quinta-feira, 8 de setembro de 2022

ATOS DE 7 DE SETEMBRO RESGATARAM O PATRIOTISMO

 


Por
Rodrigo Constantino – Gazeta do Povo


Militantes da oposição têm acusado o presidente de ter “sequestrado” ou “usurpado” a comemoração do bicentenário da Independência. Nada mais longe da verdade.

No fundo, Bolsonaro talvez tenha sido o cidadão que mais fez para resgatar o sentimento patriótico numa nação mergulhada no fatalismo bobo e com evidente complexo de vira-latas.

Nossos professores de esquerda tentam impor uma narrativa de produz vergonha em ser brasileiro, como se nossa trajetória fosse digna de vergonha, não orgulho.

Nossos políticos de esquerda sempre preferiram o vermelho ao verde e amarelo, e cantavam o hino da Internacional Socialista em vez do nosso.

Nossas elites da esquerda caviar repetem que o Brasil não tem jeito por conta do povo, e filósofos petistas repetem que a classe média é fascista.

O ministro Barroso, aliás, disse que vamos ver o tamanho do fascismo nesse 7 de setembro. Uma breve caminhada pela orla de Copacabana nesta manhã, observando o aquecimento para a celebração patriótica, foi suficiente para ver o “fascismo”: famílias felizes, gente humilde me agradecendo por lhes dar voz, patriotas trabalhadores ostentando nossa bandeira e lutando por um futuro melhor, mais livre.

Há 200 anos o Brasil tornava-se um país independente, deixando de ser uma colônia portuguesa. Hoje, ainda precisamos lutar por liberdade. Deixamos de ser dependentes de Portugal, é verdade, mas somos escravos de uma Juristocracia ilegítima e autoritária encastelada em Brasília.

O brado retumbante das ruas hoje dará esse recado em alto e bom som aos verdadeiros golpistas: não passarão! Respeitem nossa Constituição, pois nossa bandeira jamais será vermelha!

Rodrigo Constantino
Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal. **Os textos do colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.

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COMEMORAÇÕES PACÍFICAS NOS ATOS DE 7 DE SETEMBRO

 

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Desfile cívico-militar do 7 de Setembro, que este ano comemora o Bicentenário (200 anos) da Independência do Brasil.


Ato em Brasília no 7 de setembro| Foto: TV Brasil

Uma primeira observação sobre as manifestações de quarta-feira: elas foram pacíficas, ordeiras e, sobretudo, democráticas. Democráticas por quê? Porque partiram do povo. “Demos” é povo. Aquilo que é manifestação do povo, de onde demanda o poder, necessariamente e consequentemente é democrático.

Por outro lado, houve uma campanha dizendo que ia haver violência, que tinha que colocar atiradores, esquadrões antibomba, triplo policiamento… E para quê? Para as pessoas ficarem em casa. “Eu não vou me meter nisso, vai ser violento. Tá aí, tem um fulano aí dizendo que vai ser violento. Já está tomando providências”.

É o velho truque da minoria com espírito totalitário, que sabe que a manifestação do povo, majoritária, é a origem do poder. Mas aí ninguém mais acreditou, porque não tem mais uma única fonte de informação – “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

Agora todo mundo se informa, todo mundo sabe o que está acontecendo. E sabe que era um engodo. Então aconteceu exatamente aquilo que eles mais temiam. Eles não temiam violência, eles temiam o povo. Eles têm medo do povo. E o povo encheu a Esplanada como eu nunca vi em 46 anos de Brasil. E também encheu a Avenida Atlântica, encheu a Avenida Paulista, encheu as ruas de 300 cidades brasileiras.

Eu nunca vi um líder no mundo mobilizar tanta gente no mesmo dia. E ficou separado, teve dois eventos políticos: um Político (com “P” maiúsculo), que foi a comemoração do 7 de Setembro, dos 200 anos, e outro um evento político eleitoral e partidário, que foi esse a que me referi, de milhões de pessoas – com aquela imagem linda da bandeira flutuando sobre a cabeça das pessoas, conduzida pelas mãos das pessoas.


Candidatos em campanha 

Mas todos os candidatos aproveitaram o feriado para fazer campanha. Ciro Gomes, por exemplo, de manhã estava com o arcebispo de Mariana/MG, à tarde fez uma gravação sobre o 7 de Setembro em Ouro Preto. A Simone Tebet estava no interior paulista, e eu vi que ela hasteou a bandeira lá em Jaguariúna, num centro educacional ambiental do município. E certamente cantou o hino também. Lula não tinha nenhum evento, mas houve lá umas postagens. Então cada um aproveitou a data do jeito que achava que deveria ter aproveitado.

O evento de mais povo foi o evento em que estava o presidente da República, candidato à reeleição. E a lei permite, não tem como separar. A lei permite que o presidente da República, o governador – tem vários governadores candidatos à reeleição que continuam no governo, a lei permite. E não tem como separar: “Olha, agora eu deixo de ser governador…”.

Houve a separação visual, o presidente tirou a faixa presidencial e foi lá fazer um discurso. E mencionou aquela frase que foi a mais forte do dia: “a volta à cena do crime”. Essa frase é muito forte e, ironicamente, foi dita pelo companheiro de chapa do outro lado, em outra ocasião.

Enfim, o que a gente viu foram manifestações democráticas que engrandecem o povo brasileiro. Foi um belo 7 de Setembro – o nosso aniversário, porque nós somos o Brasil.


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FILME O PODEROSO CHEFÃO DEPOIS DE 50 ANOS SERÁ RELANÇADO

 

  1. Cultura 
  2. Cinema 

Longa de Francis Ford Coppola volta aos cinemas na quinta-feira com cópia remasterizada

Paramount Pictures
Paramount Pictures

Luiz Zanin Oricchio, Especial para o Estado

O Poderoso Chefão começa no escuro. Ouve-se apenas uma linha melódica, tocada num único instrumento – o tema de Nino Rota escrito para o filme. Em seguida, entra uma voz: “Eu acredito na América”. Um rosto surge na penumbra e começa a contar sua história. A filha sofreu uma tentativa de estupro e foi barbaramente surrada por dois homens. O caso foi ao tribunal, mas os agressores saíram livres. O homem está ali para “pedir justiça”. Durante essa fala, a câmera vai recuando e o interlocutor aparece, de costas.

