Artigo Por Rogério Bueno de Queirós – Gazeta do Povo
Imagem ilustrativa.| Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina/Arquivo
A
partir de agosto de 2022 iniciamos um novo ciclo de eleitoral, no qual
iremos escolher os novos representantes do Poder Executivo. E temos as
eleições para o Parlamento com renovação de 1/3 do Senado Federal, e
novos deputados federais e estaduais.
Todas as eleições são de suma importância porque é através delas que
fortalecemos nossas instituições, tão necessárias para o desenvolvimento
de um Estado Democrático de Direito. Neste momento, vou me concentrar
nestas, pois são os representantes do Legislativo os responsáveis pela
elaboração da lei e das reformas estruturais tão necessárias ao nosso
país.
O Brasil carece de reformas estruturantes há muito tempo. Entra
governo, sai governo e as mudanças, cruciais, sempre acabam fincando
para trás por motivos diversos. Sendo o principal a falta de vontade
política para realizar as mudanças que precisam ser feitas. Reforma
administrativa, reforma eleitoral, reforma trabalhista e a reforma
tributária, que por várias vezes, esteve na pauta para aprovação.
De nada adianta efetuarmos simplesmente uma reforma do tributo se não
atacarmos os problemas mais profundos do sistema tributário brasileiro.
As empresas brasileiras vivem num verdadeiro manicômio tributário,
com milhares de leis, decretos, normas interpretativas e/ou
regulamentadoras, soluções COSIT e outros tantos. Manter a empresa na
legalidade é uma tarefa hercúlea do empresariado. Por vezes dedicamos
mais tempo aos assuntos fiscais, que propriamente a gerar riquezas e
empregos.
Caberá aos novos legisladores a missão cívica de enfrentar este
problema com muita determinação para acabar com esse pandemônio
tributário que vivemos. Hoje temos um sistema altamente complexo,
irracional, injusto, que estimula a judicialização e permite a sonegação
aos montes.
Neste ciclo eleitoral que se acaba ao fim deste ano, vimos por
diversas vezes, ensaios de reforma tributária, mas de uma forma afoita,
impensada, que não ataca os males do sistema tributário. O país
precisa, sim, de uma reforma tributária, e não de uma reforma de
tributos.
O que pudemos observar nas várias tentativas feitas na atual
legislatura foi simplesmente uma troca de impostos, um “agrupamento de
impostos”, com aumento de carga tributária, sem atacar os inúmeros
problemas que o nosso sistema impõe a sociedade brasileira. São R$ 5
trilhões judicializados, devido à imensidão de normas que as empresas
precisam cumprir. Esse é o problema que precisa ser atacado.
Temos uma enorme parcela da economia que não paga nenhum centavo de
imposto. São 30% do PIB brasileiro, que não é alcançado pelos braços do
“leão”. Pasmem, 30% do que se produz no Brasil, não gera impostos. Isso é
efeito da ação de sonegadores, da economia informal, elisão fiscal,
dinheiro do crime organizado e do tráfico. Esse problema também não foi
atacado por nenhuma das propostas apresentadas, e “quase aprovadas” no
Congresso Nacional.
Como é a nova proposta de reforma tributária que prevê apenas três impostos Portanto,
de nada adianta efetuarmos simplesmente uma reforma do tributo se não
atacarmos os problemas mais profundos do sistema tributário brasileiro,
que é desigual, injusto, complexo, caro, sem transparência e, sobretudo,
o verdadeiro “verdugo” de milhões de empregos pela alta carga
tributária que impõem sobre a mão de obra.
O Brasil clama por uma reforma tributária que seja fruto de um amplo
debate, envolvendo todos os setores da sociedade, com a participação de
especialistas independentes na formulação das propostas.
Que sejam avaliados os impactos e os legítimos interesses de todos os
setores da sociedade, que estimule a criação de empregos desonerando a
folha de pagamento e o crescimento contínuo da econômica,
O mundo está digital e exige uma nova “ordem tributária” que
desburocratize sua aplicação, facilite o sistema de pagamento dos
tributos, traga economia e justiça aos contribuintes. Esta, sim, será
uma reforma tributária, e não simplesmente uma reforma do tributo.
Assentado, com boné do MST, assina título de propriedade da terra
em Londrina, em 5 de agosto de 2022, apesar da orientação em contrário
do movimento.| Foto: Divulgação / Incra
“Pessoalmente, só aceito um título de propriedade quando existir um
trabalhador sem a possibilidade de ter a terra e de produzir os
alimentos, se me apresentarem um título de propriedade assinado por Deus
e com firma reconhecida”, afirmou o ex-governador do Paraná (e agora
candidato a esse mesmo cargo) Roberto Requião a famílias de assentados
na cidade de Londrina, em março deste ano. Naquela ocasião, em evento
com a presença do ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula,
Requião acrescentou que “os valores cartoriais, a propriedade consagrada
acima do interesse das pessoas, tem de ser rejeitada”. Em outras
palavras, ele estava exortando os ex-sem-terra a recusar os títulos de
propriedade de terras que vêm sendo concedidos pelo governo federal
dentro do processo de reforma agrária – no último dia 5, em Londrina,
179 famílias, muitas das quais ouviram o “conselho” de Requião,
receberam esses títulos.
O “assinado por Deus e com firma reconhecida” é referência ao famoso
Samba da Bênção, composto por Vinicius de Moraes, mas, ao usar a frase,
Requião propõe uma verdadeira maldição: que as famílias de agricultores
abram mão da maior segurança que podem ter, a posse definitiva de um
pedaço de terra, do qual poderão tirar livremente seu sustento. Tudo
para que esses assentados continuem dependentes do Movimento dos
Sem-Terra, sujeitos às vontades das lideranças do grupo, mantidos em
situação de insegurança para que, assim, continuem a ser curral
eleitoral das esquerdas a cada dois anos. É o que o atual presidente do
Incra, Geraldo Melo Filho, chamou de “lógica da manutenção da
dependência” em entrevista à Gazeta do Povo: “A qualquer momento esses
não titulados poderiam ser retirados de seus lotes, às vezes com
violência. E na hora em que você titula, esse poder deixa de existir”.
A esquerda pretende que as famílias de agricultores abram mão da
maior segurança que podem ter: a posse definitiva de um pedaço de terra,
do qual poderão tirar livremente seu sustento
Para manter o “culto à lona preta”, o MST usa de samba-enredo a fake
news, como a afirmação de que “com seis meses de titulação a terra pode
ser vendida e novamente concentrada pelo latifúndio”, feita por
Alexandre Conceição, da diretoria nacional do MST. No entanto, a Lei
13.465/2017, fruto da conversão de uma medida provisória assinada por
Michel Temer em dezembro de 2016, é clara ao afirmar que há um prazo de
dez anos durante o qual a propriedade não pode ser vendida; e, mesmo
depois desse período, a lei impede que eventuais negociações levem a
nova concentração de terras. O dispositivo, assim, mescla de forma
razoável o reconhecimento da hipossuficiência do assentado, sua
liberdade para negociar a terra depois de determinado tempo, e impede a
reconcentração de propriedades.
E, para que não fique dúvida alguma de que o que menos interessa ao
MST e aos partidos de esquerda é o bem-estar dos sem-terra e dos
assentados, a entidade chegou a manifestar a intenção de ir até o
Supremo Tribunal Federal para impedir o prosseguimento das titulações. O
movimento afirma que o governo está ignorando o instrumento da
Concessão de Direito Real de Uso (CDRU), que mantém a propriedade da
terra nas mãos do Estado, permitindo apenas a exploração da terra pelos
assentados, ainda sob a “administração” do MST. Mas essa modalidade,
ainda que tenha a preferência dos chefões dos movimentos sociais por
razões óbvias, nem de longe é a única permitida pelo artigo 18 da Lei
8.629/93, que rege o processo de reforma agrária; além da entrega dos
títulos definitivos, o governo atual ainda usa os títulos de concessão
de uso (CCU), que transferem o imóvel para o assentado de forma
provisória, já garantindo acesso à terra, a créditos e programas
federais de apoio à agricultura familiar, em uma espécie de estágio
intermediário até a posse definitiva.
