Pesquisador da Strong School analisa produção de chocolates em países pobres e ricos
O cacau é o principal insumo na fabricação de chocolates e o mais
caro também. Não existe chocolate sem o cacau. O chocolate brasileiro é
obrigado a ter 25% de cacau na sua composição, esse percentual passou a
27% em 2020, porém a indústria terá 10 anos para se adequar a nova
resolução da Anvisa, depois do projeto de lei aprovado na Câmara dos
deputados naquele ano. Já o chocolate europeu recebe 35% de cacau mínimo
na sua composição. Não é à toa que ele é mais saboroso, macio e mais
vendido no mundo inteiro. O mercado de cacau e chocolates aumentou no
mundo inteiro nos últimos 20 anos. Em 2000 foram comercializados 7,14
bilhões de dólares em chocolates, em 2020, essa marca passou para 28,6
bilhões. Um aumento de 400%. Claro, não se faz chocolate sem cacau que
passou de 2,37 bilhões em 2000 para 8,54 bilhões de dólares em 2020, um
aumento de mais de 350% na produção. O Brasil é o 7º produtor de cacau
do mundo.
Maior demanda, maiores os valores também. O preço do chocolate em
barra e bombons teve uma elevação de 11,6% no último ano, segundo o
pesquisador professor Valter Palmiere, da Strong Business School.
Mas o professor vai além de uma análise de mercado e afirma que o
cacau e o chocolate são indicadores do distanciamento social e a
desigualdade alimentar entre os países no mundo. Valter Palmiere
analisou que países mais ricos, principalmente os europeus comercializam
e exportam mais o chocolate, produto final do uso do cacau, já países
mais pobres, incluindo o Brasil exportam mais o insumo.
Enquanto a Europa exporta o 75% do chocolate pronto, a África apenas
1,4% da produção mundial. O Brasil por exemplo, vende cacau puro para a
Suíça por U$3,95 o quilo e importa chocolate suíço a U$7,44/KG.
O professor da Strong explica que matéria prima barata, sem
processamento, que não dinamiza a economia interna, com mão de obra
barata (há cerca de 2,1 milhões de crianças trabalhando nas plantações
de cacau na Costa do Marfim e denúncias frequentes de trabalho escravo),
é um dos fatores pelos quais a África e parte menor da América Latina
exportam mais cacau.
A África, por exemplo exporta 74% do cacau usado nas fábricas de
chocolate do mundo inteiro e 12% é exportado pela América do Sul. Já a
Europa, exporta apenas 5,4% da sua produção de cacau. O professor traduz
isso em dólares. Enquanto a África, principalmente Gana e Costa do
Marfim, exportam 6,32 bilhões de dólares, a Europa exporta 21,43 bilhões
de dólares em chocolates. Ou seja, o mercado produtor europeu processa e
cria valor agregado a partir de insumos baratos comprados dos países
subdesenvolvidos. O cacau é um dos alimentos mais valorizados da
natureza. Para os botânicos: um mineral milagroso com a sua alta carga
de magnésio. Para os médicos, um aliado no bom funcionamento do coração e
do cérebro, além do fortalecer os ossos e um antidepressivo natural.
Fez parte da alimentação dos Maias, 900 anos A.C. Foi e ainda é usado
como estimulante para os amantes, foi cultuado em religiões, usado como
moeda pelos astecas e hoje, é um dos alimentos mais valorizados em
qualquer casa. O professor da Strong Business School, evidencia: “o
chocolate é maravilhoso e será cada vez mais com a criatividade do ser
humano, mas os problemas de desigualdade no universo da alimentação,
esse sim, temos que enfrentar “.
Valter Palmiere Junior – economista, doutor em desenvolvimento
econômico, pesquisador do setor de alimentação e professor de macro
economia da Strong Business School
Compartilha as melhores técnicas de oratória e apresentações de negócios do Vale do Silício.
Você se sente seguro ao falar em público?
Um estudo publicado pelo jornal britânico Sunday Times mostrou que o
medo de falar em público é maior do que o medo de enfrentar problemas
financeiros, doenças e até mesmo a morte!
Mas, apesar desse medo ser completamente normal, não podemos ser dominados por ele.
Afinal, é sabido que quanto mais desenvolto é um profissional, maior é
a sua chance de ganhar promoções no trabalho, aumentos e se destacar na
empresa.
Confira as dicas de Maurício Benvenutti:
As 10 Melhores Técnicas para falar em público (mesmo que você seja tímido)
Repassar Powerpoint
Maurício aprendeu essa lição com Rossano Oltramari, um dos primeiros e
principais sócios da XP Investimentos: independente de quantas vezes
você já tenha feito a mesma apresentação na vida, revise-a como se fosse
a primeira vez. Não deixe a confiança e o orgulho falar mais alto e
fazer com que você corra o risco de esquecer algo importante. Repassar a
apresentação só tem vantagens. Portanto, faça isso quantas vezes for
possível.
Conheça seu público
Você precisa falar a linguagem do seu público. Isso significa que a
mesma palestra não pode ser dada da mesma maneira para audiências
diferentes. Você não vai falar com um universitário da mesma maneira que
falaria com um CEO de 50 anos, certo? Por isso, é importante entender a
maneira que cada um tem de se comunicar e se expressar através dessa
linguagem. Isso vai gerar mais entendimento, menos atrito na sua
comunicação e mais conexão com a plateia.
Empatia
Chegar antes e conversar com os “early attendees” é uma ótima
estratégia para criar essa empatia. Em toda palestra, eu sempre chego
antes e converso ao máximo com as pessoas que chegaram primeiro no
evento – pelo menos três ou quatro pessoas. Gravo o nome de cada um e
onde eles sentaram. Agora, guarde isso em mente. No decorrer do texto,
vou te mostrar o porquê desse passo ser tão importante.
A Regra dos Primeiros Dois Minutos
Os primeiros dois minutos da sua palestra devem ser os melhores. Esse
tempo é o que vai definir se sua plateia vai se identificar com você e
se interessar pelo tema que você vai abordar… ou se vão simplesmente
achar tudo uma chatice e ignorar o que você tem a dizer. Coloque todos
os seus esforços nos primeiros dois minutos da sua apresentação.
Certifique-se de que esse tempo será suficiente para captar o interesse
de todos.
Técnica do olho no olho
Como fazer isso com uma plateia de centenas, talvez até milhares de
pessoas? Essa técnica consiste em dividir seu público em 4 pedaços:
canto inferior direito, canto inferior esquerdo, canto superior direito e
canto superior esquerdo. No decorrer da sua fala, seu olhar deve ser
dividido entre essas 4 partes. Do ponto de vista do público, vai parecer
como se você estivesse olhando fixamente para cada um dos seus ouvintes
da maneira mais pessoal possível. Isso gera mais confiança e te dá mais
credibilidade.
Referenciar audiência
Lembra daquelas pessoas com quem você conversou no início da
palestra? Agora é a hora de usar isso a seu favor. No decorrer do seu
discurso, faça referências às pessoas que você conheceu. Cite-as, use-as
como exemplo. Além de deixar essas pessoas extremamente felizes, você
vai criar uma conexão única com o seu público, gerando aquele sentimento
de “gente como a gente”.
3ª Pessoa do Singular
Jamais use a palavra “vocês” ou qualquer coisa que coloque sua
audiência num “grupo”. Use apenas o “você”. Seja pessoal. Faça com que
as pessoas se sintam únicas.
Laser Point
Essa é uma faca de dois gumes. Deve ser utilizada apenas por alguém
que realmente sabe usar essa ferramenta, pois, se mal utilizada, pode
acabar distraindo completamente o público. Agora, se você souber
utilizá-la corretamente, terá em mãos uma “arma” capaz de fazer com que
sua audiência retenha ainda mais as informações que você quer
transmitir, além de também servir de instrumento para ganhar a atenção
das pessoas novamente, caso ela tenha sido perdida por um breve momento.