Ninguém esquece essa abertura de O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola, que volta aos cinemas na quinta-feira, dia 24, em cópia restaurada, 50 anos após sua estreia. Em 22 de março, estará disponível em plataformas digitais. 

O desenho visual da abertura é magnífico – a fotografia é de um mestre, Gordon Willis. Joga toda a cena na penumbra e revela aos poucos a figura principal do quadro, o capo, Don Vito Corleone, interpretado por Marlon Brando. É a festa de casamento da filha do “Padrino”. Nesse dia, segundo a tradição siciliana, ele atende a pedidos. 

Aos 50 anos, um novo ‘O Poderoso Chefão’ na tela
Cena do filme ‘O Poderoso Chefão’, de Coppola, com Marlon Brando no papel principal Foto: Paramount Pictures

O sentido do diálogo entre Corleone e o homem é muito claro. “Por que você não me procurou antes, por que buscou a polícia e a justiça? Porque tinha fé na América. Pois é, nada foi feito, sua filha está no hospital, com o rosto deformado e os malfeitores continuam à solta e assim permanecerão a depender das instituições do país”. Já o Padrinho (lembre que o título original é The Godfather) se encarrega de tudo. Sob as asas do Padrinho, ninguém se sente desguarnecido. Desde que lhe beije a mão e seja leal. E que, eventualmente, no futuro, possa retribuir o favor que agora recebe. 

Ao estrear, em 1972, O Poderoso Chefão foi um choque. A própria frase inicial de Bonasera (Salvatore Corsitto) parece uma ironia, uma vez que, na época do lançamento do filme, pouca gente se atreveria a acreditar de fato na América, um país ainda enterrado na Guerra do Vietnã e em meio a uma fabulosa revolução de costumes que assustava as partes mais conservadoras da população. 

Encantada, a exigente crítica da New Yorker, Pauline Kael, escreve na época da estreia: “É um melodrama popular com raízes nos filmes de gângster da década de 30, mas expressa um novo realismo trágico e é totalmente extraordinário”. 

O chamado “filme de gângster” floresce nos Estados Unidos durante a década de 1930. Provavelmente, o boom de gênero está associado com a proibição de venda de bebidas alcoólicas, que induziu um espetacular comércio clandestino e fez a criminalidade subir às alturas. Filmes como Inimigo Público (1931), de William WellmanAlma do Lodo (1931), de Mervyn LeRoy, Scarface, a Vergonha de uma Nação (1932), de Howard Hawks são considerados arquétipos do gênero.

Essas aventuras na época da Proibição repercutem até mais tarde. Foi famosa a série de TV Os Intocáveis (1959-1963), com o justiceiro Elliot Ness interpretado por Robert Stack. Em 1987, Brian De Palma fez o filme de mesmo título, com Kevin Costner no papel de Ness. A obra inclui até mesmo um pastiche da famosa cena da Escadaria de Odessa do clássico soviético O Encouraçado Potemkin (1925), de Sergei Eisenstein.

Mas, nesses casos, o ponto de vista é o da polícia, ou seja, do Estado. Já no típico filme de gângster, o foco é sobre o bandido. Mesmo que ele seja retratado como uma espécie de aberração, um desajustado em contraste com a sociedade sadia, esse protagonismo chegou a incomodar. Era preciso reservar a esses anti-heróis desfechos bem negativos para acomodar a ficção à moral vigente: a morte em combate com os homens da lei, a prisão ou a pena de morte. O crime é um desvio, que altera a órbita normal da sociedade. Uma vez eliminado o criminoso, o mundo volta ao seu eixo. 

Esse gênero preparou a entrada em cena do “film noir”, com a tradução para a tela dos romances de Dashiell Hammett e Raymond Chandler. O protagonista agora é o detetive particular, cujo tipo ideal foi encarnado por Humphrey Bogart. Alguns se tornaram clássicos, como Relíquia Macabra (1941), de John Huston, Até a Vista, Querida (1944), de Edward Dmytryk, À Beira do Abismo (1946), de Howard Hawks. O noir é um gênero ambíguo. O detetive flutua no limite entre a legalidade e a ilegalidade, o certo e o errado. É cético. Pode ter um fundo moral, mas não acredita nas pessoas, e menos ainda nas instituições. 

Num filme de passagem, O Segredo das Joias (1950), de John Huston, a atenção principal se detém sobre o grupo que vai assaltar uma joalheria. Trata-se de uma história de assalto fracassado, que humaniza os criminosos. Suas vidas particulares são retratadas e o desfecho trágico de um deles (Sterling Hayden) desperta a simpatia do público. Sentindo-se perdido, um advogado corrupto, Alonzo Emmerich (Louis Calhern), murmura a frase significativa: “Ora, o crime é apenas uma forma marginal do esforço humano”. 

De modo que, em parte, o caminho para O Poderoso Chefão já fora aberto por seus antecessores. Coppola dá um passo a mais. Partindo do best-seller de Mario Puzo, mescla o realismo a certo tom operístico e melodramático ao retratar o mundo da máfia. Finca seu ponto de observação no interior de uma família. Não de uma “famiglia” mafiosa caricata, mas de uma família qualquer, com seus problemas, grandezas e a soma de alegrias e desgraças que vão compondo uma dinastia, geração após geração. 

Certamente Don Vito é um homem de poder. A relação com os filhos, Michael (Al Pacino), Sonny (James Caan), Fredo (John Cazale) e Connie (Talia Shire), é a de um patriarca à moda siciliana, devotado aos seus, exigente e terno. Como construiu um império, mesmo que do crime, também tem responsabilidades com a sua comunidade. Dá proteção e apoio, exige lealdade total – como se viu naquela primeira cena, com o dono da funerária, Bonasera, que vai pedir vingança pela agressão à filha. 

