sábado, 13 de agosto de 2022

ARTISTAS QUE ASSINARAM CARTA PARA A DEMOCRACIA DE APOIO A LULA NÃO SÃO MUITO RECOMENDAVEIS

Cultura

Por
Bruna Frascolla


A cantora Luisa Sonza.| Foto: Reprodução/ Facebook

Vocês sabem que saiu a tal cartinha pela democracia da beautiful people. Por “democracia”, entenda-se “fé na infalibilidade das urnas usadas somente no Brasil, Bangladesh e Butão”. Na prática, essa defesa da democracia não é outra coisa que não a defesa da inauditabilidade das urnas em caso de vitória de Lula. Houve uma leitura pública no Largo de São Francisco, da USP. A data e o local foram escolhidos de modo a evocar alguma coisa lá da década de 70, do período militar. O leitor talvez não tenha formulado nesses termos, mas sabe que toda a legitimidade da beautiful people se funda na oposição ao regime militar. Se funda e se afunda: porque o atual presidente, um campeão de popularidade e um fenômeno de massas, é justamente o único parlamentar leal à repressão, um opositor da revisão da Lei da Anistia, um defensor de Ustra. Se a beautiful people tivesse mais do que dois ou três neurônios, deveria largar o osso. O problema é que, se fizer isso, não vai ter como se autodefinir. É como se soubessem que não são nada além de uma elite carcomida que precisa revirar o baú da história para procurar algo de nobre.

À direita, viralizou um tuíte de Barbara Gancia lamentando o exíguo comparecimento ao evento. O tuíte trazia uma foto. Mais que a queixa da autora, o que me chamou a atenção foi o texto do cartaz em evidência: Rettet die Demokratie in Brasilien. “Não-sei-o-quê a democracia no Brasil”, em alemão. Eu achei que rettet fosse um presente indicativo da terceira pessoa do singular; no Wiktionary diz que pode ser isso, mas também imperativo plural. Botando no Google tradutor, dá “Salve a democracia no Brasil” ou, em espanhol, “Salvemos la democracia en Brasil”. O alemão deve passar pelo inglês, onde imperativo não varia entre singular e plural. Enfim: o meu alemão não dá pra tanto. O cartaz não foi escrito para mim, nem para a esmagadora maioria dos brasileiros. Quem esse povo acha que vai lê-los? Sair com cartaz em alemão para fazer reivindicações políticas no Brasil parece tão sensato quanto aquele povo que sai dizendo que é Jesus, ou que o Fim está próximo. Intervenção psiquiátrica já!


A esquerda hoje é uma ideologia 100% antipobre, capitalista selvagem e patronal
É fácil falar contra a censura quando estamos sobre um legado cultural formado com ela
Os artistas são menos doidos

Um dia antes da leitura pública da carta no Largo de São Francisco, foi divulgada uma gravação em que os artistas liam a mesma carta. Gente de letras, que de modo geral é concursada (ou era, antes de o Reuni esculhambar a vida acadêmica no Brasil), pode ficar babando dentro de sua cela acolchoada crente que é Napoleão, porque o salário cai na conta e a reputação intelectual, em tese, não depende de coisas tão voláteis quanto o gosto. Uma vez medalhão, mantém-se medalhão inercialmente.

Já no mundo das artes, a vida é mais difícil. Artista tem que agradar a plateia, ou ao menos parecer agradar a plateia. Por isso acabam tendo mais contato com a realidade. Não que seja muito, mas já é alguma coisa.

Vejam que, no dia imediatamente anterior à suposta apoteose do Largo do São Francisco, os artistas soltaram um vídeo lendo a mesma. Para facilitar nossa vida, vou deixar os atores de fora e citar só os músicos com o respectivo ano de nascimento: Marisa Monte (1967), Anitta (1993), Luísa Sonza (1998), Juliette do BBB (1989), Linn da Quebrada (1990), Duda Beat (1987), Seu Jorge (1970), Milton Nascimento (1942), Djavan (1949), Rogério Flausino (1972), Paula Lima (1970), Daniela Mercury (1965), Caetano Veloso (1942), Maria Gadu (1986), Nando Reis (1963), BK’ (1989), Gal Costa (1945), Chico Buarque (1944) e Maria Bethânia (1946).

Tem uns nomes que a gente olha e diz “quem?”. Em geral, esses são nos nomes do time sub-40. Acho que única pessoa famosa mesmo por sua carreira artística nascida na década de 80 aí é Maria Gadu, que foi lançada novinha por Caetano. Quem fez sucesso até a década de 2000 é notório; quem fez depois, é ou conhecido apenas por um nicho, ou é conhecido por ser celebridade.

Vejam Luísa Sonza: eu, particularmente, só tomei conhecimento da existência dela por causa de Whindersson Nunes, o humorista piauiense que ficou famoso por ter o maior canal de humor brasileiro. Isso saiu em jornal e eu fui conferir. Era bom mesmo. Daí ele começou a namorar com essa Luísa Sonza, teve um monte de problema e o casal não saía do noticiário.

De todo modo, percebe-se que os artistas ao menos tentaram se conectar com a juventude. O diabo é que a música brasileira mais intelectualizada morreu. A turma de Chico e Caetano projetou uma sombra da qual só saíram intérpretes novos (Marisa Monte é uma excelente intérprete). Depois disso, nem intérprete mais houve. Para florescer, só saindo do rótulo MPB, fazendo rock (como Flausino) ou axé (como Daniela Mercury).

Qual é o repertório de Anitta, Sonza etc?
Esse espírito de decadência só ronda a classe média intelectualizada. O brasileiro sempre gostou de músicas de amor; e desde Caldas Barbosa (1740 – 1800) até Marília Mendonça (1995 – 2021), nunca ficou desabastecido. Música de amor é uma constante que acompanha nossos ancestrais lusófonos desde a Idade Média, com as cantigas de amor trovadorescas (que, diz Christpher Dawson em A criação do Ocidente, são legado do mundo cortesão árabe, que deu uma amaciada na cultura rústica dos guerreiros de origem bárbara recém cristianizados).

Os entendidos em música saberão apontar a pobreza melódica e apontar a decadência. Mas, do ponto de vista da temática, creio poder dizer que os brasileiros de chinelo estejam bem abastecidos: tem música de paixão & rejeição para todo mundo.

