Por Gustavo Queiroz e William Castanho – Jornal Estadão
Para jurista, não houve crime de empresários bolsonaristas e STF é ativista ao atender oposição
O jurista Ives Gandra da Silva Martins,
de 87 anos, atribui a tensão entre Executivo e Judiciário ao choque do
“ativismo judicial” com a “falta de liturgia do cargo” do presidente Jair Bolsonaro (PL). Um dos mentores do pensamento conservador no Brasil, o advogado e professor diz que o Supremo Tribunal Federal (STF)
tem atuado para suprir derrotas da oposição no Congresso. “A meu ver,
isso põe mais em risco a democracia do que propriamente manifestação em
WhatsApp.”
Para o jurista, os limites dessa liberdade são traçados no que a
Constituição e o Código Penal entendem por abusos. Cabem, segundo ele,
“indenização por danos morais e denunciação caluniosa”, jamais bloqueios
de contas, prisões e outras medidas coercitivas. Leia a entrevista ao Estadão:
O que o sr. define por ativismo judicial?
A função do Poder Judiciário é ser guardião da Constituição. A função
do Legislativo é legislar, do Executivo, comandar o País e,
eventualmente, legislar. É isso que está na Constituição. O Supremo tem
cumprido isso? Apesar da qualidade dos ministros, eles têm invadido a
competência dos outros Poderes.
Por que fazem isso?
Eu não vou julgar o íntimo de cada um. Eu os considero idôneos e
competentes. Sobre os atos, eu considero que há invasão de competência.
No caso dos empresários, a lei: “Tentar com emprego de violência, ou
grave ameaça, abolir o estado democrático de direito, impedindo ou
restringindo o exercício dos Poderes constitucionais” – o que representa
um golpe de Estado. Como se pode dar um golpe de Estado sem as Forças
Armadas? Há 33 anos eu sou professor emérito da Escola de Comando do
Estado-Maior do Exército. Eu conheço a mentalidade deles. Possibilidade
de golpe pelas Forças Armadas é zero. E sem Forças Armadas não há golpe.
Dentro dessa linha, é evidente que os empresários não teriam força
nenhuma. Quando empresários falam que, se o presidente Lula for eleito,
preferem um golpe, é força de expressão.
No que diz respeito aos instrumentos Força Armadas e segurança
pública, o artigo 142 dá três funções (…) Jamais (serve) para
desconstituir Poder.
Ives Gandra, jurista
Então não houve crime algum nesse caso?
Não houve crime. Inclusive a prova é ilícita, foi obtida em uma
conversa privada, particular. Quando se põe grave risco à democracia, eu
tenho de dizer quais são as medidas que estou tomando (contra a
democracia). Foi uma expressão isolada de uma conversa particular. Como é
que eu condeno alguém por entender que o cidadão é rico e pode
financiar um golpe de Estado? Além de ser uma conversa privada, como é
que se atende ao pedido de um senador? É uma decisão em que se
transforma o ministro em profeta, sem que haja nenhum indício, se não de
uma mera conversa privada. Não se falou em pegar armas, em contratar
pessoas, em formar movimentos, formar grupos capazes de dar golpe, onde
haveria um grave risco.
O sr. fala do senador Randolfe, que fez os pedidos a Moraes contra os empresários, não a PF?
O senador Randolfe Rodrigues.
Acho que ele já deve ter gasto seu sapato de tanto que sai do Congresso
para pedir decisões no STF. Aquela praça deve ter até o caminho do
senador. Eu gosto dele, evidentemente não concordo com as teses que ele
defende. O que tem acontecido é que o que ele e a oposição pedem o
Supremo concede. Isto, a meu ver, põe mais em risco a democracia do que
propriamente manifestação em WhatsApp.
Não é uma ameaça à democracia dizer que se prefere um golpe de Estado à vitória de Lula nas urnas?
Não há crime em dizer o que penso num país em que a liberdade de
expressão está garantida. O inciso V (do artigo 5.º da Constituição)
declara quais são as ações, se houve abuso da liberdade de expressão:
indenização por danos morais e denunciação caluniosa. É assegurada a
ampla defesa. Que ampla defesa é esta em que o cidadão perde tudo e os
seus advogados não têm acesso?
A liberdade de expressão é um direito absoluto?
A liberdade de expressão é direito absoluto com as limitações
permitidas pela Constituição, nos abusos da liberdade de expressão, do
inciso V, e do Código Penal. A liberdade de expressão foi absolutamente
cerceada. Pode se expor as ideias mais esdrúxulas possíveis. Se os atos
não corresponderem em nada daquilo que estou dizendo, é liberdade de
expressão.
E essas previsões não se enquadram no caso dos empresários bolsonaristas?
Não caberia em nenhum momento. Há uma diferença entre liberdade de
expressão ser limitada pelas duas ações do Código Penal e da
Constituição e aquela outra de prender. Eu tenho um deputado (Daniel Silveira) que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal há
mais de 8 anos de prisão por mera manifestação que disse que poderia
bater nos ministros. Sendo mera manifestação de liberdade de pensamento,
no máximo poderia ter indenização por danos morais ou denunciação
caluniosa.
E o fato de o presidente questionar o processo eleitoral? Também é liberdade de expressão?
Em uma das vezes em que nós conversamos (com Bolsonaro), eu dizia
para ele o seguinte: é evidente que houve um erro de manifestação. Se
ele tivesse defendido a tese: vamos para uma urna mais moderna, nós
teríamos uma solução, na minha opinião de falta de resistência do TSE.
A liberdade de expressão foi absolutamente cerceada. Pode se
expor as ideias mais esdrúxulas possíveis. Se os atos não corresponderem
em nada daquilo que estou dizendo, é liberdade de expressão.
Ives Gandra, jurista
Por que o sr. acredita que hoje há ativismo judicial?
Trabalho com hipótese. A meu ver, sem julgar a intenção, sete dos
ministros foram indicados pelo PT, e ainda estão na Suprema Corte.
Evidente que nós tivemos uma linha de um lado (do STF), e, por outro
lado, ao presidente Bolsonaro faltou sempre a liturgia do cargo. Se nós
verificarmos as manifestações do presidente (Michel) Temer e do
Bolsonaro, a liturgia do cargo é de um, não do outro. Muito embora a meu
ver o presidente Bolsonaro não esteja fazendo um mau governo. Embora
(os ministros sejam) honestos intelectualmente, apesar de uma
flexibilidade na interpretação da Constituição, eles têm demonstrado uma
simpatia maior pela esquerda do que pelos conservadores. Toda essa
reação se deve ao resgate que se fez da candidatura do presidente Lula.
O sr. disse que o presidente não respeita a liturgia do
cargo, por outro lado o senhor diz que o Supremo pratica ativismo
judicial. A gente vive uma tensão constante entre os Poderes…
Essa liturgia do cargo que eu falo é na maneira de falar.
Xingar ministros de canalha, coisas ofensivas.
Eu entendo que é falha.
Ele diz em público e anima a base.
Nesse particular, falo que a comunicação dele não mostra liturgia,
mas as reações dos ministros contra ele também demonstram uma tensão em
que nós ficamos com a tese do ovo e da galinha. Nessa tensão entre o
presidente que derrotou o partido que nomeou sete ministros, quem é que
na tensão deu o pontapé inicial?
Sua interpretação do artigo 142 ficou conhecida. O que ela diz?
No que diz respeito aos instrumentos Forças Armadas e segurança
pública, o artigo 142 dá três funções. Primeira, defesa da Pátria;
segunda, defender as instituições democráticas. Terceiro é garantir a
lei e a ordem por solicitação de qualquer Poder. Jamais para
desconstituir Poder. A expressão é garantir a lei e a ordem quando um
dos Poderes pedir. E o que não está escrito na Constituição e que eu
sempre interpretei e que está nos meus comentários é que, se por acaso, o
Poder solicitante for o Executivo, ele não poderia presidir (a
intervenção), não poderia ser parte, ele é o chefe das Forças Armadas e
não poderia nem um ministro de Defesa. Teriam de ser a força de Estado
só para repor naquele ponto. De repente, eu vi dizendo que era a forma
de um golpe, era a maneira de se desconstituir um Poder e derrubar
ministros do Supremo, e é o contrário.
Smartphone da Apple foi lançado em 2007 e não parou de receber atualizações
A Apple lançou o iPhone em
2007, praticamente criando a indústria de smartphones e inaugurando a
era de dispositivos móveis. Desde então, a companhia americana nunca
passou um ano sem lançar uma nova versão do aparelho — e 2022 não deve
ser diferente.
Na próxima quarta-feira, 7, a Apple deve revelar o novo iPhone, batizado informalmente de iPhone 14.