Aos 50 anos, um novo ‘O Poderoso Chefão’ na tela
Francis Ford Coppola e Marlon Brando rodando nas ruas de Nova York  Foto: Jack Stager

Depois da cena inicial, segue-se a festa de casamento de Connie e Carlo (Gianni Russo), sequência que dura bom tempo, com cantos, danças, brindes, comes e bebes. Estamos num ambiente ítalo-americano. Não poderiam faltar a polícia e os paparazzi à porta da mansão. Nem o ator e cantor das multidões Johnny Fontane (Al Martino), figura decalcada em Frank Sinatra, que, em baixa na carreira, também tem um pedido a fazer ao pai da noiva. 

Na parte que segue à festa, veremos uma amostra do lado violento do Don, que, por intermédio do seu consigliere, Tom Hagen (Robert Duvall), precisa convencer um produtor recalcitrante a dar a Fontane o papel num filme que poderá trazê-lo à tona de novo. A frase ficou famosa, “Don Corleone faz uma oferta que o senhor não pode recusar”. Não pode mesmo. O desfecho da “oferta” é brutal.

Isso para dizer que Coppola não pode ser acusado de romantizar o ambiente e os malfeitos da máfia. Algumas cenas de violência, como o assassinato de um dos filhos, são levadas a níveis operísticos. Bem como o primeiro crime de sangue em que Michael se envolve, liquidando a sangue frio, numa cantina, dois inimigos do pai, um gângster rival e um tira corrupto. 

O balanço entre violência e ternura familiar parece tão perfeito que nos deixamos levar por esta obra nada maniqueísta. Se o lado humano figura em primeiro plano, seu caráter criminal não fica para trás. O estilo da filmagem, a mise-en-scène perfeita trabalhando no quadro do cinema narrativo, a música, a intensidade do conjunto, a força operística dos momentos mais agudos, a densidade dos personagens – tudo isso nos conquista.

Nos seduz, mas também deixa espaço para reflexão sobre o que está sendo exposto na tela. Aquele limite tão estreito entre o legal e o ilegal, já presente em filmes de gângsteres mais antigos, e em todo o cinema noir, aqui parece abolido. Por outros meios, Don Corleone conduz os negócios da família como um empresário realista ou um político pragmático. 

É metódico, planejador, arrojado, sabe negociar e conhece seus objetivos. Pode ser cruel ou conciliador. Implacável, porém generoso. É um grande dirigente, o que faz de O Poderoso Chefão uma parábola pouco disfarçada sobre o funcionamento mais geral da sociedade e, em particular, do mundo dos grandes negócios. 

Esse desmascaramento de um mecanismo torna essa obra-prima um filme político como poucos. Esse aspecto, diga-se, irá se acentuar nos Chefões 2 e 3

PESCA DO PEIXE PINTADO SERÁ PROIBIDA

 

Foto: Marcos Mendes/Estadão

Por Redação

Tipo de peixe entrou na lista das espécies brasileiras ameaçadas de extinção

pesca do pintado será proibida em todo o País a partir de 5 de dezembro deste ano. A espécie Pseudoplatystoma corruscans foi incluída pelo Ministério do Meio Ambiente na Lista Oficial das Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção, na categoria Vulnerável. O documento atualizado foi publicado em 8 de junho deste ano, mas novos prazos de proibições de captura foram definidos pela pasta.

De acordo com a analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Carla Polaz, o pintado foi incluído na lista de espécies ameaçadas porque suas populações foram reduzidas em até 30% no País, em algumas bacias mais como a do Rio São Francisco e do alto Rio Paraná, e em outras bacias menos, como na do Pantanal.

Vista do Rio São Francisco.
Vista do Rio São Francisco. Foto: Nilton Fukuda/Estadão

“Por ser um peixe migrador, foram os barramentos (as barragens) que interrompem as suas rotas migratórias a principal causa de redução”, disse. A proliferação de híbridos e a sobrepesca em algumas localidades também prejudicaram a espécie, segundo a analista.

O surubim ou pintado é um peixe de couro de grande porte que pode medir até 1,5 metro e pesar até 50 quilos. Ele é encontrado na bacia do Rio São Francisco e na bacia do Rio da Prata, que engloba vários países (Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e parte da Bolívia). Ele é um peixe de importância pesqueira, principalmente no Pantanal, e muito apreciado na pesca esportiva.

Para outras espécies conhecidas como pintados e surubins (Pseudoplatystoma punctifer e Pseudoplatystoma tigrinum) não houve proibição de pesca, devendo ser respeitadas apenas as legislações vigentes quanto ao defeso e ao tamanho mínimo de captura.

EMPRESAS DEVEM INVESTIR EM INOVAÇÃO

 

 Grupo FCamara

Caráter competitivo é um dos principais ganhos, além de credibilidade no mercado e colaboradores mais engajados

A preocupação em investir em inovação aumenta entre as organizações e, de fato, esse é um item crucial quando se pensa em crescimento, credibilidade e posicionamento no mercado. Contudo, apesar de entenderem a importância da inovação para os negócios, transformar isso em algo concreto nem sempre parece tão fácil.

“Quem não incorpora em seu negócio uma mentalidade voltada à inovação, acaba ficando para trás. Quando implementamos um programa de transformação cultural, voltado à cultura da inovação, nos certificamos que estamos atuantes em um mercado competitivo. Com isso, também beneficiamos os colaboradores com um ambiente motivador e geramos excelência nos serviços”, pontua Maiara Muraro Martins, Head do Imagine, plataforma de inovação que engaja e dá voz aos colaboradores, incentivando a proposição de ideias, o intraempreendedorismo e o fomento a uma cultura inovadora nas empresas. O Imagine é uma solução do Grupo FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa a transformação dos negócios e vem fazendo a diferença para empresas que buscam essa aculturação.

Pensando nisso, a especialista elenca quatro benefícios que mostram a importância de investir em inovação.