Bom, tendo visto esses artistas, lá fui eu ao YouTube averiguar o cancioneiro de Luísa Sonza, Anitta e BK’. As fêmeas ficam ostentando bunda & riqueza; o macho, poder & riqueza. No caso de Luísa Sonza em particular, o vídeo em destaque se chama As Cachorrinhas. Ela se diz cachorra de marca e apresenta as amigas como cachorras de marca: “Temos pedigree, coleira cara. Meu perfume caro atiça o faro dos vira-lata [sic]. Eu e minhas cachorra, au-au, dá as patinha [sic], deita e rola”. Haja empoderamento. Noutra música, Anaconda, manda o bonitão não se apaixonar, porque ela quer só se distrair uma noite: “Eu pago a conta e a gente se manda, você mostra me a anaconda à la Nicky Minaj. Quando for a hora, só não se emociona, que é mais um pra conta, é só sacanage [sic]”. Anitta também está no reino animal e exalta o rebolado das gatas em Gata.

Quanto a BK’, a temática é indiscernível das músicas de traficante que tocam no cabaré lá junto de casa, ou do MC Poze, ligado ao Comando Vermelho. O eu lírico anda cheio da grana, alude a armas e pega um monte de mulher. O vídeo em destaque é Deu Aulas, no qual o cantor fica se gabando do lucro, do carro, do poder etc. A letra diz: “Mercedes na garagem/ Casas pela cidade/ Trinta bala [sic] no pente/ Um milhão de mano [sic] na linha de frente/ […] Um coração, várias menina [sic]”. Que bom que ele é favorável à democracia!

Antes de concluir que as músicas de amor acabaram, notei no canal a presença da música “Amor”. Ouvi e é só o eu lírico dizendo que a namorada é uma interesseira, já que ele é rico, famoso, poderoso, respeitado, a última Coca-Cola do deserto.

Propaganda pró psicopatia e drogas
De todos esses jovens, só Duda Beat ousa fazer canções românticas. Pelo que entendi, ela é meio cult. Assim como o Baiana System, é pagodão baiano para hipster, Duda Beat é sofrência e piseiro pra hipster. O canal dela tem menos da metade do de BK’, e pode-se dizer que tem público seleto, não é pop.

Então ficamos assim: a elite musical sub-40 faz propaganda de um estilo de vida onde não há amor, e todo o mundo é narcisista. Mulheres narcisistas esfregam a bunda na cara dos homens para mostrar que são gostosas; homens narcisistas ostentam poder e dinheiro para mostrar que são o máximo. Toda essa riqueza deve vir de pornografia, prostituição e drogas, já que, se os homens mencionam pentes de fuzil, tudo o que as mulheres mencionam é o próprio corpo.

É uma vida profundamente solitária, que só deve ser viável para psicopatas. O resto, só com droga para aguentar.


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POSSÍVEL ATAQUE UCRANIANO À BASES RUSSAS NA CRIMEIA

 

Por
Filipe Figueiredo


Imagem de satélite da empresa Planet Labs mostra várias crateras na base aérea russa de Saky, na Crimeia| Foto: Divulgação

Na última terça-feira, dia nove, cerca de doze explosões foram relatadas na base aérea de Saky, na Crimeia. Localizada perto de Novofedorivka, na costa oeste da península, o local é uma das bases do componente aéreo da Frota do Mar Negro russa, que perdeu sua nau capitânia, o cruzador Moskva, em abril. As explosões causaram danos materiais, deixaram feridos e, principalmente, levantam um aspecto interessante do conflito. Se as explosões foram um mérito militar ucraniano, porque o país não reivindica o triunfo?

Em um primeiro momento, todas as informações vieram de fontes russas. O governador russo da Crimeia, Sergei Aksyonov, anunciou que cinco pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança, e que estavam sendo devidamente atendidas. Foram postadas fotos e vídeos em redes sociais russas mostrando grandes colunas de fumaça na região da base. Posteriormente, o número subiu para treze feridos e uma morte. Segundo o Ministério da Defesa russo, ocorreu a “detonação de vários depósitos de munição”.

Inicialmente, as autoridades de defesa russas negaram qualquer tipo de ataque e danos militares, e que o incidente seria investigado para determinar a causa das “detonações”. No dia seguinte, entretanto, a empresa Planet Labs, sediada nos EUA, publicou imagens de satélite registradas nos dias nove e dez. As imagens contradizem a versão russa e mostram danos extensos, incluindo dez aviões de combate destruídos, dos modelos Su-24 e Su-30. As imagens também mostram que edifícios próximos, incluindo civis, ficaram danificados.

Postura da Ucrânia
Nos dias dez e onze, pipocaram diversas informações de “fontes anônimas” das forças armadas ucranianas. Uma, citada por um jornal dos EUA, falou em uma ação de forças especiais e guerrilheiros operando na Crimeia. Outra falou no uso de “armas de longo alcance”. Também especulou-se um ataque aéreo da Ucrânia. No dia onze, canais pró-Rússia em redes sociais afirmaram que o comandante da Frota do Mar Negro, almirante Igor Osipov, foi afastado e substituído pelo seu segundo em comando, o vice-almirante Viktor Sokolov.

Finalmente, também no dia onze, o Ministério da Defesa britânico, um país que apoia a Ucrânia no conflito, em seu relatório diário sobre a guerra, afirmou que a base provavelmente continua em operação e que o “incidente” deve fazer a Rússia “revisar sua percepção de ameaças”. Também é notável que a Força Aérea Ucraniana celebrou a “pequena vitória” em suas redes sociais e com seu porta-voz, Yuriy Ignat, mas sem reivindicar participação direta no episódio.

O leitor deve ter notado que pouco é confirmado, quanto mais reivindicado. No caso russo, o motivo da opacidade é óbvio. A narrativa de “incidente” é dúbia o suficiente para disfarçar tanto um eventual acidente movido por incompetência quanto o impacto negativo de um eventual ataque ucraniano contra uma base longe da linha de frente. Pior ainda, um “incidente” que certamente causou extenso dano material. Cada um dos aviões destruídos custa algumas dezenas de milhões de dólares.

O caso ucraniano, entretanto, é mais curioso. As mídias ligadas ao governo celebraram o episódio, insinuaram alguma participação e o próprio presidente Volodymyr Zelensky aproveitou o contexto para prometer que a Crimeia será retomada pela Ucrânia. Não houve, entretanto, nenhuma reivindicação pelo ataque. Em uma guerra em que seu país está lutando contra um vizinho mais poderoso, sofrendo reveses e com parte de seu território ocupado, não seria uma vitória de propaganda importante clamar por um ataque que deixou grande destruição em uma base tida como segura pelo inimigo?