Ênfases
Saber onde enfatizar o seu tom de voz é primordial para fazer com que
as pessoas guardem em suas mentes exatamente aquilo que você quer que
elas guardem. Existem diversas maneiras de dizer a mesma frase, e todas
elas vão depender da sua entonação e do ênfase que você escolhe dar em
cada palavra. Certifique-se de que a sua ênfase está nas palavras certas
– aquelas que você realmente quer que sejam lembradas.
Pausa
Pausas são fundamentais. Isso permite que as pessoas criem reflexões
acerca do que você está falando, internalizem o conteúdo e conectem o
assunto da sua palestra à vida delas. Não tenha pressa para falar. Use
as pausas sabiamente e elas irão enriquecer ainda mais o seu poder de
oratória.
As 10 Técnicas Utilizadas Por Startups do Vale do Silício para criar apresentações matadoras:
Menos é mais
Sempre. Quanto mais espaços vazios, quanto mais “clean” for o seu
slide, melhor. Lembre-se que aqui você deve focar em dizer o máximo,
porém mostrando o mínimo. Assim, você evita qualquer possível confusão
mental que poderia ser causada pelo exagero de recursos visuais.
Regra dos 3
Quando você quer exemplificar algo, usar um adjetivo pode ser bom.
Usar dois adjetivos pode ser muito bom. Mas usar três adjetivos sempre
será excelente. Essa é uma técnica que Steve Jobs, um dos maiores
oradores do mundo, usava em praticamente todas as suas apresentações da
Apple. Assim, seu discurso causará mais impacto e será absorvido com
mais facilidade
Prefira imagens
Como você provavelmente já sabe, uma imagem vale mais que mil
palavras. É mais fácil criar interesse – e até mesmo memorizar – imagens
do que textos. Também é muito mais fácil criar conexão emocional com
imagens. Use isso a seu favor.
Poupe textos
Evite textos sempre que puder e, se usá-los, eles devem ser extremamente curtos, como frases de impacto.
Coco Chanel
A renomada estilista Coco Chanel tinha um costume curioso: sempre que
acordava e se arrumava para sair, depois ela se olhava no espelho com
um único intuito: retirar algo desnecessário do seu look. Você deve
fazer o mesmo com as suas apresentações: sempre que terminá-las, foque
em retirar pelo menos uma única coisa que seja desnecessária. Sempre há
algo que podemos retirar.
Valorize sua presença
Isso quer dizer: jamais leia slides. Isso faz com que você perca
credibilidade, como se você não tivesse conhecimento pleno sobre o
assunto. Muitos fazem isso e acabam com sua imagem pessoal por causa
deste erro comum. Lembre-se: as pessoas estão lá para ouvir você falar,
não para te ver lendo ou recitando.
Vídeos curtos
Abandone os vídeos longos. Eles só servem para acabar com o
engajamento do seu público. Opte sempre por vídeos de até, no máximo, 40
segundos. Mais do que isso, já começa a desviar demais a atenção dos
seus ouvintes.
Mensagens diretas
Na hora de apresentar uma ideia, seja objetivo e prefira sempre o
simples. Evite colocar efeitos e outras “firulas” na apresentação.
#1 Quantidade não é qualidade
Muitos se gabam de montar apresentações de 50, 60 slides, quando na
verdade isso poderia ser mais motivo de vergonha do que de orgulho.
Foque no que realmente importa, naquilo que você de fato quer que seu
público absorva. Não seja redundante e esqueça os pormenores. Corte
absolutamente tudo que não for essencialmente necessário para a
apresentação. Mais uma vez, aqui, menos é mais.
#2 Ganchos
Entre os slides, é de extrema importância ter um “gancho”. Se você
não tiver isso, vai parecer que não há conexão/relação entre um slide e
outro. Dominar esses “ganchos” são essenciais para que sua apresentação
tenha fluidez e para que as pessoas consigam compreender com facilidade
onde você quer chegar.
O Framework de apresentação de projetos que convence qualquer um
Este é o mesmo framework usado por grandes startups do Vale do
Silício para apresentar suas ideias da maneira mais rápida e eficiente
possível.
São 12 slides simples que tornarão sua apresentação mais objetiva e que, com isso, aumenta suas chances de convencimento.
1- Capa
2 – O problema que o projeto quer resolver
3 – A solução que este projeto tem para o problema
4- Por que agora é o momento ideal para investir nisso (mostrando por
que antes era muito cedo e por que daqui a algum tempo será muito
tarde).
5- Qual é o tamanho do mercado em que este projeto está inserido (apresentar números relevantes e projeções de retorno)
6- Qual é o produto ou serviço que este projeto entrega
7- Qual é o modelo de negócios, ou como este projeto vai trazer retorno financeiro
8- Qual é a estratégia de penetração de mercado
9- Quem são os competidores
10- Quem é o time que está desenvolvendo isso ou que está envolvido no projeto
11- Mostrar prova social, caso o produto já esteja sendo previamente testado (mostrar depoimentos, feedbacks positivos, etc)
12- Deixar claro o seu “ask” – seu pedido final ou objetivo com a
apresentação. Mostrar o que você precisa para começar a dar vida à sua
ideia.
ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON
1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?
O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do
Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes,
lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos
consumidores e usuários a sua audiência.
A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e
especialmente aos pequenos e microempresários da região que não
conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que
ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com
CNPJ ou não e coloca-las na internet.
2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?
A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora
disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e
Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem
concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades
locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer
outro meio de comunicação.
Viemos para suprir as demandas da região no que tange a
divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de
serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e
públicos.
O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao
resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus
clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que
permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa
expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao
utilizar a plataforma da ValeOn.
3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?
Estratégias para o crescimento da nossa empresa
Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
Equilíbrio
financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa
e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina
de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
Desenvolvimento
de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como
definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
Investimento
em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola
sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.
O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para
conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas
de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.
Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e
entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um
cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas
é um equívoco geralmente fatal.
Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao
estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as
melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos
identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim,
desenvolver a bossa empresa.
4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo
eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa?
Descreva suas marcas.
Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área,
sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas
competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que
desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.
Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é
formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de
TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no
mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.
5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?
A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e
concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo,
desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem
de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que
representem mudanças catastróficas.
“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle,
professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg
School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.
6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?
A escalabilidade é um conceito administrativo usado para
identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento,
sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou
seja: a arte de fazer mais, com menos!
Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é
aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem
aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida
por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem
acertadas.
Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também
passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o
funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e
eliminando a ociosidade.
Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável
até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se
trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.
Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:
objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
gerenciamento de recursos focado em otimização.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)
Bolsonaro durante discurso na convenção nacional do PL que
oficializou sua candidatura à reeleição.| Foto: Reprodução/YouTube/Canal
de Flávio Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro oficializou sua
candidatura à Presidência da República neste domingo (24) na convenção
nacional do PL, realizada no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de
Janeiro. Em seu discurso a milhares de apoiadores, falou sobre sua
trajetória política, destacou as realizações de sua gestão, fez aceno às
mulheres e também criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) e, de forma indireta, o Supremo Tribunal Federal (STF). A convenção
também confirmou o general Braga Netto (PL), ex-ministro da Defesa e da
Casa Civil do governo federal, como candidato a vice na chapa.
Como foi articulado entre Bolsonaro e seu núcleo de campanha, o
presidente apostou em um discurso emotivo. Lembrou de sua trajetória de
2014 até a candidatura à Presidência da República, em 2018, o atentado
sofrido em Juiz de Fora (MG) e lamentou as mortes por Covid-19.
O presidente também falou sobre diferentes feitos de sua gestão, como
o pagamento do Auxílio Emergencial, a criação do Auxílio Brasil, a
conclusão da obra da transposição do Rio São Francisco, além de outras
entregas na área de infraestrutura pelo país.
Também não faltaram declarações críticas – tanto às gestões petistas e
ao ex-presidente Lula como a governadores, sobretudo do Nordeste, por
causa das divergências sobre a condução do enfrentamento à pandemia da
Covid-19.
O presidente fez críticas indiretas a ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF). E, numa ocasião em que citou o STF, a plateia vaiou a
Corte, aos gritos de “supremo é o povo”.
