sexta-feira, 9 de setembro de 2022

7 DE SETEMBRO COM MUITO APOIO AO BOLSONARO SERVIU DE LAMENTAÇÕES DA OPOSIÇÃO

 

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo


| Foto: Alan Santos/Presidência da República

Passado o Sete de Setembro, com as fotos, vídeos e relatos pessoais atestando que multidões foram às ruas em todo o Brasil, a esquerda nacional e o seu candidato à presidência da República entraram num clima de funeral indignado. Só havia um resultado aceitável para eles, e não mais que um: um fracasso indiscutível de público no comício eleitoral em favor da candidatura do presidente Jair Bolsonaro que se colou de norte a sul às comemorações dos 200 anos de independência do Brasil. Deu o exato contrário. Como já tinha acontecido no ano passado, o Sete de Setembro e o apoio a Bolsonaro, transformados numa coisa só, reuniram centenas de milhares de cidadãos em praça pública num ato político – e o atestado mais evidente disso foi a intensidade da sinfonia de lamentações na oposição. Se tivesse ido pouca gente, estariam em festa. Como foi gente demais, ficaram revoltados e foram reclamar com o juiz.

O PT, os analistas políticos e a confederação de interesses que apoia a candidatura Lula tentaram, no começo, assustar a população com ameaças de que “os bolsonaristas” iriam provocar violências no dia Sete de Setembro; seria inseguro sair à rua. Também poderia ser “contra a lei”, advertiram outros – afinal era um ato “antidemocrático”, desses que o ministro Alexandre de Moras não gosta e mete a polícia em cima. A um certo momento, contaram até com o serviço de meteorologia – iria chover do dia Sete, e a manifestação seria um fracasso. Nada disso deu certo. As pessoas lotaram a rua num oceano de bandeiras e de verde amarelo, e o seu recado era óbvio: nós viemos aqui para dizer que vamos votar em Bolsonaro nas eleições do dia 2 de outubro. Pode haver alguma dúvida quanto a isso? Não, não pode – só nas análises dos formadores de opinião, mas não na vida real. A comemoração dos 200 anos da independência do Brasil foi um manifesto político, e a reação de Lula e do PT foi a de sempre – em vez de pensar a sério porque nunca conseguem levar o povo brasileiro à praça pública, e porque o seu inimigo consegue sempre, se perderam em lamúrias, conversas com advogados para criar desordem na “justiça eleitoral” e a exibição de despeito puro e simples.

As pessoas lotaram a rua num oceano de bandeiras e de verde amarelo, e o seu recado era óbvio: nós viemos aqui para dizer que vamos votar em Bolsonaro nas eleições do dia 2 de outubro

De um lado, numa ofensiva incompreensível, e possivelmente desesperada, do ponto de vista da racionalidade jurídica ou política, querem acusar Bolsonaro de uma porção de “crimes” por sua participação nas festividades do Dia da Independência. Não tem nexo. Ele é o presidente da República; tem, em primeiro lugar, a obrigação de comparecer. Não fez, na ocasião, um discurso de campanha eleitoral – nem entrou em pregação política contra o STF, que há três anos está em guerra contra ele. Do que estão reclamando, então? Tanto faz, na verdade, o que Bolsonaro tenha dito, ou não: o povo estava lá para mostrar, com ou sem discurso, que apoia a sua candidatura, e não há solução para isso. Não se pode separar as coisas: se o sujeito colocou uma bandeira do Brasil nas costas e foi para a rua no Sete de Setembro, ele está declarando em público sua posição política e a sua intenção de voto nas eleições presidenciais. Fazer o que? Proibir, à essa altura, que ele seja candidato à reeleição?

Lula, diante do que aconteceu no dia Sete, não disse nada de útil – resumiu-se a estar ausente, na festa em que se comemorou os 200 anos de independência do Brasil e fazer, depois, um lamento. Não explicou por que não saiu à rua; nunca explica por que não sai nas ruas do seu país, ele que se diz o maior homem do povo que o Brasil já teve em toda a sua história. Ficou na conversa de sempre – segundo disse no celular, vai devolver a “alegria” aos brasileiros, vai haver “comida na mesa”, o Brasil vai “voltar a ser independente” e mais do mesmo. O que significa esse palavrório todo? Centenas de milhares de cidadãos foram à praça pública apoiar o adversário de Lula nas eleições – mais que isso, talvez, porque ninguém fez as contas, mas o certo é que foi um mar de gente. Ninguém saiu para dizer que o apoia. É o saldo do dia Sete de Setembro.


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JORNALISTAS BRIGAM COM O POVO E NÃO COM OS FATOS

 

Manifestações

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


Discurso de Bolsonaro é acompanhado por milhares de pessoas em Brasília.| Foto: Reprodução/Facebook

Estou notando que muita gente no jornalismo expressou surpresa pelo público que lotou as ruas e praças de praticamente todas as cidades brasileiras nas manifestações do dia 7 de setembro. Em geral, a gente só vê as grandes capitais, mas eu vi imagens de cidades do interior do Maranhão, do Acre, do Rio Grande do Sul, de toda parte. Foi no país inteiro. Isso surpreende muitos porque certamente estão acreditando nas pesquisas, embora tenham sido enganados pelas pesquisas em 2018. Mas estão insistindo naquele “me engana que eu gosto” e aí se surpreendem quando aparece um mar de gente, embora tenham feito a maior propaganda de que haveria violência nas manifestações para ver se as pessoas ficariam em casa. Na Avenida Paulista, em São Paulo, chegou a ter chuva, e mesmo assim ela esteve superlotada. Foi um mar de gente.

As pessoas não se dão conta do “passar recibo”. Estou falando de colegas meus. Contam que Flores da Cunha era viciado em pôquer e jogava no Jóquei Clube do Rio de Janeiro. Certa vez, ele estava jogando e havia um sujeito atrás dele, “peruando” o seu jogo. Ele estava com todas as cartas para ganhar aquela rodada e jogou tudo errado. Olhou para trás e disse: “Sofre, peru”. Estou vendo que os que foram “peruar” as manifestações estão sofrendo.