Escalada do conflito
A resposta está no fato de que a Ucrânia precisa “comer pelas beiradas” e aproveitar suas eventuais vitórias quase em silêncio quando se trata do território russo. Situação parecida aconteceu meses atrás, quando um depósito de combustível explodiu na cidade russa de Belgorod. As imagens mostravam helicópteros de combate em meio à fumaça, mas a Ucrânia adotou a mesma política de opacidade. Pois admitir ataques contra território russo é dar uma possível justificativa para uma escalada russa.

Enquanto a Rússia empenha parte considerável de suas forças armadas no conflito, o país não declarou oficialmente guerra à Ucrânia, passo necessário para uma mobilização geral. Pela constituição russa, armas nucleares podem ser utilizadas apenas caso a “existência do país” seja ameaçada. A Ucrânia admitir que realizou ataques contra território russo poderia servir de eventual justificativa para alguma dessas duas ações, como o uso de armas nucleares táticas.

Existe outro componente nesses cálculos. Caso um ataque desses seja executado com armas fornecidas pelos EUA ou por países europeus, como o sistema de foguetes HIMARS, a Rússia pode acusar esses países de um envolvimento direto no conflito, correndo o risco de uma escalada retórica internacional. Algo que absolutamente ninguém deseja. A política de opacidade, então, embora sonegue os ucranianos de eventuais vitórias de propaganda, evitam problemas maiores, tanto no front militar quanto na política.

O caso específico da Crimeia, entretanto, é paradoxal. Tanto Rússia quanto Ucrânia consideram a península parte de seu território. É possível que, em outro momento do conflito, a Ucrânia realize operações militares contra alvos na Crimeia e fale abertamente sobre isso. E faria isso negando ter atacado a Rússia, mas afirmando que atacou alvos de uma potência ocupante dentro de seu próprio território. Caso isso ocorra, provavelmente o conflito entrará em um novo capítulo, mas apenas o futuro dirá.


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FORÇAS ARMADAS TENTAM CONVENCER TSE PARA MUDAR SISTEMA DE TESTE DAS URNAS

Foto: Redação

Por Felipe Frazão

Militares defendem alterar procedimento realizado desde 2002 pela Justiça Eleitoral que certifica contagem correta de votos

BRASÍLIA – Militares que participam da fiscalização do sistema eletrônico de votação veem como insuficientes até agora as mudanças adotas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ampliar a transparência e a confiança nas eleições.

Ministério da Defesa não conseguiu emplacar uma forma de teste que os militares consideram fundamental para assegurar a segurança e o funcionamento correto das urnas. Esse é o principal ponto que as Forças Armadas querem tentar convencer o próximo presidente da Corte, Alexandre de Moraes, a adotar.

Moraes levou a Bolsonaro convite para sua posse no TSE
Moraes levou a Bolsonaro convite para sua posse no TSE Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O foco dos militares é o teste de integridade. Ele consiste numa votação simulada, realizada desde 2002 pela Justiça Eleitoral, como forma de certificar que as urnas contam corretamente os votos digitados. Nunca houve divergências, mas os militares propuseram mudanças no processo.

No modelo atual, a testagem ocorre no dia da votação nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para onde urnas sorteadas na véspera do pleito são levadas. Lá, em ambiente de “laboratório”, servidores digitam os votos registrados antes em cédulas de papel. Ao fim, a contagem da urna é comparada com a das cédulas. Tudo é filmado e transmitido ao vivo na internet. Fiscais podem acompanhar o procedimento e não há envolvimento direto de eleitores.

Os militares acham que a votação paralela do teste deve ocorrer em condições reais. Por isso, propuseram que o teste de integridade seja realizado na própria seção eleitoral. Bastaria instalar uma segunda urna apenas para os testes. E, além disso, os eleitores deveriam ser convidados a participar, o que garantiria, na visão deles, o ritmo real de votação. Depois de votarem na cabine oficial, eles seriam chamados a destravar a urna-teste com a própria biometria e, em seguida, dispensados. A partir daí, servidores da Justiça procederiam à votação paralela como fazem hoje.

Manifestantes se reúnem em ato pela defesa da democracia em São Paulo

Leitura da carta em defesa da democracia foi transmitida em um telão no Largo São Francisco

Técnicos do TSE, no entanto, contestam a proposta da Defesa. Para eles, os moldes do teste de integridade, como pensado pelos militares, pode gerar “confusão”. Programadores da Corte ponderam que o ambiente da seção eleitoral é mais tumultuado, sujeito a interferências, para receber um exame tão preciso.

Como mostrou o Estadão, ministros do Planalto entraram em cena para restabelecer pontes com Moraes e convencê-lo a ouvir os militares. Seria uma forma de baixar a temperatura antes de atos contra ministros convocados por Bolsonaro no 7 de Setembro.

Moraes levou pessoalmente ao presidente o convite de sua posse no TSE, marcada para 16 de agosto. No encontro, eles conversaram por cerca de uma hora. Interlocutores de Bolsonaro reforçaram a versão de que Moraes tende a aceitar um acordo.

 

ATAQUE AO ESCRITOR DE VERSOS SATÂNICOS

 

  1. Cultura 
  2. Literatura 

Moradores entrevistados pela AP relatam felicidade e satisfação ao tomar conhecimento do esfaqueamento do autor de ‘Versos Satânicos’, considerado blasfêmia pelo governo local; outros temem que caso torne o país ainda mais isolado

  • Nasser Karimi e Jon Gambrell, Associated Press – Jornal Estadão

Iranianos estão reagindo com orações e preocupação quanto ao ataque do romancista Salman Rushdie – o alvo de um fatwa de décadas feito pelo ex-líder supremo Aiatolá Ruhollah Khomeini, pedindo por sua morte.

Continua sem explicação o porquê de o agressor de Rushdie, identificado pela polícia como Hadi Matar, de Fairview, Nova Jersey, ter esfaqueado o autor enquanto ele se preparava para falar em um evento na sexta-feira, 12, na zona oeste de Nova York. O governo teocrático do Irã e sua mídia mantida pelo Estado não atribuíram nenhum motivo ao ataque. Mas em Teerã, alguns que toparam falar à Associated Press apoiaram o ataque visando o escritor que eles acreditam ter manchado a fé islâmica em seu livro de 1988 Os Versos Satânicos.

