“Nós viajamos para Tiananmen para honrar os estudantes,
trabalhadores e cidadãos comuns que lutaram pela dignidade e pelos
direitos humanos que todos merecem”, disse Pelosi.| Foto: Reprodução
Twitter
Em 1991, dois anos após o Massacre da Praça da Paz
Celestial (Tiananmen) na China, Nancy Pelosi estendeu uma faixa, no
mesmo local, que dizia “Para aqueles que morreram pela democracia na
China”, ao lado dos deputados Ben Jones e John Miller.
Em seguida, eles deixaram flores brancas em homenagem às vítimas.
Policiais chineses ordenaram que os legisladores americanos parassem de
se manifestar e que os jornalistas desligassem as câmeras. Alguns deles
foram presos.
“Nós viajamos para Tiananmen para honrar os
estudantes, trabalhadores e cidadãos comuns que lutaram pela dignidade e
pelos direitos humanos que todos merecem”, publicou Pelosi em 2019, no
Twitter, junto com uma reportagem de televisão feita em 1991 durante
essa viagem à China.
Não é de se espantar que, 31 anos depois, a
atual presidente da Câmara dos Deputados tenha viajado a Taiwan, mesmo
após ameaças do gigante asiático.
O massacre Não dá para negar a coragem que Pelosi teve ao
protestar, em plena terra chinesa, contra o ataque de tanques de guerra e
metralhadoras a civis que se manifestavam contra a ditadura do país em
junho de 1989.
Centenas ou milhares de pessoas (a censura
chinesa impede estimativas precisas) que circulavam por Pequim foram
atingidas pelo exército da própria nação.
Ambulâncias que
tentavam transportar feridos eram atacadas e os hospitais recebiam
ordens de não prestar atendimento às vítimas. O assunto até hoje é
proibido na China.
Relação de Pelosi com a China e Taiwan nas últimas décadas De lá
para cá, a legisladora levantou a bandeira da democracia diversas vezes.
Em 2009, por exemplo, no 20º aniversário do Massacre em Tiananmen,
Pelosi discursou no Capitólio ao lado de três ex-prisioneiros – Yu
Zhijian, Yu Dongyue e Lu Decheng -, que foram detidos na China durante
os protestos na praça.
Em 2019, homenageando as vítimas e os soldados pró-democracia, ela também apresentou uma estátua em Washington.
“A
história de Nancy Pelosi passa por denunciar os massacres chineses e
pelos abusos aos direitos humanos. Por isso, ela apoia fortemente
Taiwan”, destaca o internacionalista Igor Lucena.
Além das
claras manifestações contra o autoritarismo chinês, em diferentes
funções políticas dos Estados Unidos, Pelosi se reuniu diretamente com
líderes chineses, buscando negociações diplomáticas.
Em 1993,
por exemplo, Pelosi pediu que a China fosse impedida de sediar as
Olimpíadas, devido ao desrespeito aos direitos humanos no país. Em 2008,
ela tentou convencer o então presidente do país, George W. Bush, a
boicotar os Jogos Olímpicos em Pequim. No começo deste ano, ela também
pediu por um boicote diplomático às Olimpíadas de Inverno no país,
devido ao tratamento prestado aos muçulmanos uigures em território
chinês.
A viagem a Taiwan
A viagem da deputada à Ásia estava agendada para abril e foi adiada
por causa da guerra na Ucrânia, mas já incluía a passagem por Taiwan,
autoproclamada independente da China, mas considerada parte do grande
país asiático pela ditadura chinesa dentro de sua política de “uma só
China” (que, formalmente, é endossada pelos Estados Unidos).
Antes
da viagem, a China ameaçou responder militarmente a essa visita e disse
que a presença de Pelosi na região era uma “afronta com consequências
mundiais”. Os chineses anunciaram exercícios militares no país vizinho
como manifestação.
Por isso, a chegada do avião da delegação
americana foi mais uma demonstração de apoio de Pelosi àqueles que estão
dispostos a enfrentar o exército chinês pela democracia.
Liberdade de expressão Por Leonardo Desideri – Gazeta do Povo Brasília
Congresso deverá votar nos próximos dias a derrubada do veto
presidencial a um dispositivo legal sobre fake news.| Foto: Wesley
Amaral/Câmara dos Deputados
O Congresso pode estar prestes a
criar o crime de fake news eleitoral, que seria punido com prisão de até
cinco anos. Esse será o principal foco de uma sessão conjunta da Câmara
e do Senado que estava marcada para julho, mas, por um acordo entre
lideranças partidárias, foi adiada e deverá ocorrer nos próximos dias.
Parlamentares decidirão se derrubam ou não alguns vetos que o
presidente Jair Bolsonaro (PL) fez a uma norma do Legislativo que
revogou a Lei de Segurança Nacional e definiu crimes contra o Estado
Democrático de Direito. A decisão mais controversa se refere a um
dispositivo que cria o crime da “comunicação enganosa em massa”,
penalizando com até cinco anos de reclusão quem “promover ou financiar”
pela internet “campanha ou iniciativa para disseminar fatos que sabe
inverídicos e que sejam capazes de comprometer a higidez do processo
eleitoral”.
No ano passado, Bolsonaro sancionou a norma, mas vetou esse
dispositivo. Para o presidente, “a proposição legislativa contraria o
interesse público” por não definir “qual conduta seria objeto da
criminalização” e por deixar em aberto “se haveria um ‘tribunal da
verdade’ para definir o que viria a ser entendido por inverídico a ponto
de constituir um crime”. Essa situação, segundo ele, poderia provocar
“enorme insegurança jurídica”.
“A redação genérica tem o efeito de afastar o eleitor do debate
político, o que reduziria a sua capacidade de definir as suas escolhas
eleitorais, inibindo o debate de ideias, limitando a concorrência de
opiniões, indo de encontro ao contexto do Estado Democrático de Direito,
o que enfraqueceria o processo democrático e, em última análise, a
própria atuação parlamentar”, acrescentou Bolsonaro ao vetar a proposta.
Na mesma sessão, outra votação controversa será a do veto
presidencial à repressão de manifestações políticas. Bolsonaro não quis
sancionar um dispositivo que prevê prisão de até quatro anos a quem
“impedir, mediante violência ou grave ameaça, o livre e pacífico
exercício de manifestação”. O motivo, segundo ele, é a “dificuldade de
caracterizar, a priori e no momento da ação operacional, o que viria a
ser manifestação pacífica, o que geraria grave insegurança jurídica para
os agentes públicos das forças de segurança responsáveis pela
manutenção da ordem”.
O Congresso estava em recesso até o dia 31 de julho. Com a volta aos
trabalhos e a iminência do período eleitoral, é provável que a derrubada
do veto presidencial seja votada nos próximos dias, mas ainda não há
uma data definida para a sessão.
Se o Congresso derrubar o veto, os dispositivos mencionados passarão a
fazer parte da Lei do Estado Democrático de Direito. O professor
Alessandro Chiarottino, doutor em Direito Constitucional pela
Universidade de São Paulo (USP), avalia que um recurso ao Supremo
Tribunal Federal (STF) neste caso seria em vão. “A única forma de lutar
contra esse dispositivo seria uma Ação Direta de Inconstitucionalidade,
só que todos nós sabemos que a maioria dos ministros do Supremo comunga
com essa mesma visão restritiva da liberdade de expressão”, diz.
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Derrubada do veto sobre fake news pode dar grande poder a juízes de pequenas zonas eleitorais O
advogado Adriano Soares da Costa, especialista em Direito Eleitoral,
considera que a derrubada do veto ao dispositivo sobre “comunicação
enganosa em massa” pode criar uma aberração: dar grande poder para que
até mesmo juízes de pequenas zonas eleitorais apliquem punições a quem
propagar certos tipos de informação.
