O que é a Ku Klux Klan, a organização racista com que Lula comparou os apoiadores de Bolsonaro| Foto: Reprodução
“Foi
uma coisa muito engraçada o ato do Bolsonaro. Parecia uma reunião da Ku
Klux Klan. Só faltou o capuz”. Assim o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, candidato à Presidência pelo PT, classificou a participação de
apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, no
último 7 de setembro. “Não tinha negro, não tinha pardo, não tinha
pobre, trabalhador. O artista principal era o velho da Havan, que
aparecia como se fosse o Louro José da campanha do Bolsonaro”, provocou
Lula, durante um ato em Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro.
Não é a primeira vez que Bolsonaro é associado à organização racista
cuja origem remonta ao final da Guerra Civil nos Estados Unidos, no
século XIX. Às vésperas da eleição de 2018, o ex-líder da Ku Klux Klan,
David Duke, declarou que o então candidato à presidente “soava como os
membros da organização”. Duke é um dos mais proeminentes membros do
grupo que surgiram depois da década de 1970, após os movimentos pelos
direitos civis. Bolsonaro, contudo, publicou em sua conta no Twitter que
“rejeita qualquer tipo de apoio vindo de grupos supremacistas”. Poucos
dias após a declaração, seria eleito com mais de 55% dos votos válidos.
Conhecida pela túnica branca com um capuz pontudo que cobre todo o
rosto, a organização com a qual Lula comparou os apoiadores de Bolsonaro
não se parece em nada com o que se viu nos atos que marcaram o
Bicentenário da Independência pelo Brasil. Conforme o texto de Juliana
Tiraboschi, publicado originalmente em setembro de 2018, o grupo começou
a se reunir no sul dos Estados Unidos para perseguir e violentar os
negros libertados com a abolição oficial da escravatura, em 1863, e
ficou conhecida por agredir, matar e estuprar pessoas negras e brancas
que tentavam ajudar os ex-escravos.
Na década de 1920, quando viveu seu auge, a Ku Klux Klan (KKK) chegou
a arregimentar cerca de 6 milhões de membros. “Isso aconteceu porque,
nessa época, a organização expandiu seus inimigos para outros grupos,
como judeus e católicos”, diz a historiadora Linda Gordon, professora da
Universidade de Nova York. Estima-se que o grupo tenha assassinado
brutalmente cerca de quatro mil pessoas no sul dos EUA, entre 1870 e
1920.
A atuação do grupo era notória pela crueldade. Muitas vítimas eram
enforcadas ou espancadas até ficarem desconfiguradas e alguns homens
eram castrados. Em 1963, membros da KKK explodiram com dinamite uma
igreja Batista em Birmingham, Alabama, matando quatro meninas negras de
11 a 14 anos e ferindo pelo menos mais 14 pessoas. Uma das meninas foi
decapitada com o impacto da explosão e os corpos ficaram mutilados a
ponto de dificultar seu reconhecimento.
De acordo com Linda Gordon, a KKK teve quatro momentos importantes na
história: sua criação, logo após a abolição da escravatura, depois uma
ascensão e queda durante os anos 1920, um novo fortalecimento entre os
anos 1950 e 1960, durante os movimentos pelos direitos civis, e o
período contemporâneo, quando coexiste com outros grupos de supremacia
branca. Hoje, de acordo com a organização americana Southern Poverty Law
Center (SPLC), especializada em direitos civis, o grupo agrega de 5 a 8
mil membros, divididos entre dezenas de subgrupos que usam a mesma
denominação. As manifestações de 7 de setembro transcorreram de maneira
pacífica, com grande participação de famílias.
Palácio do Planalto: “bomba fiscal” de até R$ 430 bilhões cairá
no colo de quem governar o país a partir de 2023.| Foto: Jefferson
Rudy/Agência Senado
Em contraste com o cenário econômico positivo
que deve encerrar este ano, que for eleito para a Presidência da
República em outubro vai se deparar inevitavelmente com um quadro de
desajuste fiscal em 2023.
Resultado da necessidade de renovação de despesas temporárias,
reajuste de servidores, perdas de arrecadação, contas adiadas, além de
outros riscos, a chamada “bomba fiscal” pode render ao novo governo um
rombo de até R$ 430 bilhões no Orçamento, segundo cálculos de
pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio
Vargas (Ibre/FGV).
A projeção é dos economistas Braulio Borges e Manoel Pires, que
dividiram a fatura em quatro categorias. “O mais correto, na verdade, é
falar em bombas fiscais, no plural”, diz Borges. A conta começa com
despesas que não estão previstas no Projeto de Lei Orçamentária Anual
(PLOA), enviado ao Congresso nesta quarta-feira (31), e que podem chegar
a R$ 120 bilhões.
Só a manutenção do piso do Auxílio Brasil em R$ 600, promessa dos
principais candidatos à presidência, deve gerar uma despesa adicional de
R$ 60 bilhões no ano. No PLOA, o valor médio do benefício previsto para
2023 é de R$ 405, mas o governo de Jair Bolsonaro (PL) afirma no texto
que buscará meios de comportar no Orçamento o valor atual do benefício,
que, conforme emenda constitucional promulgada em julho, vigora apenas
até dezembro.
Concorrentes de Bolsonaro na disputa presidencial, Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) e Simone Tebet (MDB) também prometem tornar permanente o
valor de R$ 600 para o auxílio, enquanto Ciro Gomes (PDT) pretende
elevá-lo para R$ 1 mil e ampliar o programa ao fundi-lo com outros
benefícios sociais em um programa de renda mínima.
Recentemente Lula falou em pagar um adicional de R$ 150 por criança
de até 6 anos, e Bolsonaro prometeu um adicional de R$ 200 para o
beneficiário que conseguir emprego com carteira assinada. Esse benefício
já está previsto na estrutura do programa desde sua criação, mas não
tem sido pago.
Em outra frente, cresce a pressão por um reajuste do funcionalismo
público em meio à inflação dos últimos dois anos. A peça orçamentária
reserva um montante de R$ 14,2 bilhões para a atualização dos salários,
sendo R$ 11,6 bilhões para os servidores do Executivo, o que permitirá
um aumento de menos de 5%, bem abaixo dos 20% que pedem os funcionários
públicos.
Outra bomba vem de medidas que, embora não aumentem despesas, vão
afetar negativamente a receita do ano que vem. Entram nessa categoria
desonerações aprovadas este ano, além da atualização da tabela do
Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), que, embora prometida por
Bolsonaro, não entrou no PLOA 2023. Em conjunto, os itens podem superar
os R$ 25 bilhões em bases permanentes.
“Se considerarmos a normalização da arrecadação do setor de petróleo,
estimada em R$ 62 bilhões, o total [em perda de arrecadação] chega a R$
86 bilhões”, explicam Borges e Pires.
Além disso, há ainda eventos com impactos financeiros negativos como a
elevação da taxa de juros e a suspensão do pagamento das dívidas dos
estados, que podem produzir um custo da ordem de mais R$ 77 bilhões.