Bolsonaro aposta em discurso sobre combate à fome e benefícios sociais Bolsonaro
fez muitos acenos à população mais pobre durante seu pronunciamento na
convenção do PL. A expectativa de coordenadores eleitorais é de que, com
um discurso mais sensível e propositivo, ele possa ampliar sua base de
votos. Para isso, ele ocupou parte de seu discurso para falar sobre o
pagamento do Auxílio Emergencial, Auxílio Brasil e dos esforços para
assegurar a segurança alimentar.
O presidente comentou que, em 2020, foram gastos com o Auxílio
Emergencial o equivalente a 15 anos de Bolsa Família. “Como que esse
governo não pensa nos mais pobres?”, questionou.
Na sequência, Bolsonaro falou sobre o Auxílio Brasil, que substituiu o
antigo programa Bolsa Família, e fez questão de frisar que os
benefícios mensais pagos pelo programa criado em sua gestão superam o
anterior. “O governo, dentro da responsabilidade fiscal, no ano passado,
extinguiu o Bolsa Família que pagava, em média, R$ 190. Tinham mulheres
ganhando R$ 80. Passaram a ganhar, no mínimo, R$ 400”, destacou. “E,
agora, com apoio do nosso Parlamento, de deputados e senadores, passamos
para R$ 600”, acrescentou, em referência à aprovação da Emenda
Constitucional 123/22 (PEC Emergencial), que ampliou recursos para
programas sociais.
O presidente também afirmou que vai trabalhar para manter as
transferências do Auxílio Brasil em R$ 600 a partir de 2023. “Conversei
essa semana com o [ministro da Economia] Paulo Guedes. Esse valor será
mantido a partir do ano que vem”, declarou.
Bolsonaro também falou sobre os esforços do governo para evitar a
inflação de alimentos e assegurar às famílias a compra de produtos
essenciais. Ele falou sobre sua viagem à Rússia para negociar a compra
de fertilizantes e elogiou o trabalho exercido pela deputada federal
Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, para atenuar os
impactos da guerra na Ucrânia ao Brasil.
“Essa mulher é a que faz a diferença. Garantiu nossa segurança
alimentar, bem como segurança alimentar de mais de 1 bilhão de pessoas
do mundo”, comentou. Bolsonaro citou que a presidente da Organização
Mundial do Comércio (OMC) veio a Brasília há três meses para pedir apoio
ao Brasil para ampliar a produção de alimentos. “Conversamos por uma
hora. E [ele] declarou: sem o Brasil, o mundo passa fome”, afirmou o
presidente.
Quais acenos às mulheres Bolsonaro fez ao longo de seu discurso Como também era previsto pela campanha presidencial, Bolsonaro fez gestos às mulheres, eleitorado considerado imprescindível.
Primeiro, comentou sobre a titulação de terras agrárias em seu
governo e disse que foram concluídas 370 mil entregas de propriedades
tituladas. “Dos 370 mil títulos, 90% são de mulheres. Homem no meu
governo só tem título se ele for solteiro ou viúvo. Sendo casado ou
vivendo em união estável, o título vai para elas. Elas sabem melhor
cuidar desse negócio”, declarou.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro fez uso da palavra e, com muitas
referências religiosas e a Deus, fez acenos às mulheres e lembrou de
quando o marido sofreu o atentado há quase quatro anos, em Juiz de Fora
(MG). Também defendeu a reeleição do presidente. “A reeleição não é por
um projeto de poder como muitos pensam. Não é por status, porque é muito
difícil estar desse lado. A reeleição é por um propósito de libertação,
por um propósito de cura para o nosso Brasil”, disse Michelle.
Quais críticas o presidente fez a Lula e a outros opositores Ao
falar sobre a titulação de terras, Bolsonaro também aproveitou para
criticar o Movimento sem Terra (MST) e destacar as diferenças de
titulação de terras entre seu governo e as gestões petistas. “Essas
pessoas que integravam o MST eram posseiros. Eles não eram donos da sua
terra. Passava um ônibus ou um caminhão, esse pessoal era obrigado a
embarcar e invadir uma propriedade que nem sabia onde ficava, os motivos
ou a razão. E se não fizesse isso, perdia a posse de sua terra”,
declarou.
O presidente disse ainda que não houve corrupção em três anos e meio
de sua gestão. “Se aparecer, vamos colaborar nas investigações”,
declarou.
Bolsonaro disse que a CPI da Covid não identificou nenhuma corrupção e
o acusou de “corrupto virtual”. “Queriam comprar a vacina Covaxin, mas
não quiseram apurar o consórcio do Nordeste [formado por governadores da
região para comprar insumos para combater a Covid], onde desviaram R$
50 milhões e não compraram um respirador sequer. Teve nordestino que
morreu asfixiado por falta de respirador”, declarou.
O presidente aproveitou para criticar de forma velada o senador Renan
Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, embora tenha se confundido
e dito que o parlamentar era o presidente do colegiado. “Nós sabemos do
caráter do presidente da comissão. O caráter desse presidente da
comissão, que foi ministro da Justiça de Fernando Henrique. Que foi
procurado pelo então sindicalista Lula para botar em liberdade dez
sequestradores. E chamou os sequestradores de meninos, que se
equivocaram quando fizeram o sequestro”, disse, referindo-se aos
sequestrados do empresário Abílio Diniz, que eram militantes da esquerda
do Chile.
Os apoiadores presentes vaiaram Lula e entoaram em coro “Lula ladrão,
seu lugar é na prisão”. Bolsonaro acusou o ex-presidente de defender
roubo de celulares e ironizou o petista de falar em resolver a situação
da guerra na Ucrânia “tomando uma cerveja”. Também falou que Lula quer
“legalizar o aborto”.
“Esse mesmo cara que quer legalizar o aborto no Brasil. Esse mesmo
cara que quer legalizar as drogas no Brasil. Será que esse cara sabe
quanto sofre uma mãe quando um filho se entrega às drogas? Será que ele
sabe o sofrimento da mãe com essa criança no mundo das drogas? Esse
mesmo cara que, em decreto de 2019, além de querer a desconstrução da
heteronormatividade, criou o que se chama ideologia de gênero”, disse
Bolsonaro.
Em críticas à ascensão de presidentes da esquerda em países da
América do Sul, Bolsonaro disse que quer “trazer o jovem de esquerda
para o nosso lado”. “Temos que mostrar o que ele vai perder com o seu
candidato”, comentou, em referência a Lula. Bolsonaro fez críticas às
gestões de Chávez e Maduro na Venezuela e alertas sobre a situação
econômica na Argentina, presidida por Alberto Fernández.
“Olha para onde está indo a nossa Argentina, a sua economia, um país
próspero. 50% da população está próxima da linha da pobreza”, comentou.
“Olha para onde está indo o Chile, cuja primeira medida do presidente
eleito foi acabar com seus carabineiros, sua polícia militar. Olha nossa
Colômbia, onde elegeram um guerrilheiro. Um dos serviços mais
procurados na Colômbia atualmente é o de passaporte, as pessoas querem
sair do seu país”, complementou.
Também em referência ao “jovem de esquerda”, Bolsonaro disse que “seu
candidato”, Lula, “prega o controle social da mídia”. “Diz que quer
regulamentar as mídias sociais. Quero dizer a esse jovem que país como
Coreia do Norte, Cuba, a internet só é acessada para você ver conteúdos
do governo. Você não tem liberdade. Esse jovem quer perder a sua
liberdade nas mídias sociais?”, questionou.
Quais as críticas e indiretas de Bolsonaro a ministros do STF Além
de críticas a opositores políticos, o presidente da República também
fez críticas indiretas ao STF, ainda que sem citações nominais. Na
ocasião, convocou seus eleitores para saírem às ruas em 7 de setembro,
período que antecede em quase um mês o primeiro turno das eleições, em 2
de outubro.
“Convoco todos vocês, agora, para que todo mundo vá às ruas pela
última vez no 7 de setembro. Estes poucos surdos de ‘capa preta’ têm que
entender o que é a voz do povo”, declarou Bolsonaro, em crítica velada a
ministros do STF, que usam capa preta nas sessões de julgamentos.
“[Eles] têm que entender que quem faz as leis é o poder Executivo e o
Poder Legislativo. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas da
Constituição”, declarou.
