sexta-feira, 26 de agosto de 2022

O BRASIL DESEJA AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS E TRIBUTÁRIAS

 


Economia: reformas administrativa e tributária
Por
Gazeta do Povo


Um país próspero depende de mudanças profundas na estrutura administrativa do governo e no sistema tributário.| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo Gazeta do Povo

O desenvolvimento do Brasil passa necessariamente pelo setor privado. Para investir no país, o empresário precisa de um ambiente de negócios amigável, no qual tenha clareza sobre os custos atuais e futuros de sua atividade, entre eles os impostos. E a carga de tributos é reflexo direto do tamanho e da eficiência do Estado.


Um país próspero, portanto, depende de mudanças profundas na estrutura administrativa do governo e no sistema tributário. Não haverá crescimento duradouro sem essas reformas. Como, aliás, bem prova o desempenho errático da nossa economia neste século.

Não há como reduzir o peso do Estado sem limitar suas principais despesas. Nesse sentido, um primeiro passo foi dado com a aprovação da reforma da Previdência, em 2019. Embora pudesse ter sido mais eficiente, ela já ajuda a conter o crescimento das despesas do INSS com inativos e seus pensionistas: em 2021, elas chegaram a 8,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o menor nível desde 2016. Mas é preciso ir além e atacar também o gasto com os servidores da ativa.

A despesa com pessoal do governo está diminuindo em decorrência de medidas administrativas como o corte de cargos comissionados, a queda na reposição de servidores aposentados e o avanço na digitalização de serviços públicos. No ano passado, o gasto com o funcionalismo federal foi de 3,8% do PIB, o menor em pelo menos 24 anos, ligeiramente abaixo dos patamares de 2013 e 2014. Mas ainda há o que enxugar.

A começar porque a despesa primária da União segue acima da receita líquida (excluídas as transferências a estados e municípios). Isto é, o Estado continua não cabendo na arrecadação, que é sabidamente elevada. O exemplo de estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que até há pouco mal conseguiam pagar os salários em dia, ilustra o que ocorre quando os governos resistem a pôr as contas em ordem. Por outro lado, um Estado que administra sua folha com racionalidade traz confiança, que se reflete em investimentos, crescimento econômico, arrecadação e mais margem para investir e contratar quando necessário.

Mas a reforma administrativa não é questão apenas de finanças públicas. Há também a necessidade de adequar a remuneração dos servidores à realidade do país. Segundo estudo do Banco Mundial, o poder público brasileiro se destaca não pela quantidade de funcionários, mas pelos salários, em especial na esfera da União e, em menor grau, nos estados. Conforme a instituição, servidores federais ganham em média 96% a mais que os trabalhadores da iniciativa privada que atuam em funções equivalentes, a maior discrepância de uma amostra de 53 países.

A reforma administrativa, além disso, teria efeitos salutares para o próprio funcionamento da máquina e a prestação de serviços ao público. Um deles é a definição de diretrizes para a avaliação de desempenho dos servidores. Dessa forma, um desempenho insatisfatório por vários períodos pode resultar na demissão desse empregado, o que hoje só ocorre por decisão judicial transitada em julgado ou processo administrativo disciplinar.

A proposta que está no Congresso também prevê, corretamente, o desligamento de servidores de cargos obsoletos e a extinção de uma série de vantagens, como férias superiores a 30 dias, licença-prêmio, progressão baseada exclusivamente em tempo de serviço e aposentadoria compulsória como modalidade de punição.

A outra reforma primordial é a tributária. Nosso sistema de impostos, um dos piores do mundo, está entre os maiores obstáculos à atividade empreendedora e à atração de investimentos. E gera um imenso desperdício de tempo e dinheiro não só dos contribuintes, mas do próprio governo, que tem de dedicar pessoas e verbas para enfrentar sonegação e evasão fiscal e infindáveis disputas na Justiça.

Em países com um sistema tributário civilizado, esses recursos seriam direcionados a eficiência, inovação, competitividade. Não por acaso, simplificar os mecanismos de tributação é uma das exigências que o país terá de cumprir para ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que fomenta a adoção de boas práticas econômicas e políticas públicas em seus países-membros, que estão entre os mais ricos do mundo.

Na última edição do relatório Doing Business, do Banco Mundial, o Brasil ocupava a 184.ª posição, de 190 países, no quesito facilidade para pagamento de tributos. No tempo gasto com o pagamento de impostos, nosso país era o pior de todos, com 1.501 horas por ano, cerca de cinco vezes a média da América Latina e dez vezes a média dos países da OCDE.

Segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), União, estados e municípios editaram mais de 443 mil normas fiscais desde a Constituição de 1988 (53 por dia útil, em média), das quais 4,6 mil estão em vigor. Acompanhar as mudanças e se adequar a elas gera uma despesa gigantesca: as empresas brasileiras gastam aproximadamente R$ 181 bilhões por ano em pessoal, sistemas e equipamentos para isso, conforme o IBPT.

O resultado desse estado de coisas é que o valor envolvido no contencioso tributário – as disputas entre contribuintes e entes da federação – já equivale a pelo menos 75% do PIB brasileiro, segundo o Núcleo de Estudos da Tributação do Insper. Somente o contencioso administrativo federal corresponde a 15,9% do PIB. Nos países pertencentes à OCDE, esse porcentual é de 0,28%, em média. Em países da América Latina, de apenas 0,19%.

Sozinha, a simplificação do sistema tributário já seria um enorme avanço. Porém, uma verdadeira reforma deve ir além disso. É preciso rever a própria estrutura da tributação no Brasil, que onera demais a produção (punindo quem produz) e o consumo (encarecendo produtos e serviços e pesando mais sobre os pobres). O ideal é reduzir esses impostos e deslocar a tributação em direção a patrimônio e renda, em conformidade com a ideia de “justiça tributária”, como fazem os países mais desenvolvidos do mundo.

Infelizmente, nenhuma das reformas em discussão – propostas pelo governo ou pelo Congresso – enfrenta essa questão. As propostas tentam modificar somente um tipo de tributação (sobre o consumo ou sobre a renda, por exemplo), de forma que a estrutura da tributação não seria substancialmente alterada.

Enquanto o país adia a verdadeira reforma e mantém seu sistema tributário pesado e distorcivo, grupos de interesse pressionam Executivo e Legislativo por benesses que possam atenuar os custos de suas atividades.

Assim nascem e se multiplicam os benefícios tributários, que, na tentativa de corrigir determinados problemas, acabam criando distorções na alocação de recursos. Em vez de se guiar pela busca da eficiência, empresários passam a decidir onde e em que investir tendo em vista quais atividades são menos prejudicadas ou mais beneficiadas pelo anacronismo das regras.