Segundo os economistas, apesar de não afetarem o resultado primário, são
fatores que agravam o déficit nominal porque elevam o pagamento de
juros líquidos.
Finalmente, há riscos fiscais que podem ou não se materializar, como a
possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o
pagamento de precatórios atrasados e de compensações a estados e
municípios em razão da fixação do teto do ICMS sobre combustíveis,
energia elétrica, transportes e telecomunicações. Somados, esses itens
têm o potencial de acrescentar outros R$ 144 bilhões à conta.
Não entraram na conta outras medidas de menor impacto, como o
adiamento para 2023 de repasses a estados e municípios das leis de
auxílio à cultura Paulo Gustavo e Aldir Blanc, e a antecipação de
dividendos que seriam pagos por estatais à União em 2023 e que o governo
pediu que fossem distribuídos já em 2022.
Mercado financeiro já cobra preço por desajuste fiscal no ano que vem “Há
outros itens de menor relevância, mas a gente tem esses grandes riscos
que, somados, dão um montante potencial nada desprezível do ponto de
vista de impacto fiscal, seja sobre o resultado primário, seja sobre a
dívida pública. Não quer dizer necessariamente que tudo isso vai
acontecer”, afirma Borges.
O problema, segundo ele, é que, durante o período de campanha
eleitoral, não há incentivo para que os candidatos tratem desses
problemas, uma vez que a solução, conforme estabelece a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), passa necessariamente por corte de
despesas em outras áreas ou por aumento de carga tributária.
“Isso obviamente alimenta incerteza, fazendo com que o mercado
financeiro cobre juros cada vez mais altos para o governo financiar sua
dívida”, diz o economista.
“Não é só um problema que vai surgir no ano que vem e que, por isso,
podemos esperar; há um impacto imediato dessa incerteza”, explica. “No
mercado brasileiro de títulos públicos, hoje o governo, para vender um
papel com vencimento em dez anos, tem de pagar juros reais em torno de
5,8%. O governo americano está pagando juro real de 1% para um título
semelhante.”
Cenário exigirá novo arcabouço de regras fiscais Silvio Campos
Neto, economista sênior e sócio da Tendências Consultoria, explica que
não há como cobrir toda essa conta com o Orçamento previsto para 2023,
levando em conta a LRF e a regra do teto de gastos, que limita o
crescimento anual de despesas à correção pela inflação.
“Certamente não é um valor que vai caber no teto de gastos”, diz. “O
que o novo governo vai ter de fazer é negociar junto ao Congresso para
obter um ‘waiver’, uma espécie de licença, para conseguir cumprir os
custos e mostrar uma economia sustentável”, afirma.
VEJA TAMBÉM: Fim do teto de gastos parece estar próximo. O que vem no lugar? O
waiver seria uma autorização para o governo descumprir as atuais
regras, temporariamente e dentro de determinados limites. A ideia,
defendida por diversos economistas, é que a licença seja concedida por
um período de seis meses para que, durante esse período, o presidente
eleito possa discutir um redesenho do arcabouço fiscal, uma vez que o
teto de gastos seria insuficiente para garantir a sustentabilidade das
finanças públicas na atual conjuntura.
O mecanismo consta, por exemplo, de um documento com sugestões para o
próximo governo produzido pelos economistas Bernard Appy, Carlos Ari
Sundfeld, Francisco Gaetani, Marcelo Medeiros, Pérsio Arida e Sérgio
Fausto. Eles propõem um programa especial de gastos, que não seria
incluído no teto constitucional de gastos, limitado a 1% do PIB.
Do lado do governo Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes,
já falou sobre a necessidade de um waiver para a manutenção de gastos
sociais. Na campanha do ex-presidente Lula, o ex-ministro da Fazenda
Nelson Barbosa, que assessora o candidato, também é favorável à medida.
Ambas as equipes falam também em mudanças no regime fiscal. Uma das
ideias em estudo no governo é uma regra que atrele a restrição ao
aumento de despesas a outro indicador, como o da dívida pública. Se a
dívida estiver acima de determinado patamar, a correção continuaria a
ser feita basicamente pela inflação, como é hoje. Caso a dívida caia
abaixo da linha de corte, a atualização do teto poderia ter um aumento
real, permitindo despesas maiores.
Mais recentemente, Paulo Guedes apresentou outra alternativa para
continuar pagando R$ 600 de Auxílio Brasil por família. Disse que, se a
guerra na Ucrânia continuar, o governo pode tentar prorrogar o estado de
emergência que permitiu, neste segundo semestre, a elevação dos gastos
com benefícios.
“Há várias propostas em discussão, mas para substituir o teto de
gastos, a gente vai ter que pensar em um novo arcabouço de regras
fiscais que seja mais resiliente, que vá durar muito anos. Por isso,
seria interessante ter um tempo um pouco maior, não só para o debate
técnico, mas também em razão do tempo político, de se levar a discussão
para o Congresso, que volta do recesso apenas em fevereiro e ainda terá
de eleger as novas lideranças das Casas”, diz Braulio Borges, da FGV.
“O waiver surge nesse contexto, como uma transição orçamentária para
acomodar parte dessas questões que não estão equacionadas no ano que vem
e enquanto se discute o que colocar no lugar do teto de gastos”,
afirma.
O economista defende, no entanto, que a licença seja limitada a cerca
de seis meses e a, no máximo 1,5% do PIB, uma vez que a dívida pública
do país ainda está em um patamar considerado elevado, com previsão de
encerrar o ano em 78,5% do PIB.
Tiago Sbardelotto, analista de macroeconomia da XP Investimentos,
defende a adoção de um teto fiscal “ajustado” para incorporar as novas
despesas, com a possibilidade de uma nova regra de correção, porém sem a
necessidade de um waiver.
“A instituição de uma licença temporária para aumentar os gastos no
curto prazo não resolve o problema. Assim, a solução é incorporá-las à
nova regra de despesas e investir em reformas para reduzir
estruturalmente o custo do setor público para que novos represamentos
não ocorram adiante”, afirma.
Para Campos Neto, é possível reajustar as contas já no próximo ano,
desde que o governo adote uma postura mais austera, diferente da adotada
nos últimos meses. “O que se espera é que isso seja uma direção mais de
campanha eleitoral e que, a partir do ano que vem, o novo governo
assuma tendo ciência do tamanho do problema, equilibrando as demandas,
mas também a necessidade de ajuste, e consiga criar um ambiente que
demonstre essa viabilidade fiscal no médio e longo prazo”, diz.
A Rainha da Inglaterra, Elizabeth II, em registro de 2016| Foto: BigStock Photo
A
rainha Elizabeth II do Reino Unido faleceu no último dia oito de
setembro. Além do convite ao leitor para ver o obituário da monarca
preparado pela Gazeta do Povo, a ocasião levanta algumas reflexões. No
caso dos temas políticos, nenhum deles é de curtíssimo prazo, claro, já
que os próximos meses serão marcados pelas cerimônias oficiais. E
depois, entretanto, qual pode ser o impacto político concreto do
falecimento da mais longeva monarca da História britânica?