Ainda que o governo federal tenha preferência nítida pelas
modalidades que garantem, mais cedo ou mais tarde, a posse individual da
terra, isso não significa que as CDRUs tenham sido abandonadas; elas
ainda são usadas, embora sejam minoria. Na verdade, muito mais
importante é o fato de os títulos definitivos (seja individuais, seja
coletivos como a CDRU) concedidos em três anos e meio de governo
Bolsonaro já superarem aqueles concedidos em 14 anos de petismo no
Planalto, sem contar os cerca de 290 mil CCUs, usados quando a
propriedade ainda não está em condições legais para que haja a titulação
definitiva.
O conselho de Requião, felizmente, vem sendo ignorado pelas famílias
contempladas na reforma agrária – seja com os títulos definitivos, seja
com os provisórios, mas que já abrem inúmeras portas em termos de
crédito e dão a segurança da posse definitiva no futuro, assim que todos
os entraves legais forem removidos. E não poderia ser diferente.
Coletivização e insegurança jamais interessaram àqueles que buscam
apenas as condições econômicas de trabalhar a terra e construir sua vida
com o próprio suor. Essas pessoas querem ser reconhecidas como
indivíduos, com dignidade e direitos plenos, e não como massa de manobra
para movimentos sociais e políticos oportunistas.
Tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física foi atualizada pela última vez em 2015.| Foto: Fernando Jasper/Gazeta do Povo
Promessa
de campanha ainda em 2018, a atualização da tabela do Imposto de Renda
da Pessoa Física (IRPF) voltou à agenda do presidente Jair Bolsonaro
(PL), que agora afirma já estar assegurada a correção das faixas de
alíquota do tributo para o ano que vem.
“Já está conversado com o Paulo Guedes. Vai ter atualização da tabela
do Imposto de Renda para o próximo ano. Está garantido já”, afirmou na
semana passada, em entrevista à Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul. “Não
sei o percentual ainda, mas vamos começar a recuperar isso daí. Porque
tá virando, na verdade, um redutor de renda.”
A última vez que a tabela do IRPF foi corrigida foi em 2015.
Considerando a inflação do período, a consequência direta da manutenção
das faixas de incidência do tributo é a elevação da carga tributária
sobre a renda, penalizando de maneira mais acentuada o contribuinte de
menor renda.
Dados do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal
do Brasil (Sindifisco Nacional) apontam que em 1996 eram isentos do
imposto contribuintes que ganhavam até nove salários mínimos. Hoje, a
faixa isenta vai até 1,73 salário mínimo, de acordo com estudo publicado
no início do ano pela entidade. Sem a correção da tabela, o IRPF
passaria a incidir, em 2023, sobre uma renda de 1,5 salário, o
equivalente a R$ 1.941.
Caso as alíquotas do Imposto de Renda tivessem sido atualizadas nos
últimos sete anos, com base no IPCA, estaria livre do imposto quem
recebe até R$ 4.427,59 mensais – hoje a faixa de isenção cobre renda de
até R$ 1.903,98. A defasagem média da tabela do IRPF chega a 134,52%,
segundo o Sindifisco.
Como os impostos avançam cada vez mais sobre a classe média e os mais pobres “Esse
processo de corrosão das faixas é um fenômeno que acontece desde lá
atrás, do início do Plano Real”, diz o economista Manoel Pires,
coordenador do Observatório de Política Fiscal do Instituto Brasileiro
de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre). “Com o tempo, você
tem incorporado mais gente no IR em razão da defasagem dessas faixas”,
explica.
Para Pires, enquanto não é possível avançar em uma reforma tributária
mais ampla, é legítimo o governo discutir a redução do peso do IRPF,
ainda que em um contexto eleitoral.
“Nos governos anteriores você reajustava pela inflação ou pela meta
inflacionária. Ficava um ou outro ano sem reajuste, mas nunca por tanto
tempo. Parece que é uma demanda de certa forma inevitável”, avalia o
economista. “Existe de fato um aumento de carga tributária
principalmente sobre as pessoas mais pobres, então não é um tema que
deva ser ignorado mais.”
Proposta de reforma do governo corrigia tabela do Imposto de Renda, mas não avançou Em
2018, Bolsonaro já havia prometido corrigir a tabela do IRPF, com a
elevação da faixa de isenção para até cinco salários mínimos, o
equivalente a cerca de R$ 5 mil à época. O governo chegou a encaminhar
ao Congresso, em 2021, um projeto de lei (PL 2.337/2021) de reforma do
IR que previa, entre outras mudanças, a atualização da tabela do imposto
para pessoas físicas.
A faixa de isenção subiria dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 2,5 mil,
segundo o texto. Além disso, seria retomada a taxação, de até 20%, sobre
lucros e dividendos. Rendimentos de fundos de investimento imobiliário
(FII) também passariam a ser tributados em até 15%.
O projeto, no entanto, acabou bastante desidratado durante a
tramitação na Câmara e está parado desde setembro no Senado. Em
dezembro, o relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador
Angelo Coronel (PSD-BA), apresentou um projeto em separado, propondo
elevar a faixa de isenção para R$ 3,3 mil, mas essa proposição também
não avançou.
Um dos entraves para a reforma é a perda de arrecadação, bastante
ressaltada por estados e municípios, que recebem parte das receitas. De
acordo com a equipe econômica, a atualização da tabela proposta no PL
2.337 geraria uma renúncia de R$ 13,5 bilhões em 2022, R$ 14,46 bilhões
em 2023 e R$ 15,44 bilhões em 2024, em valores da época.
Em abril, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que estudava
utilizar o excesso de arrecadação do governo para subsidiar a correção
da tabela do IRPF. “Conversamos se corrigimos a tabela do IR agora ou se
deixamos para primeira ação do novo governo”, disse, durante
conferência promovida pelo Bradesco, considerando um cenário de
reeleição de Bolsonaro. “Não queremos usar toda a alta de arrecadação de
uma vez. Vamos devolver apenas parte para não corrermos riscos
fiscais”, explicou.
Lucros das estatais podem fazer governo voltar ao azul após oito anos Para
o economista da FGV, no entanto, boa parte do aumento de receitas da
União decorre de fatores conjunturais e que, portanto, não deve se
manter em longo prazo. “Conforme a Petrobras vende um petróleo a um
preço mais alto, com um câmbio depreciado, o valor em reais aumenta
muito, a lucratividade passa a ser muito alta e o governo recebe uma
quantidade muito grande de dividendos. Além disso, a própria elevação da
inflação aumenta a carga tributária de várias formas”, explica.
“Então existe um receio de que quando esse movimento parar, a gente
perceba que o crescimento da arrecadação não subiu tanto assim, e que a
folga que se imagina que existe hoje não se manifeste de forma tão
significativa”, afirma.
Auxílio Brasil de R$ 600, com promessa de zerar a fila de espera,
é a maior despesa do pacote de benefícios que o governo federal vai
pagar neste semestre.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Começa nesta terça-feira o pagamento do novo Auxílio Brasil, de R$
600. Esse auxílio só foi possível porque se acabou com a corrupção. O
Bolsa Família, por exemplo, pagava R$ 30 bilhões por ano. O Auxílio
Brasil está pagando R$ 115 bilhões. Como é? Sobrou dinheiro de onde? É
que o dinheiro não saiu mais pelo ralo do bandido. Não é dinheiro que
vem de Taiwan, nem de Marte, não foi mais para o bolso dos corruptos.
Na segunda-feira o presidente Bolsonaro fez um apelo, almoçando com
os banqueiros da Febraban, pedindo para que se cobre pouco no empréstimo
consignado dentro do Auxílio Brasil. Quem recebe R$ 600 ainda pode
pedir empréstimo, mas do tipo consignado, em que se vai descontando a
prestação do Auxílio Brasil. O presidente apelou aos banqueiros que
aderirem a esse programa social, então, que cobrem juros baixíssimos.
Bolsonaro também disse que alguns ficam assinando cartinhas pela
democracia, mas que democracia é olhar para ele e ver o que ele está
fazendo. “Vejam se eu já prendi algum deputado, vejam se fiz alguma
coisa contra a democracia.” Então, olhou nos olhos dos banqueiros e
disse: “Quem assinou essa cartinha, no fundo, quer a volta do PT. Vocês
recontratariam um funcionário que roubou de vocês? Se alguém contrata um
cara que roubou a nação por 14 anos, ele vai sentir que fez a coisa
certa e vai fazer em dobro”, disse. É bem o estilo de Bolsonaro dizer na
cara esse tipo de coisa.