Segundo analistas de mercado, o aparelho deve trazer melhorias nas
câmeras e mais espaço de tela, com a redução do tamanho da “franja” no
topo do display.
Nestes 15 anos, o aparelho, objeto de desejo de alguns e alvo de
críticas de outros, sempre fez barulho. Porém, nem todo iPhone é igual:
alguns tiveram impacto na indústria de maneira mais ampla, enquanto
outros apenas mudaram os rumos da Apple. Há ainda um grupo de modelos
que simplesmente foram erros no caminho da gigante.
Assim, o Estadão ranqueou todos os modelos de iPhone
já lançados (são mais de 30). No levantamento, porém, consideramos
apenas as “famílias” — isto é, o iPhone 13 e seus irmãos (mini, Pro e
Max) compõem um único grupo.
Com 21 “famílias”, o ranking analisa os saltos de um modelo para o
outro, bem como o significado do modelo para a indústria quando foi
lançado. Justamente por isso, o primeiro iPhone, de
2007, é o ponto zero dessa jornada e não ocupa lugar no ranking —
afinal, não é possível comparar Pelé com o restante dos jogadores.
Abaixo, leia o ranking dos melhores modelos de iPhone da história, organizados do pior para o melhor.
20. iPhone 5C (2013)
Em 2013, a marca iPhone já estava consolidada e o smartphone da Apple
era o celular mais popular do mundo — e um dos mais caros. Lançado
naquele ano, o iPhone 5C foi o oitavo modelo da companhia e tinha um único objetivo: ser “barato”.
Era algo novo para a Apple, acostumada a disputar os segmentos mais
caros do mercado – a ideia era tentar alcançar os mercados emergentes
(como China e Índia). O iPhone 5C, porém, chegou às lojas por US$ 550 nos
Estados Unidos (e R$ 2 mil no Brasil), preço alto demais para um
aparelho envolto em plástico (material menos nobre que o alumínio ou o
vidro dos modelos anteriores) e com processador antigo, lançado em 2012.
O resultado foi um encalhe do iPhone 5C na casa dos milhões em todo o
mundo, com os consumidores preferindo desembolsar um pouco a mais em
aparelhos topo de linha. Baixo custo? Que nada.
19. iPhone SE 3.ª geração (2022)
Lançado em março deste ano, o iPhone SE de 3.ª geração é o mais recente iPhone lançado pela Apple em 2022. Por isso, espanta que um modelo tão recente esteja tão ao pé desta lista.
O aparelho é praticamente igual ao iPhone SE de 2.ª geração (de
2020), com a exceção do chip A15 Bionic (do iPhone 13, de 2021). A
bateria também é significativamente melhor, segundo os testes do Estadão.
Em termos de inovação, no entanto, o smartphone ainda traz o mesmo
“visual” do iPhone 8 (2017), tela pequena para os padrões do mercado
atual (de 4,7 polegadas) e painel LCD, ante o Oled visto em displays
concorrentes e da própria Apple. Nada disso anima e, apesar de ser
novato, o iPhone SE de 3.ª geração já nasceu velho.
18. iPhone XR (2018)
O iPhone XR é um primo do iPhone 5C. Trouxe o mesmo
visual colorido, uma única câmera traseira e processador mais antigo
(A12 Bionic, de 2017) para baixar custos. Como aspecto “inovador”,
recebeu o leitor de rostos (o Face ID) revelado um ano antes. E, ainda
hoje, o celular poderá ser atualizado para o futuro iOS 16, a ser
lançado nas próximas semanas — sinal de que o aparelho tem vida longa.
Apesar disso, o iPhone XR não empolga nem trouxe grandes novidades.
Naquela época, o novíssimo iPhone XS era lançado com câmera dupla,
enquanto o iPhone 8 via o próprio preço despencar no mercado.
Apesar de novato, iPhone SE de 3ª geração (2022) já nasceu velho
17. iPhone 8 (2017)
Em 2017, quando o iPhone completava 10 anos, a indústria de
tecnologia e os fãs aguardavam ansiosamente o que a Apple tinha na
manga. O resultado foi o iPhone X, com tela de ponta a ponta, salto na
qualidade da câmera e o leitor facial, o Face ID.
No mesmo evento, foi revelado o iPhone 8, que nasceu
sob a sombra do contemporâneo. Embora tivesse abandonado o alumínio e
adotado o vidro como acabamento, com possibilidade de carregamento sem
fio, o modelo representou o “fim” dos celulares com Touch ID na linha da
Apple. Ainda assim, não é um mau aparelho — e prova disso é que é um
dos queridinhos dos brasileiros, bastante popular ainda hoje nas ruas.
16. iPhone XS, iPhone XS Max (2018)
O iPhone XS foi um aparelho apenas de evolução e não revolução,
apostando em melhorias em diversos pontos (processador, bateria e
câmera, principalmente). Além disso, deu início à linhagem “Max”, com
smartphones com telonas maiores (de 6,5 polegadas).
Apesar disso, a Apple insistiu na marca “X” (número 10 em algarismos
romanos), mesmo que não se tratasse de uma edição comemorativa — isso
cabia ao iPhone X, de um ano antes. Na época, o branding confundiu as pessoas e o nome não pegou. Até hoje as famílias X são chamadas de “xis”, e não de “dez”.
15. iPhone 3GS (2009)
O iPhone 3GS é a terceira geração do aparelho e o
primeiro a adotar o “S”, nomenclatura que seria utilizada por mais nove
anos, dando a ideia de continuidade a uma mesma família – ou de poucas
novidades.
Neste aparelho, a Apple dobrou a velocidade de processamento do
aparelho, que se tornava cada vez mais útil para a conectividade móvel
do dia a dia. Nada, porém, muito empolgante.
Mas vale dizer: o iPhone 3GS foi o primeiro smartphone da Apple a
chegar ao Brasil. O preço chegava a incríveis R$ 1,9 mil, a depender da
operadora de telefônica e da capacidade de armazenamento (de até 32 GB).
14. iPhone 6, iPhone 6 Plus (2014)
Sete anos depois do primeiro iPhone, o mercado de smartphones
conseguiu finalmente alcançar a Apple e começava a ditar tendências. A Samsung e Motorola apostavam em telas cada vez maiores, com a popularização de uma nova categoria: phablet, junção das palavras phone e tablet.
Contrariando os dogmas de Steve Jobs (que não suportava telas grandes
em celulares), a Apple rendeu-se à pressão da clientela. Naquele ano, a
empresa apresentou pela primeira vez dois smartphones topo de linha, o
iPhone 6 e o iPhone 6 Plus. E ambos traziam telas maiores:
respectivamente, 4,7 polegadas (ante as 4 polegadas do modelo anterior) e
5,5 polegadas. Além do aumento em tela, o aparelho trouxe mais bateria,
algo sempre muito bem-vindo quando se trata de iPhone.
Havia um grande empecilho para o smartphone ser um sucesso, porém.
Logo após o lançamento, usuários notaram que o dispositivo dobrava no
bolso, algo que gerou um escândalo conhecido como bendgate. O motivo? O iPhone 6 (e o irmão maior) eram finos e leves demais — uma das obsessões da Apple na época.
O iPhone 6 foi um salto. Porém, foi um salto bastante desastrado. E é
por isso que ele não ocupa uma posição mais alta neste ranking.
13. iPhone 13, iPhone 13 mini, iPhone 13 Pro e iPhone 13 Pro Max (2021)
O iPhone 13 é o último topo de linha lançado pela
Apple. O aparelho recebe todos os superlativos famosos da companhia: é a
melhor bateria, é a melhor câmera, é a melhor tela. É um excelente celular, não há como negar.
Mas sejamos sinceros: nada nele é exatamente empolgante. É só mais
uma edição evolutiva. A “franja” no topo da tela (onde fica abrigado o
Face ID e câmera frontal) é um pouquinho menor, a câmera capta mais luz
(útil para o Modo Noturno), bateria dura mais e há a possibilidade de
turbinar o dispositivo com até 1 TB de memória.
Tudo isso, no entanto, soa cansado. O iPhone 13 (com quatro modelos)
ainda usa carregador Lightning, enquanto o restante do mercado adota USB-C e reguladores em todo o mundo pedem por um padrão único na indústria de tecnologia.
12. iPhone 6S, iPhone 6S Plus (2015)
Depois do escândalo do bendgate, o iPhone 6S e seu
irmão grandão corrigiram a “moleza” do antecessor e vieram com os corpos
metálicos mais pesados e grossos, algo inédito na linha de fabricação
da Apple, que sempre se orgulhou da “finura” de seus aparelhos.
Consequentemente, a bateria ficou mais potente.