Para boa parte da população britânica e de diversos países domínios
da coroa, Elizabeth II era um símbolo, no sentido positivo da palavra.
Para essas pessoas, ela significava resiliência, estabilidade, um rosto
familiar no seio da política. Também significava, especialmente para os
mais velhos, as glórias britânicas, os “bons tempos” quando essas
pessoas se sentiam governando uma larga porção da Terra, ela que foi a
última monarca do império britânico como um dia já foi.
Claro que isso é um objetivo resumo, restrito a um parágrafo. O fato é
que Elizabeth II conectava a geração Z britânica de 2022 com os baby
boomers da década de 1950, uma amálgama da identidade britânica e
presença constante no imaginário desses apoiadores. Também tornou-se um
símbolo de conduta quando comparada aos escândalos políticos e de vida
pessoal envolvendo filhos, irmã, noras e netos. Em suma, Elizabeth era
uma espécie de “avó coletiva”, que reina desde a década de 1950 e cujas
funções públicas remontam à Segunda Guerra Mundial.
Charles III Por tudo isso, o símbolo que era Elizabeth II não terá
substituição à altura. Ao menos não em seu filho, o novo rei Charles
III, ou em seu neto na linha sucessória. E isso gera, e gerará,
repercussão política concreta, não apenas nos tabloides de fofoca ou nos
protocolos e códigos de etiqueta. O primeiro aspecto, mais óbvio, é o
fato de que a imagem popular de Charles III está longe de ser
favorável.
Nos últimos anos, em diversos momentos, se especulou a possibilidade
dele abdicar ao trono em nome de seu filho mais velho, William.
Lembremos que o direito britânico é consuetudinário e o precedente de
abdicação que existe hoje é o de Eduardo VIII, que abdicou em 1936.
Naquela ocasião, sua abdicação levou junto sua linhagem, para evitar que
um eventual filho com sua esposa plebeia, estrangeira e divorciada
pudesse reivindicar a coroa em algum momento.
Para que Charles III possa abdicar em nome de seu filho, se for o
caso, seria necessária uma lei diferente, aprovada pelo parlamento. Por
uma série de motivos, inclusive o luto pela mais longeva monarca
britânica, isso é inviável. Charles III é rei, resta saber se será
coroado. Eduardo VIII, inclusive, não foi coroado, já que a cerimônia
não é imediata, para respeitar o prazo de luto pelo monarca falecido.
Curiosamente, a impopularidade de Charles III pode ser parcialmente
revertida, dependendo de seu papel nas cerimônias de despedida de sua
mãe.
Reino Unido Existem outros possíveis efeitos na política interna
britânica. Não no curto prazo, claro. Nenhuma liderança política vai
correr o risco de parecer desrespeitar os devidos ritos e o luto
nacional por esse poderoso símbolo que faleceu. Um deles é o do
fortalecimento da demanda escocesa por um novo referendo de
independência, algo já prometido por Nicola Sturgeon, cujo Partido
Nacional Escocês possui maioria no parlamento local. As pesquisas de
opinião nesse tema são virtualmente empatadas.
A independência escocesa é fortalecida também pelo Brexit, que, mais
ainda, afeta as relações na ilha da Irlanda, um tema que já vimos em
diversas ocasiões aqui em nosso espaço. A perda do mais poderoso símbolo
da monarquia pode, no longo prazo, fortalecer o republicanismo
irlandês. Lembrando ao nosso leitor que, no contexto da Irlanda do
Norte, “republicanismo” significa não apenas uma separação do Reino
Unido, mas uma reunião com a República da Irlanda, em uma ilha
unificada.
Não se trata de dizer que a morte de Elizabeth diretamente fortalece
essas pautas, mas, principalmente, que a força de seu símbolo impedia o
maior progresso da independência escocesa ou do republicanismo irlandês.
O mesmo efeito está no republicanismo pelos outros domínios da coroa
britânica. Quando falamos que Elizabeth foi a última monarca do império,
se trata de lembrarmos de quantos territórios tornaram-se independentes
e, também, de quantos domínios da coroa tornaram-se repúblicas
totalmente separadas do Reino Unido.
Ainda nas primeiras décadas de seu reinado, Elizabeth perdeu as
coroas do Paquistão, da Nigéria e do Gana, nações em que ela foi Chefe
de Estado mesmo após as independências. Esse não foi apenas um processo
histórico. Fiji e Barbados tornaram-se repúblicas em anos recentes.
Barbados foi inclusive tema de coluna aqui em nosso espaço e já naquela
ocasião falávamos do fortalecimento do republicanismo nos reinos
britânicos após a rainha cumprir o curso natural da vida, o que
aconteceu agora.
Republicanismo No médio prazo, teremos o crescimento do
republicanismo na Nova Zelândia, na Austrália e no Caribe. Em maio de
2021, a premiê neozelandesa Jacinda Ardern disse acreditar que o país
será uma república em breve. Pesquisas colocam uma espécie de “empate”
sobre o tema na opinião popular, enquanto pautas como uma nova bandeira
nacional, sem os símbolos britânicos, e maior participação dos maori na
política possuem maior apoio.
Na Austrália, em diversas pesquisas de opinião, o republicanismo
vence, além de ser uma posição defendida pelo Partido Trabalhista e
pelos verdes, além de ser forte no Partido Liberal. Os mesmos debates
citados, sobre bandeira e papel político das populações nativas, também
se aplicam. No caso desses dois países o que pode manter os laços com
Londres não será a monarquia ou o rei Charles III, mas o receio de
relações mais azedas com a China. O republicanismo significaria,
provavelmente, maior aproximação com os EUA.
Seria ingênuo achar que a morte de Elizabeth, ao encerrar a
trajetória política de um símbolo tão poderoso que foi seu reinado, não
teria repercussões políticas. Será uma grande comoção nacional, talvez
mundial, mas, passada essa comoção, muita gente vai se perguntar: “e
agora?”. E muitas das respostas que surgirão não serão agradáveis aos
ouvidos de Londres, muito menos do novo rei Charles III.
Passado o
Sete de Setembro, com as fotos, vídeos e relatos pessoais atestando que
multidões foram às ruas em todo o Brasil, a esquerda nacional e o seu
candidato à presidência da República entraram num clima de funeral
indignado. Só havia um resultado aceitável para eles, e não mais que um:
um fracasso indiscutível de público no comício eleitoral em favor da
candidatura do presidente Jair Bolsonaro que se colou de norte a sul às
comemorações dos 200 anos de independência do Brasil. Deu o exato
contrário. Como já tinha acontecido no ano passado, o Sete de Setembro e
o apoio a Bolsonaro, transformados numa coisa só, reuniram centenas de
milhares de cidadãos em praça pública num ato político – e o atestado
mais evidente disso foi a intensidade da sinfonia de lamentações na
oposição. Se tivesse ido pouca gente, estariam em festa. Como foi gente
demais, ficaram revoltados e foram reclamar com o juiz.
