uma coisa muito comum.

As empresas querem controle. Não estão acostumadas a deixar a startup ter liberdade para determinar o seu próprio rumo. E é um paradoxo, pois se as empresas soubessem o que deveria ser feito elas estariam fazendo e não gastando tempo tentando encontrar startups.

As empresas acham que sabem o que precisam. Para mim, o maior teste é quando uma empresa olha para uma startup e pensa: “nossa, é exatamente o que precisamos para o projeto X ou Y”.

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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

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ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

  Brasil e Mundo ...