Pesquisas e ruas
Vocês leem as pesquisas – eu dou uma olhada, mas nunca as levo a
sério – e olham as multidões que recebem o presidente no Nordeste… sabem
por quê? Ainda vão chegar os R$ 600, mas antes mesmo disso já está
cheio de gente que não tem carteira assinada porque prefere ganhar R$ 5
mil por mês a ter carteira assinada e ganhar R$ 1,2 mil. O consumo
aumentou. As indústrias de confecção estão trabalhando em dois turnos
para dar conta da demanda, estão terceirizando, colocando gente para
trabalhar em casa. A indústria de laticínios está vendendo tudo, todo o
iogurte está saindo. Está ficando difícil encontrar alguém para fazer o
trabalho. Não foi só a água que chegou ao Nordeste; é todo o Brasil que
está dando certo, enquanto o mundo não está. Aqui no Brasil, o número de
famílias em extrema pobreza caiu 22%, segundo o Ipea: de 5,1% para 4%
até o fim do ano. No mundo é o contrário, esse número chegou a subir
15%. No resto do mundo, a inflação está subindo e o PIB está caindo.
Aqui, cai a inflação e sobe o PIB. O que é isso? É o brasileiro! O Paulo
Guedes dá uma mãozinha, o Campos Neto dá uma mão para segurar a
inflação, o Bolsonaro dá uma mão fazendo com que os mal-intencionados,
os que queriam corromper, fiquem com medo. É isso que tem acontecido
neste país.
Antes o PT fazia rifa para bancar campanha, hoje leva meio bilhão de dinheiro do contribuinte Falando
de dinheiro, o União Brasil vai receber R$ 782 milhões dos nossos
impostos para fazer campanha eleitoral. O PT vem em segundo lugar, com
R$ 503 milhões do nosso dinheiro para gastar nas eleições. E pensar que
lá no início, na primeira candidatura de Lula, eles não tinham dinheiro.
Precisaram fazer um sorteio que, segundo o site Poder 360, funcionava
assim: a pessoa comprava o número a R$ 10, o resultado saía pela loteria
federal, e quem ganhasse ia para Cuba, quatro dias e quatro noites em
Havana, dois dias e duas noites em Varadero, na companhia de Lula e
podendo levar um acompanhante. Isso foi na primeira eleição, quando o PT
não tinha dinheiro. Ainda não tinha Petrobras, empreiteiras, essas
coisas…
Palácio do Planalto.| Foto: Pedro França/Agência Senado
O
público brasileiro é alertado, o tempo todo, sobre os perigos, os danos e
as ameaças para a democracia que podem ser causados pelo “discurso de
ódio”. Para a oposição, as classes intelectuais e os vigilantes da
“justiça eleitoral”, naturalmente, só o presidente da República, os seus
familiares e a nebulosa que descrevem como os “bolsonaristas” são
capazes, organicamente, de odiar. Apenas eles, assim, devem ser
fiscalizados pelas forças democráticas, ou quem quer que se apresente
com essa qualificação; a ideia é de que a chapa eleitoral do presidente
Jair Bolsonaro seja cassada se ele praticar o delito de ódio. Esse crime
não existe nas leis brasileiras, mas e daí? A lei também diz que só o
Ministério Público pode fazer investigações e levar acusações à justiça,
mas o ministro Alexandre Moraes comanda há três anos, com equipe
própria, um inquérito policial para punir “atos antidemocráticos”; em
sua condição de futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral ele até
já ameaçou de prisão quem entrar em sua lista negra.
Um dos problemas disso tudo são os fatos que se pode observar no
mundo das realidades. Não foi possível à polícia da democracia, até
agora, flagrar o presidente da República cometendo algum ato de ódio; em
compensação, nunca um personagem da vida pública brasileira foi tão
odiado quanto ele. Ficamos, com isso, numa situação esquisita. Bolsonaro
é monitorado dia e noite por suspeitas de odiar alguém ou alguma coisa.
Mas os seus inimigos vão ficando cada vez mais agressivos nas
demonstrações de ódio contra ele, seus parceiros de política e mesmo os
seus simples eleitores – e ninguém na “justiça eleitoral”, ou coisa que o
valha, acha que possa haver algo de errado com isso. O último surto de
raiva em estado puro veio de mais um jornalista de oposição – o cidadão
disse num vídeo que é preciso queimar o presidente, fisicamente, tocar
fogo no Palácio do Planalto e destruir, ao que se presume pelos termos
da sua sentença de condenação, também quem vota nele.
Isso não seria raiva de primeira categoria? Se não é isso, então o
que poderia ser? Ou: o que mais o sujeito precisa fazer para ser
qualificado na categoria de discursador de ódio? Mas as autoridades
eleitorais e o “campo progressista” não veem nada de mal num negócio
desses; aí, pelo que dá para entender, trata-se de “liberdade de
expressão”. O ministro Moraes e o STF acham que o “mau uso” do direito
de livre manifestação é um dos piores problemas que o Brasil tem hoje.
Mas, em seu entendimento, só a “direita” é capaz de fazer isso – e só
ela vem sendo punida, presa e “desmonetizada” por praticar a liberdade
errada. Se a pregação da violência física e de outras barbaridades vem
da esquerda e vai contra Bolsonaro, não há problema nenhum. Nem o
Ministério Público, nem a Polícia Federal, nem o judiciário, mexeram uma
palha até agora para apurar nada do que existe a respeito.
Se a pregação da violência física e de outras barbaridades vem da esquerda e vai contra Bolsonaro, não há problema nenhum
Não é por falta de oportunidade. O filme de um cineasta conhecido
mostra o presidente da República jogado no chão, com uma faixa verde e
amarela no peito, coberto de sangue; presume-se que ele foi assassinado
durante uma passeata de motocicletas. Em outro vídeo, um grupo de
pessoas joga futebol com a cabeça de Bolsonaro, roubada de um túmulo. Um
comentarista político escreveu num jornal de São Paulo um artigo com o
seguinte título: “Por que torço para que Bolsonaro morra”. Que tal? Não
existe ódio em nada disso? É claro que existe. O que não existe no
Brasil de hoje é imparcialidade da justiça para acompanhar o processo
eleitoral.
Por Marcelo Godoy, Weslley Galzo e Felipe Frazão – Jornal Estadão
Fachin tira da Comissão de Transparência das Eleições oficial por
divulgar em redes sociais fake news sobre urnas eletrônicas; Comando da
Força vai apurar conduta
SÃO PAULO E BRASÍLIA — Imposta pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin,
a exclusão do coronel Ricardo Sant’Anna da comissão de transparência da
Corte expôs falhas do Exército no controle sobre a atuação
político-partidária de oficiais. O episódio revela a fragilidade da
corporação na garantia da isenção no processo de fiscalização das urnas
eletrônicas.
Sant’Anna era um dos nove integrantes indicados pelo Comando de
Defesa Cibernética (ComDCiber) para analisar a segurança do processo
eletrônico de votação. Trata-se de ponto central da atual campanha
eleitoral à medida que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato a mais um mandato, questiona, sem provas, a lisura do sistema.
O coronel postou nas redes informações falsas sobre os equipamentos.
Ele também compartilhava publicações de páginas bolsonaristas e fazia
comentários contundentes sobre o PT. Em um deles, afirmou que “votar no
PT é exercer o direito de ser idiota”. O caso foi divulgado na
sexta-feira pela Coluna Rodrigo Rangel, do site Metrópoles, e confirmado
pelo Estadão.
A reportagem apurou que o Exército pretendia afastar o oficial antes
da decisão de Fachin e só não o fez porque buscava um substituto.
Sant’Anna e os demais integrantes da comissão teriam sido advertidos
sobre o uso de redes quando foram trabalhar no grupo, em 2021. O Comando
determinou que, se houvesse indício de transgressão, ela seria apurada.