A crítica aos ministros ocorreu após ele citar o STF no início do
discurso e conter palavras para que dar voz aos apoiadores, que entoaram
o discurso de que “supremo é o povo”. O presidente destacou que o
Executivo e o Legislativo são “irmãos” e alfinetou o Supremo. “Nós temos
que respeitar a Constituição, jogar dentro das quatro linhas, que pese
um ou outro de fora estar dando tijolada para dentro do campo. Vamos
superando tudo isso aí”, comentou.
Ao convocar os apoiadores para 7 de setembro, Bolsonaro manifestou o
desejo por “paz, tranquilidade, respeito à Constituição, respeito às
leis e interdependência entre os poderes”. “Queremos harmonia,
prosperidade e gerar alegria para vocês. Isso não é fácil. Mas quem deve
dar o norte para nós é o povo brasileiro. Tenho certeza que aquilo que
vocês querem será atingido”, disse.
“A maioria dessas pessoas querem o nosso bem. Não podemos
simplesmente deixar as coisas acontecerem. Não é fácil você tentar mudar
algo que vinha torto há décadas, mas dá para mudar o destino de um
Brasil, como estamos mudando”, acrescentou Bolsonaro.
O presidente evitou fazer novas críticas ao sistema eleitoral e às
urnas eletrônicas, mas fez defesas pontuais por mais “transparência” às
eleições. Em fala direcionada a Braga Netto e aos apoiadores, disse que o
“exército do povo” é o “exército que está ao nosso lado e que não
admite corrupção, não admite fraude” e que “quer transparência, que quer
respeito”.
Bolsonaro confirma Braga Netto como vice na chapa Ao longo de seu
discurso, Bolsonaro confirmou o general Braga Netto com seu vice e
elogiou o militar. “O vice é a solução do problema e eu escolhi, sim, um
general do Exército brasileiro, que vocês o conhecem muito bem por
ocasião da intervenção aqui no Rio de Janeiro”, declarou.
Em gesto ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL),
presente no evento, Bolsonaro destacou a atuação de Braga Netto enquanto
interventor federal da segurança pública do estado do Rio de Janeiro,
em 2018. “Um estado, à época, tomado pelo caos. Ele recebeu a missão de
intervir no estado e fez um trabalho fantástico no nosso Rio de Janeiro.
Muitas consequências positivas o Cláudio Castro hoje colhe”, disse.
O presidente também sinalizou alinhamento com Braga Netto ao
demonstrar que confia no militar para compor a chapa. “O vice é aquela
pessoa que tem que estar ao teu lado nos momentos difíceis, o vice não
pode ser aquela pessoa que conspire contra você”, declarou.
O general quatro estrelas ocupou postos de destaque no governo,
incluindo no período da pandemia, ressaltou Bolsonaro. “O coloquei como
chefe da Casa Civil, posto que, agora, o senador Ciro [Nogueira] ocupa
com muito zelo, fazendo a negociação com o mundo político”, disse.
“Depois eu o coloquei no Ministério da Defesa. Ele pegou a pandemia
quando ocupava a Casa Civil e a Defesa. Fez o seu trabalho, juntamente
com o ministro da Saúde na época [Eduardo Pazuello], depois o [Marcelo]
Queiroga que está aqui, levando meios para o Brasil todo”, acrescentou.
O presidente também fez elogios e acenos às Forças Armadas. “A gente
vê no semblante do militar a vontade dele em servir a sua pátria. Esse é
o espírito que levamos para dentro do Poder Executivo”, disse. Em outra
ocasião, defendeu as indicações de militares em seu governo. “Falaram
que botei muito militar, acho que não botei muito, botei o suficiente.
Mas se fosse para botar bandido vocês tinham votado no outro candidato”,
declarou.
Convenção também tem acenos a aliados políticos Além de confirmar
Braga Netto como vice, Bolsonaro também fez muitos acenos a aliados
políticos. O mais afagado foi o presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL). Ao citar o aliado, o chefe do Executivo federal disse ter sido
ele o principal responsável pela aprovação do projeto que originou a lei
que fixa um “teto” para o ICMS incidido sobre os combustíveis.
“Zeramos impostos federais, de gás de cozinha, desde o ano passado,
de diesel, há quatro meses, e foi colocado um teto do ICMS que é o
imposto estadual, não apenas para combustível, mas para energia
elétrica, para as comunicações e para o transporte. Temos certeza,
teremos deflação no corrente mês. Se não é o Arthur Lira, esse cabra da
peste de Alagoas, não teríamos chegado a esse ponto. Obrigado, Lira,
obrigado deputados e senadores”, comentou Bolsonaro.
O presidente lembrou de seus 28 anos como deputado federal e elogiou
na sequência o ministro das Comunicações, Fábio Faria, deputado federal
filiado ao PP eleito pelo estado do Rio Grande do Norte, que liderou as
articulações para a implementação da tecnologia 5G no Brasil.
“É o homem que negociou o 5G para o Brasil, que a garotada tanto
gosta de jogar, vai jogar 5G no Brasil, além de muitas coisas
fantásticas com o 5G. Como estivesse com o senador Ciro, no estado dele,
Piauí, uma fazenda em 5G, onde a precisão na direção das máquinas está
na casa de dois centímetros”, comentou.
O chefe do Executivo também fez elogios a Rogério Marinho (PL),
ex-ministro do Desenvolvimento Regional e pré-candidato ao Senado por
Rio Grande do Norte, ao comentar que foi ele o responsável pela
conclusão das obras da transposição do Rio São Francisco.
“Era para ter acabado [as obras] em 2010. Passou para 2012, 2014,
2016. A obra transpôs apenas dinheiro para o bolso de corruptos, e não
água. Concluímos isso. Água em grande parte do nosso Nordeste é uma
realidade. Também o nosso Exército, com a Codevasf, fura dezenas de
postos todos os meses levando dignidade a essas pessoas”, destacou.
Bolsonaro também citou Tarcísio de Freitas (Republicanos),
ex-ministro da Infraestrutura e pré-candidato ao governo de São Paulo, e
elogiou a gestão de seu ex-auxiliar. “Também no Ministério do Tarcísio
fez ressurgir o modal ferroviário. Daqui a três meses, no máximo, se
inaugura a ferrovia Norte-Sul, 4,1 mil quilômetros que vão baratear o
preço de produtos em todo o Brasil”, sustentou.
Os ministros Ricardo Lewandowsky, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello no plenário do STF| Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF
Gastos
abusivos e falta de transparência na compra de passagens aéreas não são
novidades no Supremo Tribunal Federal (STF). Decisão do Tribunal de
Contas da União (TCU), em 2019, registra a compra de bilhetes para
esposas de cinco ministros para o exterior, na 1ª classe, de 2009 a
2012, num valor total de R$ 1 milhão (em valores atualizados). Eram os
ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski e três ministros
aposentados, Ayres Brito, Cezar Beluso e Eros Grau.
A Secretaria de Controle Externo (Secex) de Administração concluiu
que a emissão de passagens aéreas internacionais para cônjuges ou
companheiros de ministros do STF, apesar de prevista no regimento
interno da corte, não encontrava amparo em leis e normas que regem a
representação ou cerimonial no exterior. “Não tem fundamento legal a
realização de despesas de viagens por pessoas não vinculadas à
administração pública, na medida em que não exercem qualquer atividade
relacionada ao interesse do serviço e, consequentemente, que tenha como
objetivo o interesse público”, registra o Acórdão 1794/2019.
Na ocasião, o plenário do TCU determinou o sigilo do processo pelo
prazo de cinco anos, contados a partir de 9 de dezembro de 2014, a
vencer, portanto, em dezembro 2019.
O STF pagava as passagens das esposas de ministros com base na
Resolução 545/2015, de sua própria autoria, que previa, nas viagens ao
exterior, as categorias de transporte aéreo a serem utilizadas, com 1ª
classe para ministro e respectivo cônjuge, “quando indispensável sua
presença”, nos afastamentos do ministro para representação do Tribunal
em eventos de caráter protocolar ou cerimonial no exterior.