Além disso, outra mudança foi a criação do 3D Touch,
uma espécie de botão sob a tela que permitia interações inéditas com o
sistema. A sacada pareceu bacana no início, mas nem a Apple nem os
desenvolvedores souberam utilizar a função, e por isso muitos usuários
sequer sabiam da existência dela. O recurso desapareceu de futuras
famílias poucos anos depois, sem ninguém sentir falta.
11. iPhone SE 1ª geração (2016)
O iPhone SE, de Special Edition (edição especial, no
inglês), tem nome glamoroso, mas o aparelho lançado pela Apple em 2016
foi mais uma tentativa da companhia em conquistar os mercados emergentes
com menor custo. Dessa vez, mais bem-sucedida.
O aparelho trouxe o mesmo “corpo” do iPhone 5 (de 2013), mas a
capacidade interna era do iPhone 6S (2015): processador A9, 2 GB de
memória RAM, mais autonomia de bateria, melhorias nas câmeras traseira e
frontal e mais capacidade de armazenamento. E a Apple aprendeu a lição
com o fracasso do iPhone 5C, pois o preço foi de US$ 399 (R$ 2,7 mil no Brasil) no lançamento.
10. iPhone 5 (2012)
Quando Steve Jobs (fundador da Apple e principal criador do iPhone)
desenvolveu o smartphone, ele insistiu que toda a região da tela deveria
ser alcançada com o toque de uma única mão. Motivo pelo qual o
aparelho, originalmente, possuía 3,5 polegadas, tamanho agradável para a
maior parte das pessoas.
Um ano após a morte de Jobs em 2011, o iPhone 5 foi o
primeiro celular da Apple a ganhar mais tela e aumentar (um pouquinho)
de tamanho — o que causou um rebuliço no mercado à época, já que a
mudança era vista como um afronte às diretrizes do fundador
recém-falecido. Ninguém imaginava que meia polegada poderia causar tanto
barulho, mas a mudança tinha como objetivo atender a pressão dos
consumidores por mais tela, enquanto fabricantes rivais cresciam o
display.
Além disso, o iPhone 5 trazia um design elegante, conexão 4G no mercado dos Estados Unidos e apresentava pela primeira vez o cabo Lightning para carregamento, com a promessa de mais velocidade e segurança.
9. iPhone 12, iPhone 12 mini, iPhone 12 Pro e iPhone 12 Pro Max (2020)
Durante o primeiro ano de pandemia de covid-19, a Apple apresentou o iPhone 12, com atraso de algumas semanas em relação ao calendário dos anos anteriores e
superando analistas pessimistas que acreditavam que problemas na cadeia
de suprimentos iriam atrasar ainda mais o lançamento do produto.
A companhia não só trouxe um novo dispositivo topo de linha com o
saudoso design quadrangular e melhorias habituais na câmera, como também
revelou quatro diferentes modelos, uma novidade até então inédita. A
principal mudança em formato ficou com o iPhone 12 mini, que provou que tamanho não é documento e, mesmo com menor tamanho, recebeu processador e câmera de ponta.
Ainda assim, a Apple desagradou o mercado ao inserir uma bateria
inferior em toda a família do iPhone 12, que tinha menos autonomia do
que antecessores.
8. iPhone 11, iPhone 11 Pro, iPhone 11 Pro Max (2019)
O iPhone 11 e seus outros dois irmãos chegaram com
novo visual e três novos formatos. O modelo básico trouxe lentes maiores
e melhores na câmera dupla traseira, avanço significativo que resultou
em melhores fotos no Modo Noturno e na captação de vídeos, duas demandas
já bem atendidas por competidores, como o Google Pixel.
Estranhamente, o iPhone 11 recebeu tela maior do que o iPhone 11 Pro (6,1 e 5,8 polegadas, respectivamente). Apesar disso, o “Pro” (nomenclatura
nova) trouxe mais bateria, tela Oled e câmera tripla na traseira –
principal atrativo, que resultou em fotos de maior qualidade.
Ainda à venda na loja da Apple, o iPhone 11 continua com ótimo custo-benefício, sem dever muito para os lançamentos seguintes.
7. iPhone SE 2ª geração (2020)
O iPhone SE de 2ª geração (2020, lançado pouco
depois de a pandemia de covid-19 estourar) é o aperfeiçoamento máximo de
uma fórmula que, desde 2013, vem sendo testada pela Apple. O aparelho
veio com cara de iPhone 8 (2017), mas o interior era de celular topo de
linha, do iPhone 11 (2019).
A Apple também acertou no preço, vendendo-o por R$ 3,7 mil no Brasil no modelo mais básico. O valor seguiu muito acima de concorrentes, mas o custo-benefício pareceu mais atraente, com a típica longevidade dos aparelhos da marca. Ou seja, um sucesso.
6. iPhone 4S (2011)
O iPhone 4S ganhou o coração dos brasileiros. Com a
marca começando a ganhar espaço no País, foi o primeiro iPhone a receber
mais de cinco atualizações de sistema (do iOS 5 ao iOS 9, de 2015),
deixando-o com imensa longevidade no mercado.
Além disso, apresentou pela primeira vez a Siri (assistente
de inteligência artificial acionada por voz), corrigiu o problema de
antena do antecessor e melhorou a capacidade de armazenamento de memória
de processamento.
Curiosamente, Steve Jobs morreu dois dias depois de o iPhone 4S ser apresentado por Tim Cook (recém-alçado ao posto de presidente executivo) na Califórnia, nos Estados Unidos.
5. iPhone 7, iPhone 7 Plus (2016)
O iPhone 7 causou um furdunço nas redes sociais.
Não, ele não se dobrava, como o iPhone 6. Nem tinha problemas com
antena, como o iPhone 4.
Na verdade, o aparelho veio sem entrada para fone de ouvido, forçando
o usuário a adotar o adaptador Lightning que vinha na caixa ou a
comprar fones sem fio, como os AirPods recém-lançados naquele mesmo ano.
Além disso, trouxe um salto gigante para fotografias e vídeos, que
chegavam a resolução em 4K — e o modelo Plus estreou a câmera dupla
traseira que, hoje, parece insuficiente para nós. Melhorias na bateria e
processador também foram percebidas em relação a antecessores.
Para completar, ele abandonou o botão Início mecânico e adotou um
componente com resposta tátil, o que deixou no passado a irritante
situação de quando o botão quebrava.
Assim, o modelo perdeu atualização de sistema só em 2022, seis anos
após o lançamento, o que tornou ele no Brasil uma espécie de “fusquinha
dos iPhones”, um aparelho bastante popular. Ele é até hoje um dos mais vendidos pela Apple no País, segundo varejistas e o “olhômetro” da rua.
4. iPhone 3G (2008)
Imagine um smartphone sem conexão móvel, que funcione apenas por Wi-Fi. Complicado.
Foi esse o grande salto do iPhone 3G, a segunda
geração do smartphone da Apple. Como diz o próprio nome, o aparelho
podia se conectar à rede de internet móvel, como GRPS, Edge e 3G. Era
como ter um computador de bolso, eternamente online.
Além disso, uma grande mudança foi a chegada da App Store, loja de
aplicativos que permitia que desenvolvedores criassem aplicações para o
celular. Foi isso que ajudou na existência de serviços como Uber e iFood.
3. iPhone X (2017)
Com uma década de vida, o iPhone começava a se tornar desinteressante
perto de outros smartphones da concorrência. Fabricantes como Samsung, LG e Motorola testavam novos modelos, com mais tela e sem botões. A Apple, por outro lado, seguia na mesma fórmula do iPhone 7.
Isso tudo mudou com o iPhone X (cujo nome vem de
algarismos romanos). Assim como a concorrência, havia mais tela,
enquanto o botão de Início, clássico da marca, foi abandonado. No lugar,
a novidade era uma “franja” no topo da tela, que ditou o design dos
aparelhos nos anos posteriores. A região abrigava a câmera de selfie (de
7 MP) e o inovador Face ID, leitor biométrico de
rostos que, ao contrário da concorrência, não apresentou problemas – “a
tecnologia simplesmente funcionava”, diria Steve Jobs.
Essas mudanças permitiram à Apple redesenhar o próprio produto e dar
um salto enorme em bateria, em câmera (duas lentes traseiras de 12 MP),
de tela (display Oled de 5,8 polegadas) e de processamento (inserção de
aprendizado de máquina no chip), entre outros.
Para muitos, foi o iPhone mais bonito já lançado (e mais poderoso até então). E também o mais caro:
o aparelho mais básico (com 64 GB de memória) foi vendido a partir de
US$ 999 nos Estados Unidos – ou incríveis R$ 7 mil no lançamento no
Brasil.