Houve até aquela história da pergunta para o Aldo Rebelo, que foi ministro dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, foi filiado ao Partido Comunista do Brasil e atualmente está no PDT. Perguntaram a ele o que achava dos bolsonaristas “se apropriando” da bandeira nacional. Óbvio que a bandeira nacional é de todos. Então ele respondeu que as pessoas de esquerda jogaram a bandeira no chão, adotaram a bandeira vermelha, e isso foi a oportunidade para que Bolsonaro e seus seguidores erguessem a bandeira nacional. Bandeira que foi pisoteada pelos seguidores do outro lado, pisoteada e queimada como aconteceu em Curitiba e na Califórnia.

O mais grave de tudo é que esses colegas jornalistas, que têm brigado contra os fatos desde meados de 2018, agora estão brigando com o povo. Estão xingando o povo que foi para a rua, essa massa que foi para a rua. Estão esquecendo que a democracia é o governo do povo para o povo, o governo da maioria.


De condenado a candidato
O candidato Lula e seu companheiro de chapa, Geraldo Alckmin, fizeram um comício na noite desta quinta-feira em Nova Iguaçu (RJ). Foi um dia em que puderam festejar o registro da candidatura de Lula, mesmo ele tendo sido condenado em três instâncias, já que a condenação foi simplesmente anulada por um ato praticamente administrativo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin; ele depois encaminhou a liminar ao plenário do Supremo, que a aprovou.

No entanto, não aprovaram a candidatura de Roberto Jefferson (PTB), que foi indultado, depois de ser condenado pelo mensalão que ele mesmo denunciou. Aplicaram a Lei da Ficha Limpa ao Roberto Jefferson, como aplicaram na quinta-feira ao ex-governador Anthony Garotinho (União Brasil) no Rio de Janeiro; e ao senador Izalci Lucas (PSDB), que queria ser candidato ao governo do Distrito Federal. Fica estranho, a gente demora para entender uma coisa dessas.

O que Bolsonaro quis dizer
Eu demorei a entender a palavra que virou quase um adjetivo e que foi pronunciada lá no dia 7 pelo presidente Jair Bolsonaro. O tal do “imbrochável”. Parece o Antonio Rogério Magri, que inventou o “imexível”. Eu acho que entendi o que ele quis dizer porque o presidente sai do Palácio do Alvorada, preside como comandante supremo a parada militar, se despe da faixa presidencial, vai para outro palanque, daí para um carro de som numa manifestação com uma massa nunca vista em Brasília. Sai da manifestação, pega avião e vai para o Rio de Janeiro, onde comanda uma motociata do Aterro do Flamengo até o Posto Seis, em Copacabana. Comanda uma manifestação gigantesca e depois de tudo isso ainda vai ao Maracanã ver o jogo do Flamengo, onde foi aplaudido no estádio que vaia até minuto de silêncio, como dizia Nelson Rodrigues. Meu Deus, o homem não cansa. Deve ser isso o que ele quis dizer com “imbrochável”.

A eleição está chegando

Já estamos em 9 de setembro e está se esgotando o prazo para chegar ao 2 de outubro. Se alguém ainda não escolheu seus candidatos, já está na hora de definir. Não é só para presidente da República, tem de escolher bem o deputado estadual, o deputado federal, o senador, o governador. Porque tudo isso influencia na vida de todos nós, dos nossos filhos e nossos netos. Vamos escolher os chefes de Executivo e os legisladores que fazem as leis estaduais e federais, que podem até mudar a Constituição. Vamos pensar bastante nisso. Vejam o que aconteceu no Chile e na Colômbia por falta de voto, por abstenções ou por votar em branco ou votar nulo. Tem de escolher, seja qual for o critério.


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MODELO ÚNICO DE UNIVRSIDADES PÚBLICAS NÃO É BOM PARA O BRASIL

 

Desejos para o Brasil
Gazeta do Povo


| Foto: Bigstock

Há uma concepção cada vez mais enraizada no campo das políticas públicas sobre educação segundo a qual, para obter bons resultados no ensino superior, é necessário que todas as universidades atendam a uma série de demandas técnicas no tripé ensino, pesquisa e extensão. Para os defensores dessa visão, seria desejável um modelo único, em que todas as instituições desse nível atendessem praticamente às mesmas demandas, com poucas variações.


É evidente que algum grau de padronização sempre é oportuno para garantir as necessidades básicas de funcionamento de uma instituição de ensino superior. Contudo, a tendência muito forte à regulamentação que observamos hoje na educação brasileira tem contribuído mais para o engessamento do que para a qualidade das instituições. Perde-se cada vez mais a liberdade de iniciativa que tanto convém para promover o espírito de excelência e inovação.

A insistência na homogeneidade prejudica, por exemplo, o surgimento de centros de excelência em pesquisas ou polos de formação de profissionais brilhantes em determinadas áreas. A flexibilidade de modelos e de ênfases é imprescindível para um país que deseje se tornar uma potência em qualquer área.

Preocupados em se submeter aos complicados e infindáveis parâmetros impostos pelo poder público, os gestores das instituições de ensino superior no Brasil tendem a se tornar muito mais burocratas da educação que promotores de excelência acadêmica e formativa. Embora seja relevante que todas as instituições atendam minimamente os três pilares – ensino, pesquisa e extensão –, há que ter cuidado para não criar regras que padronizem a mediocridade. Nações que têm obtido resultados importantes no ensino superior são aquelas que sabem escolher os focos de concentração dos recursos públicos para obter resultados significativos.

Seria conveniente para o Brasil, sob diversos aspectos, que se alocassem recursos para alguns grandes centros de forma mais inteligente e especializada. É um erro imaginar que todas as universidades federais e estaduais sejam capazes de obedecer rigorosamente aos mesmos modelos de ensino, pesquisa e extensão sem prejuízo da qualidade. Mudar essa lógica permitiria a existência de universidades que privilegiassem quer a formação acadêmica, quer a formação profissional ou a pesquisa.

Seria razoável, além disso, que as universidades públicas respondessem a um planejamento estratégico do que é mais importante para cada região do país. Diferentes lugares podem provocar as universidades com demandas distintas, e isso deveria servir para definir ênfases.

Fazer escolhas supõe, obviamente, tratar com desigualdade as universidades. Se não há linhas de pesquisa prioritárias, e se se consideram todas as universidades como equivalentes, a tendência é que nenhuma delas receba montantes relevantes para projetos inovadores de grande porte.