Caráter competitivo frente aos concorrentes

Empresas que não inovam ao longo do tempo, tendem a perder força no mercado. A inovação é um diferencial competitivo e um posicionamento desejável para o público consumidor e investidor.

“Uma empresa inovadora é uma empresa à frente do seu próprio negócio, pronta para dominar novos mercados e, se preciso, recriar seu negócio ou revolucionar suas próprias soluções. É ela mesma quem torna sua solução anterior obsoleta, pois sua cultura inovadora a faz identificar, antes mesmo do público e do mercado, novas oportunidades, implementando melhorias e a evolução de seus serviços”, explica Maiara

Conquista de clientes com novos serviços e produtos

A inovação está diretamente relacionada à jornada de satisfação do cliente. Uma empresa inovadora tem mais potencial de conquistar novos mercados e agregar valor para os clientes já existentes, pois está sempre guiada por uma melhoria contínua, focada nas necessidades do público.

Redução de custos operacionais

Inovar também significa promover a otimização de processos e de rotinas de trabalho. Com isso, uma empresa ganha eficiência e produtividade e reduz custos e riscos.

Colaboradores mais satisfeitos

Quando a cultura da inovação está presente, a responsabilidade pela inovação se torna compartilhada entre todos. Esse movimento mais horizontal e colaborativo proporciona um estímulo criativo coletivo. A tendência é um ambiente mais motivador e engajador.

“A cultura da inovação cria senso de pertencimento e participação nas decisões estratégicas do negócio, de ponta a ponta da organização. Uma empresa inovadora naturalmente dá mais voz e autonomia às suas equipes e a consequência é ter colaboradores mais satisfeitos e realizados, o que se reverte em ainda mais resultados”, finaliza a especialista.

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A Startup ValeOn um marketplace que tem um site que é uma  Plataforma Comercial e também uma nova empresa da região do Vale do Aço que tem um forte relacionamento com a tecnologia.

Nossa Startup caracteriza por ser um negócio com ideias muito inovadoras e grande disposição para inovar e satisfazer as necessidades do mercado.

Nos destacamos nas formas de atendimento, na precificação ou até no modo como o serviço é entregue, a nossa startup busca fugir do que o mercado já oferece para se destacar ainda mais.

Muitos acreditam que desenvolver um projeto de inovação demanda uma ideia 100% nova no mercado. É preciso desmistificar esse conceito, pois a inovação pode ser reconhecida em outros aspectos importantes como a concepção ou melhoria de um produto, a agregação de novas funcionalidades ou características a um produto já existente, ou até mesmo, um processo que implique em melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade ao negócio.

inovação é a palavra-chave da nossa startup. Nossa empresa busca oferecer soluções criativas para demandas que sempre existiram, mas não eram aproveitadas pelo mercado.

Nossa startup procura resolver problemas e oferecer serviços inovadores no mercado.

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quarta-feira, 7 de setembro de 2022

O BRASIL FARÁ VÁRIOS ATOS POLÍTICOS DA INDEPENDÊNCIA

 

Manifestações

Por
Rodolfo Costa – Gazeta do Povo
Brasília

A Esplanada dos Ministérios ficou lotada na manhã deste sábado, no desfile de 7 de setembro. Antes mesmo de começar o desfile, as arquibancadas já estavam lotadas


Manifestantes na Esplanada dos Ministérios em 7 de setembro de 2019.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Manifestações de rua serão realizadas neste 7 de setembro em cerca de 300 das 5.568 cidades do país – veja a programação nas capitais. Os atos têm como pauta a celebração do Bicentenário da Independência do Brasil e do patriotismo, a defesa das liberdades e de eleições transparentes e auditáveis, e o respeito às instituições. O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, deve participar dos atos de Brasília e do Rio de Janeiro – além de comparecer ao desfile oficial do 7 de setembro na capital federal.

Os coordenadores de movimentos de rua dizem que o objetivo é que os atos sejam uma “grande festa democrática”. Não faz parte da pauta dos movimentos a defesa de uma agenda antidemocrática que pregue, por exemplo, uma ruptura institucional. Segundo eles, isso tem sido instruído nas redes sociais e em grupos de WhatsApp e Telegram dos movimentos.

Embora não seja uma pauta oficial, organizadores dos atos admitem que o apoio à reeleição de Bolsonaro será um tema abordado pelos manifestantes. Mas eles prometem tomar cuidado para não tornar as manifestações um ato de campanha – apesar de, em algumas cidades, estar sendo articulada a presença de “pixulecos”, bonecos infláveis que caricaturam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ciente da pauta e do apoio por sua reeleição, Bolsonaro comparecerá e discursará em duas manifestações: em Brasília, pela manhã, e no Rio de Janeiro, à tarde. Da capital fluminense, ele também falará com os manifestantes presentes na Avenida Paulista, em São Paulo, por meio de uma ligação telefônica.

A fim de garantir a segurança dos manifestantes e de autoridades, os organizadores pediram às autoridades públicas o fortalecimento da segurança policial. Em Brasília, por exemplo, haverá snipers, equipes antibomba, monitoramento por vídeos e em redes sociais, além de restrições a drones.

Como será a participação de Bolsonaro nos atos de 7 de setembro
A agenda de Bolsonaro desta quarta-feira (7) prevê sua presença no desfile cívico-militar, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a partir das 9 horas. O desfile, que é um evento oficial realizado pelo governo, tem previsão para se encerrar às 11h30.

Após o desfile, o presidente seguirá para a concentração da manifestação de rua, que também será realizada na Esplanada dos Ministérios. Ele subirá em um dos trios elétricos dos atos e deve discursar.

“No fim da parada militar, o presidente vai falar no nosso trio, antes das 13h. Depois da fala dele, vamos desligar o trio e voltaremos às 13h, com o início da nossa manifestação popular”, afirma o empresário Paulo Generoso, um dos organizadores dos atos do 7 de setembro e criador e coadministrador da página “República de Curitiba” na internet.