Analistas ouvidos pelo Estadão disseram acreditar
que o caso compromete a imagem da Força. “Ele (Exército) pode até querer
agir de forma neutra, mas não está adotando salvaguardas suficientes”,
afirmou o cientista político Renato Sérgio de Lima, do Fórum Brasileiro
de Segurança Pública, que tem acompanhado o movimento das Forças e das
polícias nas eleições.
Para Lima, se o coronel, como cidadão, pode ter uma determinada
opinião, como representante do Estado ele deveria ter demonstrado o
máximo de isenção. Sant’Anna, portanto, deveria ter mais cuidado nas
redes sociais. “Por que o Exército não fez uma investigação social
prévia dos militares? Pois era papel da inteligência levantar essa
situação a fim de proteger a instituição.”
O historiador e ex-presidente da Associação Brasileira de Estudos de
Defesa (Abed) Manuel Domingos Neto afirmou que faltou ao Exército melhor
triagem para saber se havia casos “gritantes” como o do coronel entre
os indicados para a comissão. Para Domingos Neto, seria um desafio
encontrar oficiais isentos, principalmente diante da influência do
bolsonarismo na tropa, mas uma instituição ideal precisa ter mecanismos
de controle.
Favorito para substituir Sant’Anna, o tenente-coronel Gleyson Azevedo
da Silva também deve ficar de fora da comissão. O nome dele havia sido
escolhido pelo Comando do Exército na noite da segunda-feira, mas, assim
como Sant’Anna, o tenente-coronel fez postagens de viés político nas
redes. Em publicações no Instagram, ele criticou o PT e os
ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Com isso, a nomeação do tenente-coronel para a equipe deve ser descartada pelo Ministério da Defesa.
A descoberta da atuação de Sant’Anna e sua exposição prejudicam a
estratégia do governo e dos generais vinculados ao Planalto de ganhar
tempo, ocupando a campanha eleitoral com o debate político sobre as
urnas. Além disso, a revelação se dá em meio às reações da sociedade
civil em defesa da democracia e do processo eleitoral, previstas para
esta quinta-feira, 11, na Faculdade de Direito da Universidade de São
Paulo (USP).
Na semana passada, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio
Nogueira de Oliveira, pediu acesso urgente a dados – os códigos-fonte
das urnas eletrônicas – que estavam disponíveis havia dez meses e já
foram examinados por Polícia Federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e
outros agentes convidados a fazer parte da comissão de transparência.
Como mostrou o Estadão nesta segunda-feira, 11, militares já avaliam como realizar uma apuração paralela,
com base nos boletins de urna e dos Tribunais Regionais Eleitorais
(TREs). O objetivo seria evitar que as explicações técnicas do TSE
consigam exaurir as dúvidas dos militares antes da eleição.
O bolsonarismo precisaria manter a dúvida sobre a lisura das urnas
até o dia do voto, e as Forças Armadas têm nos ocupantes do Planalto
papel central na estratégia. Caso Bolsonaro seja derrotado – e hoje as
pesquisas apontam este cenário, como mostra o agregador de pesquisas do Estadão –,
o discurso da fraude será o primeiro ato para o grupo manter influência
e negar ao vencedor a tranquilidade que a legitimidade do voto garante
ao candidato eleito.
A decisão de Fachin sobre o coronel foi tomada após vir à tona a
notícia de que o oficial do Exército fez diversas publicações nas redes
de conteúdos que, nas palavras de Fachin, “disseminaram informações
falsas a fim de desacreditar o sistema eleitoral”.
“Conquanto partidos e agentes políticos tenham o direito de atuar
como fiscais, a posição de avaliador da conformidade de sistemas e
equipamentos não deve ser ocupada por aqueles que negam prima facie o
sistema eleitoral brasileiro e circulam desinformação a seu respeito”,
escreveu Fachin. “Tais condutas, para além de sofrer reprimendas
normativas, têm sido coibidas pelo TSE através de reiterados precedentes
jurisprudenciais.”
Em uma das postagens, o oficial comparou a segurança das urnas a uma
loteria e escreveu que “nenhum país desenvolvido” adota o sistema. Além
do Brasil, França e Estados Unidos usam urnas eletrônicas.
“A elevada função de fiscalização do processo eleitoral há que ser
exercida por aqueles que funcionam como terceiros capazes de gozar de
confiança da Corte e da sociedade, mostrando-se publicamente imbuídos
dos nobres propósitos de aperfeiçoamento do sistema eleitoral e de
fortalecimento da democracia”, prosseguiu Fachin no ofício à Defesa.
Sant’Anna é formado em Engenharia de Telecomunicações pelo Instituto
Militar de Engenharia (IME) e especialista em defesa a ataques
cibernéticos. É chefe da Divisão de Sistemas de Segurança e Cibernética
da Informação no Exército.
Nesta segunda-feira, 8, o TSE rejeitou pedido das Forças para acessar
documentos das eleições de 2014 e de 2018. A negativa consta em
resposta de Fachin ao ministro da Defesa, que, em junho, havia
solicitado o compartilhamento dos arquivos. / COLABOROU RAYSSA MOTTA
Para lembrar: Corte criou Comissão de Transparência Eleitoral
Comissão
O TSE criou a Comissão de Transparência das Eleições em setembro de
2021 para a qual militares foram convidados a participar. Então sob o
comando de Luís Roberto Barroso, a Corte disse que aumentava, assim, a
participação de representantes da sociedade civil e instituições na
fiscalização das eleições. Edson Fachin sucedeu a Barroso na presidência
do tribunal.
Questionamentos
Desde então, as Forças Armadas passaram a questionar o TSE sobre
supostos riscos e fragilidades que, na visão dos militares, podem expor a
vulnerabilidade do processo eleitoral. A maioria das perguntas e
sugestões reproduz o discurso do presidente Jair Bolsonaro, que tem
colocado em dúvida, sem provas, a segurança das urnas eletrônicas.
Exclusão
O presidente do TSE, Edson Fachin, decidiu excluir do processo de
fiscalização do sistema eleitoral o coronel Ricardo Sant’Anna, que
divulgou informações falsas sobre o processo de votação do País.
Integrantes
Fachin enviou ofício ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de
Oliveira, comunicando a exclusão. Sem Sant’Anna, o grupo que atua no TSE
é composto por: coronel Marcelo Nogueira de Sousa, major Renato
Monteiro, major Márcio Antônio Amite, capitão Marcus Rogers Cavalcante
Andrade, capitão Hélio Salmon, capitão Vilc Rufino, tenente-coronel
Rafael Salema Marques e capitão Heitor Albuquerque Vieira.
As metodologias de gestão nascem em períodos peculiares da história e
visam lidar com a condução de uma empresa de maneiras especiais. Vale a
pena conhecer todas elas para aplicar a melhor em sua empresa
Você acha que a gestão de pequenas e médias empresas é igual à
praticada em grandes companhias? Pois bem, embora possam contemplar o
mesmo conjunto de atividades (com algumas variações, é claro), o modus
operandi é bem diferente por conta de seu porte.
Quanto maior é uma empresa, maior também tende a ser o número de
colaboradores, a presença de processos e sua complexidade. As de menor
porte, ainda que tenham um orçamento limitado, por vezes não dispõem do
capital humano e organizacional necessário para superar os problemas.
De fato, dificuldades existem em todas elas, já que gerenciar uma
empresa está longe de ser uma tarefa simples. Porém, como a situação é
diferente, inclusive em termos financeiros, é de se esperar que os
problemas, medos e receios do dia a dia sejam únicos.
Por exemplo, a maior dificuldade para os donos de pequenos negócios é
a conquista de clientes, além de alta carga tributária, mão de obra,
inadimplência, dificuldade para conquistar crédito e controle e gestão
financeira.
Já em uma conversa da Exame com empresas bem-sucedidas, alguns dos
desafios citados foram a conquista de clientes pós estabilização do
negócio, treinamento de funcionários antigos, liderar a companhia em
todas as áreas, priorizar esforços, reduzir os preços ao consumidor e
lidar com cortes nas crises.
Portanto, é evidente que a gestão empresarial muda de acordo com a
realidade que a companhia vive naquele momento, pois precisa contemplar
seus desafios atuais para que os processos sejam bem-sucedidos, e a
forma de lidar nas empresas de menor porte precisa ser muito bem
pensada.