Há diferentes e legítimas finalidades no ensino superior. Algumas instituições podem ajudar a diminuir a desigualdade. Outras podem ter o foco em acelerar o processo de profissionalização. Outras, ainda, podem se dedicar de maneira prioritária à missão de formar futuros acadêmicos e professores, ou de buscar a excelência na pesquisa.

Pretender que todas essas finalidades sejam bem atendidas por cada uma das instituições é uma ilusão. Um excessivo engessamento de modelos e finalidades no ensino superior não atende às necessidades do país.

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PRODUTOS E SERVIÇOS EXCELENTES É GANRANTIA DE SUCESSO?

 

Valdez Monterazo – Coach Executivo, especializado em negócios, liderança e psicologia positiva

Se faça a seguinte pergunta: Excelência nos produtos ou serviços é um fator garantido para sucesso nos negócios? Se você disse que sim, sinto frustrá-lo. Ter um excelente produto não é garantia alguma de sucesso. Entretanto, mesmo não sendo uma garantia, com certeza é um Pré-Requisito fundamental. Sendo bastante direto: a baixa percepção de qualidade na prestação de serviços ou nos produtos é uma receita quase certeira para o fracasso empresarial.

Uma situação que ilustra muito bem isso ocorreu com o CEO da fabricante de smartphones Samsung. Após várias tentativas, reuniões, dados e ações para melhorar a qualidade dos aparelhos anos atrás, ele ainda não havia conseguido resolver os problemas crônicos que existiam. Lee Kun-hee chamou então seus principais executivos e todos passaram dias discutindo propostas para a melhoria na qualidade dos aparelhos em uma conferência.

O resultado, nada aconteceu.

O antigo CEO fez então algo drástico. Em sua principal fábrica na Coreia, chamou todos os colaboradores e os fez assistir enquanto ele destruía e queimava pilhas dos aparelhos sem qualidade.

Imagine a situação, centenas de colaboradores Coreanos chorando enquanto tratores e lanças chama destruíam os aparelhos.

Esse fato foi tão icônico que marcou uma transição na Samsung, que passou a produzir aparelhos de qualidade superior e hoje tem o maior Marketshare do mercado de smartphones.

Eu não te aconselho a tomar medidas tão radicais como as de Lee Kun-hee, principalmente em um pais com leis trabalhistas como o Brasil.

Entretanto, te convido a prestar atenção em três razões que podem te inspirar a perseguir a excelência em seus produtos e serviços.

Excelência e Sucesso

A busca pela excelente nos produtos e serviços pode te impulsionar a aperfeiçoar constantemente suas próprias habilidades e na gestão de sua empresa.

Reputação

O Marketing boca a boca ainda é o melhor que existe, e talvez, nunca deixe de ser.

No entanto, pessoas só recomendam produtos e serviços que superam as expectativas, ou seja, excelentes.

Construção de hábitos Empresariais.

A excelência não é um feito, e sim, um hábito – Aristóteles

Assim como já falava Aristóteles, a excelência nos produtos e serviços se constrói dia a dia, ter um foco específico nisso pode promover melhorias significativas ao longo do tempo.

Diante de tudo isso, você deve ter percebido que a construção da excelência não é algo espontâneo. Existe uma forma de fazer isso, é necessário medir a qualidade.

Você consegue imaginar quem são as pessoas ideias para nos ajudar a medir a qualidade? Se você respondeu os clientes, você está coberto de razão!

Pedir a opinião dos consumidores e aplicar melhorias contínuas nos produtos e serviços é o caminho para se construir a excelência de maneira contínua em sua organização.

Nesse sentido, é importante que você entenda um conceito fundamental: Nós somos constantemente avaliados pelos nossos consumidores e mentalmente somos posicionados diante da experiência que tiveram ao consumir seus produtos e serviços. Podemos classificar isso em 4 níveis.

1.      Abaixo do esperado

É quando a experiência do consumidor não foi positiva, em geral, devido a problemas de qualidade, demora no atendimento, ou um mal atendimento.

2.      Na média

É quando entregamos aquilo que prometemos e dentro do prazo.

3.      Acima do esperado

É quando superamos as expectativas do cliente de alguma forma, entregando mais do que combinado, em um tempo menor ou oferecendo um atendimento excepcional.

4.      Encantamento

Significa surpreender totalmente e oferecer uma experiência única de consumo.

Vale a pena comentar que a maior parte das empresas no Brasil entregam abaixo do esperado e quando estão na média, já acreditam que estão fazendo demais. Um alerta para isso: Consumidores somente indicam produtos ou serviços quando sua experiência de consumo é acima do esperado ou ficam realmente encantados.

Por fim, mais do que tudo, a excelência é um compromisso conosco, com nossos clientes e com o mercado. Cultivar uma cultura de excelência, assim como o caso da Samsung exemplificou, é o caminho para a melhoria constante, e ultimamente, aliado a boas estratégias, o sucesso nos negócios.

A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:

• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.

• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas

para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.

• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.

• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.

• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.

• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:

a) Digitalização dos Lojistas;

b) Apoio aos lojistas;

c) Captura e gestão de dados;

d) Arquitetura de experiências;

e) Contribuição maior da área Mall e mídia;

f) Evolução do tenant mix;

g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;

h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;

i) Convergência do varejo físico e online;

j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;

k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;

l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;

m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.

Vantagens competitivas da Startup Valeon:

• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.

• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do Aço para os nossos serviços.

• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.

• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.

• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Proposta:

Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.

Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.

O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.

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A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

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  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/)  tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 120.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 1.400.000 de visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

BOLSONARO LEVA MILHARES DE MANIFESTANTES ÀS RUAS NO 7 DE SETEMBRO

Resumo do 7 de Setembro

Por
Renan Ramalho
Brasília


Nesta quarta-feira (7), de comemoração do bicentenário da Independência, Bolsonaro falou a apoiadores na orla de Copacabana| Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro demonstrou força política neste feriado de Bicentenário da Independência, ao levar multidões de apoiadores para as ruas de cerca 300 cidades pelo país. Na maioria delas, as comemorações cívico-militares acabaram sendo sucedidas ou se misturando com as manifestações de apoio ao governo e em favor da reeleição do presidente.

Como era esperado, os maiores atos ocorreram na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pela manhã, onde Bolsonaro discursou; na Avenida Atlântica, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, à tarde, onde também falou no palanque; e na Avenida Paulista, em São Paulo, onde foi representado pelo filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).