2. iPhone 4 (2010)
Foi por causa do iPhone 4 que muita gente em todo o
mundo conheceu o que era um smartphone. Era o celular cujo design virou
sinônimo de telefone inteligente. Ele aparecia com frequência em filmes e
séries de televisão e era o favorito de celebridades e autoridades, que
largavam o BlackBerry.
A Apple descobriu que uma das fórmulas para o sucesso de um
smartphone era ter boas câmeras, até hoje o ponto forte da marca. Por
isso, foi o iPhone 4 quem inaugurou a câmera frontal (então com 0,3 MP),
o que levaria à criação da palavra “selfie”. Para a
câmera traseira, o dispositivo ganhou uma lanterna para fotos com flash,
possibilidade de vídeo em HD (720 pixels) e zoom digital – e 5 MP de
resolução.
A Apple também inseriu um novo display LCD (batizada de tela retina),
que ampliava a resolução do que era exibido. Pela primeira vez, um
painel de celular tinha tantos pixels que não era possível vê-los a olho
nu. Entre outras novidades, sensores foram incluídos, como giroscópio e
acelerômetro. E o iPhone 4 trouxe o primeiro redesenho da marca, com
formato quadrangular e acabamento em vidro – clássico que seria retomado
em 2020, com iPhone 12.
A poucos dias do lançamento, no entanto, um protótipo do aparelho
vazou na imprensa americana, o que enfureceu Steve Jobs, que guardava
tudo a sete-chaves até a revelação no palco.
Além disso, o iPhone 4 foi alvo o primeiro escândalo do smartphone da Apple: o antennagate,
um problema que causava interferência na antena do aparelho, impedindo
ligações e conexão móvel, dependente de como o dispositivo se acomodava
na mão. Acuada, a Apple forneceu capinhas gratuitas para os clientes
como solução do problema.
Esse problema teria potencial para derrubar qualquer aparelho em
rankings, mas o iPhone 4 já tinha se estabelecido como um gigante
histórico.
1. iPhone 5S (2013)
O iPhone 5S acertou em muitas coisas, e por isso
ocupa o primeiro lugar desta lista. O dispositivo consolidou os pontos
fortes da marca e introduziu novidades que cimentariam os próximos anos
de lançamentos da Apple.
A chegada do Touch ID (leitor biométrico de dedos) no botão de Início
aumentou a distância do iPhone para a concorrência na época. Até então,
smartphones forçavam o usuário a decorar senhas aleatórias para
credenciais na internet. Com o novo sensor (que parecia vindo de um
filme de ficção-científica), logar em aplicativos financeiros tornava-se
mais fácil, mais rápido e mais seguro.
Outro ponto foi a chegada dos processadores A7 (de 64 bit, inédito
para um smartphone) e M7, que permitiram saltos em navegação online e em
processamento gráfico, com especial destaque para games, categoria que
vinha ganhando força na época (lembra do Angry Birds?).
As câmeras melhoraram a abertura focal, permitindo mais luz, portanto
maior qualidade de imagem. E vídeos poderiam ser gravados em 1080p, com
a opção de filmar em câmera lenta.
O iPhone 5S estreou a cor dourada, saindo do branco e preto de
modelos anteriores. Além do mais, foi o primeiro smartphone da Apple
com tecnologia 4G a operar no Brasil, o que impulsionava as vendas no País e se tornava um dos dispositivos mais populares.
Foi um “S” que deu certo — e muito. Não à toa, seu design seria retomado no iPhone 12 mini.
Menção honrosa: iPhone (2007)
Aqui vale uma menção honrosa, é claro. O melhor iPhone continua sendo
o primeiro, que representou uma revolução na indústria de tecnologia –
não apenas de smartphones.
Um dos maiores saltos veio na chegada da tela multitouch,
que permitia que o display respondesse imediatamente à resposta tátil
do usuário, desbancou os celulares que usavam canetinha para cliques,
algo visto como “estiloso” para a época.
Como disse Steve Jobs durante o evento de introdução, tratava-se de
um dispositivo com conexão celular para chamadas telefônicas, tocador de
músicas (alô, iPod) e conectado à internet. Três em um, algo inédito no
mercado. Nascia, enfim, o smartphone.
Bernardinho – Técnico de vôlei, economista e empresário
Receita foi apresentada durante o 9° Fórum Liberdade e Democracia
promovido pelo Instituto de Formação de Líderes de São Paulo (IFL-SP)
O técnico de vôlei, economista e empresário Bernardinho afirmou que o
grande líder é aquele capaz de extrair o potencial total das pessoas
tanto no mundo corporativo quanto nos esportes, estimulando disciplina e
resiliência. A afirmação foi feita durante o 9° Fórum Liberdade e
Democracia, promovido pelo Instituto de Formação de Líderes de São
Paulo (IFL-SP).
“Eu, como líder, sempre busquei estimular as pessoas que estavam do
meu lado a atingir o máximo de seu potencial. E é preciso ser
transparente em todas etapas do processo para saber os detalhes da
jornada”, disse durante o painel “Como se tornar um campeão: a
combinação de habilidades que contribuem para vencer em ambientes
adversos”.
Bernardinho aproveitou também para revelar os dois atributos que ele
acredita serem necessários para qualquer pessoa que busque atingir o
máximo de seu potencial. “É disciplina e resiliência. A disciplina é
importante porque muitos jovens têm grande dificuldade de abrir mão das
coisas, procrastinam e não se interessam pelo processo. E resiliência é
relevante porque é preciso saber se recompor diante de adversidades e
não se vitimizar”, explicou o técnico.
O multicampeão olímpico e iatista Torben Grael, que dividiu o painel
ao lado de Bernardinho, disse serem grandes as adversidades que impedem
as pessoas de serem bem-sucedidas em suas áreas. “Uma carreira de
sucesso é construída fazendo a renúncia de muitas coisas. E isso é muito
difícil porque as distrações são cada vez maiores e impedem as pessoas
de atingirem o potencial total”, sentenciou ele que tem na carreira
cinco medalhas em seis participações nos Jogos Olímpicos.
Para Bernardinho, o processo de forjar grandes profissionais passa,
sobretudo, pelo empenho pessoal de cada um. “O empenho de cada um e a
capacidade de superação são realmente os diferenciais no processo de
formação”, afirmou.
Já o ultramaratonista na Antártica Bernardo Fonseca, também
integrante do painel, destacou que busca carregar o exemplo do esporte
para o mundo corporativo. “O mundo corporativo pede pessoas resilientes e
insistentes. Precisamos entender as necessidades e inspirar as pessoas.
E os que mais se destacam são as pessoas mais comprometidas, que
entregam resultado em qualquer ambiente, mesmo em adversidades”, definiu
Fonseca.
O tripé do sucesso
Disciplina + Motivação + Resiliência
Tikinha Albuquerque – ACA
O que diferencia uma pessoa de sucesso de outra que acumula fracassos?
As pessoas de sucesso têm esse “tripé” como Norte, é isso que as diferencia das pessoas que ficam no meio do caminho.
Vamos entender um pouco de cada um desses pilares?
O Poder da Disciplina
“Muitas pessoas desistem, poucas fracassam”. Essa frase é
simplesmente de Henry Ford, fala muito sobre as pessoas que acreditam
que não possuem sorte, que o mundo está contra ela e que sucesso é para
poucos.
Cito muito em minhas aulas NINGUÉM desiste das suas METAS, as pessoas
desistem de pagar o preço para atingirem as suas metas! É comum ver as
pessoas recuando desistindo diante de um fracasso ou não conseguirem
manter seus planejamentos e rotina organizados para o alcance dos seus
objetivos.
Quer entender um pouco mais?
A disciplina requer esforço diário e a recompensa não é imediata. Ao
escolher estudar para ingressar em um concurso público, se não estudar
de verdade para a prova, o fracasso será garantido, porque na verdade
você desistiu da prova no momento que abandonou a disciplina e a rotina
com os estudos.
A verdade é que disciplina ou força de vontade são coisas limitadas.
E, por isso é importante ter autoconhecimento, para escolher as
estratégias corretas para você, como: o melhor horário de rendimento com
os estudos, os recursos mais adequados aos seus estudos (gosta de
vídeos, ler, escrever), não existe uma receita de bolo pronta, a forma
que lhe trouxer maior resultado e a sua maneira correta de estudar, e ao
ter esse gerenciamento, a concentração e foco farão parte e assim a
disciplina se fortalecerá cada vez mais.
Sabendo que a disciplina é um recurso limitado, é importante não
depender apenas dela, pois uma hora ou outra ela vai faltar. Aqui entra o
poder do hábito algo que você faça de maneira automática. Ao se
disciplinar e criar uma rotina organizada para estudar, ao pegar um
livro não será mais um grande esforço, na verdade esse comportamento
torna-se hábito e assim será fácil executá-lo de maneira prazerosa.