Ainda no mesmo tema, é interessante notar que existem diferentes
metodologias de gestão, nascidas em períodos peculiares da história e
que visam lidar com a condução de uma empresa de maneiras especiais.
Algumas obtiveram bastante sucesso, outras nem tanto, mas vale a pena
conhecer todas elas para aplicar a melhor em sua empresa, seja de forma
integral ou parcial, com o possível nascimento de um modelo de gestão
único e particular para o seu negócio. Vamos lá!
Gestão de pequenas e médias empresas: 07 metodologias históricas que podem te inspirar
Ter uma gestão eficiente e aplicar técnicas transformadoras é um
grande desafio, e conhecer metodologias com importância histórica,
acompanhadas de lições para aplicar em sua PME, te ajudará a saber como
lidar da melhor maneira possível com o assunto!
1 – O modelo de Andrew Carnegie
Ainda que não tenha um nome propriamente dito, é fato que o
escocês-americano Andrew Carnegie não poderia deixar de aparecer aqui,
tendo em vista que é um dos primeiros nomes de que se tem notícia quando
se fala sobre gestão organizacional.
Carnegie era um nome altamente conhecedor de técnicas de redução de
custos e aumento de lucros em indústrias, objetivos que se tornaram
possíveis de alcançar mediante o uso eficiente dos recursos disponíveis.
Seu investimento em tecnologias e práticas capazes de economizar
tempo e dinheiro revolucionou o setor em que estava inserido, que era o
da metalúrgica, tendo transformado-o em um dos americanos mais ricos do
mundo, não apenas em sua época como também na história.
Tamanho sucesso fez com que ele se tornasse referência em
filantropia, tanto nos Estados Unidos quanto no império britânico.
Apenas nos últimos 18 anos de sua vida, ele deu US$ 350 milhões (quase
90% de sua fortuna) para instituições de caridade, fundações e
universidades, valor equivalente a US$ 65 bilhões em 2019.
2 – Fordismo
Se vamos falar sobre a gestão organizacional, outro nome que precisa
aparecer na lista é o de Henry Ford, empreendedor e engenheiro mecânico
que fundou a Ford Motor Company em 1903, empresa que existe até hoje e
ainda é uma das maiores no meio automobilístico.
Nós já comentamos sobre a gestão de negócios ao longo do tempo por
aqui, onde falamos sobre o modelo de gestão científica de Frederick
Taylor, e este conceito foi determinante para Ford, que usou sua teoria e
princípios para criar uma linha de produção com o auxílio de uma
correia transportadora.
A montagem em série permitiu que ele fosse capaz de construir carros
com uma agilidade muito maior do que existia até então, além de também
ter reduzido os custos para tal, o que permitiu aos cidadãos
norte-americanos terem um carro para chamar de seu, além de ter gerado
milhares de empregos.
Prova de seu sucesso é que foram vendidas pelo menos 16,5 milhões de
unidades do Ford Model T, cuja produção durou de 1908 a 1927. O impacto
foi tanto que o veículo se manteve como o 8º mais vendido de todo o
mundo até 2012, ou seja, 85 anos depois de ter encerrado sua produção.
Uma observação importante sobre o Fordismo é que, em 1914, Henry Ford
percebeu que a taxa de rotatividade dos trabalhadores estava muito
alta, já que a produção e o tempo de trabalho estavam em alta, mas os
salários tinham sido mantidos. Então, a jornada foi reduzida para 8
horas e os salários foram dobrados.
3 – Fayolismo (Teoria clássica da administração)
O engenheiro francês Henri Fayol desenvolveu uma escultura de
pensamento chamada de teoria clássica da administração, a qual ficou
popularmente conhecida como Fayolismo. Seu objetivo era analisar e
sintetizar o papel da gestão nas empresas.
Fayol acreditava que o foco nas atividades de gestão poderia
minimizar erros de compreensão e aumentar a eficiência das organizações.
Por isso, ele esclareceu aos gestores o que deveriam fazer para cumprir
com suas atividades e quais práticas seguir em seu livro “General and
Industrial Management”, de 1916.
Ele desenvolveu os quatorze princípios da gestão, que são os
seguintes: divisão do trabalho, delegação de autoridade, disciplina,
unidade de comandos, unidade de direção, inter-relação entre interesses
individuais e objetivos em comum da organização, pacote de compensação,
centralização, cadeias escalares, ordem, equidade, garantia de emprego,
iniciativas e espírito de equipe.
Além disso, Fayol desenvolveu outro elemento importante para a gestão
empresarial, que são as seis funções primárias da gestão: previsão,
planejamento, organização, comando, organização e controle.
4 – Gestão comportamental
Diferente do que era praticado até então, Mary Parker Follett olhou
para as empresas como grupos ao invés de uma hierarquia. sua teoria de
gestão organizacional foi construída na perspectiva das relações humanas
Em seu livro publicado em 1924, chamado de “Creative Experience”,
Mary diz, em tradução livre, que “Uma grande empresa é a coleção de
comunidades locais. O crescimento individual e institucional é
maximizado quando tais comunidades são autônomas na maior extensão
possível.”
Lições para sua PME: ao olhar para a gestão de pequenas e médias
empresas como algo que envolve indivíduos com suas características e
comportamentos ao invés de se tratar apenas de um negócio comercial, é
possível ter insights diferenciados e que ajudarão a lidar com os
desafios de uma forma mais tranquila.
5 – Análise SWOT
Embora não seja necessariamente um modelo de gestão organizacional, é
inegável que a realização da análise SWOT (Strenghts, Weaknesses,
Opportunities and Traits) ou, em sua versão brasileira, FOFA (Forças,
Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), pode trazer uma série de benefícios
a qualquer empresa.
Algumas pessoas creditam sua criação ao empresário e consultor
estadunidense Albert S. Humphrey, mas ele próprio jamais afirmou ter
inventado tal análise, o que faz com que sua origem permaneça obscura.
A análise SWOT visa fazer com que uma empresa identifique suas forças
e fraquezas (dentro da organização), bem como as oportunidades e
ameaças (fora da companhia), de modo a orientá-la na tomada de decisões
para a obtenção dos melhores resultados possíveis.
6 – Teoria do caos
A teoria do caos nasceu das observações de várias pessoas, como os
franceses Henri Poincaré e Jacques Hadamard, o estadunidense George
David Birkhoff, o soviético Andrey Nikolaevich Kolmogorov, a britânica
Mary Lucy Cartwright, o inglês John Edensor Littlewood e o estadunidense
Stephen Smale, todos matemáticos.
Basicamente, ela se concentra no estudo do caos, que são os estados
de sistemas dinâmicos cujos estados aparentemente aleatórios de desordem
e irregularidades são governados por leis determinísticas altamente
sensíveis às suas condições iniciais.
Em termos simplificados, a teoria, altamente versátil e que também se
aplica à gestão empresarial, diz que a gestão de um negócio não pode
ser controlada. Conforme os sistemas se tornam mais complexos, também
ficam mais voláteis, até que se quebrem e divirjam em uma tentativa de
se manterem estáveis.
Então, as partes podem convergir em um sistema melhor ou se separar
completamente, resultados que podem variar de acordo com cada vez em que
todo o processo ocorre.
7 – Teoria da contingência
Tudo o que vimos até então sobre a gestão de pequenas e médias
empresas consiste em modelos bem definidos, desenvolvidos por seus
criadores e que têm por finalidade ser aplicados em outras empresas. A
teoria da contingência, porém, foge desse padrão.
Dois britânicos (Burn e Stalker) e dois norte-americanos (Lawrence e
Lorsch) trouxeram a ideia de que não há um melhor caminho para se
organizar. Isso não significa que não deve haver estratégia, mas sim que
os negócios devem ser flexíveis às mudanças ambientais e externas.
Em outras palavras, o que eles propõem é que cada companhia faça seus
estudos e testes para entender qual é o melhor modelo para sua
realidade e, então, adote-o para o futuro, ciente de que é preciso estar
preparado para lidar com eventuais mudanças e alterações.
De fato, a gestão de negócios vem carregada de situações complicadas,
da inexperiência ao crescimento acelerado, das dificuldades financeiras
à escolha de novos profissionais para a equipe, mas este é um caminho a
ser percorrido para quem deseja chegar ao sucesso.