As mesmas cotas no TCU e STJ, diz STF Em sua defesa perante a
corte de contas, o STF afirmou que as cotas de passagem dos ministros da
corte, relacionadas à representação institucional, tinha a mesma
natureza das que eram destinadas às autoridades do TCU (Resolução
225/2009) e ministros do Superior Tribunal de Justiça (Resolução
10/2014, com redação dada pela Resolução 21/2018), órgãos cuja
jurisdição alcança todo o território nacional.
A Secex respondeu nos autos: “A notícia de que o TCU e o STJ adotam a
prática não tornam os atos regulares. Considerando que, além do STF,
outros órgãos podem estar adotando a prática de pagamento de passagens e
diárias desvinculado do interesse do serviço, seria oportuno ao TCU
firmar entendimento pela ilegalidade da concessão de diárias e passagens
sem a devida comprovação do interesse do serviço, por falta de amparo
legal”.
Questionado pelo blog, o STJ enviou cópia da sua Resolução 10/2014.
Em seu artigo art. 5º, o documento registra que as passagens aéreas
serão emitidas “exclusivamente” em nome dos ministros, desembargadores
convocados, juízes auxiliares e juízes instrutores. O STF destacou que a
resolução citada “não previa a compra de passagens para esposas ou
familiares de ministros”. O TCU enviou o texto da Resolução 225/2009.
Não há na resolução qualquer precisão de compra de passagens para
cônjuges de ministros.
O STF informou, no processo do TCU, que desde 2014 as aquisições de
passagens no STF já estavam restritas a ministros, juízes, servidores e
colaboradores eventuais. Acrescentou que as informações sobre passagens e
diárias estavam divulgadas na página de transparência do Tribunal e que
a norma que disciplina a matéria seria alterada no primeiro semestre de
2019.
O acórdão 1794/2019 registra que o processo no tribunal decorreu da
aprovação, no plenário da Comissão de Fiscalização da Câmara dos
Deputados, de requerimento de autoria dos deputados Sibá Machado (PT/AC)
e Edson Santos (PT/RJ), elaborado com fundamento em reportagem
veiculada pelo jornal “O Estado de São Paulo”. Foi apensado aos autos
representação dos então deputados Amauri Santos Teixeira e Fernando
Dantas Ferro, que tratam dos mesmos fatos.
A reportagem do Estadão apurou que o Supremo gastou 2,2 milhões com a
compra de passagens de 2009 a 2012, sendo R$ 1,5 milhãopara voos
internacionais. Foram destinados R$ 608 mil todos (valores nominais)
para compra de bilhetes das esposas dos cinco ministros para o exterior.
Passagens nas férias Os ministros também usaram passagens
pagas com verbas públicas durante o recesso, quando estavam de férias.
Foram R$ 259 mil gastos em viagens nacionais e internacionais. Esse fato
levou o TCU a discutir naquele processo também o estabelecimento de
cota de passagens aéreas não vinculadas a objeto de serviço, a ser
utilizada por ministros.
Foi bastante severa a reação do corpo técnico do TCU aos abusos na
compra de passagens pelo STF, como demonstram os autos. A Secex destacou
que, apesar de prevista no regimento interno da corte, a compra de
passagens para cônjuges “não encontrava amparo em leis e normas”. Mas a
decisão dos ministros no plenário da corte foi branda.
O TCU decidiu que a concessão de passagens a ministros e servidores
deve ficar restrita às viagens vinculadas ao serviço ou motivadas por
interesse institucional. No caso de passagens decorrentes de cotas
anuais a ministros, a concessão deve ser vinculada a objetivo de
representação institucional.
O tribunal também determinou ao STF que, no prazo de até 90 dias,
disponibilizasse na página do STF na internet as informações sobre
concessão de passagens aéreas aos respectivos ministros, incluindo
aquelas custeadas por meio de cotas para fins de representação
institucional. Ninguém foi punido, não houve qualquer ressarcimento de
recurso público.
Reportagem do blog mostrou que os voos dos ministros estão sob
sigilo. Não é possível saber para onde vão, o que fazem nem quanto
gastam. Esse sigilo foi adotado por questões de segurança, mas também
esconde os gastos com passagens aéreas em viagens nacionais e
internacionais. A página de “transparência” do STF permite apurar apenas
as despesas com os seguranças e assessores que acompanham os ministros
nas suas viagens. Na verdade, são gastos indiretos dos ministros.
Passagens restritas a ministros
Questionado pelo blog nesta semana sobre a compra de passagens para
cônjuges de ministros, o possível ressarcimento dessas despesas e sobre
as falhas na transparência do tribunal, o Supremo respondeu que,
“conforme consta no mencionado processo do TCU, desde 2014 as aquisições
de passagens ficaram restritas a ministros, juízes auxiliares e
instrutores, servidores públicos e colaboradores eventuais (Resolução
454/2015). O processo – TC 016.536/2013-4 – se referia a episódios entre
2009 e 2012, conforme o acórdão”.
Além disso, após as recomendações do TCU, a Resolução STF 664/2020,
atualmente em vigor, “passou a estabelecer que os ministros somente
podem ter emissão de passagens para representação institucional. Não
houve nenhuma determinação de devolução dos valores, conforme o acórdão
do TCU, que é público”, afirmou o Supremo. O blog encaminhou perguntas
aos ministros Mendes e Lewandowski. Não houve resposta
O também havia perguntado ao tribunal porque os voos de
“representação institucional” dos ministros não constavam mais na sua
página de Transparência. O tribunal afirmou que, “por um erro técnico,
alguns dados recentes de viagens não haviam sido lançados na página da
Transparência, mas já houve a devida atualização e todas as informações
estão disponíveis. Sobre os questionamentos direcionados aos ministros,
reiteramos que os normativos do STF não permitem a emissão de passagens
para cônjuges”.
Rodovias mal conservadas são um dos fatores que ajudam a minar a
produtividade nacional.| Foto: Brunno Covello/Arquivo/Gazeta do Povo
Se
o Brasil definisse como meta socioeconômica prioritária a melhoria
expressiva no padrão médio de vida da população nas próximas duas ou
três décadas, a possibilidade de ter êxito seria real se a renda por
habitante, medida pelos indicadores oficiais de bem-estar social,
atingisse o dobro do valor atual. Para tanto, o Produto Interno Bruto
(PIB) teria de crescer em torno de 5% ao ano, ante aumento médio da
população em torno de 0,6% neste período. É por essa e outras razões que
o crescimento do PIB tem de ser tratado como prioridade, inclusive por
ser condição necessária, porém não suficiente, para eliminar a miséria e
reduzir a pobreza. Nesse cenário, a variável mais importante é a
produtividade nacional, também chamada de produtividade/hora do
trabalho, que é obtida dividindo-se o PIB anual pelo número total de
horas que a população trabalhou no mesmo período.
O aumento do PIB pode ocorrer a uma taxa elevada sem que haja aumento
da produtividade; isso acontece quando há redução do desemprego, ou
seja, aumento do número de trabalhadores ocupados, que leva ao
consequente aumento do total de horas trabalhadas no ano. Se o PIB
crescer à mesma taxa de aumento das horas trabalhadas pela população,
não haverá elevação da produtividade. Esse tipo de situação ocorre
costumeiramente quando há elevado desemprego e, na sequência, a economia
se recupera, o desemprego cai, pessoas que estavam desocupadas entram
no processo produtivo e o produto nacional sobe. É uma situação
considerada boa, pois a redução do desemprego traz uma série de
resultados econômicos e sociais favoráveis. Porém, a saída da condição
de país pobre exige um aumento da produtividade nacional que promova
melhoria da renda por habitante e, justamente por isso, leve à supressão
da miséria, à redução da pobreza e à redução das desigualdades sociais.