O resultado é a perenização da baixa produtividade, com empresas ineficientes sobrevivendo à custa de desonerações e outras sucumbindo à competição desleal estimulada pelo próprio Estado. Se de um lado abre mão de 4% do PIB todos os anos em benefício de alguns contribuintes, segundo estimativas da Receita Federal, de outro a União compensa essa perda punindo os pagantes regulares, para quem a carga tributária segue elevada.

A busca por um país mais moderno e justo passa necessariamente pelo enfrentamento dessas questões.

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NA FESTA DA DEMOCRACIA CELULAR ESTÁ PROIBIDO

Justiça Eleitoral

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Segundo turno da eleição para presidente em Curitiba. #voto #cabine #justificativa #eleitoral #urna #biometria


Eleitor atrás de cabine de votação.| Foto: Gazeta do Povo

O TSE determinou que os celulares dos eleitores fiquem retidos pelo mesário na hora de votar. Eu não entendo, não vejo como possa haver interferência das ondas do celular, uma vez que o próprio TSE disse que a urna está isolada e não faz parte de rede nenhuma. Se ela fosse sujeita a interferências, nem precisaria ser do celular ali pertinho: há mecanismos de interferência que operam à distância também. Então, o motivo deve ser outro. Não sei se é para o eleitor não fotografar o voto, não ser tentado a vender o voto e fazer uma foto ou filme para comprovar que fez o combinado com o político. Nesta quinta-feira, na tribuna de honra das celebrações do Dia do Soldado, conversei com uma candidata de Brasília, e ela, triste, dizia como é suja a política, mesmo dentro dos partidos. “Bem-vinda ao mundo real”, eu disse. Porque, quando chega a época do desespero, acontece de tudo.

Polícia Federal deixou de acordar corrupto para perseguir quem conversa no WhatsApp
Na Bahia, o PT chegou a pedir à Justiça que impedisse a divulgação de uma pesquisa Datafolha para a Presidência da República. Um juiz deu uma liminar, mas ela já foi derrubada. Isso me chamou a atenção, assim como outras coisas que também estranhamos. O empresário Luciano Hang é um dos oito que foram censurados, invadidos, em uma tentativa de intimidar, talvez. E intimidou todo mundo, porque agora sabemos que a pobre Polícia Federal, que pegava corrupto de manhã, agora é usada para pegar gente que criticou a Justiça Eleitoral ou o Supremo, vejam só que mudança em relação a sete, dez anos atrás, quando a PF ia à casa dos vigaristas, dos corruptos, que pegaram dinheiro das empreiteiras, da Petrobras, e já os levava presos. Agora ela tira celular e notebook de “supostos conspiradores”. Pois Luciano Hang postou no Twitter, mostrando que tivemos mais um dia de censura no Instagram, no Facebook e no TikTok.


O Brasil está virando um país de dedos-duros que vigiam conversas alheias?
STF criou o “crime de pensamento” no Brasil
De que adianta falar tanto em democracia e agredi-la o tempo todo?
Precisamos ler mais a nossa bíblia cívica, que é a Constituição. Está escrito, no artigo 220, parágrafo 2.º: é vedada toda e qualquer censura, de natureza política, ideológica e artística. O artigo 220 se refere à manifestação do pensamento, à criação, expressão, informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, e diz que que elas não sofrerão qualquer restrição. Temos de ficar de olho, porque a Constituição está acima de tudo, acima do presidente da República, do Supremo, da Câmara, do Senado. Essa é uma questão que levou os paulistas à Revolução de 1932, porque Getúlio Vargas tomou o poder, não tinha Constituição e os paulistas exigiam uma Carta Magna.

A perseguição contra médicos que salvaram vidas na pandemia
Mais acima eu falei em “desespero”; tem gente desesperada dentro da medicina, gente que sabe ter agido mal ideologicamente, politizando a medicina. Muita gente morreu por falta de tratamento, e agora estão querendo acusar aqueles que, ao contrário, salvaram vidas graças à pesquisa, com insistência, embora sob violenta censura. É o caso, agora, de Ricardo Ariel Zimerman e de Flávio Cadegiani, que são duas figuras que salvaram vidas, que estão contribuindo para a ciência no mundo, que têm publicações científicas no Hemisfério Norte, e foram vítimas, também, de busca e apreensão. Não por ordem da Justiça Eleitoral, mas da Justiça Federal no Rio Grande do Sul; gente com ciúme ou inveja deles, que são pesquisadores brilhantes, moveu a ação e o juiz mandou investigar a casa, o laboratório, a clínica deles.

São coisas que já aconteceram com pesquisadores na União Soviética; não estavam aderindo ao comunismo na época, a KGB entrava lá e todos iam presos, mandados para a Sibéria. Que triste fazermos esse tipo de comparação do Brasil com a União Soviética daquela época. Muito triste…

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TEMOS LIBERDADE DE OPINIÃO MAS DIZ O STF - MAS NÃO PODE GARANTIR A LIBERDADE DE QUEM DEU A OPINIÃO

 

Por
J.R. Guzzo


| Foto: EFE

O ministro Alexandre de Moraes, com o apoio cego, incondicional e automático da maioria dos seus colegas do STF, está impondo ao Brasil uma justiça de Idi Amin – aquele deboche violento, e baseado na força bruta, que as piores ditaduras da África fazem da trágica deformidade que apresentam como o seu aparelho judicial. Nem existe mais esse Idi Amin, uma caricatura de ditador patológico que foi estrela do noticiário internacional nos anos 70, nem o seu regime de barbaridades. Mas pelo que indicam os fatos, os puros e simples fatos, o seu estilo de fazer justiça ressuscitou no Brasil de hoje e está transformando o ministro Moraes, junto com o resto do Supremo, numa espécie de cópia mal resolvida dos déspotas subdesenvolvidos de 50 anos atrás.

“Temos liberdade de opinião, mas eu não posso garantir a liberdade de quem deu a opinião”, diz Amin numa piada que circula nas redes sociais. É um retrato perfeito do STF de hoje. Falam, em seus manifestos à nação e em suas palestras em universidades dos Estados Unidos ou Europa, que o cidadão brasileiro tem direito de pensar livremente e dar a sua opinião sobre o que bem entenda. Mas a cada cinco minutos Moraes está mandando a polícia atrás de quem tem opiniões que ele acha “antidemocráticas” – e aí se vê que a liberdade de ninguém está garantida depois que a opinião foi dada, mesmo que numa conversa particular. É exatamente o que acaba de acontecer com os “empresários golpistas”, um grupo que trocava ideias pelo WhatsApp e foi enfiado por Moraes nos inquéritos totalmente ilegais que ele usa há três anos para perseguir pessoas cujas posições políticas não admite. No caso, trata-se de admiradores do presidente da República – mais uma vez.