Para entender um pouco mais como criamos os novos hábitos em nossa
vida, vamos voltar um pouco à nossa infância. Quando criança é provável
que seus pais te ensinaram o hábito de escovar os dentes, e vale
salientar, que repetiram inúmeras vezes, fulano vá escovar os dentes…
fulano já escovou os dentes? E, hoje, creio que você faça isso de forma
inconsciente, pois está programado no piloto automático.
Motivação = O Seu Grande Porquê
Se desmembrarmos a palavras motivação veremos que ela significa
“motivo para ação”. Ou seja, a motivação nada mais é do que você saber o
porquê você deseja conquistar algo em sua vida.
Então eu te pergunto:
Qual é o seu maior sonho? Por que você quer o que você quer?
Está em busca de Estabilidade Financeira?
Está em busca de Liberdade de Tempo?
Está em busca de Reconhecimento Profissional?
O que te motiva a fazer o que deseja fazer?
Essa resposta provavelmente te levará a tomar atitudes, que irão
alavancar os seus resultados e te levar mais próximo ao objetivo, pois
saberá qual o real motivo do que deseja e isso é COMBUSTÍVEL. Muitos
desistem no meio do caminho, porque não possuírem um motivo claro para
alcançar seu objetivo, ou seja, falta a essas pessoas motivação.
Resiliência
Ser resiliente, é encarar frustrações, crises, traumas, sendo capaz de superá-los, sem entrar em colapso.
Quando falamos de Seres Humanos, o conceito, portanto, é um pouco
diferente daquele descrito na física. Não esperamos que uma pessoa volte
ao seu “estado original”, após sofrer com adversidades, pelo contrário,
a intenção positiva é que o indivíduo volte “lapidado” das suas
experiências, em Coaching / PNL falamos que em tudo que ocorre em nossas
vidas ou APRENDEMOS ou GANHAMOS.
Resiliência, no caso de seres humanos, não é sinônimo de ser
inabalável, impassível, inalterável. Resiliente é aquele que passa por
situações complexas, lida com imposições, imprevistos e até mesmo
grandes perdas, conseguindo atravessar esses momentos com uma atitude
positiva e produtiva.
Por fim, repito aqui aquela frase que parece clichê, entretanto, é a mais pura verdade:
“Por maior que seja a adversidade, NUNCA DESISTA DOS SEUS
SONHOS!”porque se você desistir, ninguém vai correr atrás por você…
Todos enfrentam desafios nessa jornada chamada VIDA, porém, VENCE aquele
que consegue entender qual são os seus caminhos de SUPERAÇÃO!
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Diante do crescente protagonismo do Judiciário em assuntos
sensíveis, as visões dos candidatos sobre o STF merecem atenção especial
do eleitor| Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
O próximo presidente
da República terá a responsabilidade de nomear dois ministros para o
Supremo Tribunal Federal (STF) logo no primeiro ano de seu mandato. Em
um passado não muito distante, isso dificilmente estaria na órbita de
preocupações do cidadão médio em um ano eleitoral. Mas, diante do
crescente protagonismo do Judiciário em assuntos sensíveis, as visões
dos candidatos sobre a Corte merecem atenção especial do eleitor.
Nos últimos anos, o STF tomou indevidamente para si o poder de
legislar sobre assuntos tão polêmicos e complexos quanto a união
homoafetiva, as pesquisas com células-tronco embrionárias, o aborto de
anencéfalos e a criminalização da homofobia. Os ministros também agiram,
na prática, pelos seus efeitos, como protetores de corruptos,
interpretando a lei com contorcionismos hermenêuticos e até revertendo
votos antigos para destruir a Operação Lava Jato e suas conquistas, em
uma sequência de decisões absurdas. Com isso, liberaram da prisão e
permitiram a candidatura de políticos responsáveis por um assalto sem
precedentes ao Brasil.
Para corroborar o diagnóstico de ativismo judicial do STF, nem é
necessário enumerar decisões controversas ou analisar a fundo
justificativas apresentadas pelos ministros durante sessões de
julgamento. A própria autoimagem da Corte, testemunhada por alguns de
seus membros em pronunciamentos recentes, evidencia o problema.
Em julho de 2020, Dias Toffoli, então presidente do tribunal, definiu
os magistrados como “editores de um país inteiro” em entrevista ao site
Poder360. Em palestra de 2017 na Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que o Supremo tem o
papel “iluminista” de promover “certos avanços sociais, mesmo contra o
sentimento majoritário, em casos como o das uniões homoafetivas”.
Como pretexto para a falta de parcimônia em exercer funções que
deveriam caber somente ao Poder Legislativo, os ministros costumam
alegar que a omissão do Congresso em certos assuntos reclama atitudes do
Supremo. Porém, não consideram que, em muitos casos, há projetos de lei
sobre as matérias julgadas tramitando na Câmara ou no Senado, e que a
própria decisão de não pautá-los é uma escolha legítima dos
representantes do povo, que já sinaliza um posicionamento.
Além desse atual ímpeto ativista, que talvez tenha se tornado mais
agudo em função da polarização que se vê no mundo político e no seio da
própria sociedade civil, a própria composição atual do STF representa
por si só uma disfuncionalidade e um desequilíbrio aos que é preciso
atentar. Se escolhêssemos três grandes dimensões de grande impacto na
configuração jurídica do país – a visão do papel do Estado na economia, a
visão mais ou menos garantista no campo do direito penal e as
convicções mais progressistas ou mais conservadoras no campo moral –
descobriremos um contraste especialmente acentuado entre as convicções
da maioria dos brasileiros e as dos ministros, especialmente no campo
moral. Se quanto ao papel do Estado há ministros de um lado e de outro
do espectro ideológico, o mesmo ocorrendo no campo do direito penal, o
que é realmente surpreendente é que, no campo moral, tenhamos no mínimo 9
ministros progressistas. De todos, esse é o maior desequilíbrio na
composição atual do Supremo, o que só se explica pela pouca atenção que
população, presidentes da República e Senado deram ao tema até agora,
gerando um descompasso especialmente problemático, com decisões que cada
vez mais se distanciarão do sentir comum de boa parte dos brasileiros,
levando a um descrédito crescente da instituição.
Reverter a tendência ao ativismo judicial, com especial atenção ao
campo comportamental, é hoje uma das prioridades para o Brasil. A Corte
deve abandonar o ímpeto de reinventar as leis do País, recobrando o seu
verdadeiro papel, que é o de guardiã – e não redatora – da Constituição.
Assim, além de colaborar para manter a ordem constitucional, dará bom
exemplo a instâncias inferiores do Judiciário, que já se veem tomadas
pelo mesmo ímpeto ativista.
O caminho para uma renovação nesse sentido será árduo e longo, já que
quase nenhum dos membros atuais do Supremo pode ser completamente
poupado de responsabilização pelos problemas aqui descritos. Depois das
duas indicações previstas para 2023 – em substituição a Ricardo
Lewandowski e Rosa Weber –, uma nova nomeação só deverá ocorrer em 2028,
já no mandato presidencial seguinte, com a aposentadoria de Luiz Fux.
Por isso mesmo, não há margem para erro: as próximas duas indicações são
essenciais para dar novos ares e começar a modificar a tendência
hegemônica na Corte.
Se forem verdadeiramente fiéis à Constituição e avessos à ideia de
reescrevê-la sob influência de modismos acadêmicos e lobbies
ideológicos, os novos indicados precisarão assegurar, nos julgamentos, a
proteção constitucional à família e aos nascituros. Para isso, deverão
ter um firme entendimento – apoiado em argumentos racionais e um
conhecimento profundo da Filosofia do Direito – de que o casamento não é
uma mera construção social sem fundamento na natureza humana, de que a
vida familiar tem um papel primordial na construção do bem comum e de
que a vida humana começa no momento da concepção.
Também deverão resguardar direitos fundamentais que se veem ameaçados
por antagonismos políticos de magistrados com membros dos Poderes
Executivo e Legislativo. A liberdade de expressão, em especial, tem sido
atacada com frequência dentro do próprio tribunal que tem a missão de
defendê-la, com inquéritos que parecem motivados por um afã persecutório
contra críticos da Corte e opositores de suas visões de mundo.
Outra característica a se esperar dos novos nomeados é o rigor no
julgamento dos corruptos. Nos últimos anos, além de ter desmantelado a
Lava Jato, o STF decidiu pelo fim de ferramentas essenciais para o
combate à corrupção, como a prisão após condenação em segunda instância,
o julgamento de caixa dois eleitoral pela Justiça comum e a condução
coercitiva. Os próximos integrantes do tribunal precisarão remar contra
essa maré.