“Se o veto cair, o Congresso Nacional vai estar outorgando o poder ao
juiz de cada zona eleitoral. Quem é que vai aplicar primeiro esse
artigo? É o juiz eleitoral de cada zona eleitoral quem exercita o poder
de polícia da propaganda [eleitoral]. Isso é uma função que não é
judicial; ela é, primeiro, administrativa. O juiz eleitoral numa zona do
interior, de qualquer cidade, tem o poder de polícia em uma atividade
administrativa sua. Você imagina o seguinte: para qualquer denúncia,
esse juiz vai ter condição de exercer o poder de polícia. Ele vai, em
nome desse artigo, numa atuação com o Ministério Público ou de ofício,
poder tomar medidas de natureza judicial”, explica.
Para ele, a derrubada do veto reforçará no Brasil “um contexto de
criminalização da liberdade de expressão”. “Nós temos visto, no país,
uma crescente relativização e mitigação da liberdade de expressão como
garantia de direito fundamental próprio da soberania popular”, observa.
“Qualquer pessoa, qualquer cidadão, poderá se sujeitar a ter que
responder a um processo. Isso gera no mercado das ideias um antecipado
constrangimento, um estado de vigilância constante. É aquela história da
‘era do capitalismo de vigilância’: o que se quer, na verdade, é tolher
o cidadão pelo medo.”
Alessandro Chiarottino ressalta que a antiga Lei de Segurança
Nacional, que foi revogada, tratava de atos concretos, mas que a redação
proposta na nova lei não vai na mesma linha. “Ela trata de atos que não
são ações, mas simples manifestações de opinião. Você está proibindo um
ato que começa e acaba com uma manifestação de opinião. Aí alguém pode
dizer: ‘mas essa manifestação de opinião pode ter consequências fáticas
na realidade’. Acontece que todo o Estado Democrático de Direito – isso
em qualquer país do mundo, desde seu surgimento – está ligado à
liberdade de opinião e expressão. Existe um limite para essa
liberdade? Sim, mas esse limite tem que ser colocado com muita cautela,
sob pena de anular o próprio sentido do Estado Democrático do Direito”,
comenta.
Segundo Chiarottino, a subjetividade do dispositivo sobre fake news
pode criar uma espécie de “Ministério da Verdade” no Brasil. “Como é que
um órgão governamental vai decidir se a minha interpretação da
realidade é uma interpretação verdadeira ou uma interpretação falsa?
Nenhum órgão estatal pode ser constituído ‘Ministério da Verdade’ e
dizer se uma determinada interpretação é correta ou não. Isso seria de
um paternalismo absurdo. Seria um estado autoritário, de censura,
paternalista, que é totalmente contrário ao que nós entendemos por
Estado Democrático de Direito.”
Para o especialista, o que o dispositivo sugere é que “o Estado é
quem tem que decidir o que o cidadão pode ouvir e dizer”. “É como se ele
dissesse ao cidadão: ‘Olha, isso aqui você não está preparado para
julgar, isso pode lhe causar um dano, então você não pode ouvir isso
aqui, não. Você vai ouvir aquilo que foi filtrado pelas instituições
certas e que foi aprovado’”, observa.
Para Soares da Costa, o tema das fake news é o novo modismo do
Direito Eleitoral, e a obsessão por ele está provocando um dano à
democracia. “Nós já tivemos o modismo da compra de votos, o modismo do
‘fichalimpismo’ e agora estamos no modismo das fake news. Em todos estes
modismos, o que se fez foi diminuir o campo de atuação do eleitor,
afastar o eleitor da política e criminalizar a política. Esse
dispositivo é mais um numa série de tentativas da nossa tradição de
criminalização da política e de redução do espaço democrático do
eleitor.”
Caso o veto seja derrubado, segundo o especialista, “os membros do
Congresso Nacional estarão se colocando a si próprios em risco, aos
eleitores em risco, e diminuindo – o que é mais grave – o campo de
soberania popular, que se exercita pela liberdade de pensamento e pela
liberdade de expressão”.
“Os políticos que, eventualmente, por questões de momento – achando
que com isso vão prejudicar o grupo A ou o grupo B –, derrubarem esse
veto vão estar dando um tiro no próprio pé. Quando você coloca a sua
liberdade nas mãos da subjetividade de um julgador, com um tipo aberto e
indeterminado como este tipo penal, é como uma roleta-russa: você pode
se salvar uma vez, mas na outra, não. Todos nós ficamos à mercê da
autoridade e do poder do momento. É preciso deixar claro: o tema fake
news hoje é apenas uma capa, uma bandeira, que esconde um propósito:
limitar a liberdade de expressão e silenciar determinados grupos que
pensam diferente de uma agenda politicamente correta”, afirma Soares da
Costa.
Ex-deputado Roberto Jefferson lançou sua candidatura ao Planalto:
indiretamente, campanha pode ajudar o presidente Jair Bolsonaro| Foto:
Divulgação/PTB
O presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson,
se lança na disputa pela Presidência da República com a proposta de não
ser apenas uma candidatura “auxiliar” à do presidente Jair Bolsonaro
(PL). Apesar de o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) ter dito que
a campanha petebista terá o objetivo de “expor aquilo que Bolsonaro não
pode expor sem ser perseguido”, a cúpula do partido afirma que o
objetivo principal não é esse.
Em carta, Jefferson diz que sua candidatura “não se opõe a
Bolsonaro”, mas “confronta a abstenção” e preenche alguns “nichos de
opções ao eleitorado direitista”. Para ele, um candidato de direita tem
seu eleitorado “inibido” por não se reconectar com os “isentões”, fato
que, para ele, pode gerar uma “gigantesca abstenção que termina por
eleger um candidato de esquerda pela minoria do eleitorado”.
A mensagem de Jefferson foi lida por ele próprio em um vídeo gravado —
uma vez que ele ainda cumpre prisão domiciliar — e exibida na convenção
nacional do PTB que oficializou sua candidatura ao Palácio do Planalto
na última segunda-feira (1º). O petebista se disse “fã” das ideias de
Bolsonaro, mas deixou claro que o presidente da República defende “os
mesmos valores e bandeiras” de seu partido.
Membros da cúpula do PTB asseguram que não se trata de uma
candidatura “fake” e que Jefferson vai defender a direita e as bandeiras
do partido. “Temos ideias e propostas do próprio estatuto. Nosso
próprio plano de governo propõe um governo mais liberal na economia, com
menos presença de Brasília e mais Brasil, porém conservador em suas
ideias”, disse à Gazeta do Povo o líder petebista na Câmara, Paulo
Bengtson (PA), membro da Executiva Nacional.
O discurso na cúpula do PTB não é defender o personalismo de
Bolsonaro ou até mesmo de Jefferson, mas os princípios e as bandeiras da
direita. Na prática, reconhecem que a defesa dos valores conservadores
pode ajudar a candidatura presidencial à reeleição, mas asseguram que
isso ocorreria de maneira indireta e inerente à coerência política da
legenda.
“A candidatura do presidente Roberto vai ajudar o presidente
Bolsonaro? Eu acredito que sim, porque o presidente Bolsonaro também
defende a mesma tese da liberdade de expressão defendida por nós, além
de outras”, destaca Bengtson, vice-presidente nacional da legenda para a
região Norte.
Convenção nacional do PTB aprovou a candidatura presidencial de Roberto Jefferson por aclamação.| Divulgação/PTB
Quais as estratégias da candidatura de Roberto Jefferson ao Planalto O
PTB e Roberto Jefferson traçaram algumas estratégias para sua
candidatura presidencial. A principal é usar seu tempo da propaganda
eleitoral na rede nacional de rádio e TV para falar sobre a história e
tudo o que a legenda e suas lideranças têm “vivido e sofrido”, destaca
Bengtson.