Salman Rushdie está conectado a respirador e pode perder um olho após ataque

Salman Rushdie
Salman Rushdie em foto tirada em Paris em 10 de setembro de 2018 Foto: Joel Saget/AFP

Nas ruas da capital do Irã, imagens do Aiatolá Khomeini continuam expostas enquanto as pessoas passam. “Eu não conheço Salman Rushdie, mas estou feliz em ouvir que ele foi atacado, já que ele insultou o islã”, disse Reza Amiri, um entregador de 27 anos. “Esse é o destino para qualquer um que insulte santidades”. Outros, porém, se preocuparam que o Irã se torne mais excluído do mundo enquanto as tensões sobre seu cambaleante acordo nuclear continuam altas. 

“Eu sinto que quem fez isso está tentando isolar o Irã”, disse Mashid Barati, professor de geografia de 39 anos. “Isso afetará negativamente as relações com vários países – até mesmo Rússia e China”. 

Khomeini, em más condições de saúde no último ano de sua vida, após o impasse na guerra entre Irã-Iraque, que dizimou a economia do país nos anos 1980, publicou a fatwa para Rushdie em 1989. O decreto islâmico veio durante violentas revoltas no mundo islâmico em relação ao romance, que alguns viram como blasfêmia, já que fazia sugestões sobre a vida do Profeta Maomé. “Eu gostaria de informar a todos os intrépidos muçulmanos no mundo que o autor do livro intitulado Versos Satânicos… Assim como aos publicadores que estavam cientes de seu conteúdo, estão a partir de agora sentenciados à morte”, disse Khomeini em fevereiro de 1989, de acordo com a rádio Teerã. Ele acrescentou: “Qualquer um que o mate, ao fazer isso, será reconhecido como mártir e irá diretamente para o céu”. 

Mais cedo neste sábado, 13, a mídia estatal iraniana destacou um homem identificado como tendo sido morto enquanto tentava executar a fatwa. O libanês Mustafa Mahmoud Mazeh, que morreu quando um livro bomba que ele tinha explodiu antecipadamente em um hotel em Londres em 3 de agosto de 1989, 33 anos atrás. 

Matar, o homem que atacou Rushdie na sexta, 12, nasceu nos Estados Unidos, com pais libaneses que imigraram do vilarejo sulista de Yaroun, contou o prefeito da cidade Ali Tehfe à AP. Yaroun se situa apenas a alguns quilômetros de Israel. No passado, os militares israelenses atacaram o que descreveram como posições da milícia Xiita apoiada pelo Irã, Hezbollah, na região. 

Nas bancas de jornal neste sábado, 13, as manchetes de primeira página mostravam seus próprios palpites quanto ao ataque. O linha-dura Vatan-e Emrouz cobria o que descreveu como “uma faca no pescoço de Salman Rushdie”. O jornal reformista Etemad perguntava: “Salman Rushdie perto da morte?”. O conservador Khorasan trazia uma grande foto de Rushdie em uma maca, com a manchete: “Satan a caminho do inferno”.

Mas a 15ª Fundação Khordad, que pôs uma recompensa de 3 milhões por Rushdie, permaneceu em silêncio após o início da semana de trabalho. Funcionários recusaram a responder imediatamente à AP, repassando as questões a um oficial que não estava presente. A fundação, cujo nome se refere aos protestos de 1963 contra o ex-xá pelos apoiadores de Khomeini, geralmente foca em prover ajuda aos deficientes e outros afetados pela guerra. Mas, assim como outras fundações conhecidas como “bonyads” no Irã, financiada em parte por bens confiscados dos tempos do xá, muitas vezes servem aos interesses políticos da linha-dura do país. 

Os reformistas do Irã, aqueles que querem lentamente liberar o país da teocracia Xiita e ter melhores relações com o ocidente, tem tentado distanciar o governo do país do decreto. O ministro das relações exteriores do presidente reformista Mohammed Khatami em 1998 disse que “o governo se dissocia de qualquer recompensa que tenha sido oferecida nesse sentido e não apoia isso”. Rushdie lentamente começou a voltar à vida pública por volta daquele tempo.

Mas alguns no Irã nunca esqueceram a fatwa contra ele. No sábado, 13, Mohammad Mahdi Movaghar, um morador de 34 anos de Teerã, descreveu ter uma “boa sensação” após ter visto Rushdie sendo atacado. “Isso é prazeroso e mostra àqueles que insultam as coisas sagradas de nós, muçulmanos, que além das punições no pós-vida, você será punido também neste mundo, pelas mãos das pessoas”, ele disse.

Outros, porém, se preocuparam que o ataque – independente do porquê ele tenha acontecido – possa atrapalhar o Irã enquanto o país tenta negociar sobre seu acordo nuclear com as potências mundiais. Desde que o presidente Donald Trump unilateralmente retirou os Estados Unidos do acordo em 2018, Teerã tem visto sua moeda desvalorizar e sua economia se desgastar. Enquanto isso, Teerã enriquece urânio, agora mais perto do que nunca de armas entre uma série de ataques ao longo do Oriente Médio.

“Isso tornará o Irã mais isolado”, avisou o ex-diplomata iraniano Mashallah Sefatzadeh. Enquanto as fatwas podem ser revistas ou revogadas, o atual supremo líder Aiatolá Ali Khamenei, que assumiu após Khomeini, nunca fez isso. “A decisão feita quanto a Salman Rushdie continua válida”, disse Khamenei em 1989. “Como eu já disse, essa é uma bala para a qual há um alvo. Ela foi disparada. Um dia, cedo ou tarde, atingirá seu alvo”

Mais recentemente, em fevereiro de 2017, Khamenei respondeu sucintamente a uma pergunta endereçada a ele: “A fatwa da apostasia do maldito mentiroso Salman Rushdie continua tendo efeito? Qual é o dever muçulmano nesse sentido?”. Khamenei respondeu: “O decreto foi publicado por Imam Khomeini”.

INSTRUÇÕES PARA CONSEGUIR MAIS VISITAS NO SITE

 

BY FRANK MARCEL – Mestre Academy

SEO: Como conseguir mais visitas no site otimizando conteúdo?

Quem investe em SEO certamente tem como objetivo alcançar o topo do Google para gerar tráfego orgânico. Essa tarefa, no entanto, não é algo tão simples e exige alguns cuidados.

Existem práticas que podem afastar os visitantes e fazer com que seu resultado seja menos satisfatório do que o esperado. Por isso, neste artigo, você confere quatro alternativas para trabalhar com SEO em busca de um maior número de visitantes no seu site e blog.

Continue lendo e descubra!