O seu estilo de fazer justiça ressuscitou no Brasil de hoje e está transformando o ministro Moraes, junto com o resto do Supremo, numa espécie de cópia mal resolvida dos déspotas subdesenvolvidos de 50 anos atrás

Que ideias os empresários estavam trocando? Não interessa: eles têm o direito, garantido pela Constituição Federal, de expressar suas opiniões pessoais. Mais ainda, estavam dando essas opiniões dentro de um grupo fechado de correspondência, cuja privacidade foi violada; o teor do que se dizia ali acabou publicado na imprensa. Como diz a respeito o ex-ministro Marco Aurélio Mello: “Não há crime de opinião no Brasil”. Mas Moraes e o STF desrespeitam grosseiramente este princípio – o caso dos “empresários golpistas”, na verdade, é apenas a última demonstração de sua longa e repetida insistência em rasgar a lei, nesse e em outros assuntos.

Moraes mandou a polícia invadir às 6 horas da manhã os escritórios e as residências dos empresários sem ao menos avisar o Ministério Público – a única autoridade, no Brasil, que tem direito a fazer denuncias criminais e solicitar à justiça que elas sejam examinadas. Mas Moraes, há três anos, ignora o MP de maneira sistemática e truculenta; nesse caso, só mandou um comunicado aos procuradores depois de iniciada a operação. É pior ainda. O MP, a quem cabe a exclusividade da acusação, é contra essa investigação dos “empresários golpistas”, por não ver nenhum cabimento nisso – não há qualquer prova, nem indício, de atividade ilegal por parte do grupo. É contra, aliás, outras investigações do ministro e já pediu formalmente que sejam arquivadas. Não adianta nada. Ele passa por cima dos pedidos ou, então, abre investigações novas, e igualmente ilegais, sobre o mesmo assunto. Moraes, por lei, não pode tocar inquérito policial nenhum. Faz isso o tempo todo.

Os empresários também não poderiam, segundo diz a lei, ter a sua conduta sob a apreciação do STF; só são julgadas ali, quando é o caso, pessoas que têm foro privilegiado, como o presidente da República, ministros de Estado e outras altas figuras. É óbvio, até para um advogado de porta de cadeia, que nenhum deles é nada disso, e caso tivessem feito alguma coisa errada (o que o MP acha que não fizeram) teriam de responder a um juizado de primeira instância. Mas e daí? A própria justiça, através do STJ, já decidiu, em outro aspecto da questão toda, que transcrições escritas de conversas no WhatsApp não são prova de coisa nenhuma. Moraes passou por cima disso também – prova é o que ele acha que é prova. Fim de conversa.

Está tudo errado, em suma, neste caso dos “empresários golpistas”. Na justiça de republiqueta africana que o STF criou no Brasil, entretanto, o que se está fazendo aí é “a defesa da democracia”.


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LULA E SUAS MARACUTAIAS COM A VENEZUELA

 

Política externa

Por
Leonardo Coutinho – Gazeta do Povo


Chávez e Lula juntos em Brasília, em dezembro de 2006: apoio ao chavismo rendeu grandes prejuízos para o lado brasileiro desse “affair”| Foto: EFE/Cristina Gallo

Em dezembro de 2002, vinte e dois dias antes de tomar posse como presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido na Casa Branca. O relato de uma das testemunhas do encontro aponta que o então presidente americano George W. Bush se aproximou sorridente. Tacou-lhe um “Hola! Como estás?” e, logo depois de terminar o aperto de mão, apontou para o broche que Lula trazia na lapela e disse: “Você deveria usar a bandeira do seu país”. Lula ficou desconcertado ao ouvir o conselho transmitido pelo intérprete. Antes mesmo de Lula ensaiar uma resposta, Bush completou: “Agora você não é mais presidente de seu partido, mas de um país inteiro”.

Trocar o broche do PT pelo da bandeira do Brasil não era apenas uma dica de marketing ou conselho de compostura. Tirar o PT da lapela e carregar o símbolo que une todos os brasileiros (ou ao menos deveria) tinha um valor mais profundo. Valor que Lula parece jamais ter capturado ou colocado em prática. Colocar o país, seu povo e interesses à frente das ideologias (quase todas mofadas) do partido.

Ninguém é inocente ou estúpido a ponto de pensar que governantes – sejam eles somalis ou finlandeses – não se guiam por seus valores (ou ausência deles) e seus critérios ideológicos ou partidários. Afinal, estes são marcadores do mundo real que definem boa parte dos critérios que os eleitores aplicam (quando têm a chance) na escolha de seus líderes. Mas há uma linha civilizatória que define os limites de até onde dá para ir em detrimento do benefício do país e de seu povo.

O ex-presidente Lula, por mais de uma vez, colocou o petismo à frente dos interesses do Brasil.

Em um dos eventos desta campanha eleitoral de 2022, o ex-presidente e candidato Lula se gabou de ter telefonado para o presidente Bush (o mesmo que o aconselhou a governar com a cabeça no país e não no PT) para interceder pelo seu amigo do peito Hugo Chávez.

Lula relembrou que, certa vez, Chávez ligou para ele para se queixar dos americanos. Mais especificamente, reclamar das reportagens e artigos publicados na imprensa americana. Mais cirurgicamente, de um texto de Condoleezza Rice, que foi conselheira de Segurança Nacional (2001-2005) e secretária de Estado (2005-2009). Não fica claro qual posição ocupava quando Rice deixou Chávez aperreado. Mas o fato, segundo Lula, é que ele ligou para o presidente Bush para passar-lhe um sabão. “Manda a Condoleezza parar de escrever contra o Chávez, p*”, relembrou Lula.

O caso foi narrado por Lula em um evento em que ele celebrava as maravilhas de sua “política externa altiva e ativa”. Marcas que ele promete retomar em um possível terceiro mandato.

A lista de coisas mais ativas e altivas que Lula fez por Chávez vai além da tal chamada telefônica narrada acima. Em 2005, enquanto o país ardia e o próprio PT derretia com a descoberta do escândalo do Mensalão, Lula e Chávez decidiram que ergueriam uma refinaria em Pernambuco. Orçada em US$ 2,3 bilhões, a refinaria ficaria pronta em 2010 e serviria para refinar petróleo venezuelano. Engana-se quem pensa que a ideia era aumentar a oferta de gasolina no Brasil. O plano de Chávez, que contou com a cumplicidade de Lula, era diversificar o destino do óleo. Chávez queria reduzir a dependência de seu país em relação às refinarias nos Estados Unidos e fomentar uma rede latina de refinarias, que permitisse a ele não só se livrar dos americanos, mas também aumentar sua influência na região.