Nos dois discursos, bastante semelhantes, Bolsonaro exaltou as riquezas e potencialidades do Brasil, o patriotismo e a alegria do povo brasileiro, defendeu sua gestão e criticou os governos do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também busca um novo mandato.

“Temos pela frente uma luta do bem contra o mal. O mal que perdurou por 14 anos em nosso país e quase quebrou a nossa pátria e que agora deseja voltar à cena do crime. Não voltarão, o povo está do nosso lado, do lado do bem”, afirmou em Brasília. “Compare o Brasil com os países da América do Sul, compare com a Venezuela, compare com o que está acontecendo na Argentina, e compare com a Nicarágua. Em comum esses países têm nomes que são amigos entre si. Todos esses chefes de Estado dessas nações são amigos do quadrilheiro de nove dedos que disputa a eleição no Brasil”, disse no Rio, na referência mais direta a Lula.

Em outro trecho comum nas duas capitais, afirmou que, se reeleito, aqueles que, segundo ele, jogam fora das quatro linhas da Constituição, serão trazidos para dentro delas. “Esperem uma reeleição para vocês verem se todos não vão jogar dentro das quatro linhas da Constituição.”

Mais à frente, disse que a população, atualmente, sabe melhor sobre como funcionam a Presidência, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) – nos dois momentos em que ele mencionou a Corte, o público vaiou. Em Brasília, Rio e São Paulo, vários apoiadores levaram cartazes com críticas aos ministros, algumas com pedido de intervenção militar no tribunal.

Entre os próprios magistrados, porém, o discurso não causou apreensão nem tende a tensionar a relação entre os Poderes. Segundo interlocutores ouvidos pela reportagem, vários deles já consideram naturais as críticas, mas reconheceram que Bolsonaro adotou tom mais ameno que no ano passado, quando xingou o ministro Alexandre de Moraes, disse que não cumpriria suas decisões e fez um apelo para que o presidente do STF, Luiz Fux, o enquadrasse. Dos discursos de Bolsonaro desta quarta-feira (7), só não ficou claro para eles como e por quê, num eventual novo mandato, o presidente iria colocá-los dentro das “quatro linhas da Constituição” – nenhum deles, claro, considera que atue fora das normas da Carta.

A maior apreensão, dentro do STF e também do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estava no risco, que mostrou-se vazio, de manifestantes mais radicalizados tentarem invadir as sedes dos tribunais ou mesmo que Bolsonaro incentivasse algum tipo de rebelião. Nada disso ocorreu.

Manifestações pacíficas
A manifestação foi pacífica, sem violência, vandalismo ou depredação de bens públicos ou privados. Havia preocupação com a possibilidade de caminhões furarem um bloqueio da Esplanada dos Ministérios imposto pela polícia de Brasília a pedido do STF. Mas o veto à entrada no local foi respeitado.

Em suas falas, Bolsonaro também não fez questionamentos às urnas eletrônicas nem acusou risco de fraude nas eleições, como vinha fazendo antes do início da campanha. A ausência desse discurso foi visto de forma positiva no TSE e era um desejo da ala política do governo.

Ato eleitoral
A avaliação geral em Brasília é que o ato foi preponderantemente eleitoral, o que já era esperado. Sinal disso foi a ausência de outras autoridades importantes, que costumam comparecer ao desfile cívico-militar, como os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, bem como do STF, Luiz Fux. Nenhum deles apareceu. E se aliados do presidente comemoraram o apoio recebido e demostrado nas ruas, os adversários criticaram, argumentando que uma data cívica foi capturada para favorecer o candidato no poder.

“Hoje deu medinho na esquerda hein”, provocou, no Twitter, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que acompanhou Bolsonaro em Brasília. “É…vamos nos render: os institutos [de pesquisa de intenção de voto] estão certos! A fotografia da derrota. Vazio total. A foto é fake news! O presidente não tem apoio do povo…SÓ QUE NÃO!!!! Bolsonaro presidente pelo bem do Brasil e com a força do povo!”, ironizou o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, ao postar vídeos de vários ângulos do gramado central da Esplanada, lotado.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Lula disse que, quando foi presidente, participou das comemorações do 7 de setembro em 2006 e 2010, anos de eleição. “Em nenhum momento, a gente utilizou o dia da pátria, do povo brasileiro, o dia maior de nosso país, por conta da Independência, como instrumento de política eleitoral”, queixou-se.

Simone Tebet (MDB) criticou “falas machistas” de Bolsonaro em Brasília. Numa parte do discurso, ele disse que “podemos fazer várias comparações, até entre as primeiras-damas”. “Não há o que discutir, uma mulher de Deus, família e ativa na minha vida”, uma referência a Michelle Bolsonaro. Depois, fez coro com os apoiadores: “imbrochável, imbrochável, imbrochável, imbrochável, imbrochável”.

“Vergonhoso e patético! No dia da Independência do Brasil, o Presidente mostra todo seu desprezo pelas mulheres e sua masculinidade tóxica e infantil. Como brasileira e mulher, me sinto envergonhada e desrespeitada”, disse a candidata.

Soraya Thronicke (União Brasil) disse que o esse trecho do discurso foi “divorciado do respeito à data”. Informação que, sinceramente, não interessa ao povo brasileiro. O que o Brasil precisa, mesmo, é de um presidente incorruptível. Bolsonaro prima pela desqualificação.”

Rivais articulam ações na Justiça Eleitoral

Ainda nesta quarta, o União decidiu apresentar ao TSE uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), apontando abuso de poder e desvio de finalidade no ato de comemoração da Independência. O PT e a Rede devem ingressar com outras ações do tipo que, no limite, se aceitas, podem levar à cassação da candidatura ou do novo mandato, em caso de reeleição.

Trata-se da punição mais severa, que nunca ocorreu com um presidente da República e hoje é considerada remota para Bolsonaro, sobretudo em razão do grande apoio popular de que goza, e que foi novamente demonstrado nesta quarta. Ainda durante a tarde, por exemplo, o ministro Raul Araújo rejeitou outro pedido, apresentado na véspera pelo PDT, para investigar os gastos do PL, partido do presidente, com as manifestações.