Alternativas para trabalhar com SEO e conseguir mais tráfego para o seu site

Melhorar o seu conteúdo e se atentar às seguintes alternativas de SEO pode aumentar o seu tráfego orgânico. Confira as dicas:

1. Pruning

O pruning, ou “poda” em tradução livre, é uma tática utilizada contra a canabalização de palavras-chaves, ou seja, quando um mesmo blog publica diferentes conteúdos com a sobre o mesmo assunto e faz com que diferentes páginas concorram entre si.

Assim, essa poda pode ser realizada eliminando conteúdos que agregam menos para o seu público ou agrupando assuntos similares em uma só página, já que para o Google um dos critérios de relevância é a originalidade.

Mesmo que a canabalização não seja um problema no seu blog, realizar essa tática é importante para melhorar pois traz benefícios, como:

otimização do tempo de rastreio;

distribuição de autoridade;

performance para experiência de usuário.

2. Reotimização

A reotimização, como o nome sugere, é o aperfeiçoamento dos conteúdos já publicados. Nesse processo é possível realizar o pruning, mencionado anteriormente, ou até mesmo atualizar o conteúdo e revisitar as boas práticas de SEO.

Essa ação traz diversas vantagens, como:

melhora as conversões através de novos links e CTAs otimizados;
aumenta o tráfego orgânico;
reforça a autoridade da sua página.

3. Linkagens internas

Na estratégia de linkagem interna, diferentes conteúdos possuem links que apontam para outro artigo ou para uma página do seu site.

Essa tática é um fator importante para otimização de SEO, mas é importante ter cuidado aos critérios e escolher páginas estratégicas para receber mais links e ganhar posições no rankeamento.

4. Completar acervo de conteúdo no site

Ao revisitar o seu blog você pode identificar as falhas de conteúdo. É possível enxergar assuntos que são de interesse e que são muito falados no seu nicho ou segmento, mas que ainda não estão no seu blog.

É possível utilizar ferramentas como Ahrefs e Semrush para comparar as palavras-chave que o seu site não tem posicionamento, mas que os concorrentes possuem. Assim você identifica oportunidades para a criação ou otimização de um conteúdo.

Por que você está ignorando a ferramenta de vendas mais poderosa do mundo?

Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)

Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local, pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer “milão” é “caro demais”.

Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A lógica deveria ser justamente a inversa.

Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.

O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR DIA!).

Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.

Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?

Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?

Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?

Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?

Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…

Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?

Absolutamente nenhuma além da internet.

E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?

Marketing Digital é barato, mas não é de graça.

Vamos fazer uma conta de padaria:

Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?

Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.

Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.

Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.

Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.

Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno de R$ 5,51.

Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.

Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…

E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.

Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números disparados na frente do marketing tradicional.

Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.

Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?

Deixo a reflexão.

Preferências de Publicidade e Propaganda

Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago

Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais veículos de propaganda você tem preferência?

Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.

Vantagens da Propaganda no Rádio Offline

Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.

É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio funciona bem demais!

De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim, concretizar suas vendas.

Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline

Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no rádio. Frequentemente, os rádios também são usados ​​como ruído de fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,

A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

LULA NÃO PODE CHAMAR BOLSONARO DE GENOCIDA

 

Em 24 horas
Por
Gazeta do Povo


Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT)| Foto: Alan Santos/PR e Ricardo Stuckert

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Raul Araújo determinou nesta quarta-feira (10) a remoção de vídeos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chama o presidente Jair Bolsonaro (PL) de “genocida”. O magistrado acatou um pedido apresentado pelo PL. Com a decisão, o YouTube deverá excluir em 24 horas sete vídeos que estão publicados na plataforma.

Araújo considerou que as declarações de Lula classificando Bolsonaro como “genocida” configuram “propaganda eleitoral extemporânea negativa, por ofensa à honra e à imagem de outro pré- candidato ao cargo de presidente da República”. A declaração do petista foi feita em um evento em Garanhuns (PE) no dia 22 de julho. “O genocida acabou com o Minha Casa Minha Vida e prometeu Casa Verde e Amarela. Eu quero dizer para ele que vocês vão ganhar essas eleições para mim, e que nós vamos voltar, nós vamos voltar, e que nós vamos voltar a fazer o Minha Casa Minha Vida”, disse Lula durante o evento, apontou o PL na ação.

No entendimento do ministro, “a palavra ou expressão ‘genocida’ tem o sentido de qualificar pessoa que perpetra ou é responsável pelo extermínio ou destruição de grupo nacional, étnico, racial ou religioso”. Na última sexta-feira (5), o PL acionou o TSE contra discursos de Lula por suposta campanha eleitoral antecipada.

A ação cita eventos em que o petista discursou em Teresina (PI), Serra Talhada (PE), Recife (PE), Garanhuns (PE), Fortaleza (CE), Campina Grande (PB) e Brasília (DF). O PL apresentou sete ações contra a campanha de Lula na semana passada. “Os participantes do processo eleitoral devem orientar suas condutas de forma a evitar discursos de ódio e discriminatório, bem como a propagação de mensagens falsas ou que possam caracterizar calúnia, injúria ou difamação”, escreveu Araújo na decisão.

O partido de Bolsonaro argumentou que Lula “realizou verdadeiro discurso de ódio contra seu opositor, o que reforça a gravidade dos atos praticados e o reprovável desrespeito do pré-candidato petista ao cumprimento das normas eleitorais, em prejuízo daqueles que se portam conforme entendimento jurisprudencial sedimentado”.

O ministro ressaltou que a Corte eleitoral já decidiu que “a livre manifestação do pensamento não encerra um direito de caráter absoluto, de forma que ofensas pessoais direcionadas a atingir a imagem dos candidatos e a comprometer a disputa eleitoral devem ser coibidas, cabendo à Justiça Eleitoral intervir para o restabelecimento da igualdade e normalidade do pleito ou, ainda, para a correção de eventuais condutas que ofendam a legislação eleitoral”.

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PT DEFENDE A DEMOCRACIA MAS DEFENDE FIDEL CASTRO E SEU REGIME

 


Por
Rodrigo Constantino – Gazeta do Povo


O escárnio tomou conta da velha imprensa. Os militantes tucanopetistas não conseguem mais esconder seu viés ideológico, sua histeria antibolsonarista, e para tentar atingir o presidente estão dispostos a tudo, inclusive a fingir que bajuladores de tiranos assassinos são ícones da democracia.

A esquerda quer usurpar a palavra democracia, sem qualquer compromisso real com a essência da coisa. Basta ver o caso de Lula: ele sempre foi companheiro ideológico de Fidel Castro, o maior tirano que o continente já teve. Certa vez, Lula chegou a dizer que Fidel era o líder mais importante das Américas. Democrata?