Além do fator trabalho, concorrem para a produtividade os recursos
naturais, o capital físico, a iniciativa empresarial e o conhecimento
tecnológico, itens que revelam os gargalos da economia brasileira quando
comparados com os países desenvolvidos
É importante realçar que, mesmo tomando mais de um terço de toda a
renda nacional todos os anos de forma coercitiva pelos tributos, o setor
público não tem sido capaz de vencer os males sociais já referidos, em
face dos vícios estatais como ineficiência, corrupção e enriquecimento
da elite instalada na máquina pública – algo que, a bem da verdade,
ocorre no mundo todo em maior ou menor grau. Um terço de toda a renda
nacional apropriada pela máquina estatal é uma fração tão grande que faz
do Estado o principal responsável pelo país não conseguir reduzir a
miséria e a pobreza, e estar patinando no objetivo de reduzir as
desigualdades sociais. Nos países ricos, a redução desses graves males
também não se faz principalmente pela ação estatal, mas pelo expressivo
valor do PIB por habitante, que a sociedade produz com a contribuição de
elevada produtividade.
Segundo a nova metodologia internacional, a produtividade brasileira
está em US$ 18,50/hora diante de US$ 79/hora nos Estados Unidos. Esses
dados fazem a produtividade brasileira corresponder a pífios 23,5% da
norte-americana. É uma distância grande, que mostra o quanto o Brasil
tem por fazer e o longo caminho de crescimento que o país tem pela
frente. A velha indignação se repete e continua lícito perguntar que
fatores levam a uma diferença tão expressiva, considerando que os
trabalhadores brasileiros não são inferiores aos norte-americanos ao
ponto de o Brasil apresentar produtividade tão mais baixa. De forma
resumida, sabe-se que, além do fator trabalho, concorrem para a
produtividade os recursos naturais, o capital físico, a iniciativa
empresarial e o conhecimento tecnológico, itens que revelam os gargalos
da economia brasileira quando comparados com os países desenvolvidos.
Adicionalmente, a estrutura legal, o ambiente institucional e a
segurança jurídica interferem para melhorar ou piorar o quadro da
economia real.
Um componente da baixa produtividade já constatado de sobra é a
deficiência que o Brasil tem quanto à infraestrutura física. Rodovias,
ferrovias, portos, aeroportos, energia, mobilidade urbana e armazenagem,
só para citar alguns, são subsetores em que o capital físico é pequeno,
envelhecido e tecnologicamente defasado. Nesse sentido, a primeira
providência que tem de ser atacada rapidamente é o investimento em
infraestrutura física. Novamente, parte do baixo investimento nessa área
resulta da falta de quantidade e qualidade do gasto público: mesmo com
arrecadação equivalente a um terço do PIB, o gasto médio anual em
investimentos do setor público gira em torno de 2,5% do PIB. É muito
pouco, e aí reside um grave problema.
A produtividade e a necessidade de aumentá-la com urgência é mais um
dos temas de alta prioridade no debate político, especialmente em ano de
eleição, com o destaque de que o crescimento e a melhoria da renda
nacional são do interesse dos empresários, dos investidores e de todos
os agentes de mercado, pois os benefícios gerados pela melhoria das
condições de vida das camadas mais pobres da população expandem as
oportunidades para todos os habitantes da nação.
Pedidos de licenciamento para geração de energia em alto mar na
costa brasileira já equivalem a 9 Itaipus e meia. Na imagem, turbinas
eólicas offshore na Dinamarca.| Foto: EFE/EPA/Olafur Steinar
Gestsson/Denmark Out
O decreto que promete viabilizar a geração
de energia eólica em alto mar no país já está em vigor. Conforme estudo
da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a norma tem potencial para
garantir produção equivalente a 50 usinas hidrelétricas de Itaipus, mas é
apenas o primeiro passo para botar turbinas em movimento fora da costa
brasileira.
A partir da entrada em vigor, em 15 de junho, quaisquer pedidos
feitos objetivando produzir energia elétrica a partir do vento em alto
mar ao longo da costa brasileira têm que obedecer às regras listadas. O
texto define um rito para a contratação de áreas de domínio da União (ou
prismas, já que se trata de loteamentos tridimensionais, abarcando não
só o leito submarino, mas também a profundidade da lâmina de água) para a
geração de energia, mas o entendimento é de que segue necessária a
formatação de um aparato regulatório mais robusto, que dê mais segurança
jurídica aos investidores e proporcione mais clareza sobre a exploração
da atividade.
Desse modo, o setor segue na expectativa por novos avanços de
regulamentação para efetivamente viabilizar empreendimentos que
pretendem fincar seus parques geradores nas areias submersas (ou
fazê-los flutuar sobre o Atlântico).
Segundo o Ministério de Minas e Energia em nota à Gazeta do Povo,
“atualmente, existem mais de 40 projetos com pedido de licenciamento no
Ibama, com um potencial de capacidade instalada de mais de 100 GW”. O
número é muito superior à capacidade total da eólica instalada hoje em
terra – de 21,95 GW, posicionada como a segunda maior geradora da matriz
brasileira. Apesar disso, nenhum deles iniciou, de fato, o processo de
cessão e não há previsão de leilões para cessão de uso segundo a pasta.
Energia no mar tem interesse crescente e concorrência à vista Em
números mais precisos (ainda que potencialmente defasados), dados do
Ibama publicados em abril apontavam 54 projetos do tipo com processo de
licenciamento ambiental aberto junto ao órgão. Somados eles ultrapassam
130 GW em potência, mas mais de 60% deles se sobrepõem uns aos outros,
em cenário que demandará regramentos mais claros para estabelecer quem
deve obter autorização para operar e transparece maior interesse por
determinadas áreas.
Os projetos citados estão distribuídos pela costa do Ceará (11),
Espírito Santo (4), Piauí (4), Rio de Janeiro (9), Rio Grande do Norte
(8), Rio Grande do Sul (17) e Santa Catarina (1), único estado a não
apresentar “concorrência” por prismas, exatamente por ter tentativa
única de licenciamento para geração de energia em alto mar. Em todos os
outros há pelo menos uma sobreposição de interesse.
Petrobras avalia produzir energia eólica em alto-mar Energia solar avança e já é a terceira maior fonte energética do Brasil Os
dados do Ibama dão conta também de um salto na demanda por
licenciamentos para eólica offshore, coincidindo com a publicação do
decreto, em janeiro.
Os pedidos do tipo começaram a surgir em 2019, evoluíram lentamente
até a virada para 2021 e a partir daí o interesse ganhou velocidade. Até
dezembro de 2020 os processos de licenciamento para usinas eólicas no
mar não ultrapassavam dez, mas mais que dobraram nos doze meses
seguintes, fechando dezembro de 2021 em cerca de 25. Já em 2022, o
acumulado de pedidos avançou até 54 só no primeiro quadrimestre, mas o
número certamente subiu desde então.
Regulamentação para energia eólica offshore pode avançar em agosto
Possível caminho para os avanços esperados para a geração de energia
offshore é um projeto de marco regulatório em tramitação no Senado. Para
além do escopo do decreto já vigente, que se dedica pontualmente à
geração eólica, o PL 576/2021 prevê regramentos para outras fontes que
possam produzir energia em alto mar e em outros corpos d’água no
interior do país, como lagos e barragens.
O texto pretende disciplinar a cessão do direito de uso de áreas
marítimas para fins de geração de energia, que passa a ser objeto de
outorga mediante autorização, resolvendo problemas de titularidade e
definindo critérios para tal (inclusive com pagamento semelhante a
royalties e contrapartidas socioambientais).
Protocolada em 2021, a matéria está na Comissão de Serviços de
Infraestrutura da Casa em caráter terminativo – o que significa que o
que for resolvido pelo colegiado terá valor de uma decisão do Senado,
sem a necessidade da votação em plenário. Antes do início do recesso
parlamentar de julho, a votação do projeto foi adiada por um pedido de
vista e deve ser retomada em agosto.
Energia em alto mar terá salto até 2030
Uma regulamentação célere para o offshore é considerada essencial
para evitar o risco de atrasos e do encarecimento dos projetos que
esperam na fila de liberação nos órgãos nacionais. A preocupação é de
que haja aquecimento na procura por equipamentos e que um eventual pico
de demanda se atravesse no caminho dos futuros empreendimentos de
geração.