O PT, os analistas políticos e a confederação de interesses que apoia
a candidatura Lula tentaram, no começo, assustar a população com
ameaças de que “os bolsonaristas” iriam provocar violências no dia Sete
de Setembro; seria inseguro sair à rua. Também poderia ser “contra a
lei”, advertiram outros – afinal era um ato “antidemocrático”, desses
que o ministro Alexandre de Moras não gosta e mete a polícia em cima. A
um certo momento, contaram até com o serviço de meteorologia – iria
chover do dia Sete, e a manifestação seria um fracasso. Nada disso deu
certo. As pessoas lotaram a rua num oceano de bandeiras e de verde
amarelo, e o seu recado era óbvio: nós viemos aqui para dizer que vamos
votar em Bolsonaro nas eleições do dia 2 de outubro. Pode haver alguma
dúvida quanto a isso? Não, não pode – só nas análises dos formadores de
opinião, mas não na vida real. A comemoração dos 200 anos da
independência do Brasil foi um manifesto político, e a reação de Lula e
do PT foi a de sempre – em vez de pensar a sério porque nunca conseguem
levar o povo brasileiro à praça pública, e porque o seu inimigo consegue
sempre, se perderam em lamúrias, conversas com advogados para criar
desordem na “justiça eleitoral” e a exibição de despeito puro e simples.
As pessoas lotaram a rua num oceano de bandeiras e de verde amarelo, e
o seu recado era óbvio: nós viemos aqui para dizer que vamos votar em
Bolsonaro nas eleições do dia 2 de outubro
De um lado, numa ofensiva incompreensível, e possivelmente
desesperada, do ponto de vista da racionalidade jurídica ou política,
querem acusar Bolsonaro de uma porção de “crimes” por sua participação
nas festividades do Dia da Independência. Não tem nexo. Ele é o
presidente da República; tem, em primeiro lugar, a obrigação de
comparecer. Não fez, na ocasião, um discurso de campanha eleitoral – nem
entrou em pregação política contra o STF, que há três anos está em
guerra contra ele. Do que estão reclamando, então? Tanto faz, na
verdade, o que Bolsonaro tenha dito, ou não: o povo estava lá para
mostrar, com ou sem discurso, que apoia a sua candidatura, e não há
solução para isso. Não se pode separar as coisas: se o sujeito colocou
uma bandeira do Brasil nas costas e foi para a rua no Sete de Setembro,
ele está declarando em público sua posição política e a sua intenção de
voto nas eleições presidenciais. Fazer o que? Proibir, à essa altura,
que ele seja candidato à reeleição?
Lula, diante do que aconteceu no dia Sete, não disse nada de útil –
resumiu-se a estar ausente, na festa em que se comemorou os 200 anos de
independência do Brasil e fazer, depois, um lamento. Não explicou por
que não saiu à rua; nunca explica por que não sai nas ruas do seu país,
ele que se diz o maior homem do povo que o Brasil já teve em toda a sua
história. Ficou na conversa de sempre – segundo disse no celular, vai
devolver a “alegria” aos brasileiros, vai haver “comida na mesa”, o
Brasil vai “voltar a ser independente” e mais do mesmo. O que significa
esse palavrório todo? Centenas de milhares de cidadãos foram à praça
pública apoiar o adversário de Lula nas eleições – mais que isso,
talvez, porque ninguém fez as contas, mas o certo é que foi um mar de
gente. Ninguém saiu para dizer que o apoia. É o saldo do dia Sete de
Setembro.
Discurso de Bolsonaro é acompanhado por milhares de pessoas em Brasília.| Foto: Reprodução/Facebook
Estou notando que muita gente no jornalismo expressou surpresa pelo
público que lotou as ruas e praças de praticamente todas as cidades
brasileiras nas manifestações do dia 7 de setembro. Em geral, a gente só
vê as grandes capitais, mas eu vi imagens de cidades do interior do
Maranhão, do Acre, do Rio Grande do Sul, de toda parte. Foi no país
inteiro. Isso surpreende muitos porque certamente estão acreditando nas
pesquisas, embora tenham sido enganados pelas pesquisas em 2018. Mas
estão insistindo naquele “me engana que eu gosto” e aí se surpreendem
quando aparece um mar de gente, embora tenham feito a maior propaganda
de que haveria violência nas manifestações para ver se as pessoas
ficariam em casa. Na Avenida Paulista, em São Paulo, chegou a ter chuva,
e mesmo assim ela esteve superlotada. Foi um mar de gente.
As pessoas não se dão conta do “passar recibo”. Estou falando de
colegas meus. Contam que Flores da Cunha era viciado em pôquer e jogava
no Jóquei Clube do Rio de Janeiro. Certa vez, ele estava jogando e havia
um sujeito atrás dele, “peruando” o seu jogo. Ele estava com todas as
cartas para ganhar aquela rodada e jogou tudo errado. Olhou para trás e
disse: “Sofre, peru”. Estou vendo que os que foram “peruar” as
manifestações estão sofrendo.
Houve até aquela história da pergunta para o Aldo Rebelo, que foi
ministro dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, foi filiado ao
Partido Comunista do Brasil e atualmente está no PDT. Perguntaram a ele o
que achava dos bolsonaristas “se apropriando” da bandeira nacional.
Óbvio que a bandeira nacional é de todos. Então ele respondeu que as
pessoas de esquerda jogaram a bandeira no chão, adotaram a bandeira
vermelha, e isso foi a oportunidade para que Bolsonaro e seus seguidores
erguessem a bandeira nacional. Bandeira que foi pisoteada pelos
seguidores do outro lado, pisoteada e queimada como aconteceu em
Curitiba e na Califórnia.
O mais grave de tudo é que esses colegas jornalistas, que têm brigado
contra os fatos desde meados de 2018, agora estão brigando com o povo.
Estão xingando o povo que foi para a rua, essa massa que foi para a rua.
Estão esquecendo que a democracia é o governo do povo para o povo, o
governo da maioria.
De condenado a candidato O candidato Lula e seu companheiro de
chapa, Geraldo Alckmin, fizeram um comício na noite desta quinta-feira
em Nova Iguaçu (RJ). Foi um dia em que puderam festejar o registro da
candidatura de Lula, mesmo ele tendo sido condenado em três instâncias,
já que a condenação foi simplesmente anulada por um ato praticamente
administrativo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin; ele depois encaminhou a liminar ao plenário do Supremo, que a
aprovou.
No entanto, não aprovaram a candidatura de Roberto Jefferson (PTB),
que foi indultado, depois de ser condenado pelo mensalão que ele mesmo
denunciou. Aplicaram a Lei da Ficha Limpa ao Roberto Jefferson, como
aplicaram na quinta-feira ao ex-governador Anthony Garotinho (União
Brasil) no Rio de Janeiro; e ao senador Izalci Lucas (PSDB), que queria
ser candidato ao governo do Distrito Federal. Fica estranho, a gente
demora para entender uma coisa dessas.