Como o Supremo é um órgão colegiado, as duas nomeações previstas para
2023 não deverão ser suficientes para formar maiorias contrárias ao
atual viés da Corte em certos julgamentos. O panorama é desafiador, mas
os novos indicados poderão ter ao menos um papel educativo dentro do
Supremo – se não para transformar de imediato a mentalidade hegemônica
do tribunal, ao menos para mostrar a uma população cada vez mais cética
em relação ao Judiciário que ainda é possível esperar discrição,
imparcialidade e fidelidade à Constituição dos ministros do STF.
Propostas O Brasil frente ao mundo Por Gabriel Sestrem – Gazeta do Povo
Lula, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes e Simone Tebet tem divergências
sobre o futuro da política externa brasileira| Foto: Ricardo
Stuckert/PT; André Coelho/EFE; Reprodução/Facebook; Jefferson
Rudy/Agência Senado
Os quatro principais concorrentes na eleição
presidencial – Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro
Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) – possuem convergências e divergências
entre si quando o assunto é política externa. Há discordâncias, por
exemplo, na forma como eles se posicionam quanto à participação em
fóruns mundiais e organizações multilaterais, apesar de todos proporem o
aumento do protagonismo brasileiro nesse campo.
A adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), cujo avanço no processo é bastante celebrado pelo
atual governo, é motivo de divergência entre os candidatos. Enquanto
Bolsonaro e Tebet são favoráveis a manter o andamento do processo de
entrada no “clube dos países ricos”, Lula e Ciro veem isso com
ressalvas.
Entre os pontos em comum nas diretrizes dos presidenciáveis estão,
por exemplo, o compromisso com avanços em políticas ambientais, tendo
como uma das preocupações evitar que portas comerciais se fechem para o
país, e o estreitamento das relações com países latino-americanos. Uma
coincidência nos planos de governo dos candidatos é que nenhum deles faz
menção a China, principal parceiro comercial do país.
Sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, Bolsonaro pretende manter a
política de neutralidade para evitar problemas comerciais com os russos.
Já seus adversários são críticos a essa postura e cobram uma condenação
mais incisiva do Brasil à invasão do solo ucraniano.
Veja a seguir as principais diretrizes que os candidatos têm exposto sobre política externa:
Jair Bolsonaro (PL) Prioridade desde o início do mandato, o
governo de Jair Bolsonaro investiu pesado no ingresso do Brasil na OCDE e
tem o avanço desse processo como um dos objetivos prioritários em
eventual novo mandato. Em janeiro, a organização formalizou o convite
para o governo brasileiro dar início às tratativas para o ingresso no
quadro de membros permanentes. O país prepara agora um memorando
inicial, uma espécie de autoavaliação a respeito do alinhamento ao
acervo normativo da organização, composto de 257 instrumentos. Até
agora, o Brasil já atende a 112.
Apesar de não haver propostas mais detalhadas sobre relações com os
principais parceiros comerciais, o plano de governo do candidato à
reeleição diz que o país continuará buscando mercados, fontes de
investimento e acordos de cooperação com países de todo o mundo,
“sobretudo com os que tenham maior capacidade de contribuir para o
desenvolvimento nacional; com aqueles com quem mantemos tradicionalmente
fortes laços culturais e históricos; e com nosso entorno geográfico nas
Américas e no Atlântico Sul”.
Em 2018, o plano de governo do atual presidente mencionava que não
seriam feitos “acordos comerciais espúrios” com países chefiados por
ditadores; o atual documento diz a mesma coisa, mas de forma mais amena.
O plano afirma que será buscada maior interação com países “que
defendam e respeitem valores que são caros aos brasileiros e se encaixem
no ambiente democrático”.
Na relação com os dois maiores parceiros comerciais do país – China,
seguida dos Estados Unidos –, o governo brasileiro se aproximou bastante
do país norte-americano quando este estava sob o governo de Donald
Trump, do qual Bolsonaro foi enfático apoiador de sua reeleição. Após a
vitória de Joe Biden, o relacionamento entre os países esfriou, mas não a
ponto de afetar a parceria comercial. No início de junho, durante a 9ª
Cúpula das Américas em Los Angeles, Bolsonaro e Biden tiveram o primeiro
encontro bilateral, visto como bastante positivo pelo governo
brasileiro e, após o encontro, houve um ensaio de aproximação entre os
dois mandatários.
Já com a China, o relacionamento teve momentos sensíveis durante o
governo Bolsonaro. O presidente já sugeriu que o coronavírus teria sido
criado em um laboratório chinês, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e
um diplomata chinês chegaram a ter discussões ríspidas. Os episódios,
entretanto, não chegaram a afetar de forma mais acentuada as relações
comerciais entre os países.
Além da OCDE, o plano de Jair Bolsonaro cita que, em eventual novo
mandato, o governo buscará mais protagonismo em organismos
internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), a
Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial do Comércio
(OMC) e o Conselho de Segurança da ONU.
Sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, a postura de neutralidade
por parte do governo Bolsonaro, caso reeleito, deve se manter. O Brasil
condenou os ataques russos na Assembleia-Geral e no Conselho de
Segurança da ONU, mas se absteve pela suspensão russa no Conselho de
Direitos Humanos e na cooperação entre Moscou e a Organização
Internacional do Trabalho (OIT). A posição, classificada pelo Itamaraty
como de “equilíbrio”, visa manter o fluxo comercial entre os dois
países.
Na Defesa, Bolsonaro propõe ampliar planos de investimento e melhoria
das capacidades das Forças Armadas, e fornecer estímulos a empresas
estatais ou privadas que atuam com pesquisa, desenvolvimento, produção,
distribuição e manutenção de produtos estratégicos de defesa.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Em suas diretrizes de governo, o
ex-presidente afirma que, caso eleito, irá “recuperar a política externa
ativa e altiva” do país. Lula pretende apostar na participação do país
na cooperação internacional Sul-Sul – que se refere à cooperação entre
países em desenvolvimento no Sul Global – com América Latina e África.
O plano do candidato do PT também defende a integração da América do
Sul, América Latina e Caribe com vistas a manter a segurança regional e a
promoção de desenvolvimento integrado da região. “É fortalecer
novamente o Mercosul, a Unasul, a Celac e os Brics. É estabelecer
livremente as parcerias que forem as melhores para o país, sem submissão
a quem quer que seja”, menciona o documento.
Lula defende a ampliação da participação do Brasil nos assentos dos
organismos multilaterais e se compromete com a participação do país no
esforço mundial para combater a crise climática.
O documento com as diretrizes de eventual governo não faz menção ao
ingresso do Brasil na OCDE. Governos petistas nunca se manifestaram
favoravelmente à entrada na entidade, e há possibilidade de que as
tratativas esfriem com eventual eleição de Lula, que durante seus
mandatos teve relação bastante próxima com a China.
Apesar disso, em discurso na Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp) em 9 de agosto, o presidenciável fez uma análise
crítica do avanço chinês no país. “A nação asiática está ‘ocupando o
Brasil’ e tirando o espaço da indústria brasileira”, disse.
Por outro lado, em entrevista a jornalistas estrangeiros no dia 22 de
agosto, o ex-presidente disse que, caso eleito, quer manter a boa
relação com a China. “Claro que temos interesses soberanos, comerciais e
agrícolas e que vamos brigar para que eles prevaleçam, mas, do ponto de
vista de Estado, nossa relação com a China sempre foi muito forte e
espero que continue sendo”, declarou.
Na mesma entrevista, Lula defendeu a alternância de poder na
Venezuela e defendeu que o país seja “o mais democrático possível”. O
ex-presidente foi bastante próximo do ditador Hugo Chavéz, que presidiu a
Venezuela, e do seu sucessor, o ditador Nicolás Maduro.
Sobre a guerra na Ucrânia, o candidato petista disse à imprensa
estrangeira que tentaria mediar uma solução para o conflito. No início
da guerra, Lula e demais integrantes do PT criticaram as sanções
econômicas de outros países à Rússia. Em julho, o nome do petista chegou
a ser incluído em uma lista do centro de inteligência do governo
ucraniano, que apontava Lula como acusado de fazer “propaganda russa”
durante a guerra entre os dois países.
Ainda na entrevista a jornalistas estrangeiros, o ex-presidente
criticou a ONU e defendeu mudanças no Conselho de Segurança da entidade.
“A ONU precisa ser reformulada, porque ela precisa ter mais força para
evitar que esses conflitos se prolonguem. A ONU teve força de criar o
Estado de Israel, mas ela não tem força de criar o estado palestino”,
disse.
Por fim, Lula deve tentar barrar o acordo de livre comércio União
Europeia-Mercosul, fechado em 2019, mas que ainda não entrou em vigor.
Segundo o petista, a consolidação do acordo “não é o desejo do Brasil”.