“O PTB terá uma voz que, hoje, não lhe é permitido ter. O tempo de TV
dará essa voz a ele e ao partido para colocar sua ideia, suas
ideologias e seus pensamentos”, diz o líder petebista na Câmara. “O
presidente Roberto vai poder falar tudo, que foi o homem que desmascarou
lá atrás o mensalão, pagou o preço por isso e, hoje, está sendo uma das
vozes que foram caladas pela liberdade que ele tinha de se expressar”,
complementa.
Dessa maneira, Bengtson admite que, dentro da linha de estratégia
defendida pelo PTB, Jefferson vai usar sua candidatura para ser mais uma
voz a enfrentar candidaturas da esquerda e da chamada terceira via e a
defender a liberdade de expressão, em reforço aos discursos de
Bolsonaro. “Com os dois, já ecoa melhor. O presidente Roberto vai poder
defender as ideias dele, principalmente a liberdade de expressão”,
afirma o líder petebista.
Em sua carta aberta, Jefferson dá sinais de que vai apoiar a
candidatura de Bolsonaro ao defender os valores da direita. Ele critica o
que considera ser uma estratégia da esquerda em desconstruir a direita
em todo o mundo em função de uma “ação intensa dos candidatos da
oposição que se alternam em ataques”.
Jefferson também critica ministros do Supremo Tribunal Federal (STF),
diz que Bolsonaro recebe “ataques absurdos” dos “iluministros” e afirma
ter sido “voz ativa em sua defesa contra os ‘grasnados’ dos corvos do
STF, que rasgaram a Constituição, amordaçaram a verdade e encarceraram a
liberdade”.
Quais gestos do PTB sugerem apoio à candidatura de Bolsonaro A
disposição de Roberto Jefferson em ser mais um a enfrentar os
adversários políticos do chefe do Executivo federal e reforçar a defesa
da liberdade de expressão — muitas vezes em contrariedade a ministros do
STF — não é o único gesto feito pelo petebista a Bolsonaro.
Na carta escrita aos convencionais do PTB, Jefferson fala abertamente
em não se opor a quem de seu partido quiser apoiar a reeleição de
Bolsonaro. “Não desejo inibir nenhum companheiro que deseja apoiar, no
partido, o presidente à sua reeleição. Apoie. Ao final, estaremos
juntos”, declarou.
Pros fecha acordo com PT e Janones deve fazer o mesmo. O que Lula ganha com apoio de nanicos Militares começam inspeção do código-fonte no TSE; análise será feita até dia 12 Felipe d’Avila, do Novo, oficializa candidatura à presidência no TSE “O
jogo contra a direita no mundo afora é muito bruto. Quem defende os
valores sagrados ‘Deus, pátria, família, vida e liberdade’ sofre
perseguições de todo um poderosíssimo sistema”, complementou.
Jefferson diz que Bolsonaro se candidata “sozinho” à reeleição,
“contra tudo e contra todos”, em sinalização de que deseja auxiliá-lo a
enfrentar a esquerda, que “se apresenta como um polvo com vários
tentáculos na forma de múltiplas candidaturas, preenchendo todos os
nichos possíveis desse eleitorado”.
O deputado Paulo Bengtson sustenta que o próprio Jefferson se dispôs a
ser uma voz a mais no campo político da direita. “Ele vai poder
defender as ideias e ideologias do PTB, e isso foi bem visto pelo
partido e bem recebido por todos. Então, eu acredito que isso acaba
fortalecendo a própria direita no país”, destaca o líder petebista.
O deputado Daniel Silveira, que entende que o palanque do PTB existe
para “expor aquilo que Bolsonaro não pode”, também ponderou na convenção
do partido que a campanha de Jefferson prestará um “serviço à
sociedade” ao entregar “as verdades a alguns ministros da Suprema
Corte”.
Como fica a candidatura de Roberto Jefferson sob o ponto de vista jurídico Além
das estratégias políticas construídas para a campanha de Roberto
Jefferson, o PTB também estrutura as estratégias jurídicas para
assegurar que ele mantenha sua candidatura. Uma delas envolve entrar com
um pedido de urgência no STF para que o ministro Alexandre de Moraes,
relator da ação que tornou o petebista réu pelos crimes de calúnia,
incitação ao crime de dano contra patrimônio público e homofobia, seja
remetido para a primeira instância.
Por 9 votos a 2, em julgamento que ocorreu no plenário virtual do
STF, a maioria dos ministros julgou procedente o pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jefferson e acompanhou
Moraes em remeter a ação à Justiça Federal do Distrito Federal. A
Secretaria Jurídica do PTB explica, porém, que falta juntar dois votos
restantes para encaminhar a ação à primeira instância.
“A estratégia, agora, é pedir a urgência pra que Moraes baixe o
processo na vara federal”, afirma à Gazeta do Povo o advogado e
secretário jurídico do PTB, Luiz Gustavo da Cunha. “Lá, vamos pedir a
retirada de todas as medidas ilegais cautelares em desfavor do cliente
Roberto Jefferson, como a tornozeleira eletrônica. Como que o Supremo
vai manter um presidenciável em prisão domiciliar sendo que já julgou
que não tem competência para isso?”, complementa.
O advogado petebista tem a confiança de que a Justiça Federal do
Distrito Federal vai deferir o pedido traçado pela defesa. “Lá, na vara
competente, após a redistribuição, com um juiz competente e justo, ele
terá o direito de exercer a legítima defesa e o contraditório e, sim,
temos certeza que serão revogadas todas as medidas cautelares impostas a
Roberto Jefferson”, destaca. “Ele não exerce nenhum poder contra o
Estado, nunca fez um ato antidemocrático, e vai colocar seu nome à
disposição pois vivemos em uma democracia”, acrescenta.
Do ponto de vista jurídico, o fato de Jefferson estar em prisão
domiciliar não o impediria de disputar as eleições, pondera Cunha. A
estratégia de remeter a ação do STF para a primeira instância envolve
assegurar seus amplos direitos para fazer a campanha nas ruas e no
convívio social.
O secretário jurídico do PTB também entende que Jefferson preenche
todos os requisitos para a concessão do registro de candidatura. “Ele
está elegível. Roberto Jefferson foi indultado em 2016 e, pela ótica
constitucional, o indulto seria o perdão total, até para sua
inelegibilidade”, defende. A situação é semelhante à enfrentada pelo
deputado federal Daniel Silveira, cujo debate divide juristas.
O advogado petebista destaca, porém, sua interpretação sobre a
elegibilidade concedida por meio de indulto. A tese é defendida por
alguns juristas que consideram Silveira elegível, destaca Cunha. “A
interpretação de Ives Gandra, que foi um dos consultores da
Constituição, é que ela não coloca limites para esse perdão. Acreditamos
que, por ventura, se houver algum tipo de impugnação, esperamos ter um
debate de alto nível e respeitoso inicialmente no TSE, podendo a matéria
chegar até o Supremo Tribunal Federal”, diz.
Pelo entendimento de que o indulto torna Jefferson elegível, Cunha
reforça que não há impeditivos legais contra uma candidatura do
presidente de honra do PTB. “É uma questão de jurisprudência, ele não
tem nenhuma suspensão em relação a seus direitos políticos. Ele pode
votar e ser votado, é o presidente de honra, preenche os requisitos. Tem
domicílio eleitoral na cidade de Levy Gasparian (RJ). As certidões dele
são negativas de quitação eleitoral”, afirma.
O registro de candidatura de um candidato à Presidência da República é
feito diretamente no TSE por sistema próprio. Lá, são enviados os
documentos obrigatórios do partido para o pedido. Se preenchidos todos
os requisitos documentais e não sofrer impugnação, o caminho natural é a
concessão do registro.