A fala de Bolsonaro será sucedida por uma oração feita por um pastor e um padre. Em seguida, o presidente deixará a Esplanada a caminho da Base Aérea de Brasília, onde decolará para o Rio de Janeiro.

Na chegada à capital fluminense, organizadores de movimentos de rua dizem que Bolsonaro seguirá em uma motociata até a cerimônia cívico-militar comemorativa dos 200 anos de Independência do Brasil na Avenida Atlântica, na altura da Avenida Rainha Elizabeth, em Copacabana. A expectativa é de que ele chegue ao desfile por volta das 15 horas e faça um discurso no local.

Após a participação no evento cívico-militar, a expectativa é de que Bolsonaro irá ao local onde estarão concentrados os movimentos de rua. Segundo organizadores, ele deve falar no mesmo trio que estiver o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. De lá, ele vai falar ao público na Avenida Paulista, em São Paulo, por meio de ligação telefônica ao ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo do estado.

O palanque onde Bolsonaro ficará no desfile cívico-militar é próximo onde ficarão os manifestantes. Os movimentos de rua estarão concentrados entre as ruas Xavier da Silveira até a Djalma Urich, na altura do posto 5 da praia de Copacabana a partir às 9 horas. A expectativa é que a manifestação comece às 11 horas, embora alguns grupos falam em iniciar às 10 horas.

O que esperar dos discursos de Bolsonaro em Brasília e no Rio
Os discursos de Bolsonaro são muito aguardados entre coordenadores eleitorais da campanha e organizadores dos movimentos de rua. A expectativa para este ano é de um tom firme nas palavras direcionadas a Lula, seu principal concorrente na eleição para presidente da República.

Sobre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro foi aconselhado por integrantes do núcleo político a evitar o tensionamento com magistrados da Corte. O objetivo é não causar prejuízos à sua própria campanha e desestimular um clima de enfrentamento nas ruas.

A pedido de organizadores dos atos e recomendação de conselheiros, Bolsonaro gravou um vídeo de convocação para as ruas em um tom de pacificação. “Neste 7 de setembro, eu convido as família brasileiras a irem às ruas para comemorar os 200 anos da nossa Independência. Em paz e harmonia, vamos saudar a nossa Independência”, disse em uma inserção veiculada durante a propaganda eleitoral na última segunda-feira (5). “A festa é nossa, é do nosso Brasil, é da nossa bandeira verde e amarela.”

Mas, nos últimos dias, duas decisões de ministros do STF causaram descontentamento em Bolsonaro, e menções e críticas a esses fatos podem estar nos pronunciamentos dele no 7 de setembro. Um desses fatos foi a autorização, dada por Alexandre de Moraes, de uma operação de busca e apreensão contra empresários acusados de defender um golpe de Estado em conversas de WhatsApp. E a outra decisão foi a suspensão de trechos dos decretos de armas por Edson Fachin – o ministro do STF argumentou em sua decisão que o objetivo da medida é garantir a segurança das eleições.

Nos últimos dias, o presidente já fez críticas a elas. No sábado (3), Bolsonaro falou de “canetada” de “vagabundo” ao se referir à decisão de Alexandre de Moraes. E, na segunda, após a decisão de Fachin, fez uma série de críticas ao que chamou de “ação autoritária”. Bolsonaro disse que “abusos podem ser cometidos sob o pretexto de enfrentar abusos”.

Os comentários de Bolsonaro foram minimizados por seu núcleo político e por organizadores das manifestações, que não entendem como colocações desproporcionais ou ofensivas.

Como serão os desfiles cívico-militares dos 200 anos da Independência do Brasil
Quem mais participará dos atos de 7 de setembro
Além do presidente da República, outros candidatos devem comparecer aos atos de 7 de setembro em todo o país. Um deles é o general Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro, que estará em Brasília pela manhã e à tarde no Rio de Janeiro.

Em Brasília, a expectativa é de que subam com Bolsonaro no trio elétrico Tarcísio de Freitas, que embarcará para São Paulo após o ato; a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos), candidata ao Senado pelo Distrito Federal; e a deputada federal Bia Kicis (PL-DF), candidata à reeleição.

Em São Paulo, no Rio de Janeiro e nas demais capitais e grandes cidades, a expectativa é de presença de outros candidatos da base política de Bolsonaro. Para muitos postulantes a cargos proporcionais e majoritários, é uma oportunidade para fortalecer a candidatura e o apoio à chapa presidencial.

Também é possível ocorrer, em Brasília ou no Rio, um pronunciamento do empresário Luciano Hang, um dos investigados pela decisão do ministro Alexandre de Moraes. Ele confirmou presença nos dois atos. “Vai ficar a critério do presidente dar tempo de fala aos aliados”, diz Paulo Generoso, um dos coordenadores dos atos de 7 de setembro.

Na manifestação em Brasília, também vão marcar presença alguns líderes de caminhoneiros autônomos e produtores rurais. Empresários de outros setores produtivos também foram convidados – inclusive para subir em alguns dos trios elétricos.

Também são esperados nos atos populares artistas que apoiam Bolsonaro. Em Brasília, estão confirmadas as presenças dos cantores Sérgio Reis e Eduardo Araújo.
Agenda das manifestações de 7 de setembro nas capitais

A previsão dos organizadores é de que haja manifestações de 7 de setembro em pelo menos 300 cidades. Confira abaixo a programação nas capitais:

REGIÃO SUDESTE
Rio de Janeiro: Avenida Atlântica, às 10h
São Paulo: Avenida Paulista, às 14h
Belo Horizonte: Praça da Liberdade, às 10h
Vitória: Praça do Papa, às 12h

REGIÃO SUL
Curitiba: Centro Cívico, Praça Nossa Senhora de Salete, às 14h
Florianópolis: Avenida Beira Mar, às 10h
Porto Alegre: Parcão, às 14h

REGIÃO CENTRO-OESTE
Brasília: gramado central da Esplanada dos Ministérios, às 13h
Campo Grande: Altos da Avenida Afonso Pena, às 15h
Cuiabá: Praça das Bandeiras, às 15h
Goiânia: Parque Vaca Brava, às 16h

REGIÃO NORDESTE
Aracaju: Calçadão da Praia Formosa, às 14h
Fortaleza: Carreata da Arena Castelão à Praça Portugal, às 14h
Maceió: Praça Vera Arruda, às 9h
Natal: Praça Cívica, às 15h
Recife: em frente à Padaria Boa Viagem, às 14h
Salvador: Farol da Barra, às 9h
São Luís: em frente à unidade da Havan, às 9h
João Pessoa: coordenadores organizam caravanas para Brasília. Teresina: Balão ao Texano sentido Ponte Estaiada, às 10h.