O que Bolsonaro quis dizer Eu demorei a entender a palavra que
virou quase um adjetivo e que foi pronunciada lá no dia 7 pelo
presidente Jair Bolsonaro. O tal do “imbrochável”. Parece o Antonio
Rogério Magri, que inventou o “imexível”. Eu acho que entendi o que ele
quis dizer porque o presidente sai do Palácio do Alvorada, preside como
comandante supremo a parada militar, se despe da faixa presidencial, vai
para outro palanque, daí para um carro de som numa manifestação com uma
massa nunca vista em Brasília. Sai da manifestação, pega avião e vai
para o Rio de Janeiro, onde comanda uma motociata do Aterro do Flamengo
até o Posto Seis, em Copacabana. Comanda uma manifestação gigantesca e
depois de tudo isso ainda vai ao Maracanã ver o jogo do Flamengo, onde
foi aplaudido no estádio que vaia até minuto de silêncio, como dizia
Nelson Rodrigues. Meu Deus, o homem não cansa. Deve ser isso o que ele
quis dizer com “imbrochável”.
A eleição está chegando
Já estamos em 9 de setembro e está se esgotando o prazo para chegar
ao 2 de outubro. Se alguém ainda não escolheu seus candidatos, já está
na hora de definir. Não é só para presidente da República, tem de
escolher bem o deputado estadual, o deputado federal, o senador, o
governador. Porque tudo isso influencia na vida de todos nós, dos nossos
filhos e nossos netos. Vamos escolher os chefes de Executivo e os
legisladores que fazem as leis estaduais e federais, que podem até mudar
a Constituição. Vamos pensar bastante nisso. Vejam o que aconteceu no
Chile e na Colômbia por falta de voto, por abstenções ou por votar em
branco ou votar nulo. Tem de escolher, seja qual for o critério.
Há uma concepção cada vez mais enraizada
no campo das políticas públicas sobre educação segundo a qual, para
obter bons resultados no ensino superior, é necessário que todas as
universidades atendam a uma série de demandas técnicas no tripé ensino,
pesquisa e extensão. Para os defensores dessa visão, seria desejável um
modelo único, em que todas as instituições desse nível atendessem
praticamente às mesmas demandas, com poucas variações.
É evidente que algum grau de padronização sempre é oportuno para
garantir as necessidades básicas de funcionamento de uma instituição de
ensino superior. Contudo, a tendência muito forte à regulamentação que
observamos hoje na educação brasileira tem contribuído mais para o
engessamento do que para a qualidade das instituições. Perde-se cada vez
mais a liberdade de iniciativa que tanto convém para promover o
espírito de excelência e inovação.
A insistência na homogeneidade prejudica, por exemplo, o surgimento
de centros de excelência em pesquisas ou polos de formação de
profissionais brilhantes em determinadas áreas. A flexibilidade de
modelos e de ênfases é imprescindível para um país que deseje se tornar
uma potência em qualquer área.
Preocupados em se submeter aos complicados e infindáveis parâmetros
impostos pelo poder público, os gestores das instituições de ensino
superior no Brasil tendem a se tornar muito mais burocratas da educação
que promotores de excelência acadêmica e formativa. Embora seja
relevante que todas as instituições atendam minimamente os três pilares –
ensino, pesquisa e extensão –, há que ter cuidado para não criar regras
que padronizem a mediocridade. Nações que têm obtido resultados
importantes no ensino superior são aquelas que sabem escolher os focos
de concentração dos recursos públicos para obter resultados
significativos.
Seria conveniente para o Brasil, sob diversos aspectos, que se
alocassem recursos para alguns grandes centros de forma mais inteligente
e especializada. É um erro imaginar que todas as universidades federais
e estaduais sejam capazes de obedecer rigorosamente aos mesmos modelos
de ensino, pesquisa e extensão sem prejuízo da qualidade. Mudar essa
lógica permitiria a existência de universidades que privilegiassem quer a
formação acadêmica, quer a formação profissional ou a pesquisa.
Seria razoável, além disso, que as universidades públicas
respondessem a um planejamento estratégico do que é mais importante para
cada região do país. Diferentes lugares podem provocar as universidades
com demandas distintas, e isso deveria servir para definir ênfases.
Fazer escolhas supõe, obviamente, tratar com desigualdade as
universidades. Se não há linhas de pesquisa prioritárias, e se se
consideram todas as universidades como equivalentes, a tendência é que
nenhuma delas receba montantes relevantes para projetos inovadores de
grande porte.
Há diferentes e legítimas finalidades no ensino superior. Algumas
instituições podem ajudar a diminuir a desigualdade. Outras podem ter o
foco em acelerar o processo de profissionalização. Outras, ainda, podem
se dedicar de maneira prioritária à missão de formar futuros acadêmicos e
professores, ou de buscar a excelência na pesquisa.
Pretender que todas essas finalidades sejam bem atendidas por cada
uma das instituições é uma ilusão. Um excessivo engessamento de modelos e
finalidades no ensino superior não atende às necessidades do país.
Valdez Monterazo – Coach Executivo, especializado em negócios, liderança e psicologia positiva
Se faça a seguinte pergunta: Excelência nos produtos ou serviços é um
fator garantido para sucesso nos negócios? Se você disse que sim, sinto
frustrá-lo. Ter um excelente produto não é garantia alguma de sucesso.
Entretanto, mesmo não sendo uma garantia, com certeza é um Pré-Requisito
fundamental. Sendo bastante direto: a baixa percepção de qualidade na
prestação de serviços ou nos produtos é uma receita quase certeira para o
fracasso empresarial.
Uma situação que ilustra muito bem isso ocorreu com o CEO da
fabricante de smartphones Samsung. Após várias tentativas, reuniões,
dados e ações para melhorar a qualidade dos aparelhos anos atrás, ele
ainda não havia conseguido resolver os problemas crônicos que existiam.
Lee Kun-hee chamou então seus principais executivos e todos passaram
dias discutindo propostas para a melhoria na qualidade dos aparelhos em
uma conferência.
O resultado, nada aconteceu.
O antigo CEO fez então algo drástico. Em sua principal fábrica na
Coreia, chamou todos os colaboradores e os fez assistir enquanto ele
destruía e queimava pilhas dos aparelhos sem qualidade.
Imagine a situação, centenas de colaboradores Coreanos chorando enquanto tratores e lanças chama destruíam os aparelhos.
Esse fato foi tão icônico que marcou uma transição na Samsung, que
passou a produzir aparelhos de qualidade superior e hoje tem o maior
Marketshare do mercado de smartphones.
Eu não te aconselho a tomar medidas tão radicais como as de Lee
Kun-hee, principalmente em um pais com leis trabalhistas como o Brasil.
Entretanto, te convido a prestar atenção em três razões que podem te
inspirar a perseguir a excelência em seus produtos e serviços.
Excelência e Sucesso
A busca pela excelente nos produtos e serviços pode te impulsionar a
aperfeiçoar constantemente suas próprias habilidades e na gestão de sua
empresa.
Reputação
O Marketing boca a boca ainda é o melhor que existe, e talvez, nunca deixe de ser.
No entanto, pessoas só recomendam produtos e serviços que superam as expectativas, ou seja, excelentes.