O receio tem fundamento: conforme projeção recente da consultoria
britânica Wood Mackenzie, aproximadamente U$S 1 trilhão devem ser
injetados em energia eólica offshore na próxima década, “atraindo número
crescente de novos competidores e intensificando a concorrência”. A
expectativa é de que esses investimentos quase decupliquem a capacidade
total instalada no globo, saltando de 34 GW em 2020 para 330 GW em 2030,
e ajudem a puxar o interesse e o capital colocado nos empreendimentos
de alto mar, aproximando-o das instalações em terra dentro do período.
Cabe ressaltar, as regras estabelecidas a partir de agora devem se
converter em geração de energia apenas num cenário de médio e longo
prazo. A expectativa é de que os primeiros projetos a serem construídos
mar adentro funcionem somente na década de 2030, já que o tempo médio
para tirar esse tipo de empreendimento do papel é de oito anos, mais
demorado do que o formato onshore – mais caro também.
Brasil tem condições favoráveis e potencial como gerador
No país, o Plano Nacional de Energia 2050, elaborado pela Empresa de
Pesquisa Energética (estatal encarregada do planejamento do setor), traz
previsão de que a fonte eólica offshore alcance capacidade instalada de
até 16 GW naquele ano, independentemente da indicação de um alto
crescimento dos parques eólicos terrestres.
Na avaliação do Ministério de Minas e Energia, “o Brasil notadamente
possui características favoráveis para instalação e operação de
empreendimentos para geração de energia elétrica offshore”. Nesse
panorama entram a extensa costa (de 7.367 km), vasto espaço marítimo (de
3,5 milhões km²), ampla plataforma continental, com águas rasas ao
longo do litoral, e ainda a incidência de ventos alísios, constantes em
intensidade e direção, com destaque para a região Nordeste.
Estudo realizado também pela EPE para identificar o potencial eólico
offshore brasileiro e publicado em 2020 destacou áreas em que a
velocidade dos ventos é superior a 7 m/s (consideradas mais atrativas
para este tipo de geração). Os resultados indicam que, a 100 m de altura
e em locais com profundidade de até 50 metros, o potencial do Brasil
seria de 697 GW: o equivalente a quase 50 vezes a capacidade de geração
da maior hidrelétrica brasileira.
As análises, entretanto, “não consideraram nenhuma restrição nas
áreas exploráveis, como por exemplo áreas de proteção ambiental, rotas
comerciais, rotas migratórias de aves, áreas de exploração de petróleo
ou outras áreas com usos conflitantes”, conforme frisa a própria EPE.
Cantora pisoteia bandeira do Brasil durante apresentação.| Foto: Reprodução/Twitter/MarioFrias
Depois que aquela juíza gaúcha quis proibir o uso da bandeira
nacional durante o período eleitoral, agora uma cantora brasileira,
Bebel Gilberto, se apresentando na Califórnia, pisoteou a bandeira de
seu próprio país. Se um americano fizesse isso, meu Deus! Mas ela fez.
Depois disse que pediu desculpas porque se deu conta de que estava
ofendendo todos os brasileiros. Como assim? Ela é ciclotímica?
O que se passa na mente de uma pessoa que pisoteia a bandeira que
pertence a seus avós, bisavós, filhos, netos, vizinhos, amigos, enfim,
de todo mundo que a cerca em seu país? Porque a bandeira somos nós, é o
nosso símbolo. Quem pisoteia a bandeira está pisoteando nosso coração.
Tem gente que ficou furiosa, disse que essa mulher não merece voltar
para o país, que tem de ser punida. Eu tenho é pena, porque fico
imaginando como é o interior de uma pessoa dessas. Mesma coisa em
relação à juíza. É um ódio irracional. E, ao mesmo tempo, elas fizeram
propaganda da bandeira, fazendo a gente falar ainda mais a respeito. Na
hora que vi aquilo lembrei-me da canção Fibra de Herói, do Barros Filho e
do maestro Guerra Peixe: “Bandeira do Brasil, ninguém te manchará. Teu
povo varonil isso não consentirá”.
Gostaria muito que fosse possível resgatar aquela bandeira que foi
pisoteada para trazê-la para o país e prestar o desagravo necessário,
pelo país inteiro. Mostrar aquela bandeira e pedir perdão por aquela
cantora.
Bolsonaro lota Maracanãzinho Agora Bolsonaro já não é mais
pré-candidato. É candidato à reeleição à Presidência da República. E seu
companheiro de chapa é outro general quatro estrelas, Braga Netto. Se a
gente tinha dúvidas em relação às tais pesquisas de opinião, que já nos
enganaram em 2018, é só olhar como estava o Maracanãzinho, onde foi
realizada a convenção do PL.
Se olharmos Vitória, no Espírito Santo, no sábado (23), então, parece
que a eleição acabou, já está decidida. Ou se olharmos os outros
lugares por onde Bolsonaro andou, por todo o país. É uma coisa incrível.
Eu nunca vi isso, e olha que eu nasci em 1940. Nem com Getúlio Vargas,
nem com Juscelino Kubitschek, que talvez tenham sido os mais populares.
Eu lembro quando Juscelino e João Goulart foram à minha cidade,
Cachoeira. Tinha gente nas ruas porque as escolas consideraram feriado e
os estudantes tiveram de ir para prestigiá-los. Agora, espontaneamente,
como aconteceu no Clube Naval, no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro esteve
no sábado à noite, nunca vi.
Decisões do STF O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal
Federal (STF), está fazendo um grupo de trabalho para evitar a violência
política nas eleições. Argumenta que é “pela necessidade de assegurar o
pleno exercício dos direitos fundamentais”. Eu acho isso uma
hipocrisia, porque o próprio STF arrebentou os direitos e garantias
fundamentais durante a pandemia, transferindo um poder que não tem –
porque esse poder não é nem do Congresso, seria só de uma Assembleia
Constituinte Exclusiva – para prefeitos e governadores. As pessoas foram
presas, algemadas, jogadas no chão. Lojas foram fechadas à força,
pessoas trancadas em casa. E aí vem falar que é para garantir pleno
exercício dos direitos fundamentais?
Aliás, o ministro Alexandre de Moraes prendeu Ivan Fonte Boa, um
sujeito que ameaçou ministros do Supremo de “pendurá-los de cabeça para
baixo”, segundo suas palavras. Nunca nenhum estudante de Direito já viu
na vida caso algum em que o próprio ofendido decreta a prisão do
ofensor. O nome disso é vingança. Além do mais, o crime de ameaça não é
assim, de boca. Tem de ficar demonstrado que a pessoa tem o potencial de
realmente praticar aquilo que ameaça. Esse é o Brasil.
Em alguns países, os veículos a combustão já têm data para sair de circulação
Zurich, Estadão Blue Studio
A demanda por veículos elétricos e híbridos vem crescendo
consideravelmente nos últimos anos. Dados da Associação Brasileira do
Veículo Elétrico (ABVE) mostram aumento de 9% nos emplacamentos de
carros eletrificados em maio deste ano na comparação com o mesmo mês do
ano passado. Em 2021, foram vendidos 34.990 veículos elétricos, contra
19.745 do ano anterior. A expectativa é de que 100 mil carros elétricos
estejam nas ruas até o fim deste ano.
Os modelos elétricos, diferentemente dos carros convencionais, contam
com motores que são alimentados por baterias. Os híbridos, por sua vez,
são uma espécie de meio-termo entre os modelos convencionais e os
elétricos, já que possuem um sistema misto que opera paralelamente para
entregar mais performance e eficiência.
Estrada para um futuro limpo
O movimento por automóveis elétricos e híbridos tem
sido impulsionado pela necessidade de energia limpa. Estados Unidos e
União Europeia, por exemplo, já definiram metas para a mudança
acontecer. Até 2035 toda a frota a combustão será convertida para
elétrica.
No Brasil, apesar dos avanços, o processo caminha a passos lentos.
Ainda não existe uma meta definida para o fim dos motores a combustão no
País. Apesar do interesse dos brasileiros, o combo de preço alto com
falta de infraestrutura acaba sendo uma grande barreira para a mudança.
Ao mesmo tempo, os consumidores começam a entender os benefícios e
vantagens dos modelos elétricos e híbridos. Hoje, inclusive, já existem
incentivos para donos de carros elétricos, como a redução do IPVA e do
imposto de importação.