Sem nenhum estudo de viabilidade realmente sério, Lula empurrou a Petrobras na operação. Passados 17 anos, os venezuelanos nunca investiram um dólar sequer no negócio. Os técnicos venezuelanos perceberam que o acordo político de Chávez e Lula era um mico e tentaram reduzir a participação na sociedade de 40% para 20%. Sem sucesso, eles empurram a dívida por oito anos e saíram da sociedade obrigando o Brasil a arcar com um projeto que custou entre US$ 18 bilhões e US$ 20 bilhões e que, em termos proporcionais ao investimento e capacidade de produção, legou à Refinaria Abreu e Lima o título de mais cara do mundo.

O affair de Lula e Chávez foi além de seu governo.

Em fevereiro de 2011, Lula havia recém deixado a presidência, mas seguia ativo e altivo. Segundo o registro de um telegrama enviado pela Embaixada da Venezuela no Brasil para o então ministro das Relações Exteriores Nicolás Maduro, Lula estava “muito preocupado” com uma possível derrota de Chávez nas eleições que estavam previstas para o ano seguinte.

“Eu durmo tranquilo porque sei que Chávez está ali [na presidência], mas também, às vezes, perco o sono pensando que Chávez poderia perder as eleições de dezembro de 2012”, foi a frase atribuída a Lula pelo então embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Arveláiz. O diplomata registrou ainda que “uma derrota de Chávez em 2012 seria igual ou pior que a queda do muro de Berlim”. Evento histórico que antecedeu o fim da União Soviética e colocou legendas, movimentos e ditaduras de comunistas e socialistas na lista de extinção. Uma das respostas forjadas por eles, na linha ninguém larga a mão de ninguém, foi a fundação do Foro de São Paulo.

Para evitar uma “tragédia”, Lula se envolveu diretamente na preparação da campanha, dizem os documentos diplomáticos. Lula planejou a criação de um comando de campanha sediado no Brasil que ele coordenaria pessoalmente ao lado de José Dirceu. Definiu como “fundamental” a entrada da Venezuela no Mercosul, para fortalecer politicamente Chávez perante a região e o eleitorado e escalou o marqueteiro João Santana para coordenar a campanha presidencial do venezuelano.

As delações obtidas pela Operação Lava-Jato não só confirmaram o dedo de Lula na eleição venezuelana como mostram que o pagamento das despesas da campanha foi feito por meio da roubalheira colossal que fora engendrada por meio das operações de crédito envolvendo as empreiteiras brasileiras. Monica Moura, a mulher de Santana, conta tudinho aqui.


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A MOTIVAÇÃO É A CHAVE PARA O SUCESSO

 

Dr. Roopleen é o autor de ‘And So Can You’ e From Average to Awesome

A motivação é a chave para o sucesso maciço

Todo mundo trabalha melhor quando está com vontade de trabalhar e se sente inclinado a se esforçar. No entanto, para ser produtivo e atingir metas, você deve ser capaz de se esforçar para trabalhar em todas as situações e circunstâncias, independentemente de sentir vontade de trabalhar ou não.

Muitas pessoas lutam contra a preguiça e a procrastinação porque se sentem desmotivadas para trabalhar. Eles dão desculpas e mostram falta de vontade de agir e seguir em frente.

Pessoas altamente bem-sucedidas entendem que a motivação é fundamental para sua produtividade. O desejo de agir é o que o impulsiona e o ajuda a começar a dar passos na direção positiva. Portanto, esses profissionais de alto desempenho tomam medidas para se manterem motivados.

Aqui estão sete maneiras pelas quais pessoas imensamente bem-sucedidas mantêm sua motivação voando alto.

1. Eles se comprometem com seus objetivos

Uma das maneiras fáceis de se manter motivado é estabelecer uma conexão mais profunda com seus objetivos, comprometendo-se com eles.

Quando você se dedica a alcançar um objetivo, direciona seu foco, esforços e recursos para ele e trabalha com dedicação e entusiasmo obstinados.

Um canal de fluxo de motivação é estabelecido e você não apenas se apega ao seu objetivo, mas também dedica tempo e atenção, independentemente do que aconteça.

É difícil procrastinar ou desistir quando você está comprometido com algo, mesmo que esteja enfrentando desafios e dificuldades.

2. Eles seguem rotinas e padrões

As rotinas diárias dão ritmo à sua vida e ajudam você a trabalhar de maneira organizada. Pessoas altamente bem-sucedidas cultivam bons hábitos e estabelecem padrões para aumentar sua motivação e tornar mais fácil para elas fazer o que precisa ser feito e, mais importante, quando precisa ser feito.

Por meio de práticas diárias e rotinas positivas, você está mais no controle de sua vida, pode ajustar suas prioridades e dizer não a coisas que não servem para nada.

Seguir um padrão definido, portanto, permite que você trabalhe mesmo nos dias em que não tem interesse ou energia para realizar a rotina diária. Hábitos fortalecedores tornam você proativo e criam um impulso que o leva ao longo do dia sem esforço.

3. Eles gerenciam seu tempo e energia

A maioria das pessoas reclama que tem muitas coisas para fazer e pouco tempo disponível. Distrações, objetos brilhantes e mídias sociais ficam melhores, e eles correm ao longo do dia, lutando para se concentrar e realizar um trabalho significativo.

É impossível sentir-se entusiasmado com o seu trabalho quando se sente cansado, desgastado e sobrecarregado. Acrescente a isso péssimos hábitos alimentares e de sono, e você pode ter certeza de que não se sentirá motivado a fazer nada.

As pessoas altamente bem-sucedidas são ocupadas, mas conseguem trabalhar produtivamente simplesmente porque respeitam e valorizam seu tempo. Eles sabem quais tarefas devem ser priorizadas e não hesitam em dar as costas a tudo o que não consta em sua lista de tarefas.

Esses grandes empreendedores também não comprometem o sono. Não há melhor maneira de rejuvenescer o corpo e a mente do que descansar e dormir adequadamente. Pessoas altamente bem-sucedidas são cuidadosas com sua alimentação para gerenciar bem sua energia.

4. Eles trabalham sem se sobrecarregar

É fácil perder o vapor quando você está sobrecarregado de trabalho. As pessoas altamente bem-sucedidas evitam ser sobrecarregadas limitando a quantidade de trabalho que realizam todos os dias. Eles sabem do que são capazes e estabelecem metas realistas para si mesmos.

Os de alto desempenho dividem seus objetivos em partes menores, para que não pareçam assustadores.

Em vez de iniciar muitas coisas simultaneamente, eles optam por pegar uma coisa de cada vez, terminá-la e depois passar para a próxima tarefa.

Sempre que possível, as pessoas bem-sucedidas delegam trabalho para dedicar tempo e se concentrar em coisas importantes que só elas podem lidar. Isso os ajuda a evitar ter muito em seu prato e os mantém motivados para trabalhar com entusiasmo.