Qualquer avanço em ações que apontam abuso dependerá da atuação do novo corregedor da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, que acabou de assumir o cargo no TSE. Oriundo do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ele ainda não deu sinais de como deve atuar na fiscalização dos supostos abusos na campanha. As acusações podem ser feitas por partidos, mas os ministros também levam em conta a opinião do vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco, considerado liberal em relação a atos de campanha.

A defesa de Bolsonaro também já se preparou para eventuais questionamentos sobre o uso das comemorações da Independência para fins eleitorais. Questionado nesta terça pela reportagem sobre o assunto, o advogado e ex-ministro do TSE Tarcísio Vieira de Carvalho, coordenador jurídico da campanha de Bolsonaro, disse que a legislação proíbe o financiamento de campanha com dinheiro público.

“Evidente que o presidente não vai fazer propaganda eleitoral num ato de governo. Agora, ele não deixa de ser presidente por ser candidato. Não deixa de ter o perfil, a verve dele, por ser candidato. Se não vira um cidadão de segunda categoria”, disse.

Nos atos desta quarta, Bolsonaro não discursou durante o desfile militar em Brasília, mas depois de seu encerramento, em um trio elétrico montado por apoiadores.

ELEIÇÕES 2022
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BRASIL EXPORTA ALIMENTOS E ADQUIRE CONHECIMENTOS TECNOLÓGICOS

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Tubulações na estação de compressor de gás em Mallnow, Alemanha, 11 de julho de 2022.| Foto: EFE/EPA/Filip Singer

No dia 26 de agosto, a imprensa divulgou entrevista dada pelo presidente do Banco Mundial, David Malpass, na qual ele afirma que a economia global está diante de um cenário de estagflação (combinação de inflação com queda do produto bruto). Quando se olha o produto mundial dividido por nações, não se constata uma recessão clássica, expressada em queda absoluta do Produto Interno Bruto (PIB), mas sim uma estagnação, no sentido de crescimento abaixo das previsões que vinham sendo feitas desde o ano passado, quando a pandemia começou a arrefecer. Em julho passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão feita anteriormente sobre o aumento do produto global em 2022 e 2023, e destacou que os sinais indicam que o mundo pode estar entrando em recessão econômica.

Segundo as novas previsões do FMI, o crescimento da economia global ficará em torno de 3,2% neste ano, com viés de baixa. Já o presidente do Banco Mundial vem dizendo que a preocupação do órgão que ele dirige são os sinais de piora nos indicadores e nas tendências, com destaque para a deterioração da economia chinesa – em parte pelos lockdowns repetidos – e as dificuldades da Europa, sobretudo quanto ao abastecimento de gás natural, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia. O problema é que a Europa está tendo dificuldade em conseguir comprar gás natural, dada a limitação da oferta feita pelos produtores.

Apesar de também ter sofrido com a desorganização da economia, elevação da inflação e aumento da taxa de juros, o Brasil tem condições de retomar o crescimento econômico mais cedo que grande parte do mundo

Com a aproximação do inverno europeu neste fim de ano, o problema do desabastecimento de gás ganha contornos trágicos, porquanto o rigor do frio europeu exige compulsoriamente o abastecimento do gás destinado ao aquecimento artificial. Esse cenário vem exaltando o quadro geopolítico e as relações exteriores dos países, como por exemplo a condenação que vem sendo feita por setores sociais e analistas alemães quanto ao nível de dependência que a Alemanha passou a ter do fornecimento de gás pela Rússia. Especialistas neste tema vêm dizendo que a Alemanha exagerou na confiança quanto à estabilidade e paz nas relações comerciais com o leste europeu, especialmente com a Rússia.

A guerra expôs também as imensas dificuldades que a Ucrânia passou a ter no escoamento de suas exportações, com graves consequências para quem vende e para quem compra, em razão da importância da Ucrânia no comércio internacional. Dados recentes informam que as exportações ucranianas representam 10% do mercado mundial do trigo, 15% do mercado do milho, 13% do mercado da cevada e mais de 50% do óleo de girassol. A Ucrânia dispõe de território agricutável relativamente grande e suas terras são altamente férteis, comparáveis às terras roxas do Norte do Paraná. A combinação da pandemia e da guerra iniciada justamente quando a pandemia começava a arrefecer, com o acréscimo das sanções comerciais e financeiras, criou um ambiente político e econômico tenso, ajudou a agravar a inflação, lançou incerteza quanto à extensão e o prazo da crise, forçou a elevação dos juros internacionais, freou o ritmo da recuperação e, por isso, a previsão de estagflação se tornou comum.

Nesse cenário mundial, o Brasil passou a ser visto como um país que, apesar de também ter sofrido com a desorganização da economia, elevação da inflação e aumento da taxa de juros, tem condições de retomar o crescimento econômico mais cedo que grande parte do mundo. A inflação por aqui já começou a cair e as safras agrícolas se tornaram objeto de atenção global em razão das preocupações com o abastecimento de alimentos, de forma que o país, se não for o de melhor situação, está entre os mais bem aparelhados para crescer e contribuir com a normalização do abastecimento global em alimentos. A taxa de crescimento do PIB brasileiro pode não ser tão alta quanto desejável, mas deve ficar entre 2% e 3%, o que deixará o país fora da estagflação, principalmente se a inflação cair.


O Brasil está em condições de ter taxa de crescimento boa, embora modesta, retorno da inflação rumo a taxas de 5% ou menos, queda na taxa de juros e pavimentação do caminho para continuar melhorando os fundamentos macroeconômicos tão necessários para a redução do desemprego e melhoria dos indicadores de pobreza. No grande espetáculo do crescimento econômico, o principal figurino fica por conta dos investimentos em infraestrutura física e empresarial, e o grande ator é o empreendedor privado nacional e estrangeiro.

Assim, é importante que sociedade e governo trabalhem para criar um ambiente institucional favorável ao investimento, com segurança jurídica, redução da burocracia, facilidade na criação e fechamento de empresas, além da eternamente necessária reforma tributária que vá no rumo de um sistema tributário simples e moderado. Em poucas semanas, o país conhecerá os vencedores nas eleições estaduais e federais, especialmente quem será o presidente da República e os novos governadores, e espera-se que a tão propalada liberdade esteja presente na política econômica e nas regras de comércio exterior, pois o destino do Brasil é tornar-se cada vez mais importante no abastecimento mundial, enquanto deve acelerar a importação dos conhecimentos tecnológicos que o mundo já desenvolveu. Para isso, é preciso extirpar os “ismos” fatais: o populismo, o estatismo, o xenofobismo, o nacionalismo e, o pior deles, o socialismo.