Qual é o entendimento de quem acha que o indulto não torna Jefferson elegível O
advogado Guilherme Gonçalves, sócio da GSG Advocacia e membro fundador
da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep),
entende que o indulto não assegura a elegibilidade em casos como os de
Roberto Jefferson e Daniel Silveira.
“Ele [Jefferson] está inelegível, pois o indulto não cancela os
efeitos secundários da condenação, como, no caso do Daniel Silveira, a
graça, o indulto, só afeta o regime de execução da pena. Quem está em
regime fechado vai para aberto e coisa do tipo, mas a inelegibilidade
por ele ter sido condenado por crime contra a administração pública ou
corrupção eleitoral não desaparece”, afirma.
O advogado baseia sua leitura na Súmula 631 do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), que aponta que o indulto atinge apenas os efeitos
primários da condenação. “E não exclui os efeitos extrapenais
secundários”, explica Gonçalves. Por isso, na opinião do advogado,
Jefferson é inelegível em decorrência da Lei da Ficha Limpa.
Em 2012, o presidente de honra do PTB foi condenado pelo STF a 7 anos
e 14 dias de prisão no caso do mensalão. Em 2016, ele recebeu um
indulto do ministro Luis Roberto Barroso, da Suprema Corte. Pela Lei da
Ficha Limpa, condenados em julgamentos colegiados ficam inelegíveis por 8
anos depois do cumprimento da pena, que terminaria em 2019. Ou seja,
pelo entendimento da Súmula 631, ele fica inelegível até 2027.
Lockdowns impostos durante a pandemia afetaram a liberdade econômica.| Foto: Lineu Filho/Arquivo/Tribuna do Paraná
Prestem atenção ao que aconteceu na cidade de São Paulo durante a
quarentena imposta pelos governos estadual e municipal. É o caso do
restaurante do Jockey Club, que vi no site Migalhas, que trata de
assuntos da Justiça.
O Jockey Club proibiu o acesso das pessoas ao restaurante, que fica
dentro das dependências do hipódromo. O estabelecimento, então, entrou
na Justiça pedindo indenização por lucros cessantes. O caso acabou no
Tribunal de Justiça de São Paulo, que deu ganho de causa ao restaurante.
O Jockey Club recorreu ao STJ, em Brasília, e o relator, ministro Luís
Felipe Salomão, não aceitou o recurso. Novamente, ganho de causa para o
restaurante. O Jockey Club vai ter de pagar a média diária de lucro do
restaurante nos dias em que houve o impedimento de acesso.
Na Consolidação das Leis do Trabalho há um artigo afirmando que, se o
negócio teve de fechar por obra e graça de uma lei, o autor da lei,
quem mandou fechar, é que vai ter de indenizar. Parece que o país está
começando a acordar, porque o medo impõe pânico e ninguém mais pensa.
Fico pensando em tudo o que aconteceu naquela loucura de “fica em casa”,
fecha tudo, cubra o rosto, não respire ar puro… um misto de ignorância,
de tentativa de resolver um problema que não sabiam como resolver.
Agora mesmo eu vi o Ministério da Saúde recomendando que as grávidas
usem máscara por causa da varíola do macaco, que todos já sabem ser
transmitida pelo contato sexual. Fica esquisito, não fica? Falta pensar,
parece que, com o medo, desaprendemos a pensar.
Por que o Brasil está no rumo certo Plano Safra reforça vocação do Brasil para a energia mais nobre que existe Milagre brasileiro Incentivo para renovação da frota de caminhões vai virar lei A
Câmara aprovou na terça, e o Senado aprovou na quarta, uma medida
provisória que agora vira lei, com um programa para a renovação da frota
dos caminhões dos autônomos. O país tem quase 1 milhão de caminhões com
mais de 30 anos, em um total de 3,5 milhões de veículos que são
responsáveis pela maior parte do escoamento da riqueza nacional. Haverá
uma isenção generalizada de impostos federais para renovar a frota, o
que também vai estimular a indústria automotiva e tornar mais eficiente o
transporte, com caminhões maiores, inclusive com mais segurança e
menores perdas de vidas e de carga. Até porque as estradas já estão
melhores, o ex-ministro Tarcísio já deu um jeito naquele barreiro e nos
atoladouros da Amazônia.
Autonomia de fertilizantes para o Brasil
Uma outra questão que está sendo tratada na Câmara a toque de caixa é
um projeto de lei de autoria de um deputado de Sergipe, estado que tem
grandes reservas de potássio, sobre a autonomia de fertilizantes no
Brasil. Dependemos da importação para 80% das nossas necessidades de
fertilizantes. Felizmente Bolsonaro e Putin se acertaram, e o presidente
russo mandou 26 navios carregados de fertilizantes necessários para o
país que está alimentando uma boa parte do mundo. Nós temos esses
fertilizantes aqui, desde aqueles derivados do petróleo até os que são
encontrados embaixo da terra, mas agora temos de poder usá-los,
precisamos mudar as leis; temos muitas reservas na Amazônia, mas que
estão em terras nas quais ninguém pode mexer. É como se nos dissessem
“vocês são ricos, mas têm os bens bloqueados”. É uma torcida contra o
país, e eu não sei por quê.
Pesquisa da Quaest para o RenovaBR mostra que familiares são a maior
influência na hora de escolher o voto e que eleitores levam mais em
conta o preparo do que repasse de recursos para sua região
A maioria dos Brasileiros está insatisfeita com o trabalho dos
deputados e senadores, defende uma alta renovação no Congresso, mas não
se lembra em quais parlamentares votou. Também só deve decidir seus
candidatos na véspera do pleito. Os dados são da mais recente pesquisa
da Quaest, realizada em junho deste ano, sobre a avaliação do
Legislativo brasileiro e as eleições para o Congresso. O levantamento
revela ainda que a honestidade e o preparo dos candidatos a deputado
federal têm mais peso na escolha do que o envio de recursos para a
região onde os eleitores vivem. A pesquisa foi encomendada pela escola
de formação política, RenovaBR e será apresentada durante a formatura da
turma de 2021-2022 nesta quinta-feira, 14, em Brasília.
Ao todo, 66% dos entrevistados desaprovam o trabalho dos deputados,
63% desaprovam o trabalho dos senadores e 86% dos brasileiros consideram
que seria bom que o Congresso tivesse uma alta renovação neste ano. Os
dados chamam atenção pois, na eleição de 2018, a Câmara dos Deputados
teve a maior renovação desde a redemocratização, de 47,37% das cadeiras,
com um total de 243 deputados que assumiram o primeiro mandato na casa a
partir de 2019.
Por outro lado, o levantamento também mostrou que 66% dos brasileiros
não se lembram em quem votou para deputado federal em 2018 e 85% ainda
não sabem em quem vão votar para deputado. Questionados sobre as
características que consideram ideais para escolher um deputado federal,
47% dos eleitores preferem candidatos honestos e que cumprem as
promessas. Enquanto 36% dizem que uma pessoa preparada e que conheça
sobre políticas públicas é uma das principais características
procuradas. Ainda nesse tema, apenas 10% dizem que trazer recurso para
sua região é um atributo relevante para a escolha. Quando o assunto é
experiência, apenas 2% dos entrevistados indica essa característica como
prioritária na hora da escolha de um Deputado Federal.
“O papel do RenovaBR é selecionar os brasileiros que tem vocação para
servir a população, mas a decisão será sempre do eleitor. Cabe a nós
colocar opções cada vez mais qualificadas e comprometidas com a
democracia. O desejo de renovação e de ter políticos mais preparados é
uma vontade sim do eleitor brasileiro e é por isso que existe o
RenovaBR”, avalia Eduardo Mufarej.