5. Eles criam verificações de responsabilidade

As pessoas altamente bem-sucedidas aparecem e trabalham consistentemente dia após dia, assumindo total responsabilidade por suas ações, desempenho e resultado de seus esforços.

A responsabilidade pessoal ajuda muito a manter seus níveis de motivação altos. Quando você é honesto consigo mesmo, você coloca seu coração e alma em seu trabalho e segue seus objetivos.

A criação de verificações de responsabilidade ajuda você a entender seu papel e suas responsabilidades. Ele também permite que você faça seu trabalho de forma eficaz e entregue o trabalho no prazo.

6. Eles estabelecem metas para si mesmos

A jornada para o sucesso é longa, com muitos cachos e redemoinhos, obstáculos e trechos ásperos. Sua motivação pode diminuir ao longo do caminho e você pode começar a se sentir exausto.

Pessoas altamente bem-sucedidas estabelecem marcos e mantêm um controle sobre seu progresso, o que lhes permite esperar algo positivo.

Os marcos atuam como os degraus da escada do sucesso. Recompensar-se por suas conquistas aumenta sua confiança e mantém você motivado para trabalhar mais.

Dar a si mesmo marcos e celebrá-los é um gesto saudável que transmite ao seu eu interior que você reconhece e se honra pelo seu progresso. Ele eleva o seu espírito e ajuda a desenvolver uma alta auto-estima.

7. Eles buscam inspiração de outros

Estamos constantemente cercados por pessoas que se saem bem em suas áreas de especialização. Cada pessoa tem suas próprias forças e características positivas. Você pode aprender muito com os outros, se inspirar para melhorar a si mesmo e elevar o nível mais alto para si mesmo.

A vida é muito curta para aprender por acertos e tentativas e cometer todos os erros você mesmo. Você pode aprender lições valiosas de outras pessoas, se beneficiar da experiência delas e aplicar o aprendizado em sua vida.

Não há limite para quanta inspiração você pode obter dos outros. Desde aprender a enfrentar desafios e fazer o melhor que você tem para superar dificuldades, inúmeras coisas podem motivá-lo e acelerar seu sucesso.

Para concluir

É fácil definir metas e trabalhar com entusiasmo por alguns dias. Mas sem motivação, a ânsia e o zelo desaparecem rapidamente.

As pessoas de alto desempenho e insanamente bem-sucedidas usam a motivação como força motriz para impulsioná-las, permanecer no caminho certo e trabalhar com o melhor de sua capacidade.

No grande esquema das coisas, a motivação pode fazer toda a diferença entre os medíocres e aqueles que se destacam em seu campo e atingem seus objetivos.

Vantagens Competitivas da Startup Valeon

pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise.

Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras.

Em vez de andar pelos comércios, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira.

Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

Contudo, para esses novos consumidores digitais ainda não é tão fácil comprar online. Por esse motivo, eles preferem comprar nos chamados Marketplaces de marcas conhecidas como a Valeon com as quais já possuem uma relação de confiança.

Inovação digital é a palavra de ordem para todos os segmentos. Nesse caso, não apenas para aumentar as possibilidades de comercialização, mas também para a segurança de todos — dos varejistas e dos consumidores. Não há dúvida de que esse é o caminho mais seguro no atual momento. Por isso, empresas e lojas, em geral, têm apostado nos marketplaces. Neste caso, um shopping center virtual que reúne as lojas físicas das empresas em uma única plataforma digital — ou seja, em um grande marketplace como o da Startup Valeon.

Vantagens competitivas que oferece a Startup Valeon para sua empresa:

1 – Reconhecimento do mercado

O mercado do Vale do Aço reconhece a Startup Valeon como uma empresa de alto valor, capaz de criar impactos perante o mercado como a dor que o nosso projeto/serviços resolve pelo poder de execução do nosso time de técnicos e pelo grande número de audiências de visitantes recebidas.

2 – Plataforma adequada e pronta para divulgar suas empresas

O nosso Marketplace online apresenta características similares ao desse shopping center. Na visão dos clientes consumidores, alguns atributos, como variedade de produtos e serviços, segurança e praticidade, são fatores decisivos na escolha da nossa plataforma para efetuar as compras nas lojas desse shopping center do vale do aço.

3 – Baixo investimento mensal

A nossa estrutura comercial da Startup Valeon comporta um baixo investimento para fazer a divulgação desse shopping e suas empresas com valores bem inferiores ao que é investido nas propagandas e divulgações offline.

4 – Atrativos que oferecemos aos visitantes do site e das abas do shopping

 Conforme mencionado, o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores tem como objetivos:

  • Fazer Publicidade e Propaganda de várias Categorias de Empresas e Serviços;
  • Fornecer Informações detalhadas do Shopping Vale do Aço;
  • Elaboração e formação de coletâneas de informações sobre o Turismo da nossa região;
  • Publicidade e Propaganda das Empresas das 27 cidades do Vale do Aço, destacando: Ipatinga, Cel. Fabriciano, Timóteo, Caratinga e Santana do Paraíso;
  • Ofertas dos Supermercados de Ipatinga;
  • Ofertas de Revendedores de Veículos Usados de Ipatinga;
  • Notícias da região e do mundo;
  • Play LIst Valeon com músicas de primeira qualidade e Emissoras de Rádio do Brasil e da região;
  • Publicidade e Propaganda das Empresas e dos seus produtos em cada cidade da região do Vale do Aço;
  • Fazemos métricas diárias e mensais de cada aba desse shopping vale do aço e destacamos:
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quinta-feira, 25 de agosto de 2022

PUTIN NÃO SABE O QUE FAZER DA UCRÂNIA

 

Opinião

terra

Em luto, mas na resistência, a Ucrânia celebra sua independência em relação à URSS – exatamente seis meses após a invasão russa. Uma nova Ucrânia que só se fortalece surgiu da guerra, opina Roman Goncharenko.”Por que não visitei esse país antes da guerra?”, escreveu recentemente no Twitter uma jornalista alemã que estava na Ucrânia. Ela se aborreceu por não ter visto as magníficas cidades de Lviv ou Odessa sem os bloqueios nas ruas. Muitos do Ocidente que estiveram na Ucrânia após o ataque russo em fevereiro se fazem a mesma pergunta.

"A nova Ucrânia aprende a se defender. E aprende rápido"
“A nova Ucrânia aprende a se defender. E aprende rápido”Foto: DW / Deutsche Welle

Representantes da imprensa, políticos e numerosos trabalhadores humanitários estiveram no país pela primeira vez. Desde a queda da União Soviética em 1991, o país nunca recebeu tanta atenção como agora. Dicas de viagem que só vieram com a guerra.

A colega tem razão de estar chateada. Ela perdeu algo que nunca mais será como antes. Trata-se de mais do que apenas vestígios visíveis da guerra: a antiga e fortemente pós-soviética Ucrânia está morrendo na chuva de bombas russas: gente, casas, fábricas – e ilusões.