REGIÃO NORTE
Porto Velho: Espaço Alternativo, às 10h.
Existe a previsão de atos em Manaus, Macapá e Belém. Porém, até a publicação da reportagem, os organizadores não informaram os horários e locais dos atos. Não há informações sobre atos em Boa Vista, Palmas e Rio Branco.


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O BRASIL QUE DESEJAMOS PARA A SUA INDEPENDÊNCIA

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


| Foto: Otavio Souza Junior/Pixabay

O Brasil completa, nesta quarta-feira, os 200 anos de sua independência em meio a uma campanha eleitoral acirrada e polarizada e um clima institucional bem distante do ideal; ambos tendem a monopolizar as atenções, tirando um pouco do brilho da data cívica mais importante do país. No entanto, o bicentenário não pode passar ignorado como oportunidade para se refletir sobre tudo o que o país conquistou, os inúmeros desafios que ainda tem pela frente e a nossa capacidade de vencê-los se soubermos dar a todos os brasileiros as oportunidades para realizar todo o seu potencial.

A nação agrária e escravista que surgiu em 1822 deu lugar a um país que foi capaz de eliminar, ainda que tardiamente em comparação com seus vizinhos, a mazela da escravidão e se desenvolveu a ponto de hoje figurar entre as maiores economias do mundo. Com uma história repleta de rupturas institucionais, do “golpe da maioridade” de 1840 ao golpe militar de 1964, passando pela própria proclamação da República e pela dita “Revolução” de 1930 (que, no fundo, era um golpe varguista), o Brasil vive hoje um período que se aproxima de quatro décadas de normalidade democrática, com alternância de poder entre grupos bastante díspares política e ideologicamente. A hiperinflação, um mal que desorganizou completamente a economia nacional por muitos anos, foi finalmente vencida em 1994. Quando o Brasil celebrou o sesquicentenário da Independência, em 1972, mais de um terço de sua população era analfabeta, mas hoje os índices giram em torno dos 6%.

Uma nação que foi capaz de tantas conquistas no passado distante e recente é totalmente capaz de seguir evoluindo desde que todos estejam empenhados na construção deste Brasil melhor que desejamos

Estes poucos exemplos dão mostra de que o país tem a capacidade de superar problemas graves, uma qualidade que continua extremamente necessária, pois o Brasil ainda luta para deixar para trás o rótulo de “subdesenvolvido”, hoje substituído por “emergente” – uma nova roupagem para designar aquele que já foi chamado de “país do futuro”, expressão do austríaco Stefan Zweig, que escolheu nosso país para fugir do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Há muito o que fazer, material e moralmente, para que o Brasil se torne uma nação desenvolvida, a começar pela erradicação da miséria e da fome, dois males que insistem em fazer parte da realidade nacional. São milhões os brasileiros aos quais faltam as condições mais básicas para que possam buscar por conta própria os meios para progredirem como cidadãos; a sociedade e o Estado têm a obrigação moral de lutar contra a pobreza extrema, que também se manifesta em aspectos como as condições completamente indignas de moradia.

O combate à pobreza é apenas um dos desejos que a Gazeta do Povo faz para o país neste bicentenário. Por ocasião das eleições, apresentamos ao leitor uma série de áreas que consideramos prioritárias para que o Brasil finalmente se torne uma nação desenvolvida, que proporciona aos brasileiros todas as condições para que coloquem seus talentos a serviço do bem comum. Trata-se de metas que não se esgotam nos próximos quatro anos – muitas delas são trabalho de décadas, embora a experiência prática em muitos casos mostre que é possível conseguir bons resultados também no curto prazo.


Para construir o Brasil que desejamos ao iniciar este terceiro centenário, precisamos, em primeiro lugar, reconhecer que esta é tarefa de todos, não apenas do poder público – na verdade, ao poder público cabe o papel de ajuda aos verdadeiros protagonistas, que são os brasileiros, seja individualmente, seja empreendendo, seja como parte da sociedade civil organizada. Quanto mais confiança houver nas pessoas e no setor privado, mais chance teremos de vencer as mazelas socioeconômicas como os índices ainda precários na educação e na saúde, o desemprego, a pobreza e a violência urbana. Com cada vez mais brasileiros empenhados na construção do bem comum, poderemos revitalizar as instituições, fortalecer nossa democracia ainda jovem e que enfrenta inúmeros desafios para sua consolidação, e espalhar a tão necessária cultura democrática que rejeita soluções de força, a violação de direitos, e a transformação do adversário político em inimigo.

Nenhuma dessas metas é irreal. Uma nação que foi capaz de tantas conquistas no passado distante e recente é totalmente capaz de seguir evoluindo desde que todos estejam empenhados na construção deste Brasil melhor que desejamos, aproveitando a pluralidade de opiniões políticas como oportunidade de debate entre diferentes concepções sobre como atingir os objetivos, e não como empecilho para o progresso do país. Que o bicentenário da Independência seja ocasião de celebração, de reflexão e de incentivo para que todos os brasileiros se sintam coautores de um projeto de nação livre, justa e próspera.