Lula apoia até hoje o regime venezuelano, e chegou a pedir votos para Nicolás Maduro. Na era Chávez, Lula afirmou que a Venezuela tinha “excesso de democracia”, isso quando o regime opressor já perseguia, prendia e matava adversários políticos do socialista.

Bem recentemente, Lula saiu em defesa de seu companheiro da Nicarágua, o ditador Daniel Ortega, que chegou a ser comparado a Merkel pelo petista, justificando sua longa permanência no poder e ignorando as diferenças básicas entre a Alemanha democrática e o modelo autoritário nicaraguense. Democrata?

Não obstante, com todo o seu cinismo que cheira a psicopatia, Lula escreveu: “Defender a democracia é defender o direito a uma alimentação de qualidade, a um bom emprego, salário justo, acesso à saúde e educação. Aquilo que o povo brasileiro deveria ter. Nosso país era soberano e respeitado. Precisamos, juntos, recuperá-lo”.

Eis aí a tirania da visão, o monopólio dos fins nobres, a interdição do debate sério e adulto. Democracia é sobre meios, não fins. Você “defende” mais comida e emprego para os pobres? Então é um “democrata”, diz Lula. Em qual manual ele tirou essa definição tosca?

Defender a democracia é defender a ditadura cubana, a ditadura venezuelana ou a ditadura da Nicarágua, como Lula faz? Defender a democracia é comandar o mensalão petista, que usurpou a representatividade ao comprar o apoio dos parlamentares eleitos?

Nada disso importa. Os “respeitados” tucanos assinaram a cartinha patética “em defesa da democracia”, e nem com a assinatura do próprio Lula desistem de insistir na farsa. “Perfis bolsonaristas menosprezam carta pró-democracia, diz estudo”, segundo o site Poder360. Claro que devem menosprezar esse troço: só otário acredita mesmo que é pró-democracia, e não pró-Lula, o que é diametralmente oposto!

Um procurador signatário da cartinha foi ao jornal nesta quarta “explicar” a necessidade de uma defesa da democracia neste momento. O sujeito disse que a carta não era contra ninguém em especial, e logo em seguida passou a detonar Bolsonaro e falar de ameaças imaginárias ao nosso sistema democrático. Fala mansa, é verdade, mas como disfarça mal!

Quando o apresentador – já que os comentaristas não puderam participar da entrevista – questionou sobre a corrupção, o procurador disse que a carta era específica sobre democracia, e corrupção é outro assunto, tal como desigualdade social. Ele ignorou que a corrupção do mensalão petista corroeu a própria democracia!

Em seguida, o militante petista chamou as manifestações patrióticas pacíficas de “golpistas”, e mencionou um pensador esquerdista gringo qualquer para dizer que a preocupação com nossa democracia era “científica”. Tão “científica” quanto a “ciência” da esquerda na pandemia. Uma farsa que já veio abaixo também, inclusive com um professor de educação física tratado como especialista pela imprensa toda e que agora já se filiou ao PT para encerrar o teatro.

Tudo no Brasil anda farsesco demais quando se trata de oposição ao governo Bolsonaro. E eis o que temos na prática: o Brasil apresenta os melhores indicadores econômicos da região, enquanto os países vizinhos mergulham no caos inflacionário, na recessão e em escândalos infindáveis de corrupção.

Para piorar, a Argentina lulista passou a considerar a Venezuela e a Nicarágua “países democráticos”. Isso sim é virar pária mundial, motivo de chacota e vergonha no mundo todo. Eis aí a “democracia” que os signatários da tal cartinha tucana pregam…


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CRÍTICA À CARTA PELA DEMOCRACIA DOS ANTIDEMÓCRATICOS

 

Por
Paulo Polzonoff Jr.


As reais intenções da “Carta pela Democracia” se resumem a esta imagem.| Foto: Reprodução/ Twitter

PARA LER ESTA CRÔNICA, VOCÊ VAI PRECISAR DE:
Dois olhos (é possível ler com apenas um dos olhos, se você tiver experiência)
Óculos (Não obrigatório. Pode ser para miopia, hipermetropia, astigmatismo e bifocal. Apenas óculos escuros não são recomendados)
Conhecimento prévio de que várias personalidades, entre elas artistas, banqueiros e o próprio Lula, assinaram uma tal de “Carta pela Democracia”
3 onças de imaginação (daquelas bem brabas)

MODO DE USAR
Percorra as linhas, juntando letras em sílabas, sílabas em palavras, palavras em frases, frases em sentenças e sentenças em parágrafos, até chegar ao ponto final-final. Com sorte, em algum momento as coisas começarão a fazer sentido. Vai por mim!
Adicione um pouco de humor para dar leveza à leitura, senão corre o risco de a crônica desandar.
Recheie com imaginação meio-amarga

UM ÚLTIMO AVISO
A contragosto, mas para o bem do exercício literário, mantive o estilo pobre e claudicante da carta original, incluindo a pontuação de cartorário prestes a sofrer um derrame. Também a estrutura da carta original foi mantida, só para acrescentar uma dificuldadezinha ao desafio.

AGORA, SIM, A CARTA EM SUA VERSÃO SINCERONA

No dia 17 de maio de 2013, num ambiente confuso que em breve desembocaria em enormes manifestações de rua contra tudo e contra nada, a filósofa, ativista e sobretudo petista Marilena Chauí, uma espécie de Márcia Tiburi com mais bagagem, durante um debate entre esquerdistas que só discordam quanto à melhor bala usar no paredão dos reacionários, disse “eu odeio a classe média”. A fala veio para coroar o clima de animosidade política, do “nós contra eles”, sabiamente fomentado por mais de uma década de governos do PT. Dividir para controlar, lembra?

A semente plantada rendeu frutos. O Brasil se dividiu. A ex-presidenta Dilma Rousseff sofreu impeachment, mas conseguimos emplacar a narrativa de que tudo não passou de um golpe dessa direita fascista e neoliberal. Lula foi preso e, assim, tornou-se o mártir de que a esquerda precisava para assumir o poder sem lero-lero de Lulinha Paz & Amor.

Temos poderes da República, o Executivo encurralado, o Legislativo amordaçado e o Judiciário jurando que é independente (tirando aqueles dois capachos do bolsonarismo) e capaz de respeitar e zelar pela observância do pacto maior, a Constituição Federal. E, para o nosso bem e o bem do nosso contracheque, tem gente que acredita.