A relação positiva e verdadeiramente fraternal com a Rússia nunca mais será como era antes da guerra. O distanciamento dos dois povos, que começou com a anexação da Crimeia em 2014, não poderia ser maior, ódio e raiva moldarão gerações.

A maior ameaça dos últimos 100 anos

Com uma mistura de tristeza, lágrimas e obstinação, a Ucrânia celebra em 24 de agosto a sua independência – pela oitava vez no meio de uma guerra. Desta vez, a data representa um ponto de inflexão especial, pois coincide exatamente com o dia em que se completam seis meses em que a Rússia tenta destruir barbaramente a independência ucraniana. O balanço até agora: a Ucrânia sangra e sofre, mas está de pé. Ela luta!

A ameaça para o país e para o povo é tão elementar como foi pela última vez, há cerca de 100 anos. Na época, os bolcheviques fuzilaram a breve independência ucraniana e russificaram a Ucrânia na tradição da Rússia czarista. A história pode se repetir?

Sem dúvida: o presidente russo, Vladimir Putin, pretende fazer exatamente isso. Seu objetivo propagandístico declarado de “desnazificação” da Ucrânia é nada mais, nada menos, que uma desucraniação. Há relatos vindos de regiões controladas pela Rússia sobre como tudo que é ucraniano, principalmente a língua, está sendo reprimido e destruído. O plano insano de Putin consiste em aniquilar a Ucrânia numa guerra de desgaste. Mas ele vai fracassar.

“Geração independência” luta

O chefe do Kremlin começou sua batalha contra a velha Ucrânia. Ela lhe pareceu uma presa fácil: mais fraca econômica e militarmente do que a Rússia, em turras frequente na política, com a sociedade dividida e apoiada com indiferença pelo Ocidente. Muito disso era fato, mas mesmo assim foi um erro de cálculo colossal.

Seis meses depois, Putin lida com uma nova Ucrânia, que acabou de surgir. A consolidação começou antes, mas o ataque russo acelerou tudo. A nova Ucrânia se despede com pressa de tudo que a vinculou à Rússia por décadas, até mesmo séculos: língua, nomes de ruas, monumentos. O mais importante: a nova Ucrânia aprende a se defender. E aprende rápido.

Essa nova Ucrânia é militarmente forte como nunca antes, e fica cada vez mais forte – com ajuda do Ocidente, claro, mas também com suas próprias forças. Diferente de 100 anos atrás, a Ucrânia de hoje tem uma vantagem decisiva: a “geração independência”.

Nascido na União Soviética, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, com seus 44 anos quase já não pertence a este grupo. O núcleo da resistência são jovens homens e mulheres de 20 a 30 anos que sacrificam suas vidas no front, que abastecem o exército como voluntários civis incansáveis ou cuidam dos deslocados internos. É uma geração para a qual tudo o que é ucraniano é inquestionável. Eles lutam por isso e sairão vitoriosos. Essa nova Ucrânia é o pesadelo de Putin.

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Roman Goncharenko é jornalista da DW. O texto reflete a opinião pessoal do autor, não necessariamente da DW.

BOLSONARO SÓ VAI A DEBATES COM A PARTICIPAÇÃO DE LULA

 

ENFRENTAMENTO 

O núcleo da campanha de Lula ainda não confirmou a participação, mas disse que o petista deve comparecer ao debate

por DOMINGOS KETELBEY

Lula e Bolsonaro podem aparecer lado-a-lado em debate na Rede Bandeirantes (Foto: Montagem com fotos de agências de notícias)

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) bateu o martelo e decidiu que vai ao debate promovido pela Rede Bandeirantes de Televisão no próximo domingo (28/08) em pool com o jornal Folha de São Paulo, portal UOL e a TV Cultura. Desde que o seu principal concorrente ao Palácio da Alvorada, o petista Luiz Inácio Lula da Silva também confirme a participação. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

O núcleo da campanha de Lula ainda não confirmou a participação, mas disse que o petista deve comparecer ao debate.  A equipe do ex-presidente diz que a confirmação do fato acontecerá na próxima sexta-feira (26). Até lá, tudo pode mudar. Nos bastidores fala-se que Inácio aguarda a repercussão de sua participação na sabatina do Jornal Nacional amanhã (25).

Ao Estadão, o senador Jaques Wagner (PT-BA) disse não ter dúvidas de sua participação no debate. Ele faz parte da coordenação da campanha do presidenciável e negou ao veículo que a sabatina da TV Globo norteará a decisão. “Essa hipótese é absurda. Não tem nada a ver uma coisa com a outra”, criticou. O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, também disse que Lula deverá ir à Band. “Acredito que sim”.

Com a participação de Lula sinalizada, a assessoria de Bolsonaro tem colocado sua participação indefinida. Caso ambos participem do debate, por sorteio, os dois ficarão lado a lado. Caso o candidato se ausente, a cadeira destinada a ele ficará vazia. O programa tem previsão para começar domingo às 21 horas.

Os candidatos Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Luiz Felipe D’ávila (Novo) também foram convidados para o programa.

DECISÕES DE MORAIS SÃO ANTIDEMOCRÁTICAS

 

Contra a liberdade de expressão
Por
Leonardo Desideri – Gazeta do Povo
Brasília


O presidente do TSE Alexandre de Moraes.| Foto: Abdias Pinheiro/SECOM/TSE

Em março de 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu o inquérito das fake news, inaugurou um dos capítulos mais controversos de sua história, tornando-se vítima, acusador e julgador em um mesmo caso. Uma escalada de decisões arbitrárias tomadas desde então pelo relator desse inquérito, o ministro Alexandre de Moraes, atingiu seu ápice na terça-feira (23), com mandados de busca e apreensão contra empresários que não fizeram mais do que emitir opiniões em um grupo privado de WhatsApp.

As decisões de Moraes chamam a atenção por um paradoxo: evocando a necessidade de defesa dos valores democráticos, o ministro ataca um dos principais pilares do Estado Democrático de Direito: a liberdade de expressão.

O ineditismo dessa última decisão foi apontado em editorial da Gazeta do Povo da terça-feira: trata-se de um caso evidente de mera manifestação de opinião, em que não houve incitação ou apologia a um golpe de Estado; e, ainda que isso tivesse ocorrido, a conversa não envolvia pessoas com capacidade concreta de cometer um golpe.

Para o advogado Adriano Soares da Costa, especialista em Direito Eleitoral, a decisão de Moraes é ainda mais antidemocrática por intimidar um grupo político específico em seu direito à livre expressão no meio do período eleitoral.