Ciro Gomes (PDT) Eu suas diretrizes de governo, o candidato
pedetista resume suas propostas na área de política externa a uma frase:
“as negociações comerciais e diplomáticas seguirão dois princípios
essenciais: a defesa dos interesses nacionais e da soberania do país”.
No entanto, no Plano de Trabalho divulgado em seu site não há mais
detalhes sobre as propostas. Lá, Ciro traz nortes genéricos sobre a
política externa, sem compromissos mais claros, mas destaca que todos os
campos de petróleo brasileiro vendidos ao exterior pelo governo de
Michel Temer após a revogação da Lei de Partilha serão recomprados. “O
mesmo se dará com relação à Eletrobras, caso ela também seja vendida”,
menciona.
Na área da Defesa, o texto cita que não será permitida a compra, por
estrangeiros, de ativos que compõem ou apoiam o complexo industrial de
defesa brasileiro. “Vamos reafirmar o compromisso com a Estratégia
Nacional de Defesa já promulgada”, diz.
Em entrevista à Globo News no final de julho, Ciro disse que não é
possível viabilizar um projeto nacional sem uma “sólida integração aos
interesses estrangeiros e aos nossos interesses” e citou os princípios
que norteariam sua política externa caso seja eleito: não intervenção em
assuntos domésticos de outros países, solução pacífica dos conflitos e
autodeterminação dos povos.
Sobre o ingresso do país à OCDE, o presidenciável disse ao Correio
Braziliense, em janeiro deste ano, que a adesão ao grupo nunca foi
almejada pelo país, apenas cogitada após sugestão do ex-presidente dos
EUA, Donald Trump, a Bolsonaro. “Porém, para isso, seria necessário que o
Brasil abrisse mão do status de país em desenvolvimento na Organização
Mundial do Comércio”, declarou. Com a entrada na OCDE, o Brasil abriria
mão do tratamento diferenciado de “país em desenvolvimento” na OMC, que
permite maior flexibilidade na organização, como prolongamento de prazos
em negociações.
No âmbito do conflito na Ucrânia, Ciro é crítico da postura de
neutralidade do Brasil e, caso a guerra se prolongue, deve mudar a
política em relação ao conflito em caso de eleição ao cargo. “Enquanto o
Brasil for Brasil, jamais ficará neutro diante de tal violência”,
publicou no Twitter quatro dias após o início dos ataques russos.
A emedebista pretende, dentre outras medidas, ampliar o grau de
abertura comercial, negociar novos acordos com parceiros comerciais
relevantes e colocar em vigência acordos negociados recentemente. Em seu
programa de governo, Tebet propõe reforçar a integração
latino-americana, aprofundando acordos já existentes e negociando novos
acordos; consolidar e aprofundar o Mercosul; revigorar a atuação do
Brasil na Organização Mundial do Comércio; e avançar no processo de
adesão à OCDE.
A candidata pretende, ainda, intensificar a participação do país
junto à ONU, em especial em temas como mitigação das mudanças climáticas
e promoção do desenvolvimento sustentável; e tornar o Brasil mais
participativo nos grupos plurilaterais que participa, como G-20 e Brics.
Em entrevista ao veículo MyNews em abril deste ano, quando ainda era
pré-candidata, Tebet disse que a diplomacia brasileira deve afastar o
“papel infelizmente ideológico que passou a ter, seja pelo governo do
PT, seja pelo atual governo”.
A respeito do posicionamento do Brasil, em seu eventual mandato,
frente à disputa hegemônica entre Estados Unidos e China, a
presidenciável disse que não tomaria partido de nenhum dos países. “O
Brasil não tem que ter preferência”, declarou, ao mencionar relações com
outras nações.
Esquerda x Direita “Nós contra eles”: 10 vezes em que Lula e o PT estimularam a divisão da sociedade Gazeta do Povo
Lula deu início ao movimento “nós contra eles” que, ao longo dos
governos do PT, alimentou uma forte polarização entre direita e
esquerda.| Foto: Ricardo Stuckert/PT
O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) aposta em um discurso de pacificação do país como
forma de se contrapor ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Para isso,
minimiza declarações do passado nos quais ele e membros do PT pregavam a
divisão do “nós contra eles”. Nessa estratégia, não apenas os
adversários políticos eram estereotipados negativamente, mas também
determinados segmentos sociais. E, em algumas dessas declarações, havia
incentivo a comportamentos que poderiam levar à violência.
Ao ser sabatinado pelo Jornal Nacional da TV Globo, Lula foi
questionado sobre os discursos que dividiam o país. O ex-presidente
minimizou, com uma metáfora do futebol: “Você já foi em um jogo de
futebol? Você torce para algum time? Já foi junto com outros
companheiros? É nós e eles. A torcida do Vasco é nós, e a do Flamengo é
eles”, disse o petista. “Política é exatamente assim. Você tem
divergência, você briga, você diverge, você tem divergência
programática. Mas você não é inimigo”, disse.
Para Lula, a polarização é saudável e é diferente de “estímulo ao
ódio”. “Feliz era o Brasil e a democracia brasileira quando a
polarização nesse país era entre PT e PSDB. A gente era adversário
político, a gente trocava farpas, mas a gente se encontrava num
restaurante e eu não tinha nenhum problema de tomar uma cerveja com o
Fernando Henrique Cardoso, com o José Serra ou com o Alckmin. Porque a
gente não se tratava como inimigo. A gente se tratava como adversário”,
completou Lula na entrevista ao JN.
Apesar disso, durante anos o partido do ex-presidente alimentou uma
forte polarização entre direita e esquerda, que inclusive resultou em
episódios de violência entre militantes dos dois grupos.
Confira 10 vezes em que Lula e PT adotaram um discurso de divisão da
sociedade e de incentivo a comportamentos que podem levar a ações
violentas:
Lula disse que elite brasileira é “escravista” e criticou classe média Na
pré-campanha de 2022, Lula disse que a elite brasileira é escravista e
criticou a classe média por ostentar um “padrão de vida acima do
necessário”. “A elite brasileira é escravista. Ela pode ser avançada em
um debate em Nova York, visitando Paris. Mas aqui no Brasil a
mentalidade dela é escravista. E nós temos que ter coragem de dizer
isso”, afirmou o petista. No mesmo evento, Lula disse ainda que o
Brasil ainda é um país em construção e que ele só “está pronto para 10%
da população”. Nós temos uma classe média que ostenta um padrão de vida
que não tem na Europa, que não tem em muitos lugares. Aqui, na América
Latina, a chamada classe média ostenta muito um padrão de vida acima do
necessário”, completou.
Petista sobre banqueiros: “na cabeça dessa gente, não existe pobreza” Também
no período da pré-campanha deste ano, Lula criticou os banqueiros,
atribuindo a eles uma completa insensibilidade social. A declaração foi
feita em entrevista à rádio Metrópole, de Salvador (BA). “Eu tenho
feito reuniões, vários jantares com empresários, e eu faço porque eu
gosto de discutir abertamente. É o seguinte: na cabeça dessa gente, não
existe pobreza. Não existe fome, não existe gente dormindo na rua, na
sarjeta, não tem criança morrendo de desnutrição. Essa gente só fala em
teto de gasto, em política fiscal, ou seja, eles não falam em política
social, em distribuição de renda, em distribuição de riqueza”, disse.
Lula incentivou militantes a “mapear” endereço de deputados Em
2022, Lula também sugeriu aos integrantes da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), que em vez de ir a Brasília fazer atos públicos, os
trabalhadores e movimentos sindicais deveriam “mapear” o endereço de
cada deputado e comparecer na porta de sua casa, com um grupo de 50
pessoas, para “incomodar” a sua “tranquilidade”. De acordo com Lula,
era preciso ensinar a sociedade a cobrar os deputados e também mudar o
jeito de exercer pressão. Para ele, “fazer ato público na frente do
Congresso Nacional não move uma pestana de um deputado”.
Ex-presidente desmerece o PSDB: “partido acabou” Em
2022, Lula desmereceu o PSDB, adversário histórico do PT: “Agora quem
acabou foi o PSDB”. Para rebater o petista, a Executiva dos tucanos
afirmou que o “PT passou anos dividindo o país”. “Não adianta querer
reescrever a história. Foram anos de PT, Lula e Dilma semeando o ódio,
perseguindo adversários, dividindo a sociedade e montando uma máquina de
mentiras (hoje chamadas de fake news)”.
Lula batizou estratégia do “nós contra eles” para separar esquerda da direita
Ao final do seu segundo mandato como presidente, em 2009, Lula
afirmou que as eleições do ano seguinte seriam do “nós contra eles”. A
estratégia visava a dividir os eleitores de esquerda e de direta. À
época, o petista ainda avaliava apoiar as pré-candidatura de Dilma
Rouseff (PT) e do então deputado pelo PSB Ciro Gomes.