Construção de hábitos Empresariais.
A excelência não é um feito, e sim, um hábito – Aristóteles
Assim como já falava Aristóteles, a excelência nos produtos e
serviços se constrói dia a dia, ter um foco específico nisso pode
promover melhorias significativas ao longo do tempo.
Diante de tudo isso, você deve ter percebido que a construção da
excelência não é algo espontâneo. Existe uma forma de fazer isso, é
necessário medir a qualidade.
Você consegue imaginar quem são as pessoas ideias para nos ajudar a
medir a qualidade? Se você respondeu os clientes, você está coberto de
razão!
Pedir a opinião dos consumidores e aplicar melhorias contínuas nos
produtos e serviços é o caminho para se construir a excelência de
maneira contínua em sua organização.
Nesse sentido, é importante que você entenda um conceito fundamental:
Nós somos constantemente avaliados pelos nossos consumidores e
mentalmente somos posicionados diante da experiência que tiveram ao
consumir seus produtos e serviços. Podemos classificar isso em 4 níveis.
1. Abaixo do esperado
É quando a experiência do consumidor não foi positiva, em geral,
devido a problemas de qualidade, demora no atendimento, ou um mal
atendimento.
2. Na média
É quando entregamos aquilo que prometemos e dentro do prazo.
3. Acima do esperado
É quando superamos as expectativas do cliente de alguma forma,
entregando mais do que combinado, em um tempo menor ou oferecendo um
atendimento excepcional.
4. Encantamento
Significa surpreender totalmente e oferecer uma experiência única de consumo.
Vale a pena comentar que a maior parte das empresas no Brasil
entregam abaixo do esperado e quando estão na média, já acreditam que
estão fazendo demais. Um alerta para isso: Consumidores somente indicam
produtos ou serviços quando sua experiência de consumo é acima do
esperado ou ficam realmente encantados.
Por fim, mais do que tudo, a excelência é um compromisso conosco, com
nossos clientes e com o mercado. Cultivar uma cultura de excelência,
assim como o caso da Samsung exemplificou, é o caminho para a melhoria
constante, e ultimamente, aliado a boas estratégias, o sucesso nos
negócios.
A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz
divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a
atenção para as seguintes questões:
• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou
pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas
para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.
• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se
expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação,
vendas, etc.
• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:
a) Digitalização dos Lojistas;
b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;
l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;
m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.
Vantagens competitivas da Startup Valeon:
• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar
rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a
Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando
para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.
• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos
contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam
dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses
parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do
Aço para os nossos serviços.
• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois
são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.
• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.
• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do
mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas
desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na
divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso
funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia,
inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande
empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar
tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos
manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em
como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.
• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de
divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu
faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao
site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Proposta:
Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas
Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de
divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que
os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.
Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada
empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços,
telefone, WhatsApp, etc.
O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja
também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A
Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por
categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja,
tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos
clientes com as lojas.
Não se trata da
digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos
ambientes online e offline na jornada da compra.
No
país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram
três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas,
estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem
retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 120.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 1.400.000 de visitantes.
O
site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja
favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar
ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma
Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da
exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de
atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo,
cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados,
revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo,
diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós somos a mudança, não
somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do
ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas
sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
Nesta quarta-feira (7), de comemoração do bicentenário da
Independência, Bolsonaro falou a apoiadores na orla de Copacabana| Foto:
Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro demonstrou força política
neste feriado de Bicentenário da Independência, ao levar multidões de
apoiadores para as ruas de cerca 300 cidades pelo país. Na maioria
delas, as comemorações cívico-militares acabaram sendo sucedidas ou se
misturando com as manifestações de apoio ao governo e em favor da
reeleição do presidente.
Como era esperado, os maiores atos ocorreram na Esplanada dos
Ministérios, em Brasília, pela manhã, onde Bolsonaro discursou; na
Avenida Atlântica, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, à tarde,
onde também falou no palanque; e na Avenida Paulista, em São Paulo, onde
foi representado pelo filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PL-SP).
Nos dois discursos, bastante semelhantes, Bolsonaro exaltou as
riquezas e potencialidades do Brasil, o patriotismo e a alegria do povo
brasileiro, defendeu sua gestão e criticou os governos do PT e do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também busca um novo
mandato.
“Temos pela frente uma luta do bem contra o mal. O mal que perdurou
por 14 anos em nosso país e quase quebrou a nossa pátria e que agora
deseja voltar à cena do crime. Não voltarão, o povo está do nosso lado,
do lado do bem”, afirmou em Brasília. “Compare o Brasil com os países da
América do Sul, compare com a Venezuela, compare com o que está
acontecendo na Argentina, e compare com a Nicarágua. Em comum esses
países têm nomes que são amigos entre si. Todos esses chefes de Estado
dessas nações são amigos do quadrilheiro de nove dedos que disputa a
eleição no Brasil”, disse no Rio, na referência mais direta a Lula.
Em outro trecho comum nas duas capitais, afirmou que, se reeleito,
aqueles que, segundo ele, jogam fora das quatro linhas da Constituição,
serão trazidos para dentro delas. “Esperem uma reeleição para vocês
verem se todos não vão jogar dentro das quatro linhas da Constituição.”
Mais à frente, disse que a população, atualmente, sabe melhor sobre
como funcionam a Presidência, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal
(STF) – nos dois momentos em que ele mencionou a Corte, o público vaiou.
Em Brasília, Rio e São Paulo, vários apoiadores levaram cartazes com
críticas aos ministros, algumas com pedido de intervenção militar no
tribunal.
Entre os próprios magistrados, porém, o discurso não causou apreensão
nem tende a tensionar a relação entre os Poderes. Segundo
interlocutores ouvidos pela reportagem, vários deles já consideram
naturais as críticas, mas reconheceram que Bolsonaro adotou tom mais
ameno que no ano passado, quando xingou o ministro Alexandre de Moraes,
disse que não cumpriria suas decisões e fez um apelo para que o
presidente do STF, Luiz Fux, o enquadrasse. Dos discursos de Bolsonaro
desta quarta-feira (7), só não ficou claro para eles como e por quê, num
eventual novo mandato, o presidente iria colocá-los dentro das “quatro
linhas da Constituição” – nenhum deles, claro, considera que atue fora
das normas da Carta.
A maior apreensão, dentro do STF e também do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) estava no risco, que mostrou-se vazio, de manifestantes
mais radicalizados tentarem invadir as sedes dos tribunais ou mesmo que
Bolsonaro incentivasse algum tipo de rebelião. Nada disso ocorreu.
Manifestações pacíficas A manifestação foi pacífica, sem
violência, vandalismo ou depredação de bens públicos ou privados. Havia
preocupação com a possibilidade de caminhões furarem um bloqueio da
Esplanada dos Ministérios imposto pela polícia de Brasília a pedido do
STF. Mas o veto à entrada no local foi respeitado.