“Houve algum ato material, nestas conversas, preparatório de golpe de Estado? Houve planos de golpe, de atos terroristas concretos? São pessoas se manifestando em um grupo privado, no meio privado digital, entre eles próprios, sem fazer publicidade do que estão dizendo, sem fazer proselitismo, apenas conversando pelos meios próprios que a tecnologia permite. O Estado vem e se sente no direito, com uma medida liminar acautelatória, de bloquear as contas dessas pessoas, de constrangê-las publicamente e de intimidar não só a elas pessoalmente, mas a todo um grupo da sociedade, e no meio de um processo eleitoral”, comenta o jurista.

Para Alessandro Chiarottino, doutor em Direito Constitucional pela USP, a decisão de Moraes abala um fundamento do Estado Democrático de Direito. “No Estado de Direito, as pessoas não perdem direitos a menos que tenham desrespeitado a lei. Isso é Estado de Direito. O resto é decorrência dessa visão. O que o Alexandre de Moraes está fazendo é justamente o oposto. Ele está retirando direitos dessas pessoas: seu direito à privacidade e à intimidade, seu direito à liberdade de expressão, sem que elas tenham cometido qualquer crime. É gravíssimo o que está acontecendo.”

Soares da Costa recorda que muitos membros das associações jurídicas que protocolaram a notícia-crime contra os empresários assinaram o manifesto sobre democracia da USP, e lamenta que elas “se prestem a fazer o papel de ser esbirros do autoritarismo”. “São associações cujos representantes assinaram o Manifesto pela Democracia, o que mostra uma grande hipocrisia, porque democracia se vive na prática, e não com palavras soltas ao vento”, diz.

Concepção de Moraes sobre liberdade de expressão é contrária à de democracias maduras

A decisão de Moraes é a confirmação prática de uma ideia presente em seu discurso de posse, na semana passada, como novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): a de que a democracia não pode tolerar manifestações de pensamento contra o regime democrático. Ao enumerar situações de abuso da liberdade de expressão, Moraes afirmou que essa garantia constitucional não permite ao cidadão brasileiro a propagação “de ideias contrárias à ordem constitucional e ao Estado de Direito”.

Para Soares da Costa, essa ideia sobre liberdade de expressão é equivocada e antidemocrática. “É num regime totalitário que nós não podemos nos manifestar contra o próprio regime. E ocorre justamente o contrário nas democracias maduras. Em toda a história do constitucionalismo americano, há o direito a que inclusive aqueles que são contra a democracia possam, na democracia, se expressar”, afirma. “Qualquer pessoa pode pensar contra o regime democrático. Não fosse assim, todos os marxistas deveriam estar presos no Brasil; todos os que defendem a ditadura do proletariado deveriam estar presos no Brasil; todos os que defendem e protegem regimes como os de esquerda na América Latina deveriam estar presos no Brasil”, acrescenta.

Além disso, como afirmou o jurista em reportagem publicada na terça pela Gazeta, a decisão de Moraes é um estímulo para a existência de outras figuras infiltradas em grupos semelhantes, o que evoca o estado de vigilância da vida privada de regimes totalitários. “Estão estimulando um pouco aquilo que a Stasi fazia e que os regimes autoritários faziam. É a questão da inexistência do espaço privado. O Estado passa ter o senhorio de tudo. Isso é coisa de Coreia do Norte”, diz Soares da Costa.

Em reportagem recente da Gazeta do Povo, o especialista em liberdade de expressão Pedro Franco, mestre em história social da cultura pela PUC-Rio e em estudos interdisciplinares pela Universidade de Nova York, explicou como o discurso de Moraes se encaixa no “paradoxo da tolerância”: a ideia de que não pode haver tolerância com os intolerantes.

“As pessoas falam, usando o paradoxo da tolerância: ‘Se a gente permite que certos discursos proliferem, eles vão prejudicar a democracia. A gente tem que suprimir esses discursos antes que eles tomem força’. É paradoxal, porque esse tipo de discurso também é prejudicial à democracia. A partir do ponto em que você coloca um lado do debate como ilegítimo, você está desincentivando o debate democrático. Você está prejudicando a democracia ao fazer isso. O grande paradoxo é que, tomando as premissas do Alexandre de Moraes como verdadeiras, o discurso dele deveria ser censurado, por estar prejudicando a democracia. Teríamos que censurar tudo o que corre o risco de prejudicar a democracia. E não dá para fazer isso”, diz Franco.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/como-escalada-decisoes-moraes-ameaca-a-democracia/
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DITADURA DA TOGA NO BRASIL SEMELHANTE GOVERNO DE STALIN

 

Ditadura

Por
Flavio Gordon – Gazeta do Povo


O ministro do STF Alexandre de Moraes.| Foto: Nelson Jr./SCO/STF

“O que significava a vida privada quando o Estado tocava em quase todos os aspectos dela por meio da legislação, da vigilância e do controle ideológico?”, questiona Orlando Figes em Sussurros: A vida privada na Rússia de Stalin, uma obra-prima historiográfica sobre o totalitarismo soviético. Por meio da pesquisa em cartas, diários e outros documentos pessoais, o autor mostra com riqueza de detalhes as maneiras pelas quais o cotidiano do cidadão comum era afetado pela engrenagem totalitária de Stalin, que tinha justamente a privacidade por alvo principal, e que condenava como subversivo o menor sinal de alheamento (e quanto mais de oposição) à moral e aos dogmas do regime. Nas palavras do autor, o principal objetivo de Sussurros é “explicar como o Estado policial foi capaz de se enraizar na sociedade soviética e envolver milhões de pessoas comuns nos papéis de espectadores silenciosos e colaboradores de seu sistema de terror”.

Um dos afetados por aquele gigantesco mecanismo antiprivacidade foi, como se sabe, o escritor Alexander Soljenítsin, autor do clássico Arquipélago Gulag, no qual testemunha e denuncia o aspecto mais visível da repressão soviética: seu sistema de campos de concentração. Mas Soljenítsin não foi preso por nada “subversivo” que tivesse dito em público. Em janeiro de 1945, o então capitão de artilharia do Exército Vermelho enviou uma carta pessoal a um amigo, na qual desabafava – privadamente! – sobre os privilégios observados no seio das forças armadas e a conduta de Stalin durante a guerra. A carta acabou interceptada pela polícia política e, graças a esse “vazamento”, Soljenítsin foi condenado, sem qualquer julgamento, a oito anos de prisão e mais quatro de exílio.

O Brasil já vive sob uma ditadura. E isso precisa ser dito claramente

A experiência em primeira pessoa no gulag e os relatos colhidos de diversos colegas de infortúnio resultaram na escrita de Arquipélago. No livro, Soljenítsin descreve o momento definidor da detenção totalitária, que opera uma mudança brusca na identidade pessoal do indivíduo. “E é tudo. Você é um preso!”, escreve. “E nada encontra para responder a isso, a não ser um balido de cordeiro: Eu? Por quê? Eis o que é a detenção: uma chama ofuscante e um golpe, a partir dos quais o presente desliza num segundo para o passado, e o impossível toma, a cada passo, o lugar do presente. E é tudo. Nada mais você será capaz de compreender, nem na primeira hora, nem mesmo nos primeiros dias. Ainda tremula no meio do seu desespero o luar de uma lua de brinquedo, de circo: ‘É um erro! Tudo será esclarecido!’.”