Sob o manto da Constituição Federal de 1988, prestes a completar seu 34º aniversário, sofremos sucessivas derrotas nas urnas, mas, aos poucos, com a ajuda dos nossos companheiros professores desde o pré até a faculdade, conseguimos vencer os pleitos e, quando não vencíamos, fazíamos tanta pressão que havia até quem achasse que a maioria conservadora do País era, na verdade, progressista. Aproveitamos para mandar um abraço ao nosso fiel escudeiro, o senador Randolfe Rodrigues, também conhecido como o Gigante do Amapá.

A lição de Chauí está estampada em Marx e principalmente nos atos de seus mais nobres revolucionários, de Stalin a Fidel, passando pelo camarada Mao e sobretudo Pol Pot, que mandava matar qualquer um que parecesse e fosse mesmo da classe média.

“Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo”, repetem as autoridades, bem como nosso marqueteiro ensinou. E, de fato, Bangladesh e Butão são o mundo quando se trata de emplacar um slogan travestido de argumento. E não somos bestas, combinamos com o PSDB e podemos hoje estufar o peito para dizer que houve alternância de poder e que, por isso, as urnas eletrônicas são totalmente seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral. Caramba, esse argumento tá muito bom e ninguém vai ser doido de refutar.

Isso que a gente chama (rindo) de democracia cresceu e amadureceu, mas muito ainda há de ser feito. Bonito isso de “muito ainda há de ser feito”, hein? Veja só como nosso redator tem estilo. Mas onde é que estava mesmo? Ah, sim.  Vou repetir um trecho da cartilha… Deixa eu ver. Página 13. Aqui vai:  “Vivemos em um País de profundas desigualdades sociais, com carências em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública”. E se você não chorou com isso é porque é fascista.

Temos muito a caminhar no desenvolvimento das nossas potencialidades econômicas de forma sustentável, o que não quer dizer muita coisa, mas “potencialidades econômicas” é bonito e “de forma sustentável” sempre apela para aquele medinho que você sente quando falam de mudanças climáticas. O Estado apresenta-se ineficiente diante dos seus inúmeros desafios que só nós, da esquerda, podemos resolver – como já ficou claro em experiências realizadas em Cuba, Coreia do Norte, URSS (que Deus a tenha!) e China. Pleitos por maior respeito e igualdade de condições em matéria de raça, gênero e orientação sexual ainda estão longe de ser atendidos com a devida plenitude e enquanto o País estiver falando “criado mudo” e separando os banheiros por gênero é porque ainda temos muito a exterminar, digo, lutar.

Nos próximos dias (preguiça de pesquisar), teremos o início da campanha eleitoral para escolher um bando de burocrata, alguns deles francamente inúteis, mas necessários para a hegemonia de esquerda não dar cara. Neste momento, deveríamos estar falando na festa da democracia, com a disputa entre os vários tons de esquerdismo, que até hoje fingem ser antagônicos para o bem do nosso projeto de poder para as próximas décadas.

Em vez de uma festa cívica (mais um lugar-comum desses e eu desisto!), estamos passando por momento de imenso perigo para nossas pretensões autoritárias de curto, médio e longo prazo, com a possibilidade de o Inominável, feio, bobo e cara de mamão ser reeleito ou, no caso de (vamos usar um eufemismo) anormalidade eleitoral, questionar a legitimidade de um pleito cuja lisura in-con-tes-tá-vel (tente para você ver só uma coisa!) conta com a garantia de nomes como Alexandre de Moraes e Edson Fachin, parceiros que já se mostraram simpáticos à nossa causa oh tão democrática.

Poxa, a gente saiu às ruas, levou cacetada e teve companheiros torturados e mortos até encontrarmos a melhor forma (a gramsciana) de impor nossos valores e agora esse povo fica colocando a pulga atrás da orelha dos inocentes úteis? Assim não pode, assim não dá. Por isso, nesta parte da carta vamos aumentar o tom e dizer que são intoleráveis (uau!) as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional. Que ameaças? As ameaças, oras. Teve aquela vez que. E aquela outra vez que. Ah, ameaças assim no tom de voz agressivo, nas piadas, na falta de decoro. Não precisamos ser tão específicos.

Assistimos recentemente àquele maluco do Trump fazendo trumpice nos Estados Unidos. Ainda bem, porque assim podemos usar a invasão do Capitólio para dizer que a direita fascista (nunca é demais usar essa palavra) tentou desestabilizar a democracia e a confiança do povo na lisura das eleições. Lá os negacionistas terraplanistas supremacistas não tiveram êxito. Aqui tampouco terão. Porque o êxito será nosso, do povo que até hoje usa máscara, que acredita no Márcio Pochmann, que dá uma camiseta do Black Lives Matter para a secretária no Dia da Empregada Doméstica. Que só odeia para o seu bem.

Por sermos moral e intelectualmente superiores, nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam essa gentinha de quinta categoria, o tal de “povo” que a gente só bajula em ano eleitoral porque ainda precisa. Como já foi dito aqui, sabemos fingir diferenças irreconciliáveis em prol de algo muito maior: a ditadura do proletariado ou, se não der, o capitalismo monopolista à moda chinesa.

Imbuídos do furor revolucionário que lastreou o discurso do “nós contra eles”, bem como o desabafo de Marilena Chauí, atacada por proferir palavras que todo esquerdista gostaria de cuspir na cara da burguesia, independentemente de quem prefere o PT ou o PSOL ou ainda o PSTU, tadinho, clamamos as brasileiras e brasileiros a ficarem alertas na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições. Isto é, a cravar o 13 nas urnas.

No Brasil atual não há mais espaço para o conservadorismo ou para essas tentativas de abrir a economia. Capitalismo, fé e liberdade são coisas que ficaram no passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pela eleição de Lula e a manutenção de importantes lideranças, como Renan Calheiros, no poder.

Por isso, cínica e mentirosamente vamos engolir o nojo e emular o discurso patriótico para berrar de forma uníssona (que significa “ao mesmo tempo”, caso você tenha estudado com nossos mestres paulofreireanos):

Nós odiamos o homem comum!