“Eu gostaria, e o momento vai dizer se vai ser possível ou não, que
todos nós [da esquerda] tivéssemos apenas um candidato, que fizéssemos
uma eleição plebiscitária, ou seja, nós contra eles, pão pão, queijo
queijo. Se não for possível, paciência”, disse Lula durante entrevista
em Pernambuco.
Ex-presidente disse que partido adversário tinha de ser “extirpado”
Em 2010, quando Dilma Rousseff já tinha sido escolhida como candidata
do PT à Presidência, Lula defendeu “extirpar” o DEM (atual União
Brasil) da política brasileira. “Eu não quero crer que esse povo
extraordinário de Santa Catarina vá pensar em colocar no governo alguém
de um partido que alimenta ódio (…). Quando Luiz Henrique [candidato ao
governo catarinense] foi eleito pensei que ele ia mudar. Mas ele trouxe
de volta o DEM, que nós precisamos extirpar da política brasileira”,
disse o Lula. Então presidente do DEM, Rodrigo Maia, disse que as
declarações de Lula denotavam “desequilíbrio” do presidente. Além disso,
afirmou que Lula “se aproveita de sua popularidade para agredir, tentar
pisar em seus adversários”.
Em 2014, discurso do “nós contra eles” voltou Na
campanha eleitoral de 2014, quando Dilma tentava a sua reeleição, o PT
voltou a investir no discurso do “nós contra eles” para rebater as
críticas que a petista vinha enfrentando. A petista vinha sofrendo com
os desgastes de manifestações de rua e da crise econômica que o país
enfrentava naquele momento. “Ela [Dilma] vai ter que enfrentar uma
oposição esquizofrênica, que perdeu as últimas eleições achando que
ganharia”, avaliou o então vice-presidente do Senado, Jorge Viana (AC).
Após impeachment, petista classificou a direita que crescia como “raivosa”
Em 2016, durante uma agenda em Belo Horizonte, Lula afirmou que
“quando os jovens rejeitavam a política, a direita raivosa crescia”.
“Quando as pessoas começam a rejeitar a política não é a esquerda que
cresce, é a direita. E não é a direita civilizada. É a direita raivosa”,
disse o petista. Àquela época, Dilma tinha sofrido impeachment havia
pouco tempo. E o PT classificava o governo Temer como “golpista” e de
direita.
Lula responsabilizou “brancos de olhos azuis” por crise econômica mundial Em
2009, ao lado do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, o então
presidente Lula criticou os países ricos pela crise econômica mundial.
Ele disse que os problemas financeiros mundiais foram causados por
“gente branca de olhos azuis”. À época, um jornalista da BBC News
perguntou ao presidente se as declarações não continham um viés
ideológico. No entanto, Lula manteve sua posição, argumentando que não
conhecia “nenhum banqueiro negro”. “A crise foi causada por
comportamentos irracionais de gente branca de olhos azuis, que antes
pareciam saber de tudo, e, agora, demonstram não saber de nada”, disse o
petista.
Presidente do PT afirmou que “para prender Lula vai ter que matar gente”
Em um episódio ocorrido durante 2018, a presidente do PT, Gleisi
Hoffmann (PR), afirmou que “para prender o Lula seria preciso matar
muita gente”. À época, o ex-presidente aguardava o julgamento em segunda
instância de seu processo do tríplex do Guarujá no âmbito da Lava
Jato. “Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente. Mas,
mais do que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar”,
afirmou Gleisi ao site Poder360. Ainda durante a entrevista, Hoffmann
afirmou que, se a sentença do então juiz Sergio Moro, da 13.ª Vara
Federal em Curitiba, fosse confirmada pelo Tribunal Regional Federal da
4.ª Região (TRF-4), significaria que “eles [os juízes] desceram para o
‘play’ da política. “No ‘play’ da política nós vamos jogar (…) E vamos
jogar pesado”, completou.
Naquele ano, os desembargadores da segunda instância referendaram a
condenação de Lula e decidiram ainda aumentar a pena para 12 anos e 1
mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O
petista ficou cerca de 500 dias preso em Curitiba. No entanto, em 2021
Lula teve a condenação anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF),
depois que a 13.ª Vara de Curitiba foi considerada incompetente para
julgar o caso.
Mais uma marca simbólica do mercado de trabalho foi superada em
julho: se no trimestre móvel encerrado em maio o desemprego ficou abaixo
dos 10% pela primeira vez em seis anos, desta vez o número absoluto de
brasileiros desempregados também baixou da casa dos 10 milhões. Segundo
os dados do IBGE relativos ao trimestre móvel encerrado em julho, o país
tem 9,88 milhões de pessoas à procura de trabalho. A taxa de desemprego
também caiu, embora em ritmo menor que nos últimos meses: agora, é de
9,1%, contra 9,3% do trimestre móvel anterior, encerrado em junho.
À medida que o mercado de trabalho se recupera, os desafios começam a
ficar mais claros. Não se trata, é claro, de nos darmos por satisfeitos
com o que já foi atingido: o número de desempregados ainda é alto
demais para considerarmos concluída a tarefa de proporcionar
oportunidades de trabalho Brasil afora, e o desemprego se reparte de
forma bastante desigual pelo país. Em meados de agosto, o IBGE divulgou
números estaduais relativos ao trimestre móvel encerrado em junho,
quando a média nacional era de 9,3%: se há estados que já estão na faixa
considerada de “pleno emprego” (com desocupação entre 3% e 6%), como
Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rondônia,
outros têm taxas superiores a 12%, como Rio Grande do Norte, Paraíba,
Rio de Janeiro, Sergipe, Pernambuco e Bahia (o estado brasileiro onde o
desemprego é mais alto, com 15,5%). Nestes locais, a prioridade absoluta
continua sendo a criação pura e simples de oportunidades de trabalho,
mas é possível seguir avançando mesmo onde a taxa de desocupação já é
menor.
Um trabalho informal é melhor que trabalho nenhum, mas o ideal é que
os brasileiros tenham a oportunidade de, se assim o desejarem, contar
com as garantias legais que apenas a carteira assinada proporciona
Um aspecto importante que merece a atenção dos formuladores de
políticas públicas voltadas ao emprego é o nível de informalidade. O
país vem batendo recordes seguidos de população ocupada – no período de
maio a julho, foram 98,7 milhões de brasileiros. A elevação, no entanto,
é puxada com mais força pelos informais, que agora são 39,3 milhões,
também o maior número da série histórica, resultando em uma taxa de
informalidade de 39,8% da população ocupada. O contingente de
trabalhadores com carteira assinada também cresce, mas não na mesma
velocidade: são 35,8 milhões de empregados, ainda 1,7 milhão abaixo da
máxima histórica registrada em 2014.
Certamente um trabalho informal é melhor que trabalho nenhum, mas o
ideal é que os brasileiros tenham a oportunidade de, se assim o
desejarem, contar com as garantias legais que apenas a carteira assinada
proporciona. O ímpeto da recuperação econômica pós-pandemia ainda não
terminou, e as estimativas para o crescimento do país em 2022 continuam
subindo semana após semana, a julgar pelas projeções recolhidas pelo
Banco Central no boletim Focus. Mas esta recuperação, sozinha, não será
suficiente para deixar o país mais próximo do pleno emprego. O trabalho
de criar um arcabouço legal que facilite as contratações com carteira
assinada, iniciado com a reforma trabalhista de 2017, continua longe de
ser concluído. A tributação sobre a folha de pagamento, por exemplo,
segue intacta e sem perspectiva de ser alterada de forma definitiva e
abrangente; o máximo que se conseguiu até o momento foi a manutenção de
desonerações importantes para uma série de atividades econômicas, mas
essa medida é um paliativo que não anula a necessidade de uma
desoneração ampla.
O incentivo legal à geração de emprego com carteira assinada se
torna ainda mais importante à medida que os efeitos do aperto monetário
realizado pelo Banco Central se tornarem mais evidentes. Cada elevação
na Selic demora alguns meses para fazer efeito na economia real,
especialmente na forma de retração de investimentos. Ainda que o aperto
se justifique para conter a inflação, ele tem seus efeitos negativos que
podem ser anulados com reformas e políticas inteligentes que ajudem na
geração de emprego e renda. O mercado de trabalho já mostrou resiliência
quando o desemprego não voltou a subir após o fim do programa
emergencial que permitiu acordos de redução de jornada e salário ou
suspensão temporária de contratos; essa resiliência será posta à prova
novamente; que não faltem as condições econômicas e legais para que mais
brasileiros encontrem trabalho com segurança e remuneração digna.