É espantoso notar que, no Brasil de 2022, pessoas inocentes estejam sendo vítimas do mesmo tipo de arbítrio descrito por Soljenítsin, uma forma de repressão política que imaginávamos existir apenas em regimes ostensivamente totalitários como o da antiga URSS ou o da Coreia do Norte, Cuba ou Venezuela contemporâneas. Refiro-me, obviamente, aos empresários que, por conta de opiniões políticas manifestas privadamente (num grupo de WhatsApp), estão sendo vítimas de um assédio judicial orquestrado por um movimento político que instrumentalizou o STF – notadamente na figura do atual presidente do TSE, que faz oposição aberta a Bolsonaro, seus eleitores e apoiadores –, e que conta com a participação de políticos de oposição de partidos eleitoralmente nanicos (os quais, tendo acesso privilegiado à suprema corte, chegam a se proclamar uma espécie de PGR paralela) e parte da velha imprensa que, não satisfeita com a simples militância de redação, resolveu agora atuar diretamente como alcaguete, como serviço de informação da polícia política, à qual entrega listas com os nomes dos subversivos que devem sofrer represálias, bem como as “provas” de seu pretenso crime de opinião.


No princípio era o ódio
Por óbvio, as opiniões dos empresários – que consistiram em meras especulações sobre males políticos menores (ruptura institucional) e maiores (ditadura lulopetista à la Venezuela e Cuba) – jamais poderiam ser criminalizadas mesmo se ditas publicamente. Afinal, já houve colunista da Folha de S. Paulo defendendo abertamente um golpe militar para derrubar o presidente Bolsonaro, e não consta que tenha sofrido qualquer represália por conta dessa sua opinião. A liberdade de expressão contempla essas opiniões. Mas as medidas autorizadas por Alexandre de Moraes são ainda mais perturbadoras no caso de opiniões expressas num ambiente no qual os opinadores imaginavam-se resguardados pela privacidade. Se, com os inquéritos ilegais conduzidos pelo STF, nós já estávamos numa situação incompatível com a democracia, ontem mesmo é que o Estado de Direito foi soterrado de vez, mergulhando-nos no abismo de um Estado policial. O Brasil já vive sob uma ditadura. E isso precisa ser dito claramente. Ditadura da Toga.

Como bem observou o procurador de justiça Marcelo Rocha Monteiro em suas redes sociais, na manhã de ontem (23 de agosto), o Brasil cruzou a fronteira entre o autoritarismo e o totalitarismo: “Um regime em que a polícia é enviada para a casa de pessoas pelas opiniões políticas que elas emitem publicamente é um regime autoritário. Mas um regime em que a polícia é enviada para a casa de pessoas pelas opiniões políticas que elas emitem em grupos privados (de WhatsApp, por exemplo) é um regime totalitário. Não queremos o primeiro, muito menos o segundo”.

Não os queremos, acrescento eu, mas já os temos ambos. E a escalada tem sido cada vez mais acelerada. Já somos todos náufragos no Arquipélago Brasil. Resta saber como voltar ao continente…


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/flavio-gordon/arquipelago-brasil/
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O BRASIL ESTÁ SE TORNANDO UM PÁIS DE DEDOS DUROS

 

Ação contra empresários

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


Detalhe da estátua da deusa Têmis, diante do prédio do STF, em Brasília.| Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, vai se encontrar de novo com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, na semana que vem. Nesta semana, eles tiveram um encontro de uma hora de conversa. É o ministro da Defesa tentando contribuir com mais transparência e, sobretudo, com mais segurança em relação ao processo eleitoral, para evitar preocupações, desconfianças e dar mais certeza ao eleitor de que seu voto está realmente sendo contado. E o presidente Bolsonaro, não sei se vocês notaram, já faz mais de duas semanas que não fala desse assunto, já que o caso está nas mãos de um integrante de seu governo.

Tem gente querendo ser a versão brasileira da Stasi alemã-oriental
Queria lamentar o denuncismo que está vigorando neste país. Vocês lembram do lockdown, da pandemia? Era repórter na rua denunciando pessoas que estavam sentadas à beira do mar, olhando a paisagem, “olha, não está trancado em casa!” Pois é, incrível. Eu lembro que, nos tempos do AI-5, as pessoas chamavam os que entregavam alguém contrário ao governo de “dedo-duro”. Pois é o que está acontecendo agora: há quem quebre a privacidade prevista na Constituição para denunciar conversas entre empresários, meras opiniões. São empresários que não têm a menor condição de derrubar governo ou de dar golpe, mas são tratados como se estivesse pronta uma revolução, ficou uma coisa ridícula.


E foram juristas que os denunciaram ao Supremo! Juristas de um grupo político que subordina o ideal do Direito e da justiça aos seus fanatismos políticos. Esses juristas sabem muito bem que esses empresários não têm foro privilegiado para ir direto ao STF; isso é coisa para boletim de ocorrência na delegacia, ou para procurar o Ministério Público. Tudo bem que houve deputados do PT que também denunciaram, mas aí é política. Agora, um jurista, que sabe muito bem que não existe crime de opinião nesse país? Que feio, que humilhante. São coisas como as que o Daniel Ortega está fazendo na Nicarágua contra a Igreja Católica.

Essa notícia-crime implica em quebra de sigilo, quebra de privacidade, apreensão de celular, notebook, banimento de redes sociais… eu não vou nem alegar que se trata de gente que está construindo, dando emprego, pagando impostos. Vamos esquecer isso, vamos considerar apenas que são simples cidadãos brasileiros que têm todo o direito de opinar, pois não existe crime de opinião. Isso é coisa de quando vigorava o AI-5; crime de opinião e denuncismo são coisas da Alemanha Oriental, que tinha a Stasi e os comissários de quarteirão, que relatavam quando alguém estava falando mal do governo no seu apartamento. É muito feio isso.

Apoiador de Lula é cassado por irregularidade na campanha

Um dos grandes apoiadores do candidato Lula, que já foi ministro da Agricultura do governo petista, Neri Geller, teve seu mandato de deputado federal cassado pela Justiça Eleitoral por uso ilegal de dinheiro na campanha de 2018. Ele era candidato ao Senado por Mato Grosso, e agora fica inelegível por oito anos.


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GOVERNO LULA ESCOLHEU SEU INIMIGO NÚMERO UM AS BIG TECHS

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