Opte você por uma gestão inovadora para RHs e outras áreas ou por
algo mais conservador, tenha certeza de que cada segundo investido na
gestão de pequenas e médias empresas tem o potencial de levar seu
negócio ao sucesso que sempre sonhou, e como vimos, alternativas e
linhas de raciocínio para tal não faltam.
Por que você está ignorando a ferramenta de vendas mais poderosa do mundo?
Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)
Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra
fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local,
pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas
na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer
“milão” é “caro demais”.
Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios
na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A
lógica deveria ser justamente a inversa.
Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.
O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam
conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR
DIA!).
Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.
Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?
Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?
Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?
Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?
Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…
Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?
Absolutamente nenhuma além da internet.
E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?
Marketing Digital é barato, mas não é de graça.
Vamos fazer uma conta de padaria:
Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?
Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.
Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.
Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando
metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada
carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.
Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.
Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta
pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno
de R$ 5,51.
Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.
Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…
E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.
Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco
explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números
disparados na frente do marketing tradicional.
Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.
Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você
deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para
o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?
Deixo a reflexão.
Preferências de Publicidade e Propaganda
Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago
Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para
divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais
veículos de propaganda você tem preferência?
Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das
empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros
meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.
Vantagens da Propaganda no Rádio Offline
Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.
É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda
existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou
produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio
funciona bem demais!
De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas
vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender
que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará
entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim,
concretizar suas vendas.
Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline
Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que
costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no
rádio. Frequentemente, os rádios também são usados como ruído de
fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles
também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o
ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo
quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao
usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,
A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade
para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de
marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e
a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos
smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia
digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo
o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é
colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e
de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a
mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente
estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que
não estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de
alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários
dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso
proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores
que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por
meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce,
os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles
funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os
consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo
ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas
encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus
produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa
que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em
2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas
vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver
seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do
nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a
visibilidade da sua marca.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Sede do BNDES, no Rio de Janeiro: até 2017, banco desembolsou US$
10,5 bilhões para 148 empreendimentos em 15 países.| Foto: André
Telles/BNDES
Fortemente impulsionada nos governos do PT e
suspensa em 2017, a política de financiamento de obras de engenharia no
exterior pelo BNDES ainda mantém um saldo de US$ 1,1 bilhão – cerca de
R$ 5,8 bilhões, pela cotação de quinta-feira (4) – a serem pagos por 12
países à instituição de fomento. Dessa cifra US$ 680 milhões (cerca de
R$ 3,6 bilhões), ou 62%, correspondem à dívida de Cuba e Venezuela.
Embora sejam tratados como empréstimos a outros países, os contratos
referem-se, a rigor, a apoios concedidos a empresas brasileiras para
exportação de bens e serviços. Os pagamentos são feitos pelo BNDES às
companhias nacionais, em reais, após a comprovação das operações. O
importador – que pode ser um ente público ou privado – torna-se, então,
devedor do banco.
Esse tipo de financiamento abrange diversos setores de indústria,
comércio e serviços e já teve como destino 48 nações. A grande
polêmica, no entanto, recaiu sobre os serviços de engenharia. Além de
envolverem grandes construtoras que acabaram tendo seus nomes envolvidos
em escândalos de corrupção, durante as gestões petistas a modalidade
priorizou contratos com governos de esquerda, considerados aliados
políticos.
O PT argumenta que o negócio é rentável e estratégico para o banco e
para o país, uma vez que permite que empresas brasileiras prestem
serviços fora e gerem riquezas para o Brasil. “Todos os grandes países –
Estados Unidos, Alemanha, Japão, entre muitos outros – têm esse tipo de
financiamento para ajudar as suas empresas. Isso existe no mundo
inteiro”, disse recentemente a ex-ministra do Planejamento, Miriam
Belchior, em entrevista ao canal do partido.
Em 2018, durante a campanha para as eleições presidenciais, a
estratégia foi alvo de críticas recorrentes por parte do então candidato
Jair Bolsonaro (PL), que acusava os governos de Lula e Dilma Rousseff
(PT) de irregularidades e prometia abrir a “caixa-preta” do BNDES caso
fosse eleito.
Já no cargo, e após serem gastos R$ 48 milhões em uma auditoria nos
contratos, o presidente reconheceu que não foram encontrados atos
irregulares. “Não foi caixa-preta na verdade, tá aberto aquilo lá. Eu
também pensava que era caixa-preta. Está aberto no site do BNDES, os
empréstimos todos para os outros países aí”, disse Bolsonaro a
apoiadores no ano passado.
Quais países se beneficiaram com os empréstimos
Até 2017, quando o programa voltado a serviços de engenharia foi
suspenso, foram desembolsados cerca de US$ 10,5 bilhões (R$ 55 bilhões)
para 148 empreendimentos em 15 países. Embora o programa tenha sido
iniciado em 1998, na gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), 88% das
operações de exportação de obras foram realizadas entre 2007 e 2015,
nos governos de Lula e Dilma.
Do valor total, 98% foi destinado a apenas cinco empreiteiras:
Odebrecht (76%), Andrade Gutierrez (14%), Queiroz Galvão (4%), Camargo
Correia (2%) e OAS (2%) – todas posteriormente alvo de investigações na
Operação Lava Jato.
Em 2016, após um acordo do BNDES com o Ministério Público Federal
(MPF), novos contratos passaram a exigir, tanto por parte das
construtoras como do governo ou empresa importadora, a assinatura de um
termo de compliance (conformidade), com regras mais rígidas de
governança, como condição para a liberação dos recursos. A partir dessa
medida, US$ 11 bilhões (R$ 57,6 bilhões) previstos para serem
desembolsados em 47 operações ativas acabaram retidos.
Conforme os dados disponibilizados pelo BNDES, 89% dos desembolsos
realizados foram liberados em favor de apenas seis países: Angola (US$
3,2 bilhões), Argentina (US$ 2 bilhões), Venezuela (US$ 1,5 bilhão),
República Dominicana (US$ 1,2 bilhão), Equador (US$ 700 milhões) e Cuba
(US$ 650 milhões).
Desses, três deram calote: Venezuela (US$ 639 milhões), Moçambique
(US$ 122 milhões) e Cuba (US$ 202 milhões), em um total de US$ 964
milhões (R$ 5,1 bilhões) acumulados até março de 2022, data da última
atualização do banco.
Inadimplência foi coberta por Fundo de Garantia à Exportação Todo o
valor não pago por Moçambique, correspondente a 122 prestações, foi
indenizado pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE), instrumento que
cobre eventuais operações não pagas mesmo após tentativas de acordo. O
fundo é constituído de recursos provenientes de alienação, dividendos e
remuneração de capital de ações; reversão de saldos não aplicados;
resultados de aplicações financeiras; comissões decorrentes da prestação
da garantia; além de dotação específica no Orçamento da União.
Para a execução de serviços no país de Nicolás Maduro, o BNDES
desembolsou US$ 1,5 bilhão (R$ 7,9 bilhões) e ainda tem US$ 160 milhões
(R$ 839 milhões) a receber. Nada menos que 598 parcelas do financiamento
a obras na Venezuela acabaram cobertas por recursos do FGE, e há outras
41 prestações em atraso ainda não indenizadas.
Por lá, o dinheiro serviu para custear a construção de linhas e
estações de metrô em Caracas e Los Teques, pela Odebrecht, além do
estaleiro Astialba e da Siderúrgica Nacional, ambas pela Andrade
Gutierrez. Os prazos para pagamento variam, conforme a obra, de 102 a
150 meses.
Em Cuba, foram aportados pelo banco de fomento US$ 656 milhões (R$
3,4 bilhões), e o saldo devedor ainda é de US$ 420 milhões (R$ 2,2
bilhões). O investimento contempla a execução de cinco etapas da
ampliação e modernização do Porto Mariel, pela Companhia de Obras e
Infraestrutura, uma subsidiária da Odebrecht, por um prazo de 25 anos.
As prestações em atraso são 13, mas outras 190 acabaram cobertas pela
garantia do FGE.
Valor recebido já supera total desembolsado Apesar dos calotes, o
valor já pago ao BNDES referente às obras executadas em outros países
supera o total desembolsado em termos nominais. Ao todo, ante os US$
10,5 bilhões investidos, já foram recebidos US$ 12,65 bilhões (R$ 66,3
bilhões), considerando juros e incluídas as indenizações do FGE.