Questionados quando devem decidir em quem votar para a Câmara, 47%
dizem que escolhem seus candidatos pelo menos um mês antes da eleição,
enquanto 12% respondem que escolhem com 15 dias de antecedência e 36%
deixam a escolha para a última semana antes da disputa ou mais tarde.
E é justamente no grupo dos 86% que consideram bom uma alta renovação
do Congresso que a indecisão é maior. Apenas 6% das pessoas neste
segmento afirmam saber em quem votar, enquanto 87% dos brasileiros que
defendem uma alta renovação ainda não sabem quem escolher para a Câmara
dos Deputados. Neste extrato da pesquisa, 7% afirmaram que devem votar
em branco ou nulo, ou mesmo não devem votar.
“Uma pesquisa é a materialização estatística de conhecimento com
dados e evidências. E é dessa forma que o RenovaBR acredita que a
política deve ser desenvolvida: com dados e vidências para a tomada de
decisão daqueles que representam milhões de brasileiros. E esses dados
nos mostram que as pessoas continuam insatisfeitas com o Congresso
Nacional e que ainda há um grande caminho para a classe política ser
mais
Democracia. O levantamento mostrou ainda que 71% da população
brasileira consideram as eleições como o melhor meio para expressar
opiniões políticas, apesar de a mesma percentagem dos entrevistados
admitir estar insatisfeito com a democracia e 68% dos entrevistados
considerarem que a democracia atual é instável.
Família e TV. A pesquisa também sondou quais fatores podem
influenciar o voto e constatou que quatro anos após a eleição de 2018,
na qual vários políticos conseguiram ser eleitos pela primeira vez
graças ao uso das redes sociais na campanha, os familiares ainda são os
principais a influenciar na hora de decidir voto para deputado.
49% dos brasileiros admitiram que levam em consideração a opinião de
familiares e parentes para decidir em quem votar para deputado, sendo
que 22% consideram muito a opinião dos parentes e 27% afirmaram
considerar pouco a opinião dos familiares.
De acordo com o estudo, o percentual dos que consideram muito a
opinião da família é o dobro dos que consideram muito a opinião de
pastores e líderes religiosos, 11% da população. Os números ainda são
bem superiores quando comparados com os que dizem considerar muito as
opiniões de celebridades de TV e dos influenciadores nas redes sociais
para definir seu voto para deputado: apenas 4% da população.
A pesquisa ainda perguntou aos entrevistados sobre como eles buscam
se informar sobre política e revelou que a TV ainda é a principal fonte
utilizada pelos brasileiros: 46% disseram se informar sobre política por
este meio. Em seguida aparecem as redes sociais, com 21%, seguida pelos
sites e blogs de notícias, com 12%; amigos familiares e conhecidos, com
9%. Depois dos familiares, 3% disseram se informar por Whatsapp, 3% por
jornais impressos e 3% por rádio.
Levando em conta a renda, os brasileiros que ganham acima de cinco
salários mínimos são os que proporcionalmente mais utilizam as redes
sociais (25%) e os sites de blogs de notícias (21) para se informar
sobre política. Já entre os brasileiros com até dois salários mínimos,
18% se informam pelas redes sociais e apenas 7% por meio de blogs e
sites de notícias. Esta parcela da população, por sua vez, é que
proporcionalmente mais se informa sobre política pela TV: 52%. Na
parcela mais rica da população, o uso de TV para se informar é citado
por 37% dos entrevistado.
O estudo. A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 12 de junho de
2022, e ouviu 1.544 pessoas de 115 municípios por meio de entrevistas
presenciais. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais e o intervalo
de confiança é de 95%.
RenovaBR. O RenovaBR é uma escola de formação política mantida por
cidadãos comuns que acreditam em uma democracia mais saudável,
participativa e representativa. Atuar de forma independente em meio aos
inúmeros atores, agendas e demandas da política é condição essencial ao
nosso trabalho. Assim recebemos contribuições dos mais diversos setores e
qualificamos futuras lideranças independentemente de suas origens,
crenças e posicionamentos.
Conclusões:
1. Alta insatisfação
2. População desaprova os atuais mandatários
3. As pessoas percebem que os políticos não entregam o que deveriam
4. Estão longe de ser honestos, preparados e tudo isso provoca a
possibilidade de ter uma renovação política. O resultado que se espera é
uma nova classe política
Anna Arraes, especialista em direito previdenciário
O planejamento previdenciário é muito importante para preparar a
aposentadoria com segurança, pois é muito comum as pessoas terem dúvidas
sobre os tipos de aposentadoria, valores e tempo de contribuição, por
exemplo.
Especialista esclarece as principais dúvidas sobre o benefício
O planejamento previdenciário é muito importante para preparar a
aposentadoria com segurança, pois é muito comum as pessoas terem dúvidas
sobre os tipos de aposentadoria, valores e tempo de contribuição, por
exemplo.
Anna Arraes, especialista em direito previdenciário, esclarece as
principais dúvidas sobre o benefício para identificar os seus próximos
passos:
Quais são os tipos de aposentadoria?
Aposentadoria rural e urbana, por pontos, especial, por idade e por
tempo de contribuição que foi extinta com a reforma, mas caso você tenha
completado os 35/30 anos de contribuição até o dia 12/11/2019, você
entrará em alguma das Regras de Transição.
Como contribuir para o INSS?
Se você trabalha com carteira assinada, a empresa é obrigada a
realizar as contribuições para o INSS. Caso não trabalhe registrado,
como por exemplo autônomos e donas de casa, você poderá pagar a guia do
INSS ou através de uma MEI ou empresa aberta em seu nome.
Quanto tempo leva para o INSS aprovar a aposentadoria?
Se sua aposentadoria estiver bem redondinha, completa e sem nenhum
erro, sua aposentadoria provavelmente será aprovada direto no
administrativo, ou seja, direto pelo INSS e neste caso, será um processo
muito mais rápido. Caso seja negado, é possível entrar com um processo
judicial para pedir a aprovação de seu benefício e, como todo processo
judicial, é um pouco mais demorado, mas você receberá todos os valores
que já deveria estar recebendo a partir da data que deu entrada
administrativamente de sua aposentadoria.
Preciso de advogado para pedir a minha aposentadoria?
Não é obrigatório. O advogado será útil para facilitar e agilizar o
processo e principalmente, para ajustar divergências e erros que possam
aparecer em seu cadastro no INSS.
Quem tem direito a aposentadoria por invalidez?
– Ser segurado do INSS
– Carência de 12 meses, com exceção de acidentes de qualquer natureza e doenças de trabalho.
– Comprovar através de perícia doença que impossibilita permanentemente de exercer funções no trabalho.
Como calcular o valor da aposentadoria?
A aposentadoria é calculada em cima da média de todos os salários de
contribuição que o trabalhador teve durante toda sua vida, sem exclusão
dos menores valores que era feito antes da reforma.
Posso aumentar o valor da contribuição mensal?
Pode. Existe um limite te contribuição, o recolhimento e
complementação não podem ser feitos sobre um valor acima do
salário-mínimo. Lembrando que o valor da aposentadoria é feito da média
de toda a vida de contribuição do trabalhador, então é preciso analisar
se o tempo que irá pagar um valor mais alto realmente irá fazer
diferença no valor final.
Quais outros benefícios da Previdência Social existem?
Salário-maternidade, aposentadoria, aposentadoria por invalidez,
auxílio-doença, auxílio-acidente, pensão por morte, auxílio reclusão e
loas/bpc.
Quais benefícios previdenciários são destinados aos dependentes?
Caso o beneficiário faleça, os dependentes poderão ter direito a
pensão por morte. Além disso, a pensão por morte pode ser transferida em
alguns casos quando quem o recebia falecer.
Existe também o auxílio reclusão para quem teve um familiar preso e é seu dependente.