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DECISÃO MONOCRÁTICA DO STF NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA SUSPENDER UMA LEI

 

Decisão monocrática

Por
Thaméa Danelon – Gazeta do Povo

A deputada Carmem Zanotto, primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, o presidente da República, Jair Bolsonaro e a presidente do Conselho federal de Enfermagem, Betânia Maria dos Santos, durante sanção projeto do piso salarial dos enfermeiros


Bolsonaro durante a assinatura da sanção do projeto do piso salarial dos enfermeiros.| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil.

No dia 4 de maio de 2022, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei (PL) originário do Senado que criou o piso nacional da enfermagem, com o voto favorável de 449 deputados federais. Seguindo-se o rito do processo legislativo, o PL foi encaminhado ao presidente da República que o sancionou, e a Lei 14.434/2022 foi publicada em 5 de agosto de 2022.

O piso salarial foi fixado em R$ 4.750 para enfermeiros, sendo 70% desse valor para técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares de enfermagem e parteiras, e teria aplicabilidade a partir do próprio dia 05 de agosto. Contudo, no dia 4 de setembro de 2022, o ministro do STF Luís Roberto Barroso, de forma liminar, suspendeu os efeitos da lei que fixou esse piso.

A questão foi levada ao Supremo através de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), sob alegação de que a lei seria inconstitucional, pois deveria ter sido de iniciativa do presidente da República – uma vez que define remuneração de servidores – e que a norma teria desrespeitado a auto-organização financeira, administrativa e orçamentária dos entes subnacionais. Acolhendo estes argumentos, o ministro Barroso determinou a suspensão da lei.

De acordo com nosso sistema jurídico, cabe ao Supremo declarar a inconstitucionalidade de eventual lei, entretanto, essa decisão não poderia ter sido proferida de forma monocrática, pois não é isso que está previsto em nossa legislação.

Sem entrar no mérito sobre a correção ou não da fixação do piso salarial, o foco deste artigo é analisar a competência de cada poder da República, e a importância do Princípio da Tripartição dos Poderes. Ao Poder Legislativo compete elaborar as leis, legislar; a função do Executivo é executar as leis feitas pelo Legislativo, administrando o país (Executivo Federal). Por fim, cabe ao Judiciário julgar as demandas trazidas a ele com base nas leis e na Constituição da República.

No caso em análise, o Poder Legislativo cumpriu sua função, pois analisou um projeto de lei apresentado, discutiu a nova proposta no Senado e na Câmara dos Deputados; votou e aprovou o novo projeto (concordemos ou não com ele, foi aprovado pela imensa maioria do Congresso Nacional). Encaminhado o PL ao presidente da República, este sancionou o projeto de lei, e o promulgou, tornando-se uma nova lei. Agora, a pergunta: o Poder Judiciário – no caso o STF – poderia suspender a eficácia de uma lei?

De acordo com nosso sistema jurídico, cabe ao Supremo declarar a inconstitucionalidade de eventual lei, entretanto, essa decisão não poderia ter sido proferida de forma monocrática, pois não é isso que está previsto em nossa legislação. De acordo com a Lei 9.868/99, que trata sobre a Ação Declaratória de Constitucionalidade, e o próprio Regimento Interno do STF (RISTF), não há a possibilidade legal de um único ministro do Supremo declarar a inconstitucionalidade de uma lei, ou suspender seus efeitos. Segundo as normas trazidas acima, há todo um rito previsto para a análise da alegada inconstitucionalidade. A lei e o RISTF determinam que antes do Supremo decidir se uma lei é ou não inconstitucional, o ministro relator do caso pedirá informações ao Congresso Nacional; e o advogado Geral da União (AGU) e o Procurador Geral da República (PGR) deverão se manifestar em 15 dias.

Após essas providências, o relator emitirá um relatório – e não uma decisão monocrática – e o relatório será encaminhado para todos os ministros do STF. De acordo com o artigo 143 do RISTF, o quórum necessário para a votação será de 8 ministros. Essas normas também preveem a admissibilidade de uma análise cautelar, ou seja, o julgamento urgente de uma ADI, contudo, nem na Constituição, nem na Lei 9.868/99 e nem no RISTF há a previsão da possibilidade de um único ministro, de forma monocrática, determinar a suspensão de uma lei supostamente inconstitucional.


Ainda assim, essa medida já foi adotada outrora por outros ministros de forma igualmente monocrática. Mas decisões proferidas sem base legal ou constitucional não podem se tornar apenas por conta de sua repetição ou reiteração legais ou constitucionais. A legislação prevê que havendo urgência na apreciação de eventual constitucionalidade de uma lei, há a necessidade de decisão da maioria absoluta do STF, não sendo estabelecida a possibilidade de um único ministro suspender a eficácia de uma lei.

Devemos salientar ainda que o piso da enfermagem foi aprovado pelo voto de 71 senadores e 449 deputados federais, e contou com a sanção do presidente da República, sendo estes 521 agentes públicos representantes do povo que os elegeu. O voto dos parlamentares eleitos democraticamente pela população foi desconsiderado pela decisão de um único ministro, através de uma decisão monocrática, em liminar, e sem que todos os membros da Suprema Corte tenham se manifestado.

Na minha análise, isso caracteriza uma não observância da lei, e também o não respeito ao Princípio da Tripartição dos Poderes, cuja harmonia foi prejudicada diante de uma decisão judicial em desrespeito à atividade legislativa e à sanção presidencial. Aguardemos como irão se posicionar os demais ministros do STF.


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POPULAÇÃO DO CHILE BARRA CONSTITUIÇÃO ESQUERDISTA

 

Por
Guilherme Macalossi


Defensores do “rechaço” à nova Constituição do Chile comemoram em Santiago.| Foto: Alberto Valdés/EFE

É impossível desvincular a tentativa de criação de uma nova Constituição para o Chile do processo de convulsão nacional que a precedeu. Os estertores do governo de Sebastián Piñera foram palco de uma onda de mega-manifestações muito semelhantes àquelas vistas no Brasil em 2013. Inclusive pela violência. Saques e depredações varreram o país, resultando até mesmo em morte. A imagem símbolo a ilustrar aquele momento foi o incêndio na Paróquia de Assunção, em Santiago. O templo religioso foi consumido pelo fogo ateado por criminosos em meio à fúria revolucionara que pretendia refundar o país.