O banco ainda espera receber US$ 1,1 bilhão (R$ 5,8 bilhões). Além de
Cuba e Venezuela, têm saldo devedor a vencer Argentina (US$ 45
milhões), Costa Rica (US$ 12 milhões), Equador (US$ 43 milhões), Gana
(US$ 99 milhões), Guatemala (US$ 91 milhões), Honduras (US$ 35 milhões),
Moçambique (US$ 49 milhões) e República Dominicana (US$ 144 milhões).
Angola, México e Uruguai, que contraíram dívida total de US$ 3,39
bilhões (R$ 17,8 bilhões) também por obras executadas por empresas
brasileiras, já quitaram seus financiamentos.
Carne, leite e ovos começaram a ser substituídos por alimentos
como pasta de amendoim, pão vegano e carne de soja.| Foto: Marcos
Morelli/SMCS
Quando representantes não eleitos pretendem fazer as vezes de
formuladores de políticas públicas e usam o cargo que possuem para ver
postas em prática as próprias ideias, a porta está aberta para
autênticos abusos de autoridade, como o ocorrido em cidades baianas a
partir de 2018. Um programa idealizado por uma promotora do Ministério
Público da Bahia (MP-BA) implantou uma dieta vegana, ao arrepio de todas
as diretrizes dos órgãos gestores da educação, em escolas de municípios
paupérrimos do sertão – e a responsável pela ideia acaba de se livrar
de responder por sua iniciativa diante do Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP).
Letícia Baird criou, em 2018, o programa Escola Sustentável, com o
objetivo de eliminar completamente produtos de origem animal da merenda
oferecida em escolas municipais – não apenas a carne, mas até mesmo ovos
e leite. Em outras palavras, os estabelecimentos de ensino se tornariam
veganos. Tudo em nome de uma proposta alimentar “mais ecológica”, como
se o objetivo da merenda escolar fosse salvar o planeta, em vez de
proporcionar à criança os nutrientes de que ela necessita para se
desenvolver física e intelectualmente.
Não nos cabe, aqui, analisar os méritos nutricionais e morais de uma
dieta vegana em comparação com outra que inclua produtos de origem
animal; esta é discussão que cabe a nutricionistas, médicos e
bioeticistas. Mas, no caso brasileiro, as regras do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) determinam a oferta de proteína
animal ao menos quatro vezes por semana, o que por si só já coloca o
Escola Sustentável em rota de colisão com as diretrizes do órgão a quem
cabe regular aspectos como a oferta de merenda escolar. Depois que o
caso se tornou público, o Conselho Regional de Nutricionistas da Bahia, o
Conselho Federal de Nutricionistas e a Sociedade Brasileira de
Pediatria também criticaram o programa, ressaltando a importância dos
alimentos “proibidos” para o desenvolvimento infantil.
A promotora Leticia Baird impôs uma política pública, aproveitando-se
da posição de membro do Ministério Público e utilizando instrumentos
jurídicos que criavam obrigações falsamente baseadas em leituras
enviesadas e recortadas da Constituição Federal
Nada disso, no entanto, interessou à promotora, que usou de sua
posição de membro do Ministério Público para impor o programa a quatro
municípios baianos, como afirmou ao jornal Washington Post a então
diretora do Conselho de Alimentação Escolar de Serrinha, um dos
municípios usados como “laboratório”. Especialmente sintomático do modus
operandi da promotora foi o uso do instrumento do Termo de Ajustamento
de Conduta (TAC) para o estabelecimento do programa de alimentação
vegana nos quatro municípios. O termo “ajustamento de conduta”, aqui,
não se refere simplesmente a algo que já está bom, mas pode ser
aperfeiçoado; no contexto da administração pública, só há necessidade de
“ajustamento de conduta” quando há uma conduta patentemente errada ou
irregular, e que precisa ser imediatamente interrompida e substituída
pela prática correta. Mas a oferta de carne, leite e ovos na merenda
escolar não é um erro ou irregularidade que exija “ajustamento” – pelo
contrário: é o cumprimento estrito das diretrizes do FNDE. Em outras
palavras, as autoridades que assinaram tais TACs, que ainda por cima
previam multa e até “responsabilização civil, administrativa e criminal,
inclusive, no âmbito da responsabilização por dano moral coletivo”
estavam, implicitamente, admitindo que agiam contra a legislação ou as
normativas governamentais ao oferecer proteína animal aos estudantes, o
que evidentemente não é verdade.
Tais gestores certamente não assinaram os TACs por alguma autêntica
convicção em favor do veganismo; muito provavelmente, falou mais alto o
temor de alguma responsabilização, talvez até mesmo de um processo por
improbidade administrativa. Afinal, o TAC assinado pelo município de
Serrinha deixava subentendida a ideia de que oferecer carne às crianças
seria desperdício de dinheiro do contribuinte – observe-se, por exemplo,
um dos “considerandos”, que atrela o princípio constitucional da
eficiência ao fato de o “custo financeiro” e “ambiental” da produção de
carne ser “elevado, notadamente quanto ao consumo de água necessário,
práticas de desmatamento, elevada emissão de gases de efeito estufa,
além das inúmeras mortes de animais decorrentes”. E, para eliminar
qualquer dúvida de que Leticia Baird age guiada por essa convicção
equivocada, há as próprias palavras da promotora, que, procurada em 2019
pela Gazeta do Povo, afirmou que quem discordasse do cardápio vegano
deveria comer carne “em casa com o seu dinheiro, pois aqui estamos
falando de recurso público” – acrescentando à militância ideológica o
acinte puro e simples, já que se trata de quatro cidades pobres, cujos
IDHs estavam entre os mais baixos da Bahia.
Não se tratou, portanto, de um programa elaborado e apresentado
aos gestores municipais como sugestão, que poderia ser adotada ou
recusada livremente (desde que não violasse as determinações do FNDE),
mas de verdadeira imposição de uma política pública, aproveitando-se da
posição de membro do Ministério Público e utilizando instrumentos
jurídicos que criavam obrigações falsamente baseadas em leituras
enviesadas e recortadas da Constituição Federal. Em resumo, verdadeiro
abuso de autoridade, previsto no artigo 33 da Lei 13.869/19, que
criminaliza o ato de “exigir informação ou cumprimento de obrigação,
inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem expresso amparo legal” –
como agravante, a imposição da dieta vegana não era apenas algo “sem
expresso amparo legal”, mas sim uma violação explícita das normas do
ente gestor da educação nacional. O CNMP, no entanto, fechou os olhos a
tudo isso quando arquivou a investigação sobre a atuação de Leticia
Baird, alegando que a implantação do programa “não se revestiu de
qualquer indício de irregularidade ou de falta funcional que legitime a
atuação do Conselho Nacional do Ministério Público”.
O mesmo CNMP que inventa “crimes de opinião” para punir ex-membros da
Operação Lava Jato, cujo verdadeiro “crime” foi investigar políticos
tão poderosos quanto corruptos, reunindo provas suficientes para que
eles acabassem na cadeia, não vê problema algum quando uma promotora que
milita na defesa dos animais resolve usar sua posição para transformar
crianças pobres em cobaias ideológicas, privando-as de alimentos aos
quais muito provavelmente elas só teriam acesso na escola. Uma grotesca
inversão de valores que apenas incentiva outros membros do MP a
extrapolar suas funções e impor as próprias preferências a gestores
eleitos pelo povo.
A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos,
Nancy Pelosi, durante sua passagem na sexta-feira (5) pelo Japão, um dos
países asiáticos que visitou esta semana| Foto: EFE/Franck Robichon
A
visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados
Unidos, Nancy Pelosi, enviou uma mensagem anti-imperialista à China.
Porém, prejudicou interesses de Washington e de Kyiv na guerra na
Ucrânia. Isso porque o desafio à China tem potencial para aproximar
diplomaticamente ainda mais Pequim e Moscou.
“Por ora, a China está avaliando e tem, sim, neutralidade. Eu serei
honesto: essa neutralidade é melhor do que a China se juntar à Rússia.” A
afirmação é do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ela chamou a
atenção na quarta-feira (3) por destoar do usual tom combativo do líder
da Ucrânia. Parece refletir a preocupação com as possíveis consequências
do apoio de Pelosi a Taiwan.