Inovação tecnológica e empreendedorismo é o casamento perfeito para o
surgimento de novas soluções para o atual cenário econômico do mundo
A é verdade que, quanto mais soluções o mercado encontra para
problemas comuns, ainda mais soluções são necessárias. Basta
reconhecermos que não é possível esgotar as possibilidades de otimização
dos contextos econômicos.
Todos os dias surgem novas startups com propostas revolucionárias.
Desse modo, na medida em que suas soluções são absorvidas pela
sociedade, novos paradigmas são configurados, trazendo problemas únicos.
Isso, no entanto, de forma nenhuma significa uma coisa ruim,
trata-se, na realidade, de um mar de oportunidades que cada vez mais
agrega novos empreendedores no sistema, estimulando o desenvolvimento da
economia e a qualidade de vida das pessoas.
O que inovação tem a ver com empreendedorismo?
Tudo. A bem da verdade, esses termos são sinônimos, dependendo do
ponto de vista. Afinal, o que faz um empreendedor senão propor soluções
para o mercado a fim de obter lucro? O que é a inovação senão a proposta
de uma solução?
Considerando, então, o ambiente competitivo como é, podemos dizer que
a inovação vai além do efeito das ações empreendedoras. Inovar é também
fundamental para garantir o posicionamento de uma empresa diante de
seus consumidores.
Isso é verdade porque o princípio estrutural da sociedade de mercado
leva as empresas ao desafio de terem constantemente que refinar suas
ofertas. O risco de negligenciar esse fato é perder mercado para quem
naturalmente tentará agregar mais valor.
Portanto, ainda que os conceitos de inovação, inovação tecnológica e
empreendedorismo sejam relativamente diferentes, não podemos negar que
são, com certeza, interdependentes.
Sendo assim, o empreendedor que estiver comprometido com o sucesso
estará, consequentemente, comprometido com a inovação. Na era digital,
portanto, a inovação tecnológica é simplesmente inevitável.
Mas como gerar ideias rentáveis?
Nesse caso, a mais importante recomendação para um empreendedor que
queira aproveitar oportunidades de negócio na era digital é estar
atento. A seguir, confira alguns pontos de observação que podem ser
fontes de grandes e lucrativas ideias.
Estude as soluções do mercado
Não existe um não-consumidor. Quem quer que participe dessa sociedade
de mercado é, por excelência, um consumidor. Obviamente, isso se aplica
também aos empreendedores, o que nesse caso é uma grande oportunidade
de aprendizagem.
Se você quer descobrir ideias rentáveis para o seu negócio, pode
começar investigando as soluções que você mesmo já consome. A partir
daí, é possível ter uma perspectiva acurada sobre o que há disponível e
como entrar em cena.
Soluções pouco eficientes
Como consumidor, você é também o juiz do mercado. Na busca por
resolver seus próprios problemas, certamente você já se deparou com o
desconforto da insatisfação enquanto cliente. Para um empreendedor, a
insatisfação com uma oferta é uma oportunidade real.
Assim, julgar uma solução como pouco eficiente é sinal de que você
tem competência para imaginar algo melhor. Essa é uma chance de
participar do mercado, satisfazer uma demanda e lucrar ao passo que
resolve problemas.
Soluções complementares
Analisando o que há disponível, você também pode identificar faltas,
falhas ou gargalos — uma empresa que poderia entregar mais depressa seu
serviço, mas não tem parceiros. Uma agência de marketing que tem
dificuldade para selecionar freelancers. Uma distribuidora cuja
logística poderia ser otimizada por meio de automações.
Seu próprio conhecimento é o limite das suas observações. Tudo o que é
necessário a fazer é estudar as soluções do mercado e avaliar meios de
otimizá-las. Esse brainstorm pode ser um grande gerador de ideias
lucrativas e até mesmo revolucionárias.
Tenha um time de pesquisa
Grandes empresas como a Apple, Microsoft, Samsung, investem enormes
quantias de dinheiro em pesquisa e desenvolvimento — o famoso P&D.
Isso não é à toa, claro que não. Elas sabem que grande parte de seu
sucesso no mercado global se deve à sua capacidade de inovar. Mas a
inovação, por mais fundamental que seja para as empresas, não é mero
efeito da competição.
Pensar soluções demanda tempo e energia, coisa que um empreendedor
sozinho estará limitado ao fazer, em face de outras obrigações
absolutamente relevantes para o seu negócio.
Sendo assim, ao iniciar a sua startup, é perfeitamente válido que seu
time de pesquisa e desenvolvimento seja apenas você e talvez um sócio.
Contudo, à medida que a empresa ganha maturidade, investir em uma equipe
especialmente para essa função é essencial.
Com um time de pesquisa, você garante que inovação tecnológica e
empreendedorismo não sejam mero ideal corporativo, mas uma cultura.
Dessa forma, você pode manter em pleno funcionamento todos processos
da empresa ao mesmo tempo em que assegura a contínua atividade de
refinar suas ofertas e se destacar no setor.
Conheça muito bem seu cliente
Dissemos que o consumidor é o juiz do mercado, mas como avaliar seu
veredito? Quais são os recursos disponíveis para conhecer mais
intimamente o cliente e, a partir disso, descobrir como satisfazê-lo
melhor?
Há inúmeras formas de estar mais próximo dos seus consumidores. Aproveitar essas oportunidades é sinônimo de providência.
Afinal, um empreendedor que conhece bem o seu cliente não apenas
encontra os melhores meios de satisfazê-lo, como também tem
oportunidades de descobrir outros problemas e propor novas soluções.
Consuma o próprio produto/serviço
Uma das melhores maneiras de ter uma perspectiva clara do seu
consumidor é sendo, o próprio empreendedor, seu cliente mais exigente.
Esse é um excelente meio de experimentar, de fato, o que seu cliente
experimenta, e assim ter ideias de como melhorar sua oferta e
atendimento.
A experiência fica ainda mais rica se, ocultando sua identidade para
seus funcionários, o empreendedor cumprir efetivamente o papel de um
consumidor real ao fazer uma reclamação ou pedir assistência.
Desse modo, o empreendedor pode saber exatamente como se sente um
cliente no contato com sua empresa, qual é o nível de eficiência e
qualidade dos processos e como os funcionários cumprem seus papéis no
trato direto com o consumidor.
Facilite a comunicação por meio de multicanais
Outra forma de estar perto do seu cliente é permitindo que ele tenha
fácil acesso à empresa. Assim, além do já bem conhecido Serviço de
Atendimento ao Consumidor (SAC), você pode também disponibilizar
sistemas livres de interação.
Dessa forma, seus consumidores poderão tanto entrar em contato com a
empresa sempre que precisarem quanto ter a oportunidade de compartilhar a
impressão de sua experiência. Confira algumas alternativas para manter
proximidade com seus consumidores:
telefone;
redes sociais;
email;
apps de mensagem instantânea (Whatsapp, Telegram etc.);
app exclusivo;
blog.
Lembre-se de que a tecnologia é uma ferramenta, não um objetivo.
Portanto, garanta que seu cliente esteja em primeiro lugar. A partir
desse princípio, unir inovação tecnológica e empreendedorismo será
consequência de um modelo de negócio inteligente e eficaz.
Por que você está ignorando a ferramenta de vendas mais poderosa do mundo?
Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)
Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra
fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local,
pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas
na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer
“milão” é “caro demais”.
Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios
na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A
lógica deveria ser justamente a inversa.
Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.
O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam
conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR
DIA!).
Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.
Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?
Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?
Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?
Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?
Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…
Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?
Absolutamente nenhuma além da internet.
E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?
Marketing Digital é barato, mas não é de graça.
Vamos fazer uma conta de padaria:
Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?
Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.
Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.
Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando
metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada
carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.
Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.
Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta
pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno
de R$ 5,51.
Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.
Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…
E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.
Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco
explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números
disparados na frente do marketing tradicional.
Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.
Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você
deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para
o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?
Deixo a reflexão.
Preferências de Publicidade e Propaganda
Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago
Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para
divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais
veículos de propaganda você tem preferência?
Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das
empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros
meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.
Vantagens da Propaganda no Rádio Offline
Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.
É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda
existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou
produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio
funciona bem demais!
De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas
vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender
que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará
entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim,
concretizar suas vendas.
Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline
Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que
costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no
rádio. Frequentemente, os rádios também são usados como ruído de
fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles
também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o
ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo
quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao
usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,
A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade
para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de
marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e
a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos
smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia
digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo
o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é
colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e
de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a
mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente
estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que
não estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de
alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários
dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso
proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores
que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por
meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce,
os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles
funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os
consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo
ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas
encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus
produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa
que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em
2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas
vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver
seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do
nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a
visibilidade da sua marca.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A estátua da Justiça diante do prédio do Supremo Tribunal Federal.| Foto: Rosinei Coutinho/STF
Em outubro de 2021, as mudanças aprovadas pelo Congresso Nacional na
Lei de Improbidade Administrativa entraram em vigor. Elas faziam parte
do “pacote legislativo” de desconstrução da Lava Jato e de seu legado,
com a aprovação de leis que dificultassem o bom combate à corrupção ou
que fossem mais lenientes com os maus administradores. As mudanças,
neste caso, cumpriam os dois propósitos, pois reduziam bastante as
possibilidades de responsabilização de gestores por improbidade, e
também mudavam prazos prescricionais.
À época, a Gazeta do Povo lembrou que a lei anterior não era
totalmente adequada, pois era aberta demais e permitia que alas
ideologizadas do Ministério Público acusassem gestores de improbidade
mais por discordar de políticas específicas que por encontrar nelas
quaisquer indícios de irregularidade. Isso levava ao chamado “apagão das
canetas”, em que o administrador preferia não fazer nada a correr o
risco de uma acusação de improbidade por algo que tivesse feito. Esse
era um problema que precisava ser atacado, mas não foi o que ocorreu: em
vez disso, optou-se por restringir a responsabilização apenas a casos
em que o dolo fosse comprovado. Essa escolha deixava impunes até mesmo
casos em que a irregularidade, embora não intencional, resultasse de
evidente negligência, imprudência ou imperícia, situações em que o bom
senso exigiria uma responsabilização, ainda que com punições mais leves
em comparação com as situações de improbidade intencional. Em resumo, a
nova lei não foi feita para ajudar bons gestores a conhecer melhor os
limites de sua atuação e agir com mais liberdade e sem medo, mas para
ajudar os maus gestores a escapar impunes.
Se o STF decidir pela retroatividade das novas regras, as
consequências seriam desastrosas não apenas pela quantidade de processos
afetados, mas pelo que isso significaria em termos de respeito à lisura
na administração pública
Essa ajuda, agora, pode valer não apenas para os casos futuros de
improbidade. Em uma repetição da frase atribuída ao ex-ministro Pedro
Malan, segundo a qual “no Brasil até o passado é incerto”, o Supremo
Tribunal Federal pode fazer as alterações na Lei de Improbidade
retroagirem, em julgamento marcado para começar nesta quarta-feira, dia
3. O caso concreto em tela é o de uma advogada contratada pelo INSS na
década de 1990, e cuja negligência levou o órgão a perder prazos em
processos que somavam quase R$ 400 mil. A Justiça, ao condená-la,
considerou não ter havido dolo – o que, pela nova legislação, afastaria a
possibilidade de responsabilização por improbidade; no caso, ainda se
soma a discussão sobre os prazos prescricionais, já que eles também
teriam sido favoráveis à advogada caso a regra atual estivesse valendo à
época.
Como o STF decidiu pela repercussão geral do caso, o que a corte
resolver no caso da advogada será aplicado em todos os demais casos de
condenações passadas por improbidade sem comprovação de dolo ou em que
houve a prescrição pela nova lei, que ocorre oito anos após o fato
considerado ímprobo – até 2021, a prescrição ocorria cinco anos após a
descoberta do fato. Dados oficiais obtidos pela reportagem da Gazeta do
Povo mostram que há cerca de 700 casos em análise que sofreriam os
efeitos de uma decisão em favor da retroatividade da nova lei – isso sem
contar todas as outras condenações já transitadas em julgado e que
ficariam passíveis de reversão. As consequências seriam desastrosas não
apenas pela quantidade de processos, mas pelo que isso significaria em
termos de respeito à lisura na administração pública.
A Câmara aprova o retrocesso na Lei de Improbidade Administrativa (editorial de 19 de junho de 2021) No Senado, improbidade com impunidade (editorial de 28 de setembro de 2021) A perene importância do combate à corrupção (editorial de 6 de outubro de 2021) Como
bem lembraram especialistas ouvidos pela Gazeta, a retroatividade
quando uma legislação nova é mais benéfica para o réu que a lei anterior
não é um absurdo em si, mas ela é um princípio do direito penal, não do
direito administrativo, onde se encaixam os casos de improbidade. Nas
palavras do procurador Roberto Livianu, “a lei em vigor à época é a que
rege o ato. Qual era a lei que valia à época? A Lei 8.429/1992. Acabou”.
O Estado não foi omisso, buscou a responsabilização dos gestores dentro
dos prazos previstos na lei, por atos devidamente enquadrados como
ímprobos segundo a regra então vigente. O desmanche de todo esse
trabalho por uma canetada do Judiciário seria a potencialização do
retrocesso já aprovado pelos parlamentares, um balde de água gelada nos
brasileiros que já davam como certo um cenário de impunidade futura e,
como se não bastasse, ainda terão de presenciar também a “impunidade
passada”.
A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos,
Nancy Pelosi, na sua chegada a Taipei, capital de Taiwan| Foto:
EFE/EPA/Ministério das Relações Exteriores de Taiwan
A visita
desta terça-feira (2) da presidente da Câmara dos Representantes dos
Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan acirrou as tensões entre as duas
maiores economias do mundo, uma relação que já estava deteriorada por
questões comerciais, pela negativa da China de condenar a Rússia pela
invasão à Ucrânia e, é claro, pela própria situação da ilha.
A China vinha realizando diversas incursões no espaço aéreo de
Taiwan, que considera uma província rebelde a ser reincorporada até
2049, ano em que se completarão cem anos do fim da guerra civil que
terminou com a vitória dos comunistas e a retirada dos nacionalistas
para a ilha.
Os Estados Unidos não reconhecem formalmente Taiwan como um Estado
independente (aliás, apenas 14 países no mundo o fazem) e são adeptos da
política de “uma China só”, mas apoiam Taipei militarmente e têm
criticado a retórica agressiva de Pequim contra o governo democrático
local.
Em resposta à visita de Pelosi, que classificou como uma “grande
provocação política”, a China anunciou manobras militares em cinco áreas
ao redor de Taiwan, que envolverão exercícios com munição real e
incluirão o fechamento do espaço marítimo e aéreo nesses pontos.
O analista militar Paulo Filho apontou, em entrevista à Gazeta do
Povo, que essas medidas são parecidas com as que foram tomadas por
Pequim entre 1995 e 96, na Terceira Crise do Estreito de Taiwan.
“Se for só isso, não será muito diferente do que aconteceu naquela
época. Mas a retórica da China hoje está mais acirrada, até porque é um
país muito mais poderoso do que era na década de 1990”, destacou Filho,
que citou pressões internas sofridas pelo ditador Xi Jinping.