ELEIÇÕES 2022
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ADVERSÁRIOS DE BOLSONARO VÃO QUESTIONAR ALGUMA COISA NA JUSTIÇA SOBRE O 7 DE SETEMBRO

 

Reação Jurídica
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília


Presidente Bolsonaro durante desfile do 7 de setembro em Brasília| Foto: Alan Santos/Palácio do Planalto

Adversários do presidente Jair Bolsonaro (PL) pretendem protocolar na Justiça Eleitoral reações contra os atos realizados neste 7 de setembro. Na tarde desta quarta-feira, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), confirmou que o partido vai acionar Bolsonaro por suposto abuso de poder político nas manifestações em comemoração ao bicentenário da Independência.

Na avaliação do partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o tom do discurso de Bolsonaro configura uso da máquina pública em proveito eleitoral. O presidente discursou nos atos de Brasília e do Rio de Janeiro.

“Bolsonaro fez uso indiscutível de um evento oficial para discursar como candidato. Há abuso de poder econômico e político acachapante, com o uso de recursos públicos, de uma grande estrutura pública, para fazer campanha. Os discursos desse comício escancarado foram transmitidos ao vivo para toda a nação, inclusive por meio da TV Brasil, uma TV estatal”, afirmam os advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin Martins, que representam a candidatura de Lula.

De acordo com o TSE, o abuso do poder político ocorre nas situações em que o detentor do poder usa sua posição para agir de modo a influenciar o eleitor, em detrimento da liberdade de voto. O abuso de poder econômico, por sua vez, se refere à utilização excessiva, antes ou durante a campanha eleitoral, de recursos materiais ou humanos que representem valor econômico, buscando beneficiar um determinado candidato.

Além do PT, outros partidos da oposição como o PV e a Rede, que apoiam a candidatura de Lula ao Palácio do Planalto, sinalizaram que também vão ajuizar ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


Soraya Thronicke quer impedir imagens dos atos do 7 de setembro na propaganda eleitoral de Bolsonaro
Assim como os partidos da oposição, a senadora Soraya Thronicke, candidata à Presidência pelo União Brasil, indicou que pretende protocolar uma ação contra Bolsonaro na Justiça. O objetivo da candidata é evitar que o presidente use as imagens captadas nas manifestações do 7 de setembro na propaganda eleitoral.

Mais cedo, Thronicke já havia reagido ao discurso de Bolsonaro no ato em Brasília. Na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro puxou um coro de “imbrochável” e comparou a esposa, Michelle Bolsonaro, a outras primeiras-damas.

Nas redes sociais, a senadora disse que essa informação “não interessa” ao povo brasileiro e que realmente importa é ter “um presidente incorruptível”. “Divorciado do respeito à data, em pleno 7 de Setembro, o presidente insiste em propagar que é imbrochável – informação que, sinceramente, não interessa ao povo brasileiro”, escreveu no Twitter.

Tebet diz concordar com posição de União Brasil e Rede, mas descarta ação do MDB
A candidata Simone Tebet (MDB) também se pronunciou sobre o tema, por nota. Veja a íntegra:

“É desnecessário levar a política para dentro da Justiça. Concordamos com a posição do União Brasil e da Rede, que entraram com ação no Tribunal Superior Eleitoral, contra o candidato Jair Bolsonaro e seu partido, por uso da máquina e discurso político nos atos públicos do Dia da Independência do Brasil. Não tem sentido outro partido ou candidatura, entrar na Justiça só para fazer disso uma escada, um palanque eleitoral. Justiça é coisa séria, e a gente tem que tratar com responsabilidade. A ação já está tramitando. O dever de casa já foi feito, como eu fiz quando entrei com ação contra a propaganda de Bolsonaro que usa sua mulher Michelle. Ganhamos a ação. A Justiça tem que ser acionada. Agora, vamos aguardar a deliberação do TSE”.


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ATOS DE 7 DE SETEMBRO RESGATARAM O PATRIOTISMO

 


Por
Rodrigo Constantino – Gazeta do Povo


Militantes da oposição têm acusado o presidente de ter “sequestrado” ou “usurpado” a comemoração do bicentenário da Independência. Nada mais longe da verdade.

No fundo, Bolsonaro talvez tenha sido o cidadão que mais fez para resgatar o sentimento patriótico numa nação mergulhada no fatalismo bobo e com evidente complexo de vira-latas.

Nossos professores de esquerda tentam impor uma narrativa de produz vergonha em ser brasileiro, como se nossa trajetória fosse digna de vergonha, não orgulho.

Nossos políticos de esquerda sempre preferiram o vermelho ao verde e amarelo, e cantavam o hino da Internacional Socialista em vez do nosso.

Nossas elites da esquerda caviar repetem que o Brasil não tem jeito por conta do povo, e filósofos petistas repetem que a classe média é fascista.

O ministro Barroso, aliás, disse que vamos ver o tamanho do fascismo nesse 7 de setembro. Uma breve caminhada pela orla de Copacabana nesta manhã, observando o aquecimento para a celebração patriótica, foi suficiente para ver o “fascismo”: famílias felizes, gente humilde me agradecendo por lhes dar voz, patriotas trabalhadores ostentando nossa bandeira e lutando por um futuro melhor, mais livre.

Há 200 anos o Brasil tornava-se um país independente, deixando de ser uma colônia portuguesa. Hoje, ainda precisamos lutar por liberdade. Deixamos de ser dependentes de Portugal, é verdade, mas somos escravos de uma Juristocracia ilegítima e autoritária encastelada em Brasília.

O brado retumbante das ruas hoje dará esse recado em alto e bom som aos verdadeiros golpistas: não passarão! Respeitem nossa Constituição, pois nossa bandeira jamais será vermelha!

Rodrigo Constantino
Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal. **Os textos do colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.

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COMEMORAÇÕES PACÍFICAS NOS ATOS DE 7 DE SETEMBRO

 

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Desfile cívico-militar do 7 de Setembro, que este ano comemora o Bicentenário (200 anos) da Independência do Brasil.