Em suas falas, Bolsonaro também não fez questionamentos às urnas
eletrônicas nem acusou risco de fraude nas eleições, como vinha fazendo
antes do início da campanha. A ausência desse discurso foi visto de
forma positiva no TSE e era um desejo da ala política do governo.
Ato eleitoral A avaliação geral em Brasília é que o ato foi
preponderantemente eleitoral, o que já era esperado. Sinal disso foi a
ausência de outras autoridades importantes, que costumam comparecer ao
desfile cívico-militar, como os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e
da Câmara, Arthur Lira, bem como do STF, Luiz Fux. Nenhum deles
apareceu. E se aliados do presidente comemoraram o apoio recebido e
demostrado nas ruas, os adversários criticaram, argumentando que uma
data cívica foi capturada para favorecer o candidato no poder.
“Hoje deu medinho na esquerda hein”, provocou, no Twitter, o ministro
das Comunicações, Fábio Faria, que acompanhou Bolsonaro em Brasília.
“É…vamos nos render: os institutos [de pesquisa de intenção de voto]
estão certos! A fotografia da derrota. Vazio total. A foto é fake news! O
presidente não tem apoio do povo…SÓ QUE NÃO!!!! Bolsonaro presidente
pelo bem do Brasil e com a força do povo!”, ironizou o ministro-chefe da
Casa Civil, Ciro Nogueira, ao postar vídeos de vários ângulos do
gramado central da Esplanada, lotado.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Lula disse que, quando foi
presidente, participou das comemorações do 7 de setembro em 2006 e 2010,
anos de eleição. “Em nenhum momento, a gente utilizou o dia da pátria,
do povo brasileiro, o dia maior de nosso país, por conta da
Independência, como instrumento de política eleitoral”, queixou-se.
Simone Tebet (MDB) criticou “falas machistas” de Bolsonaro em
Brasília. Numa parte do discurso, ele disse que “podemos fazer várias
comparações, até entre as primeiras-damas”. “Não há o que discutir, uma
mulher de Deus, família e ativa na minha vida”, uma referência a
Michelle Bolsonaro. Depois, fez coro com os apoiadores: “imbrochável,
imbrochável, imbrochável, imbrochável, imbrochável”.
“Vergonhoso e patético! No dia da Independência do Brasil, o
Presidente mostra todo seu desprezo pelas mulheres e sua masculinidade
tóxica e infantil. Como brasileira e mulher, me sinto envergonhada e
desrespeitada”, disse a candidata.
Soraya Thronicke (União Brasil) disse que o esse trecho do discurso
foi “divorciado do respeito à data”. Informação que, sinceramente, não
interessa ao povo brasileiro. O que o Brasil precisa, mesmo, é de um
presidente incorruptível. Bolsonaro prima pela desqualificação.”
Rivais articulam ações na Justiça Eleitoral
Ainda nesta quarta, o União decidiu apresentar ao TSE uma Ação de
Investigação Judicial Eleitoral (Aije), apontando abuso de poder e
desvio de finalidade no ato de comemoração da Independência. O PT e a
Rede devem ingressar com outras ações do tipo que, no limite, se
aceitas, podem levar à cassação da candidatura ou do novo mandato, em
caso de reeleição.
Trata-se da punição mais severa, que nunca ocorreu com um presidente
da República e hoje é considerada remota para Bolsonaro, sobretudo em
razão do grande apoio popular de que goza, e que foi novamente
demonstrado nesta quarta. Ainda durante a tarde, por exemplo, o ministro
Raul Araújo rejeitou outro pedido, apresentado na véspera pelo PDT,
para investigar os gastos do PL, partido do presidente, com as
manifestações.
Qualquer avanço em ações que apontam abuso dependerá da atuação do
novo corregedor da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, que acabou de
assumir o cargo no TSE. Oriundo do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
ele ainda não deu sinais de como deve atuar na fiscalização dos supostos
abusos na campanha. As acusações podem ser feitas por partidos, mas os
ministros também levam em conta a opinião do vice-procurador-geral
eleitoral, Paulo Gonet Branco, considerado liberal em relação a atos de
campanha.
A defesa de Bolsonaro também já se preparou para eventuais
questionamentos sobre o uso das comemorações da Independência para fins
eleitorais. Questionado nesta terça pela reportagem sobre o assunto, o
advogado e ex-ministro do TSE Tarcísio Vieira de Carvalho, coordenador
jurídico da campanha de Bolsonaro, disse que a legislação proíbe o
financiamento de campanha com dinheiro público.
“Evidente que o presidente não vai fazer propaganda eleitoral num ato
de governo. Agora, ele não deixa de ser presidente por ser candidato.
Não deixa de ter o perfil, a verve dele, por ser candidato. Se não vira
um cidadão de segunda categoria”, disse.
Nos atos desta quarta, Bolsonaro não discursou durante o desfile
militar em Brasília, mas depois de seu encerramento, em um trio elétrico
montado por apoiadores.
Tubulações na estação de compressor de gás em Mallnow, Alemanha, 11 de julho de 2022.| Foto: EFE/EPA/Filip Singer
No
dia 26 de agosto, a imprensa divulgou entrevista dada pelo presidente
do Banco Mundial, David Malpass, na qual ele afirma que a economia
global está diante de um cenário de estagflação (combinação de inflação
com queda do produto bruto). Quando se olha o produto mundial dividido
por nações, não se constata uma recessão clássica, expressada em queda
absoluta do Produto Interno Bruto (PIB), mas sim uma estagnação, no
sentido de crescimento abaixo das previsões que vinham sendo feitas
desde o ano passado, quando a pandemia começou a arrefecer. Em julho
passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão feita
anteriormente sobre o aumento do produto global em 2022 e 2023, e
destacou que os sinais indicam que o mundo pode estar entrando em
recessão econômica.
Segundo as novas previsões do FMI, o crescimento da economia global
ficará em torno de 3,2% neste ano, com viés de baixa. Já o presidente do
Banco Mundial vem dizendo que a preocupação do órgão que ele dirige são
os sinais de piora nos indicadores e nas tendências, com destaque para a
deterioração da economia chinesa – em parte pelos lockdowns repetidos –
e as dificuldades da Europa, sobretudo quanto ao abastecimento de gás
natural, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia. O problema é
que a Europa está tendo dificuldade em conseguir comprar gás natural,
dada a limitação da oferta feita pelos produtores.
Apesar de também ter sofrido com a desorganização da economia,
elevação da inflação e aumento da taxa de juros, o Brasil tem condições
de retomar o crescimento econômico mais cedo que grande parte do mundo
Com a aproximação do inverno europeu neste fim de ano, o problema do
desabastecimento de gás ganha contornos trágicos, porquanto o rigor do
frio europeu exige compulsoriamente o abastecimento do gás destinado ao
aquecimento artificial. Esse cenário vem exaltando o quadro geopolítico e
as relações exteriores dos países, como por exemplo a condenação que
vem sendo feita por setores sociais e analistas alemães quanto ao nível
de dependência que a Alemanha passou a ter do fornecimento de gás pela
Rússia. Especialistas neste tema vêm dizendo que a Alemanha exagerou na
confiança quanto à estabilidade e paz nas relações comerciais com o
leste europeu, especialmente com a Rússia.