“No fim do ano, vai acontecer a convenção do Partido Comunista, em
que ele deve conseguir um inédito terceiro mandato. Mas as coisas não
estão tão boas para ele quanto em anos anteriores. A política de
Covid-zero prejudicou a economia, a China está crescendo muito menos que
o previsto e essa política desagradou a população”, destacou o
analista.
“Tudo que ele não precisava era uma crise como esta, ainda mais por
ele ter falado diretamente com o presidente [americano, Joe] Biden a
respeito de consequências sobre Taiwan, o que pode passar para a
população chinesa uma impressão de fraqueza. Então, talvez ele queira
passar a imagem de um líder forte e escalar um pouco o tom”, acrescentou
Filho.
Stephen Collinson, analista da CNN, apontou em artigo publicado no
site da emissora que pode ocorrer uma escalada decorrente dessa
necessidade do ditador chinês de demonstrar força.
“A suposição em Washington é que Xi não tem mais interesse em um
confronto militar direto do que Biden. Mas ele é mais forte do que os
líderes chineses anteriores. E há uma tendência fortemente nacionalista
dentro das forças armadas chinesas, juntamente com uma crescente
confiança em sua capacidade”, apontou Collinson.
“Portanto, fazer suposições sobre como a China responderia à visita
de Pelosi com base no comportamento chinês em crises anteriores pode
significar que os EUA terão uma surpresa desagradável”, alertou.
Paulo Filho afirmou que acredita que China e Estados Unidos podem
recorrer a estratégias como aumento no tom da retórica, medidas
diplomáticas (como chamar os respectivos embaixadores de volta ao país) e
retaliações comerciais. Mas, neste momento, uma invasão a Taiwan (à
qual os EUA prometeram responder prontamente) é muito improvável, na
visão do analista.
“Uma operação militar para conquistar Taiwan seria muito complexa,
não dá para comparar com a situação da Ucrânia, que é vizinha da Rússia,
tem uma fronteira terrestre. Taiwan é uma ilha [o Estreito de Taiwan
tem 180 km de largura média], a China precisaria fazer uma operação de
desembarque complicadíssima, ter um poderio naval muito forte para fazer
um bloqueio naval… hoje, Pequim não tem mecanismos suficientes para
esse tipo de operação, ainda mais fazendo face aos Estados Unidos”,
justificou.
A subprocuradora da PGR, Lindôra Araújo.| Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Em
abril de 2021, o Senado Federal instaurou a CPI da Covid-19 com o
intuito de apurar as ações e omissões do governo federal no
enfrentamento da pandemia e o colapso da saúde no estado do Amazonas. Ao
longo de aproximadamente seis meses de investigação, a CPI ouviu mais
de 60 pessoas, entre testemunhas e investigados; decretou a quebra de
sigilo bancário de diversas pessoas físicas e jurídicas; e até efetuou
uma prisão em flagrante de um investigado, que, de acordo com a lei, não
poderia ser preso por falso testemunho, pois investigado não é
testemunha, e não existe o crime de perjúrio no Brasil.
Ao final das apurações, em outubro de 2021, foi elaborado um
relatório com mais de 1.200 páginas, concluindo pelo indiciamento de 78
pessoas, entre elas o presidente da República, ministros, ex-ministros
de Estado, três filhos do presidente, deputados federais, médicos,
empresários e o governador do Amazonas. Duas empresas que firmaram
contrato com o Ministério da Saúde – a Precisa Medicamentos e a VTCLog –
também foram responsabilizadas. Os crimes que levaram aos indiciamentos
foram os de prevaricação, charlatanismo, epidemia com resultado morte,
infração a medidas sanitárias, emprego irregular de verba pública,
incitação ao crime, falsificação de documentos particulares, crimes de
responsabilidade e crimes contra a humanidade.
O intuito de politizar uma atividade técnica e jurídica apenas
desprestigia a instituição do Ministério Público, que tem como funções a
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis.
O relatório final foi aprovado por 7 votos a 4 em 26 de outubro de
2021, e, no mesmo mês, foi encaminhado ao procurador-geral da República
(PGR) para adoção das providências cabíveis. Ao se manifestar sobre a
documentação, o chefe do Ministério Público afirmou que os senadores não
haviam entregado as provas que deveriam acompanhar o relatório da CPI,
pois havia recebido apenas um HD com 10 terabytes de “informações
desconexas e desorganizadas”.
Em entrevista em fevereiro de 2022, o procurador-geral da República
Augusto Aras declarou que o tamanho do material entregue pela CPI não
indicaria, necessariamente, a existência de embasamento jurídico.
Segundo ele, “entregar um HD com 1 ou 10 terabytes não significa fazer a
demonstração de que aqueles elementos probantes coligidos na fase CPI
teriam pertinência com os fatos e com os indiciados”.
Agora, em julho de 2022, a vice-procuradora-geral da República
Lindôra Araújo requereu o arquivamento de diversas investigações
provenientes do relatório da CPI da Covid. Em suas razões de
arquivamento, a PGR entendeu que não havia evidências que demonstrassem a
real existência dos crimes de infração à medida sanitária,
charlatanismo, emprego irregular de verbas públicas, crime de epidemia,
dentre outros, bem como prova da existência desses ilícitos – em Direito
chamada de materialidade. Também estavam ausentes os indícios de
autoria, ou seja, os elementos mínimos de que os investigados seriam os
responsáveis pelos supostos crimes indicados no relatório da CPI. Assim,
diante da inexistência de justa causa para o início de uma ação penal –
ou seja, pela falta de elementos concretos que autorizassem a abertura
de um processo criminal contra os investigados e até mesmo a
possibilidade de continuidade das apurações – a PGR promoveu o
arquivamento das investigações.
Como os arquivamentos foram realizados pela autoridade máxima da
instituição do Ministério Público, não caberá ao STF discordar com eles,
pois, de acordo com a lei brasileira, a palavra final sobre o
arquivamento de uma investigação criminal é do Ministério Público.
Assim, competirá ao Supremo apenas homologar os arquivamentos realizados
pela PGR.
Mesmo assim, alguns senadores integrantes da CPI não concordaram com
esses arquivamentos, e protocolaram perante o STF um pedido de abertura
de uma investigação contra a vice-procuradora-geral pelo crime de
prevaricação. Esse crime está previsto no artigo 319 do Código Penal, e
ocorreria quando o servidor público retarda ou deixa de praticar,
indevidamente, determinado ato de ofício (ato que deveria realizar), e
essa conduta é movida para satisfazer um interesse ou sentimento
pessoal.
É importante deixar claro que os membros do Ministério Público têm a
chamada independência funcional, o que quer dizer que eles são livres e
independentes para formar suas convicções jurídicas sobre as
investigações e processos em que atuam. Por isso, não há que se falar em
crime de prevaricação, pois as peças de arquivamento da PGR estão
devidamente fundamentadas com argumentos jurídicos e técnicos, havendo,
assim, embasamento que sustente os arquivamentos realizados.
Não se pode querer investigar ou processar um integrante do
Ministério Público quando ele cumpre a sua função e conclui que não há a
prática de um crime que autorize o início de um processo criminal.
Importante ressaltar que os membros do Ministério Público não são
agentes políticos, mas agentes públicos, que ingressaram em suas
carreiras através de um concurso público, sem qualquer indicação
política. O intuito de politizar uma atividade técnica e jurídica apenas
desprestigia a instituição do Ministério Público, que, de acordo com o
artigo 127 da Constituição Federal, tem como funções a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
Um dos fundamentos básicos de uma democracia é o respeito aos poderes
da República e das instituições que integram a Justiça, e sendo o
Ministério Público uma entidade constitucional, não cabe a membros do
Poder Legislativo pretender politizar uma atividade técnica e jurídica.
De acordo com o artigo 129 da CF, cabe ao Ministério Público zelar pelo
efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância
pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as
medidas necessárias a sua garantia.