Ato em Brasília no 7 de setembro| Foto: TV Brasil

Uma primeira observação sobre as manifestações de quarta-feira: elas foram pacíficas, ordeiras e, sobretudo, democráticas. Democráticas por quê? Porque partiram do povo. “Demos” é povo. Aquilo que é manifestação do povo, de onde demanda o poder, necessariamente e consequentemente é democrático.

Por outro lado, houve uma campanha dizendo que ia haver violência, que tinha que colocar atiradores, esquadrões antibomba, triplo policiamento… E para quê? Para as pessoas ficarem em casa. “Eu não vou me meter nisso, vai ser violento. Tá aí, tem um fulano aí dizendo que vai ser violento. Já está tomando providências”.

É o velho truque da minoria com espírito totalitário, que sabe que a manifestação do povo, majoritária, é a origem do poder. Mas aí ninguém mais acreditou, porque não tem mais uma única fonte de informação – “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

Agora todo mundo se informa, todo mundo sabe o que está acontecendo. E sabe que era um engodo. Então aconteceu exatamente aquilo que eles mais temiam. Eles não temiam violência, eles temiam o povo. Eles têm medo do povo. E o povo encheu a Esplanada como eu nunca vi em 46 anos de Brasil. E também encheu a Avenida Atlântica, encheu a Avenida Paulista, encheu as ruas de 300 cidades brasileiras.

Eu nunca vi um líder no mundo mobilizar tanta gente no mesmo dia. E ficou separado, teve dois eventos políticos: um Político (com “P” maiúsculo), que foi a comemoração do 7 de Setembro, dos 200 anos, e outro um evento político eleitoral e partidário, que foi esse a que me referi, de milhões de pessoas – com aquela imagem linda da bandeira flutuando sobre a cabeça das pessoas, conduzida pelas mãos das pessoas.


Candidatos em campanha 

Mas todos os candidatos aproveitaram o feriado para fazer campanha. Ciro Gomes, por exemplo, de manhã estava com o arcebispo de Mariana/MG, à tarde fez uma gravação sobre o 7 de Setembro em Ouro Preto. A Simone Tebet estava no interior paulista, e eu vi que ela hasteou a bandeira lá em Jaguariúna, num centro educacional ambiental do município. E certamente cantou o hino também. Lula não tinha nenhum evento, mas houve lá umas postagens. Então cada um aproveitou a data do jeito que achava que deveria ter aproveitado.

O evento de mais povo foi o evento em que estava o presidente da República, candidato à reeleição. E a lei permite, não tem como separar. A lei permite que o presidente da República, o governador – tem vários governadores candidatos à reeleição que continuam no governo, a lei permite. E não tem como separar: “Olha, agora eu deixo de ser governador…”.

Houve a separação visual, o presidente tirou a faixa presidencial e foi lá fazer um discurso. E mencionou aquela frase que foi a mais forte do dia: “a volta à cena do crime”. Essa frase é muito forte e, ironicamente, foi dita pelo companheiro de chapa do outro lado, em outra ocasião.

Enfim, o que a gente viu foram manifestações democráticas que engrandecem o povo brasileiro. Foi um belo 7 de Setembro – o nosso aniversário, porque nós somos o Brasil.


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FILME O PODEROSO CHEFÃO DEPOIS DE 50 ANOS SERÁ RELANÇADO

 

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Longa de Francis Ford Coppola volta aos cinemas na quinta-feira com cópia remasterizada

Paramount Pictures
Paramount Pictures

Luiz Zanin Oricchio, Especial para o Estado

O Poderoso Chefão começa no escuro. Ouve-se apenas uma linha melódica, tocada num único instrumento – o tema de Nino Rota escrito para o filme. Em seguida, entra uma voz: “Eu acredito na América”. Um rosto surge na penumbra e começa a contar sua história. A filha sofreu uma tentativa de estupro e foi barbaramente surrada por dois homens. O caso foi ao tribunal, mas os agressores saíram livres. O homem está ali para “pedir justiça”. Durante essa fala, a câmera vai recuando e o interlocutor aparece, de costas.

Ninguém esquece essa abertura de O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola, que volta aos cinemas na quinta-feira, dia 24, em cópia restaurada, 50 anos após sua estreia. Em 22 de março, estará disponível em plataformas digitais. 

O desenho visual da abertura é magnífico – a fotografia é de um mestre, Gordon Willis. Joga toda a cena na penumbra e revela aos poucos a figura principal do quadro, o capo, Don Vito Corleone, interpretado por Marlon Brando. É a festa de casamento da filha do “Padrino”. Nesse dia, segundo a tradição siciliana, ele atende a pedidos. 

Aos 50 anos, um novo ‘O Poderoso Chefão’ na tela
Cena do filme ‘O Poderoso Chefão’, de Coppola, com Marlon Brando no papel principal Foto: Paramount Pictures

O sentido do diálogo entre Corleone e o homem é muito claro. “Por que você não me procurou antes, por que buscou a polícia e a justiça? Porque tinha fé na América. Pois é, nada foi feito, sua filha está no hospital, com o rosto deformado e os malfeitores continuam à solta e assim permanecerão a depender das instituições do país”. Já o Padrinho (lembre que o título original é The Godfather) se encarrega de tudo. Sob as asas do Padrinho, ninguém se sente desguarnecido. Desde que lhe beije a mão e seja leal. E que, eventualmente, no futuro, possa retribuir o favor que agora recebe. 

Ao estrear, em 1972, O Poderoso Chefão foi um choque. A própria frase inicial de Bonasera (Salvatore Corsitto) parece uma ironia, uma vez que, na época do lançamento do filme, pouca gente se atreveria a acreditar de fato na América, um país ainda enterrado na Guerra do Vietnã e em meio a uma fabulosa revolução de costumes que assustava as partes mais conservadoras da população. 

Encantada, a exigente crítica da New Yorker, Pauline Kael, escreve na época da estreia: “É um melodrama popular com raízes nos filmes de gângster da década de 30, mas expressa um novo realismo trágico e é totalmente extraordinário”. 