A guerra expôs também as imensas dificuldades que a Ucrânia passou a
ter no escoamento de suas exportações, com graves consequências para
quem vende e para quem compra, em razão da importância da Ucrânia no
comércio internacional. Dados recentes informam que as exportações
ucranianas representam 10% do mercado mundial do trigo, 15% do mercado
do milho, 13% do mercado da cevada e mais de 50% do óleo de girassol. A
Ucrânia dispõe de território agricutável relativamente grande e suas
terras são altamente férteis, comparáveis às terras roxas do Norte do
Paraná. A combinação da pandemia e da guerra iniciada justamente quando a
pandemia começava a arrefecer, com o acréscimo das sanções comerciais e
financeiras, criou um ambiente político e econômico tenso, ajudou a
agravar a inflação, lançou incerteza quanto à extensão e o prazo da
crise, forçou a elevação dos juros internacionais, freou o ritmo da
recuperação e, por isso, a previsão de estagflação se tornou comum.
Nesse cenário mundial, o Brasil passou a ser visto como um país que,
apesar de também ter sofrido com a desorganização da economia, elevação
da inflação e aumento da taxa de juros, tem condições de retomar o
crescimento econômico mais cedo que grande parte do mundo. A inflação
por aqui já começou a cair e as safras agrícolas se tornaram objeto de
atenção global em razão das preocupações com o abastecimento de
alimentos, de forma que o país, se não for o de melhor situação, está
entre os mais bem aparelhados para crescer e contribuir com a
normalização do abastecimento global em alimentos. A taxa de crescimento
do PIB brasileiro pode não ser tão alta quanto desejável, mas deve
ficar entre 2% e 3%, o que deixará o país fora da estagflação,
principalmente se a inflação cair.
O Brasil está em condições de ter taxa de crescimento boa, embora
modesta, retorno da inflação rumo a taxas de 5% ou menos, queda na taxa
de juros e pavimentação do caminho para continuar melhorando os
fundamentos macroeconômicos tão necessários para a redução do desemprego
e melhoria dos indicadores de pobreza. No grande espetáculo do
crescimento econômico, o principal figurino fica por conta dos
investimentos em infraestrutura física e empresarial, e o grande ator é o
empreendedor privado nacional e estrangeiro.
Assim, é importante que sociedade e governo trabalhem para criar um
ambiente institucional favorável ao investimento, com segurança
jurídica, redução da burocracia, facilidade na criação e fechamento de
empresas, além da eternamente necessária reforma tributária que vá no
rumo de um sistema tributário simples e moderado. Em poucas semanas, o
país conhecerá os vencedores nas eleições estaduais e federais,
especialmente quem será o presidente da República e os novos
governadores, e espera-se que a tão propalada liberdade esteja presente
na política econômica e nas regras de comércio exterior, pois o destino
do Brasil é tornar-se cada vez mais importante no abastecimento mundial,
enquanto deve acelerar a importação dos conhecimentos tecnológicos que o
mundo já desenvolveu. Para isso, é preciso extirpar os “ismos” fatais: o
populismo, o estatismo, o xenofobismo, o nacionalismo e, o pior deles, o
socialismo.
Reação Jurídica Por Wesley Oliveira – Gazeta do Povo Brasília
Presidente Bolsonaro durante desfile do 7 de setembro em Brasília| Foto: Alan Santos/Palácio do Planalto
Adversários
do presidente Jair Bolsonaro (PL) pretendem protocolar na Justiça
Eleitoral reações contra os atos realizados neste 7 de setembro. Na
tarde desta quarta-feira, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi
Hoffmann (PR), confirmou que o partido vai acionar Bolsonaro por suposto
abuso de poder político nas manifestações em comemoração ao
bicentenário da Independência.
Na avaliação do partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o
tom do discurso de Bolsonaro configura uso da máquina pública em
proveito eleitoral. O presidente discursou nos atos de Brasília e do Rio
de Janeiro.
“Bolsonaro fez uso indiscutível de um evento oficial para discursar
como candidato. Há abuso de poder econômico e político acachapante, com o
uso de recursos públicos, de uma grande estrutura pública, para fazer
campanha. Os discursos desse comício escancarado foram transmitidos ao
vivo para toda a nação, inclusive por meio da TV Brasil, uma TV
estatal”, afirmam os advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin Martins,
que representam a candidatura de Lula.
De acordo com o TSE, o abuso do poder político ocorre nas situações
em que o detentor do poder usa sua posição para agir de modo a
influenciar o eleitor, em detrimento da liberdade de voto. O abuso de
poder econômico, por sua vez, se refere à utilização excessiva, antes ou
durante a campanha eleitoral, de recursos materiais ou humanos que
representem valor econômico, buscando beneficiar um determinado
candidato.
Além do PT, outros partidos da oposição como o PV e a Rede, que
apoiam a candidatura de Lula ao Palácio do Planalto, sinalizaram que
também vão ajuizar ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Soraya Thronicke quer impedir imagens dos atos do 7 de setembro na propaganda eleitoral de Bolsonaro Assim
como os partidos da oposição, a senadora Soraya Thronicke, candidata à
Presidência pelo União Brasil, indicou que pretende protocolar uma ação
contra Bolsonaro na Justiça. O objetivo da candidata é evitar que o
presidente use as imagens captadas nas manifestações do 7 de setembro na
propaganda eleitoral.
Mais cedo, Thronicke já havia reagido ao discurso de Bolsonaro no ato
em Brasília. Na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro puxou um coro de
“imbrochável” e comparou a esposa, Michelle Bolsonaro, a outras
primeiras-damas.
Nas redes sociais, a senadora disse que essa informação “não
interessa” ao povo brasileiro e que realmente importa é ter “um
presidente incorruptível”. “Divorciado do respeito à data, em pleno 7 de
Setembro, o presidente insiste em propagar que é imbrochável –
informação que, sinceramente, não interessa ao povo brasileiro”,
escreveu no Twitter.
Tebet diz concordar com posição de União Brasil e Rede, mas descarta ação do MDB A candidata Simone Tebet (MDB) também se pronunciou sobre o tema, por nota. Veja a íntegra:
“É desnecessário levar a política para dentro da Justiça. Concordamos
com a posição do União Brasil e da Rede, que entraram com ação no
Tribunal Superior Eleitoral, contra o candidato Jair Bolsonaro e seu
partido, por uso da máquina e discurso político nos atos públicos do Dia
da Independência do Brasil. Não tem sentido outro partido ou
candidatura, entrar na Justiça só para fazer disso uma escada, um
palanque eleitoral. Justiça é coisa séria, e a gente tem que tratar com
responsabilidade. A ação já está tramitando. O dever de casa já foi
feito, como eu fiz quando entrei com ação contra a propaganda de
Bolsonaro que usa sua mulher Michelle. Ganhamos a ação. A Justiça tem
que ser acionada. Agora, vamos aguardar a deliberação do TSE”.