A congressista americana Pelosi esteve na ilha de Taiwan nesta
semana, entre terça (2) e quarta-feira. Ela se encontrou com a
presidente Tsai Ing-wen em Taipei.
A visita enfureceu o governo chinês, que entendeu a ação como uma
ingerência americana em assuntos internos do país. O governo de Xi
Jinping tem entre seus principais objetivos políticos retomar o controle
sobre a ilha – que tem um governo democrático autônomo, mas não é
reconhecida como independente pela maior parte da comunidade
internacional.
Principalmente para dar uma resposta ao público interno, Pequim
realizou exercícios militares próximo a Taiwan em uma escala sem
precedentes. Ao menos um míssil teria cruzado a ilha e caído no mar. Os
disparos afetaram ainda a área marítima da zona econômica exclusiva do
Japão. Participaram das manobras militares ao menos cem aviões e dez
navios de guerra.
Na Rússia, a visita de Pelosi a Taiwan foi classificada como uma
“provocação” americana contra a China, segundo a porta-voz da
chancelaria, Maria Zakharova. Ela afirmou que Moscou apoia o princípio
de “uma China” e se opõe a qualquer forma de independência de Taiwan. O
porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os russos expressam
“solidariedade absoluta” com a China em relação à ação de Pelosi.
Em 4 de fevereiro, pouco antes do início da invasão russa à Ucrânia, o
presidente russo Vladimir Putin e o líder chinês, Xi Jinping, haviam
anunciado durante a Olimpíada de Inverno de Pequim uma “parceria sem
limites” – na qual declaravam apoio mútuo em relação às questões da
Ucrânia e de Taiwan. Em uma declaração conjunta, os países discorreram,
entre outros temas, sobre multipolaridade e redistribuição de poder no
mundo.
A declaração foi interpretada por analistas ocidentais como uma
espécie de pacto de não agressão, que teria potencial para levar a um
realinhamento da ordem mundial – o que poderia gerar um novo tipo de
Guerra Fria.
Após a invasão russa na Ucrânia, a China se disse neutra e evitou
participar de movimentos diplomáticos arquitetados pelo Ocidente para
condenar o ataque de Moscou nas Nações Unidas.
Mas, enquanto os Estados Unidos e seus aliados tentavam isolar a
economia da Rússia por meio de sanções, os chineses aumentavam suas
compras de energia russa. Um dos principais objetivos do Ocidente é
diminuir a renda de Moscou com a exportação de petróleo para assim
enfraquecer o país e diminuir sua capacidade de guerrear.
Em maio, as importações chinesas de petróleo russo subiram 55% em
relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a rede britânica BBC.
Por causa disso, a Rússia desbancou a Arábia Saudita como maior
fornecedora de petróleo para a China. No mesmo mês, as exportações de
produtos chineses para a Rússia cresceram 14% – fruto de substituições
de importações ocidentais feitas pelo Kremlin.
Além disso, está sendo construído um novo gasoduto para ligar os dois
países e assim aumentar em 10 bilhões de metros cúbicos por ano as
exportações russas para os chineses. Ele deve ficar pronto em dois ou
três anos.
Um dos maiores temores dos ucranianos era que a China passasse a
fornecer equipamentos militares para a Rússia. Porém, isso não tem
ocorrido devido à pressão americana.
Da mesma forma, os Estados Unidos vêm intimidando empresas de
tecnologia para evitar exportações para a Rússia. Segundo o departamento
de comércio americano, as exportações globais de semicondutores para a
Rússia caíram 90% desde o início da guerra. Eles são essenciais para a
indústria armamentista russa, que depende de chips para fazer armas.
Por outro lado, não parece possível que Washington e seus aliados
tenham capacidade de tentar punir Pequim com isolamento econômico.
Alguns analistas dizem que a economia chinesa pode suplantar a americana
na próxima década.
Assim, a parceria entre Rússia e China parece ser, por ora, um
“casamento de conveniência”, movido principalmente pelo antagonismo
comum em relação aos Estados Unidos.
O que o Ocidente e Zelensky parecem tentar evitar é o aprofundamento
dessa parceria. Por isso, o presidente ucraniano baixou o tom e tenta
costurar um encontro com Xi Jinping.
“A visita de Nancy Pelosi a Taiwan foi ruim para os interesses
americanos na Ucrânia. Os Estados Unidos querem isolar a Rússia, mas
acabaram dando motivo para os chineses se aproximarem mais dos russos”,
disse o coronel da reserva Paulo Roberto da Silva Gomes Filho, mestre em
estudos de defesa e estratégia pela Universidade Nacional de Defesa da
República Popular da China.
Não se sabe ao certo se a ação de Pelosi, parlamentar conhecida por
seu ativismo em relação a Taiwan, foi fruto de sua iniciativa individual
ou se foi uma ação orquestrada com o governo democrata de Joe Biden. A
visita acabou sendo criticada por membros do Partido Democrata e
elogiada por integrantes do Partido Republicano.
Além das manobras militares na região de Taiwan, a visita já está
causando deterioração nas relações diplomáticas entre Pequim e
Washington. Na sexta-feira (5), a China anunciou paralisações na
cooperação entre os dois países nas áreas militar, de combate à mudança
climática, imigração e esforços para controlar o tráfico de drogas
global.
A possibilidade da China invadir Taiwan ou eventualmente entrar em
guerra com os Estados Unidos é considerada remota por analistas. Para
invadir a ilha, Pequim teria que fazer uma operação de desembarque
anfíbio, considerada extremamente complexa e dispendiosa. Além disso, um
ataque direto a cidadãos que partilham com a China as mesmas raízes
poderia ser considerado fratricídio – e assim ter um forte impacto
negativo na popularidade de Xi Jinping.
Mas não se sabe ainda até que ponto a deterioração das relações
diplomáticas entre americanos e chineses gerará maior impacto na guerra
da Ucrânia – ou se desencadeará maior suporte econômico chinês aos
russos.
Últimas notícias do campo de batalha Na última semana, a coluna
Jogos de Guerra analisou as possíveis consequências políticas de uma
contraofensiva ucraniana no sul do país. Ao longo dos últimos dias,
combatentes ucranianos no campo de batalha disseram a este colunista ter
recebido informações de que a Rússia está enviando entre 20 e 30 mil
soldados para tentar conter o contra-ataque na região ocupada de
Kherson. A Rússia confirmou o envio de reforços, mas não fornece
números.
A troca de fogo de artilharia entre russos e ucranianos no território
entre Mykolaiv e Kherson tem sido intensa. Esse é hoje o principal
campo de batalha da guerra. Mas não surgiram notícias de avanços
significativos da Ucrânia em direção a Kherson.
Em Zaporizhzhia, ucranianos vêm acusando a Rússia de usar a usina
nuclear de Enerhodar como um escudo. Moscou teria posicionado diversas
peças de artilharia entre os seis reatores nucleares e disparado contra
regiões vizinhas defendidas pelo exército ucraniano. O exército de Kyiv
não pode revidar para não causar uma catástrofe nuclear.
Na frente informacional, Rússia e Ucrânia debatem quem é o
responsável por uma explosão no campo de prisioneiros de guerra de
Yelenovka, em Donetsk. No dia 29 de julho, uma detonação matou 53
combatentes ucranianos que eram mantidos detidos no local e deixou
dezenas de feridos. Eles eram integrantes do Batalhão Azov que haviam se
rendido no cerco à cidade de Mariupol.
A Rússia acusou a Ucrânia de ter causado a explosão ao disparar um foguete Himars contra a prisão de forma acidental.
A Ucrânia disse ter provas de que combatentes da República
Separatista de Donetsk, aliados da Rússia, detonaram uma bomba dentro da
prisão para matar os prisioneiros e assim ocultar indícios de tortura
praticada contra eles. Foram apontados como indícios disso supostas
escutas telefônicas que mostrariam oficiais ligados à Rússia comentando a
operação e o fato de que as janelas das edificações vizinhas ficaram
intactas – o que apontaria para o uso de uma bomba e não de um foguete.
A Ucrânia diz que está investigando o caso, mas não há por ora processo investigatório independente.