O chamado “filme de gângster” floresce nos Estados Unidos durante a década de 1930. Provavelmente, o boom de gênero está associado com a proibição de venda de bebidas alcoólicas, que induziu um espetacular comércio clandestino e fez a criminalidade subir às alturas. Filmes como Inimigo Público (1931), de William WellmanAlma do Lodo (1931), de Mervyn LeRoy, Scarface, a Vergonha de uma Nação (1932), de Howard Hawks são considerados arquétipos do gênero.

Essas aventuras na época da Proibição repercutem até mais tarde. Foi famosa a série de TV Os Intocáveis (1959-1963), com o justiceiro Elliot Ness interpretado por Robert Stack. Em 1987, Brian De Palma fez o filme de mesmo título, com Kevin Costner no papel de Ness. A obra inclui até mesmo um pastiche da famosa cena da Escadaria de Odessa do clássico soviético O Encouraçado Potemkin (1925), de Sergei Eisenstein.

Mas, nesses casos, o ponto de vista é o da polícia, ou seja, do Estado. Já no típico filme de gângster, o foco é sobre o bandido. Mesmo que ele seja retratado como uma espécie de aberração, um desajustado em contraste com a sociedade sadia, esse protagonismo chegou a incomodar. Era preciso reservar a esses anti-heróis desfechos bem negativos para acomodar a ficção à moral vigente: a morte em combate com os homens da lei, a prisão ou a pena de morte. O crime é um desvio, que altera a órbita normal da sociedade. Uma vez eliminado o criminoso, o mundo volta ao seu eixo. 

Esse gênero preparou a entrada em cena do “film noir”, com a tradução para a tela dos romances de Dashiell Hammett e Raymond Chandler. O protagonista agora é o detetive particular, cujo tipo ideal foi encarnado por Humphrey Bogart. Alguns se tornaram clássicos, como Relíquia Macabra (1941), de John Huston, Até a Vista, Querida (1944), de Edward Dmytryk, À Beira do Abismo (1946), de Howard Hawks. O noir é um gênero ambíguo. O detetive flutua no limite entre a legalidade e a ilegalidade, o certo e o errado. É cético. Pode ter um fundo moral, mas não acredita nas pessoas, e menos ainda nas instituições. 

Num filme de passagem, O Segredo das Joias (1950), de John Huston, a atenção principal se detém sobre o grupo que vai assaltar uma joalheria. Trata-se de uma história de assalto fracassado, que humaniza os criminosos. Suas vidas particulares são retratadas e o desfecho trágico de um deles (Sterling Hayden) desperta a simpatia do público. Sentindo-se perdido, um advogado corrupto, Alonzo Emmerich (Louis Calhern), murmura a frase significativa: “Ora, o crime é apenas uma forma marginal do esforço humano”. 

De modo que, em parte, o caminho para O Poderoso Chefão já fora aberto por seus antecessores. Coppola dá um passo a mais. Partindo do best-seller de Mario Puzo, mescla o realismo a certo tom operístico e melodramático ao retratar o mundo da máfia. Finca seu ponto de observação no interior de uma família. Não de uma “famiglia” mafiosa caricata, mas de uma família qualquer, com seus problemas, grandezas e a soma de alegrias e desgraças que vão compondo uma dinastia, geração após geração. 

Certamente Don Vito é um homem de poder. A relação com os filhos, Michael (Al Pacino), Sonny (James Caan), Fredo (John Cazale) e Connie (Talia Shire), é a de um patriarca à moda siciliana, devotado aos seus, exigente e terno. Como construiu um império, mesmo que do crime, também tem responsabilidades com a sua comunidade. Dá proteção e apoio, exige lealdade total – como se viu naquela primeira cena, com o dono da funerária, Bonasera, que vai pedir vingança pela agressão à filha. 

Aos 50 anos, um novo ‘O Poderoso Chefão’ na tela
Francis Ford Coppola e Marlon Brando rodando nas ruas de Nova York  Foto: Jack Stager

Depois da cena inicial, segue-se a festa de casamento de Connie e Carlo (Gianni Russo), sequência que dura bom tempo, com cantos, danças, brindes, comes e bebes. Estamos num ambiente ítalo-americano. Não poderiam faltar a polícia e os paparazzi à porta da mansão. Nem o ator e cantor das multidões Johnny Fontane (Al Martino), figura decalcada em Frank Sinatra, que, em baixa na carreira, também tem um pedido a fazer ao pai da noiva. 

Na parte que segue à festa, veremos uma amostra do lado violento do Don, que, por intermédio do seu consigliere, Tom Hagen (Robert Duvall), precisa convencer um produtor recalcitrante a dar a Fontane o papel num filme que poderá trazê-lo à tona de novo. A frase ficou famosa, “Don Corleone faz uma oferta que o senhor não pode recusar”. Não pode mesmo. O desfecho da “oferta” é brutal.

Isso para dizer que Coppola não pode ser acusado de romantizar o ambiente e os malfeitos da máfia. Algumas cenas de violência, como o assassinato de um dos filhos, são levadas a níveis operísticos. Bem como o primeiro crime de sangue em que Michael se envolve, liquidando a sangue frio, numa cantina, dois inimigos do pai, um gângster rival e um tira corrupto. 

O balanço entre violência e ternura familiar parece tão perfeito que nos deixamos levar por esta obra nada maniqueísta. Se o lado humano figura em primeiro plano, seu caráter criminal não fica para trás. O estilo da filmagem, a mise-en-scène perfeita trabalhando no quadro do cinema narrativo, a música, a intensidade do conjunto, a força operística dos momentos mais agudos, a densidade dos personagens – tudo isso nos conquista.

Nos seduz, mas também deixa espaço para reflexão sobre o que está sendo exposto na tela. Aquele limite tão estreito entre o legal e o ilegal, já presente em filmes de gângsteres mais antigos, e em todo o cinema noir, aqui parece abolido. Por outros meios, Don Corleone conduz os negócios da família como um empresário realista ou um político pragmático. 

É metódico, planejador, arrojado, sabe negociar e conhece seus objetivos. Pode ser cruel ou conciliador. Implacável, porém generoso. É um grande dirigente, o que faz de O Poderoso Chefão uma parábola pouco disfarçada sobre o funcionamento mais geral da sociedade e, em particular, do mundo dos grandes negócios. 

Esse desmascaramento de um mecanismo torna essa obra-prima um filme político como poucos. Esse aspecto, diga-se, irá se acentuar nos Chefões 2 e 3

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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