Com o propósito de ajudar a construir um futuro mais limpo, a seguradora Zurich acredita
que essas opções de automóveis são uma grande aposta sustentável para o
planeta. Por isso, separou três benefícios dos carros elétricos e
híbridos que vale a pena saber.
1. Mais ecológicos
Em relação aos modelos tradicionais, movidos exclusivamente a
gasolina, etanol ou diesel, o motor elétrico emite gases menos poluentes
na atmosfera, minimizando o efeito estufa.
2. Baixo consumo de combustível
As variações nos custos dos combustíveis no Brasil, principalmente
nos últimos tempos, têm pesado no bolso do consumidor. Ponto positivo
também para os veículos híbridos, capazes de reduzir o consumo de
combustível em até 20%.
3. Baixa manutenção
A ausência de embreagem ou motor de partida barateia a manutenção dos
carros híbridos e elétricos. Os valores podem ser até 50% menores.
Eles são o futuro
Os veículos híbridos e elétricos vêm ganhando as ruas aos poucos. De
olho nas tendências e reforçando o compromisso com o meio ambiente, a
Zurich foi pioneira em contemplar carros elétricos e híbridos dentro do
seguro.
Além da questão da insegurança jurídica, projetos de PPPs não vão adiante por falta de planejamento e questões com MP e TCU
BRASÍLIA – O ritmo de paralisações de Parcerias Público-Privadas (PPPs) em 2022 é o maior dos últimos anos. Segundo levantamento da consultoria Radar PPP, feito a pedido do Estadão, 266 projetos já foram paralisados no ano – média de 1,32 projeto parado por dia. Em 2021, essa média foi de 1,16.
Em quase sete meses, a quantidade de PPPs “empacadas” é maior do que a
registrada ao longo de 2018 inteiro. O ritmo é similar ao do ano
passado: 132 projetos foram cancelados, uma média de 0,66 por dia, ante
0,67 em 2021.
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Segundo a consultoria, a maioria das paralisações se enquadra no
chamado “silêncio governamental”, quando é esperada alguma movimentação
no projeto, mas o governo não divulga mais nada. Depois vêm 47
suspensões por manifestação do Poder Executivo e 41 pelo Tribunal de
Contas, Ministério Público ou Judiciário.
Entre as PPPs paralisadas neste ano estão o projeto de iluminação pública de Curitiba (PR), conduzido pelo BNDES, um aeroporto em São José dos Campos (SP) e um projeto de resíduos sólidos em Vitória da Conquista (BA).
Guilherme Naves, sócio da Radar PPP, afirma que
parte da alta de paralisações se explica pelo aumento expressivo da
quantidade de PPPs lançadas nos últimos anos. Em 2022, até 21 de julho,
211 licitações foram iniciadas, praticamente uma por dia. Em 2018, por
exemplo, foram 124 no ano todo.
“Uma fábrica de projetos se instalou. Tivemos a consolidação do PPI
(Programa de Parcerias de Investimentos), o recrudescimento do papel da Caixa e
do BNDES como principais estruturadores de projeto do Brasil. E,
naturalmente, muito projeto que vai precisar ser recondicionado,
refeito.”
Naves diz que há estímulos de insegurança jurídica que levam à
suspensão ou cancelamento de parte dos projetos, mas destaca como um dos
principais fatores para a mortalidade a má gestão de governos,
sobretudo das prefeituras.
Planejamento
Para o sócio de direito público e regulatório da Cascione Pulino Boulos Advogados, Felipe Estevam,
um desenho mais preciso dos projetos pode minimizar parte desse
cenário. “Precisamos de cláusulas contratuais com redação clara sobre
direitos e obrigações das partes, com possibilidade de negociarem as
formas de cumprimento das obrigações e pagamentos”, diz. “Além disso,
cabe o uso de ferramentas extrajudiciais na resolução de conflitos.”
Isso porque a judicialização dos contratos, além de ser demorada,
acaba sendo custosa para os cofres públicos – e, consequentemente, para a
sociedade, que também fica sem a benfeitoria do projeto.
Na tentativa de agilizar os processos na Justiça, em abril o Ministério da Infraestrutura e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) criaram
o Comitê de Resolução de Disputas Judiciais de Infraestrutura
(CRD-Infra), responsável pelo tratamento de conflitos judiciais em
Programas de Parcerias de Investimentos (PPIs).
Em junho, a CNJ recomendou aos tribunais para que evitassem “abuso do
direito de demandar que possa comprometer os projetos de infraestrutura
qualificados pelo PPI”.
Bill Gates, cofundador da Microsoft e um dos homens mais filantropos do mundo, revelou os cinco livros que ele adorou ler
“Minha lista está bem eclética”, afirma Gates, hoje eleito o quarto
homem mais ricos do mundo, segundo a Forbes. “Se você está procurando
por um presente infalível para seus amigos e familiares, não há como
errar em um desses”, aconselha.
O primeiro livro indicado por Gates é “Menina da Montanha”, de Tara
Westover. A obra fala sobre uma experiência real da autora, que passou a
frequentar a escola ou ir ao médico depois que ela saiu de casa aos 17
anos.
“Ela é uma escritora tão boa que me fez refletir sobre minha própria
vida enquanto lia sobre sua infância difícil. Melinda (esposa de Gates) e
eu amamos este livro de memórias de uma jovem cuja sede de aprendizado
era tão forte que ela acabou virando doutora pela Universidade de
Cambridge”, afirma o cofundador da Microsoft.
O segundo da lista é “Army of None” (Exército de Ninguém, em uma
tradução livre), de Paul Scharre. Na obra, o especialista do Pentágono
explora o que significaria dar às máquinas autoridade sobre a decisão
final da vida ou da morte.
“É um tema imensamente complicado, mas Scharre oferece explicações
claras e apresenta os prós e contras da guerra conduzida por máquinas”,
opina Gates.
Outra obra indicada pelo cofundador da Microsoft é “Bad Blood: Fraude
Bilionária no Vale do Silício”, de John Carreyrou. Nela, o jornalista
investigou a ascensão e queda da Theranos, a startup do setor de saúde
criada por Elizabeth Holmes que enganou empreendedores e investidores
nos Estados Unidos. “A história é ainda mais louca do que eu esperava, e
me vi incapaz de largar tudo assim que comecei”, diz Gates.
Meditação
O quarto livro da lista é “21 lições para o século 21”, escrito por
Yuval Noah Harari. Na obra, o historiador explora as grandes questões do
presente e o que podemos fazer para melhorá-lo, abordando o desafio de
manter o foco coletivo e individual em face a mudanças frequentes e
desconcertantes.
“Eu sou um grande fã de tudo que Harari escreveu, e seu mais recente
não é uma exceção”, afirma Gates. “Se 2018 deixou você impressionado com
o estado do mundo, 21 lições oferece uma estrutura útil para processar
as notícias e pensar sobre os desafios que enfrentamos”.
O último livro indicado pelo cofundador da Microsoft é “The Headspace
Guide to Meditation and Mindfulness (O Guia Headspace para Meditação e
Consciência Plena, em tradução livre)”, de Andy Puddicombe. Na obra, o
ex-monge budista procura ensina as pessoas a separar 10 minutos do dia
para fazer a diferença no mundo.
“Tenho certeza de que eu, com 25 anos de idade, zombaria dessa
indicação”, diz Gates. “O livro começa com a jornada pessoal de
Puddicombe, de um estudante universitário a um monge budista, e depois
se torna um explicador divertido sobre como meditar. Se você está
pensando em obter a atenção plena, essa é a introdução perfeita”,
afirma.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A
Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por
categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja,
tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos
clientes com as lojas.
Não se trata da
digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos
ambientes online e offline na jornada da compra.
No
país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram
três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas,
estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem
retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon tem crescido exponencialmente, até o momento, tivemos 130.000 visitantes.
O
site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja
favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar
ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma
Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da
exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de
atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo,
cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados,
revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo,
diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós somos a mudança,
não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo
do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas
sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.