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O AGRONEGÓCIO É UMA VOCAÇÃO NACIONAL

 

Vocação nacional

Por
Alexandre Garcia


O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de encontro que reuniu o agronegócio nacional em Brasília.| Foto: Clauber Cleber Caetano

Nesta quarta houve um encontro gigantesco do meio rural no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O presidente esteve lá e pudemos ver a vibração dos sindicatos rurais do país. O Brasil está vocacionado para ser o grande produtor de alimentos do mundo – já está sendo, mas será mais ainda, produzindo talvez o dobro, o triplo. Eses assuntos foram discutidos, eu mediei um debate com a participação dos ministros da Agricultura e do Meio Ambiente, que agora estão juntos, porque antigamente meio ambiente e agricultura se digladiavam, vocês lembram que a Marina Silva caiu fora do governo Lula por causa disso.

O presidente Bolsonaro foi aclamado e deixou muita gente mais tranquila porque trouxe sua posição em relação ao marco temporal, aquela discussão sobre o momento em que passa a valer o que está no artigo 231 da Constituição. Eu digo que vai valer para o dia 5 de outubro de 1988, porque a Constituição diz que pertencem aos índios as terras que eles tradicionalmente ocupam – é presente do indicativo, é naquele dia, não é “vierem a ocupar” ou “tiverem ocupado”. Se fosse “tiverem ocupado”, os tamoios vão querer o Rio de Janeiro de volta, por exemplo.

No encontro se tratou de muita coisa importantíssima para o agro, essa nossa vocação. Como o ministro Paulo Guedes já comentou, nós temos a vocação para alimentar o mundo, com potencial para produzir muito mais. Temos a vocação para ser a grande potência verde do mundo, porque dois terços deste país estão coberto de verde. A vocação de ser potência energética, porque podemos ter 50 Itaipus no Nordeste; temos energia eólica, da solar nem se fala, com toda essa superfície de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, e mais a capacidade de produzir o etanol. Já imaginaram, a energia baratíssima e sem impostos? O Brasil iria disparar! Digitalmente, estamos sendo a quarta potência do mundo. Muita gente vem aqui para o Brasil ver como conseguimos fazer o Pix, como conseguimos pagar imediatamente o auxílio emergencial, que nos ajudou a passar pela pandemia, e agora o Auxílio Brasil.


Plano Safra reforça vocação do Brasil para a energia mais nobre que existe
Como é bom poder decidir o próprio aumento de salário, não?
Mas, no outro lado disso tudo, vemos o Supremo se concedendo um aumento de 18%. Algum de vocês teve esse aumento recentemente? Até o pessoal da enfermagem teve agora um piso, mas o terrorismo midiático já está dizendo que vai haver demissões nos hospitais.

A corrupção vence mais uma, agora no TCU

É de entristecer quando vemos o que está acontecendo nessa luta entre a honestidade e a corrupção, a ética e a corrupção; ela chegou a ser ganha pela ética, mas agora a corrupção vem querendo voltar. O Tribunal de Contas da União disse que Deltan Dallagnol e Rodrigo Janot, ex-coordenador da Lava Jato no Ministério Público e ex-chefe do Ministério Público da União, têm de indenizar a União em R$ 2,8 milhões como se tivessem roubado esse dinheiro. Terão de devolver como muitos dos corruptos devolveram o que roubaram – e daqui a pouco vão cancelar a devolução, os ladrões serão indenizados. Já vimos o que aconteceu com Sergio Moro, como se ele tivesse feito alguma coisa de errado, quando na verdade suas sentenças foram confirmadas pelo tribunal revisor e na terceira instância, no Superior Tribunal de Justiça. E aí conseguiram reverter tudo no STF com decisões de recursos. É bom que a gente saiba disso, porque nós somos a origem do poder e não podemos receber esse tipo de mudanças passivamente. Não podemos fingir que não temos nada com isso; temos muito a ver com isso.


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TEMOS DEFLAÇÃO DEPOIS DE MUITOS ANOS DE INFLAÇÃO

 

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Por Redação – Jornal Estadão

Brasil registra IPCA negativo pela 15ª vez desde o início do Plano Real, em 1994

Em um País como o Brasil, que lutou por anos a fio contra a hiperinflação, pensar em deflação ainda pode soar meio estranho. Mas ela dá as caras de vez em quando. Acabou de acontecer em julho, pela 15ª vez desde o início do Plano Real – a queda foi de 0,68%. Essa também foi a maior queda desde o início da série histórica do IBGE, em janeiro de 1980. Mas, afinal, o que é deflação, e qual seu impacto para a economia?

A deflação se caracteriza pela queda generalizada dos preços durante um determinado período de tempo – é o oposto da inflação. Em geral, está associada a uma queda da demanda pelos produtos, seja porque a oferta de bens e serviços cresceu mais do que a procura, seja porque os consumidores ficaram mais retraídos em relação aos gastos (preferindo elevar o nível de poupança, por exemplo).

Não é o caso da deflação brasileira em julho. Segundo os especialistas, essa é uma queda de preços, de certa forma, “artificial”, uma vez que foi provocada principalmente pela redução de impostos incidentes sobre produtos como combustíveis e energia. Não há uma queda generalizada de preços, o que caracterizaria uma deflação “clássica”.

Para os consumidores, deflação pode parecer uma coisa boa, já que significa redução de gastos e mais dinheiro no bolso. Mas uma deflação persistente não é um bom sinal quando se pensa na economia como um todo. É um sinal de debilidade da atividade econômica.

Queda nos preços dos combustíveis foi principal fator para a deflação registrada em julho
Queda nos preços dos combustíveis foi principal fator para a deflação registrada em julho  

Quando há excesso de oferta de bens, ou ausência de demanda, há um aumento da capacidade ociosa na produção, e investimentos em novas fábricas, ou ampliação de linhas, por exemplo, deixam de fazer sentido. Um dos efeitos disso acaba sendo o aumento do desemprego. O remédio para combater esse quadro costuma ser o aumento dos gastos públicos, que pode levar a um endividamento maior do Estado. Ou seja, torcer para uma deflação permanente pode não ser uma boa ideia.

VEJA TAMBÉM

Veja a seguir os meses em que o País registrou deflação desde o início do Real, segundo o IBGE:

Agosto/1997: -0,02%

Julho/1998: -0,12%

Agosto/1998: -0,51%

Setembro/1998: -0,22%

Novembro/1998: -0,12%

Junho/2003: -0,15%

Junho/2005: -0,02%

Junho/2006: -0,21%

Junho/2017: -0,23%

Agosto/2018: -0,09%

Novembro/2018: -0,21%

Setembro/2019: -0,04%

Abril/2020: -0,31%

Maio/2020: -0,38%

Julho/2022: -0,68%

CRISE NO MERCADO DE BENS DE LUXO

  Brasil e Mundo ...