A ideia de uma Constituinte foi o meio de baixar a temperatura que vinha se mantendo elevada. Seria a resposta possível para a demanda das ruas. Na esteira da reprovação do governo de centro-direita de então, e no que alguns passaram a chamar de “mal estar social”, as forças políticas tradicionais foram sobrepujadas pelo jovem e impoluto Gabriel Boric, líder de uma coalizão de esquerda. Vitorioso no processo eleitoral, ele encampou o discurso de reforma da lei, achando que, com isso, tinha um recibo para fazer o que bem entendesse.

Boric e seus aliados resolveram patrocinar uma verdadeira cartilha ideológica, passando por cima de setores econômicos e sociais com outras visões e posicionamentos ideológicos.

Ao invés de dialogar, calibrando interesses diversos de modo a produzir uma legislação harmônica e com respostas para demandas distintas, Boric e seus aliados resolveram patrocinar uma verdadeira cartilha ideológica, passando por cima de setores econômicos e sociais com outras visões e posicionamentos ideológicos. Só de última hora, já cientes da derrota, é que aventaram a depuração de trechos e dispositivos mais radicais. Mas já era tarde.

No último domingo (04), a população chilena tratou de barrar o que não passava de um avanço socializante. Deu um sonoro não ao texto da Carta Magna que visava substituir essa que está em vigor desde a ditadura. 62% dos votantes no plebiscito homologatório se manifestaram contra. 38% foram favoráveis. Quando se propôs a redação de um novo texto constitucional, 80% dos chilenos se mostraram favoráveis. A disposição de mudar, entretanto, não era a de mudar em nome de um conjunto de teses de esquerda.


Imediatamente após a rejeição do texto, houve quem buscasse reduzir a decisão da maior parte da população como efeito de um suposto saudosismo de Augusto Pinochet. Nada mais falso. Afinal, muitos dos que votaram a favor de uma constituinte também votaram contra o resultado de seus trabalhos. Ou havia a obrigação de todo mundo aceitar o que saísse de lá? É o democrata que só gosta da democracia quando ela materializa os resultados com que ele concorda. Não passam de autoritários ilustrados.

“O povo chileno não ficou satisfeito com as propostas e decidiu rejeitá-las claramente. Esta decisão exige que as instituições trabalhem com mais empenho e diálogo até chegarem a uma proposta que dê confiança e nos una como país”, disse o presidente derrotado. Não restou outro caminho a não ser engolir a arrogância e admitir a necessidade de chegar a bom termo com opositores, que também fazem parte do Chile e merecem ser ouvidos na construção de uma nova Constituição.


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O ENSINO SUPERIOR QUE NÓS QUEREMOS

 

Desejos para o Brasil
Por
Gazeta do Povo


| Foto: Bigstock

Há uma concepção cada vez mais enraizada no campo das políticas públicas sobre educação segundo a qual, para obter bons resultados no ensino superior, é necessário que todas as universidades atendam a uma série de demandas técnicas no tripé ensino, pesquisa e extensão. Para os defensores dessa visão, seria desejável um modelo único, em que todas as instituições desse nível atendessem praticamente às mesmas demandas, com poucas variações.


É evidente que algum grau de padronização sempre é oportuno para garantir as necessidades básicas de funcionamento de uma instituição de ensino superior. Contudo, a tendência muito forte à regulamentação que observamos hoje na educação brasileira tem contribuído mais para o engessamento do que para a qualidade das instituições. Perde-se cada vez mais a liberdade de iniciativa que tanto convém para promover o espírito de excelência e inovação.

A insistência na homogeneidade prejudica, por exemplo, o surgimento de centros de excelência em pesquisas ou polos de formação de profissionais brilhantes em determinadas áreas. A flexibilidade de modelos e de ênfases é imprescindível para um país que deseje se tornar uma potência em qualquer área.

Preocupados em se submeter aos complicados e infindáveis parâmetros impostos pelo poder público, os gestores das instituições de ensino superior no Brasil tendem a se tornar muito mais burocratas da educação que promotores de excelência acadêmica e formativa. Embora seja relevante que todas as instituições atendam minimamente os três pilares – ensino, pesquisa e extensão –, há que ter cuidado para não criar regras que padronizem a mediocridade. Nações que têm obtido resultados importantes no ensino superior são aquelas que sabem escolher os focos de concentração dos recursos públicos para obter resultados significativos.

Seria conveniente para o Brasil, sob diversos aspectos, que se alocassem recursos para alguns grandes centros de forma mais inteligente e especializada. É um erro imaginar que todas as universidades federais e estaduais sejam capazes de obedecer rigorosamente aos mesmos modelos de ensino, pesquisa e extensão sem prejuízo da qualidade. Mudar essa lógica permitiria a existência de universidades que privilegiassem quer a formação acadêmica, quer a formação profissional ou a pesquisa.

Seria razoável, além disso, que as universidades públicas respondessem a um planejamento estratégico do que é mais importante para cada região do país. Diferentes lugares podem provocar as universidades com demandas distintas, e isso deveria servir para definir ênfases.

Fazer escolhas supõe, obviamente, tratar com desigualdade as universidades. Se não há linhas de pesquisa prioritárias, e se se consideram todas as universidades como equivalentes, a tendência é que nenhuma delas receba montantes relevantes para projetos inovadores de grande porte.

Há diferentes e legítimas finalidades no ensino superior. Algumas instituições podem ajudar a diminuir a desigualdade. Outras podem ter o foco em acelerar o processo de profissionalização. Outras, ainda, podem se dedicar de maneira prioritária à missão de formar futuros acadêmicos e professores, ou de buscar a excelência na pesquisa.

Pretender que todas essas finalidades sejam bem atendidas por cada uma das instituições é uma ilusão. Um excessivo engessamento de modelos e finalidades no ensino superior não atende às necessidades do país.


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VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

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